Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
SANGUE SÁBIOSANGUE SÁBIO Flannery O'onorFlannery O'onor SangueSangue sábiosábio rdçã d lêrdçã d lê Nuno BatalhaNuno Batalha ngu sáingu sái//wise bloodwise blood Autor:Autor: Flannery O'ConnorFlannery O'Connor ©© 1949, 1949, 1952, 1952, 1962 1962 Flannery Flannery O'Connor;O'Connor; ©©renovado 1977, 1980, 1990renovado 1977, 1980, 1990 Regina Cline OConnor. Todos os direitos reseados.Regina Cline OConnor. Todos os direitos reseados. Traduo:Traduo: Nuno BatalhaNuno Batalha Revisão:Revisão: ice aújoice aújo Capa:Capa: Miss SushieMiss Sushie Paginao:Paginao: Gabinete Gráco Cavao de FeoGabinete Gráco Cavao de Feo 1 1 edição, edição, Fevereiro Fevereiro de de 20072007 Impessão e Abamento:Impessão e Abamento: Gráca Manue BarbosaGráca Manue Barbosa EE Filhos, LdaFilhos, Lda Depósito Legal:Depósito Legal: 252 667/07252 667/07 ISBN:ISBN: 978-989-623-039-5978-989-623-039-5 Todos os direitos ara ubiçãoTodos os direitos ara ubição em em língua língua pouguesa pouguesa eseaos eseaos or:or: ee Cavalo de Fo Editores, La.Cavalo de Fo Editores, La. Tress ds Fiéis de Deus,Tress ds Fiéis de Deus, 00-8800-88 LisbLisb und n ennrr lu lir l de Ferr ns lirris,und n ennrr lu lir l de Ferr ns lirris, sueris ue isie nss sueris ue isie nss www.valodeferrocomwww.valodeferrocom Nenhuma pate desta obra poderá se epoduzidaNenhuma pate desta obra poderá se epoduzida sob qualque fa ou por quaquer processosob qualque fa ou por quaquer processo sem a autorização préva e po escrito do edito,sem a autorização préva e po escrito do edito, com excepção de ecetos bevescom excepção de ecetos beves usados paa apesentação e crtica da obra.usados paa apesentação e crtica da obra. REFÁIO DA AUORA À SEGUNDA EDIÇÃO (1962) «Sangue sábio» ez ez os e connua io. mias caaci aes rcas não e ermitem eterminar mais que isto e sinto-me graa or oer iêlo. O liro i escrio com zelo e, se ossíel, ee ser lio também com atenção zelo. É um romance cómco sobre um cristão malgré lui e, como tal, é muito sério, orque toos os rmances cómicos que alem guma coisa são sobre assuntos e a e more. «Sangue sábio» rigio or uma autora roositaamente inocente e teoria, mas uma autora com rocuações claras. ue a crença em risto, a alguns, assunto e ia e more, tem constío uma era na calçaa na qual oeçam os leitores que teriam reerio consieá-la um assunto e somenos imorância. ara esses, a inegriae e Hazel oses resie na sua igorosa ten taa e se lirar aquela gura malaa que se moe e ore em árore no no a sua mente. ara a auora, a inte griae e azel resie na sua incaaciae e o aer. A inte griae e uma essoa enconar-se-á semre naquilo que não consegue er Penso que, em ger, sim, orque o liebí io não sigca um só abíio, mas ários, que se conontam no mesmo iniuo. A liberae não poe ser concebia s les. É mistério, um mistério que a u romance, mesmo um mance cómico, aenas oe ser eio que aprne. CAPÍTULO 1 Hazel Moes ia senao senio a macha o comboi, no asseno e iço ee, olhano oa aa a janela, cmo se quisesse saa ali aa ra, oa aa a ona o cre o, no ouo eemo a caragem O combo rcii aase e ene, or ene coas e áoes que saba am e es a emos, eibino o sol muio ermelho na ola os bosques mais longínuo Mais eo, os camos aaos encuaamse e esaneciase e os oucos orcos que çaam os sulos aeciam enormes eras manchaas A senha Wally Bee ichcock, que saa senaa e ene a oes no mesmo comaimeno, isse que, aa el, sa ainha assim era a hora mais onia o ia e ergun olhe se ele amém não achaa Ea uma mulhe gora, com colarinhos e unhs corerosa e eas em ma e êa, que se enuraam blíquas o asseno sem chegar ao chão. Ele olhoua or um seguno e, sem resoner, inclinouse ara a ene e fou noamene o no a caragem Ela louse ara obsea o que haia lá atrás, mas naa u além e uma cança esreino or enre um os comar timenos e o mo e ees abrino o rmário one se guar am os lençóis. o'COOR Iain qe cê estea a cainh e casa, isse ela, ltanse naente ara ele. As lhs ela, ele nã aa rentaa it ais e inte ans, as trazia n cl cha é ner ríi e e aba lara, c qe rear ral is saria. O t ele era e azl cscante e a etiqeta co reç aina estaa agraa à anga. Ele nã lhe respne ne e lhar nt qe estaa a ftar, sse ele qal sse. O sac que tinha as és era a ala cilínrica exércit, e teci grss, e ela ecii qe ele estiera na tra e tinha si isensao, e ara estaa e reresso a casa. Ela qis arxiar-se suf ciente ara cnseir er qant le tinha cstao o to, as e ez iss e r si lhan e sslai ara s lhs ele, qase tentan er entr eles. Tinha a cr e cas cas e nz e estaa encoaos e órbitas nas. O con to o cânio ebaio a le era óbio e insistente. Por f, senhra Hitchcck sentise enaa e esou a custo a atnção para lnge os olhos ele, esrçano a ista para ler a etiqeta o reço. O to custara-lhe onze ólares e nenta e it cêntios. Ela acho qe isso o ien tifcaa e lhoulhe noaente o rosto, coo se agora es esse rtalecia contra ele. O raaz tia u nariz co bic e icanço e a longa rega ecal e abs os laos a boca. O cabelo ele arecia ter sio eanenteente achatao pelo chaé esao, as ra os lhos que atraí ra a atenção ela rane ais teo. Era tão nos qe lh arecia qase asagens ara ouo loc e ela inlino -se ara a ente, a ei cainho ene esaço que sea raa s is assents, tentano slubrar entro eles. De reente, ele lto-se ara a anela e, qase c a esa raiez, reress naente a ont one há uco haia a lhar. Qe ele olhaa era oç e etes. Quan le entrara n cbi, ç estaa e é entre as caragens hoe e estara cacta co a cabeça careca, renda e aarela. Haze etiera-se e s lhos ereao SAGU SÁIO aam-se irao na ua ireção e astao logo e seguia iniano-le em que aagem eeria entrar. uano ele se eiou far arao o omem isse «Para a esquera!» em tom irrito «a a esquera». E Haze lá i. «Ah» isse a senora Hitok «não á lugar omo a nosa asa.» Ele eitou-le um olar ráio e iu-le o rost aatao aermelhao ebao uma oberura e abelo or e raosa. Ela tina etrao á uas estções. Ele nuna a ira antes isso. «eno e l om o moço e etes» isse ele. antou -se enou-se ara o no a aagem one o emre gao na omeçao a omor belie. Haze ete-se ao lao ele e inlinou-se sob o ço e um assento mas o moço e tes não o oou. Estaa ouao a astar uma aree amoíel e ommnto. «uanto temo emora a zer uma ama?» «Sete minutos» resoneu o emregao sem o olar. Haze sentou-se no braço o assento. Disse: «Eu sou e Eastro.1 «Isso n'é nesta linha» isse o emrgao. «ê tá no om boio errao.» «Vou rà iae» rsoneu Haze. 0 qu'eu isse é que resi m Eastro.» O emregao não isse naa. «Eastro» reetiu Haze ais alto. O emregao aiou o estore om um uão. «uer que l'arranje o belie agora ou tá aí eseao ra quê?» ergntou-le. «Eastro» insistiu Haz. «Pero e Melsy.» O emregao eu um uxão numa metae o assento e rebateu-o. «Eu sou e iago» isse. Rebateu a oua metae o assento. uano se ebçou a are e á o esoço er gueu-se em ês inaços. «Pois sim ees ser mesmo» isse Haze olano-o e lao. 1 O'OOR «á 's s no mei rrer m á-e uerer assa» isse emrega oltno-se e rente e assano or ele samente. Haze letou-s e etee-se urte uns segunos Peia que etaa reso o uma ora amaa a meio as ostas e ataa ao teto o omoio. Fiou a osear o mregao menos elo oeo ao num eio rigosaente onola e esaeeno o uo emo agm Ele oneiao saia que era um os Ps um rto e Easo. Voltou ao seu ommento e enoleuse nua ostura es liaa aoiano um é nm ano que assaa eao a jela. Easo ena-le a aeça e eois esra-se lá a ra na o esaço que se seia ese o omoio até aos os azios e reulares. Haze iu as uas asas e a esaa or e egem as ouas aas e tos e o eleio e a aariça om o aaz ermelho e ano já a esol-se a paree anuniano taao e masar. «ntão oê ai a amino e as?» eguntou a senora Hitok. Ele olou-a om ar amargo e agarrou o aéu negro ela aa. «Nã nã ou» resoneu om a oante oz agu e nas o ennessee A senora Hitok isse que ela tamém ontou le que antes e asar tina sio leita Miss Weateran e que estaa a amino a Floria ra isar a ha asaa Sara Luile. Disse que aeia que até agoa nuna a to tmo ar zer uma iagem ão omria Da manea omo as oisas aonteem semre uma atrás outra areia que o temo assaa tão eress que nem aa ara a gente saer se stamos noos ou els. Ele ensou onsio que oia izerle que estaa ela se ela erguntasse. Deois e algum temo eiou e a esu tar. O moço e etes oltou a erorrer o orreor e assou or ele sem o olar. A senora Hitok ereu o fo à meaa a sua tagarelie SAU SÁIO 1 1 «Então oê á-e estar a amino 'ir isitar algué?» eguntou «Vou r Taulkinam1 resoneu ele alano-se ontra o assento e olano ela janela . «ã oneço lá ningum mas ou lá zer umas oisas. Vou lá zer as oisas que nuna fz ans» isse ele lançano-le um olar oblíqo e toreno ligeiramente a boa. Ela reu que oei um be Sarks que era e Taunham. Dsse que ele era unao a unhaa ela e que... «Eu nã sou e Tanam» isse e. «Eu ise qe u ra lá ma' naa.» A sera Hitk reomeçou então a lar mas ele interromeu-a e isse: «Aquele mo e etes reeu no mesmo sítio qu'eu re mas iz qu'é e iago.» senra Hitok iss que oneia u omem que ia em .. «Tanto z ir ra um sítio o ra outro» afrmou ele. « É só o que e sei.» A ora Hitok isse que bem omo o temo oa! rmou qu já não ia os flos a irmã á ino anos e que nã sabia se os reoneia se os isse. Eles eram três o o Bubber e o o Wesle O on ese tina seis anos esreera-le uma ara queria Tianita les amaam-le Tianita e ao maio ionito . . . «Na olta ê aa que i eimia» sse el. A senora Hiok reuou o olarino a amisa. «Na olta ê aa que i reimia» reetiu ele. Ela orou. Deos e um nstante isse que sim a i era uma insiração e eois omentu que staa o me e se ele não quea ir até ao retaurante. Ele ôs o sombio a éu negro na abeça e eguiu-a ara a a aagem. A aragem-restaurante staa eia e as essoas ese raam ara enar. le e a senora ito agaraa na fla urante meia ora osilo no estito orreor e esma gano-se e ez em quano ontra a aede aa eiar as sar um otejo e gente A senora itok onersou om a senora que tna ao seu lao Haze Motes olou ara a 12 ü'COOR paree A snra Hitok ontou muler que o mario a irmã traalaa para a ompania Muniipal as guas m Toolalls aama e a senora lou-le e uma prima qe tina anro a garganta Por fm egaram quase até entraa o restaurante e onseguiram esreitar ara entro Haa um emregao aenano para iniar lugres s es soas e entregano menus Era um omem brano om abelo peto oleoso um to om u apeto tamém negro e oleoo Moi-se om um oo reiitano-se e mesa em mesa Fez sinal a uas essoas e a lina aançou e moo que Haze a senora itok e senora om quem ela oneaa se arontar a en a seguir Passao minuto mais uas essoas saíram a aagem O emre go ez sinal e a senora Hitok e a outra mulr entra ram Haze seguino-as O omem etee-o e isse «ó uas pessoas» e emurrou-o e olta à oa O rosto e Haze tingiu-se e um ermelo eroz Tentou pôr-se atrás a essoa seguint e eois rar a fla ara ol tar para a arruagem e one tina ino mas aia ema siaa gente aglomeraa no aino Por isso tee e far ali e pé enquanto toa a ene em olta o miraa Durante algum tempo ninguém saiu Por fm uma muler no extremo oposto a arruagem leantou-se e o emregao agitou a mão Haze esitou e iu a mão agitar-se noamente Deois lá amaleou elo orreor aima aino sobre uas mesas pelo amino e molano a mão n aé e algum assageiro O empreao sento-o junto a três uleres relatiamente joens estias omo papagaios As mãos elas estaam pousaas sore a mesa as pontas omo lanças rmelas Ele sentou-e e limou a mão toa la a esa Não tirou o apéu As muleres já tinam aa ao e omer e estaam a mar Pararam e alar quano ele se sentu Ele apontou para o primeiro prato o menu e o empregao e pé ergueno-e aima ele isse: «Esree num papel raaz» e pisou o olo a uma as muleres Ela ez um barlo om o nariz Haze anotou o peio e o emre- SAGU SÁIO 3 gado voo consigo pois, dixos fcar sntado, oando nt, a orado ntnso, ftando o psoço da r q ina à sa nt vz qando, a ão q sgrava o cgarro passava nt do pscoço, dsapar cia da sta d dpos aparcia novant, d vota ao tapo da sa Após sgndo, a ina rcta d o atingiao n rosto pois d tr sido soprado o trs o qatro vzs, oo a r Ea tina a xprssão pant, coo a gainoa, pqns oos apontados dirctant contra «S t sts rdida», diss , « não qro sr» pois, voto o rosto para a jna islbro o páido rxo, co o spço scro vazio á ra apndo por n os aços do s rosto a caoça passo a cor, cor tando o spaço vaio dois, a das rs ri «Acas q u acrdito Jsu?», diss , inclinando s na dirção da ando qas coo s stivss s go «Pois, á não acrditava n s'E xistiss N qu'E tivss aqui nst coboio» «E q diss q tina d acrditar?», prgnto a, na vnnosa voz da costa st E rco O prgado roxl o jantar Haz oço a cor, ntant, a princípio, dpois ais rapidamnt, nqanto as rs s concntrava na obsação dos úscos q sobrssaía do axiar nqanto asgava E stava a co qaqr coisa às ancas, co vos gados prssa acabo a rição, bb o caé ro o diniro do boso O prgado io as não aparcia para zr a conta cada vz q passava pa sa, pscava o oo às rs ftava Haz A sora Htccock a oa snora já na acabado a rição saído Por f, o o vio z a conta Haz t- o diniro na ão prroo para o ado pa sair da cag rant ns instants, dixos fcar d pé ntr das carragns, ond o ar ra as o os sco, nroo 1 O'COOR ciaro. epois, o oço de etes passo entre as das caragens. «Ei, t Pa1, cao e. O oe não paro. Haze segi-o pea cag dentro. Os eices já tina sido toos coostos. O oe na esação e Melsy tina-e endi belice pore e dissera qe, nos assentos ais baratos, ee teria de r sentado a noite toda. or isso, endera-e beice e ia. Haze i a à caa, pxo o saco para bao, i até ao avabo e preparo-se para a noi. Estava co a barriga deasiado ceia e co pressa de se eter no belce e deitar-se. ecidi qe ia fca ai dei tado a ar pea janea e ver coo o capo passa por cobio à noite. aviso dizia para caar o ço de e tes, para qe ee ajdasse o passageiro a sbir pra os bei ces periore. Haze voto a pôr o sco e cia da caa e sai ara procrar o epregado. Não o encontro na extreidade do coboio e por iso ee e direcção à oa. Passando por a esqina, esbarro contra qaqer coisa pesa e cor-de-osa, qe aro resngo: «eastrado!» Era a senoa Hitccoc, a capa cor-de-roa, co o cabeo e nós à vota da cabeça. Ea oo-o co oos sei ceados, qase ecados. Os roos eodrava-le o rosto coo negros cogeos venenosos. Ea tento pasar por ee e ee tento air caino, as abos se ovia para o eso ado a cada tentativa. O rosto dela tingi-se de roxo, co xcepção de peqenas arca brancas na teta qe não se inaava. Ea reteso-se, paro e disse: «as qa é o e probea?» Ee esgeirou-se, passo por ea e ete peo corredor abaixo a toda a pressa, indo esbaar no oço de ees, qe cai para trás. «Tens de e ajdar a sbir pr beice, Par», disse ee. O epregado evanto-se e caaeo peo coredor ra. assado into, egresso cabaeando novaene, o rosto de pedra, co o escadote na ão. Hae obseo-o SAGU SÁIO 5 eqant ee colocava o escadote e posiço, depois coe ço a sbir A eio cainho voto-se e disse: «Lebroe de ti O te pai era preto chaado Cash Par E ta'é agora nã podes votar p'a á, ne t ne ningé ne qe qisesse» «E so de Chicago» disse o oço de ete o irri tado «ão e chao Par» «0 Csh tá oo», disse Haze «Apano cóera d porco» A boca do epreado etorto-se para baixo n trejeito e ee disse «0 e pai trabahava nos cainhos-deerro» Haze ri O oço agito o escade de epente co a arrancada do braç qe evo o rapaz a ter de agrrar o cobertor da aa para nã cai Depois deito-se de barriga para baixo drate ns mitos sem se exer assao poco, oto-se encontro a z e oho em vota ão haia janea Ee estava echado aqea coisa, apenas co peqeno espaço acia da cortia O tecto do beiche era baix e co Haze dexo-e fcar deitado e noto qe o tecto co parecia não estar copetaente tapado Era coo se estivesse a echarse O raaz fco ssi dante bocado, s se exer Tinha na garganta ago qe pare ci a eponja co sabor a ovo e não qeria virar-se de ado co edo qe ea se ovesse Ee qeria a z desi gada e estico o raç para cia se se votar tacteo e bsca do intertor, prio e a escridão abate-se sbre ee ogo depois, dili-se poco co a parca do cor redor qe se escoava por aqee pedaço de espaço não tpao Hae qeria tdo escro não qeria o nege diído Escto os passos do oço de etes peo correor aaixo, saves sobre a alca avaçndo e passo certo roçado pea coras verdes e desvanecendose do oto ad, onge do ovido ais tarde, qando já qase doria, Haze esc to-os noaente de regresso A cona dee estreece e os pasos desvanecer-se 6 o'COOR Na sa sononcia, Haz o q o sítio od stava dtado ra coo caixão O priiro caão q Haz vira co agé á dntro ra o do s avô Tina-no dixado abro co pa d na a sgrar a tapa, na noit q dara o caixão casa co o vo á dntro, Haz obsrara à distância, pnsando: nã vai dar q'o c á dntro Qando cgar a atra, ád tr o cotovo na abrra avô d tina sido prgador iti nrant, o rprovador q prcorrra trs condados co Jss sconddo na sa cabça coo rrão Qando cgo a atra d o ntrrar, cara a tapa do caixão não x úsco E tpos, Haz tina tdo dois iros ais noos U orr ainda bbé i posto caixão pqnino ouo ai nt d a áqina cir qando tina st anos caião d ra ais o nos do taano e u cai xão nra qando o cara, Haz crru para e ari-o novant Dissra q i por e estar d coração parido por s sparar asi do irão, as não i Foi por q pnsara, s ss á dntro es casse a tapa na cara? Agora a adorci sonava qu sava oua vz no nto do pai io sntado, cuado sobr as ãos os jo os dno do caixão, a sr vado para o ctério naua posição «S' fcar d vntas no ar», Haz ouvi o vo dizr «ningé vai consgir car nada cia d i» Mas qando vra o caião para jnto da cova, os carrgado rs dixarano cair á baixo co baq o pai spao-s contra o ndo do caixão, coo toda a gnt O coboio sacojo , agitando-o, dsproo pouco Haz pnso, nssa atra dvia avr as int cinco ps soas Easod, trs Mots Agora já nã avia á Mots, n fds, já não avia asngas, Fys, Jacons o Parrs já n os prtos qria nada co aqa trra scrvndo a ca na strada, Haz asto no scro a SAGU SÁIO 7 oja entaipada e o ceeiro incinado e a casa ais peqena já eio evada peo tepo o apendre desaparecido e a entrada já se cão. Não era nada assi qando ele tina dezoito anos e dei xara a terra. Nessa atra ainda á avia dez pessoas e ee ne seqer reparara qe o sítio tina fcado ais peqeno desde os tepos do pai dee. Haze deixara Eastrod aos dezoito anos porqe o exército o caara. A princípio, pen so qe o eor era dar tiro no pé e não ir. Ele ia ser pregador coo o avô e pregador pode sepre passar se pé. O poder do pregador está no pescoço na línga, no braço. O avô dee percorrera trs condados n Ford. U sábado por s ia até Eastrod, coo se cegasse eso a tepo de os savar a todos do Ineo, e ainda ne tina a pora do carro abera e já ee braia. As pessoas jntava -se à olta do se Ford porqe ele parecia desafá-las a zer isso eso. Ee trepava para a capota do carro e pregava ai e cia, e às vezes sbia até ao tejadilo e bradava às pes soas lá e bao. Ees era coo pedras! braia ee. Mas Jess orrera para os rediir! Jess tina tanta e de aas qe orrera a ore por todos, as podia be ter orrido a ore por cada ala! Mas eles percebia isso? Será qe entendia qe, por cada aa de pedra Jess teria orrido dez ilões de ores teria tido os braços e as per nas estendidos na cz e pregados dez ilões de vezes por cada deles? (O veo apontaa então para o neto Haze. Sentia por ee especial desrespeito porqe o se próprio rosto estava replicado qase exactaente no rosto da criança e parecia troçar de si.) Será qe ees percebia qe até por aqee rapaz, aqele rapaz a pecador e desassisado qe ali estava de braços caídos a cerrar e a abrir as ãos sjas, Jess teria orrido dez ilões de ores só para não deixar qe o rapaz perdesse a aa? Jess teria persegido o rapaz peas ágas do pecado ra! E ddava ees qe Jess sse capaz de andar sobre as ágas do pecado? Aqee rapaz tia sid rediido e Jess não o abandonaria nnca. Jess nnca O'COOR o diaria sqcr q stava rdiido O q é q o pca dor acava q tina a ganar? No f, staria ntrg a Jss O rapa não pcisava d sctar aqio Já tina dnto d si a instintiva convicção, ngra pronda, d q a ra d vitar Jss ra vitar o pcado Qando cgo aos do anos, já sabia q viria a sr prgador Mais tard, Ha vi Jss ovndos d áor áror nos confns da sa nt, a fgra brta srrapada acnando para q dss ia vota o sgiss para dntro da sc rião, ond não consgiria vr b ond pna os pés , ond podria pôrs a cainar sobr ága s o sabr d rpnt prcbr agar-s Ond qria fcar ra Eastrod, co os dois oos abos as ãos spr ocpa das co coisas iiars, os pés no caio q já con cia a ínga não dasiado sota Qando e dzoito anos o xército o cao, e vi a grra coo tq para o evar a cair e tntação, teria dado tiro no pé, não ss tr sfcient confança si próprio para sabr q rgrssaa dentro d ss, inadtrado Ha tina a confança no s podr d rsistir ao a Era ago, coo o rosto, q rdara do avô Aco q s o govo não o tivss dixado paz passados qatro ss, via bora na sa Pnsara, nssa atra, aos dzoito anos, q s daria prcisant qatro ss do s tpo Estv ra qatro anos Nnca vio a casa, n seqr para a visita únicas coisas d Eastrod q vo consigo para o xér cito ra a íbia ngra ns ócos d aros d prata q avia pncido à ã Ha andara na scoa rra ond nsinara a r a scrvr as q aprend tabé q ra ais snsato não o zr A íbia ra o único io q ia Não a ia itas vzs, as spr q abria o ivro, iao co os ócos da ã Os ócos cansa va a vista, po q, passado poco tpo, ra obri gado a parar A qaqr pssoa no xército q o convidass SAGU SÁIO 9 pcar, Haz tncionava dizr q ra d Eastrod, Tnnss, q zia tnçõs d votar para á por á fcar, q ia pr gar o vango q não dixaria q n o govo n nn sío strangiro para ond o andass ds graçass a aa. Passadas algas sanas no qar, ond tina agns aigos (na vrdad, não ra ss aigos, as tina d vr co s), Haz rcb por f a oporni dad por q sprava: o convit. Então, tiro os ócos da ã do boso pô-los. E disss q não ia co s n por ião d dóars a caa d pnas para s di tar. isss vina d Eastrod, Tnnss, q não ia dsgraçar a aa n po govo n por nn sítio srangiro q . . . as a voz qbro-s não acabo a as. Liito-s a álos, tntando ndrcr o sto. Os aigos dissra- q ningé qria sabr da porca da aa d para nada, a não sr o padr, l á consgi ripostar q padr nn às ordns d papa nn l ia pôr as ãos na aa. Els dissra q não tina aa saíra para ir ao bord. Haz doro ito tpo a acrditar ns porq q ria acrditar ns. Tdo o q l qria ra acrditar nls livrars daqilo d a vz por todas, vi aqi a opor tnidad d s vr ivr daqio s adtração, d s con vrr a nada, vz d ao a. O xército nvioo para o otro ado do ndo sqc-o. E i rido ls braras dl drant tpo sfcint para tirr o sti aço do pito ls b dissra q o tina trado, as nnca o ostrara, ainda o sntia á dntro, nrr jado nvnnandoo. pois, andarano para otro dsrto sqcra-no novant. E tv todo o tpo do ndo para stdar a sa aa s assgrar d q a não xisa. Qando s convnc coptant, vi q sta ra a coisa q spr sobra A inicidad q sntia ra sadads d casa, não tna nada a vr co Jss. Qando o xército fnant o dixo r, Haz i, 2 O'COOR acando, iz, q continava inadtrado Tdo o q qria ra rrssar a Eastrod, Tnnss A íbia ngra os ócos da ã continava no ndo do saco Agora, Haz já não ia io nn, as gardava ainda a íbia porq a tina trazido d casa Gardava os ócos para o caso d a vista ag dia s tar Assi q o xército o ibr, dois dias ants, n cidad a crca d qatrocntos cinqnta qiótros a nor do sítio ond qria star, Haz dirigis idiata nt à stação d coboios copro bit para Msy, a stação ais próxia d Eastrod pois, já q tina d sprar qatro oras po coboio, i até a scra oja d arigos vários pro da stação Era a oja strita, co ciro a carão, q fcava cada vz ais scra qanto ais na s ntrava Haz i so até ao ndo, ond vndra to az chapé ngro Pdi q psss o nir do xército n saco d pap t-o n caixot do ixo a canto Ua vz á ra, à z do So, o to novo cobri-s d az coscant as inas do capé parcra rtsar-s svrant Às cinco da tard stava Msy, ond apano boia d a carrina co snts d algodão, q o vo a ais d tad da distância q o sparava d Eastrod O rsto do caino i prcorrido a pé Haz cgo ao dstino às nov da noit, ogo dpois scrcr A casa stava scra coo a noit abra ao ng, apsar d tr rparado q a vdação vota stava io caída q as daninas crscia por todo o cão do apndr, não prcb d i diato q a casa ra apnas a conca vazia, q já não avia ai nada para aé do sqto d a casa Haz tor c nvop, acndo co sro prcorr todas as divisõs vazias no andar d cia no d baixo Qando o nvop s consi, acnd otro prcorr as divi sõs todas otra vz Nssa noit, dori no cão da cozina a tába cai do tcto cia da cabça d coro - o rosto SGU SÁIO 2 Não avia nada casa aé da cóoda na cozina A ã d dorira spr na cozina ra ai q a gar dava a sa cóoda d nogira Pagara trinta dóars por a nnca ais coprara nada caro para si Q qr q ss q tivss vado tdo o rsto, avia dixado aqa cóoda Haz abri as gavtas tods Na priira, avia dois cabos d cord as otras stava vazias E aco sr prndnt q ningé tivss ido á robar arário daqs Tio ntão o cord, ato-o vota das pas da cóoda, passoo por dbaixo das tábas do cão dixo rcado cada a das gavtas ESTE LMÁO PERTENCE A EL MOTES. NÃO O ROUBES, SENÃO EU DOU-TE CAÇA E MATOTE. Na sa sononcia, Haz pnso nssa cóoda dcidi q a ã fcaria ais dscansada na sa sptra sabndo q a obíia stava b gardada S a aparcss a aga ora da noit à procra, a á staa E prgnto s s a andaria à noit s aga vz ia até à casa. Ea ntraria co aqa xprssão no rosto, s dscanso pro crando, a sa xprssão q ntrvira pa abra do caixão. E vira o rosto da pa ranra, so qando s stava a car a tapa cia da. Tina dzassis anos E vira a sobra q posara sobr o rosto da pxara a boca para baixo, coo s a não stivss ais saisita ora do q qando i viva, coo s stivss prsts a sntar-s d rpnt, prrar a tapa co rça voar dai para ra para ir satiszrs Mas s cara a tapa E, s caar, a ina stado prsts a voar para ong, prsts a star dai para ra E vi-a no sono, trrv, coo nor orcgo, satando dbaixo da tapa, voando dai para ra, as a scridão stava a cair sobr a, ncrrandoa spr ai o ado d dntro, a tapa a car-s, a cair cada vz ais pro, cada vz ais baixa, cortando a z apagando a saa E abri os oos via car-s sato para a abra, ntao a cabça os obros na ranra fco ai pndrado, tonto, co a z aca do coboio ntant xibindo a cati á baixo 22 üCOOR Fico ai pndrado, por cia da cona do bic, vi o oço d ts na otra ponta da carrag, a fgra branca na scridão, d pé, oandoo s s xr «Esto njoado!», cao «Nã posso fcar aqi cado nsta coisa Tira- daqi!» O oço dixo-s sta d pé, obsando-o, não s x «Jss Cristo», diss Haz «, Jss» O oo não s x «Jss já s i á ito to», diss , na voz azda trinnt APÍUO 2 Haze não cego à cidade snão às seis da tarde do dia seginte Nessa anã ee saíra do coboio drante a parage n entroncaento para apanar ar e enqano esava a oar para otro ado o coboio desizara para onge Haze correra para o acançar as o capé voara-e da cabeça e ee tivera de coer na direcção oposta para sa var o capé Feizene tina trazido o se saco do exér cito consigo não sse agé robar aga coisa á de dentro Teve então de esperar seis oras no entroncaento até qe o coboio certo cegasse Qando cego a Taina assi qe sai do co boio coeço a ver caazes e zes NDOINS, WSE UNON I HOTEL BUOS A aioria ra sinais inosos q se ovia para cia e para bao o pisca va eneticaente Haze caino ito devagar carre gando o saco ciíndrico peo pescoço A cabeça virava-se para ado e depois para o otro oando prieiro sina e depois oo Ee percorr toda a estação depois voto para trás coo se sse eterse novaente no co boio O rosto de estava astro dtrinado dbaixo do psado capé Qe o obseasse nnca adivinaria qe ee não tina para onde ir Haze ando pea apinada saa de 2 ü'COOR spra das o trs vzs as não qis sntars nos bancos Qria ir para sítio ond tivss aga privacidad Por f, abri co prrão a pora n dos xtros da stação, ond sips caraz a prto brano annciava HONS BCOS Entro na divisão strita co avatórios ainados d ado a a d copar tintos d adira do otro pards dsta divisão tina tpos sido d aaro coorido agr, as agora stava qas vrds dcoradas co scritos vários dsnos rtratando pornorizadant as pars do corpo d ons rs Agns dos coparintos das sanitas tina poas, na das stava scrita tras b grands, co o q parcia sr ápis d cra, a paa vra BEMVO, sgida d trs pontos d xcaação traço q parcia a cobra Haz ntro nst copari nto Já stava sntado naq caixot strito á basant tpo, obsando as inscriçõs nas ards na oa, qando rparo na q stava à sqrda, por cia d pap igénico. Estaa scrita na caligrafa q arcia briagada dizia: Snora ora atts! cy Road, n. º A caa ais qnt da cidad! Irão Passado instant, Haz iro ápis do boso ano to a orada nas costas d nvlop. Na a, apano ti aaro diss ao condtor ond qria ir. O otorista ra o pqno, co grand boné d cabda na cabça a onta d cao a sair- do io da boca. Já tina avançado agns qar tirõs qando Haz noto q o taxista o oava d sosaio po spo rtrovisor «C nã é aigo da, o é?», prgnto «Nnca a vi na vida» SAGU SÁIO 25 «Ünd'é q'o ar dea? Ea noraente nã te pre gadores pra e zer copana» Faava se dar a pos ção do carto Era capaz de ar só co os cantos da boca «Nã so pregador nen», responde Haze anzindo o soroo «Só v o noe dea na retrete» «Mas parece», coentou o otorista «Esse capé parece de pregador» «Mas nã é1, riposto Haze, ncnandose para a ente e agarrando as costas do banco da ente «É só chapé1 O cao paro e ente a a peqena casa de só andar ene a boba de gasoina e a parcea de terreno badio Haze apeose e pago a corrida pea janea «É qe n'é só o capé», insisti o taxista « É assi ar na sa cara, nã sei be onde1 «Escte», disse Haze, incnando o capé sobre dos oos, «nã so pregador nen» «To percebendo», disse o taxista «N'á cá gente pereita nesta tea de Nosso Senor, ne os pregadores ne ai' ningé E a gente pode dizer eor ós otros co'o pecado é terrve s'a gente soberos por exp'rincia própria» Haze ete a cabeça pea janea, batendo co o capé e endireitandoo acidentente Pareca tabé ter endire tado o rosto, porqe fco absotaente se expressão «Es cte», disse ee «Meta a coisa na cabeça: e não acredito e nada» O taxsta tiro a beata do carto da boca «Ne e coisa nena, eso?», pergnto, dexando a boca abera depois de zer a pergnta «E nã teno q'andar a repetir pra ningé», disse Haze O taxista eco a boca e, passado segndo, voto a eter a ponta do carto aos ábios «É o a de vocs pregadores», dsse ee «Agora té se aca bons de pra acredtar naga cosa» E aanco, co a expressão de nojo e de sperioridade or Haze voto-se e oo para a casa e qe estava prestes a entrar Era poco ais do qe a barraca as tna a 26 ü'COOR uz caorosa nua das janas diantiras Haz subiu ao apndr, spritou por ua convnint raca aba no stor d por si oando dirctant para u grand jo o branco Passado agu tpo, astou-s da raca tn to abrir a pora da nt Esta não stava trancada transpôa para ntrar nu pquno vstíbuo scuro co duas poras d cada ado A pora à squrda stava na bra dixava scoar u pqno fo d uz Haz incinou s na dircção da uz oou pa inca A snoa atts stava sntada sozinha nua caa branca d rro, corando as unas dos pés co ua toua grand Era ua r counta, co cabo ito aa ro p branca qu ruzia co u quaqur cr gor duroso Tina vstida ua caisa d noit cor-d-rosa, qu sriria or a ua ur d fgura ais pquna Haz z u bao co a açanta a vantou o oar obsouo, d pé atrás da nca O su ohar ra ousado, r pntrant Passado u inuto, dsviou os oos d rcoçou a corar as unas E ntrou di xous fcar d pé, olando vota Não avia grand coisa no quaro aé da caa, ua cóoda ua cadira d baoiço cia d roupa sja Haz i até à cóoda xu nua ia d unas dpois nu asco d glia vazio nquanto oava para o spo aarcido, obsando a snora atts, igirant distorcida, sorrindo Os sn tidos d stava agitados até ao iit E votous rapi dant, i até à caa da sntous no xtro oposto pois, inspirou prondant por ua naina coçou a passar a ão cuidadosant po nçol A ponta cor-drosa da íngua da snora atts aparcu discrta udcu o ábio inrior Ea parcia tão con tnt por o vr coo s ss u vho aigo, as não diss nada E pgou no pé, qu ra psado as não stava io, ovuo uns cntíos para o ado antv a ão sobr SAGU SÁIO 27 A boca da senora Watts abrise n sorriso rasgado qe le revelo os dentes. Era peqenos, pontiagdos e ancados de verde e avia grande espaço entre cada deles. Ela estende a ão e agarro o braço de Haze acia do cotovelo. «Andas à caça d'alga coisa?», ronrono ela. Se ela não o tivesse agarrado co tanta freza, ele pode ria ter saltado pela janela. Involntaiaente, os lábios dele rara as palavras «Si, na senhora», as ele não ei ti nen so. «Tás preocpado co alga coisa?», pergnto a senhora Was, pxando o corpo rgido dee poco ais pero. «Ole», disse ele, esrçando-se para anter a voz sob con trolo, «e vi prà coisa do coste.» A boca da seora Wats endondo-se, coo se ela es vesse perplexa ate este despedcio de palavas. «Ora, f coo e t casa», liito-se a izer. Olarase então fxaente drante qase into e nenhm deles se exe. Depois, ele afo, to de voz ais agdo do qe a sa voz sal: «0 q'e qeo q'a seora siba é q'e ã so nen raio de nen pregador.» A senora as olo-o aente apenas co ligeiro soriso. Depois, pôs a otra ão debaixo do rosto dele e acaricio-o de ra ateal. «To be, flho», disse ela. «Aqi a aã nã se rala qe nã sejas pregador.» ATLO 3 Na sa segnda noite e Tana, Haze Motes deab o pe baixa da cidade, passando pero das ontras das ojas as se as oar O cé negro estava coo qe pregado sobre ongos veios de prata qe parecia andaies, e e cada prondeza por detrás dee, iares de estreas pare cia over-se ito entaente, coo se estivesse ocpa das co vasto trabao de constrção qe envovia toda a orde do niverso e qe deoraria todo o tepo do ndo a acabar Mas ningé prestava atenção ao cé As ojas e Tana fcava abeas às qintas-eiras à noite, para qe as pessoas tivesse ais a opornidade para ver o qe avia à venda A sobra de Haze estava ora atrás de si, ora à sa ente, de vez e qando qebrada peas sobras de otras pessoas, as qando aparecia sozina, estendida atrás dee, era a sobra agra e neosa cainando às arrecas O pescoço dee estava esticado para a ente, coo se ee estivesse tentando ceirar qaqer coisa qe estava constanteente a ser astada do se acance A z iscante das onas das ojas zia co qe o se to parecesse roxo Passado bocado, ee detevese pero de oe de rosto agro, qe tia ontado a esa desdobráve e 30 ü'COOR nt a a oja stava a donstrr dscascador d batatas O o nvrgava pqno capé d ona a caisa stapada co grpos d isõs, codoizs prs d pas para o ar Faava projctando a voz abaixo dos rídos da a, d odo q acançava todos os ovidos distintant, coo na convrsa privada Aguas ps soas jntaras s rdor E cia da sa dsontá v aa dois bads, vazio o oo cio d batatas Entr os dois bads, a pirâid caas d cartão vr ds , no topo da pia, dscascador abto para dons tração O o stava d pé, d nt para st atar, apon tando por cia d a várias pssoas «E atão t?», diss , apontando para rapaz borb oso d cabo úido «Nã vais dixar gir dsts, o vais?» E tu a batata n dos laos a áquina aba O aparo ra ua caixa latão qaraa co ua an va vra, , ao rodá-a, a batata ntrou na caia , pas sado sgundo, sai po otro ado, branca «Nã vais di xar gir dsts!», rpti O rapaz soto a gargalada d spanto oo para as otras pssoas rnidas vota Tina cablo aaro rosto d raposa «Coé q t caas?», prgnto o o do dscas cador «Cao- Enoc E», iss o rapaz, ngano «apaz c' no bonito assi dvia tr a coisa ds tas», iss o o, rviando os oos, tntando aqcr o rsto da assistncia Ningé s ri, à xcpção do rapaz E ntão, o q stava d pé nt a Haz Mots ri, não u riso agradáv as a gargaada ia aaa Era o ato cadavérico, vstido co u to ca pé ngros Tina tabé ócos scros as boccas stava riscadas co inas q parcia tr sido pinta das no rosto as sbatidas co o tpo ava a xprs são d acaco sorridnt Assi q soto a sa garga ada, coço a avançar d odo dibrado, cocaando SAGU SÁO 3 1 a caneca de atão na ão e, co a otra, tacteando o caino à sa ente co a cana branca. Iediataente aás de si vina a criança, disibindo panetos. Esta envergava vestido negro e boné preto de ã pxao sobre a testa, co das adeixas de cabeo castao de ra, eodrandoe o rosto obongo e de nariz cro e ossdo. O vendedor de descascadores irrtose ao verfcar qe as pes soas oava este par, e vez de o oar a si. «E qe ta voc, voc aí», disse ee, apontando para Haze. «oc nnc' ád' enconar a pecinca dests e oja nena.» Haze estava a oar o cego e a rapariga. «Ei!1, excao Enoc Ee, estendendo braço por deás de a er e dando soco no braço de Haze. «Ee tá ando contgo! Tá ando contigo!» Enoc teve de e dar otro soco antes qe Haze oasse para o vendedor. «Atã nã qer evar destes p'ra casa p'rá patroa?», per gnto o venedor. «Nã teno», rro Haze oando novaente para o cego. «Ora, ádes ter a qerida ãezina então.» «Não.» «Hoessa!», excao o oe, co a ão e conca votada para as pessoas, «aqi o rapaz precisa d destes descascadores só pra e zer copania.» Enoc Ee aco tanta piada qe se co para a ente e bate no joeo co a ão, as Haze Motes pare ce ne seqer ter ovido. «Ora, pois e vo dar de graça a eia dúzia de batatas descascadinas ó preiro qe coprar a destas aravi as», anncio o oe. «Qe é qe vai ser o prieiro? É só dóar e eio por a áqina q'avia de vos cstar trs dóares e qaqer oja!» Enoc Ee coeço a reexer os bosos. «Hão-de benzer o dia e qe parara aqi», ia dizendo o oe. «Isto é dia qe nnca ais ãod'esqecer. Cada 32 o'COOR d vocs q coprar a dstas áqinas aqi nnca ais á-d'sqcr o dia!» O cgo continava ntant cainando nt, rptindo a adaina d rúrios consos: «Ajdai prgador cgino. S não s pnitncia, ó nos dispn s tostão, q' do- tão bo so coo vocs. Ajd prgador cgino dsprgado. Nã prr q' and a pdir vz d'andar a prgar? á á, s não s pnitncia, ó nos d tostão.» Não avia ita gnt ai rnida, as os pocos q por á stava coçara a disprsar. Qando o vnddor rpa ro, incinos, ançando oars rozs por cia da sa dsdobráv. «Ei, t!», brado ao cgo. «Q'é q'acas q'andas a zr? Acas q'és o q, a astar as pssoas daqi?» O cgo não prsto atnção. Contino a cocaar a canca a criança a distribir os pantos. O cgo passo or Enoc vio na dircção d Haz, batndo co a cana na pa. Haz dbrço-s para a nt vi q as inas q tina no rosto não avia sido pintadas. Era cica trizs. «Q'é q'acas q'isto é, dónios?», brro o vnddor. «E é q jnti sta gnt toda, acas q'é só cgar apro vitar?» A rapariga stnd dos pantos a az agar roo. As paaas iprssas no ado d ra dizia: «Jss caa-t.» «Ü q' gostava d sabr é q é q jgas q és, isráv!», ia bradando o vnddor. A rapariga rco até ao sítio ond l stava d- lto. E io o pap drant instant co o ábio sorgido dpois prcipitos sobr a sa dsdobráv, virando o bad d batatas d pas para o ar. «Ests aditos náticos», brro, oando rioso vota, tntando ncontrar o cgo. Mais gnt coço a jn tars, na sprança d assistir a aga ba. «Ests adi- SAGU SÁIO 33 tos esangeiros conas!» berrava o vendedor. «E é qe jntei esta gente toda !» E detevese apercebendose de qe já tina de cto a peqena tidão. «Pronto pronto inha gente» disse ee « de cada vez, á qe cege pra toda a gente n'é preciso eprrar. Meia úzia de bataas des cascadas pr prieiro qe vier aqi coprar.» Endireitose novaente atrás da esa desdobráve cao e coeço a erger as caixas de carão no ar. «É só cegar aqi á qe cege pra todos» disse. «N'é preciso vir ao oo.» Haze não cego a abrir o se eto. Oo só para a a de roso e rasgoo ao eio. epois jnto as das etades e rasgo ais a vez. E conino sepre jn tando os bocados e rasgando novaente até ter a ão ceia de papeinos. Por f viro a ão ao contrário e dei xo qe os papeinos sapicasse o cão. Qando oo para cia vi a fa do cego a enos de etro de dis ância obseando-o. Tinha a boca abera e os oos cinia va na direcção dee coo das ascas de vidro verde. Trazia osco saco de ona branca ao obro. Haze anço-e rejeio reprovador e coeço a esegar as ãos sjas nas caças. «E vi-te» disse ea epois cainho rapidaente para jnto do cego qe estava ao ado da esa desontáve viro a cabeça e iro Hae de onge. A aioria das pessoas já na debandado. O vendedor de descascadores incino-se sobre a esa e disse «Ei!» ao cego «Pra aprenderes. A tentar robar-e a cientea!» «'Escpe» interrope Enoc Ee «e só ten'aqi dóar e dezasseis as . . .» «!» contino o vendedor «aco q'assi, q'aprendes q'iso coigo nã é só cegar e andar. endi oito descasca dores pois .. .» «' dees» disse a fa do cego apontando para os descascadores. «Hã ... », ez ee. 3 üCOOR A rapariga estava a desatar enço o canto atado do enço tiro das oedas de cinqenta cntios «' dees», epeti, estendendo o dineiro O oe deito oar às oedas co a boca cada para canto «É dóar e eio, na aiga», responde Ea recoe o dineiro n ápice e anço iediata ente oar intenso a Haze Motes, coo se ee tivesse eito ag ído para a arreiar O cego já estava segindo caino A rapariga detevese ais instante, oando Haze, e por f votose e segi o cego Haze estreece «Escte», disse Enoc Ee, «e só ten' dóar e dezas seis cntios, as qero a dessas » «Fica c'o dineiro», riposto o oe, tirando o bade de cia da esa «A gente aqi nã z desconto» Haze visbrava ainda o cego descendo a a, já a aga distância eixo-se fcar de é, oando-o, pondo e tirando as ãos de dentro dos bosos, coo se estivsse a ten tar andar para a ente e para trás ao eso tepo epois, repentinaente, ete dois dóares na ão do vendedor, arrebato a caixa de cia da esa e desato a correr ea a abaixo Passado segndo, já tina Enoc Ee oe gando jnto ao se cotoveo «Hoessa, deves ter onte de assa», coento ee Haze vi a criança acançar o cego e eáo eo coto veo Estava qareirão ais à ente Haze abrando poco o passo e reparo e Enoc Ee ao se ado Enoc envergava to branco aareado e a casa branca desbotada de corderosa e tina aço cor de er a Sorria Parecia sipático cão de caça igeiraente saento «Tás na cidade á qanto tepo ?1, pergnto ee «ois dias», rro Haze «E to cá á dois eses», contino Enoc «Trabao prà câ'ra T trabaas onde?» «Nã abao», disse Haze SAGU SÁIO 35 «ss'é q'é a pena», responde Enoc. «E trabalo prà câ'ra.» Satito a vez para alinar o passo co Haze e disse: «E só teno dezoito anos, nã to aqi ne á dois eses e já trabao prà câ'ra.» «nda be», disse Haze. E pxo o capé ais para baixo, do ado e qe Enoc cainava, e estgo ainda ais o passo. O cego á à ente coeço a zer vénias, e jeito de troça, para a esqerda e para a direita. «Nã ovi be o e noe á bocado», disse Enoc. Haze disse o se noe. «Té parece q'andas arás daqees capónios i», coen to Enoc. «Meeste ito nessas conversas de Jess?» «Não», responde Haz. «Nã, e tabé não, ne por isso», concordo Enoc. «E cá andei n'Acadeia Religiosa de Rodeil p'ra Rapaes por qatro seanas. Foi lá a senora qe e copro ó e pai qe e ando pra lá. Er'a dessas eres da assis ncia socia. Jess Cristo! Qatro seanas e e pensei qe 'ia zer beato e doido.» Haze caino até ao f do qareirão e Enoc anteve -se jnto ao cotoveo dee, oegando e conversando. Qando Haze irrope na arrancada para aavessar a a, Enoc grito: «Atã nã vs ai a z! qea lz diz q'a gente qe teos q'esperar!» U pocia sopro apito e cao ez soar a bzina e avo a ndo. Haze conino atravessando a ra de oos os no cego, qe já ia a eio do qareirão. O pocia con tino soprando o apito, atravesso a ra na direcção de Haze e deteveo. Tia rosto agro e oos ovais aareados. «oc nã sabe pra qe see aqea coisa ai pendrada?», pergnto, apontado para o seáro pendrado sobre o cr zaento. «Nã vi», responde Haze. O pocia iroo se dizer nada. gas pessoas deti verase. O polcia rebooes o oos. «Na vota, pensas 36 üCOOR tes qe a z verea q'era prs brancos e qe a verde q'era prs pretos», disse ee «Pois, i isso q'e pensei», responde He «Tire-'a ão de cia» O poícia tiro a ão e pôa na anca Depois, reco passo e disse: «Pois então diz ós tes aigos todos coo são estas zes O vereho é pra parar, o verde é pr'andar oens, leres, pretos, brancos, tdo anda à esa z iz á ós tes aigos, q'é pra qando ees viere à cidade sabere» pessoas ra «E too conta dee», intepôs Enoc, aperando-se para passa entre Haze e o poícia «É q'ee nã cego senão á dois dias E too conta dee» «E t ás cá á qanto tepo ?, pergunto o poícia «E nasci qui e i cá criado», disse Enoch «Et'aqi é a ina tera Teja descansado q'e too conta dee Ei, espera!», bradou a Haze «Pera por i!Enoc epou a tidão para ra do caino e alcanço-o be ver, aco qe te saei ai» «Agradeço, respondeu Haze «A, nã i nada», disse Enoc «E qe tal s'a gene sse os ó agreen beber u so? Inda nã á discotecas aber tas a esta ora «Não gosto de catarias», riposto Haze «Ades» «Tdo be», responde Enoc «Aã aco qe vo con tigo pra te zer copania ais bocado» Oo para o cego e para a criança á à ente e disse: «E cá é qe nã gos tava nada de 'enredar co capónios nenns a esta ora da noie Inda pra ais esta gente q'anda a pregar Jess E cá já tive a ina conta dees Aqea seora d'assistncia qe e evo do e pai nã zia ai' nada senão rezar O e pai e e, a gente dávaos sepre de casa, íaos atrás da serração onde a gente trabahávaos, e vai erão e ees onta o estainé à sada de oonvie, e então aparece-nos á esta er» Enoc agarro o casaco de Haze SAGU SÁIO 37 «A únca coisa i q' tno a dizr d Takina é q'á gnt a ais na a» rro to d confdn cia. «arc q só o q's qr é ditar a gnt abaixo. ntão la aparc aco q'a q'ngraço coigo. E tina doz anos saba cantar b ns inos q'aprndi d prto. E ntão cá aparc a ngraçando-s coigo á s'arranja co ' pai pra var pra vivr co a. iva na casa d too as ra só Jss d anã à tard à noit.» U o baixo prdido n sobrtdo dsbotado d- ncontrão. «orq'é q nã vs por ond'andas?» gi Enoc. O onzino paro rg braço n gsto roz trrív oar d cão raivoso too conta do rosto «Co q é q tás a ar?» rosno. «s» conno Enoch satando novant para can çar Haz «s só o q qr é ditar a gnt abaixo. Nnca tiv n sítio ond'as pssoas ss assi tão rins. Até co aqla r. E fqi á naqa casa a por dois ss» rossgi « vai daí chga o Otono la anda- prà Acadia Rigiosa d Rodi pra Rapazs a pnsar q'aqio é q'a sr m alívio. Esta r nã ra pra doc. Nã ra va aco q'avia d tr aí ns qarnta anos as oa q'ra ia co'ós trovõs. Andava spr c'ns ócos castanhos o cabo ra tã fno q parcia oo d ca a scorrrl da caba. E a pnsar q'aqlo é q'ia sr alívio a sério ir á prá qa Acadia. E já a vz tina gido da a ando bscar vai-s a vr a na papéis sobr poda andar p 'rá cadia s ' nã fcass co a vai daí q fqi b contnt d'ir á prà Acadia Já aga vz tvsts n acada?» Haz parc não tr ovido a prgnta. «ois b t digo q nã i alívio nn» diss Enoc. «Ai Jss Cristo aívio é q'aqio nã i! Ó f d qatro sanas gi diabos dan a r s'a nã i ogo bscar não vo otra vz á prà casa da. Mas no f ivri» Espro into. «Qrs sabr coo?» 3 ü'O Passado sgndo, conino «Prgi sso dos diaos àqla lr, i coo i Mai ai Cgi aé a rzar iss assi: "Jss, osra o caino pra sair daqi s aar sa lr s andar prà cadia, diaos dan s'El nã z isso so a anã lvani so pla cdia i pr qaro dla s calças pxil os lnçóis pra aixo dil' aaq d coração pois voli lá pr pai nnca ais vi n raso dssa lr» «Ü qo só s'arrasa», osro l, irando o prfl do roso d Haz «Nnca ris Nã adirava nada q s ss o io rico» Haz viro por a a laral O cgo a rapa riga sava na sqina, qairão ais à n «, assi afnal a gn não arda apanaos-os», diss Enoc «Concs ia gn por aqi?» «Não», rspond Haz «E aé nã vais concr Es síio aqi é do pior q á pra zr aigos E o cá pra dois ss nã conço ningé Parc q só o q'ls qr zr é diar a gn aaixo To cá a pnsar coigo q á-ds er on d diniro», cono Enoc «E cá nã n os ão E ndo, si o q zia co l » O cgo a fla parara na sqina aravssara para o lado sqrdo da ra «Taos a apanálos», diss l «S nã os cidado, inda vaos parar nalg ajnano a canar inos co la co' pai dla» No cio do qairão sgin avia grand dicio co colns a cúpla O cgo a rapariga cainava a sa dircção Havia carros parados odos os lgars d sacionano vola do dicio, coo do otro lado da a plas ras rdor «Aqilo n'é cina nn», diss Enoc O cgo a rapariga coçara a sir os dgras do di cio Os dgras ra da largra da cada ina, cada lado, lõs snados pdsais SGU SÁIO 39 «Ta'é n'é nena igreja», contino Enoc Haze detevese jnto dos degras Parecia qe estava a tentar decidir qe expressão pôr no rosto Pxo o capé negro para a ente, n ânglo incinado, e encainose na direcção dos otros dois, qe se tina sentado a canto, peo de dos leões Haze i para jno do cego se dizer nada e deixose fcar de pé, inclinado para a ente, diante dee, coo se estivesse tenando slbrar aavés dos óclos escros A criança oloo fxaente Os lábios do cego aperarase igeirente «0 se álito ceira a pecado», disse ele Haze reco «Pra q'é qe e segi?» «Não o segi», riposto Haze «Ea disse qe voc q'andava a segirnos», disse o cego, apontando o polegar na direcção a fla «Não o segi», repeti Haze Senti a caixa do descasca dor de batatas na sa ão e olo para a rapariga O boné de lã dela zia a lia recta sobre a testa Ea esboço repen tinaente sorriso largo e depois, logo a segir, volto a copor a expressão, coo se tivesse ceirado qaqer coisa á «Não o segi pra pare ena», disse Haze «Segia a ela» E estendele o descascador A princípio, ela parecia prestes a agarrar a caixa, as não o ez «Nã qero cá essa coisa», disse ela «0 q' é qe jlgas q' e qero co' isso? Fica co'ele Nã é e Nã o qero!» «Aceita», disse o cego «Met'isso no saco e v se te caas antes q'e te d estalo» Haze volto a eprrar o descascador contra ela «Não o aceito», rro ela «Pega nisso coo te disse», inteôs o cego «Ee nã te segi coisa nena» Ela pego no descascador e largoo dentro do saco onde tina os paneos «Nã é e», disse ela «E fco co ele, as nã é e» O'COOR ei pr lhe dizer 'e c n 'ect c lhnh c'ó 'el e nd , die Hze lhnd pr ce Q'etóri e?, rd el N te ndei lh nenhn Só te vi rr ele pnet Ele r e cdinh peenin, die el, eprrnd r d ce le r- e lr pl ch c e depi p cl le eie i, fr ce A ti ninm t'hvi de eir i n vz dele 'ele nei pr Je Je, rr Hze Me Je! Sent-e ld d pe d rpri e pô n der, jnt p del tinh tni cld e ei pret de ldã Ó pr ele prejr, die el e vz ix le n te ei ci nenh, pp O ce lt rlhd fd Ect, rpz, die ele, n cneges ir de Je Jes ct e Je sei e it ci, inetese Ench E ndei i n Acdei Reliis de Rdemill p'r Rpzes, ' lher me nd p 'r l Em erend ser g ci re Je ó perntre Ench tinh nd dr d le e fc l entd, de ld, pe czd J tenh it cinh dei d p, disse Hze, dede últi ve 'creditei nlm ci Vi dede tr d d nd t, die Ench e N viete de t lne e n e egie r, e ce e repente, ele etende r e s s dele crir rt de Hze rnte end, Hze n e exe ne eiti nenh epi, st rcente re l c' i, die, n vz pd Cê n be nd bre i Ü e pi ilzin Je, cent Ench, en t re le e cel t ó br A únc diren AGU ÁO 'ele te cictriz n e A inh e nnc vi e e Al predr rcte e rcd, die ce c epcie de ri ecinh Seitee t i p'r e te tirr e rc p'r te zer nv? Olh l, n h nd p'r t dr en Je, die crin repentinente E te leveente n r de ze Ele dee fcr li entd, c chp ner inclind re rt Ove, die el e t i lt, hve vez he e lher e tr eezinh Er flh del, er ei e el nnc lhe de r Et crin tinh Je e i, lher n tinh nd en crinh lrc e he c 'el vivi e pecd El d e er ele vlt e el nd- er tr vez e ele vlt tr vez e epre 'el mndv er, ele vltv pr n'el e ee he tv vivend e pecd Ele enrcr-n c' ei de ed e pendrr-n n chin M depi di el nnc i teve pz d' 'el vi er e cn Je pô crin nit pr'trent-l El j n e pdi deitr n c c'ele he e n vie be, lhnd pr el pl chin, brilhr tr d tl ei' d nite Je, rmr ze El tinh nd pr l d crinh lrc, die rpri n t e vz lt e rente I n che p'r nd , pi n i rrtr p l entr, die ce ir pnet d c N trd j t c r ó n che, repeti el Ü ' ' ente v zer?, pernt Ench Ü ' 'h li dentr dete edici? É epectcl cr, repnde ce A inh cnre A rpri tir pnet d c e de-lhe di lh td c crdel 2 O'COOR e r rpz v pr tr ld e dêe-ns s pes ss, dise ele flh E e e e e segi fcs i Ele n te nd 'ndr eer neles, disse el ó 'ele er rsg-ls e cdinhs Vi c te disse, repeti ceg El deteve-se instnte, crrncd epis disse At ve l, s' pr vires, Ench e e ele slt de ci d le e segi- t tr ld d escri Hze esivse pr egr de , s o do ceg estendese n rrncd e prende-lhe rç c rç E, n sssrr, disse eniencie! Vi t ó cio ds escds e rennci ós tes pecds e d estes pnets s pesss! E enf lh de lhetos n o de Hze Hze de estic c rç, s iss só seri pr pr ce pr is per Oiç l, disse ele, e to lipo co você Ficç, lsi e e is?, pergnt o cego Iss s só plvrs, ripsto Hze S'e tv e pe- cd, v e pecdo ntes t de pecr n so dnç nenh Esv tentnd sltr os deds d cego d se rç, s ese perv-s cd vez co is rç E n credit e pecd, disse Hze ire-' o de ci Jess te, disse ceg, na voz nótn e leve ente escinh Jess -te, Jess te Só 'interess e Jess n eiste, isse Hze, lier tnd rç c p Vi t ó cio ds escds e distrii estes pnets e E levs pr'li e tir-s prs rstos !1 , ro Hze Cê fe í sentd ver, se cnsegir Cnsig ver is e t!1, ecl o cego, rind tens lhs e n vês, vids e n ves, s ' ce is tde, h-des ve At fe pr ver, se cnsegir!, disse Hze, e ceço sir s degrs crrer U ltid de gente estv sir pels ps d ditóri e lgns nh ei d SAGU SÁIO 3 escaaria Haze assou or eles correno, epurranoos co cotovelos e ra, coo asas auças, e uno che ou ao cio, ua nova ona e ente eurrouo nova mente ara baio, uase at ao síio one tinha coeçao Haze ebateu-se ara caminhar contra eles, at ue alu ritou «Abra alas ara este iiota!, e as essoas começara a astarse o caminho Haze correu at ao cio, astou as essoas a sua ente ara se chear ara u os laos e ei xou-se fcar ali e , oeante e e olhar incanescente «u nunca o seui coisa nenhua! , exclamou alto «u nã ia seguir u tolo cego eses Meu Jesus! Haze encostou-se ao eicio, segurano o molho e anetos elo corel U homem oro eteve-se erto ele ara acener u chato e Haze eulhe um leve eurrão no obro «Olhe lá 'ra baixo , isse ele «Tá a ver auele ceo lá em baixo? le ana a ar anetos e a eir Jesus ! Haia e o er, ele ana c'ua cancina eia esa com rua e mulher, e ela tab ana a ar aneos Meu Jesus Cristo! «á semre um nático ou ouo, oentou o oro, con nuano o seu caminho «Meu Jesus, isse Haze inclinou-se ara a ente, ero e ua senhora iosa com cabelo azul e u colar e contas e maeira vermelhas «Ü elhor ir 'ró outro lao, nha senora, isse ele «Tá ali e baio u tolo a istribuir an etos A ultião arás a senhora emurrou-a ara a ene, mas ela aina o mirou urante u instante co ois olhos coo ulas brilhantes le tentou alcançála no eio a ultião, as ela já estava easiao lone, lo ue ele recuou ara one tinha estao e , encostao aree «, eu Jesus Cristo Ccifcao!, exclaou ele «Quero izer vos uma coisa, minha ente Na volta, vocês ensa ue nã ão limos orue nã acreita Mas vocês tão lios si senhora, eixe ue lhes ia Toos vcês tão lios e ei xee izerlhes oruê, e se jul u' or caus e Jesus Cristo Crucifcao, tã enans u nã io u'ele ue nã tenha sio ccifcao, as io ue nã i por vocês OCOOR ctee e, e t ped e e prev vedde A ltidã vie c pidez c rnde enhd de linh , e f lt cev depece pel ec Ach e e nã ei exite e e nã?, d ele Nã te lh n c? Ach e e ce? Oi, ch ele v pre irej nv irej d vedde e Je Cit Ccifcd Nã v vi ct nd jntv inh iej Aind nã t ced, vi t A pc pe e ind etv lhrn de relnce d veze vi pnet eplhd pel ch, n pei e n l e ix O ce etv entd n últi de nch e etv d ld, de p re ce d leã, tentnd eilirre, e rp etv de p pe dele, end ze nã preci de Jes, die ze hveri de erer Jes pr ê? Tenh er t epi, desce ecd e ilênci t ce e pr etevee pr li end e ce ze st-se e ce ver J etv n ld nd vz lt t d s dele ze vltse e vi ce de p n ei d , tnd w, w, e ne A w, p nd e tente seir vez! U cr teve de inr p ld pr n pel enitencite, d ele, e depis e ce e ente dnte cd, fnind e i perei ze e l ze ix ce, enternd ene r enc lhid, e ei ci rpidente Nã vlt lr pr tr t ect de p eind A ente n li dele, dise nch e ente, e tl ente e l ld divei n? Ove, die ze cente, e ten inh ci p ze J tive i tep cnti ó e eri ce nd it depe SAGU ÁIO 5 Enoch i sltitndo pr compnhr o psso Eu tou c h dois meses, disse ele, e n conheo c nin um pessos qui n so simptics Eu tenh'um quo e nnc l tenho ninum seno eu Foi o me pi que e disse qu'eu que ti que ir Eu nunc i vir p'r c, ms ele obrioume Acho que j te vi lures ntes or cso n s de Stocell, no? No Melsy? No Um vez, seo ssentou l iis, comentou Enoch r'ceue qu' tu cr que n m'er estrnh Continurm cmir sem dizer nd t voltrem principl stv qse desert Adeus, disse Hze Eu tm'm ou pr esse ldo, respondeu noch com voz melncólic À esquerd hvi um cinem onde o lereiro luminoso estv ser muddo «Se n nos ivssemos pren dido lá co'queles cmpónios podmos ter ido er m flme, muurou ele Coninuou mrchndo trs do coto elo de Hze, lndo num eio sussuo, meio emido Um vez, rroulhe mn do csco pr o trsr e Hze stou-o com um puxo «Foi o meu pi que me mn dou vir, disse ele num voz quebrd Hze olhouo e rep rou que ele estv chorr, o roso fssurdo, molhdo e tin ido de um tom meio roxo, meio ros «Eu só tenho dezoito nos, chorou ele, e ele obriou-m' vir e eu n conheo c ninum e ninm qui quer ter nd ver com mis nin um A ente dqui n simptic Ele blou c'um mulher e mndou-me vir pr qui, ms el n vi fcr muito tempo, ele h-de lhe dr tnt porrd t el fcr pres um cdeir Tu s primeir cr conhecid qu'eu vejo em dois meses J te vi nlm ldo Eu sei que j te vi nlum ldo Hze olhou mente em ente, o rosto rido, e Enoch continuou o se sssurro chormindo ssrm por um 6 o'COOR ire, htel e l de ntiidde e virr pr d enr Wtt. Se ere lher, n ten d'ndr de nen iúd c cr del e t dete deccd>, die nch. Oi dezer 'h c nde ente n pdí diverir cd. p'r en pvte. Olh, die Hze, e v p'r nde v d p di. tenh lher. enh lher, t ver? p'r l e v. 'r itr. N preci d'ir cnti. p'r en pvte, repeti nch. trlh p'ró rdi zlóic. rd l p e e td en. Atte de i, ript Hze. A pe i n iptic. T n' di, t' n iptic. Hze n lhe repnde. Cntin cinhar c pecç enlhid n ei ds r, c e tivee . t' n cnhece ning, cntin nch ten lher nenh ne nd p 'r zer. e l e te vi e t n tinh nd ne nin en Jes. u -te e e l. É i 'e v entra>, die ze. vrlhe cs t e diriie prt e lhr pr tr. nch pr. i i, excl, , pi! p d cac deix d n pr rr de r. i si, excl nvente, i l pr'nde ere , lh ó i. Bate pre c n l, ce t Hze, e n d cc e it cx d decacdr e ente dele. l dee. l de-' deccdr i e n d ne chd. el die-e nde vi e pedie pr vit e pr te levar. N t leve' e levrt' . er 'i eil. O dele cr pr ene lri e e r etendee n rri r e ld. d pr'í c e vee ne i epert e td ente die ele, n en! Qe te e. N t ! SAG SÁIO 7 Hze n die nd exe fcr prd n ntn te, peen n ei d der, e dep ere brç e tir lh de pnet e erv O lh bte n peit de Ench e brlhe bc Ele fc lhr de bc be pr íti nde pnet hvi tinid e pr f vlte e vnç pel r r p lr Hze entr e c C nte nterir tinh id prieir vez e ele drir c lher, Hze n tih id it be cedid c enhr Wtt nd cb, er c ler c inee e r tvee trd pr c del, e el ez centári bcen bre ele, e ele i recrdnd de vez e nd ln d di Ar, etv ne nte de de r ter c el nvente N b e el diri nd ele bre pr e el vie l nd br pr e el li, die pen: «Ah, h O chp ner entvlhe dret n cbeç Ele entr c ele pt e tr nd bte n lâpd e etv pendrd n ei d tect A enhr tt etv n c, pn rdr n cr El pi e bre e r Ele cnh pel , exinnd it e l A rnt dele ec e crç ceç perál, c ril rrnd brr d jl Hze ente n brd d c del c chp n O i d enhr Wtt er c e fd c lân de dh Er óbv e el etv t be dptd e já ne precv de penr O lh del en li td de vez, c re vedç «Ee chp d'ndr ct de Je !, die el E ent e n c, bix ci de nite t pe e tr epi, pe n chp dele, pôl n cbeç e fc en td c n nc, velnd lh de r cóic Hze ft pr int, depi eit trê peen ríd e er rlhd e lt, lcn ç crd elctric pr delir lâpd e depe ecr oOOR U vez, nd er peen, pi dele lev eir e p pr Mely. rid cnt, hvi tend e e entrd er pc i cr. U he r e ec c vz de cet etv prel, e explicr e hvi dentr. izi e er t cinl e i ctr trint e cinc cênti ler he e iee ver, e er t cliv e ó entrv inze de cd vez. O pi dele nd- pr tend nde h di cc dnr e encie pr et tr tend, vende pe d prede d tr tend. Hze deix cc e ei, n tinh trint e cinc cênti pr entrr. ernt ent preeir e hvi l dentr. <õet'nd, repnde he. Ai n h etlio ne h cc. J , die ele. Ind e, repnde o hoe. õet'ndr. Tenh inze cên, ini Hze. r' e n e de enr e e pdi ver etde? É lg ci re c de nh exterir, etv ele penr. É rp de hoen n retrete. epi pen, e chr he e lher n retrete. l n i erer e e ene. Tenho inze cên, repe. J t e cr, die he, nnd cp de plh c lee, pr e reecr. Vi l t vid. At ó vle inze cêni, inii He. õe-t'nd, repeti he. É pret?, pernt Hze. To zer lg coi l pret ? O he, n pltr, dee pr o e e rt enelhd drdejo lhr crnte. nde e te cr e'idei?, pernt. N ei, repnde Hze. Qnt n ten?, pernt he. ze, repnde Hze. Tinh dez. 'ee inze cênti, die he, e en l. SAGU SÁIO 9 ze depô dineir n pltr e eeie pr dentr nte qe epectcl ce pel er tr d tend e l dentr vi tr tend; entr ne t A princípi, ó cnei ver ct d hen epi, i nc e epreit pr ci d ce dele le etv lr pr i, pr rc nde etv deitd qlqer ci rnc, cntrcende pc, dent de rnde ci rrd pn ner rnte end, ze jl trtre de nil eld, l vi qe er lher r rd e tin rt il lher vlr, n er pel rnde inl qe tinh n cnt d li, qe e ei qnd el rri, e tr de ld, n ct «S'hvee um dqel e cd ci, die pi dele, l ente, «um hem t i tr de ter t i' ced Hze recnhece voz e eqer lhr ece ento d nc, eueirou-e pr r d tend e ratej pel ldo d tend exterir prque n qeria pr nvente pe pregeir epi, iu pr prte de tr de crrinh e entu-e u cnto ra, eir eiti u e zd etlic nd ele che c, e etv entd n qin tl, ente elh de lvar rp, lhnd- El vetie epre de ner e vetid del er i cprido d qe d tr ulhere l etv de p, rect, lhnd le pôe tr de re pr ir d vit del, pd n int enti- lhnd trv d re vilr rc e ci nvente e ler r dentr dele, qe er deid cprid pr ele A ce del etv epetd pr ci n pnt e jelh etv levntd pr qe el cee Tinh rt e r de cz e cel mit pre jnt ce ze fc de p, epld cntr re, eper l dei elh e vei ter cm ele c p n ie lhe «Ü q' qe vite? O'COOR Ü ' e vite?, die el Ü ' e te?, die el, nd empre mem m de vz epi, btelhe n pe cm p, m ele er cm e pre d re Je me p'r te redimi, die el Nnc lhe pedi i, mrmr ele El n lhe bte nvmente, m fc lh-l de bc echd, e ele eece clp d tend pel clp em mrd e em nme e hvi dentr de i d m mint, el tir r p e vlt pr elh d rp, ind de bc echd N di eginte, ele lev pt pr be, em egred Nnc v n er em mi e n Inve Tiru ent d c e enche-lhe nd de pedrinh epi clç, per mit e nd cm ele pel be drnte e ele bi er um mh, té chegr ribeir epi entu-e, tir s pt e liviu é n rei mlhd E pen, i eve chegr pr O tizer N acntece nd Se tivee cíd um pedr, ele teri interpretd is cm m inl sd m bcad, tir s s d rei e e- ecr, e em segid clç nv mente pt cm pedr in den e cminh mi mei milh de vlt c nte de e declçr APÍLO 4 ze i c enhr Wtt e nhã ce, nte e rieir ri e lz ilinre Qn cr brç el etv lrg e ci ele Ele erge -e levnt- e ci e
Compartilhar