Buscar

EMBARGOS À EXECUÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_VARA CÍVEL DE FLORIANÓPOLIS/SC 
 	Distribuição por dependência 
Processo nº: X XXX X 
 	JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXXX XX SSP/ DF e CPF nº XX XXX XX, residente e domiciliado na Rua XXXX, CEP: XXXXX, Florianópolis/SC, endereço eletrônico, vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração anexa, com fulcro nos arts. 319 e 914 do NCPC, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO movida pelo BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A, já qualificada nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
PRELIMINAR 
Necessário frisar que o embargante não deveria figurar nesta demanda, uma vez que não há legitimidade para tanto, uma vez que não foi avalista deste último empréstimo contraído por Maria. Conforme art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: XI-ausência de legitimidade ou de interesse processual. 
DOS FATOS 
O embargante em agosto de 2014, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Maria junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro/RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. 
Em março de 2015, foi informado pelo Banco que Maria havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, João quitou a dívida em 03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
Para seu espanto, em 10 de agosto do corrente ano, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, João descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Maria, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis. 
Ocorre que o Banco estava executando outro empréstimo contraído por Maria, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por João estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no polo passivo. c) O Banco requereu a penhora do consultório do embargado, situado na rua Nóbrega nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido. 
O Embargante não concorda com a execução proposta pelo Embargado, uma vez que este já havia pago a nota promissória a que era responsável, todavia a avalizada de má-fé, se utilizou da nota assinada pelo embargante para contrair um outro empréstimo que não foi autorizado por ele, e só tomou conhecimento deste empréstimo ao ser notificado da execução.
DO DIREITO 
O embargante não deu causa a presente execução, não devendo figurar no polo passivo da mesma, uma vez que não deve ser responsabilizado pelo novo empréstimo realizado por Maria, pois esta se aproveitou do embargado, utilizando-se de uma outorga retro para contrair outro empréstimo, sem autorização, conforme CPC, art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. 
 DO EFEITO SUSPENSIVO 
De acordo com o artigo 919, § 1° do CPC, caberá o efeito suspensivo, uma vez que o embargante está sendo cobrado por uma dívida que não é sua e ainda foi penhorado para pagamento da mesma a sala comercial onde fica seu consultório.
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
1) Que seja atribuído o efeito suspensivo aos embargos à execução com a suspensão da execução ensejada contra o embargante; 
2) O acolhimento da preliminar com a extinção imediata da execução; 
3) Que seja ouvido o embragado no prazo de 5 dias; 
4) Que seja reconhecida a ilegitimidade passiva do embargante com a consequente extinção da execução em face do mesmo, bem como, que seja desconstituída a penhora que incide sobre a sua sala comercial. 
 
Provará o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial pela juntada de documentos 
Da- se a causa o valor de R$ 150.00 0,00 (cento e cinquenta mil reais). 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Florianópolis/SC, 10 de julho de 2021. 
Advogado
OAB/UF

Continue navegando