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Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
Replanejamento da UBS 
TERMOS DESCONHECIDOS 
 
AMBIÊNCIA: A ambiência de uma UBS refere-se 
ao espaço físico (arquitetônico), entendido como 
lugar social, profissional e de relações interpessoais, 
que deve proporcionar uma atenção acolhedora e 
humana para as pessoas, além de um ambiente 
saudável para o trabalho dos profissionais de saúde. 
 
DEMANDA REPRIMIDA: espera das pessoas em 
conseguir atendimento nos diferentes níveis de 
complexidade. 
 
ATENÇÃO BÁSICA 
 
A atenção básica ou atenção primária em saúde é 
conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos 
sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu 
objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, 
solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os 
mais graves para níveis de atendimento superiores em 
complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como 
um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas 
redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. 
No Brasil, há diversos programas governamentais 
relacionados à atenção básica, sendo um deles a 
Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços 
multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades 
Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo. Consultas, 
exames, vacinas, radiografias e outros procedimentos são 
disponibilizados aos usuários nas UBSs. A atenção básica 
também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de 
Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situação 
de rua; o Programa Melhor em Casa, de atendimento 
domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; 
o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), 
que busca alternativas para melhorar as condições de 
saúde de suas comunidades etc.. É necessário 4 equipes 
por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família), para que 
possam atingir seu potencial resolutivo. 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidaca
o/comum/250693.html 
Fonte: https://pensesus.fiocruz.br/atencao-basica 
 
 
 
 
 
 
 
O.1: COMPOSIÇÃO DA ESF E SUA FUNÇÃO 
 
A Estratégia da Saúde Básica da Família teve origem em 
1994 como PSF (Programa de Saúde da Família) com 
função de assistência, promoção da saúde , prevenção 
de doenças e reabilitação. Atualmente, o PSF é definido 
com Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de 
programa, visto que o termo programa aponta para uma 
atividade com início, desenvolvimento e finalização. O 
ESF é uma estratégia de reorganização da atenção 
primária e não prevê um tempo para finalizar esta 
reorganização.. O programa tem como ponto positivo a 
valorização dos aspectos que influenciam a saúde das 
pessoas fora do ambiente hospitalar. 
Características: 
 Cadastramento atualizado (dados com 
características sociais, econômicas, culturais e 
epidemiológicas=doenças); 
 Definição/mapeamento do território e da área 
ligada a ele; 
 Priorização de critérios de risco + frequentes; 
 Cuidado familiar ampliado e integrado com 
outros profissionais compostos pela equipe; 
 Estímulo a comunidade a participação das ações; 
 Realizar visitas domiciliares; garantir o tratamento 
continuado sobre para os casos + complexos ou 
que necessitem de internação; 
 Equipe multiprofissional responsável por, no 
máximo, 4.000 habitantes, sendo que a média 
recomendada é de 3.000. 
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta 
por equipe multiprofissional que possui, no 
mínimo: 
- Médico generalista ou especialista em saúde da 
família ou médico de família e comunidade; 
- Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da 
família; 
- Auxiliar ou técnico de enfermagem; 
- Agentes comunitários de saúde (ACS). 
- Também há equipe de Saúde Bucal, composta por 
cirurgião-dentista generalista ou especialista em 
saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde 
Bucal. 
 O número de ACS por equipe deverá ser 
definido de acordo com base populacional, 
critérios demográficos, epidemiológicos e 
socioeconômicos, de acordo com definição local. 
 Em áreas de grande dispersão territorial, áreas 
de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a 
cobertura de 100% da população com número 
máximo de 750 pessoas por ACS. 
 Para equipe de Saúde da Família, há a 
obrigatoriedade de carga horária de 40 
(quarenta) horas semanais para todos os 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/250693.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/250693.html
https://pensesus.fiocruz.br/atencao-basica
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
profissionais de saúde membros da ESF. Dessa 
forma, os profissionais da ESF poderão estar 
vinculados a apenas 1 (uma) equipe de Saúde da 
Família, no SCNES vigente. 
 
Fonte:https://www.cursosaprendiz.com.br/caracteristicas-e-composicao-da-estrategia-
saude-da-familia-esf/ 
 
O.2: DIFERENÇA ENTRE UBS E UFS 
 
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de 
entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). 
O objetivo desses postos é atender até 80% dos 
problemas de saúde da população, sem que haja a 
necessidade de encaminhamento para outros serviços, 
como emergências e hospitais. Conforme a SMS, a 
orientação começa pela Atenção Básica, a porta de 
entrada preferencial do SUS. As Unidades Básicas de 
Saúde (UBS), popularmente conhecidas como postos de 
saúde, são locais onde o cidadão pode receber os 
atendimentos gratuitos essenciais em saúde da criança, 
da mulher, do adulto e do idoso, além de odontologia, 
requisições de exames por equipes multiprofissionais e 
acesso a medicamentos. Na UBS, o clínico geral também 
pode marcar consultas para procedimentos eletivos e 
exames mais específicos com especialistas da rede 
pública ou em clínicas credenciadas à Prefeitura por meio 
de licitação. A USF têm perfil semelhante, também 
voltada a atendimentos primários e o mesmo 
acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, 
como diabetes e hipertensão. A diferença, no caso de 
uma USF, está na promoção da prevenção de doenças 
com grupos de moradores de cada território, por meio 
de agentes comunitários e assistentes sociais. Juntas, 
ambas as unidades resolvem grande parte dos problemas 
de saúde da população do zoneamento que está sob 
sua responsabilidade. É importante observar que UBS e 
USF atuam diretamente nos bairros onde as pessoas 
vivem. 
Fonte: https://www.novohamburgo.rs.gov.br/noticia/entend a-diferencas-ubsusf-upa 
 
 
O.3: PROGRAMA DE ACOLHIMENTO DO MINISTÉRIO DA 
SAÚDE - POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO 
 
Acolhimento 
Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima 
e singular necessidade de saúde. O acolhimento deve 
comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços 
e usuários/populações. Como valor das práticas de saúde, 
o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da 
análise dos processos de trabalho e tem como objetivo 
a construção de relações de confiança, compromisso e 
vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e 
usuário com sua rede socio-afetiva. 
Como fazer? Com uma escuta qualificada oferecida pelos 
trabalhadores às necessidades do usuário, é possível 
garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias 
adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade 
das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que 
todos sejam atendidos com prioridades a partir da 
avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco. 
 
COGESTÃO 
 
Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos 
nos processos de análise e decisão quanto a ampliação 
das tarefas da gestão - que se transforma também em 
espaço de realização de análise dos contextos, da política 
em geral e da saúde em particular, em lugar de 
formulação e de pactuação de tarefas e de aprendizado 
coletivo. 
Como fazer? A organização e experimentação de rodas 
de conversa é uma importante orientação da cogestão.para colocar as diferenças em contato de modo a 
produzir movimentos de desestabilização que favoreçam 
mudanças nas práticas de gestão e de atenção. A PNH 
destaca dois grupos de dispositivos de cogestão: aqueles 
que dizem respeito à organização de um espaço coletivo 
de gestão que permita o acordo entre necessidades e 
interesses de usuários, trabalhadores e gestores; e 
aqueles que se referem aos mecanismos que garantem 
a participação ativa de usuários e familiares no cotidiano 
das unidades de saúde. 
Colegiados gestores, Mesas de negociação, Contratos 
Internos de Gestão, Câmara, Técnica de Humanização 
(CTH), Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), 
Gerência de Porta Aberta, entre outros, são arranjos de 
trabalho que permitem a experimentação da cogestão 
no cotidiano da saúde. 
 
GESTÃO PARTICIPATIVA 
 
Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa 
(ParticipaSUS): valorização dos diferentes mecanismos 
de participação popular e de controle social, a 
promoção da inclusão social de populações específicas 
e a afirmação do protagonismo da população na luta 
por saúde a partir da ampliação de espaços públicos de 
debates e construção de saberes. Promove-se a 
integração e interação das ações de auditoria, ouvidoria, 
monitoramento e avaliação com o controle social, 
entendidos como medidas para o aprimoramento da 
gestão do SUS nas três esferas de governo. 
 
Conselhos de saúde: são órgãos colegiados deliberativos 
e permanentes do SUS, existentes em cada esfera de 
governo (municipal, estadual e nacional) e integrantes 
da estrutura básica do sistema de saúde. 
- Membros: acompanhamento, controle e fiscalização 
- Permanente 
- Deliberativo 
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- 50% usuários 
- 25% técnicos da saúde 
- 25% gestores 
 
Conselho municipal de saúde 
 Controla o dinheiro da saúde 
 Acompanha as verbas 
 Repasses de programas federais 
 Participa da elaboração de metas 
 Controla a execução de ações 
 Conselheiros devem se unir pelo menos uma 
vez no mês 
 
Conferências de saúde: Convocadas pelo Poder 
Executivo ou, extraordinariamente, pelo Conselho de 
Saúde, as Conferências têm como objetivos principais 
avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a 
formulação da política de saúde nos três níveis de 
gestão: municipal, estadual e federal. Isso significa dizer 
que as deliberações das Conferências devem servir 
para orientar os governos na elaboração dos planos 
de saúde e na definição de ações que sejam 
prioritárias nos âmbitos estaduais, municipais e nacional . 
- Temporário 
- A cada 4 anos 
- Propositivo 
- 50% usuários 
- 50% v.seg. sociais 
- Representates do governo, profissionais de saúde, 
prestadores de serviço e parlamentares 
- Avaliar a situação da saúde atual e propor diretrizes 
para formulação das políticas de saúde 
 
Comitês Técnicos: São espaços de caráter técnico e 
consultivo que apoiam a gestão do SUS na 
formulação, implantação e monitoramento de políticas 
públicas de saúde. Podem ser formados com a 
participação da gestão federal, estadual e municipal (da 
saúde e outros ministérios ou secretarias de governo), 
movimentos sociais e/ou entidades representativas e 
representantes de Conselhos de Saúde (nacional, 
estadual ou municipal). 
 
Comitês Técnicos de Equidade em Saúde: São 
espaços de participação e controle social que 
consistem num grupo consultivo e de monitoramento, 
avaliação e assessoramento para discussões técnicas e 
políticas voltadas a promoção de equidade em saúde 
para as populações em condições de desigualdade 
e/ou vulnerabilidade. 
Atualmente, no âmbito do Ministério da Saúde, sob a 
coordenação do DAGEP/SGEP, existem quatro 
Comitês Técnicos de Equidade em Saúde instituídos: 
• Comitê Técnico de Saúde da População Negra 
• Comitê Técnico de Saúde LGBT 
• Comitê Técnico de Saúde da População em 
Situação de Rua 
• Grupo da Terra (Populações do campo, floresta e 
águas) Comitê Nacional de Educação Popular em 
Saúde 
Criado no âmbito do Ministério da Saúde, tem por 
objetivos Participar do acompanhamento e a avaliação 
da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no 
SUS, colaborar com a elaboração de estratégias de 
mobilização e desenvolvimento de práticas de 
Educação Popular em Saúde como prática 
democrática na construção de políticas públicas de 
saúde. Acesse a portaria de criação do Comitê 
Nacional de Educação Popular em Saúde. 
 
AMBIÊNCIA 
O que é? Criar espaços saudáveis, acolhedores e 
confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem 
mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de 
encontro entre as pessoas. 
Como fazer? A discussão compartilhada do projeto 
arquitetônico, das reformas e do uso dos espaços de 
acordo com as necessidades de usuários e trabalhadores 
de cada serviço é uma orientação que pode melhorar o 
trabalho em saúde. 
 
CLÍNICA AMPLIADA E COMPARTILHADA 
O que é? A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e 
prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem 
clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere 
a singularidade do sujeito e a complexidade do processo 
saúde/doença. Permite o enfrentamento da 
fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e 
seus respectivos danos e ineficácia. 
Como fazer? Utilizando recursos que permitam 
enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além 
do enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos 
produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do 
diálogo (tanto entre os profissionais de saúde envolvidos 
no tratamento quanto destes com o usuário), de modo 
a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas 
com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS. 
 
VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR 
O que é? É importante dar visibilidade à experiência dos 
trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, 
apostando na sua capacidade de analisar, definir e 
qualificar os processos de trabalho. 
Como fazer? O Programa de Formação em Saúde e 
Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa são 
possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção 
e análise do que gera sofrimento e adoecimento, do que 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1063_23_07_2015.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2837_01_12_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt3305_24_12_2009.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt3305_24_12_2009.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1256_17_06_2009.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1256_17_06_2009.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1256_17_06_2009.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1256_17_06_2009.html
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fortalece o grupo de trabalhadores e do que propicia os 
acordos de como agir no serviço de saúde. É importante 
também assegurar a participação dos trabalhadores nos 
espaços coletivos de gestão. 
 
DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS 
O que é? Os usuários de saúde possuem direitos 
garantidos por lei e os serviços de saúde devem 
incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar 
que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, 
desde a recepção até a alta. 
Como fazer? Todo cidadão tem direito a uma equipe 
que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e 
também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e 
alegria com sua rede social. 
Fonte:https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/cartao-nacional-de-saude/gestao-
do-cns/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html 
 
 
 
 
 
 
 
O.4: IMPORTÂNCIA DOS ALUNOS E OUTROS 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA UNIDADE BÁSICA 
 
A vivência de alunos de graduaçãona atenção básica 
condiz com um aprendizado diversificado, que não se 
limita apenas ao conhecimento teórico de condutas e 
procedimentos, mas se baseia fundamentalmente no 
relacionamento com os usuários inseridos em uma 
realidade própria, com necessidades e condições 
especiais. A passagem pela extensão permite ao 
graduando a oportunidade de vivenciar a realidade de 
uma comunidade, observando de maneira crítica todos 
os aspectos que a influenciam. Servir de espaço 
diferenciado para novas experiências voltadas à 
humanização, ao cuidado e à qualificação da atenção à 
saúde. Organização de trabalho como alternativa à 
necessidade de racionalização da assistência médica e 
ampliação do acesso da população aos serviços de saúde 
(Canoletti, 2008). Interdependência e complementaridade 
das ações de vários profissionais para melhorar a 
qualidade da assistência, e que o grau de integração entre 
estes pode estar relacionado a quanto a equipe cuida. 
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v36n1s1/v36n1s1a05.pdf 
https://www.scielosp.org/article/icse/2013.v17n45/327-340/pt/ 
 
 
O.5: ETAPAS DE PLANEJAMENTO DA SAÚDE 
 
Planejamento em Saúde é o processo que consiste em 
desenhar, executar, acompanhar e avaliar um conjunto 
de propostas de ação com vistas à intervenção sobre 
um determinado recorte de realidade. O planejamento 
em saúde, numa visão estratégica, se constitui num 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html
https://www.scielosp.org/article/icse/2013.v17n45/327-340/pt/
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processo de caráter permanente e participativo, com 
uma dimensão técnica e política, que tem como produto 
- não acabado - um plano, que documenta e anuncia a 
política de saúde definida pelos diversos atares sociais 
envolvidos no processo. Assim, o plano local pode ser 
visto como: o principal instrumento orientador da 
gerência dos serviços, além de servir como uma planilha 
por meio da qual seriam periodicamente avaliadas e 
supervisionadas as equipes e serviços de saúde. Os 
indicadores e parâmetros utilizados deveriam abranger 
um conjunto de variáveis que representassem o modelo 
e as prioridades definidas, incluindo, portanto, vários 
aspectos da atenção: produtividade, cobertura 
populacional, indicadores que apontassem para o sentido 
de integralidade e da qualidade da atenção, das 
possibilidades de acesso e da humanização dos serviços. 
(CAMPOS, 1992, p.156) 
A Constituição Brasileira estabelece como norma o 
caráter universal e integral das ações de saúde a cargo 
do Estado, mas isto não evita que no dia a dia escolhas 
sejam feitas e instrumentos sejam usados para eleger 
prioridades e aproximar os serviços das necessidades 
mais importantes das comunidades atendidas. 
As diretrizes do modelo de atenção integral à saúde 
apontam alguns tópicos que podem ajudar a organização 
dos serviços: 
 definir a demanda social, levando em 
consideração a manifestação pública de 
comunidades e seus representantes; 
 entender as conexões sociais do processo 
saúde/doença, compreendendo a dinâmica das 
relações sociais, por intermédio de indicadores 
socioeconômicos; 
 utilizar a Epidemiologia para entender a maneira 
como as relações sociais repercutem no modo 
de adoecimento das coletividades; 
 recorrer às técnicas de Programação e 
Planejamento para orientar as atividades dos 
serviços de saúde; 
 recusar o modelo clínico centrado na atenção 
individual como princípio ordenador das ações 
desses serviços; 
 detectar problemas e articular soluções a partir 
de um conjunto de saberes que convergem 
para práticas de caráter interdisciplinar; 
 definir o território de intervenção dos serviços 
em função da dinâmica das populações e das 
relações. 
 
 
 
 
 
 
PASSOS PARA O PLANEJAMENTO DAS AÇÕES: 
 
 Passo 1 – Definição do território 
Essa definição implica em definir a área de abrangência 
dos serviços, o perfil demográfico e socioeconômico da 
população atendida e o conjunto de equipamentos, 
profissionais e instalações existentes. Esse território pode 
ser considerado como um sistema local, onde estão 
presentes múltiplos fatores que influem no processo 
saúde/doença, especialmente em suas conexões sociais, 
econômicas e culturais. O planejamento deve considerar 
as condições de acesso aos serviços, o perfil 
epidemiológico e socioeconômico das populações, os 
mecanismos de controle comunitário sobre os recursos 
disponíveis e de definição de prioridades. 
 
 Passo 2 – Definição da situação atual da saúde 
da população adscrita 
Só é possível planejar tendo conhecimento da população 
e do contexto em que ela se insere. A epidemiologia é 
uma ferramenta bastante utilizada para definir as 
necessidades de saúde e auxiliar o planejamento dos 
serviços. Seu emprego permite a sistematização de 
dados demográficos, de morbidade e mortalidade, 
permitindo análise capaz de alimentar o processo de 
planejamento e tomada de decisões da equipe. A 
informação gerada em dados é transformada em 
indicadores de saúde, geralmente disponibilizados por 
meio dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS). 
 
 Passo 3 – Identificação dos principais problemas 
de saúde da população que se quer abordar 
A partir da informação gerada e estudada, é possível 
identificar os principais problemas de saúde desta 
população, os grupos de risco, o acesso dos pacientes 
ao sistema de saúde e a cobertura por programas de 
saúde, bem como a organização e gerenciamento dos 
programas da atenção básica. 
Sugere-se que se aponte dentro dos problemas a serem 
enfrentados aqueles que possam ser classificados como 
críticos de acordo com os critérios de: 
• frequência do problema; 
• morbidade e mortalidade relacionadas ao problema; 
• efetividade das intervenções (pouco, moderada, muito); 
• custos da intervenção (alto, moderado, baixo); 
• intencionalidade em priorizar “grupos” de maior risco: 
mulheres em idade fértil, crianças e idosos; 
• impacto econômico: grupos de trabalhadores ou por 
características socioeconômicas etc. 
Nessa etapa, torna-se útil incorporar algum conhecimento 
sobre a situação de saúde de outras localidades e grupos 
populacionais, bem como referências das instituições 
responsáveis pelas políticas e ações (Município, Estado, 
União, organismos internacionais), para organização da 
base da investigação. 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
 
 Passo 4 – Análise dos determinantes do 
problema: a árvore explicativa 
Aqui destacam-se duas ordens de questões. Por um lado, 
as diferentes formas de representação, valorização e 
compreensão dos problemas de saúde, seja pelo olhar 
dos profissionais ou pela ótica dos diversos grupos sociais 
envolvidos, incluindo a população; o que apresenta, como 
um dos principais desafios, a necessidade de articulação 
das diferentes racionalidades envolvidas em um processo 
concreto de planejamento. E leis que caracterizam a 
realidade sanitária apontam para diversas possibilidades de 
'recorte' desses problemas, em termos de unidades de 
análise e intervenção. Cada uma dessas possibilidades de 
recorte apresenta distintas implicações operacionais 
sobre a capacidade de apreensão e compreensão das 
necessidades de saúde, bem como de cumprimento dos 
princípios de equidade e integralidade. Assim, a árvore de 
problemas deve ser desenhada de maneira clara, sintética 
e precisa, a partir da identificação das causas do problema 
e da forma como estão relacionadas entre si. 
A partir da “árvore de problemas” é gerada então a 
árvore de objetivos, dos quais derivam as ações a serem 
realizadas nos territórios considerados em uma 
perspectiva intersetorial. Ou seja, as ações e serviços a 
serem desenvolvidos não se restringem àquelesque já 
são tradicionalmente ofertados pelas unidades de saúde, 
envolvendo um esforço adicional de mobilização e 
articulação de outros órgãos governamentais e não 
governamentais que atuam na área, inclusive a 
mobilização e envolvimento dos indivíduos, das famílias e 
das coletividades que vivem e trabalham neste local. 
 
 Passo 5 – Levantamento de recursos 
O estabelecimento de prioridades se baseia no fato de 
que o recurso em saúde nunca é suficiente para a 
realização de todas as ações necessárias. Basicamente, 
quando se fala em planejamento para a ação em saúde 
são definidos os pontos mais importantes e estes incluem 
priorizar tanto ações quanto recursos. É aconselhável 
lidar com um ou dois problemas de cada vez, evitando-
se esforços em múltiplos problemas que acabam por 
pulverizar as ações e protelar resultados. O 
conhecimento dos recursos de saúde disponíveis, bem 
como de toda a rede de apoio não só da saúde, mas 
intersetorial, é tão importante quanto o conhecimento 
dos problemas de saúde. Nessa etapa é importante que 
as equipes de Saúde da Família, para exercício da 
intersetorialidade, considerem como recursos todo o 
equipamento público possível de acesso pela população 
da área de abrangência, não se limitando aos recursos 
do Setor Saúde. Isso implica em parcerias com escolas, 
igrejas, associações comunitárias e organizações não 
governamentais, além de estreita relação com diferentes 
Secretarias de Governo, para ampliação da resolutividade 
das ações empreendidas. 
 
 Passo 6 – Programação das ações 
Por fim, é desejável a adequação das ações aos oito 
elementos essenciais da programação da atenção básica: 
• educação sobre os principais problemas – controle e 
prevenção; 
• conhecimento da disponibilidade de alimentos e 
promoção da nutrição adequada; 
• suprimento de água potável e provisão de saneamento 
básico; 
• saúde materno-infantil, incluindo planejamento familiar; 
• imunização contra as principais doenças infecciosas; 
• prevenção e controle das principais doenças endêmicas 
e epidêmicas; 
• tratamento apropriado para as doenças e lesões 
comuns; 
• previsão de medicamentos e materiais essenciais. 
Fonte:https://www.google.com/search?q=ETAPAS+DE+PLANEJAMENTO+DA+SA
%C3%9ADE&oq=ETAPAS+DE+PLANEJAMENTO+DA+SA%C3%9ADE&aqs=chro
me..69i57j33.1038j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8 
 
 
TERRITORIALIZAÇÃO 
 
É a delimitação de espaços onde se concentram grupos 
populacionais homogêneos de risco ou não risco, com 
vistas à identificação das necessidades de saúde das 
famílias residentes, programação e acompanhamento 
das ações destinadas à melhoria das suas condições de 
saúde... A gestão deve definir o território de 
responsabilidade de cada equipe, e esta deve conhecer 
o território de atuação para programar suas ações de 
acordo com o perfil e as necessidades da comunidade, 
considerando diferentes elementos para a cartografia: 
ambientais, históricos, demográficos, geográficos, 
econômicos, sanitários, sociais, culturais, etc. Importante 
refazer ou complementar a territorialização sempre que 
necessário, já que o território é vivo. A integração entre 
as ações de Atenção Básica e Vigilância em Saúde deve 
ser concreta, de modo que se recomenda a adoção de 
um território único para ambas as equipes, em que o 
Agente de Combate às Endemias trabalhe em conjunto 
com o Agente Comunitário de Saúde e os demais 
membros da equipe multiprofissional de AB na 
identificação das necessidades de saúde da população e 
no planejamento das intervenções clínicas e sanitárias. 
Possibilita, de acordo com a necessidade e conformação 
do território, através de pactuação e negociação entre 
gestão e equipes, que o usuário possa ser atendido fora 
de sua área de cobertura, mantendo o diálogo e a 
informação com a equipe de referência.. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/2506
93.html 
fonte:http://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/hoeage/acesso-
rapido/formacao-tecnica-emacolhimento-na-atencao-basica/apresentacao_- 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/250693.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/250693.html
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
GESTÃO DO SUS EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE 
ATENDIMENTO 
 
A Atenção Primária é constituída pelas Unidades 
Básicas de Saúde (UBS), pelos Agentes Comunitários 
de Saúde (ACS), pela Equipe de Saúde da Família 
(ESF) e pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família 
(NASF) enquanto o nível intermediário de atenção fica 
a encargo do SAMU 192 (Serviço de Atendimento 
Móvel as Urgência), das Unidades de Pronto 
Atendimento (UPA), e o atendimento de média e alta 
complexidade feito nos hospitais. 
 
A Atenção Secundária é formada pelos serviços 
especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com 
densidade tecnológica intermediária entre a atenção 
primária e a terciária, historicamente interpretada como 
procedimentos de média complexidade. Esse nível 
compreende serviços médicos especializados, de apoio 
diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e 
emergência. 
A Atenção Terciária ou alta complexidade designa o 
conjunto de terapias e procedimentos de elevada 
especialização. Organiza também procedimentos que 
envolvem alta tecnologia e/ou alto custo, como 
oncologia, cardiologia, oftalmologia, transplantes, parto 
de alto risco, traumato-ortopedia, neurocirurgia, diálise 
(para pacientes com doença renal crônica), otologia 
(para o tratamento de doenças no aparelho auditivo). 
Hospitais de grande porte, sejam eles mantidos pelo 
estado ou rede privada.. Envolve ainda a assistência em 
cirurgia reparadora (de mutilações, traumas ou 
queimaduras graves), cirurgia bariátrica (para os casos 
de obesidade mórbida), cirurgia reprodutiva, reprodução 
assistida, genética clínica, terapia nutricional, distrofia 
muscular progressiva, osteogênese imperfeita (doença 
genética que provoca a fragilidade dos ossos) e fibrose 
cística (doença genética que acomete vários órgãos do 
corpo causando deficiências progressivas). Entre os 
procedimentos ambulatoriais de alta complexidade estão 
a quimioterapia, a radioterapia, a hemoterapia, a 
ressonância magnética e a medicina nuclear, além do 
fornecimento de medicamentos excepcionais, tais como 
próteses ósseas, marca-passos, stendt cardíaco, etc. 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/niveis-de-
atencao-a-saude-no-brasil/33011 
 
ESTRATÉGIAS DE MELHORIA DA ASSISTÊNCIA 
 
Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC): obrigatório em 
todas as UBSs brasileiras desde 2017, é um banco de 
dados digital que facilita o acesso às informações e 
amplia a segurança do cidadão. Com ele pode-se 
identificar o perfil do público atendido ou ainda as 
demandas sazonais. Sua evolução, o Prontuário 
Eletrônico do Paciente (PEP), oferece outras 
funcionalidades e, quando aliado a sistemas de gestão e 
ferramentas de inteligência de negócios, gera insights 
relevantes para a gestão da Saúde Pública. 
 
Sistemas de gestão: controla todos os processos 
envolvidos nos três níveis de atenção e garante o 
funcionamento adequado dos serviços. Esse controle é 
proporcionado pelo banco de dados, que permite, por 
exemplo, a implementação de protocolos com registros 
eletrônicos das informações médicas sobre os usuários 
e as devidas orientações para o tratamento de 
determinadas doenças. 
 
Distribuição por escala: cada grupo de UBSs (nível 
primário) deve ter um ambulatório com médicos 
especialistas e um hospital geral (nível secundário) de 
referência.. Essa escala deve se repetir também entre 
os grupos de serviço de nível terciário em relação ao 
secundário. 
 
Programas educativos e preventivos: capitaneados pelas 
UBS, as ações de medicina preventiva são voltadas para 
a higiene pessoal,a conservação de hábitos saudáveis e 
a conscientização a respeito da vacinação, entre outras 
medidas que ajudam a preservar a saúde dos cidadãos 
e evitar que doenças se agravem ou mesmo se 
manifestem. Dessa forma, reduz-se o uso de serviços 
especializados de outros níveis de atenção. 
 
Sistema de Regulação: mapeia a disponibilidade de 
atendimento especializado e leitos, agiliza a marcação 
de consultas e exames e, consequentemente, diminui 
filas. Atua também na transferência de cidadãos em 
estado grave que necessitam de cuidados em Unidade 
de Terapia Intensiva (UTI) e daqueles que demandam 
procedimentos mais complexos, como cirurgias 
neurológicas, por exemplo. 
 
Consórcio intermunicipal de Saúde: a iniciativa autônoma 
de municípios localizados em áreas geográficas 
próximas, que se associam para gerir e prover 
conjuntamente serviços à população das cidades 
participantes, amplia o acesso à Saúde e traz redução 
de gastos ao permitir compras de medicamentos e 
insumos em maior quantidade. 
 
http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-saude-publica--6-estrategias-para-os-3-
niveis-de-atencao-do-sus 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf
http://www.saude.rs.gov.br/upload/1383057504_NASF_set2013.pdf
http://www.saude.rs.gov.br/upload/1383057504_NASF_set2013.pdf
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/niveis-de-atencao-a-saude-no-brasil/33011
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/niveis-de-atencao-a-saude-no-brasil/33011
http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-saude-publica--o-que-muda-com-programa-que-acelera-adocao-do-pec
http://www.mv.com.br/pt/blog/como-a-medicina-preventiva-impacta-na-gestao-da-saude-publica
http://www.mv.com.br/pt/blog/sistema-de-regulacao-auxilia-na-assistencia-prioritaria-ao-cidadao
http://www.mv.com.br/pt/blog/5-perguntas-sobre-consorcio-intermunicipal-de-saude
http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-saude-publica--6-estrategias-para-os-3-niveis-de-atencao-do-sus
http://www.mv.com.br/pt/blog/gestao-da-saude-publica--6-estrategias-para-os-3-niveis-de-atencao-do-sus
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
PAPEIS DAS ESFERAS DE GOVERNO 
 
A Prefeitura é o principal órgão responsável pela área 
da saúde. O prefeito e a equipe de gestão dos serviços, 
pela Secretaria Municipal de Saúde, que são os 
responsáveis pelas ações e serviços de saúde naquele 
local. Logo, tanto a criação de políticas 
públicas municipais como a aplicação de políticas 
nacionais e estaduais devem ser feitas pela equipe do 
município.. O planejamento de ações no Sistema Único 
de Saúde em âmbito local dependerá de recursos 
próprios do município (mínimo de 15% de sua receita) e 
dos repassados pela União e pelo estado. 
Aos governos estaduais está atribuída a gestão das 
políticas públicas estaduais por meio de uma secretaria. 
Com esse meio, devem criar suas próprias políticas de 
saúde, assim como apoiar a execução de políticas 
nacionais e municipais, utilizando seus próprios recursos 
– mínimo de 12% da receita. Devem, 
também, coordenar as ações do SUS em todo o 
estado e fazer o repasse de recursos da União aos 
municípios, de acordo com os que tiverem maior ou 
menor demanda. 
Como o Governo Federal é o órgão que mais arrecada 
impostos, ele é o principal responsável por financiar a 
saúde em todo o país. Porém, não tem a 
responsabilidade maior da prestação de serviços de 
saúde. O dinheiro pode ficar nos cofres da União para 
cobrir seus gastos e também ser repassado aos 
estados – que então passará aos municípios, os 
maiores responsáveis por botar em prática as políticas 
da área da saúde 
O órgão que faz a gestão da saúde em âmbito nacional 
é o Ministério da Saúde, que faz estudos 
e planeja a implantação de políticas nacionais de saúde. 
O Ministério da Saúde também é responsável pela 
criação de normas, avaliação, fiscalização e controle das 
ações do SUS em todo o país. 
 
 
DEMANDA ESPONTÂNEA X DEMANDA PROGRAMADA 
 
DEMANDA ESPONTÂNEA – pacientes que 
comparecem a unidade inesperadamente, seja para 
problemas agudos ou por motivos que o mesmo julgue 
como necessidade de saúde. 
 
DEMANDA PROGRAMADA – aquela que é agendada 
previamente. 
 
file:///C:/Users/nivya/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/4674.pdf 
 
 
 
 
FORMA DE ORGANIZAÇÃO FEITA PELA SMS E DISTRITOS 
 
O gestor municipal do SUS é sempre estatal (o governo 
municipal por meio da Secretaria Municipal da Saúde), e 
os prestadores podem ser estatais (federais, estaduais e 
municipais), privados sem fins lucrativos (as entidades 
filantrópicas) ou privados com fins lucrativos de forma 
complementar, e nessa ordem de prioridade, mantendo 
a subordinação e relações (a Programação Pactuada e 
Integrada, os pagamentos, as atividades de controle e 
auditoria, o acompanhamento e a avaliação) com o 
gestor do município em que estão localizados. As 
relações entre os municípios, com o estabelecimento das 
referências de pacientes de um município a serviço 
localizado em outro município sempre se dará na relação 
entre gestores municipais, mediadas pelo Estado, 
conforme estabelecido na Programação Pactuada e 
Integrada. As relações entre os Estados é mediada pelo 
Ministério da Saúde, nos fóruns de negociação, 
pactuação, articulação e integração representados pelas 
comissões intergestoras, a Comissão Intergestores 
Tripartite (CIT) e as Comissões Intergestores Bipartite 
(CIBs). A PPI é o principal instrumento de pactuação entre 
os gestores, incorporando os objetivos, metas, 
referências intermunicipais e interestaduais, os recursos 
financeiros correspondentes definidos nos tetos 
financeiros de acordo com os critérios estabelecidos nas 
CIBs e CIT e aprovados nos respectivos conselhos de 
saúde. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_cidadania_volume01.pdf 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA UBS 
 
Há a possibilidade de definir outro parâmetro populacional 
de responsabilidade da equipe de acordo com 
especificidades territoriais, vulnerabilidades, riscos e 
dinâmica comunitária respeitando critérios de equidade, 
ou, ainda, pela decisão de possuir um número inferior de 
pessoas por equipe de Atenção Básica (eAB) e equipe 
de Saúde da Família (eSF) para avançar no acesso e na 
qualidade da Atenção Básica. 
As ações e serviços da Atenção Básica, deverão seguir 
padrões essenciais e ampliados: 
 Padrões Essenciais - ações e procedimentos 
básicos relacionados a condições 
básicas/essenciais de acesso e qualidade na 
Atenção Básica; 
 Padrões Ampliados - ações e procedimentos 
considerados estratégicos para se avançar e 
alcançar padrões elevados de acesso e qualidade 
na Atenção Básica, considerando especificidades 
locais, indicadores e parâmetros estabelecidos 
nas Regiões de Saúde. 
https://www.politize.com.br/o-que-sao-politicas-publicas/
https://www.politize.com.br/o-que-sao-politicas-publicas/
file:///C:/Users/nivya/OneDrive/�rea%20de%20Trabalho/4674.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_cidadania_volume01.pdf
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
A oferta deverá ser pública, desenvolvida em parceria 
com o controle social, pactuada nas instâncias 
interfederativas, com financiamento regulamentado em 
normativa específica. 
Caberá a cada gestor municipal realizar análise de 
demanda do território e ofertas das UBS para mensurar 
sua capacidade resolutiva, adotando as medidas 
necessárias para ampliar o acesso, a qualidade e 
resolutividade dasequipes e serviços da sua UBS. A 
oferta de ações e serviços da Atenção Básica deverá 
estar disponível aos usuários de forma clara, concisa e 
de fácil visualização, conforme padronização pactuada 
nas instâncias gestoras. 
Todas as equipes que atuam na Atenção Básica deverão 
garantir a oferta de todas as ações e procedimentos do 
Padrão Essencial e recomenda-se que também 
realizarem ações e serviços do Padrão Ampliado, 
considerando as necessidades e demandas de saúde das 
populações em cada localidade. Os serviços dos padrões 
essenciais, bem como os equipamentos e materiais 
necessários, devem ser garantidos igualmente para todo 
o País, buscando uniformidade de atuação da Atenção 
Básica no território nacional. Já o elenco de ações e 
procedimentos ampliados deve contemplar de forma 
mais flexível às necessidades e demandas de saúde das 
populações em cada localidade, sendo definido a partir de 
suas especificidades locorregionais. As unidades devem 
organizar o serviço de modo a otimizar os processos de 
trabalho, bem como o acesso aos demais níveis de 
atenção da RAS. 
Toda UBS deve monitorar a satisfação de seus usuários, 
oferecendo o registro de elogios, críticas ou 
reclamações, por meio de livros, caixas de sugestões ou 
canais eletrônicos. As UBS deverão assegurar o 
acolhimento e escuta ativa e qualificada das pessoas, 
mesmo que não sejam da área de abrangência da 
unidade, com classificação de risco e encaminhamento 
responsável de acordo com as necessidades 
apresentadas, articulando-se com outros serviços de 
forma resolutiva, em conformidade com as linhas de 
cuidado estabelecidas. 
Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada 
da UBS: 
- Identificação e horário de atendimento; 
- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe; 
- Identificação do Gerente da Atenção Básica no 
território e dos componentes de cada equipe da UBS; 
- Relação de serviços disponíveis; e 
- Detalhamento das escalas de atendimento de cada 
equipe. 
 
NASF 
 
Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica 
(NASF-AB) constitui uma equipe multiprofissional e 
interdisciplinar composta por categorias de profissionais 
da saúde, complementar às equipes que atuam na 
Atenção Básica. É formada por diferentes ocupações 
(profissões e especialidades) da área da saúde, atuando 
de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário 
e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da 
Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB). 
Busca-se que essa equipe seja membro orgânico da 
Atenção Básica, vivendo integralmente o dia a dia nas 
UBS e trabalhando de forma horizontal e interdisciplinar 
com os demais profissionais, garantindo a longitudinalidade 
do cuidado e a prestação de serviços diretos à 
população. Os diferentes profissionais devem estabelecer 
e compartilhar saberes, práticas e gestão do cuidado, 
com uma visão comum e aprender a solucionar 
problemas pela comunicação, de modo a maximizar as 
habilidades singulares de cada um. 
Ressalta-se que os Nasf-AB não se constituem como 
serviços com unidades físicas independentes ou 
especiais, e não são de livre acesso para atendimento 
individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem 
ser regulados pelas equipes que atuam na Atenção 
Básica). Devem, a partir das demandas identificadas no 
trabalho conjunto com as equipes, atuar de forma 
integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus diversos 
pontos de atenção, além de outros equipamentos sociais 
públicos/privados, redes sociais e comunitárias. 
Compete especificamente à Equipe do Núcleo Ampliado 
de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB): 
a..) Participar do planejamento conjunto com as equipes 
que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas; 
b.) Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários 
do SUS principalmente por intermédio da ampliação da 
clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e 
de intervenção sobre problemas e necessidades de 
saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários; 
c) Realizar discussão de casos, atendimento individual, 
compartilhado, interconsulta, construção conjunta de 
projetos terapêuticos, educação permanente, 
intervenções no território e na saúde de grupos 
populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, 
ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da 
saúde, discussão do processo de trabalho das equipes 
dentre outros, no território. 
 
 
FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA 
 
O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite e 
com detalhamento apresentado pelo Plano Municipal de 
Saúde garantido nos instrumentos conforme 
especificado no Plano Nacional, Estadual e Municipal de 
gestão do SUS. No âmbito federal, o montante de 
recursos financeiros destinados à viabilização de ações 
de Atenção Básica à saúde compõe o bloco de 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
financiamento de Atenção Básica (Bloco AB) e parte do 
bloco de financiamento de investimento e seus recursos 
deverão ser utilizados para financiamento das ações de 
Atenção Básica. 
Os repasses dos recursos da AB aos municípios são 
efetuados em conta aberta especificamente para este 
fim, de acordo com a normatização geral de 
transferências de recursos fundo a fundo do Ministério 
da Saúde com o objetivo de facilitar o acompanhamento 
pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos municípios, dos 
estados e do Distrito Federal. 
O recurso per capita será transferido mensalmente, de 
forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde 
aos Fundos Municipais de Saúde e do Distrito Federal 
com base num valor multiplicado pela população do 
Município. 
1.. Equipe de Saúde da Família (eSF): os valores dos 
incentivos financeiros para as equipes de Saúde da 
Família implantadas serão prioritário e superior, 
transferidos a cada mês, tendo como base o número de 
equipe de Saúde da Família (eSF) registrados no sistema 
de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da 
respectiva competência financeira. 
O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio 
das equipes de Saúde da Família será publicado em 
portaria específica 
2. Equipe de Atenção Básica (eAB): os valores dos 
incentivos financeiros para as equipes de Atenção Básica 
(eAB) implantadas serão transferidos a cada mês, tendo 
como base o número de equipe de Atenção Básica 
(eAB) registrados no Sistema de Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde vigente no mês anterior ao 
da respectiva competência financeira. 
O percentual de financiamento das equipes de Atenção 
Básica (eAB), será definido pelo Ministério da Saúde, a 
depender da disponibilidade orçamentária e demanda de 
credenciamento. 
 
 
NOB-SUS/96 
 
A presente Norma Operacional Básica tem por 
finalidade primordial promover e consolidar o pleno 
exercício, por parte do poder público municipal e do 
Distrito Federal, da função de gestor da atenção à 
saúde dos seus munícipes (Artigo 30, incisos V e VII, e 
Artigo 32, Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a 
consequente redefinição das responsabilidades dos 
Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na 
consolidação dos princípios do SUS. 
Essa NOB (Norma Operacional Básica do Sistema Único 
de Saúde) aponta para uma reordenação do modelo de 
atenção à saúde, na medida em que redefine: 
 
a. os papéis de cada esfera de governo e, em 
especial, no tocante à direção única; 
b. os instrumentos gerenciais para que municípios 
e estados superem o papel exclusivo de 
prestadores de serviços e assumam seus 
respectivos papéis de gestores do SUS; 
c. os mecanismos e fluxos de financiamento, 
reduzindo progressiva e continuamente a 
remuneração por produção de serviços e 
ampliando as transferências de caráter global, 
fundo a fundo, com base em programações 
ascendentes, pactuadas e integradas; 
d. a prática do acompanhamento, controle e 
avaliação no SUS, superando os mecanismostradicionais, centrados no faturamento de 
serviços produzidos, e valorizando os resultados 
advindos de programações com critérios 
epidemiológicos e desempenho com qualidade; 
e. os vínculos dos serviços com os seus usuários, 
privilegiando os núcleos familiares e 
comunitários, criando, assim, condições para 
uma efetiva participação e controle social. 
 
A totalidade das ações e de serviços de atenção à saúde, 
no âmbito do SUS, deve ser desenvolvida em um 
conjunto de estabelecimentos, organizados em rede 
regionalizada e hierarquizada, e disciplinados segundo 
subsistemas, um para cada município Ä o SUS-Municipal 
Ä voltado ao atendimento integral de sua própria 
população e inserido de forma indissociável no SUS, em 
suas abrangências estadual e nacional. 
Os estabelecimentos desse subsistema municipal, do 
SUS-Municipal, não precisam ser, obrigatoriamente, de 
propriedade da prefeitura, nem precisam ter sede no 
território do município. Suas ações, desenvolvidas pelas 
unidades estatais (próprias, estaduais ou federais) ou 
privadas (contratadas ou conveniadas, com prioridade 
para as entidades filantrópicas), têm que estar 
organizadas e coordenadas, de modo que o gestor 
municipal possa garantir à população o acesso aos 
serviços e a disponibilidade das ações e dos meios para 
o atendimento integral. 
Isso significa dizer que, independentemente da gerência 
dos estabelecimentos prestadores de serviços ser estatal 
ou privada, a gestão de todo o sistema municipal é, 
necessariamente, da competência do poder público e 
exclusiva desta esfera de governo, respeitadas as 
atribuições do respectivo Conselho e de outras 
diferentes instâncias de poder. Assim, nesta NOB 
gerência é conceituada como sendo a administração de 
uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital, 
instituto, fundação etc.), que se caracteriza como 
 Nivya Moraes P1/UC2 UNIT-AL 
 
prestador de serviços ao Sistema. Por sua vez, gestão é 
a atividade e a responsabilidade de dirigir um sistema de 
saúde (municipal, estadual ou nacional), mediante o 
exercício de funções de coordenação, articulação, 
negociação, planejamento, acompanhamento, controle, 
avaliação e auditoria. São, portanto, gestores do SUS os 
Secretários Municipais e Estaduais de Saúde e o Ministro 
da Saúde, que representam, respectivamente, os 
governos municipais, estaduais e federal. 
O poder público estadual tem, então, como uma de suas 
responsabilidades nucleares, mediar a relação entre os 
sistemas municipais; o federal de mediar entre os 
sistemas estaduais. Entretanto, quando ou enquanto um 
município não assumir a gestão do sistema municipal, é 
o Estado que responde, provisoriamente, pela gestão de 
um conjunto de serviços capaz de dar atenção integral 
àquela população que necessita de um sistema que lhe 
é próprio. 
As instâncias básicas para a viabilização desses propósitos 
integradores e harmonizadores são os fóruns de 
negociação, integrados pelos gestores municipal, estadual 
e federal - a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) - e 
pelos gestores estadual e municipal - a Comissão 
Intergestores Bipartite (CIB). Por meio dessas instâncias e 
dos Conselhos de Saúde, são viabilizados os princípios de 
unicidade e de equidade. 
Nas CIB e CIT são apreciadas as composições dos 
sistemas municipais de saúde, bem assim pactuadas as 
programações entre gestores e integradas entre as 
esferas de governo. Da mesma forma, são pactuados os 
tetos financeiros possíveis - dentro das disponibilidades 
orçamentárias conjunturais - oriundos dos recursos das 
três esferas de governo, capazes de viabilizar a atenção 
às necessidades assistenciais e às exigências ambientais. 
O pacto e a integração das programações constituem, 
fundamentalmente, a consequência prática da relação 
entre os gestores do SUS. 
 A composição dos sistemas municipais e a ratificação 
dessas programações, nos Conselhos de Saúde 
respectivos, permitem a construção de redes regionais 
que, certamente, ampliam o acesso, com qualidade e 
menor custo. Essa dinâmica contribui para que seja 
evitado um processo acumulativo injusto, por parte de 
alguns municípios (quer por maior disponibilidade 
tecnológica, quer por mais recursos financeiros ou de 
informação), com a consequente espoliação crescente 
de outros. 
 As tarefas de harmonização, de integração e de 
modernização dos sistemas municipais, realizadas com a 
devida equidade (admitido o princípio da discriminação 
positiva, no sentido da busca da justiça, quando do 
exercício do papel redistributivo), competem, portanto, 
por especial, ao poder público estadual. Ao federal, 
incumbe promovê-las entre as Unidades da Federação. 
O desempenho de todos esses papéis é condição para 
a consolidação da direção única do SUS, em cada 
esfera de governo, para a efetivação e a permanente 
revisão do processo de descentralização e para a 
organização de redes regionais de serviços 
hierarquizados. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_cidadania_volume01.pdf 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_cidadania_volume01.pdf

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