Empreendedorismo, Inovação e Sustentabilidade

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EMPREENDEDORISMO, 
INOVAÇÃO E 
SUSTENTABILIDADE
O EMPREENDEDORISMO E 
SUAS CARACTERÍSTICAS 
O QUE É EMPREENDEDORISMO?
Empreendedorismo é a 
capacidade que uma pessoa 
tem de identificar problemas e 
oportunidades, desenvolver 
soluções e investir recursos na 
criação de algo positivo para a 
sociedade. Pode ser um 
negócio, um projeto ou mesmo 
um movimento que gere 
mudanças reais e impacto no 
cotidiano das pessoas.
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arceiro-de-negocios-personagem-plano_10410
196.htm
Segundo o teórico Joseph 
Schumpeter, economista austríaco, 
o empreendedorismo está 
diretamente associado à inovação. 
Para Schumpeter (1985), o 
empreendedor é o responsável pela 
realização de novas combinações. 
Relacionando empreender com a 
busca de oportunidades dentro de 
um determinado mercado, a 
atividade já é tão antiga quanto a 
própria humanidade. Porém, apenas 
em 1942 as raízes do que 
entendemos por 
empreendedorismo deram os 
primeiros sinais de vida.
Podemos dizer que 
empreendedorismo está na 
capacidade de criar métodos de 
produção ou comercialização, 
introduzindo novos produtos ou 
serviços, ou, ainda, na utilização 
de habilidades individuais 
destinadas ao desenvolvimento 
de uma organização já existente. 
Isso significa que a essência do 
empreendedorismo está na 
percepção e no aproveitamento 
das novas oportunidades no 
âmbito dos negócios.
Em busca constante de 
sucesso e crescimento no 
mercado, empreendedores se 
lançam diariamente em um 
cenário cada vez mais 
competitivo e dinâmico. No 
entanto, muito se engana 
quem crê que, somente por 
meio de estudos e pesquisas, 
é possível dominar sua 
atuação. Isso porque algumas 
das maiores lições só podem 
ser compreendidas e 
aprendidas por meio do 
empreendedorismo na 
prática.
NASCEMOS OU APRENDEMOS A SER EMPREENDEDORES?
Ao longo do desenvolvimento do 
nosso conhecimento ou mesmo 
quando somos apresentados ao tema 
do empreendedorismo alguns 
questionamentos são levantados. 
Afinal, é possível que alguém possa 
nascer empreendedor? E quem 
acredita que não nasceu para isso 
consegue aprender? As respostas 
parecem ser positivas.
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A partir de uma 
pesquisa realizada com a 
participação da 
neurologista Joe Tsien 
(1999), da Universidade de 
Princeton, Estados Unidos, 
foi possível notar que, após 
alterar o material genético 
de um gene batizado de 
NR2B e aplicá-lo no DNA 
de camundongos (que têm 
92% da carga genética 
igual à da raça humana), 
houve modificações na 
capacidade dos roedores 
em encontrar soluções 
para problemas - o que 
chamamos, quando nos 
referimos a humanos, de 
memória e inteligência.
Um teste realizado em um labirinto no qual os 
camundongos normais levavam em média três 
minutos para encontrar comida, os que tiveram o NR2B 
duplicado precisaram de apenas 42 segundos, 
enquanto que os que tiveram o gene retirado só 
encontraram a saída depois de nove horas. O gene 
parece ser parcialmente responsável pela capacidade 
de sobrevivência em ambientes hostis ou de mudanças 
bruscas. Além disso, segundo os pesquisadores, é 
possível 
que cerca de 3% da 
população mundial 
possua o NR2B em 
seu material genético.
Entretanto, isso não significa 
que pessoas irão alcançar grandes 
riquezas pelo simples fato de 
desenvolver algumas habilidades 
empreendedoras de forma natural. 
Podemos então, aprender a 
empreender? Sim! Como o 
empreendedorismo é uma ciência, 
ele pode ser ensinado e 
aprendido por qualquer 
pessoa que queira aplicá-lo. 
E é aqui que se faz necessário 
diferenciar a teoria do 
empreendedorismo do 
ato de empreender.
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EMPREENDEDORISMO NA PRÁTICA
Quando tratamos sobre o ato 
de empreender, temos que 
considerar todos os esforços acerca 
do pensamento empreendedor e a 
busca constante em fazer diferente, 
pensar fora da caixa, buscar novas 
possibilidades, inovar e tomar 
iniciativas. No entanto, nada disso 
acontece apenas no contexto 
teórico. É preciso agir.
Fonte: CUNHA, 2018
HABILIDADES EMPREENDEDORAS
Acabamos de verificar que o 
empreendedorismo pode estar ligado ao 
DNA de seres humanos e que, também, 
ele pode ser ensinado e aprendido por 
qualquer um de nós. 
O empreendedorismo pode não 
estar relacionado diretamente aos 
negócios, sendo assim, pessoas podem 
demonstrar um pensamento 
empreendedor em casa, na escola, no 
meio social ou pessoal. 
O empreendedorismo trata, afinal, 
de criatividade, solução de problemas e 
visão estratégica.
Assim, ao trabalharmos as habilidades 
empreendedoras, você vai perceber que tais 
características são apresentadas com maior 
frequência em alguns e com menor 
frequência em outros. 
No entanto, qualquer um que se 
interesse pelo estudo pode ser capaz 
de desenvolver outras habilidades que 
não lhe sejam tão “naturais”, ou seja, é 
preciso entender que o empreendedor 
pode, a qualquer momento, trabalhar no 
desenvolvimento de outras habilidades, 
mesmo que não lhe pareçam 
compatíveis com o seu perfil.
Criatividade: A criatividade pode ser 
caracterizada como sendo a habilidade 
de pensar fora da caixa e enxergar 
oportunidades e soluções criativas.
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Iniciativa: Para o empreendedor, a 
iniciativa é fundamental, pois ela é a 
responsável pela ação de colocar em 
prática o que for necessário para o 
atingimento de metas, objetivos, etc.
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Liderança: Capacidade que uma pessoa 
tem de conduzir um grupo ou esforços para 
alcançar determinados objetivos. O 
empreendedor precisa desenvolver uma 
liderança ativa e participativa, seja ele 
empreendedor individual, empreendedor 
corporativo ou empreendedor social – 
trabalharemos na sequência.
Resiliência: A resiliência nada mais é 
que a capacidade de o indivíduo lidar com 
problemas, superar obstáculos ou resistir 
à pressão de situações adversas. 
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Adaptação: Quanto mais rápida for a 
adaptação aos cenários que estão se apresentando, 
menor será o impacto que tais adversidades 
poderão causar. Tratando-se de empreendedores 
que buscam abrir novos negócios, essa habilidade é 
fundamental, pois permite entender que o cenário 
externo poderá influenciar diretamente na maneira 
de fazer negócios, relacionar-se com clientes ou 
buscar novas possibilidades.
Não ter medo de arriscar: A tentativa 
e o medo do fracasso nunca devem ser 
problemas para o empreendedor. Afinal de 
contas, ele precisa entender que todo o 
risco é uma oportunidade de crescimento e 
desenvolvimento contínuo.
Fonte: RODRIGUES, 2014.
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Network: É compreendido como sendo a rede de 
relacionamentos que acabamos criando ao longo de 
todos os papéis que assumimos. Seja no trabalho, na 
escola, na sociedade, todas as relações e círculos de 
convivência que construímos se tornam possibilidades 
diferentes. Assim, a habilidade de relacionar-se com as 
pessoas, ter uma boa comunicação e facilidade de 
fazer novos círculos é essencial nos dias de hoje.
Pensamento Estratégico: Pensar 
estrategicamente é fundamental para quem quer 
empreender. O pensamento estratégico possibilita 
desenvolver um senso crítico ou uma visão ampliada de 
todas as decisões que tomamos no desenvolvimento 
das nossas atividades. Ao decidir empreender, por 
exemplo, o empreendedor precisa analisar os impactos 
dessa atitude em todos os âmbitos: financeiro, 
planejamento, produção, gestão de pessoas, etc. 
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TIPOS DE EMPREENDEDORES
Empreendedores são diferentes uns dos outros 
em vários quesitos. Se há algo em comum, na maioria 
das vezes, é o desejo e a busca de colocar as suas 
ideias em prática o mais rápido possível 
e trabalhar com liberdade em qualquer 
que seja a esfera do empreendedorismo. 
De acordo com consultor e pesquisador 
Kimanzi Constable (2015),
existem alguns tipos de 
empreendedores reconhecidos 
por determinadas 
particularidades.
O Pesquisador:
Este tipo de empreendedor 
gosta de aprender e pesquisar 
sobre cenários, possibilidades e 
tudo o que está envolvido no 
mercado ao qual ele quer inserir-se. 
Com isso, ele possui um vasto 
número de estratégias para iniciar 
ou expandir um negócio, 
entendendo que não há aquela 
“receita de bolo pronta”, mas que é 
possível determinar qual é a forma 
menos arriscada de empreender. 
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O determinado é o tipo de 
empreendedor que vai arriscar o 
que for necessário para ir em 
busca dos seus objetivos e metas 
traçadas. É o perfil que utiliza, 
entre suas habilidades, a iniciativa 
a seu favor. É possível ainda que 
este empreendedor já tenha 
fracassado ou ficado frustrado em 
algum momento, porém ele 
entende que a resiliência é a chave 
para a determinação.
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gocios_1076199.htm
O Determinado:
Este perfil de empreendedor é o 
que possui uma bagagem rica no 
âmbito do empreendedorismo devido 
às suas experimentações. É possível que 
ele já tenha obtido sucesso em algum 
momento da sua carreira e usará desses 
atributos em seu benefício para 
expandir negócios, buscar novas 
possibilidades ou iniciar um novo 
empreendimento. Ele entende que o 
tempo e a adaptação são os recursos 
mais valiosos para quem está querendo 
ir em busca dos seus objetivos.
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de-negócios-analytics-seo-3157759/
O Experiente:
O empreendedorismo não está ligado 
apenas a abrir um novo negócio, trata-se de 
uma questão muito abrangente que pode 
haver algumas aplicações diferentes. Quando 
vamos trabalhar esse tema, é preciso 
contextualizá-lo à realidade em que vivemos. 
É possível aplicar os conhecimentos, as 
atitudes e as habilidades empreendedoras 
voltadas a causas sociais, ao 
desenvolvimento de uma organização 
fazendo-se parte dela, ou, aqui sim, abrir um 
novo negócio.
TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
Para a melhor compreensão da realidade do empreendedorismo no Brasil, não é 
suficiente conhecer apenas as características específicas dos empreendedores e as 
habilidades empreendedoras existentes, é fundamental também que se conheça os 
principais elementos que caracterizam o tipo, em sentido amplo, de negócio que está 
sendo criado, estruturado ou mantido pelo empreendedor brasileiro. (GEM, 2017, p. 14).
Empreendedorismo Social:
Este tipo de empreendedorismo 
tem como base a promoção de 
soluções e mudanças nos problemas 
da sociedade por meio de uma ideia 
que gera desenvolvimento, 
qualidade de vida, responsabilidades 
ambientais e/ou aprimoramentos 
econômicos. Trata-se de uma ação 
focada na cooperação mútua e não 
exclusivamente na competitividade.
O empreendedor social entende 
que seu papel na sociedade onde 
atua é essencial para o 
desenvolvimento de ações voltadas 
à responsabilidade social.
Barack Obama foi eleito, 
segundo levantamento do 
Instituto Norte Americano 
Pew Research Center 
(DIMOCK, 2017), como um 
dos melhores presidentes da 
história recente dos Estados 
Unidos pelas suas políticas de 
igualdade e ações para o 
crescimento da economia
A jovem sueca Greta 
Thunberg recebeu indicação 
ao prêmio Nobel da Paz em 
2018 depois de dar início a 
um movimento internacional 
de greves de estudantes 
contra as mudanças 
climáticas.
Fonte: GGN, 2020
Fonte: GAREN. In: Battaglia, 2019
O empreendedorismo corporativo se refere a 
identificação, desenvolvimento e implementação de 
novas ações e oportunidades em determinados 
negócios e na estrutura de uma empresa. Ele tem 
como objetivo provocar a inovação nas atividades da 
organização e, consequentemente, gerar melhorias 
nos recursos humanos e na estratégia do negócio. De 
acordo com as ideias de André Kummenauer (2017), 
por meio da competitividade e da concorrência de 
mercado, as empresas buscam novas formas de 
inovar e aumentar suas vantagens competitivas. E, 
com um olhar voltado para seu ambiente interno, 
encontram, em seus colaboradores, a vontade, as 
habilidades e as competências para esse diferencial.
Empreendedorismo Corporativo 
(intraempreendedorismo):
Ainda, segundo o autor, essas são 
algumas das características do perfil dos 
intraempreendedores: colaboradores que 
buscam, criam e colocam ideias em prática, 
fazendo a leitura de cenários de modo a 
encontrar grandes oportunidades. Ainda 
segundo o autor, o empreendedorismo 
corporativo é capaz de influenciar 
diretamente o grau de satisfação dos 
colaboradores com determinado ambiente 
de trabalho. Com profissionais mais 
satisfeitos e capazes de influenciar 
mudanças positivas para a empresa, melhor 
será a retenção de talentos pela empresa. “É 
possível afirmar, ainda, que essa modalidade 
de empreendedorismo pode estar 
condicionada a três aspectos: o perfil do 
colaborador, o ambiente e a cultura 
organizacional” (KRUMMENAUER, 2017). 
Maria Júlia Coutinho, conhecida como 
Maju, é apresentadora, comentarista, 
jornalista, radialista e repórter brasileira. 
Iniciou sua carreira profissional na Rede 
Globo em 2007 como repórter. Em 2013 
assumiu a apresentação meteorológica 
dos principais veículos do jornalismo da 
Globo e em setembro de 2019 foi 
anunciada como a nova âncora do 
Jornal Hoje.
Fonte: TREVISAN In: VOLPATO (2019).
O empreendedorismo individual tem como 
característica a criação de novas empresas e 
negócios, voltando-se para a estruturação de uma 
organização em fase inicial a fim de torná-la 
próspera. Este tipo é aquele que muitas pessoas 
ainda acreditam ser a única aplicação da ciência 
empreendedorismo.
Aqui, podemos identificar duas situações 
comuns: o empreendedorismo por necessidade e o 
por oportunidade. Quem empreende por 
necessidade, geralmente, é motivado por uma 
perda de renda ou do poder de consumo individual, 
e, assim, a pessoa empreende almejando uma 
possibilidade de manter-se financeiramente ativo.
Empreendedorismo Individual:
O empreendedorismo por 
oportunidade trata-se do ato de 
empreender quando é detectada 
uma excelente oportunidade de 
mercado. Diferentemente do 
empreendedorismo por 
necessidade, aqui há o planejamento 
e a análise de viabilidade para iniciar 
um novo negócio. Mesmo tendo 
alternativas de emprego, os 
empreendedores por oportunidade 
optam por iniciar um novo negócio 
justamente por conta das chances 
de crescimento identificadas.
Silvio Santos iniciou sua 
carreira como vendedor 
ambulante na 25 de março em 
São Paulo e, hoje, é dono do 
Sistema Brasileiro de Televisão 
(SBT).
João Appolinário é fundador e 
presidente da gigante Polishop. 
A empresa completou 20 anos 
de atuação no Brasil e é líder 
em inovação e tecnologia no 
segmento, segundo a Forbes 
(GALINA, 2020).
Fonte: JORNAL CONTÁBIL REDE, 2018
Fonte: EGESTOR, 2017
Segundo os pesquisadores Greatti e 
Previdelli (2003), o empreendedorismo é 
um fenômeno medido no âmbito regional e 
local, existindo cidades, portanto, regiões e 
países que podem ser mais ou menos 
empreendedores do que outros. De 
maneira semelhante, os indivíduos refletem 
as características do lugar onde moram e, 
também, do momento histórico e 
econômico em que vivem. A cultura, as 
necessidades e os hábitos de uma região 
determinam os comportamentos de seus 
habitantes, e o resultado disso muitasvezes 
reflete sobre as organizações.
TENDÊNCIAS CULTURAIS
Antes de conhecermos algumas 
características que influenciam o ato 
de empreender, é preciso discutirmos 
o conceito de cultura. O professor e 
escritor Edgar Schein (1989), diz que a 
cultura pode ser definida como 
conjunto de crenças, mitos, 
conhecimentos, instituições e 
práticas por meio dos quais uma 
sociedade afirma sua presença no 
mundo e garante sua reprodução e 
permanência no tempo. Ou seja, é um 
modo de vida que abrange toda a 
realidade existencial das pessoas e 
comunidades de uma sociedade, e não 
apenas as artes, o folclore e as crenças.
CARACTERÍSTICAS LOCAIS E REGIONAIS QUE 
INFLUENCIAM O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
Sabemos que o Brasil é caracterizado 
como um país empreendedor, de acordo 
com um levantamento realizado pela 
Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 
em parceria com IBQP, Sebrae e UFPR no 
Brasil, o relatório executivo 2017 mostrou 
que a taxa de empreendedorismo no 
Brasil é de 38% entre a população de 18 a 
64 anos, o que equivale a, 
aproximadamente, 51,972 milhões de 
pessoas. Ainda, segundo o levantamento 
da pesquisa, o brasileiro tem uma 
tendência em buscar no 
empreendedorismo uma forma de 
conquistar a sua independência.
No entanto, é preciso levar em 
consideração a influência da cultura 
sobre esses aspectos. Afinal, quando 
analisamos a cultura, concluímos 
que ela pode ser subdividida em 
grupos macros e micros. Sendo o 
país, neste caso o Brasil, a 
macrorregião (mais abrangente) e 
os estados sendo as microrregiões 
(com menor abrangência).
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/431923420508619080/
A tabela a seguir, 
referente à pesquisa 
realizada pela GEM 
(2017), nos mostra a 
mentalidade do 
brasileiro quanto ao 
empreendedorismo, 
em um comparativo 
dos anos 2016 e 2017.
Fonte: GEM, 2017, p. 17.
Percebemos que há uma diferença entre os 
dados no comparativo entre esses dois anos, 
correto? E como poderíamos interpretar esses 
dados? A resposta está ligada a algumas questões 
que fazem parte da cultura empreendedora no 
Brasil. Em 2016 o país estava atravessando uma crise 
política e econômica, fatores estes que podem ter 
influenciado diretamente na redução daqueles que 
disseram que “sonhavam ter um negócio próprio”.
Entende-se, assim, que a política, a 
economia, os costumes, as crenças e as 
perspectivas, impactam a forma como os 
futuros empreendedores enxergam o mercado. 
Portanto, aqueles que estão determinados a 
colocar o empreendedorismo em prática 
precisam, obrigatoriamente, entender o 
contexto e o cenário ao qual estão inseridos: 
seja na sua forma macro ou micro.
Quando analisamos o cenário cultural de 
uma região mais restrita, por exemplo, as suas 
caraterísticas também influenciarão na decisão 
do empreendedor em direcionar uma ideia de 
negócio, um diferencial competitivo ou até 
mesmo a forma de atender seus clientes. 
 Em um país de dimensões 
continentais como o Brasil, diferentes 
localidades apresentam características 
distintas quanto à geografia e à economia. 
Consequentemente, cada localidade se 
especializa em algo que pode lhe gerar 
mais renda e desenvolvimento 
econômico, sendo a distribuição espacial 
das atividades econômicas realizadas 
pelas regiões do país bastante diversas. No 
Sul e Sudeste, por exemplo, predominam 
a indústria e o mercado financeiro, 
enquanto no Norte e no Nordeste são 
mais presentes as atividades voltadas à 
agricultura, à pecuária e à mineração.
Fonte: PORTAL DAS MISSÕES, [20--]
Além de diferenças geográficas e 
econômicas, as regiões diferem-se em 
fatores importantes para compor um 
ambiente de negócios atrativo, tais como 
o ambiente regulatório, a infraestrutura e 
o capital humano. 
Como apresentado em um recente 
estudo do Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada, todas as regiões têm 
se desenvolvido ao longo dos anos, mas 
ainda são necessárias políticas públicas 
mais abrangentes para atenuar as 
desigualdades regionais, ainda muito 
presente em nosso país.
É possível que você já tenha se 
deparado com a questão: por que existem 
locais mais empreendedores que outros? 
Para tentarmos responder essa pergunta, é 
preciso entender que o empreendedorismo 
demanda alguns aspectos para atingir o 
seu desenvolvimento e aplicação. 
É comum percebermos que os grandes 
centros populacionais tendem a inspirar 
empreendedores, isso se dá pelo 
desenvolvimento tecnológico, 
características geográficas, economia 
regional e as pessoas que estão inseridas 
nestes locais. Um exemplo bastante 
conhecido como local propício ao 
empreendedorismo é o Vale do Silício.
Também conhecido como Silicon 
Valley (nome original em inglês), essa 
região norte americana é um verdadeiro 
pólo industrial situado na Califórnia, nos 
Estados Unidos, e é conhecida 
mundialmente por ter como objetivos 
principais a geração e o incentivo às 
inovações científicas e tecnológicas. A 
maior parte do desenvolvimento de 
softwares, hardwares, aplicativos e 
outros serviços de tecnologia são 
originados no Vale do Silício, fazendo 
desta região uma das mais 
incentivadoras ao empreendedorismo e 
a inovação. Empresas como Apple, 
Facebook, Google e Microsoft mantém 
suas sedes neste pequeno grupamento 
de cidades que compõem a região. 
Fonte: VIAJONÁRIO, 2019.
CIDADES EMPREENDEDORAS
Voltando ao cenário do Brasil, o último 
levantamento do Índice de Cidades 
Empreendedoras (ICE) realizado pela 
Endeavor Brasil, em 2017, é um exercício de 
análise abrangente do ecossistema local de 
empreendedorismo no país. Desde a sua 
primeira edição em 2014, uma série de 
mudanças têm sido feitas com objetivo de 
refletir com maior precisão as características 
das cidades analisadas. Interpretando esses 
dados, a cultura empreendedora diz respeito à 
imagem do empreendedorismo nas cidades.
Este índice é composto majoritariamente 
pela percepção dos indivíduos, ou seja, como 
eles enxergam empresas e empreendedores e 
como se relacionam com eles.
Fonte: ENDEAVOR, 2017.
Uma comunidade que apresente 
uma cultura empreendedora fortalecida é 
capaz de compreender e usufruir de 
novas oportunidades, gerando fortes 
vantagens competitivas para os 
empreendimentos localizados nesses 
contextos. Dentre as vantagens 
competitivas de um município com forte 
cultura empreendedora, estariam, por 
exemplo, a criação de novas tecnologias 
pelas empresas e sua aceitação e 
incorporação pelos indivíduos.
A gestão empreendedora estimula, 
desde seu princípio, a utilização de 
habilidades empreendedoras (estudadas 
anteriormente) para o atingimento de 
metas e objetivos propostos. Sabemos que 
a competitividade nos dias de hoje, 
somadas aos diferentes impactos do 
ambiente externo como crises financeiras, 
políticas e a recente pandemia do Novo 
Coronavírus, são influenciadores diretos em 
todas e quaisquer decisões atreladas a 
sobrevivência do negócio. 
GESTÃO EMPREENDEDORA NA ORGANIZAÇÃO
Um exemplo disso, são as 
empresas que realizavam suas 
atividades da mesma forma ao longo 
dos anos, sem preocupar-se com 
diferenciais competitivos ou uma 
visão diferenciada - o famoso “pensar 
fora da caixa”. Provavelmente 
empresas que adotavam este tipo de 
posicionamento e gestão foram 
brutalmente atingidas pelas 
mudanças na nossa história recente.
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Desta forma, a gestão empreendedora 
em uma organização estimula, desde seu 
princípio, o desenvolvimento dos 
profissionais que nela estão inseridos. 
Assim, empresas que utilizam deste 
modelo de gestão, estão diretamente 
ligadas ao tema de inovação, sendo que ela 
é responsável pela contextualização do 
tema no âmbito interno. Quem toma a 
iniciativa de adotar e estimular uma gestão 
empreendedora é a própria organização, 
quando entende que o desenvolvimento 
dos profissionais que nela estão inseridos é 
fundamental para o alcance dos objetivos. 
O empreendedorismo corporativo(intraempreendedorismo) trata da 
utilização das habilidades, competências e 
atitudes empreendedoras dentro de uma 
empresa já existente, ou seja, podemos 
resumir que aqueles colaboradores que 
criam, pensam diferente, encontram 
soluções diferentes para resolver 
problemas, tomam a iniciativa e puxam a 
responsabilidade para si são 
caracterizados como um valioso diferencial 
competitivo para as empresas.
Num contexto histórico, as 
organizações mais burocratizadas 
apresentavam problemas em adaptar-se 
às mudanças repentinas do mercado, 
levando, assim, mais tempo no 
desenvolvimento de estratégias 
competitivas que permitissem sua 
sustentabilidade. Nesse sentido, empresas 
que conseguem assimilar mudanças 
positivas são fontes de fomento para a 
cultura de inovação que, segundo Ahmed 
(1998), é um processo complexo, 
apresentando grande importância para o 
sucesso organizacional e dificilmente é 
bem gerenciada.
No entanto, os desafios em 
implementar essa cultura nas 
organizações devem ser analisados de 
forma que colaborem para o 
desenvolvimento de um perfil profissional 
alinhado ao planejamento estratégico da 
empresa. Este perfil se insere em um 
ambiente competitivo e seletivo onde a 
busca pelo aperfeiçoamento mostra-se 
um grande fator de sucesso.
Em teoria parece ser algo muito fácil 
de ser aplicado, não é mesmo? Mas na 
prática, a situação muda um pouco de 
figura. De acordo com o pesquisador 
Robert Srour (1998), existem algumas 
barreiras que acabam dificultando a 
criação de um ambiente propício ao 
desenvolvimento da gestão 
empreendedora.
➔ Gestão à moda antiga: Quando analisamos alguns modelos de 
negócio, em sua grande maioria empresas familiares, a tendência é 
que haja uma gestão rígida, que não permite muita flexibilidade ou 
sequer está aberta às mudanças e inovações. 
➔ Carência na área de Gestão de Pessoas: Você já ouviu falar que as 
pessoas são o ativo mais caro dentro de uma organização? E são. 
Afinal, para que haja a criação e o incentivo a uma cultura 
organizacional positiva é preciso saber trabalhar com pessoas, 
incentivá-las, entregar boas condições de trabalho e 
desenvolvimento. Esse trabalho precisa ser contínuo, participativo e, 
acima de tudo, deve haver um propósito em comum. 
➔ Zona de confortabilidade: Atingir objetivos e metas após um longo 
percurso de trabalho é muito compensador para qualquer empresa 
que está disposta a trabalhar o empreendedorismo. Entretanto, essa 
visão a curto ou médio prazo precisa ser o fator de incentivo à novas 
rotas, rumos e planos. Empresas adeptas à zona de conforto 
possuem uma grande tendência a desestimular seus colaboradores 
a tal ponto de desenvolver um alto índice de rotatividade.
Para iniciarmos esta discussão, 
convido você a pensar como as formas 
de empreender aconteciam 
antigamente. Como seus pais e seus 
avós (ou você mesmo) percebiam o 
empreendedorismo?
Talvez a resposta esteja ligada ao 
fato de que muitos construíram sólidas 
carreiras dentro de empresas até 
alcançar a aposentadoria ou 
empreendiam por oportunidade, 
“tocando os negócios da família”, certo?
A INFLUÊNCIA DAS GERAÇÕES NO EMPREENDEDORISMO
Quando vamos analisar o papel que as gerações exercem, não apenas 
no empreendedorismo, mas em todas as demais questões da nossa 
sociedade, percebemos que as coisas são diferentes. Isso acontece, segundo 
os autores Parry e Urwin (2011), porque o conceito de geração pode ser 
entendido como grupos de pessoas que partilharam experiências 
semelhantes diante dos mesmos eventos históricos, culturais e sociais. 
Bárbara, teria como refazer 
o texto que detalha o nome 
e a data de cada geração na 
imagem? Da maneira que 
está fica bem ilegível, eu 
acho. 
Referência: 
https://encenasaudemental
.com/comportamento/insig
ht/conflito-de-geracoes-na-
organizacao/
Fonte: [adaptado] FREITAS, 2019.
Baby Boomers Geração X Geração Y Geração Z
entre 1945- 1960 entre 1960- 1985 entre 1980- 1995 entre 1995- 2010
No Brasil, a diversidade etária (idade) faz com que tenhamos 
muitas possibilidades de trocar experiências, adquirir novas 
habilidades, conhecimentos e atitudes que possibilitem um melhor 
desempenho no mercado de trabalho ou de negócios. Segundo 
pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor - GEM 
(GRECO, 2010), relativa ao período de 2002 a 2010, expõe a existência 
de empreendedores desde os 18 até os 64 anos de idade atuantes 
no Brasil. Tal contexto indica que diferentes gerações investem em 
negócios próprios, ou seja, são empreendedores individuais.
De acordo com Krummenauer 
(2017), a geração Y “costuma ter 
papel preponderante nesse 
contexto, pois são pessoas sedentas 
por criar, buscar novidades e não 
costumam permanecer engajados 
em rotinas extremamente 
burocráticas e repetitivas” 
(KRUMMENAUER, 2017). No entanto, 
as organizações que estão atentas 
em fomentar o empreendedorismo 
corporativo e uma gestão 
empreendedora, faz com que as 
demais gerações sejam inseridas 
em sua cultura de forma construtiva 
e colaborativa.
Produzido por:
Professor Autor Jacson Dias
Revisão Luciano Oliveira de Oliveira
Designer Instrucional Ricardo Andrade Lopes
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