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Engenharia Elétrica e sua Importância

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10/07/2021 UNINTER - ENGENHARIA ELÉTRICA E PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/20
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA ELÉTRICA E
PROFISSÃO
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Juliano de Mello Pedroso
10/07/2021 UNINTER - ENGENHARIA ELÉTRICA E PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/20
CONVERSA INICIAL
Não se consegue mais imaginar a vida sem a engenharia elétrica. Atitudes simples como ligar
uma luz, escutar música ou assar um bolo são ações que, para acontecer, dependem de um
engenheiro eletricista. Nesta aula, serão vistos os seguintes assuntos: os princípios e objetivos da
engenharia, o papel do engenheiro na sociedade, o perfil do egresso.
TEMA 1 – PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ENGENHARIA
A palavra engenheiro tem sua origem no século XVI, com o sentido de “construtor de engenhos
militares”. De modo particular, tem origem semântica na palavra latina ingenium, que significa
genialidade ou habilidade.
Um engenheiro resolve problemas, ou seja, as engenharias constroem soluções para problemas
novos ou não e, nesse sentido, é difícil imaginar a quantidade de pessoas que trouxeram benefícios
para a humanidade.
Na Figura 1, por exemplo, temos o avião de Santos Dumont, que revolucionou a aviação que se
vê atualmente.
Figura 1 – Avião de Santos Dumont
10/07/2021 UNINTER - ENGENHARIA ELÉTRICA E PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/20
Crédito: Everett Historical/Shutterstock.
Grande parte das pessoas não sabe que Leonardo da Vinci era engenheiro. Na verdade, ele tinha
diversas profissões além de pintor. Na figura 2 temos, por exemplo, a descrição de um helicóptero
projetado por ele.
Figura 2 – Esboço de projeto de helicóptero por Leonardo da Vinci
Crédito: Mitrofanov Alexander/Shutterstock.
Um engenheiro é um profissional que combina conhecimentos de matemática, física e economia
para resolver problemas que a sociedade enfrenta.
10/07/2021 UNINTER - ENGENHARIA ELÉTRICA E PROFISSÃO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/20
Os engenheiros, assim como os cientistas, pesquisam soluções para questões do dia a dia, mas
os engenheiros diferem dos cientistas em um aspecto: prática. Normalmente, se um engenheiro é
aquele que acompanha ou implementa uma solução de forma prática, um cientista, por outro lado, é
aquele que cria conhecimento e pesquisa.
O aspecto do trabalho com economia deve ser ressaltado porque atualmente as fontes de
recursos e energia não são consideradas inesgotáveis. Por esse motivo, um engenheiro deve adequar
seu projeto à realidade econômica da sua empresa ou serviço.
O engenheiro trabalha em equipes conhecidas como multidisciplinares, ou seja, diversos
profissionais trabalham de forma correlata com engenharia. Por exemplo:
Cientistas – profissionais que trabalham com pesquisas tecnológicas;
Tecnólogos – lidam com problemas mais específicos, que não requerem um conhecimento tão
profundo quanto o dos engenheiros e cientistas;
Técnicos – profissionais que realizam tarefas especificas e fundamentais, como soldagem,
montagem de painéis, procedimentos em bancadas, construção de protótipos;
Artesãos – possuem habilidades manuais (soldagem, construção, mecânica etc.) a fim de
construir dispositivos especificados por cientistas, engenheiros, tecnólogos e técnicos. Esses
profissionais normalmente têm uma grande experiência prática.
Esses profissionais atuam em conjunto com os engenheiros e são de extrema importância dentro
do processo produtivo. Cabe ao engenheiro, por exemplo, na maioria das vezes, liderar equipes
compostas por diversos dos profissionais anteriormente citados. Cabe também ao engenheiro saber
como alavancar os pontos fortes de sua equipe, assim como ajustar os pontos a serem melhorados
sempre com respeito e ética.
Existem diversas funções que podem ser exercidas por um profissional da engenharia, tais como:
Pesquisa – é onde o profissional da área de engenharia elétrica vai explorar, descobrir e aplicar
novos princípios científicos, assim como fortalecer a geração de conhecimento que podem vir a
ser commodities uteis e valiosos;
Desenvolvimento – nessa área, o engenheiro transforma ideias ou conceitos em processos
produtivos, como a construção de novos equipamentos ou novas infraestruturas que virão a ser
novos empreendimentos;
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/20
Projeto – um engenheiro projetista trabalha mais na parte de preparação ou concepção do que
na execução. Um projeto nasce de uma necessidade, e o engenheiro pode ajudar a conceber o
projeto de forma sistemática e ordenada;
Produção e testes – depois de projetada uma peça ou produto ou até mesmo uma
infraestrutura, o engenheiro que atua na produção vai executar o projeto e depois validar se a
solução está contemplada de forma correta;
Vendas – um engenheiro pode vender equipamentos ou serviços técnicos com uma vantagem:
ter amplo conhecimento de causa;
Operação – uma planta ou processo produtivo atuante precisa de alguém responsável da
operação desse processo. Por exemplo, uma linha de montagem de automóveis ou produção
de chocolate;
Construção – os engenheiros podem atuar na construção de casas, prédios, infraestruturas e
empreendimentos;
Gestão – nessa função, o engenheiro atua como gestor de processos ou faz a gestão de
equipes. Muitas empresas, por exemplo, preferem o engenheiro como gestor porque este
conhece a fundo o processo a ser controlado;
Educação – ensina os princípios da engenharia, geralmente em universidades ou escolas
técnicas;
Consultores – fornecem serviços de engenharia para clientes, podendo trabalhar sozinhos ou
em parceria com outros engenheiros ou equipes interdisciplinares.
Nota-se que, para o engenheiro, há sempre coisas a fazer, ou seja, o mundo nunca está pronto.
Um engenheiro deve ficar sempre atento ao seu redor, pois as coisas que estão à sua volta podem
ser problemas que devem ser resolvidos ou soluções que podem ser aplicadas em diversas situações
do dia a dia da profissão. Em resumo, a vida do engenheiro é identificação de problemas e
proposição de soluções. Assim, o engenheiro tem que gostar do que faz, achar importantes as
mudanças que ele proporciona e motivar-se na imensidão das possibilidades que pode executar. O
engenheiro foi concebido para construir maravilhas, formar impérios e fazê-los prosperar. Como
disse Confúcio (S.d.): “Escolha um trabalho que ame e não terá que trabalhar nenhum dia da sua
vida”.
TEMA 2 – PAPEL DO ENGENHEIRO NA SOCIEDADE
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A vida moderna está rodeada de efeitos causados pela engenharia, ou seja, este texto que você
está lendo, por exemplo, chegou até você graças a vários profissionais, muito deles engenheiros. O
mesmo é possível dizer sobre diversas outras ações que envolvem a nossa vida.
A engenharia modifica o ambiente em que se vive, atualiza aspectos essenciais da nossa
sociedade. Além disso, a engenharia de um país alavanca a economia, criando conhecimento e
serviços que são comercializados a um alto valor agregado. Na Figura 3, temos um exemplo de
projeto elétrico de um pavimento qualquer. Num primeiro momento, o olhar que se tem é de dúvida,
pois todos os símbolos são desconhecidos ou nunca foram usados. A partir do momento em que se
conhecem todos os símbolos e como são usados e se conhece o padrão, torna-se prazeroso o feitio
desses projetos, pois, nesse momento, cria-se a possibilidade de experiência prática que pode ser
estendida para vários outros do mesmo tipo ou maiores. Quando se cria confiança no sentido de
admitir que se devem assumir responsabilidades de projetar por si só esse conhecimento, os projetos
começam a ficar valiosos e podem ser vendidos na sociedade.
Figura 3 – Projeto elétrico
Fonte: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAABMC0AK/projeto-eletrico-residencial>. Acesso em: 30 jul 2019.
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Mas nem só de conhecimento técnico vive um engenheiro, por isso a formação na engenharia é
ampla, e, quando se entra numa área dessas, dificilmente se sabe onde vai ser exercida a função de
engenheiro. Por esse motivo, existem disciplinas gerais e específicas nessa formação.  
A qualidade da engenharia define se a nação é desenvolvida. Por exemplo a expectativa de vida
dobrou quando um engenheiro implantou o sistema de tratamento de esgoto. A expectativa de vida
do ser humano, a qual era de 35 anos antes do sistema de esgoto, passou a ser mais de 70 anos.
Dessa forma, pode-se dizer que a engenharia trabalha para aumentar a qualidade de vida das
pessoas na sociedade.
Na Figura 4, temos uma possível representação da evolução do celular, equipamento cujo
desenvolvimento claramente evidencia a presença do trabalho de engenharia.
Figura 4 – Evolução dos celulares
Crédito: Olya_Zhe/Shutterstock.
Muitos autores consideram a engenharia como sinônimo de desenvolvimento de um país. No
Brasil, por exemplo, ainda considerado um pais emergente, a engenharia aparece como item
indispensável para o aumento de qualidade dos serviços para a população e também para resolver
problemas econômicos e sociais.
Uma das engenharias clássicas e fortemente ligadas à tecnologia e à expansão da sociedade é a
engenharia elétrica, que é de suma importância nos dias atuais, uma vez que tem a responsabilidade
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de projetar desde o mais simples circuito encontrado em diversos equipamentos eletrônicos simples
até a geração, transmissão e distribuição de energia pelo mundo afora.
Além disso, o novo perfil do engenheiro é de ser empreendedor, ou seja, ele cria também novas
oportunidades, característica que, no mundo globalizado, é fundamental para se vencer nos
negócios, pois, a partir do momento em que um engenheiro cria um novo negócio, novas vagas de
emprego surgem e fomentam a economia local.
TEMA 3 – PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE ENGENHARIA
O perfil do egresso é constituído pelas competências que o aluno recebe para levar ao mercado
de trabalho. Em resumo, é o que se espera que ele saiba exercer quando for formado.
É importante analisar o que dizem as DCNs (Diretrizes Nacionais Curriculares) propostas pelo
Ministério da Educação (MEC) para as engenharias:
Art. 6º O perfil do egresso do Curso de Graduação em Engenharia deve compreender, entre outras,
as seguintes características:
I – ser generalista, humanista, crítico, reflexivo, criativo, cooperativo, ético;
II – ser apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e
empreendedora;
III – ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, analisando problemas e formulando
questões a partir dessas necessidades e de oportunidades de melhorias para projetar soluções
criativas de Engenharia;
IV – adotar perspectivas multidisciplinar e transdisciplinar em sua prática;
V – considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais; e ainda
VI – atuar com isenção de qualquer tipo de discriminação e comprometido com a responsabilidade
social e o desenvolvimento sustentável.
Art. 7º O Curso de Engenharia deve proporcionar aos seus egressos, ao longo da formação, as
seguintes competências gerais:
I. Analisar e compreender os usuários das soluções de engenharia e seu contexto, para formular as
questões de engenharia e conceber soluções desejáveis. Isto significa ser capaz de utilizar técnicas
adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus
contextos sociais, culturais, legais ambientais e econômicos. Formular, de maneira ampla e
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sistêmica, questões de engenharia considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções
criativas e o uso de técnicas adequadas, que sejam desejáveis pelos usuários;
II. Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos matemáticos,
computacionais ou físicos, validados por experimentação. Isto significa ser capaz de modelar
fenômenos e sistemas físicos e químicos utilizando ferramentas matemáticas, estatísticas,
computacionais e de simulação. Prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos. Conceber
experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em
estudo. Verificar e validar os modelos por meio de técnicas estatísticas adequadas;
III. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços) componentes ou processos.
Isto significa ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis técnica e
economicamente nos contextos em que serão aplicadas. Projetar e determinar parâmetros
construtivos e operacionais das soluções de Engenharia. Aplicar conceitos de gestão para planejar,
supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia;
IV. Implantar as soluções de Engenharia considerando os aspectos técnicos, sociais, legais,
econômicos e ambientais. Isto significa ser capaz de simular e analisar diferentes cenários com foco
na tomada de decisões. Supervisionar e avaliar a operação e a manutenção de sistemas. Aplicar
conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções
de Engenharia. Estar apto a administrar e gerir tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos,
materiais e da informação. Desenvolver sensibilidade global nas organizações, projetar e
desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para problemas. Realizar
avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia no contexto social e ambiental;
V. Comunicar-se efetivamente e eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica. Isto significa ser
capaz de se expressar adequadamente, dominar os meios de comunicação existentes e manter-se
atualizado em termos de métodos e tecnologias de comunicação disponíveis;
VI. Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares. Isto significa ser capaz de interagir com diferentes
culturas, mediante trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo a facilitar a construção
coletiva. Atuar de forma colaborativa em equipes multidisciplinares, tanto presencialmente quanto
em rede, de forma ética e profissional. Gerenciar projetos e liderar de forma proativa e colaborativa,
definindo estratégias e construindo consenso nos grupos. Reconhecer e conviver com as diferenças
socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais).
Preparar-se ainda para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de
finanças, de pessoal e mercado;
VII. Interpretar e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da
profissão. Isto significa ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade
profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente.
Atuar sempre respeitando a legislação e com ética em todas as atividades, sempre zelando para
que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; e
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VIII. Aprender de forma autônoma, para lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se
em relação aos avanços da ciência e da tecnologia.
Isto significa ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem
contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Aprender a aprender novas competências. Aprender métodos, técnicas e meios de ensino /
aprendizagem de modo a estar apto a capacitar profissionais no exercício profissional (Brasil, 2018).
Essas são as características esperadas de um engenheiro,na sua formação após formado o
CONFEA – (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) tem uma legislação que atua nas áreas de
engenharia a seguir serão vistas as resoluções gerais e depois as de competência dos arts. 8 e 9 da
resolução que compete ao engenheiro eletrotécnico e ao engenheiro eletrônico.
RESOLVE:
Art. 1º – Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes
modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam
designadas as seguintes atividades:
Atividade 1 – Supervisão, coordenação e orientação técnica;
Atividade 2 – Estudo, planejamento, projeto e especificação;
Atividade 3 – Estudo de viabilidade técnico-econômica;
Atividade 4 – Assistência, assessoria e consultoria;
Atividade 5 – Direção de obra e serviço técnico;
Atividade 6 – Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Atividade 7 – Desempenho de cargo e função técnica;
Atividade 8 – Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão;
Atividade 9 – Elaboração de orçamento;
Atividade 10 – Padronização, mensuração e controle de qualidade;
Atividade 11 – Execução de obra e serviço técnico;
Atividade 12 – Fiscalização de obra e serviço técnico;
Atividade 13 – Produção técnica e especializada;
Atividade 14 – Condução de trabalho técnico;
Atividade 15 – Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
Atividade 16 – Execução de instalação, montagem e reparo;
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Atividade 17 – Operação e manutenção de equipamento e instalação;
Atividade 18 – Execução de desenho técnico.
Art. 8º – Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE
Eletrotécnica:
I - o desempenho das atividades 1 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à geração,
transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas
elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos.
Art. 9º – Compete ao ENGENHEIRO Eletrônico ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE
Eletrônica ou ao ENGENHEIRO DE Comunicação:
I – o desempenho das atividades 1 a 18 do art. 1º desta Resolução, referentes a materiais elétricos e
eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações;
sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos (Brasil, 1973).
TEMA 4 – REMUNERAÇÃO
Um tema tem sido recorrente no mercado de trabalho: o Brasil precisa de engenheiros, mas não
existe uma tabela de remuneração com valores que sejam usados no dia a dia desse profissional. São
muitas as variáveis que podem compor a remuneração de um engenheiro eletrônico na indústria ou
no seu campo de trabalho. Experiência, técnica, jogo de cintura, trabalho em equipe, motivação, entre
outros, são características procuradas e valiosas no mercado. Atualmente, inovação, criatividade e
empreendedorismo têm feito sucesso no mercado de trabalho.
Nesse momento, já devemos perceber que a remuneração depende de vários fatores, inclusive o
momento econômico da empresa, porém uma coisa é certa: quanto mais qualificado o engenheiro
for, mais aumenta a probabilidade de negociação em carreiras horizontais e verticais.
4.1 CARREIRA HORIZONTAL
A promoção horizontal consiste tanto na troca de cargo entre áreas diferentes na empresa,
quanto a obtenção de aumento salarial por mérito. Para isso, demonstrar um ótimo desempenho por
médio e longo período de tempo tende a funcionar. As promoções horizontais acontecem somente
em empresas que possuem seus cargos e salários organizados e bem definidos.
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Figura 5 – Promoção
Crédito: Natulrich/Shutterstock.
4.2 CARREIRA VERTICAL
A promoção vertical consiste em ocupar cargos de maior importância e responsabilidade dentro
de uma empresa. Ou seja, dentro da estrutura de cargos de uma empresa, isso significa “subir de
nível”. Um exemplo disso é quando um auxiliar administrativo passa a ser um assistente
administrativo.
Para que esse tipo de promoção ocorra, o ideal é que o profissional melhore seu currículo pelo
ingresso em um curso de graduação ou até mesmo em cursos especializados.
A seguir, são descritas algumas funções que o engenheiro eletrônico pode exercer na indústria:
Estagiário de engenharia elétrica: segundo o art. 1º da Lei n. 11.788, de 25 de setembro de
2008,
estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos (Brasil, 2008).
O estágio ajuda o estudante de engenharia a adquirir experiência necessária para entender os
tramites que devem ser seguidos em uma empresa. Existem modalidades de estágio remunerado e
não remunerado.
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Normalmente o estagiário tem direitos trabalhistas e carga horária reduzida, mas tudo isso é
definido em contrato determinado de trabalho.
A remuneração normalmente vai de um a dois salários vigentes.
Figura 6 – Engenheiro (1)
Crédito: Wavebreakmedia/Shutterstock.
Assistente de engenharia elétrica: profissional com contrato indeterminado, diferente do
estagiário e que detém maior responsabilidade em sua função na empresa. Normalmente não
assume projetos inteiros, porém auxilia diretamente a equipe de engenharia a resolvê-los.
Tem a motivação de conhecer todas as rotinas e deveres da função de um engenheiro eletrônico.
Em algumas empresas, essa função tem o nome de engenheiro eletrônico trainee.
A remuneração gira em torno de dois a três salários vigentes.
Engenheiro eletricista júnior: normalmente profissional recém-formado ou no início da carreira,
detentor de pouca ou nenhuma experiência, numa situação de primeiro emprego ou mudança de
área.
A remuneração gira em torno de 6 salários mínimos.
Figura 7 – Engenheiro (2)
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/20
Crédito: Thampapon/Shutterstock.
Engenheiro eletricista pleno: profissional com experiência mínima de dois anos, nível de
responsabilidade maior que o engenheiro júnior. Assume projetos completos e começa a se tornar
referência para outros engenheiros.
A remuneração gira em torno de 10 salários vigentes
Engenheiro eletricista sênior: cargo com alta responsabilidade. Trata-se de um profissional que
sabe de todos os processos da empresa e tem uma experiência considerável pela participação em
vários processos e tomada de decisões estratégicas para o desenvolvimento de vários projetos
Remuneração acima de 10 salários vigentes
Gestor de engenharia elétrica: cargo que depende de características de engenheiro sênior com
as capacidades de chefia e liderança. Trata-se de um cargo mais gerencial, desligando-se da parte
técnica e assumindo tarefas estratégicas e gerenciais que visam ao crescimento de um setor inteiro
na empresa.
Remuneração acima de 10 salários vigentes.
Figura 8 – Engenheiro (3)
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Crédito: Micolas/Shutterstock.
Os valores citados não são tabelados e nem servem de parâmetros para o mercado de trabalho.
O engenheiro eletrônico tem uma infinidade de oportunidades, até mesmo pela demanda crescente
de engenheiros no mercado de trabalho brasileiro, portanto essa separação de forma restrita e até
mesmo imutável não é regra a ser seguida à risca.
Qualquer profissional pode começar como engenheirojúnior e ir direto para o sênior sem passar
pelo pleno, ou seja, é determinante o quanto se esforça para obter valor no mercado de trabalho.
Se o engenheiro eletricista tiver uma veia de empreendedorismo, pode-se criar um negócio
próprio. Pode ser um sem número de oportunidades, como startups (uma empresa nova, até mesmo
embrionária ou ainda em fase de constituição, que conta com projetos promissores, ligados à
pesquisa, à investigação e ao desenvolvimento de ideias inovadoras), uma empresa de vendas ou
prestação de serviços ou até mesmo uma consultoria.
Dessa maneira, o profissional pode ter ganhos que não estejam atrelados a variáveis estáticas.
Nesse sentido, é interessante o engenheiro eletrônico sempre se aprimorar, ter garra e força de
vontade, pois será recompensado. 
TEMA 5 – HISTÓRICO
A engenharia elétrica tem estado presente em quase todas as áreas, com um campo de atuação
em dispositivos eletrônicos, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, assim como na
área de telecomunicações e automação.
William Gilbert, criador da máquina de detectar cargas estáticas, é considerado por muitos o
primeiro engenheiro eletricista. Um grande pesquisador chamado Thomas Edison, no ano de 1883,
descobre o efeito termiônico. Com esse experimento, conseguiu demonstrar a formação de uma
pequena intensidade de corrente num filamento aquecido e uma placa de metal envolto em um
vácuo parcial. Conseguiu comprovar que esses transmissores estavam eletrizados. Tais transmissores
seriam chamados futuramente de elétrons.
Em 1884, Heinrich Hertz demonstrou a validade das equações de Maxwell. Ele as reescreveu do
jeito como são vistas atualmente. Em 1888, Hertz foi reconhecido pelo seu trabalho sobre ondas
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eletromagnéticas. Hertz abriu as pesquisas para o desenvolvimento do rádio. Hertz também é o
nome que se dá à unidade de medida de frequência. Na Figura 9, temos o desenho de uma
experiência do Hertz, que também estudou a fotoeletricidade.   
Figura 9 – Pesquisador Hertz e um de seus experimentos
Crédito: Granger/Fotoarena. Sammlung Rauch/ Interfoto/ Fotoarena.
Em 1888, um pesquisador chamado Willina Hallwachs fez um experimento com um eletroscópio
e uma bola de zinco, que perdia uma carga negativa se fosse exposta a um tipo de luz (ultravioleta).
Esse experimento foi chamado de efeito Hallwachs e teve como resultado a descoberta de que essas
cargas eram negativas.
No ano de 1897, um dos precursores da radiotelegrafia, o físico John Ambrose Fleming aplicou,
de forma prática, o efeito termiônico. Também construiu uma válvula que deu o início, em 1904, ao
tubo diodo, sendo a origem das válvulas usadas em comunicações.
Existem diversos fatos que revolucionaram a engenharia elétrica, mas um deles revolucionou
muito o mundo que vemos hoje: trata-se da descoberta dos transistores, que substituíram as válvulas
eletrônicas. Na Figura 10, há diversos tipos desse componente eletrônico.
Figura 10 – Transistores diversos
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Crédito: Sergiy Kuzmin/Shutterstock.
Nesse ponto, os transistores (na verdade, os semicondutores em geral) mudaram a concepção
da engenharia elétrica.
Em poucos anos, o invento se disseminaria por todo o parque industrial e permitiria uma onda
de inovações tecnológicas sem precedentes. Os rádios portáteis, então tornados possíveis, traziam
estampada a expressão solid state (estado sólido), em referência à ausência de válvulas, já que seus
circuitos eram construídos com cristais (sólidos, sem vácuo ou preenchimento com gases).
Figura 11 – Primeiro computador digital eletrônico
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Crédito: Sammlung Dieter Meinhardt/ Interfoto/ Fotoarena.
Nascia a Era da microeletrônica, que revolucionaria a computação. Apesar de o desenvolvimento
de computadores digitais estar enraizado no ábaco e em outros instrumentos de cálculo anteriores,
foi creditado a Charles Babbage o design do primeiro computador moderno. O primeiro computador
totalmente automático foi o Mark I (ou Automatic Sequence Controlled Calculator), iniciado em 1939
na Universidade de Harvard, por Howard Aiken, já o primeiro computador digital eletrônico, ENIAC
(Electronic Numeral Integrator and Calculator), que usava centenas de válvulas eletrônicas, foi
completado em 1946, na Universidade da Pensilvânia.
O UNIVAC (Universal Automatic Computer) se tornou em 1951 o primeiro computador a lidar
com dados numéricos e alfabéticos com igual facilidade. Também foi o primeiro computador
disponível comercialmente, usado no censo americano da década de 50.
Os computadores de primeira geração foram suplantados pelos transistorizados, entre o fim da
década de 50 e o início da década de 60. Esses computadores de segunda geração já eram capazes
de fazer um milhão de operações por segundo. Por sua vez, foram suplantados pelos computadores
de terceira geração, com circuitos integrados, de meados dos anos 60 até a década de 70. A década
de 80 foi caracterizada pelo desenvolvimento do microprocessador e pela evolução dos
minicomputadores, microcomputadores e computadores pessoais, cada vez menores e mais
poderosos.
Figura 12 – Notebook e tablet
10/07/2021 UNINTER - ENGENHARIA ELÉTRICA E PROFISSÃO
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Crédito: Wead/Shutterstock.
Percebemos que, no decorrer dos anos, a eletrônica assumiu grande importância em nossas
vidas. Tudo que está ao nosso redor está envolvido de alguma forma com a eletrônica, que facilitou o
nosso dia a dia. Os componentes eletrônicos foram realmente um marco nas descobertas e nos
proporcionaram um imenso avanço tecnológico e tornou mais simples nosso modo de viver.
FINALIZANDO
Nesta aula foram abordados assuntos correlatos à engenharia eletrônica. Discorreu-se sobre a
definição de engenharia eletrônica, o papel do engenheiro na sociedade, o perfil do egresso, a
remuneração e o histórico da engenharia eletrônica. Esses assuntos abriram as portas para um novo
mundo: a vida de engenheiro.
A vida de um engenheiro é um livro aberto, literalmente, pois há muito o que se estudar e se
desenvolver, mas como, disse Miguel de Cervantes: “Estar preparado é a metade da vitória” (60
frases..., S.d.). Mas tenha certeza de que vale a pena!
REFERÊNCIAS
BARROS, A. P.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2007.
10/07/2021 UNINTER - ENGENHARIA ELÉTRICA E PROFISSÃO
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BASTOS, L. R. et al. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses e
dissertações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
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BRASIL. Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 26 set. 2008.
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Superior. Consulta pública – Diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em
engenharia. Brasília: MEC/CNE/CES, 2018.
BRASIL. CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Resolução n. 218, de 29 de
junho de 1973. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 31 jul. 1973.
CONFÚCIO. Escolha... Pensador, S.d. Disponível em:
<https://www.pensador.com/frase/NTIwODUx/>. Acesso em: 29 jul. 2019.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
HOLTZAPPLE, M. T.; REECE, W. D. Introdução à engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
60 FRASES de motivação para empreendedores. Likemelon, S.d. Disponível em:
<https://likemelon.com.br/60-frases-de-motivacao-para-empreendedores/>. Acesso em: 29 jul. 2019.

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