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Camila Lemes Michalski
Fabiana da Silva Soares
Juliana Delevati
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO NA PRÁTICA PROFISSIONAL EM 
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL 
Cascavel
2019
Camila Lemes Michalski 
Fabiana da Silva Soares 
Juliana Delevati
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO NA PRÁTICA PROFISSIONAL EM 
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL 
Relatório apresentado ao Curso de Psicologia da Universidade Norte do Paraná, como requisito avaliativo da Prática Profissional em Psicologia Organizacional.
Supervisor: Magda Schmidt
Cascavel
2019
 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO	9
3. JUSTIFICATIVAS LEGAIS	9
4. OBJETIVOS	10
4.1 OBJETIVO GERAL	10
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	10
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	10
6. METODOLOGIA	23
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
9. REFERÊNCIAS	28
10. ANEXOS	31
12. RELATÓRIOS SEMANAIS	32
13. MODELO DE QUESTIONÁRIO	103
13.1 Pesquisa de Clima e Saúde Professores	103
14. CÓPIAS DOS QUESTIONÁRIOS	109
14.1 Cópia dos questionários Escola Municipal Nossa Senhora da Salete	110
14.2 Cópia dos questionários Escola Municipal Prof. Dulce A. S. Cunha - CAIC I	111
14.3 Cópia dos questionários Cmei Darci Angela Borges	112
14.4 Cópia dos questionários Cmei Prof. Leonides Azure	113
14.5 Cópia dos questionários Escola Municipal Dulce P. P. Tavares	114
14.6 Cópia dos questionários Cmei Gente Pequena	115
14.7 Cópia dos questionários Escola Municipal Hermes Vezzaro	116
14.8 Cópia dos questionários Escola Municipal Florencio C. A. Neto	117
14.9 Cópia dos questionários Escola Municipal Mario P. de Carvalho	118
14.9.1 Cópia dos questionários Escola Municipal José Baldo	119
15. GRÁFICOS DE AMOSTRAGENS DOS RESULTADOS	120
15.1 Amostragem gráfica Nossa Senhora da Salete	120
15.2 Amostragem gráfica CAIC I	128
15.3 Amostragem gráfica Cmei Darci A. Borges	135
15.4 Amostragem gráfica Cmei Leonides Ezure	140
15.5 Amostragem gráfica Dulce P. P. Tavares	146
15.6 Amostragem gráfica Cmei Gente Pequena	152
15.7 Amostragem gráfica Escola Municipal Hermes Vezzaro	159
15.8 Amostragem gráfica Escola Municipal Florencio C. A. neto	164
15.9 Amostragem gráfica Escola Municipal Mario P. de Carvalho	171
15.9.1 Amostragem gráfica Escola Municipal Jose Baldo	178
 
1. INTRODUÇÃO
	Na busca constante pela modernidade e qualidade de gestão de pessoas as organizações vêm buscando mais a psicologia organizacional e os seus respectivos profissionais, como forma de minimizar os grandes problemas que vem ocorrendo nas organizações no setor de recursos humanos, com isso e aumentar sua lucratividade, satisfação e qualidade de vida dos colaboradores diante do trabalho.
A Psicologia Organizacional é, segundo SPECTOR (2005) “psicologia é a ciência do comportamento humano (e não humano), da cognição, da emoção e da motivação”. Ela pode ser dividida em várias especializações, algumas delas se preocupam somente com o próprio conhecimento da psicologia como ciência, enquanto outras se voltam também para a aplicação daquela ciência. A psicologia organizacional está inserida nesta última categoria ocupando-se tanto da ciência psicológica como com a sua aplicação aos problemas das pessoas nas organizações. O campo da Psicologia Organizacional possui duas divisões principais: a industrial (de recursos humanos) e a organizacional. Apesar destes dois conteúdos se sobreporem e não poderem ser facilmente separados, tradicionalmente eles têm origens diferentes.
De acordo AGUIAR (2002) coloca que “a psicologia organizacional no seu processo de desenvolvimento histórico enquanto ciência aplicada, tem se dedicado à adequação dos indivíduos membros da organização aos fins por ela definidos”. Isto caracteriza uma razão técnica identificada pela utilização dos indivíduos como meio para atingir objetivos determinados pela organização. A psicologia organizacional utiliza técnicas e instrumentos que atuam desde a seleção a partir de critérios pré-determinados pela empresa como características de personalidade, valores e sentimentos. O verdadeiro papel da seleção é atender a demanda da organização, admitindo pessoas que se moldem a ela e que se integrem à sua cultura e filosofia, sem questionamentos. 
A teoria da emoção preconizada por Wallon (1995) traz algumas possibilidades de reflexão. A emoção era vista de forma contraditória, ora como um elemento desagregador, ora como um elemento ativador e organizador de ações. Wallon, ao invés de tomar partido por uma ou outra posição, preconizou que era justamente este caráter paradoxal e contraditório da emoção que lhe conferia um caráter organizador do comportamento do sujeito. Para ele, a emoção não pode ser vista isoladamente, mas integrada ao funcionamento da inteligência, da motricidade e do social e, por isso, fundamental para a própria sobrevivência da espécie humana, no estabelecimento de vínculos básicos interpessoais, inclusive na fusão e diferenciação entre os sujeitos e no conhecimento do real.
Como consequência de a emoção ter componentes orgânicos acentuados, sua função principal é mobilizar o outro, isto é, ela é essencialmente social. “As reações que as emoções suscitam no ambiente funcionam como uma espécie de combustível para sua manifestação” (GALVÃO, 1996, p. 64).
A atuação dos psicólogos nas organizações relaciona-se basicamente com o bem-estar e a promoção da qualidade de vida dos funcionários da organização, entendendo que isso é crucial para agir com produtividade e alcançar resultados expressivos. A tensão e os conflitos entre funcionários, que sempre têm a possibilidade de existirem, também são aliviados com a ajuda do psicólogo organizacional, pois por meio dele são buscadas soluções para um ambiente mais harmônico.
Dentro das inúmeras funções desse profissional uma é aplicar técnicas, fazer o treinamento dos colaboradores para provocar seu desenvolvimento pessoal, aplicar testes psicológicos e comportamentais, fazer pesquisas sobre o clima organizacional e elaborar programas que impulsionam a qualidade de vida dos funcionários da empresa.
Portanto neste trabalho vamos apresentar a importância do psicólogo nas organizações escolares, pois o número que professores que se afastam da sala de aula por motivos como: estresse, depressão, síndrome do pânico, cansaço, esgotamento físico e emocional e outras patologias é cada vez maior, o educador não começa sua profissão assim, pode-se afirmar que são o desgaste e os problemas enfrentados no cotidiano da profissão que levam esta classe ao colapso. 
As causas externas são muitas: a profissão exige contato direto com as emoções e problemas dos alunos sendo praticamente impossível o não envolvimento; além de salas de aulas superlotadas, indisciplina, baixo salário, jornada de trabalho extremamente longa, burocracia, entre outros. A questão é objeto de estudo e vem chamando atenção tanto no cenário nacional quanto internacional. Esteve (1999), denomina a situação como mal-estar docente, uma expressão que indica apatia e desencanto pela docência. Para Jesus. S. :
O mal-estar docente é um fenômeno dos nossos dias, quer pelo aumento brusco da percentagem de professores com sintomas de mal-estar nos últimos anos quer pelo facto (sic) de no passado os professores não apresentarem índices mais elevados de insatisfação, stress ou exaustão do que outros profissionais. Assim, o mal-estar docente é um fenômeno da sociedade atual (sic), estando interligado com as mudanças. (JESUS. S., 2002, p. 15).
É evidente que, no cotidiano da escola, emergem situações de conflitos de ordem afetiva e emocional, envolvendo professores, alunos, funcionários e família, bem como frequentes manifestações de raiva, desespero e irritação, dentre outras, as quais são de difícil resolução. Da mesma forma que o professor, o psicólogo envolvido neste processo deve ter a consciência do caráter de contágio das emoções, a fim de que se possa trabalhar com essas reações e mobilizações de uma forma mais positiva e interventiva, tanto para os sujeitos sob o ponto de vista individual, quanto na dinâmica coletiva de um determinadogrupo em sala de aula (Galvão, 2004).
Dentro do espaço escolar, Vygotsky atribuiu um papel crucial às relações sociais no processo de desenvolvimento, visto que a escola também exerce essa função de propiciar elementos Facilitadores não só restritos às construções de conhecimento, mas também atrelados à constituição do sujeito como um todo (Vygotsky, 2007).
Segundo alguns estudos (Branden, 1998; Garmezy & Masten, 1994) consideram que a presença de características individuais, tais como autoestima positiva, autocontrole, autonomia, características de temperamento afetuoso e flexível; apoio afetivo na família, como coesão, estabilidade, respeito mútuo, apoio/suporte; e, apoio do meio ambiente externo, promovido por pessoas significativas, como escola, igreja, grupos de ajuda são importantes fatores de proteção para o desenvolvimento integral. 
Consequentemente estes aspectos contribuem para a diminuição dos riscos promovendo bom relacionamento com amigos, professores ou pessoas que assumam papel de referência segura. Somente um trabalho conjunto entre a escola, a família e demais instituições responsáveis pela proteção aos direitos e ao desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens permitirá o pleno alcance desta meta prioritária no atual cenário brasileiro. As pessoas em desenvolvimento deixarão de representar apenas “números”, para se tornarem verdadeiros protagonistas do desenvolvimento social, com acesso à educação, à família, ao lazer e ao atendimento de suas necessidades. Para tal, a escola compreende tanto uma completa formação como a plena escolarização. Trata-se de juntar educação formativa e educação instrucional. Juntamente com a família, a escola é uma instituição de vanguarda no processo decisivo na formação cidadã, promovendo a construção e a garantia de sujeitos plenos, capazes de exercitar seus direitos e corresponder com seus deveres à sociedade que os integra.
Diante disso o psicólogo organizacional e escolar realiza várias funções e tarefas que estão diretamente ligadas aos trabalhadores com sua satisfação e bem-estar, na busca por melhores condições de trabalho, visando uma melhor produtividade e efetividade organizacional. O profissional de psicologia diante de sua formação é o único dentro da organização que tem condições de subsidiar e planejar programas de qualidade de vida para os colaboradores das organizações, pois ele conhece o comportamento humano e tem a capacidade de identificar onde precisa uma melhor atenção e acompanhamento e com isso direcionar os respectivos programas corretamente.
O psicólogo organizacional tem grande influência no ambiente de trabalho e a instituição principalmente no ambiente escolar. Pois através de muito estudo o psicólogo organizacional é capaz de compreender a relação entre os colaboradores para dar parâmetros sobre a vida coletiva da empresa ou escola, no intuito de extrair o máximo dos funcionários e professores e assim, fazer a instituição caminhar ainda melhor. Seus benefícios para as organizações são o aumento da produtividade, melhora nas relações de comunicação entre colaboradores de todos os níveis, diminuição das doenças psicossomáticas e afastamentos por problemas psicológicos como também menos pedido e demissões e novas contratações por causa do bom entrosamento da equipe, identificação de problemas de saúde e doenças ligadas ao trabalho e ajuda na promoção da motivação face o desencorajamento dos trabalhadores.
Uma instituição de sucesso é resultado da ajuda de profissionais que contribuem para esse impacto positivo. Por isso, o psicólogo organizacional e escolar é imprescindível na manutenção de um ambiente afetivo, saudável e de melhor produtivo em todos os níveis de uma empresa, combatendo problemas e fazendo uma boa gestão dos recursos humanos, desenvolvendo não só na gestão dos colaboradores mais também com os próprios administradores, efetivando melhores forma de administrar, desenvolvendo neles onde e como explorar o que trazem de melhor da organização, para que assim tenham melhor resultados. 
Junto com este trabalho de pesquisa, vamos perceber a importância do profissional de psicologia nas instituições escolares, e como os profissionais estão carentes de um profissional como este, e o aumento de professores e profissionais afastados por problemas psicológicos e doenças psicossomáticas.
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
Pesquisa de Psicologia Organizacional
Pesquisa sobre a saúde mental do professor da rede pública das escolas municipais de Cascavel. Utilizando a metodologia de uso do Questionário.
Autores: Camila Lemes Michalski
	 Fabiana Soares
	 Juliana Delevati
Professora Supervisora: Magda Schmidt
Área de ação: Psicologia Organizacional 
Público envolvido: Docentes do ensino básico da Rede pública Municipal em Cascavel.
3. JUSTIFICATIVAS LEGAIS
Diante das determinações legais, a Universidade Norte do Paraná exige o Estágio Supervisionado para a obtenção do título de Psicólogo, na formação de profissionais capacitados para atender às demandas do mercado de trabalho, conforme:
Lei 4.119 de 27/08/1962, que regulamenta a profissão de psicólogo e dispões sobre os cursos universitários de Psicologia;
Decreto 53.464 de 21/01/1964, que regulamenta a Lei supracitada;
Parecer 292/62 do Conselho Federal de Educação, que diz em parágrafo único: “é também obrigatório, sob forma de estágio supervisionado, a prática de ensino das matérias que sejam objeto de habilitação profissional;
O parecer do Conselho Federal de Educação n. º 403/63, que estabelece o currículo mínimo dos cursos de formação em Psicologia no Brasil;
Lei 9.394 de 20/12/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
Lei Federal 11.788/2008, que regulamenta as atividades de estágio realizadas por estudantes de todos os níveis de formação.
4. OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Promover, a pedido da Secretaria Municipal de Educação de Cascavel, Paraná. A coleta de informações com as equipes das escolas e CMEIs referentes a Saúde Mental do professor da rede Pública de Cascavel.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Favorecer o processo de conhecimento da equipe de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde em relação ao que acontece diariamente nas unidades de Educação, sejam escolas ou CMEIS.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A definição de organizacional vêm de trabalho em equipe, ou seja, um grupo social em busca de um mesmo objetivo. Uma organização existe quando duas ou mais pessoas trabalham juntas e de modo estruturado para alcançar certos objetivos, que devido a limitações pessoais, a ação individual isolada não conseguiria atingir, tornando necessária a cooperação entre as pessoas (LIMA; ALBANO, 2002). Neste caso a organização está dividida e doente, causando problemas de relacionamento interpessoal.
A organização é uma unidade social, dirigida por objetivos e que possui processos, bem como sistemas determinados. Em outras palavras, uma organização é o conjunto de pessoas que trabalham juntas para realizar algo melhor do que poderiam realizar separadamente. (GRIFFIN E MOORHEAD, 2015, p. 423).
Dentro do contexto organizacional surge o trabalho que possui várias definições, alguns autores definem com algo que garante uma fonte de renda, outros como um conjunto onde inclui, renda, satisfação profissional, ocupação, podendo ser entendido como “Aplicação da atividade física ou intelectual; esforço, tarefa; serviço; obra feita ou que está em via de execução; fadiga; labutação; ação mecânica dos agentes, naturais, lida”, segundo Fernandes, (2001). A vários autores que demonstram como o trabalho é visto diante do significado que tem para o indivíduo dentro do contexto histórico e social.
Existem divergências em torno dos fenômenos significados e sentidos do trabalho devido à imprecisão conceitual dos construtos sentidos e significados, e por tratar-se de fenômenos multifacetados constituídos de diversas variáveis pessoais e sociais, investigadas por autores de diferentes perspectivas teóricas. Com isso, aprofundar o estudo desses fenômenos,em interface com outras áreas contribui para aperfeiçoar os estudos sobre a temática (ANDRADE, TOLFO e DELLAGNELO, 2012, p. 206).
Para Franco (2004) o trabalho é visto com algo transformador, também “atividade, prática, produção, transformação, consciência, desenvolvimento pessoal e cidadania”. Ou seja, é algo que torna o sujeito produtivo, que descobre suas potencialidades, habilidades para desenvolver - se e tendo consciência que faz parte de uma sociedade onde tem como base de renda essa modalidade.
As implicações do sentido do trabalho para as organizações e sociedades são amplas, uma vez que ele determina aquilo que as pessoas julgam ser legítimo no contexto ocupacional, o que estão ou não dispostas a tolerar, como os custos que as elites aceitam para direcionar as várias atividades do mundo do trabalho, até a facilidade com que indivíduos se dispõem a mudar hábitos para satisfazer os imperativos de novas tecnologias. Portanto, conhecer o sentido do trabalho para indivíduos e grupos hoje é um passo essencial para compreender o comportamento das pessoas no trabalho num mundo pós- -moderno, no qual a dimensão profissional ainda tem papel fundamental para a formação da identidade e para o bem-estar das pessoas (CAVAZOTTE, LEMOS e VIANA, 2012, p. 165).
Quando dentro da organização os objetivos e os sistemas são bem dirigidos e apresentados pela gestão atual ou nova gestão, o grupo de trabalho mantém uma relação interpessoal em perfeita harmonia, e os pequenos conflitos gerados por razões adversas são facilmente reparados e resolvidos. Com isso é possível trabalhar em equipe e produzir mais e com mais criatividade.
Baseado em bom senso, a delegação de autoridades àqueles que estão envolvidos na realização de serviços educacionais é construída a partir de modelos de liderança compartilhada, que são os padrões de funcionamento de organizações eficazes e com alto grau de desempenho ao redor do mundo. (LÜCK. 2005, p.35).
Quando há uma liderança participativa, que é uma estratégia empregada para aperfeiçoar a qualidade educacional, que constitui a chave para liberar a riqueza do ser humano que está presa a aspectos burocráticos e limitados dentro do sistema de ensino e a partir de práticas orientadas pelo senso comum ou hábitos não avaliados, o grupo consegue ter uma segurança e ter o seu trabalho centrado e justificado. 
A Teoria da Liderança Servidora desafia esse paradigma tradicional de chefia, quebra o mito de hierarquia intocável, propõe aprendizagem com os erros da equipe, busca a opinião e a experiência de todos os níveis da empresa, invade os chamados segredos de cúpula e distribui a informação outrora privilegiada para todo o grupo, a fim de que todos sintam que são parte do mesmo time, lutando pela vitória comum. (MARINHO, 2005 apud LINO SILVA, 2011, p. 7).
A organização de uma escola é constituída por várias gestões, começa por um órgão maior que defere alguém dentro do ambiente escolar para gerenciar uma equipe, que muitas vezes vem de uma outra gestão com dificuldades, com falhas nos relacionamentos e até mesmo com uma visão sobre aquele ambiente totalmente distorcida. Para Carvalho (1999) a escola é um espaço social, onde há várias pessoas formando vários grupos de relacionamento, e com isso há uma interação entre esses indivíduos, que pode ser boa ou não. O que diferencia a comunidade escolar de outras organizações são suas especificidades que é a formação desse grupo realizada por professores, pais, alunos e outros elementos da comunidade e de órgãos municipais.
A escola deve sofrer um processo de organização, onde a eficiência é determinada pela capacidade de atingir plenamente os objetivos bem definidos, para os quais são canalizados todos os recursos disponíveis, ordenados dentro de um sistema julgado o mais adequado para aquela situação. Esses objetivos, entretanto, são suscetíveis de mudanças e, consequentemente, a estrutura geral da escola também deve mudar. (ALONSO, 1981, p.11).
Quando o trabalho refere - se ao ambiente escolar, a organização é totalmente diferenciada, pois não envolve somente um profissional e sim vários, com vários níveis acadêmicos e com histórias e experiências muito diferentes, apesar de buscarem harmonia e um relacionamento interpessoal ajustado para uma boa convivência. Quando há uma boa gestão escolar o relacionamento tende a ser mais eficaz e com boa condução pelos professores.
Desejo assim uma escola que conceba, projete, atue e reflita em vez de uma escola que apenas executa o que os outros pensaram para ela [...]. Não quero uma escola que se lamente do insucesso como um pesado e frustrante fardo a carregar, mas uma escola que questione o insucesso nas suas causas para, relativamente a elas, traçar planos de ação. Uma escola que reflita sobre os seus próprios processos e as suas formas de atuar e funcionar [...]. Uma escola que saiba criar as suas próprias regras. Mas que, ciente da sua autonomia responsável, saiba prestar contas de sua atuação, justificar os seus resultados e autoavaliar-se para definir o seu desenvolvimento. (ALARCÃO, 2001, p. 82).
A escola em questão mesmo com bom relacionamento sofre com a falta de estrutura e com as mudanças que deveriam acontecer para as melhorias e não ocorre conforme a data prevista. Outro fator é que os pais não entendem as mudanças que ocorre nos projetos pedagógicos e governamentais e acabam deixando toda a responsabilidade de educação para a escola, sobrecarregando os professores.
A mudança de que a escola precisa é uma mudança paradigmática. Porém, para mudá-la, é preciso mudar o pensamento sobre ela. É preciso refletir sobre a vida que lá se vive, em uma atitude de diálogo com os problemas e as frustrações, os sucessos e os fracassos, mas também em diálogo com o pensamento, o pensamento próprio e o dos outros. (ALARCÃO, 2001, p. 15).
A falta de empatia entre o grupo de profissionais é um dos maiores problemas enfrentados dentro do ambiente escolar, gerando um desconforto a quem participa do grupo de trabalhadores e também causado conflitos internos e pode ser um dos motivos pelos quais os professores adoecem. Muitos professores por não haver empatia no grupo acaba isolando-se e com isso enfrentando o sofrimento da solidão dentro da organização em que está inserida.
Uma vez que cada um aceite o outro como e pelo que ele é, torna-se possível empregar métodos para que o relacionamento se dê de maneira eficaz”. Ou seja, ao entender o comportamento do outro, consegue-se lidar mais facilmente com os obstáculos criados nas relações. (WEISS, 1992, p.17).
Nos casos de conflitos há uma necessidade de liderança ativa que seja capaz de influenciar o grupo com medidas eficientes para um bom relacionamento interpessoal. Quando dentro do espaço de trabalho a liderança consegue manter os conflitos internos resolvidos no início, as chances de ter um bom relacionamento interpessoal aumenta, gerando um espaço onde os funcionários gostam de passar suas horas de trabalho.
Na psicologia, em especial, a cultura pode ser concebida como fonte de expressão do inconsciente humano, como formas de cognição que caracterizam diferentes comunidades, como símbolos que são compartilhados, ou ainda como valores básicos profundamente arraigados que influenciam e explicam os comportamentos e as formas de agir dos indivíduos e dos grupos. (SILVA; ZANELLI, 2004, p. 411).
Em relação ao desrespeito com a nova gestão escolar é necessário que haja um engajamento maior do profissional que está ocupando o cargo, para que possa conhecer a história e o porquê aquele funcionário não quer adequar se às novas propostas realizadas pela gestão que assume. Tudo o que é novo assusta, e em alguns casos dentro da empresa esse fator pode interferir no andamento das atividades e da empatia, pois não saber o que vem pelo novo gestor pode afastar dele a equipe.
Não é possível elaborar receituários de como lidar com a reação dos empregados as mudanças. O que de fato interessa é alertar os gestores sobre a necessidade de conhecer os indivíduos ea cultura da organização, a fim de planejar as mudanças e saber lidar com as mais diferentes reações apresentadas. (BRESSAN, 2004, p. 08).
O trabalho exercido nas escolas, geram fontes aos profissionais e também a possibilidade de conviver em um grupo com a mesma visão pedagógica. Ressaltando o processo ensino/aprendizagem sendo operacionalizado, com uma dinâmica onde a instituição escolar vive em um grupo fenomenal, com o consenso sobre determinadas percepções, onde englobam aspectos sociais, físicos do ambiente, e psicológicos, afetando o comportamento de cada membro envolvido nesse contexto. Para Rohm e Lopes (2015, p. 333):
 [...] o trabalho é uma condição fundamental na existência humana. Por meio dele, o homem se relaciona com a natureza, constrói sua realidade, significa-se, insere-se em contextos grupais, atua em papéis e finalmente promove a perenização de sua existência. Por viabilizar a relação dos indivíduos com o meio, em um dado contexto, o trabalho expressa-se como incessante fonte de construção de subjetividade, produzindo significado da existência e do sentido de vida. Todavia, o trabalho na pós-modernidade ocupa de tal forma um espaço no desejo do indivíduo que as pessoas buscam somente neste papel o sentido de suas vidas, inviabilizando a auto realização plena do ser humano.
Os professores não são mais valorizados como há vinte anos atrás, onde eram denominados como um profissional muito importante e respeitado pela sociedade. Hoje os pais não esperam que os professores ensinem Português, História, Geografia, eles querem que os filhos sejam educados por seus professores, saindo da escola prontos para viver a mundo. Essa distorção de realidade gera nos profissionais sofrimentos variados e a sua saúde mental fica ainda mais fragilizada, tendo como consequência alguns tipos de transtornos mentais.
O trabalho deve ser, necessariamente, associado ao sofrimento? Ou seria lícito pensar, em uma perspectiva diametralmente humana na sua relação com a natureza, configurando-se como plataforma do ser social? O trabalho sobre o qual na maioria das vezes nos referimos é inútil? (BORGES; YAMAMOTO, 2004, p. 24).
Ser profissional da área escolar nos dias atuais deixou de ser considerado prazeroso, pois muitos desses profissionais acabam por um conjunto de fatores como falta de estrutura, salários, desvalorização e aumento na carga horária de trabalho geram impactos recebidos como uma má qualidade de vida, o que se torna contrário do propósito real.
Qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (THE WHOQOL GROUP, 1995 apud FLECK, 200, p. 34).
Porém, não é somente a desvalorização dos pais e alunos que causam todo o sofrimento nos professores, há também que somar a desvalorização da sociedade em relação a essa visão distorcida, ou seja, nos dias atuais os profissionais de educação está sendo banalizado, sendo agredidos verbalmente, fisicamente e psicologicamente. O grupo em que este profissional está inserido também é uma das causas, pois quando não há comunicação entre o grupo a um desgaste maior.
Quando a solução final for escolhida, haverá mais gente para apoiá-la e implementá-la. Essas vantagens, entretanto, podem ser superadas pelo tempo consumido pelo grupo, os conflitos internos criados e as pressões geradas em relação à conformidade. (ROBBINS, 2002, p. 234-235).
Portanto se o grupo é fortalecido o profissional mantém uma postura menos doente. Dentro do espaço escolar, Vygotsky atribuiu um papel crucial às relações sociais no processo de desenvolvimento, visto que a escola também exerce essa função de propiciar elementos Facilitadores não só restritos às construções de conhecimento, mas também atrelados à constituição do sujeito como um todo (Vygotsky, 2007).
Segundo alguns estudos (Branden, 1998; Garmezy & Masten, 1994) consideram que a presença de características individuais, tais como autoestima positiva, autocontrole, autonomia, características de temperamento afetuoso e flexível; apoio afetivo na família, como coesão, estabilidade, respeito mútuo, apoio/suporte; e, apoio do meio ambiente externo, promovido por pessoas significativas, como escola, igreja, grupos de ajuda são importantes fatores de proteção para o desenvolvimento integral. Consequentemente estes aspectos contribuem para a diminuição dos riscos promovendo bom relacionamento com amigos, professores ou pessoas que assumam papel de referência segura. 
Para quem os distúrbios de voz causados pelo exercício da profissão fazem parte do cotidiano de muitos professores, uma vez que ministram aulas em salas lotadas, inalam pó de giz, competem com o barulho da rua, dos ventiladores ou do ar condicionado e da conversa dos alunos. Trabalham em salas com muitas pessoas respirando o pouco ar que circula no ambiente, com estrutura física onde a luminosidade natural é deficiente. (SALIM E OLIVEIRA, 2010., p. 02).
O número de professores que se afastam da sala de aula por motivos como estresse, depressão, síndrome do pânico, cansaço, esgotamento físico e emocional e outras patologias é cada vez maior, o educador não começa sua profissão assim, pode-se afirmar que são o desgaste e os problemas enfrentados no cotidiano da profissão que levam esta classe ao colapso. 
Concretamente no caso dos professores, desde os anos 30 considerou-se que esta profissão favorecia o aparecimento de síndromes nervosas, e a partir da segunda metade dos anos 70 começaram a se desenvolver investigações específicas sobre o estresse profissional nos professores. Em 1981, a Organização Internacional do Trabalho considerou o estresse como uma das principais causas de abandono da profissão docente, considerando a docência como uma profissão de risco físico e mental. (GARCIA, 2012, p.31).
As causas externas são muitas pois a profissão exige contato direto com as emoções e problemas dos alunos sendo praticamente impossível o não envolvimento, além de salas de aulas superlotadas, indisciplina, baixo salário, jornada de trabalho extremamente longa, burocracia, entre outros. As doenças físicas também são causas relevantes de muitos afastamentos de professores das salas de aula. Segundo Garcia:
Os movimentos repetitivos podem desencadear as Doenças Osteomusculares Relativas ao Trabalho (DORT), que são lesões que afetam os músculos, tendões e nervos nas articulações do corpo, especialmente mãos, punhos, cotovelos, ombros, pescoço, costas e joelhos. As DORT geralmente aparecem quando o trabalhador está sujeito a esforços repetitivos. A fadiga causada pela constante repetição dos esforços repetitivos vai aumentando e gerando dores, dificultando, com isso, o desempenho do trabalhador. (GARCIA, 2012., p. 25). 
Esteve (1999), denomina a situação como mal-estar docente, uma expressão que indica apatia e desencanto pela docência. Ou seja aborda o assunto como um evento da sociedade, um fenômeno diário, que demonstra toda a insatisfação do professor dentro do seu espaço de trabalho, causando a esse profissional uma necessidade de mudança, o que muitas vezes não ocorre.
O mal-estar docente é um fenômeno dos nossos dias, quer pelo aumento brusco da percentagem de professores com sintomas de mal-estar nos últimos anos quer pelo facto (sic) de no passado os professores não apresentarem índices mais elevados de insatisfação, stress ou exaustão do que outros profissionais. Assim, o mal-estar docente é um fenômeno da sociedade atual (sic), estando interligado com as mudanças”. (JESUS.S. 2002, p. 15).
A questão é objeto de estudo e vem chamando atenção tanto no cenário nacional quanto internacional. Quando o clima organizacional do ambiente escolar é bom, o trabalho realizado dentro desse espaço torna-se favorável e construtivo. Com isso a escola passa a ter um local agradável e bom para os professores. Apesar de acontecer pequenos conflitos, com o bom relacionamento interpessoal a equipe consegue resolver essas questõescom mais agilidade e tranquilidade, pois, independente do assunto o resultado será satisfatório para ambas as partes relacionadas. 
É preciso e até urgente que a escola vá se tornando um espaço acolhedor e multiplicador de certos gostos democráticos como o de ouvir os outros, não, por favor, mas por dever, o de respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões 2373 tomadas pela maioria a que não falte, contudo, o direito de quem diverge de exprimir a sua contrariedade. (FREIRE, 1997, p.89).
O relacionamento interpessoal torna-se essencial na instituição escolar para que os funcionários possam ter bons resultados durante o ano letivo, segundo Marques (2013) a relação interpessoal é imprescindível para as organizações, e a escola é uma organização, sendo assim, Parode (2008) coloca que devido a natureza humana o ambiente de trabalho transforma-se em local de competições pessoais, dessa maneira, é preciso ter controle para que essas competições não deixem de ser saudáveis, pois caso aconteça, pode causar grande dano no clima da organização.
Seria maravilhoso se jamais tivéssemos que lidar com conflitos. Se as pessoas pudessem resolver suas discordâncias em paz e com boa vontade – poderiam discordar umas das outras, compartilhar diferenças de opinião e de valores, dividir entre si as raras recompensas e nunca brigar por coisa alguma. (WEISS, 1994, p.9).
Entretanto Dewes (2007) pondera que o relacionamento interpessoal constitui em fonte de satisfação das necessidades de aceitação social e de status, que acaba por ajudar na elaboração 127 da autoestima do colaborador, o que está amplamente ligado ao clima organizacional, pois a satisfação é um dos principais fatores que influenciam no clima. 
Para Veiga (2009, p.58) "o professor ajuda a aprender, a sistematizar os processos de produção e assimilação de conhecimentos para garantir a aprendizagem efetiva, também orienta e direciona o processo de ensinar". O professor tem a qualidade e capacidade de compreender uma didática voltada para ensinar os alunos.
O professor, no curso da sua ação profissional, produz sentidos no contexto cultural em que se encontram inseridos os sujeitos da ação educativa: professores e alunos. Assim a produção e significados é fruto da subjetividade do professor que atua na sua ação como docente. Os saberes do 3 professor são definidos pelo campo cultural, próprio da educação escolar em permanente construção CAMPOS (2007, p. 22).
Porém com as mudanças de alguns princípios e leis formalizadas deu início a desvalorização dos professores dentro do ambiente escolar, que tem sido causada por vários motivos, sendo eles a valorização salarial que não acontece gradualmente, a valorização por parte da família dos alunos, o limite que tem para realização dos projetos escolares, entre outros fatores. 
Se, por um lado, as insatisfações com a escola fomentam a ânsia por renovação, por outro, é certo que as mudanças introduzidas acabaram por gerar nova ordem de descontentamento devido a repercussão negativa que tiveram o status profissional dos professores (SIMÕES; CORREA; MENDONÇA, 2011, p. 258).
Isso desmotiva e causa problemas de saúde e psicológicos, como Depressão, Transtornos de Burnout e Ansiedade, como resultado muitos professores estão afastados por tempo indeterminado de suas atividades diárias dentro das escolas, ou estão com desvio de função, realizando atividades que não são as suas. Isso gera neste profissional um problema maior de saúde ainda maior, devido ao fato do mesmo não se sentir capaz de dar conta do seu trabalho.
Isso se daria em razão de ter-se procurado retirar do professor a possibilidade de ele próprio organizar e determinar os seus meios de ensino, ou seja, o mestre perderia o controle sobre o processo de trabalho, devendo submeter-se rigorosamente a determinações de especialistas e materiais de ensino elaborados por outros profissionais (SIMÕES; CORREA; MENDONÇA, 2011, p. 259-260).
BENCINI & MINAMI (2006) explica que outro fator que determina a desmotivação dos professores é a falta de estrutura física do ambiente escolar, -principalmente nas escolas públicas - onde falta materiais didáticos, tevês, retroprojetores, ar condicionados, data shows entre outros equipamentos necessários para realizar as aulas, ou mesmo um simples giz branco, fazem com que as metodologias designadas com o intuito de tornar o aprendizado mais interessante reduzam-se a simples utopias. 
Com esse quadro da situação atual do professorado no Brasil se produz uma imagem dos seus membros que pode ser sintetizada da seguinte forma: um profissional mal preparado e com uma remuneração insuficiente que goza de pouco prestígio na sociedade e cuja legitimidade está sob constante ameaça. (VICENTINI; LUGLI, 2009, p. 156). 
A responsabilidade docente acarreta para si a tarefa ímpar de fornecer aos discentes o embasamento necessário para a solidificação do conhecimento humano e técnico-científico, tarefa esta que se encontra demasiada ameaçada em decorrência das inúmeras deficiências e mazelas que permeiam o cenário escolar nacional (NÓVOA, 1992). Quando na escola o grupo de professores tem um bom relacionamento interpessoal os conflitos não são gerados com grandes proporções, pois antes que se tornem grandes é resolvido entre o grupo mesmo.
 Isso torna o ambiente de trabalho um lugar prazeroso e confiável, cabendo ao grupo uma união, onde a força conjunta é capaz de realizar grandes feitos. Mesmo quando não há um grande reconhecimento por parte da comunidade escolar os professores sentem-se gratificados entre o grupo, pois, sabem que podem contar uns com os outros e o resultado dessa união torna o grupo uma equipe forte de trabalho.
Segundo CHIAVENATO,( 2009) as pessoas possuem suas necessidades e precisam das organizações para satisfazê-las, um clima organizacional favorável poderá contribuir para a conciliação de interesse entre ambos e ao ingressar em uma organização, as pessoas buscam a satisfação de algumas necessidades pessoais e em troca estão dispostas a incorrer em certos custos ou a fazer certos investimentos e esforços, sendo que o equilíbrio organizacional está justamente na troca proporcional de incentivos e contribuições entre as partes. 
O ambiente escolar é espaço onde prega a educação com amor e respeito, e o que observa em muitos casos é que existe a violência entre os próprios funcionários e com isso os relacionamentos ficam frágeis, e isso fica visível, demonstrando a comunidade escolar essa fragilidade. Com isso a escola perde o respeito e se torna mais um espaço de depósito de crianças onde os pais por perceberem tanta fragilidade acabam achando-se no direito de cometer abusos contra a escola e contra seus filhos, sem serem questionados a respeito. Segundo Novaes Lipp:
Os aspectos que parecem possuir uma carga emocional maior, detectada no discurso de alguns professores, são os relacionados a aspectos mais afetivos e pessoais, como a falta de reconhecimento por parte dos colegas dos programas, a competição às vezes disfarçada, às vezes hostil, e a pressão psicológica para aprovação de alunos sem mérito. (NOVAES LIPP, 2002., p.60).
Na era da informação, do conhecimento e da globalização, a preocupação com o papel das escolas ganha destaque na medida em que há um interesse de que a educação responda às exigências do mercado (OCDE, 2006). Além de tornar a atividade escolar continuada durante as horas de descanso e lazer do professor, tornando o trabalho intenso e cansativo, pois segue depois do expediente, para que não haja trabalho acumulado, gerado no professor síndromes como a síndrome de burnout.
São trabalhos para ler, projetos para avaliar, relatórios para escrever, e-mails para responder, celulares que tocam em casa e computadores portáteis que garantem que o trabalho acompanhe o professor nos seus momentos de lazer. O professor vai fisicamente para casa, mas o dia de trabalho não termina. O desenvolvimento tecnológico atual derrubou a barreira entre o mundo pessoal e o mundo profissional. (ZARAGOZA,1999, p.60).
Com os conflitos internos deixa de existir o respeito dos pais com os professores e gera uma grande desvalorização da equipe escolar, onde torna-se difícil desconstruir essa imagem de escola onde o grupo é conflitante. Os professores estão entre os profissionais que mais se afastam do trabalho por transtornos mentais. O estresse contínuo, o desgaste na relação com alunos e os desafios de manter a atenção em crianças cada vez mais dispersas sobrecarregam os professores, colocando-os em sofrimento frequente, e adoecendo às vezes, assim como os conflitos gerados pelos problemas internos da instituição escolar.
Para Chiavenato (2009), ao ingressar em uma organização, as pessoas buscam a satisfação de algumas necessidades pessoais e em troca estão dispostas a incorrer em certos custos ou a fazer certos investimentos e esforços, sendo que o equilíbrio organizacional está justamente na troca proporcional de incentivos e contribuições entre as partes. Já Sangoi (2015), a autora relata que um trabalho desprovido de significação pode ser uma fonte de ameaças à integridade física e, ou, psíquica do trabalhador, desencadeando em sofrimento para ele.
Quando na equipe há um bom relacionamento fica visível a demonstração de toda empatia envolvido, do respeito entre os colegas com seus saberes e afazeres e segundo Grillo “A docência envolve o professor em sua totalidade; sua prática é resultado do saber, do fazer e principalmente do ser, significando um compromisso consigo mesmo, com o aluno, com o conhecimento e com a sociedade e sua transformação” (2004, p. 78). Portanto o bom relacionamento dentro do ambiente escolar entre a equipe é capaz e torna o ambiente mais saudável e organizado.
Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade” sui generis portador de um nome, também de uma “estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal (ALVES, 1987, p. 13).
Ter bom relacionamento interpessoal no grupo de trabalho formado por vários professores demonstra a qualidade de trabalho, resultado dessa homogeneidade e como isso reflete com os alunos, Segundo Mosquera e Stobäus (2004, p. 92): “Grande parte dos problemas que as pessoas têm provêm de sua própria pessoa ou da relação que estabelece com as outras pessoas”.
Frequentemente nos custa muito parar para ouvir os outros, estamos muito mais preocupados em que nos ouçam, porém, pouco dispostos a ouvir. O ouvir os outros e aprender a vê-los como são realmente é fundamental para as relações interpessoais, em especial para os professores, que devem de estar muito atentos e poder, assim, agir melhor na realidade (2004, p. 97).
Há grandes possibilidades de ganhos quando a equipe é composta por um bom relacionamento interpessoal, indiferente de seu saber ou qualquer outro nível hierárquico que venha possuir. Na maioria das organizações o que falta é a confiança na relação de trabalho, e na escola o gestor tem que trabalhar essa questão desenvolvendo então essa confiança que o grupo espera. Faz se necessário que o gestor trabalhe o bom relacionamento interpessoal, sendo criativo e com o auxílio dos próprios professores, para que possam ir tomando ciência do que está sendo trabalhado e de como é importante a contribuição de cada um nesse propósito. Weiss (1994, p.100): 
A maneira saudável de administrar a maioria dos conflitos ou conflitos potenciais inclui o uso da confrontação construtiva, técnicas de comunicação eficiente, métodos eficientes de solução do problema e um plano de ação eficiente. Esses métodos também o ajudarão a impedir que discordâncias comuns ou diferenças de opinião ou de valores resultem em conflito. 
Portanto faz se necessário que para que haja um bom relacionamento interpessoal dentro da comunidade escolar é preciso uma ação e trabalho em conjunto, no grupo, começando com ações propostas pela gestão e sendo direcionados para a equipe. Com esse trabalho vindo das gestões as equipes podem contar com um espaço mais harmônico de trabalho e de enfrentamento de conflitos, gerando também empatia e cuidados, um ajudando o outro em suas atividades e problemas. 
6. METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho foram utilizados o método de pesquisa Quantitativa, onde os meios de coleta de dados são estruturados através de questionários de múltipla escolha, entrevistas individuais e outros recursos que tenham perguntas claras e objetivas. E estes devem ser aplicados com rigor para que se obtenha a confiabilidade necessária para os resultados. Características da pesquisa quantitativa: Que tem como objetivo medir (mensurar através de dados numéricos) algo; Não há espaço para ambiguidades; Análise de respostas objetivas (dados numéricos, por exemplo); Uso de questionários de múltipla escolha, entrevistas individuais, etc.; Métodos de coleta inflexível e previamente estruturado; Pesquisador-observador (não pode interferir nos resultados); Resultados apresentados em gráficos, tabelas e índices (menos espaço para interpretações subjetivas).
Para isso, o pesquisador precisa agir apenas como um observador, sem influenciar no conteúdo das informações a serem coletadas. Neste caso foram utilizados questionários com 31 questões de múltipla escolha para o pesquisando responder individual. Após a coleta dos dados de natureza estáticas nos questionários os mesmos foram expostos em forma de gráficos para obtenção de um melhor resultado.
Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou descobertas de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográficos; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e, (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão. (SELLTIZ et al., 1967, p. 63).
Foram realizados levantamento de uma problemática para dar início a pesquisa laboral com os professores da rede municipal de ensino da cidade de Cascavel-Pr. Em seguida foram realizados os estudos de campo com o objetivo de colher dados através de questionários destinados aos profissionais da área de educação. A realização desta coleta de dados em forma de pesquisa quantitativa deu-se de forma que as estagiárias do curso de psicologia em posse dos questionários adentraram-se nas escolas municipais e Cmeis em busca de resultados para a elaboração dos dados nos gráficos.
Após a coleta de dados foram realizados gráficos de conhecimento sobre as respostas colhidas nos questionários e com isso chegar a um resultado sobre a demanda levantada. Com os resultados nos gráficos será possível a busca de uma intervenção aos problemas encontrados. Até o presente momento não foram realizadas intervenções para os resultados da pesquisa. 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As manifestações relacionadas ao comportamento e vivências dos colaboradores e professores nas unidades escolares do município de Cascavel, emergem uma série de contextos e experiências profissionais, sociais e familiares no qual foi desenvolvida uma visão de mundo daquele indivíduo naquela instituição de ensino, ou seja, primordialmente tornou sua realidade.
Ao se trabalhar com emoções e sentimentos demanda necessariamente o entendimento e a compreensão do outro, esse fazer necessariamente perpassa pela necessidade de nos despirmos de nossas regras e visões políticas, sociais, culturais, ou seja, de nossas crenças e valores limítrofes. Desta forma o outro deve ser percebido e acolhido e se necessário acompanhado no entendimento em relação com suasvivências e construções históricas e únicas. 
A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e de forma direta o comportamento humano. Cada sujeito tem características únicas, não existindo duas pessoas iguais. A diferenciação dos organismos se encontra em seu meio social e as relações que o mesmo vivencia neste meio. Desta forma a psicologia em seu cunho social e organizacional o qual estão diretamente ligados tem o interesse de estudar os comportamentos demonstrados pelos indivíduos no contato social e organizacional. 
Segundo isso Lane (1994) salienta, cada organismo humano tem suas características peculiares; assim como não existem duas árvores iguais, também não existem dois organismos iguais. Mesmo que geneticamente sejam idênticos, no caso de gêmeos, as primeiras interações dos organismos com o ambiente já provocam diferenças entre eles, assim como: mais ou menos luz, som, enfim, diferentes estímulos que levam a diferentes reações já propiciam uma diferenciação nos dois organismos. (Lane, 1998, Pg.8). 
O contexto organizacional está diretamente relacionado com a pluralidade de sentimentos, durante o trabalho a ser desenvolvido pelos colaboradores na instituição escolar, estarão expostos ao convívio com os alunos e com isso as vivências dos mesmos também vem a interferir no relacionamento com a escola e professores, com tudo emerge a questão social e familiar, esses sentimentos necessariamente delineia seu entendimento sobre suas potencialidades e as relações que estabelecerá com o outro e com o mundo, vindo de encontro com as vivências na escola e com os professores e funcionários. 
Comportamentos demonstrados como, por exemplo, rebeldia dos alunos e falta de respeito com os professores, coordenação e diretora, refletem de certa forma, um conflito interno na escola e mexem com a questão de autonomia dos professores e direção, vindo a prejudicar diretamente o andamento da escola e principalmente o trabalho didático do professor em sala de aula. Mediante isso, percebesse que o trabalho a ser desenvolvido não será somente com os professores e funcionários, mas com a sociedade em si. Pois estes alunos vêm de uma sociedade doente cheia de preconceitos e regras, onde os pais muita vez por falta de informação, ou de vivências que os levaram a ter certas atitudes junto aos filhos os tornaram a refletir as mesmas atitudes de rebeldia e com dificuldade de relacionamentos. 
Neste contexto poderia vir a desenvolver um processo de acolhida, entendimento, reflexão e prática que os envolvam em processos cognitivos únicos, que os lançam e nos alavancam a um patamar de reflexão superior. Nessa perspectiva visamos entender não apenas a singularidade do sujeito aluno e professor que se manifesta no meio escolar observado, mas principalmente a manifestação da complexidade referentes às ligações potenciais do meio familiar, social, econômico que estão em relação e interferem diretamente na constituição do sujeito, revelado em muitos momentos em suas relações estabelecidas, sem estar banhados em um processo reflexivo, ocasionando uma visão distorcida das relações sociais e limitando a ação do sujeito que não percebe possibilidades de oportunizar-se caminhos diversos e sentindo-se incapacitado de promover ações que superem essa visão relacional lacunar e fragmentada, que gera em muitos momentos relações com seu próprio eu, familiares e sociais conturbadas e doloridas. 
Durante o processo de observação e de aplicação de questionários com os professores, pode-se observar em suas manifestações e relatos que muitos deles, buscam e querem o melhor do aluno, e sofre por verem que o desinteresse dos mesmos e a falta de responsabilidade dos pais e alunos quanta a escola é ainda um número muito a alto em nossa sociedade. 
As queixas mais frequentes apresentadas no decorrer do estágio organizacional foi a questão a falta de reconhecimento dos pais e alunos com os professores, como a falta de respeito dos alunos e da responsabilidade com o ensino e a escola. Outro ponto é a questão de relacionamento interpessoal entre a direção professores e funcionários. Em algumas escolas a questão estrutural do prédio que vem a dificultar a as atividades didáticas que os professores gostariam de submeter os alunos, assim causa uma limitação aos professores e as atividades a serem desenvolvidas com os alunos, causando certa frustração aos professores e alunos. 
Concluímos mediante isso que o processo vivencial de estágio em psicologia organizacional proporcionou experiência de relações técnico- profissional, integrando a aplicação de questionários e observação com a escuta e acolhimento dos professores e direção, trazendo a eles a esperança de possíveis mudanças e atitudes para a melhoria dos relacionamentos nas instituições escolares. Desta forma, possibilitou o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências do estagiário em situações de complexidades variadas representativas do efetivo exercício profissional. 
Mediante a análise dos questionários e as estatísticas apresentadas nos gráficos demonstrados no relatório, pode-se perceber que para que se haja um trabalho de conscientização e diminuição de atestados de professores e funcionários nas instituições escolares por problemas psicológicos ou doenças psicossomáticas, por estarem expostos diretamente ao convívio de conflitos e desordem, o trabalho a ser realizado deverá começar com a sociedade, pais e alunos, para que os problemas de fora da escola não vem de encontro ao desenvolvimento das atividades didáticas e organizacional da escola. 
Diante da coleta de dados e as amostras apresentadas, podemos analisar a importância do profissional nas instituições de ensino, e nas observações e escutas realizada nas escolas, muitos relatam que gostariam de um profissional de psicologia para que as situações de conflitos pudessem ser trabalhadas de forma mais empática e que não viesse a atrapalhar o desenvolvimento do trabalho didático da escola. 
Visto que o psicólogo na instituição de ensino poderá a vir a contribuir não somente com a organização, mas com os pais e alunos, podem vir a fazer um programa de conscientização com os pais com a sociedade e comunidade onde a escola está inserida. Com isso vem de encontro com a escola e com a resolução de conflitos que nela vem a surgir, o que pode vir a diminuir o número destes conflitos e os relacionamentos interpessoais a ter aumento positivo nas instituições. 
Por outro lado, com a o aumento positivo nos relacionamentos interpessoais tanto entre profissionais quanto entre professores e alunos, isso vem a contribuir com a saúde destes profissionais e professores, diante disso o número de afastamento poderá a vir a diminuir e a saúde destes profissionais da escola e ter melhores resultados positivamente. 
9. REFERÊNCIAS
AMPARO, D.M.; GALVÃO, A.C.T.; CARDENAS, C.; KOLLER.S.H. A escola e as perspectivas educacionais de jovens em situação de risco. Psicol. Esc. Educ. v.12 nº1 Campinas jun. 2008.
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CINTRA, Josiane Costa. Psicologia organizacional e do trabalho II / Josiane Costa Cintra. - Londrina: Editora e Distribuidora. Educacional S.A., 2008, p. 16, 69, 73.
FRESCHI, Elisandra Mottin; FRESCHI, Márcio. RELAÇÕES INTERPESSOAIS: A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO ARTESANAL NO AMBIENTE ESCOLAR. 2013. Vol. 8 – Nº 18 - Julho - Dezembro 2013 Semestral ISSN: 1809-6220. Disponível em: <; https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/20_1.pdf>;.Acesso em: 20 maio 2019.
Gaspar F.D.R..; Costa.T.A.; Afetividade e atuação do psicólogo escolar. Revista
Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP.Vol.15, Nº1, Jan/Jun. de 2011.10 
LEITE, Francisco Edson Pereira et al. CAUSAS DE AFASTAMENTOS ENTRE PROFESSORESDO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE BOA VISTA - RR. 2013. Disponível em: <; http://editorarealize.com.br/revistas/conbracis/trabalhos/TRABALHO_EV071_MD1_ SA7_ID184_16042017142918.pdf>; Acesso em: 15 jun. 2019.
MELO, Daniela da Silva et al. PROFISSÃO DOCENTE: UM ESTUDO SOBRE A DESVALORIZAÇÃO/VALORIZAÇÃO DA CARREIRA. Disponível em: <; http://nead.uesc.br/jornaped/anais_2015/formacao_de_professores_e_profissionalizacao_docente/PROFISSAO_DOCENTE_UM_ESTUDO_SOBRE_A.pdf>; Acesso em: 15 mar. 2019.
NEVES, Diana Rebello; FELIX JUNIOR, Mauro Sergio; NASCIMENTO, Rejane Prevot. Sentido e significado do trabalho: uma análise dos artigos publicados em periódicos associados à Scientific Periodicals Electronic Library. 2017. Disponível em: <; http://www.scielo.br/pdf/cebape/v16n2/1679-3951-cebape-16-02-318.pdf>; Acesso em: 15 jun. 2019.
PARODE, Scheila Maiquiele et al. Relações interpessoais no ambiente de trabalho: estudo de caso. 2008. Disponível em: <; file:///C:/Users/profmauriberton@gmai/Downloads/525-1213-1-SM%20(1).pdf>; Acesso em: 27 abr. 2019.
POMIECINSKI. J. A. S. POMIECINSKI. C. M. Gestão escolar: uma reflexão sobre a saúde emocional do professor — entre o stress e a síndrome de burnout. Universidade do oeste de Santa Catarina. Colóquio Internacional de Educação 2014.
SANTOS, Duane Dias et al. CLIMA ORGANIZACIONAL EM ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS: a percepção dos docentes de Formiga - MG. 2016. Disponível em:
<; https://www.formiga.ifmg.edu.br/documents/2017/PublicacoesTCCsBiblioteca/Gest ao/TCC---Clima-Organizacional-em-escolas-pblicas.pdf>; Acesso em: 02 mar. 2019.
SOUZA, Luiz Aparecido Alves de. DESVALORIZAÇÃO SOCIAL DA PROFISSÃO
DOCENTE NO COTIDIANO DA ESCOLA PÚBLICA NO DISCURSO DO PROFESSOR: Eixo-temático: Formação de Professores e Profissionalização Docente. 2011. Disponível em: <; https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/6084_2937.pdf>; Acesso em: 15 jun. 2019.
10. ANEXOS 
 
 
12. RELATÓRIOS SEMANAIS
Relatório Escola Nossa Senhora da Salete 		dia 19/03/2019.
Relatório Escola Dulce A. S. Cunha CAIC-I 		dia 26/03/2019.
Relatório CMEI Darci Ângela Borges 			dia 02/04/2019.
Relatório CMEI Leonides Ezure 	 			dia 09/04/2019.
Relatório Escola Dulce Perpétua Pierozan T. 	 	dia 16/04/2019.
Relatório CMEI Gente Pequena 	 			dia 23/04/2019.
Relatório Escola Hermes Vezzaro 			dia 30/04/2019.
Relatório Escola Florêncio Carlos de Araújo N. 	dia 07/05/2019.
Relatório Escola Mario Pimentel de Camargo 		dia 14/05/2019.
Relatório Escola José Baldo 				dia 21/05/2019.
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO ORGANIZACIONAL I
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(as): Camila Lemes Michalski, Fabiana Soares, Juliana Delevati
	Semestre: 9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
 INTRODUÇÃO
No dia 19 do mês de março do ano vigente, as acadêmicas Camila Lemes, Fabiana Soares e Juliana Delevati, compareceram à instituição Escola Municipal Nossa Senhora da Salete localizado na Rua Guilherme Piovesan n° 98 – CEP 85814-205 no bairro Brasmadeira em Cascavel/PR.
 RELATÓRIO DE CLIMA E AMBIENTAÇÃO OBSERVADO NA INSTITUIÇÃO
Os professores relataram haver uma grande dificuldade de trabalhar devido a indisciplina dos alunos e dos pais, que a maioria das turmas sofrem com alunos que não prestam atenção e acabam atrapalhando o andamento da turma, prejudicando as crianças que querem o aprendizado. Que esse problema resulta muito estresse e dificulta o aprendizado e concentração na sala.
Também questionaram sobre a demora da Secretaria de Educação no repasse dos materiais básicos que estão em faltas há algum tempo, que a internet da escola não funciona e precisam usar a internet de seus celulares. Outra queixa foi dos alunos agressivos que gera um problema maior dentro da escola, pois os pais não contribuem para resolver o problema de seu filho. 
A diretora relatou que falta funcionários e que quando algum desses trazem atestados sobrecarrega o funcionário que está trabalhando e isso causa problemas de saúde neles também. Há uma professora afastada por estar com Síndrome do Pânico, gerado por circunstâncias do trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A definição de organizacional vêm de trabalho em equipe, ou seja, um grupo social em busca de um mesmo objetivo.
A organização é uma unidade social, dirigida por objetivos e que possui processos, bem como sistemas determinados. Em outras palavras, uma organização é o conjunto de pessoas que trabalham juntas para realizar algo melhor do que poderiam realizar separadamente. (GRIFFIN E MOORHEAD, 2015, p. 423).
O trabalho possui várias definições, alguns autores definem com algo que garante uma fonte de renda, outros como um conjunto onde inclui, renda, satisfação profissional, ocupação, podendo ser entendido como “Aplicação da atividade física ou intelectual; esforço, tarefa; serviço; obra feita ou que está em via de execução; fadiga; labutação; ação mecânica dos agentes, naturais, lida”, segundo Fernandes, (2001). Para Franco (2004) o trabalho é visto com algo transformador, também “atividade, prática, produção, transformação, consciência, desenvolvimento pessoal e cidadania”.
Na psicologia, em especial, a cultura pode ser concebida como fonte de expressão do inconsciente humano, como formas de cognição que caracterizam diferentes comunidades, como símbolos que são compartilhados, ou ainda como valores básicos profundamente arraigados que influenciam e explicam os comportamentos e as formas de agir dos indivíduos e dos grupos. (SILVA; ZANELLI, 2004, p. 411).
O trabalho exercido nas escolas, geram fontes aos profissionais e também a possibilidade de conviver em um grupo com a mesma visão pedagógica. 
Ressaltando o processo ensino/aprendizagem sendo operacionalizado, com uma dinâmica onde a instituição escolar vive em um grupo fenomenal, com o consenso sobre determinadas percepções, onde englobam aspectos sociais, físicos do ambiente, e psicológicos, afetando o comportamento de cada membro envolvido nesse contexto.
REFERÊNCIAS
FRESCHI, Elisandra Mottin; FRESCHI, Márcio. RELAÇÕES INTERPESSOAIS: A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO ARTESANAL NO AMBIENTE ESCOLAR. 2013. Vol. 8 – Nº 18 - Julho - Dezembro 2013 Semestral ISSN: 1809-6220. Disponível em: <; https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/20_1.pdf>;.Acesso em: 20 maio 2019.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 19 / 03 / 2019
Relatório de Estágio Organizacional / Descrição de visita
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(às): Camila Lemes Michalski.
	Semestre:9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
Durante a visita na Escola Nossa Senhora da Salete localizada no bairro Brasmadeira em Cascavel-PR, fomos recebidas no centro de educação pela coordenadora Rosângela que fez nossa recepção e nos orientou nos primeiros minutos do estágio, para um bom desenvolvimento do projeto apresentamos o mesmo para alguns professores da hora atividade, explicamos que o projeto foi apresentado a nós acadêmicos pela prefeitura e tem como objetivo entender os afastamentos do professores da rede ensino por problemas psicológicos. Entregamos os questionários com 31 questões que retrata sobre a satisfação do professor quanto a sua profissão, satisfação ao ambiente de trabalho, ao suporte da secretaria da educação, e satisfação sobre espaço físico da escola, quanto ao recebimento de materiais e entre outras questões pessoais. Enquanto isso fomos fazendo a escuta dos mesmos onde nos passaram que se sentem bem desmotivados com a estrutura física da escola, pois em dias de chuva e alagamento das salas de aulas causando transtornos aos profissionais e alunos, sentem-se cansados devido à falta de material pedagógico, e a restrição de equipamentos tecnológicos (como computadores, multimídia, internet, etc.). Outra demanda passada pela escola foi o desgaste físicoe psicológico com alunos indisciplinados e pais que não acompanham o desempenho escolar do filho e não comparecem em reuniões, causando assim a desmotivação e depressão nos professores. Durante a visita tiramos um tempo para a ambientação escolar, assim podemos perceber que se tratasse de uma escola com um bom clima organizacional, com uma relação interpessoal. Em relação a estrutura da escola, trata-se da segunda escola mais antiga do município sendo a única que não recebeu nenhuma reforma, ela não possui parquinho para crianças do pré ao quarto ano e já fazem mais de 2 anos que o mesmo está interditado. Não conta com segurança podendo assim ter acesso ao interior da escola a qualquer momento, colocando em risco profissionais e alunos.
A escola recebeu um projeto de reforma, mas ainda não foi executado causando ansiedade e angústia pela espera da promessa de execução do mesmo. A maior demanda passada pela equipe pedagógica foi o estresse rotineiro com os alunos indisciplinados, pois eles acreditam que os pais depositaram a escola toda a responsabilidade de educação, o papel do professor em sala foi invertido passando de transmissor de conhecimento científico para um educador valores e responsabilidade sociais.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 19/03/2019
Relatório de Estágio Organizacional / Descrição de visita
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(as): Fabiana Soares
	Semestre: 9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
Durante a visita escola foi possível fazer a escuta de alguns professores que relataram suas dificuldades em relação ao trabalho dentro da comunidade escolar. O relato foi de que os pais não são participativos e são muito indisciplinados, responsabilizam os professores pelas más atitudes dos seus filhos, alegando que as crianças vão para a escola para serem educados, e isso deixa o professor acarretado de problemas psicológicos e até mesmo com doenças físicas derivadas do estresse e dos problemas. Em relação ao relacionamento interpessoal foi possível observar que é uma escola com bons relacionamentos, e que as professoras se ajudam no possível e contribuem umas com as outras. Com a apresentação de alguns dados realizado pela diretora pode se perceber que boa parte dos funcionários estão sempre de atestados e isso gera transtornos a equipe já pelo fato da falta de funcionários. É possível observar que a falta de retorno da Secretária de Educação é uma das grandes queixas da escola, pois estão esperando uma construção onde será a nova escola e nada acontece e tanto os pais quanto as crianças cobram da escola essa demora. Portanto é uma escola que tem como problemas situações relacionadas à família dos alunos com a terceirização da educação dos filhos e com a demora de resposta da secretaria de Educação.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 19/03/2019
Relatório de Estágio Organizacional / Descrição de visita
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(às): Juliana Delevati
	Semestre: 9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
A visita realizada na Nossa Senhora da Salete localizada no bairro Brasmadeira na cidade de Cascavel-PR. No primeiro momento fomos atendida pela coordenadora Rosângela que nos recebeu, pois no momento a diretora não se encontrava, em seguida explicamos os trabalhos a qual viemos desenvolver na escola com o professores, então ela nos orientou quanto aos horários de intervalo e quais professores estavam em licença e os que só viriam meio período para que pudéssemos nos organizar e fazer as atividades com todos os professores. Como já havia alguns professores em hora atividades já apresentamos o projeto para os que ali se encontravam explicando o objetivo do projeto, entender o afastamento dos professores na rede municipal de ensino por problemas psicológicos. Neste momento já ouvimos alguns comentários entre eles, em seguida entregamos os questionários com 31 questões para o início do projeto onde o mesmo retrata sobre a satisfação do professor quanto a sua profissão, satisfação ao ambiente de trabalho, ao suporte da secretaria da educação, e satisfação sobre espaço físico da escola, quanto ao recebimento de materiais e entre outras questões pessoais e da escola. Durante o preenchimento dos questionários, alguns desses professores começaram a falar sobre suas insatisfações quanto ao suporte da secretária de educação do município, quanto a valorização do professor, se sentem desmotivados com a estrutura física da escola, onde não tem espaço para uma atividade diferenciada com os alunos, e em dias de chuva e alagamento das salas de aulas causando transtornos aos profissionais e alunos, relatam a falta de computadores para pesquisa e material pedagógicos para a realização e elaboração de suas aulas e de atividades para com os alunos. Relatam que fazem a maioria das atividades e elaboração de sua atividade com material particular e usam seus computadores próprios. Outra demanda importante que não somente os professores relatam, mas a direção e coordenação da escola é o fato dos alunos indisciplinados e faltam do acompanhamento dos pais em reuniões na escola, pouca importância da família com o aluno. Este fato causa estresse e desmotivação da equipe pedagógica e professores, pois segundo eles o papel do professor se inverteu pois eles acreditam que os pais depositaram a escola toda a responsabilidade de educação, o papel do professor em sala foi invertido passando de transmissor de conhecimento, para um educador de valores e responsabilidade sociais. Este fato vem causando um desgaste físico e psicológico com os professores e direção levando a uma desmotivação. Em relatos e ao observar a estrutura da escola trata-se uma escola mais antiga com muitas infiltrações e alguns espaços bem deteriorados. A direção relata que receberam um projeto de reforma, mas que até o momento não foi feito, causando angustia pela espera de melhorias. Na questão organizacional pode-se perceber uma harmonia entre funcionários direção e professores.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 19/03/2019
Relatório de Estágio Organizacional
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(as): Camila Lemes Michalski, Fabiana Soares, Juliana Delevati
	Semestre:9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
INTRODUÇÃO
No dia 26 do mês de março do ano vigente, as acadêmicas Camila Lemes, Fabiana Soares e Juliana Delevati, compareceram à instituição Escola Municipal Dulce A. S. Cunha CAIC-I localizada na Rua Cardeal n° 1309 no bairro Jardim Clarito em Cascavel/PR.
RELATÓRIO DE CLIMA E AMBIENTAÇÃO OBSERVADO NA INSTITUIÇÃO
 Na escola CAIC I, foi possível durante a escuta dos professores ouvir os relatos dos motivos que levam esses profissionais a terem problemas psicológicos e a ficarem afastados por um longo período. Alguns professores relataram que o desgaste emocional e psicológico dos professores vem de vários motivos, sendo um deles a indisciplina dos alunos e a falta de responsabilidade dos pais dessas crianças. 
Alguns pais querem que a escola tome a responsabilidade toda para ela, e que assim fiquem isentos em se preocupar com o educar de seus filhos, esquecendo que a função da escola é ensinar o conteúdo pedagógico e a educação é sim função dos pais e da família. Outra questão levantada foi que devido a indisciplina ser um dos maiores problemas enfrentados e o porquê os professores acabam não corrigindo a criança e a resposta foi que devido a forma do tratamento dos pais com os professores, os mesmos relataram que têm medo dos pais processarem eles e que se sente reféns desse sistema. A falta de materiais pedagógicos e de uso dos professores dentro da escola para criar atividades são também problemas que desestruturam os professores. 
Os pais nãosão participativos nas atividades escolares de seus filhos, e nem nas reuniões dentro da escola, isso causa um problema de comunicação, pois muitas vezes esses pais só comparecem a escola com um chamado do Conselho Tutelar. Esses pais que não participam são os que têm filhos indisciplinados e problemáticos no ambiente escolar. A coordenadora acredita que seria necessária uma maior responsabilidade dos pais em relação a seus filhos na escola e que deveriam ser punidos com mais rigor no caso de não participar da vida escolar de seus filhos e que com isso a cultura de que educar é responsabilidade da escola pudesse mudar e haver a compreensão de que é total responsabilidade da família. 
Quase não há professores afastados por atestados psicológicos, porém foi relatado a história de uma professora com Depressão e está afastada. Também foi contado que a um ano uma professora cometeu suicídio, pois tinha problemas com álcool.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Os professores não são mais valorizados como há vinte anos atrás, onde eram denominados como um profissional muito importante e respeitado pela sociedade. Hoje os pais não esperam que os professores ensinem Português, História, Geografia, eles querem que os filhos sejam educados por seus professores, saindo da escola prontos para viver a mundo. Essa distorção de realidade gera nos profissionais sofrimentos variados e a sua saúde mental fica ainda mais fragilizada, tendo como consequência alguns tipos de transtornos mentais.
O trabalho deve ser, necessariamente, associado ao sofrimento? Ou seria lícito pensar, em uma perspectiva diametralmente humana na sua relação com a natureza, configurando-se como protoforma do ser social? O trabalho sobre o qual na maioria das vezes nos referimos é inútil? (BORGES; YAMAMOTO, 2004, p. 24).
Ser profissional da área escolar nos dias atuais deixou de ser considerado prazeroso, pois muitos desses profissionais acabam por um conjunto de fatores como falta de estrutura, salários, desvalorização e aumento na carga horária de trabalho geram impactos recebidos como uma má qualidade de vida, o que se torna contrário do propósito real.
Qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (THE WHOQOL GROUP, 1995 apud FLECK, 200, p. 34).
Porém, não é somente a desvalorização dos pais e alunos que causam todo o sofrimento nos professores, há também que somar a desvalorização da sociedade em relação a essa visão distorcida. O grupo em que este profissional está inserido também é uma das causas, pois quando não há comunicação entre o grupo a um desgaste maior.
Quando a solução final for escolhida, haverá mais gente para apoiá-la e implementá-la. Essas vantagens, entretanto, podem ser superadas pelo tempo consumido pelo grupo, os conflitos internos criados e as pressões geradas em relação à conformidade. (ROBBINS, 2002, p. 234-235).
 Portanto se o grupo é fortalecido o profissional mantém uma postura menos doente.
REFERÊNCIAS
FRESCHI, Elisandra Mottin; FRESCHI, Márcio. RELAÇÕES INTERPESSOAIS: A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO ARTESANAL NO AMBIENTE ESCOLAR. 2013. Vol. 8 – Nº 18 - Julho - Dezembro 2013 Semestral ISSN: 1809-6220. Disponível em: <; https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/20_1.pdf>;.Acesso em: 20 maio 2019.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 26/03/2019
Relatório de Estágio Organizacional / Descrição de visita
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(às): Camila Lemes Michalski.
	Semestre: 9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
A escola conta atualmente com 63 professores concursados e durante a aplicação dos questionários foi possível perceber o desinteresse pela pesquisa, e alguns professores se recusaram a responder o mesmo, pois a escola já havia recebido a pesquisa em outro momento e não obteve até o momento um retorno do mesmo, não obtendo nenhuma mudança nas escolas. Em escuta no ambiente escolar foi repassado que a grande demanda de afastamentos psicológicos vem das dificuldades enfrentadas em salas de aulas com os alunos indisciplinados, os professores estão esgotados com a falta de respeito das crianças e a apropriação dos conteúdos didáticos, outro grande problema enfrentado é com os pais, por não fazerem parte da rotina escolar e não se preocuparem em fazer parte do ambiente, outra demanda repassada diz respeito a falta de material para se trabalhar, a escola não recebe material suficiente para trabalhar em sala e atender a demanda da coordenação e secretaria. A escola possui uma boa estrutura, com segurança que acompanha a entrada e saída de pessoas no ambiente escolar.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 26/03/2019
Relatório de Estágio Organizacional / Descrição de visita
Curso de Psicologia
	Instituição: Unopar- Universidade Norte do Paraná
	Supervisor: Magda Schmidt – CRP 08/12080
	Estagiários(as): Fabiana Soares
	Semestre: 9º
	Turno: ( ) Manhã ( x ) Noite
Durante a visita na Escola Prof.ª Dulce Andrade Siqueira Cunha, - CAIC I localizada na Avenida Cardeal, 1309 – Jardim Clarito - 85814-780 - Cascavel/PR, fomos recebidas no centro de educação pela coordenadora pedagógica Marciely que fez nossa recepção e nos orientou nos primeiros minutos do estágio, Logo após apresentamos o questionário para alguns professores da hora atividade, explicamos que o projeto foi apresentado a nós acadêmicos pela prefeitura e tem como objetivo entender os afastamentos do professores da rede de ensino por problemas psicológicos. Durante a entrega dos questionários foi possível fazer a escuta de alguns professores que relataram sua desmotivação ao trabalho e as causas disso. A maioria das queixas são em relação a falta de materiais didáticos como falta de folhas sulfites e outros itens de suma importância para a escola, porém não houve queixa quanto a internet. Outra queixa ouvida foi em relação sobre a indisciplina dos alunos dentro e fora de sala de aula. Dentro da sala não respeitam os professores e colegas, fazem bagunças e desconcentram os demais alunos. Fora da sala de aula são agressivos com os demais colegas e isso é repassado para os pais que por sua vez não se preocupam com a educação de seus filhos, faltando nas reuniões e quando são chamados por três vezes e não comparecem o caso é passado para o Conselho Tutelar. Uma das queixas é que os pais terceirizam a educação dos filhos totalmente para a escola, alegando que a culpa é dos professores pela falta de educação que seus filhos têm. É possível observar que falta de retorno da Secretária de Educação é uma das grandes queixas da escola, pois não dão retorno quanto a relatórios sobre alunos e quando aparecem na escola alguns desses alunos já ou não estão mais na comunidade escolar ou estão em outra série. A quantidade excessiva de alunos dentro da sala de aula prejudica o andamento da aprendizagem, pois os professores não têm auxiliares e fica difícil controlar mais de 26 crianças, chegando a 35 alunos dentro de uma sala, e isso piora quando se tem um aluno com problema de indisciplina junto. Foi possível observar que grande parte dos professores possuem as mesmas queixas em relação a sua rotina de trabalho, e isso causa um grande estresse neles, desmotivando-os a querer estar em seu trabalho. A escola possui um bom clima organizacional, com boa relação interpessoal apesar de ser uma escola com um grande número de professores. Porém na hora de responder os questionários a maioria de profissionais optou por não fazer a pesquisa, alegando já ter feito a mesma pesquisa de clima organizacional em outra ocasião e ainda não terem obtido retorno. Por essa razão foi possível obter mais relatos durante a escuta do que do questionário em si.
Assinatura do(a) Supervisor: _______________________
DATA: 26/03/2019 
Relatório de Estágio

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