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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC 
MARCOS DALCUMUNE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS DE 
COMPUTADORES PESSOAIS E EMPRESARIAIS EM RELAÇÃO AO 
USO DE SOFTWARES PIRATAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLATINA 
2010 
 1 
MARCOS DALCUMUNE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS DE 
COMPUTADORES PESSOAIS E EMPRESARIAIS EM RELAÇÃO AO 
USO DE SOFTWARES PIRATAS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro Universitário do 
Espírito Santo – UNESC, sob orientação 
do Professor David Paolini Develly, como 
requisito para a obtenção do Título de 
Bacharel em Sistemas de Informação. 
 
 
 
 
 
 
COLATINA 
2010 
 
 
 2 
MARCOS DALCUMUNE 
 
 
 
ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS DE 
COMPUTADORES PESSOAIS E EMPRESARIAIS EM RELAÇÃO AO 
USO DE SOFTWARES PIRATAS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro Universitário do 
Espírito Santo – UNESC, sob orientação 
do Professor David Paolini Develly, como 
requisito para a obtenção do Título de 
Bacharel em Sistemas de Informação. 
 
 
ORIENTADOR 
 
_________________________________________________ _________ 
David Paolini Develly, Professor do UNESC, Bacharel em 
Ciência da Computação e Especialista em Gestão 
Empresarial. 
 
 
AVALIADOR 
 
_________________________________________________ _________ 
 Nota 
 
 
 
Colatina, ______ de _______________ de 2010. 
 
 
Nota 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente a Deus, pois sem Ele nada 
poderia ser realizado. A minha família por 
estar constantemente ao meu lado, aos 
meus amigos que me incentivaram e 
deram forças e ao meu orientador David e 
professores que me passaram os 
ensinamentos necessários para que este 
trabalho fosse concluído. 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Determinação, coragem e autoconfiança 
são fatores decisivos para o sucesso. 
Se estamos possuídos por uma inabalável 
determinação conseguiremos superá-los. 
Independentemente das circunstâncias, 
devemos ser sempre humildes, recatados 
e despidos de orgulho.” 
 
Dalai Lama 
 
 
 5 
RESUMO 
 
 
Este trabalho tem por principal objetivo verificar o conhecimento dos usuários de 
computadores tanto pessoais quanto empresariais em relação ao uso de softwares 
piratas. A pirataria é um dos crimes que mais preocupam e geram prejuízos 
atualmente. Com base em pesquisas, será mostrado se os usuários possuem um 
bom conhecimento sobre este crime virtual e também se conhecem os seus efeitos 
maléficos para a sociedade. Dentre todas as medidas que são tomadas para seu 
combate, será mostrado que a conscientização é a melhor maneirar para se 
combater esse crime. 
 
Palavras-chave: Pirataria de software, usuários, direito autoral, licenças, Internet, 
empresa. 
 
 
 
 6 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Prejuízos dos países com a pirataria de software ............................... 23 
Figura 2: Pirataria de software no mundo ........................................................... 24 
Figura 3: Perdas geradas pela pirataria de software no Brasil ........................... 27 
 
 
 7 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1: Representação do conhecimento dos usuários sobre a pirataria de 
software ............................................................................................................. 
 
37 
Gráfico 2: Representação do uso de softwares piratas pelos usuários ............ 38 
Gráfico 3: Representação do motivo que levou os usuários a usarem 
softwares piratas ............................................................................................... 
 
39 
Gráfico 4: Representação do conhecimento dos usuários sobre o custo do 
software original que deveria estar sendo usado no lugar do pirata ................. 
 
40 
Gráfico 5: Representação do conhecimento dos usuários sobre as vantagens 
de utilizar um software original .......................................................................... 
 
40 
Gráfico 6: Representação da opinião dos usuários para acabar com o 
comércio de pirataria de software ..................................................................... 
 
41 
 
 
 8 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
ABES: Associação Brasileira das Empresas de Software 
BSA: Business Software Alliance (Aliança nos Negócios de Software) 
BSD: Berkeley Software Distribution (Distribuição de Software de Berkeley) 
INPI: Instituto Nacional de Propriedade Industrial 
ISO: International Organization for Standardization (Organização Internacional de 
Padronizações) 
GPL: General Public License (Licença Pública Geral) 
P2P: Peer to Peer (Ponto a Ponto) 
PC: Personal Computer (Computador Pessoal) 
SAM: Software Asset Management (Gestão de Ativos de Software) 
 
 
 
 9 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 
1 SOFTWARE .................................................................................................... 13 
1.1 DEFINIÇÃO DE SOFTWARE ....................................................................... 13 
1.2 IMPORTÂNCIA DO SOFTWARE ................................................................. 13 
2 DIREITO DE INFORMÁTICA .......................................................................... 14 
2.1 PROTEÇÃO JURÍDICA AO SOFTWARE .................................................... 14 
2.1.1 Proteção pelo sistema de patentes ........................................................ 15 
2.1.2 Proteção pelo direito autoral .................................................................. 16 
3 LICENÇAS DE SOFTWARE ........................................................................... 17 
3.1 TIPOS DE LICENÇA DE SOFTWARE ......................................................... 17 
3.1.1 GPL ........................................................................................................... 17 
3.1.2 BSD ……………………………………………………………………………... 18 
3.1.3 Copyleft ………………………………………………………………………… 18 
3.1.4 Software Proprietário .............................................................................. 19 
3.1.4.1 Freeware ................................................................................................. 19 
3.1.4.2 Shareware …………………….…………………………………..…………. 19 
3.1.4.3 Trial ......................................................................................................... 20 
3.1.4.4 Demo ...................................................................................................... 20 
3.2 SOFTWARE LIVRE ...................................................................................... 20 
4 PIRATARIA ..................................................................................................... 22 
4.1 PIRATARIA DE SOFTWARE ....................................................................... 22 
4.1.1 Tipos de pirataria de software ................................................................ 24 
4.1.2 Motivos que levam a pirataria de software ........................................... 25 
4.1.3 Como se proteger da pirataria de software ........................................... 26 
4.1.4 Efeitos da pirataria de software ............................................................. 27 
4.2 A INTERNET E A PIRATARIA DE SOFTWARE .......................................... 29 
4.2.1 Redes P2P e Bittorrent ............................................................................ 30 
4.2.1.1 Programas P2P e problemas judiciais .................................................... 31 
4.3 LEIS ANTIPIRATRIAE SUAS PENALIDADES ............................................ 32 
4.4 FISCALIZAÇÃO ............................................................................................ 33 
4.5 ÓRGÃOS FISCALIZADORES DA PIRATARIA DE SOFTWARE.................. 34 
 
 
 10 
4.5.1 ABES ......................................................................................................... 35 
4.5.2 BSA ........................................................................................................... 35 
4.6 VANTAGENS DO USO DE SOFTWARES ORIGINAIS ............................... 36 
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................. 37 
5.1 USUÁRIOS COMUNS .................................................................................. 37 
5.2 USUÁRIOS EMPRESARIAIS ....................................................................... 42 
CONCLUSÃO .................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 46 
ANEXO I - LEI 7.646 ........................................................................................ 50 
ANEXO II - LEI 9.609 ......................................................................................... 64 
ANEXO III - LEI 10.695 ...................................................................................... 73 
ANEXO IV - NOTÍCIA: BRASIL É O 5º NO RANKING DE PREJUÍZOS COM 
A PIRATARIA ..................................................................................................... 
 
78 
ANEXO V - NOTÍCIA: PIRATARIA DE SOFTWARE CASUSA PREJUÍZO DE 
R$ 1,1 BI EM SP ................................................................................................ 
 
79 
ANEXO VI - NOTÍCIA: PIRATARIA DE SOFTWARE GERA PERDA DE 
US$53 BI ............................................................................................................ 
 
82 
ANEXO VII - ENTREVISTA REALIZADA COM FUNCIONÁRIOS DA BSA 
SOBRE A FISCALIZACAO DE SOFTWARES PIRATAS ................................. 
 
83 
ANEXO VIII - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS USUÁRIOS COMUNS ........ 86 
ANEXO IX - QUESTIONÁRIO APLICADO PARA ENTREVISTA COM OS 
USUÁRIOS EMPRESARIAIS ............................................................................ 
 
 
87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
INTRODUÇÃO 
 
 
Conhecida como crime moderno, a pirataria consiste em realizar a venda ou 
distribuição de produtos e serviços sem o conhecimento de seus autores, é 
considera crime, pois infringe as leis referentes ao direito autoral. Tomou proporções 
maiores à medida dos avanços da tecnologia, onde um de seus maiores aliados é a 
Internet que é usada para distribuição e aquisição de produtos piratas. Ao adquirir 
esses produtos o consumidor acaba pondo em risco sua própria segurança e saúde, 
pois a pirataria não oferece durabilidade, segurança ou eficiência. A pirataria 
também gera enormes prejuízos para toda a sociedade, ela afeta a economia com 
os prejuízos gerados através dos produtos e serviços que não são registrados, pois 
esses tipos de produtos acabam não fazendo contribuições fiscais, onde os 
impostos que poderiam ser recolhidos seriam investidos na sociedade. 
Dentre o enorme mercado dos produtos piratas existem os softwares piratas, 
que são resultados de outro tipo de pirataria; a pirataria de software. Ela consiste na 
prática ilegal de distribuição de cópias de programas protegidos pelos direitos 
autorais. Teve início com a criação e expansão dos microcomputadores a partir da 
década de setenta. No momento que um software é pirateado, além dos 
desenvolvedores serem prejudicados os consumidores também são atingidos. 
Quando um desses softwares são instalados em seu computador podem trazer 
enormes danos ao equipamento como ameaças a privacidade e segurança através 
de infecções por vírus. Os usuários que trabalham com softwares piratas não podem 
usufruir de um suporte técnico, pois estes programas na maioria das vezes não 
possuem uma documentação adequada, ocasionando ao usuário a perda de 
algumas funções que o software original poderia oferecer, além de não poderem 
receber atualizações de aperfeiçoamento. 
A finalidade desta pesquisa é analisar o conhecimento dos usuários de 
computadores a respeito do uso de softwares piratas. 
Para a captação dos dados deste trabalho será realizada uma pesquisa teórica, 
através da revisão das publicações existentes sobre pirataria digital disponibilizadas 
em meios bibliográficos e digitais. Será realizada ainda, duas pesquisas de campo 
através de entrevistas com usuários de computadores comuns e também com 
usuários responsáveis pelo uso dos programas nas empresas onde atuam, 
 12 
buscando informações sobre o assunto tratado neste trabalho que serão 
apresentados através de relatos e/ou gráficos e contribuirão para a formulação da 
conclusão da pesquisa. 
A pirataria de software é um tema que está muito presente em nossa realidade, 
pois com o aumento do uso da Internet as pessoas estão dando menos importância 
para os softwares genuínos. A pesquisa está totalmente voltada à área de Sistemas 
de Informação, que trabalha com a criação de softwares. Assim, o profissional que 
trabalha nesse ramo poderá estar visualizando o conhecimento e opiniões das 
pessoas que um dia poderão ser seus clientes a respeito do uso dos softwares. 
 
 
 
 13 
1 SOFTWARE 
 
 
1.1 DEFINIÇÃO DE SOFTWARE 
 
 
De acordo com PRESSMAN (2006), software é um produto criado por 
profissionais; geralmente engenheiros, também conhecido como programa de 
computador. Tem por finalidade serem executados em qualquer computador 
independente de tamanho e plataforma. Seu principal objetivo é entregar um dos 
principais produtos de nossa atualidade, a informação. 
O software tem a capacidade de transformar qualquer tipo de dado, seja 
pessoal ou não, em um tipo de informação que seja mais viável no contexto que 
esteja sendo utilizado, ele organiza de melhor forma as informações para que 
possam ser melhores utilizadas e aproveitadas (PRESSMAN, 2006). 
 
 
1.2 IMPORTÂNCIA DO SOFTWARE 
 
 
No início da era da informática o principal desafio era desenvolver hardware 
que gerava um menor custo para o processamento e armazenamento das 
informações, após os avanços tecnológicos e principalmente no setor da 
microeletrônica esse desafio foi sendo resolvido. Atualmente o problema tomou 
caminhos diferentes onde o principal desafio é melhorar a qualidade e reduzir o 
custo de implementações para computador, algo que é feito através dos softwares 
(PRESSMAN, 2006). 
Ao longo dos anos percebemos a diferença da evolução dos computadores. 
O poder de um computador mainframe da década de 1980 agora está à 
disposição sobre uma escrivaninha. As assombrosas capacidades de 
processamento e armazenagem do moderno hardware representam um 
grande potencial de computação. O software é o mecanismo que nos 
possibilita aproveitar e dar vazão a este potencial (PRESSMAN, 1995, p. 
4). 
 
 
 14 
2 DIREITO DE INFORMÁTICA 
 
 
Nas últimas décadas, o ser humano presenciou uma incrível revolução 
tecnológica, essa revolução trouxe profundas modificações econômicas, sociais, 
políticas e culturais. Para haver esse grande avanço tecnológico as empresas 
tiveram que se empenhar muito para chegarem a seus objetivos, porém esses 
avanços não foram surgindo de forma pacífica, enquanto pequenas empresas se 
tornavam grandes impérios na área que atuavam outras desmoronavam à medida 
que os gastos e a tecnologia mudavam. Com várias empresas tentando se 
estabelecer financeiramente em um mesmo ramo começaram a surgir disputas e 
rivalidades onde vários processos foram aparecendo nos tribunais envolvendo a 
área da informática. O direito de informática surgiu para resolver esses problemas 
judiciais(PAESANI, 1997). 
O direito da informática é o conjunto de normas e instituições jurídicas que 
pretendem regular aquele uso dos sistemas de computador – como meio e 
como fim- que podem incidir nos bens jurídicos dos membros da sociedade; 
as relações derivadas da criação, uso, modificação, alteração e reprodução 
do software; o comércio eletrônico, e as relações humanas realizadas de 
maneira sui generis nas redes, em redes ou via Internet (PAIVA, 2009, p.4). 
 
 
2.1 PROTEÇÃO JURÍDICA AO SOFTWARE 
 
 
O software ou programa de computador é uma obra com finalidades técnicas 
resultante do trabalho e dedicação de um programador, sendo em equipe ou 
individual que não pode ser catalogado com uma invenção. A proteção jurídica 
assegura que os criadores desses softwares possam usufruir dos direitos morais 
sobre sua criação e tenham direito a uma remuneração. Os problemas envolvendo 
os programas de computadores foram abordados de formas diferentes entre os 
países, pois eles tinham características especiais e suas ligações com a lógica os 
diferenciavam de um país para outro. Em algumas dessas abordagens não existiam 
proteção ao software, ou eles apenas tinham alguma proteção parcial de autoria. 
Porém havia uma relação entre as diferentes abordagens onde o interesse 
econômico não era apenas dos programadores, mas também das empresas de 
 15 
softwares e fabricantes de computadores, este interesse de todas as partes acabou 
ocasionando a busca de proteções competentes para os programas de 
computadores (PAESANI, 1997). 
É manifesto que, quando um programa de computador é utilizado para fazer 
funcionar um computador, a proteção que a lei sobre o direito do autor 
prevê levanta todas as dificuldades imagináveis: fixação, reprodução, 
publicação, qualidade de autor etc. e coloca-se a questão fundamental de 
saber se o programa entra de maneira conveniente na categoria definida do 
direito de autor (PAESANI, 1997, p. 48). 
 
 
2.1.1 Proteção pelo sistema de patentes 
 
 
Através do sistema de patentes é possível fazer a proteção do projeto ou idéia 
que foram usados para chegar à conclusão de um processo. As patentes garantem 
a seus autores que outras pessoas não possam aproveitar de suas idéias ou 
invenções dizendo serem autoras da mesma. No ramo da programação, o objeto a 
ser patenteado é o primeiro disco com o software que foi projetado. No início das 
elaborações das leis relacionadas às patentes de programas houve algumas 
divergências, pois estudiosos da área do direito diziam que os programas eram 
produtos abstratos, ou seja, não tinham um contato direto com o seu consumidor e 
os discos que eles se encontravam não eram novidade. Em razão dos programas 
serem muito ligados a natureza intelectual de quem os faziam, ficava muito difícil 
patenteá-los, pois os propósitos do direito diziam que essa natureza humana não era 
patenteável. Com esses problemas a convenção de patentes acabou excluindo os 
softwares da proteção por patentes. Sendo assim, os programadores e as empresas 
de softwares alegaram que o tipo de técnica utilizada para fazer os programas e a 
maneira que o programa fazem o computador funcionar eram considerados 
patenteáveis (PAESANI, 1997). 
 
 
 
 
 
 
 16 
2.1.2 Proteção pelo direito autoral 
 
 
É necessário fazer uma proteção dos conhecimentos que foram adquiridos e 
usados durante a elaboração de um software para que futuramente o seu autor não 
seja surpreendido em descobrir algum software similar ao que ele projetou. Essa 
proteção será realizada pelo INPI. O direito autoral tem como finalidade através da 
Lei nº 7.646/87 disponível no Anexo I, dizer que o criador da obra tem o direito de 
protegê-la da pirataria, onde são feitas cópias das informações técnicas que foram 
usadas para finalizar seu projeto evitando o surgimento de softwares que sejam 
parecidos com o de sua autoria (WEIKERSHEIMER, 2000). 
 
 
 17 
3 LICENÇAS DE SOFTWARE 
 
 
As licenças de software servem para especificar ao usuário o que pode ser 
realizado ou não pelo programa que esteja usando, tais como suas limitações e 
recursos que podem ser usados e a sua distribuição obedecendo a uma série de 
circunstâncias. Geralmente essas licenças podem ser observadas no próprio site do 
projeto ou software, dentro do código fonte do programa ou na embalagem do 
software quando adquirido em lojas (HOW STUFF WORKS, 2010). 
Atualmente estamos observando o aparecimento de novos programas 
denominados softwares livres, que estão se destacando cada vez mais dentro dos 
negócios de softwares, nesses programas o usuário não tem nenhuma restrição de 
como usá-lo, podendo fazer até alterações para adaptá-lo às suas necessidades. 
 
 
3.1 TIPOS DE LICENÇA DE SOFTWARE 
 
 
 Existem vários tipos de licença de software, onde cada uma tem sua limitação 
e suas restrições de como o usuário irá trabalhar com o software. 
 
 
3.1.1 GPL 
 
 
 Criada no final da década de 1980 por Richard Satllman é uma das licenças 
mais utilizadas dentre os programas baseados na categoria de software livre, um 
dos mais conhecidos que adotam essa licença é o Linux (UOL TECNOLOGIA, 
2010). 
 Com essa licença há a possibilidade de serem feitas cópias do programa e 
serem instaladas na quantidade de computadores que o usuário desejar. Ela impede 
que um software livre seja integrado a um software proprietário garantindo assim os 
direitos autorais, também restringe que as liberdades do software livre sejam 
 18 
limitadas fazendo com que o software seja distribuído sempre da mesma forma que 
foi adquirido, de maneira livre. (INFO WESTER, 2010). 
 
 
3.1.2 BSD 
 
 
As licenças BSD começaram a ser utilizadas nos softwares desenvolvidos pela 
Berkeley Software Distribution. Nessa licença é mantido o direito dos autores 
originais, porém ela não limita que o programa seja modificado, ou seja, o usuário 
deve ter o conhecimento que o programa que está utilizando tem direitos autorais, 
mas mesmo assim ele pode fazer alterações em seu código fonte quando disponível 
para adaptá-lo às suas necessidades. Sua principal diferença em comparação a 
licença GPL é que não é necessário que o código fonte esteja incluso no programa. 
Também é conhecida pelo nome de copycenter (UOL TECNOLOGIA, 2010). 
Para os desenvolvedores do programa original, baseado nessa licença, alguns 
fatos podem ser desvantajosos, pois outras pessoas podem utilizar seus códigos 
fontes, quando disponibilizados, para criar programas proprietários que possam 
competir com o software original. Essa disputa se torna ainda mais desigual porque 
o criador do software proprietário pode utilizar as melhorias do software livre, já o 
desenvolvedor do software livre não pode utilizar as melhorias incluídas no software 
proprietário. Um exemplo de software que teve grande destaque dentro da licença 
BDS foi o sistema operacional da Apple®, o Mac OSX, que é um software 
proprietário que foi desenvolvido com base nos códigos do FreeBSD, um sistema 
operacional livre do tipo Unix. (GUIA DO HARDWARE, 2010). 
 
 
3.1.3 Copyleft 
 
 
Licença presente em alguns softwares livres, não há limitações em relação a 
cópias, modificações e utilização do software, sua única barreira está relacionada a 
utilizações do programa de forma não autorizada. As licenças do tipo GPL são 
exemplos que se baseiam nas características da copyleft. O centro do sistema 
 19 
operacional Linux, também conhecido como Kernel Linux, é um exemplo de software 
que se baseia na licença copyleft. (UOL TECNOLOGIA, 2010). 
 
3.1.4 Software Proprietário 
 
 
São os softwares que o autor impõe restrições do determinado grau que 
desejar. Modificação, cópias ou distribuição estão proibidas para esses programas, 
para utilizá-los é necessário ter permissão ou pagar por sua licença. O software 
proprietário está dividido em quatro categorias de licença: Freeware, shareware, trialou demo (UOL TECNOLOGIA, 2010). 
 
 
3.1.4.1 Freeware 
 
 
 São os softwares onde o usuário não precisa pagar para utilizá-lo. Mesmo o 
software sendo gratuito existe alguns fatos que devem ser observados. Na maioria 
desses programas existem contratos de licenciamento que geralmente vem 
integrado na sua instalação que devem ser aceitos pelo usuário para que a 
instalação seja finalizada, no contrato está descrito se o programa possui limitações 
e quais os tipos de usuários que podem trabalhar com o programa, pois existem 
casos onde o programa só é do tipo gratuito para uso acadêmico, pessoal, 
governamental ou militar. Portanto este contrato deve ser bem lido (ITEC TALK, 
2010). 
 
 
3.1.4.2 Shareware 
 
 
Essa licença impõe algumas limitações ao software que a esteja usando. Essas 
limitações podem depender de cada tipo de desenvolvedor. As mais comuns são: 
Limitações das funções, onde o usuário não pode usufruir de todas as funções que o 
programa oferece e a limitação do tempo de uso que faz com que o programa 
 20 
funcione a quantidade de dias que o desenvolvedor limitou. Para que estas 
limitações sejam eliminadas o usuário deve registrar o programa, para tal ele tem 
que pagar ao criador ou empresa responsável pelo programa (UTILIDADES ÚTEIS, 
2010a). 
 
 
3.1.4.3 Trial 
 
 
Essa licença tem como função fazer que os softwares possam ser usados em 
versão de testes. Sendo assim, ele estará limitado em tempo de funcionamento, 
geralmente são trinta dias de uso para que o usuário tenha a experiência se o 
software será útil para ele (UOL TECNOLOGIA, 2010). 
 
 
3.1.4.4 Demo 
 
 
A licença demo também possibilita ao programa ser usado em fases de testes, 
ela funciona como um tipo de demonstração, onde o usuário pode utilizar algumas 
das funções do programa original ou pode ser limitado no tempo de uso. As 
empresas desenvolvedoras utilizam muito essa licença antes de lançarem a versão 
original para verificar se o software que estão desenvolvendo atenderá bem aos 
usuários (UTILIDADES ÚTEIS, 2010b). 
 
 
3.2 SOFTWARE LIVRE 
 
 
Criados pela empresa Free Software Foundation são os softwares que não 
possuem restrições em relação ao seu uso, podendo assim ser modificado e 
copiado sem qualquer problema. Os programas denominados livres podem ser 
divididos em duas categorias. Software em domínio público, que ocorre quando o 
autor ou criador do software renuncia aos direitos sobre seu produto, fazendo com 
 21 
que este se torne um bem comum. Outro tipo de software livre é quando o autor faz 
combinações com licenças presentes dentro do software livre que geralmente são 
licenças GPL ou BSD, quando o autor toma essa decisão é garantido os direitos 
autorais para ele ou para a organização (BR-LINUX.ORG, 2010). 
Para um software ser de natureza denominado software livre deve obedecer 
simultaneamente quatro tipos de liberdade que foram definidas pela Free Software 
Foundation: 
 Liberdade em execução do programa para qualquer fim que o usuário 
desejar; 
 Liberdade de o software ser estudado e modificado, sendo assim seu código 
fonte deve ser aberto; 
 Liberdade para que possa ser redistribuído cópias a fim de ajudar o próximo; 
 Liberdade de melhorar o programa fazendo com que esses melhoramentos 
sejam liberados para beneficiar toda a comunidade (BR-LINUX.ORG, 2010). 
A liberdade de usar um programa significa que qualquer usuário, seja físico ou 
jurídico, possa utilizá-lo em qualquer plataforma operacional para qualquer atividade 
que desejar sem haver a necessidade de autorização do desenvolvedor. Já na 
liberdade de redistribuição de cópias, deve haver juntamente com o programa, os 
códigos fontes tanto para o original quanto para o modificado. A principal 
característica dos softwares livres é a presença do código fonte aberto. Podem ser 
comercializados como qualquer outro software comum, podendo assim ter 
desenvolvimento e distribuição comercial (FUNDAÇÃO SOFTWARE AMÉRICA 
LATINA, 2010). 
 Quando é falado sobre softwares livres, rapidamente é lembrado dos 
softwares gratuitos (freeware), porém essas duas categorias de softwares não são 
iguais como várias pessoas pensam. Como foi citado no software livre, há a 
presença do código fonte disponível para o usuário estudá-lo ou modificá-lo. Já no 
software gratuito a única semelhança é que o usuário não precisa pagar para usá-lo, 
porém ele não tem acesso ao código fonte fazendo com que o mesmo não possa 
ser alterado ou estudado. O usuário deve apenas usá-lo pela forma como ele foi 
criado (INFO WESTER, 2010b). 
 
 
 
 22 
4 PIRATARIA 
 
 
A pirataria tem como objetivo fazer a distribuição ou vendas de produtos ou 
serviços sem o conhecimento de seus autores. É considera crime, pois infringe as 
leis referentes ao direito autoral. Também conhecida como o crime do século XXI, foi 
tomando proporções maiores à medida dos avanços da tecnologia, onde um de seus 
maiores aliados é a Internet que é usada para distribuição e aquisição de produtos 
piratas. Ao adquirir um produto pirata o consumidor acaba pondo em risco sua 
própria segurança e saúde, pois a pirataria não oferece durabilidade, segurança ou 
eficiência. Para a economia a pirataria gera enormes prejuízos, pois os produtos e 
serviços não são registrados e acabam não fazendo contribuições fiscais, onde os 
impostos que poderiam ser recolhidos seriam investidos na sociedade (BRASIL 
ESCOLA, 2009). 
No campo da informática a principal área lesada com a pirataria é a indústria de 
software, onde os crimes são conhecidos como pirataria de software. 
 
 
4.1 PIRATARIA DE SOFTWARE 
 
 
A pirataria de software teve início com a criação e expansão dos 
microcomputadores a partir da década de setenta. 
Pirataria de Software é a prática ilícita, caracterizada pela reprodução ou 
uso indevido de programas de computador, legalmente protegidos, em 
outras palavras. É a reprodução ou utilização, não autorizada, de softwares 
de outrem, uma falsificação enfim (ORRICO, 2004, p.59). 
 
A pirataria pode ser classificada de acordo com sua finalidade de violação, 
meios utilizados ou o tipo de violação. 
No momento que um software é pirateado, além dos desenvolvedores serem 
prejudicados, os consumidores também são atingidos, pois quando um desses 
softwares são instalados em seu computador podem trazer enormes danos ao 
equipamento, como ameaças a privacidade e segurança através de infecções por 
vírus. O usuário que trabalha com softwares piratas não pode usufruir de um suporte 
técnico, geralmente não possuem uma documentação adequada, ocasionando ao 
 23 
usuário a perda de algumas funções que o software original poderia oferecer, além 
de não poderem receber atualizações de aperfeiçoamento (MALIMA 
CONSULTORIA, 2009). 
Com a pitaria os desenvolvedores acabam levando prejuízos financeiros tanto 
no projeto que foi pirateado quanto nos projetos futuros. A maioria dos 
desenvolvedores investem uma parte da renda obtida com as vendas dos softwares 
em projetos que visam os melhoramentos dos softwares no futuro, assim quando um 
programa é pirateado o custo de desenvolvimento de novos software fica maior, 
resultando em uma perda geral para a sociedade (MALIMA CONSULTORIA, 2009). 
Através da Figura 1 pode-se observar as perdas de alguns países com a 
pirataria de software. 
 
 
Figura 1 – Prejuízos dos países com a pirataria de software 
Fonte: <http://www.baixaki.com.br/imagens/materias/2804/7891.jpg>. 
Acesso em: 30 Out. 2009. 
 
No anexo IV é mostrado que o Brasil no ano de 2009 sofreu prejuízos de US$ 
2,25 bilhões com a pirataria de software, passando da 9ª posição para a 5ª. 
 24 
Na Figura 2 é possível verificar o uso de softwares piratas no mundo. 
Figura 2 – Pirataria de software no mundo 
Fonte: <http://www.baixaki.com.br/imagens/materias/2804/51344.jpg>. 
Acesso em: 30 Out. 2009. 
 
Ao analisar a Figura 2 percebem-se asdiferenças existentes entre as regiões. 
Na América do Norte e Europa Ocidental os índices de pirataria de software são os 
mais baixos em virtude do poder aquisitivo da população ser maior e os preços dos 
programas serem reduzidos, além de haver uma maior fiscalização contra a 
pirataria. Já nas outras regiões o índice é maior pelo fato do poder aquisitivo da 
população se menor e os preços dos softwares serem bem mais elevados (BAIXAKI, 
2009). 
 
 
4.1.1 Tipos de pirataria de software 
 
 
Com os avanços tecnológicos a pirataria pode ser realizada de diversas 
maneiras, que podem ser feitas desde um usuário comum até pessoas 
especializadas em crimes virtuais. 
 Pirataria do usuário final: Ocorre quando usuários compram um software 
original e começam a copiá-lo sem a devida licença e começam a fazer uma 
distribuição informal. Podem ocorrer em empresas que compram um 
determinado número de licenças que não são suficientes para todos seus 
 25 
usuários e acabam fazendo cópias extras ou também entre usuários leigos que 
ficam passando cópias falsificadas entre si (MICROSOFT, 2009). 
 Pirataria de revendedor: Essa pirataria acontece quando um revendedor mal 
intencionado faz a distribuição de um único software para usuários diferentes, 
geralmente este tipo de pirataria acontece na compra de computadores novos 
onde os principais softwares violados são sistemas operacionais e programas 
que já vem carregados no computador. O usuário não recebe nenhum tipo de 
mídia com o programa e tão pouco a sua licença (MALIMA CONSULTORIA, 
2009). 
 Falsificação: São cópias ilegais de softwares que são distribuídas como se 
fossem originais em embalagens falsificadas que imitam as originais. 
Geralmente esses tipos de softwares vêm acompanhados de registros ou 
números de séries falsificados. Esse tipo de pirataria tem o objetivo de enganar 
o usuário final (MICROSOFT, 2009). 
 Cracking: É a maneira de conseguir acesso ilegal a um software original. Está 
muito presente na Internet, existem sites especializados para baixar cracks de 
diversos programas. Na maioria das vezes os programas de cracks funcionam 
através da geração de códigos de licença para um software pirata ser 
identificado como original (BORLAND, 2009). 
 Pirataria pela Internet: É o tipo de pirataria que mais preocupa as empresas de 
softwares, usuários disponibilizam na rede programas com direitos autorais 
para outros usuários copiarem sem ter a licença legal. Outra maneira que pode 
ocorrer essa pirataria é através de compras de softwares originais com cartões 
de crédito roubados ou clonados. A pirataria pela Internet é um grande 
obstáculo no ramo das indústrias de softwares, pois as técnicas usadas pelos 
piratas estão cada vez mais sendo implementadas e sofisticadas, gerando 
assim um grave problema para sua detecção (MALIMA CONSULTORIA, 2009). 
 
 
4.1.2 Motivos que levam a pirataria de software 
 
 
 Existem vários motivos que levam a uma pessoa cometer a pirataria com 
softwares, em relação à área jurídica ela é considerada um crime menor, porém o 
 26 
principal motivo está ligado com a economia e lucros. O vendedor de softwares 
piratas pode obter um lucro máximo em suas vendas, pois somente tem gastos com 
os meios de reprodução que geralmente são muito baratos, ao contrário dos 
vendedores autorizados que tem gastos com impostos e várias outras taxas 
(DEWES, 2010). 
 Para os compradores a pirataria chama a atenção também pelo custo, pois 
um software pirata é na maioria das vezes muito mais barato que o software original, 
porém o comprador acaba não se importando com a garantia e qualidade do produto 
adquirido. Pesquisas realizadas mostram também que a pirataria chama muitas 
vezes a atenção do comprador pelo motivo de chegarem muitas vezes no mercado 
antes do produto original (DEWES, 2010). 
 
 
4.1.3 Como se proteger da pirataria de software 
 
 
O fato de a pirataria estar cada vez mais tomando proporções maiores as 
empresas de desenvolvimento disponibilizaram algumas informações que ajudam o 
usuário a identificar os softwares piratas. 
 Ao receber algum tipo de oferta por e-mail e perceber que o preço está abaixo 
do normal faça uma verificação se o site que enviou a oferta é autorizado ou 
bem conceituado. Geralmente propostas que oferecem descontos superiores a 
20% são feitas por empresas de pirataria. 
 Se for realizar a compra do software pela Internet sempre escolha o site de um 
revendedor autorizado. 
 Em dúvida de alguma proposta, verificar no site da empresa desenvolvedora do 
software se o anunciante é registrado. 
 Caso for adquirir um software em alguma loja, verificar se o produto vem com 
toda a documentação como nota fiscal, termos de autenticidade, chaves de 
acesso e contratos que regem a legalidade do programa (ADOBE, 2009). 
Mesmo com todas essas informações é difícil evitar as fraudes com a pirataria, 
assim o usuário deve sempre estar atendo para não se tornar mais uma vítima deste 
crime. Se perceber que está tentando ser enganado, o usuário pode fazer uma 
denúncia contra a piraria de software junto ao órgão competente, neste caso o INPI. 
 27 
4.1.4 Efeitos da pirataria de software 
 
 
 Um dos maiores impactos causados pela pirataria de software está 
relacionado à arrecadação de impostos. A Figura 3 mostra o índice de perdas 
gerados pela pirataria de software no Brasil (Pereira et al, 2010). 
 
Figura 3 – Perdas geradas pela pirataria de software no Brasil 
Fonte: 
<http://www.assespropr.org.br/uploadAddress/Prejuizos_Causados_pela_pratica_da_pirataria.
pdf>. 
Acesso em: 18 Mai. 2010. 
 
O anexo V mostra que o estado de São Paulo teve prejuízo de R$1,1 bilhões 
no ano de 2008, além dos prejuízos em valor monetário é possível observar o 
impacto gerado por esse tipo de pirataria em relação à geração de empregos, pois 
através da pesquisa realizada percebeu-se que se a pirataria de software fosse 
reduzida dos 58%, que se encontra atualmente, para 50% a região geraria mais de 
19,5 mil empregos diretos e indiretos. 
Além do impacto causado no setor econômico a pirataria de software causa 
grandes prejuízos para os autores e empresas criadoras de softwares, pois eles 
acabam investimento muito em seus projetos e não alcançam o retorno esperado. 
Isso faz com que tenham que cortar os gastos para não estourarem seu orçamento, 
geralmente esses cortes começam com a diminuição de empregados, mostrando 
que mais uma vez a pirataria de software acaba prejudicando a sociedade. A 
pirataria também compromete o desenvolvimento de programas futuros, isso 
acontece porque quando o software original está sendo vendido é investida uma 
 28 
parte da renda em projetos de melhoria e desenvolvimento de programas que ainda 
serão criados (MALIMA CONSULTORIA, 2010). 
O consumidor que adquire um software pirata também corre muitos riscos ao 
instalá-lo em sua máquina, pois esses programas podem conter vários erros, além 
de gerar danos a arquivos do usuário, infecções por vírus, entre outros inúmeros 
danos podendo comprometer sua privacidade e segurança. Além dos riscos que o 
usuário corre, ele não pode usufruir de todos os recursos que poderia usar se 
tivesse um software original. Geralmente um software pirata não possui 
documentação regular, sendo assim ele dificilmente oferece pacotes de 
atualizações, suportes técnicos ou outros serviços que possam ajudar o usuário 
(MALIMA CONSULTORIA, 2010). 
Por fim, segundo a Microsoft®, os principais riscos que podem ser destacados 
decorrentes do uso de softwares piratas são: 
Qualidade - O software pirata geralmente está desprovido dos principais 
recursos e documentação, não proporcionando aos usuários qualquer 
garantia ou opções de atualização. 
Vírus - CDs não devidamente testados poderão estar infectados com vírus 
que irão danificar seu disco rígido ou contaminar a rede, além de não 
contarem com os inerentes benefíciosde suporte técnico do software 
original. 
Riscos para as empresas - a cópia ou o uso de software copiado 
ilegalmente no local de trabalho coloca toda a empresa sob risco de infringir 
a legislação de direitos autorais. O software pirata põe a perder muitos 
recursos da empresa, quer por sua baixa funcionalidade ou pelo risco de 
vírus, aumentando significativamente os custos de TI (MICROSOFT, 2010). 
 
Podemos perceber que a pirataria de software afeta praticamente a todos, 
desde o simples usuário que utiliza o software até as grandes empresas que criaram 
o software original além de afetar inúmeros setores como a economia, segurança de 
informações, sociedade, etc. 
O anexo VI mostra que a pirataria de software vem crescendo ao passar dos 
anos em todo mundo chegando a gerar prejuízos de US$ 53 bilhões. Pesquisas 
mostraram que o uso de programas não licenciados passou de 37% em 2007 para 
41% em 2008. 
 
 
 
 
 
 29 
4.2 A INTERNET E A PIRATARIA DE SOFTWARE 
 
 
A Internet nada mais é do que um meio de comunicação através do qual, 
mediante a utilização de hardware e software adequados e de um outro 
meio de comunicação que lhe dá suporte, se realiza o envio e o 
recebimento de textos, imagens e sons em tempo real. Em outras palavras, 
a Internet é um simples meio de comunicação, que depende de um outro 
meio de comunicação (ORRICO, 2004, p. 35 e 36). 
 
Com este meio de comunicação foi possível realizar inúmeras atividades 
destacando as áreas de entretenimento, informação e comercial. Tornou-se o mais 
importante e mais eficaz veículo de comunicação da atualidade. A Internet provocou 
profundo impacto na sociedade com suas ferramentas e possibilidades de 
comunicação (MONTENEGRO, 2003). 
 A Internet trouxe inúmeros benefícios em diversas áreas que estão presentes 
em nosso cotidiano, temos como exemplo o comércio eletrônico que acontece 
quando uma transação comercial é realizada através da Internet. Esse tipo de 
comércio está em profunda expansão mundial, pois possibilitou que empresas 
possam vender e entregar seus produtos sem nenhuma limitação de espaço 
geográfico (ORRICO, 2004). 
 Com as inúmeras funções benéficas que a Internet pode exercer em nossa 
vida e sociedade, ela também vem sendo utilizada para provocar danos e prejuízos 
as pessoas. Criminosos virtuais vêm surgindo constantemente nesse grande meio 
de comunicação a fim de aplicarem golpes e diversos crimes a fim de se 
beneficiarem. 
Do mesmo modo que a Internet deu capacidade para os autores disseminarem 
seus produtos e chegarem mais rápidos a seus clientes, ela também tornou-se a 
principal ferramenta para a pirataria de software, pois com ela é possível fazer com 
que os programas pirateados possam ser distribuídos mais facilmente e com grande 
agilidade, além de ter baixo custo e ter um retorno de investimento e lucro muito alto. 
Geralmente para se iniciar um negócio pirata pela Internet é preciso ter somente um 
computador conectado a Internet, gravador de CD/DVD com algum software para 
gravação e outro software de compartilhamento para distribuir os softwares pela 
Internet (BAIXAKI, 2010). 
Sabendo que a Internet funciona graças a inúmeros computadores conectados 
e também pelo trabalho de inúmeras pessoas e organizações como administradores 
 30 
de redes, provedores, sites, usuários e a terceiros que trabalham para seu 
funcionamento, torna-se muito difícil encontrar o infrator do crime virtual fazendo 
assim que a maioria dos criminosos não sejam punidos. (MONTENEGRO, 2003). 
 
 
4.2.1 Redes P2P e Bittorrent 
 
 
 Segundo o portal de notícias da Globo, redes P2P pode ser definida: 
Sigla para "peer to peer" (em português, ponto a ponto), é o nome dado 
aos diversos serviços de compartilhamento de arquivos pela Internet. Em 
vez de serem armazenados em um computador central, os arquivos 
distribuídos ficam disponíveis diretamente do PC de quem utiliza o serviço 
(G1, 2010). 
 
 Para a utilização das redes P2P o usuário deve ter instalado em seu 
computador o programa de compartilhamento P2P, que são os softwares 
responsáveis por fazer as pesquisas e downloads dentro da rede. Esses programas 
geraram grande facilidade para a expansão da pirataria de software pela Internet. 
Com eles foi possível compartilhar arquivos muito mais rápidos e como esse 
compartilhamento é feito entre os próprios usuários, sem a necessidade de um de 
um mediador, a obtenção de softwares piratas torna-se praticamente gratuita 
(DEWES, 2010). 
 Dentre o compartilhamento P2P destaca-se a tecnologia BitTorrent que pode 
ser defino como “um protocolo que permite o compartilhamento de qualquer tipo de 
arquivo” (INFO WESTER, 2010a). Essa tecnologia ganhou muito destaque, pois é 
capaz de oferecer muitas ferramentas para o compartilhamento além de ser rápida e 
estável. Portando percebemos que cada vez mais surgem serviços e aplicativos que 
ajudam a pirataria a se difundir, tornando o seu controle cada vez mais difícil (INFO 
WESTER, 2010a). 
 
 
 
 
 
 
 31 
4.2.1.1 Programas P2P e problemas judiciais 
 
 
Existem vários programas de compartilhamento utilizando redes P2P 
atualmente, porém uns funcionam normalmente e outros não. A maior parte dos 
programas que pararam de funcionar geralmente tiveram problemas judiciais com 
indústrias fonográficas, mercado que mais sofre com o compartilhamento de 
arquivos ilegais. Os outros programas que continuam funcionando alegam que 
possuem filtros para combater a transferências de arquivos ilegais e que não é 
possível fazer um monitoramento sobre cada serviço que um usuário faz dentro da 
rede do programa, pois cada busca dentro da rede P2P pode ter inúmeras funções 
úteis quando se faz o compartilhamento, fazendo que seja praticamente impossível 
monitorar se o arquivo é protegido ou não (INFO, 2010). 
Nos últimos anos foi anunciado o fechamento de muitos servidores de 
compartilhamentos de arquivos, programas P2P que pararam de funcionar, ao qual 
podemos dar destaque ao software da empresa Sharman Netwoks®, o Kazaa©. 
O programa Kazaa© ganhou destaque dentro do tema da pirataria pelo 
processo que sofria com a indústria fonográfica da Austrália, cuja decisão do juiz foi 
de que o programa parasse com o compartilhamento de arquivos piratas ou arquivos 
com copyright. Para não ser fechado, ele deveria oferecer filtros que impedissem a 
troca desses tipos de arquivos até a data estipulada pelo juiz. Porém, a empresa 
responsável pelo programa não cumpriu a ordem da justiça e bloqueou o software 
de se conectar com a rede de trocas de arquivos, fazendo com que parasse de 
funcionar até uma próxima audiência (Meio Bit, 2010). 
Vários programas já pararam de funcionar com problemas parecidos com o 
Kazaa©, um exemplo é o Emule© que já teve vários de seus servidores fechados 
por motivos de transferências de arquivos ilegais. A cada dia, surge nas cortes 
judiciais mais processos envolvendo programas P2P, envolvendo basicamente 
sempre o mesmo problema, transferências ilegais de arquivos. Noticias mostram que 
o programa que está enfrentando esse tipo de problema recentemente é o Lime 
Wire© com processos envolvendo a indústria fonográfica americana (INFO, 2010). 
 
 
 
 32 
4.3 LEIS ANTIPIRATRIA E SUAS PENALIDADES 
 
 
Existem cerca de cinco leis na constituição que visam proteger os direitos 
autorais e intelectuais, dentre essas leis as que mais destacam-se no ramo de 
software é a lei nº 9.609 de 19 de Fevereiro de 1998 e a lei nº 10.695 de 1de Julho 
de 2003. 
A lei nº 9.609 trata da proteção da propriedade intelectual de programas de 
computador, como deve ser feita sua comercialização, a proteção sobre os direitos 
autorais do proprietário, garantias e proteções sobre o usuário e também trata das 
penalidades e infrações (DEWES, 2010). 
 Em mais detalhes a lei nº 9.609 define e penaliza: 
 Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual deprograma de 
computador é o conferido às obras literárias pela legislação de direitos 
autorais e conexos vigentes no País, observado o disposto nesta Lei. 
 § 1º Não se aplicam ao programa de computador as disposições 
relativas aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do 
autor de reivindicar a paternidade do programa de computador e o direito do 
autor de opor-se a alterações não-autorizadas, quando estas impliquem 
deformação, mutilação ou outra modificação do programa de computador, 
que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação. 
 § 2º Fica assegurada a tutela dos direitos relativos a programa de 
computador pelo prazo de cinqüenta anos, contados a partir de 1º de janeiro 
do ano subseqüente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua 
criação. 
 § 3º A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de 
registro. 
 § 4º Os direitos atribuídos por esta Lei ficam assegurados aos 
estrangeiros domiciliados no exterior, desde que o país de origem do 
programa conceda, aos brasileiros e estrangeiros domiciliados no Brasil, 
direitos equivalentes. 
 § 5º Inclui-se dentre os direitos assegurados por esta Lei e pela 
legislação de direitos autorais e conexos vigentes no País aquele direito 
exclusivo de autorizar ou proibir o aluguel comercial, não sendo esse direito 
exaurível pela venda, licença ou outra forma de transferência da cópia do 
programa. 
 CAPÍTULO V 
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES 
 Art. 12. Violar direitos de autor de programa de computador: 
 33 
 Pena - Detenção de seis meses a dois anos ou multa. 
 § 1º Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de 
programa de computador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem 
autorização expressa do autor ou de quem o represente: 
 Pena - Reclusão de um a quatro anos e multa. 
 § 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe 
à venda, introduz no País, adquire, oculta ou tem em depósito, para fins de 
comércio, original ou cópia de programa de computador, produzido com 
violação de direito autoral. 
 § 3º Nos crimes previstos neste artigo, somente se procede mediante 
queixa, salvo: 
 I - quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação 
instituída pelo poder público; 
 II - quando, em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, 
perda de arrecadação tributária ou prática de quaisquer dos crimes contra a 
ordem tributária ou contra as relações de consumo. 
 Art. 14. Independentemente da ação penal, o prejudicado poderá 
intentar ação para proibir ao infrator a prática do ato incriminado, com 
cominação de pena pecuniária para o caso de transgressão do preceito. 
(PRESIDENCIA FEDERATIVA DO BRASIL, 2010a) 
 A lei nº 10.695 também trata dos direitos autorais e intelectuais, seu principal 
objetivo foi atualizar as leis que existiam, pois tratou algumas brechas que existiam 
entre as leis mais antigas em relação à Internet. Suas penalidades são as mesmas 
definidas pela lei 9.609. (Dewes, 2010). 
Nos anexos II e III encontram-se as leis nº 9.609 e nº 10.695 por completas. 
 
 
4.4 FISCALIZAÇÃO 
 
 
Com o avanço da tecnologia, novos métodos de pirataria vêm surgindo a cada 
momento, portanto os órgãos fiscalizadores estão sempre adotando táticas para 
expandir e melhorar o mercado de softwares legais. 
Segundo a BSA, as principais táticas adotadas são: 
 Investigações e Cumprimento da lei: A BSA, anualmente, solicita e 
recebe milhares de relatos de alegação de pirataria de software enviados 
por usuários finais, revendedores, oficiais de justiça, funcionários de 
 34 
companhias e de associações filiadas. A BSA investiga essas pistas e – 
quando necessário e apropriado – entra com processos para impedir a 
pirataria de softwares. A BSA encaminha alguns casos particularmente 
mais notáveis para as autoridades responsáveis por processos criminais. 
 
 A luta contra a Pirataria estabelecida pela Internet: A BSA usa a mais 
moderna tecnologia para rastrear a distribuição de programas piratas via 
Internet, feitas através de sites leilão on-line, sites entre colegas e outros 
canais da Internet. A cada ano, a BSA emite e envia milhares de 
solicitações a provedores de serviços de Internet e gerentes de sites na 
Web pedindo que removam os softwares piratas de seus sites. 
 
 SAM: A BSA prove ferramentas e recursos para ajudar organizações a 
gerenciar seus softwares de forma a reduzir riscos de incompatibilidade 
e maximizar o retorno sobre os investimentos. A vantagem da BSA SAM 
é o esforço a longo prazo para ajudar as companhias caminharem mais 
facilmente em direção à uma adoção duradoura de padrões globais SAM 
publicados pela ISO – Organização Internacional de Padronizações. 
 
 Educação: Uma das formas mais eficazes de a BSA prevenir a pirataria 
de software e os riscos associados que ameaçam a sociedade, é através 
da constante conscientização dos impactos negativos, o que é feito 
através da mídia, das escolas e ações diretas para atingir positivamente 
as comunidades. 
 
Foi realizada em contato com a BSA, via e-mail, uma entrevista contida no 
Anexo VII onde as perguntas foram respondidas pela coordenadora Patricia Rochat 
e o assistente jurídico Marcelo Madureira que deram mais detalhes de como é 
realizada a fiscalização para combater a pirataria de software. 
 
 
4.5 ÓRGÃOS FISCALIZADORES DA PIRATARIA DE SOFTWARE 
 
 
No Brasil os principais órgãos responsáveis por fiscalizar a ação da pirataria 
sobre os softwares é a ABES e a BSA. Desde a criação das novas leis sobre os 
softwares, que prevêem punições mais rigorosas sobre os crimes de pirataria de 
software, visando assim, defender o direito do autor sobre seu produto, esses 
órgãos vem aumentando o rigor em suas fiscalizações (S2 COMUNICAÇÃO 
INTEGRADA, 2010). 
 
 
 
 
 
 35 
4.1.1 ABES 
 
 
Fundada em 09 de Setembro de 1986, tornou-se a principal associação de 
empresas de software do Brasil. Tem como função servir as empresas que fabricam, 
distribuem e revendem programas de computador através de palestras, consultorias 
jurídicas, benefícios fiscais, conscientização de uso de softwares originais, entre 
outros (ABES, 2010). 
A ABES existe para Desenvolver, Promover, Informar e Proteger o Setor 
Brasileiro de Software. Nós fazemos isso através de serviços de Consultoria 
Jurídica, Educação e Marketing. Em 24 anos de existência a associação 
tem cumprido a missão de não somente representar as companhias 
brasileiras de software, mas também desenvolver, promover, informar e 
proteger o setor. Nesse período, uma série de importantes conquistas foram 
alcançadas. Tudo isso foi fundamental para tornar o mercado de software 
ainda mais competitivo e posicioná-lo como um dos prioritários para o 
governo (ABES, 2010). 
 
A ABES possui 14 estados associados somando mais de 400 empresas 
nacionais que atuam no ramo de software, juntas representam cerca de 85% do 
mercado brasileiro de softwares (S2 COMUNICAÇÃO INTEGRADA, 2010). 
 
 
4.5.2 BSA 
 
 
 A BSA está presente em mais de 80 países de todos os continentes. É uma 
organização internacional que defende os direitos autorais para o setor de software, 
também trabalha para promover um maior desenvolvimento de indústrias e 
empresas ligadas ao setor de programas de computador. No Brasil atua juntamente 
com a ABES (S2 COMUNICAÇÃO INTEGRADA, 2010). 
A BSA - Business Software Alliance é a voz da indústria mundial de 
softwares e de seus parceiros de hardware em uma gama enorme de 
negócios e programas de ação. A missão da BSA é promover condições 
nas quais a indústria de Tecnologia da Informação (TI) possa prosperar e 
contribuir para a prosperidade, segurança e qualidade de vida das pessoas 
(BSA, 2010). 
 
A BSA conta com algumas das empresas mais inovadoras do mundo: 
Microsoft®,Adobe®, Symantec® e Autodesk® (S2 COMUNICAÇÃO INTEGRADA, 
2010). 
 36 
4.6 VANTAGENS DO USO DE SOFTWARES ORIGINAIS 
 
 
Inúmeras são as vantagens quando é comprado um software original tanto 
para o usuário quanto para a empresa desenvolvedora. 
Para o usuário podemos destacar os seguintes benefícios segundo o Grupo 
Tech Data: 
 Os programas originais vêm acompanhados de instruções de utilização e 
conselhos sobre a melhor forma de deles tirar partido; 
 
 Ser proprietário e utilizador registrado de programas informáticos é a 
única forma de ter acesso a novas versões (upgrades) a preço inferior ao de 
mercado; 
 
 Comprar programas originais confere direito a uma garantia, assegurada 
pela entidade editora através da entidade vendedora; 
 
 Adquirir software legal é a forma de promover o desenvolvimento de 
novos e melhores programas, compensando os custos de desenvolvimento 
e de comercialização; 
 
 Se o número de unidades vendidas for significativo, as próprias regras 
de mercado obrigarão a baixar o preço dos programas; 
 
 Optar pela aquisição de programas originais é, sem dúvida, uma atitude 
cívica de respeito pela propriedade intelectual e de cumprimento da 
legislação nacional e internacional aplicável; 
 
 Utilizar unicamente programas legalizados é a melhor forma de evitar 
problemas, pois um dos maiores perigos da utilização não autorizada de 
software é a sua capacidade para destruir dados valiosos. O software pirata 
traz consigo a ameaça de vírus diretamente nos seus computadores. 
 
Com a venda de softwares originais as empresas alcançam seus lucros e 
investimentos esperados fazendo com que possam investir mais em seus projetos 
gerando produtos com melhor qualidade e custo-benefício. Além dos benefícios da 
empresas, a venda de softwares originais também beneficia a sociedade através de 
arrecadação de impostos e geração de emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
51%
19%
30%
Sim Não Já ouvi a respeito
Você sabe o que é pirataria de software?
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
 
A análise deste trabalho será divida em duas categorias, a primeira 
apresentará os resultados da pesquisa feita com os usuários comuns e a segunda 
mostrará os resultados obtidos com os usuários empresariais. 
 
 
5.1 USUÁRIOS COMUNS 
 
 
Para melhor compreensão, os dados obtidos serão representados através de 
gráficos. O questionário da pesquisa, disponível no Anexo VIII, foi aplicado para 50 
usuários comuns de computadores de ambos os sexos, com idades entre 18 e 45 
anos. Sendo a maioria residentes em São Roque do Canaã, porém alguns usuários 
que estudam no Unesc e que residem em outros municípios também participaram da 
pesquisa, pois o seu principal objetivo é analisar o conhecimento dos usuários 
comuns de computadores em relação ao uso de softwares piratas. 
A seguir a apresentação dos gráficos e seus resultados: 
 
 
Gráfico 1 - Representação do conhecimento dos usuários sobre a pirataria de software 
 
 
 38 
62%
0%
38%
Sim Não Não sei
Usa ou já usou software pirata?
Através do gráfico 1, pode-se observar que a maioria dos usuários tem 
conhecimento sobre a pirataria de software e a maior parte dos que não sabiam o 
que era esse tipo de pirataria já tinham ouvido falar a seu respeito. 
 
 
 
Gráfico 2 - Representação do uso de softwares piratas pelos usuários 
 
 
Conforme o gráfico 2, é observado que a maioria dos usuários usam softwares 
piratas e que infelizmente entre os pesquisados ninguém declarou com toda a 
certeza que não usa nenhum tipo de software pirata. Os usuários que declaram na 
pergunta anterior que não tinham conhecimento sobre a piraria escolheram a opção 
que não sabiam se tinham um software pirata em seu computador, o mesmo 
também ocorreu com a maioria dos usuários que responderam que já tinham ouvido 
falar sobre a pirataria, pois disseram que não sabiam identificar a diferença entre o 
software original e o pirata. 
 
 
 
 
 39 
66%
14% 20%
Menor custo Não sabia que era pirata Outro motivo
Caso marcou sim na alternativa anterior, foi por qual motivo?
 
Gráfico 3 – Representação do motivo que levou os usuários a usarem softwares piratas 
 
Através do gráfico 3 é observado que entre os usuários que declaram que 
utilizam software pirata a grande parte respondeu que o motivo principal que os leva 
a adquirir esses programas está relacionado ao seu baixo custo, ou custo zero. 
Alguns disseram que não sabiam que o software que utilizavam era pirata e que 
foram saber só algum tempo depois quando perceberam que alguns serviços não 
estavam mais funcionando, na maioria dos casos as atualizações. Além das opções 
disponíveis no questionário, havia uma opção de resposta aberta onde o usuário 
poderia estar apresentando outros motivos que os levaram a utilizar softwares não 
originais. Dentre os motivos apresentados, foram citados que utilizavam esses 
softwares porque a maioria das pessoas usavam e que nunca tinham visto algum 
problema relacionado ao seu uso. Outro motivo também representado estava 
relacionado ao difícil acesso para adquirir alguns softwares originais, pois é muito 
mais rápido conseguir baixar o software pirata na Internet do que ficar procurando o 
software original em lojas e sites especializados. 
 
 
 40 
46%
54%
Sim Não
Caso tenha marcado menor custo na alternatica anterior, você 
sabia qual era o valor do software original?
35%
65%
Sim Não
Você sabe quais as diferenças e vantagens da utilização de 
um software original?
 
Gráfico 4 - Representação do conhecimento dos usuários sobre o custo do software original 
que deveria estar sendo usado no lugar do pirata 
 
Conforme o gráfico 4, pode-se observar que a maioria dos usuários que usam 
software pirata pelo motivo de seu custo ser inferior não procuram saber o valor do 
software original. A maioria alegou que nem procuram saber o preço, pois sabem 
que o original é sempre muito mais caro e o pirata na maioria das vezes é adquirido 
sem nenhum custo. Já os usuários que disseram que sabiam o valor do software 
original também desistiram de adquiri-los pelo mesmo motivo da grande diferença de 
preço. 
 
 
Gráfico 5 – Representação do conhecimento dos usuários sobre as vantagens de utilizar um 
software original 
 
 41 
16%
63%
21%
Aumentar a fiscalização Reduzir o custo do software 
original
Outras medidas
Para acabar com o comércio de softwares piratas, quais 
medidas devem ser tomadas?
Através do gráfico 5 é observado que a maioria dos usuário não conhecem as 
vantagens de estarem usando um software original. Alguns responderam que 
conheciam as vantagens, pois ficaram sabendo delas quando precisaram fazer 
atualizações nos programas piratas e perceberam que não tinham esse serviço. 
Futuramente quando decidiram adquirir o original perceberam que além das 
atualizações havia muito mais serviços disponíveis. 
 
 
Gráfico 6 – Representação da opinião dos usuários para acabar com o comércio de 
pirataria de software 
 
Conforme o gráfico 6, observa-se que a maioria dos usuários a opinião é 
unânime, a solução mais viável seria reduzir o preço dos softwares originais, pois 
seu custo é muito alto e a renda da maioria das pessoas não seria possível estar 
adquirindo softwares originais sempre que necessário. Alguns usuários escolheram 
a opção de estar aumentando a fiscalização, pois dizem que as leis deveriam ser 
mais rígidas e deveriam ser realizadas mais ações de combate a esse crime. Nessa 
pergunta também havia uma opção de resposta aberta, as medidas mais citadas 
foram relacionadas ao uso de software livre, pois o incentivo ao uso desses 
softwares ajudaria a diminuir o interesse a piratear os programas de propriedade 
privada. 
Além das questões com opções de escolha, o questionário possuía um campo 
onde o entrevistado poderia estar escrevendo alguma sugestão ou comentário a 
respeito da pirataria de software. Alguns comentáriosforam relacionados para que o 
governo fizesse um incentivo à compra de programas originais, fazendo uma 
redução na taxa de impostos, ocasionando uma boa queda em seu custo para o 
 42 
consumidor final, já que as taxas tributárias brasileiras destacam-se por ser umas 
das mais altas do mundo. A maioria dos comentários foi relacionada ao custo 
desses programas originais. 
Outro comentário diz respeito a existência de muitas empresas que se 
preocupam em oferecer o hardware e que acabam não se preocupando em oferecer 
o software. Se elas fizessem algum projeto com empresas produtoras de software 
para que juntamente com seus produtos o software já estivesse incluso, já seria 
mais uma facilidade para o usuário estar adquirindo um programa original e com 
boas chances de conseguir um custo menor. 
 
 
5.2 USUÁRIOS EMPRESARIAIS 
 
 
Para ser realizada a análise do conhecimento dos usuários empresariais, foi 
realizado uma entrevista com 2 profissionais responsáveis pelo parque de software 
das empresas, onde uma enquadrava-se em médio porte, que será chamada de 
empresa A e a outra em pequeno porte que será chamada de empresa B. Para tal 
entrevista foram realizadas diversas perguntas, contidas no Anexo IX, relacionadas 
à pirataria de softwares nas empresas. 
Através das respostas analisadas, os responsáveis disseram que seus parques 
de softwares recebem investimento em torno de R$ 40.000,00 na empresa A e R$ 
13.000,00 na empresa B anualmente, referente às manutenções e atualizações de 
seus programas. 
Questionados sobre o uso de softwares piratas nas empresas, ambos 
responderam que já usaram esses tipos de programas justificando o menor custo 
que eles possuem, porém também relataram que tiveram algum tipo de prejuízo 
gerados por esses softwares, na maioria das vezes infecções por vírus e mal 
funcionamento do programa. Percebeu-se que esses usuários são muito bem 
informados sobre os softwares piratas, pois conheciam muito bem as vantagens que 
os originais tinham. Além das vantagens básicas que os originais possuem como 
atualizações e suporte, foi mencionado o risco zero de a empresa sofrer algum tipo 
de processo judicial quando se está utilizando os softwares não licenciados. Em 
 43 
relação a fiscalização, ambos disseram que nunca sofreram nenhum tipo de 
fiscalização ou vistoria. 
Na opinião desses usuários existem algumas medidas que poderiam ser 
tomadas para haver uma melhor difusão dos softwares originais, as principais foram: 
Redução do custo, melhores condições de pagamentos, existirem parceiros de 
revendas dos softwares para que pudessem ser criados mais pontos de suporte 
perto das empresas, pois um ponto negativo dos suportes oferecidos é a demora no 
atendimento. Além das medidas que as empresas desenvolvedoras de softwares 
deveriam tomar, foi destacada a conscientização que os diretores das empresas 
usuárias devem ter, pois eles não se preocupam com os programas que estão 
sendo usados e sim que os serviços dos softwares sejam realizados. Para esses 
usuários empresariais, os diretores deveriam fazer uma cobrança rígida no momento 
de adquirir os programas para sua empresa, garantindo assim a qualidade e o 
combate contra a pirataria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
CONCLUSÃO 
 
 
Com base nas pesquisas bibliográficas, foram mostrados como ocorre a 
pirataria de software e os inúmeros malefícios que ela provoca para a sociedade e 
para os profissionais que trabalham nessa área da informática. 
Através das pesquisas de campo pode ser observado que os usuários, 
infelizmente, estão cada vez mais preocupados em custos do que qualidade, e para 
tal, estão recorrendo com maior freqüência ao ramo da pirataria de software. Os 
dados analisados mostram que os usuários estão informados sobre o assunto de 
uma forma superficial e que poucos sabem realmente de uma forma mais 
abrangente os riscos de não estarem utilizando um software original. Em relação ao 
custo, que foi um dos fatores mais discutidos, poucos sabiam que com o aumento do 
uso desses programas não licenciados o custo do software original também 
aumentava, gerando o que podemos chamar de círculo vicioso, onde a pirataria faz 
com que o preço dos softwares originais aumentem e conseqüentemente este 
aumento de preço faz com que a pirataria também aumente. Isso acaba gerando 
enormes prejuízos para as empresas, que para não sofrerem maiores perdas, 
tendem a começar a dispensar funcionários, afetando de modo geral toda a 
sociedade. 
 Diversos são os meios para a erradicação da pirataria: leis de proteção ao 
autor, órgãos fiscalizadores, entre outras, porém a medida mais adequada que pode 
ser observada com a pesquisa para a amenização desse problema é a 
conscientização de um modo geral de toda a população, desde o simples usuário 
até o mais importante diretor de empresa. Todos devem ter a consciência de que um 
download de um programa pode ser considerado um crime que gera punições 
legais, e que este simples download pode estar prejudicando inúmeras pessoas. 
Para que tal conscientização seja realizada, ações como programas educativos e 
programas de inclusão digital devem ser mais difundidos para que todos possam ter 
as informações necessárias para construírem suas opiniões sobre os grandes 
problemas que a pirataria de software provoca. Além desses meios, as autoridades 
devem estar sempre atentas e se atualizando em seus métodos de prevenção 
contra a pirataria de um modo geral, pois os criminosos sempre estarão procurando 
um novo jeito para estarem burlando as leis. 
 45 
 Por fim, com a análise feita sobre o tema da pirataria de software, espera-se 
que este trabalho possa ajudar na melhor compreensão deste grande problema que 
enfrentamos atualmente e que as pessoas cada vez mais tomem consciência de 
seus atos perante este assunto. 
 
 
 46 
REFERÊNCIAS 
 
 
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3f. Artigo – Sociedade Paranaense de Ensino e Informática – Faculdade SPEI, 
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______. Lei 10.695. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.695.htm>. Acesso em 16 Mai. 
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 49 
PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software. 1. ed. São Paulo: Pearson 
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______. ______. 6. ed. São Paulo: McGraw-Hill. 2006. 720 p. 
 
 
S2 COMUNICAÇÃO INTEGRADA. ABES e BSA divulgam prisão em flagrante de 
pirata de software. Disponível em: 
<http://www.s2.com.br/ReleaseTexto.aspx?press_release_Id=12831>. Acesso em 
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UOL TECNOLOGIA. Licenças de Software. Disponível em: 
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UTILIDADES ÚTEIS. Licença Shareware. Disponível em: 
<http://pt.utilidades-utiles.com/download-shareware.html>. Acesso em 25 Mar. 
2010a. 
 
 
______. Licença Demo. Disponível em: 
<http://pt.utilidades-utiles.com/download-demo.html>. Acesso em 25 Mar. 2010b. 
 
 
WEIKERSHEIMER, Deana. Comercialização de Software no Brasil: Uma Questão 
Legal a ser Avaliada. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense. 2000. 366 p. 
 
 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO I – LEI 7.646 
 
 
 51 
Presidência da República 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
 
LEI No 7.646, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987. 
Revogado pela Lei nº 9.609, de 19.2.1998 
 
Dispõe quanto à proteção da propriedade 
intelectual sobre programas de 
computador e sua comercialização no 
País e dá outras providências. 
 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei: 
TÍTULO I 
Disposições Preliminares 
 Art. 1º São livres, no País, a produção e a comercialização de programas de 
computador, de origem estrangeira ou nacional, assegurada integral proteção aos 
titulares dos respectivos direitos, nas condições estabelecidas em lei. 
 Parágrafo único. Programa de computador é a expressão de um conjunto 
organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte 
físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de 
tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, 
baseados em técnica digital, para fazê-los funcionar de modo e para fins 
determinados. 
 Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual de programas de 
computador é o disposto na Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, com as 
modificações que esta lei estabelece para atender às peculiaridades inerentes aos 
programas de computador. 
 
 52 
TÍTULO II 
Da Proteção aos Direitos de Autor 
 Art. 3º Fica assegurada a tutela dos direitos relativos aos programas de 
computador, pelo prazo de 25 (vinte e cinco) anos, contado a partir do seu 
lançamento em qualquer país. 
 § 1º A proteção aos direitos de que trata esta lei independe de registro ou 
cadastramento na Secretaria Especial de Informática - SEI. 
 § 2º Os direitos atribuídos por esta lei aos estrangeiros, domiciliados no 
exterior, ficam assegurados, desde que o país de origem do programa conceda aos 
brasileiros e estrangeiros, domiciliados no Brasil, direitos equivalentes, em extensão 
e duração, aos estabelecidos no caput deste artigo. 
 Art. 4º Os programas de computador poderão, a critério do autor, ser 
registrados em órgão a ser designado pelo Conselho Nacional de Direito Autoral - 
CNDA, regido pela Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, e reorganizado pelo 
Decreto nº 84.252, de 28 de julho de 1979. 
 § 1º O titular do direito de autor submeterá ao órgão designado pelo Conselho 
Nacional de Direito Autoral - CNDA, quando do pedido de registro, os trechos do 
programa e outros dados que considerar suficientes para caracterizar a criação 
independente e a identidade do programa de computador. 
 § 2º Para identificar-se como titular do direito de autor, poderá o criador do 
programa usar de seu nome civil, completo ou abreviado, até por suas iniciais, como 
previsto no art. 12 da Lei nº 5.988, de 14 de d ezembro de 1973. 
 § 3º As informações que fundamentam o registro são de caráter sigiloso, não 
podendo ser reveladas, a não ser por ordem judicial ou a requerimento do próprio 
titular. 
 Art. 5º Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclusivamente ao 
empregador ou contratante de serviços, os direitos relativos a programa de 
computador, desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo 
 53 
estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a 
atividade do empregado, servidor ou contratado de serviços seja prevista, ou ainda, 
que decorra da própria natureza dos encargos contratados. 
 § 1º Ressalvado ajuste em contrário, a compensação do trabalho, ou serviço 
prestado, será limitada à remuneração ou ao salário convencionado. 
 § 2º Pertencerão, com exclusividade, ao empregado, servidor ou contratado de 
serviços, os direitos concernentes a programa de computador gerado sem relação 
ao contrato de trabalho, vínculo estatutário ou prestação de serviços, e sem 
utilização de recursos, informações tecnológicas, materiais, instalações ou 
equipamentos do empregador ou contratante de serviços. 
 Art. 6º Quando estipulado em contrato firmado entre as partes, os direitos sobre

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