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Embriologia oral........................................................................................................................................................................................................ 3 Segmentação ou clivagem.............................................................................................................................................................................. 3 Blastulação..................................................................................................................................................................................................................... 3 Glastulação..................................................................................................................................................................................................................... 3 Neurulação..................................................................................................................................................................................................................... 3 Aparelho branquial................................................................................................................................................................................................ 4 Arcos faríngeos.......................................................................................................................................................................................................... 4 Desenvolvimento das estruturas faciais............................................................................................................................................ 5 Desenvolvimento do nariz............................................................................................................................................................................... 5 Desenvolvimento do palato........................................................................................................................................................................... 6 Desenvolvimento da língua........................................................................................................................................................................... 6 Odontogênese............................................................................................................................................................................................................. 6 Fase de botão............................................................................................................................................................................................................. 7 Fase de capuz............................................................................................................................................................................................................. 7 Fase de campânula............................................................................................................................................................................................... 7 Fase de coroa............................................................................................................................................................................................................. 8 Fase de raiz.................................................................................................................................................................................................................. 8 Tecidos do dente.................................................................................................................................................................................................... 9 Esmalte............................................................................................................................................................................................................................ 9 Dentina............................................................................................................................................................................................................................ 13 Polpa.................................................................................................................................................................................................................................. 15 Periodonto de inserção.................................................................................................................................................................................... 18 Cemento......................................................................................................................................................................................................................... 18 Ligamento periodontal................................................................................................................................................................................... 19 Introdução ao osso alveolar....................................................................................................................................................................... 21 Osso alveolar............................................................................................................................................................................................................. 21 Tecido ósseo............................................................................................................................................................................................................... 22 Biomineralização................................................................................................................................................................................................... 24 Glândulas salivares............................................................................................................................................................................................. 25 Mucosa oral................................................................................................................................................................................................................ 28 Referências.................................................................................................................................................................................................................. 33 Sumário Foco na.o dont o Quando a mórula penetra no útero, surgem espaços entre os blastômeros que são preenchidos por líquidos da cavidade uterina, dividindo estas células em embrioblasto (camada interna) e trofoblasto (camada externa) e formam a cavidade blastocística. Após a nidação, a massa celular interna do blastocisto forma um disco bilaminar, constituído de duas camadas celulares com um espaço entre elas. Existem células tronco-embrionárias: Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias; Até na fase de blástula, as células são totipotentes. Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e anexos (âmnio, saco vitelino); Sucessivas divisões mitóticas; O zigoto se divide em duas células, chamadas blastômeros; As repetidas divisões formam uma esfera chamada mórula. Células do endoderma migram para o mesoderma e formam a notocorda (tubo que percorre um trajeto craniocaudal). É ela que induz a formação do tubo neural que formará o sistema nervoso central; Embriologia Oral Fecundação -> zigoto -> sucessivas mitoses -> mórula -> blástula (formação do blastocisto) -> gástrula -> neurula -> organogênese. SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM BLÁSTULAÇÃO GASTRULAÇÃO NEURULAÇÃO Nessa etapa são formados os três tecidosgerminativos endoderma, mesoderma e ectoderma que irão se diferenciar e seguirão caminhos diferentes para a formação dos órgãos. 3 Havendo alguma alteração bioquímica ou migração inadequada das células das cristas neurais na época da neurulação, defeitos hipoplásicos, envolvendo músculos, ossos ou gânglios podem se manifestar, dando origem a síndromes como a de Treacher Collins ou microssomia hemifacial. À medida que toda a cabeça se expande, a membrana ectoendodérmica (formada pelo encontro da lâmina bucal ectodérmica e o revestimento endodérmico do intestino primitivo) não acompanha e se rompe. O tubo digestivo, a partir de então, passa a ter comunicação com a cavidade bucal e o fluido amniótico invade o intestino primitivo. Durante o fechamento do tubo neural, uma população especial – células da crista neural – migram para as regiões de cabeça e pescoço. Elas saem do ectoderma e invadem o mesoderma, dando origem às células ectomesenquimais, fundamentais para o desenvolvimento das estruturas craniofaciais. Foco na.o dont o No início da quarta semana, já podemos distinguir os cinco processos faciais embrionários: dois processos inferiores, os mandibulares; dois processos laterais acima dos mandibulares, denominados maxilares, e um processo central em posição superior aos demais, o processo frontal. Os arcos faríngeos aparecem no embrião humano da quarta a sexta semana de desenvolvimento e constituem estruturas típicas do desenvolvimento da cabeça e pescoço. Eles se encontram dispostos bilateralmente. Nesta fase do desenvolvimento facial, estes cinco processos estão separados entre si por depressões e se unirão posteriormente. APARELHO BRANQUIAL ARCOS FARÍNGEOS 4 4 Os placóides nasais se invaginam, dando origem as fossas nasais e duas áreas se espessam formando o processo nasal medial e o processo nasal lateral. Com o tempo os processos se unirão, aproximando as narinas e os olhos. Os processos nasais mediais vão se fusionando, originando o filtro labial, o septo nasal, a parte anterior da maxila e o palato primário. Os processos nasais laterais formam somente a asa do nariz Por volta da sétima semana, os processos maxilares caminham medialmente e se fusionam ao segmento intermaxilar entre eles, formando o lábio superior. E só depois que esse segmento vai se fusionar aos processos maxilares. Os processos maxilares se unem ao nasal lateral definindo o estágio embrionário final. Ainda neste período, uma cunha de células epiteliais penetra no tecido conjuntivo subjacente ao longo dos processos maxilar e mandibular para separar o tecido do futuro rebordo alveolar do lábio. Ao mesmo tempo, a segunda lâmina, localizada lingualmente à primeira, surge no rebordo alveolar e dá origem aos órgãos epiteliais do esmalte. Somados às papilas dentárias adjacentes originadas do tecido conjuntivo, estes órgãos se diferenciam rapidamente para formar o esmalte e a dentina dos dentes. Os processos mandibulares são os primeiros a se unirem formando o mento e o lábio inferior. Curiosidade: por ser um processo que ocorre precocemente pode estar associado à baixa prevalência de fissuras na mandíbula. Cada arco possui sua própria inervação, vascularização e musculatura já que possuem uma consistência gelatinosa e necessitam de uma estrutura mais sólida para se sustentar. No início da quarta semana, a face é muito pequena sendo comprimida pela cabeça e pelo coração. Quando o coração começa a recuar, possibilita a união dos outros arcos faríngeos com seus correspondentes opostos (bilaterais). Foco na.o dont o DESENVOLVIMENTO DAS ESTRUTURAS FACIAIS DESENVOLVIMENTO DO NARIZ Logo após, começam a surgir lateralmente ao processo frontal, duas áreas mais espessas e elevadas: os placoides nasais. A partir disso o processo passa a se chama frontonasal. 5 A falha na união desses processos pode ocasionar às fissuras labiopalatinas, popularmente conhecidas como lábios leporinos. O mecanismo de fechamento palatino inicia-se desde o forame incisivo e segue em direção ao extremo da úvula Foco na.o dont o FORMAÇAO DA LÍNGUA Ao final da oitava semana de vida intrauterina, embora a face já apresente sua morfologia definida (Figura 5.20), somente o palato primário ou anterior está completamente formado. O palato possui duas origens embriológicas distintas, o palato primário (formado por tecido ósseo) ou segmento intermaxilar, e o palato secundário (tecido muscular); A formação do palato primário se completa quando os processos nasais mediais se unem por volta da sexta semana de vida intrauterina. Já o palato secundário marca o seu inicio nesta mesma semana quando, então, os processos maxilares começam a se desenvolver no sentido medial, lançando verdadeiras lâminas horizontais, ou processos palatinos, em direção à linha média. FORMAÇAO DO PALATO Quando a língua não abaixa pode originar fissuras palatinas. Outros tipos de fissuras palatinas podem se desenvolver devido a outros fenômenos. Ao mesmo tempo, inicia o processo de formação da língua. Ela influencia mecanicamente a formação do palato secundário, pois ficava posicionada entre os processos palatinos. À medida que a língua vai abaixando, os processos vão se fusionando. 6 ODONTOGÊNESE O fator indutor está presente no epitélio oral primitivo, que se prolifera, invade o ectomesenquima, formando a banda epitelial contínua (região aonde vão se formar os arcos dentários). A banda epitelial começa a se proliferar, se dividindo em lâmina vestibular (delimita o sulco vestibular) e lâmina dentária (origina os germes dentários). Foco na.o dont o- Papila dentária: condensação de célulasectomesenquimais. Vai formar a dentina e apolpa;- Órgão do esmalte: formará o esmalte. - Saco dentário: forma o periodonto de inserção (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). - O epitélio interno tem células cilíndricas baixas e o epitélio externo tem células cúbicas baixas. - Retículo estrelado: células da região central do órgão do esmalte vão se separando e adotam uma forma estrelada. Fase de botão Após sua proliferação, a lâmina dentária começa a apresentar, em cada arco, atividades mitóticas diferenciadas. Fase de capuz O botão não continua a crescer uniformemente, apresentando, portanto, um crescimento desigual que o leva a adotar uma forma que se assemelha a um capuz. Fase de campânula Já tem o formato do dente que vai originar (devido à papila dentária); Surge a alça cervical: junção do epitélio interno com o externo. Vai se proliferar e formar a bainha radicular de Hertwig (induz à formação da dentina a raiz); -Diminuição do retículo estrelado; Surgimento do estrato intermediário; Inicio da diferenciação celular; As células do epitélio interno se diferenciarão em ameloblastos (células secretoras de esmalte). Uma vez estabelecia a fase de capuz observam-se alguns componentes e estruturas. 7 FASES DA ODONTOGÊNESE banda epitelial primária lâmina vestibular lâmina dentária lâmina dentária lâmina vestibular sulco vestibular Inversão de polaridade: as células do epitélio interno (cilíndricas baixas) tornam-se cilíndricas altas. Distanciando o núcleo da lamina basal. Fase da coroa Corresponde a deposição de dentina e esmalte na coroa. É somente a partir dessa fase que o dente pode ser visualizado em radiografias. Foco na.o Fase da raiz O epitélio externo e interno do órgão do esmalte, que constituem a alça cervical, se proliferam em sentido apical para induzir a formação da raiz do dente, originando a bainha epitelial de Hertwig. 8 Bainha epitelial de Hertwig Esmalte Dentina A continuação da bainha coincide com o início da erupção do dente. A inversão de polaridade diferencia-as em pré-ameloblastos. Os pré-ameloblastos fazem as células ectomesenquimais da papila dentária se diferenciem em odontoblastos. OBS!! Broto do dente permanente: os dentes permanentes que tem predecessor decíduo desenvolvem-se a partir de uma proliferação epitelial na face palatina ou lingual. Foco na.o dont o A fragmentação dabainha permite o contato direto do folículo dentário com a dentina radicular, fazendo com que as células do folículo diferenciem-se em cementoblastos. As células do lado externo do folículo dentário diferenciam-se em osteoblastos formando o osso alveolar. Casos de Choquet O esmalte pode se relacionar com o cemento de diversas formas, a nível cervical: O cemento cobre o esmalte (é o mais comum e corresponde a 60% dos casos observados), (A); O esmalte cobre o cemento (é o menos reqüente), (B); O esmalte e cemento ficam em contato, não deixando dentina descoberta (apresenta 30% dos casos), (C); O esmalte e cemento não se encontram e a dentina fica descoberta (D). Tecidos do dente É o tecido mais duro do organismo devido a 96% dele ser material inorgânico; É formado por cristais de hidroxiapatita ((Ca10(PO4)6(OH)2). Esses cristais são susceptíveis à ação dos ácidos, tornando-o propício a origem da cárie; A matriz orgânica é de natureza protéica e não contem colágeno; Os ameloblastos involuem após a completa formação do esmalte, tornando-se incapaz de se reparar; É acelular, avascular e sem inervação. E as células centrais do folículo dentário diferenciam-se em fibroblastos e formam o ligamento periodontal. Erros nesses processos podem levar à agenesia (não formação total dos dentes). ESMALTE 9 A bainha induz as células ectomesequimais da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos radiculares. Quando se deposita a primeira camada de dentina radicular, a bainha se fragmenta formando os restos epiteliais de Malassez que ficam presos dentro do ligamento periodontal. Propriedades físicas Dureza: equivalente à apatita. Elasticidade é escassa. Por isso é um tecido frágil, com tendência a macro e microfraturas. Cor e transparência: apresenta-se esbranquiçado e translúcido, permitindo transparecer a coloração amarelada da dentina. Pouco permeável: pode atuar como uma membrana semi-permeável, permitindo a difusão de água e de alguns íons presentes no meio bucal, como o flúor. Os íons flúor substituem os grupamentos de hidroxila do cristal de apatita e o torna menos solúvel aos ácidos, tornando este esmalte mais resistente ao ataque de cárie. (Ca10(PO4)6(OH)2 à Ca10(PO4)6F2 Altamente radiopaco: devido ao alto grau de mineralização é a estrutura mais radiopaca do organismo. Composição química 1) Matriz Orgânica: o componente orgânico mais importante é de natureza protéica destacando-se: amelogeninas, enamelinas, ameloblastinas ou amelinas, tufelina e parvalbumina. 2) Matriz inorgânica: sais minerais que se depositam na matriz do dente transformando-os em cristais de hidroxiapatita; 3) Água; Estrutura histológica do esmalte. - Unidade estrutural básica Prismas do esmalte: compostas por cristais de hidroxiapatita. O conjunto de primas forma o esmalte prismático (maior parte dessa matriz). Na periferia e na junção amelodentinária (JAD) tem-se um esmalte aprismático. A orientação dos prismas no interior do esmalte é bastante complexa e não seguem uma trajetória retilínea através do esmalte Unidades estruturais secundárias Estrias de retzius Também podem ser chamadas de linhas incrementais. São formadas devido aos períodos de repouso e de mineralização; Indicam regiões menos mineralizadas. Foco na.o dont o 10 Foc ona .od ont o Periquimáceas As estrias de Retzius observadas na superfície do esmalte formam sulcos, entre os estes sulcos temos a formação de roletes denominados periquimáceas Tufos de esmalte ou de Linderer Em forma de arbusto; São formados por tecido pouco mineralizado, rico em proteínas do esmalte. Bandas de Hunter-Schreger As andas claras (parazonais) e escuras (diazonais); São observadas no esmalte mais interno; A origem sugere relação com o percurso ondulante dos prismas do esmalte, Esmalte nodoso Localiza nas regiões de cúspides dentárias; É causado pelo entrecruzamento dos prismas; Aumenta a resistência do esmalte, pois está localizado nas zonas mais expostas às forças mastigatórias. Junção amelodentinária (JAD) Região onde o esmalte se relaciona com a dentina; Não é um limite retilíneo, sendo constituída por cavidades e pequenas fossas que garantem a retenção firme do esmalte sob a dentina. Fusos do esmalte (ou tubérculos penetrantes) Formações tubulares que alojam em seu interior os prolongamentos dos odontoblastos que percorrem os túbulos dentinários. Esquema resumido 11 Fissuras ou sulcos São descritos por 3 tipos morfológicos de fissuras: Tipo V, que se caracteriza por uma ampla entrada e estreitamento progressivo até a base. Tipo I que possui uma largura constante por toda a invaginação. Tipo Y que tende ao estreitamento desde a entrada e que morfologicamente é a união dos 2 tipos anteriores. Lamelas ou microfissuras São formações comparáveis a falhas geológicas, delgadas, que se estendem de forma retilínea da superfície do esmalte até a dentina e inclusive podem penetrar nela. Existem 2 tipos gerais de microfissuras, as microfissuras primárias - produzidas no dente antes da erupção - e as microfissuras secundárias, originadas após a erupção. Ex: mudanças bruscas de temperatura. Amelogênese (formação do esmalte) 1ª) elaboração de uma matriz orgânica extracelular 2ª) mineralização quase que imediata da mesma, que envolve: a) formação, nucleação e crescimento dos cristais e b) remoção da matriz orgânica e maturação do cristal. As etapas que constituem o ciclo dos ameloblastos são as seguintes (6): Etapa morfogenética (pré- ameloblasto) Encontram-se como células do epitélio interno que são cilíndricas baixas durante a fase de capuz ainda. Etapa de organização (ameloblasto jovem) Durante a fase de campanula, após a inversão de polaridade. Etapa de formação ou secreção No citoplasma dos ameloblastos secretores há vesículas denominadas corpos adamantinos considerados precursores da matriz orgânica do esmalte. São liberados nos espaços intercelulares e sobre a dentina do manto em mineralização, formando a primeira camada de esmalte com cristais de hidroxiapatita alinhados à superfície da dentina. A formação do esmalte prismático ocorre através dos processos de Tomes. Os ameloblastos formam um esmalte estruturalmente diferente, constituído pelo arranjo dos cristais de mineral em unidades denominadas de prismas, devido a mudança na movimentação dos ameloblastos durante a deposição da matriz e mineralização. Assim o saco dentário representa a única fonte de nutrição, pois a dentina calcificada impede a passagem de nutrientes provenientes dos vasos da papila dentária. Foc ona .od ont o 12 Etapa de maturação Nesta fase começa a remoção de elementos orgânicos e água e o rápido bombeamento de íons cálcio e fosfato para a matriz, permitindo o crescimento dos cristais de hidroxiapatita acompanhado pela fusão de vários deles. Etapa de proteção Depois da total mineralização do esmalte, o ameloblasto entra em estado de regressão e se funde a outras camadas o órgão do esmalte formando uma camada denominada epitélio reduzido do esmalte, cuja função é proteger o esmalte maduro. Fase desmolítica Fusão do epitélio oral ao epitélio reduzido do esmalte. As células do epitélio reduzido formam enzimas que destroem tecido conjuntivo para que haja a erupção. Biopatologias; Hipoplasia – defeito na formação da matriz orgânica na amelogênese; Hipocalcificação – defeito de mineralização. Ex: amelogênese imperfeita; Ameloblastoma – proliferação neoplásica das células da lâmina dentária e dos pré- ameloblastos. Túbulos Dentinários Estruturas cilíndricas que se estendem por toda dentina; A parede de cada túbulo é formada por uma dentina peritubular. Dentro do túbulo existe um espaço pericitoplarmático que contém um líquido dentinário; Avascular Mais dura que o osso; 70% de hidroxiapatita; 18% mat. orgânica; 12% água Estrutura histológica básica Túbulos dentinários e matriz intertubular dentina Existe também a presença de túbulos maiores do que o normal que aumentama permeabilidade da dentina (megalotúbulos). Matriz intertubular É constituída por fibras colágenas onde se depositam os cristais de hidroxiapatita; Foc ona .od ont o 13 Unidades estruturais secundárias Linhas de Von Ebner Períodos de descanso na dentinogenese; Períodos curtos (5 dias) Pouco minaralizados (mais escuros microscopicamente); Linhas de Owen Períodos maiores de descanso; Relacionado a períodos de estresse Ex: Durante o nascimento; OBS!! Linhas de Owen Cervical: delimita a dentina coronária e radicular. Foc ona .od ont o Dentina interglocular ou espaços de Czermack Espaços não mineralizados quando os novelos não se unem perfeitamente (defeito). Mais presentes na periferia da dentina radicular. Camada granulosa de Tomes Periferia de toda dentina radicular; Não mineralizado; (como se fossem espaços de Czermack só que acontecem na raiz e paralelamente a junção). JAD: Junção amelodentinária Limite do esmalte com a dentina; É bem visível já que os tecidos tem natureza diferente: esmalte (epitelial) e dentina (conjuntiva); JCD: Junção cementodentinária Entre a dentina e o cemento Mais difícil de ser visualizada já que o cemento e a dentina possuem a mesma natureza: conjuntiva. Dentinogênese Possui três etapas: 1ª. Elaboração da matriz orgânica: fibras que se unem formando novelos que são banhados por uma substância fundamental amorfa. 2ª. Maturação da matriz; 3. Mineralização. 14 Ciclo vital dos odontoblastos Temos as seguintes etapas: 1ª Células ectomesenquimais indiferenciadas da papila dentária; 2ª Pré-odontoblastos (fase de campânula); 3ª odontoblastos jovens; 4ª odontoblastos secretores. Classificação histotopográfica da dentina Dentina do manto: 1ª dentina secretada; Dentina circumpulpar: maior parte (meio); Pré- dentina: próxima aos odontoblastos, não mineralizada. Formação da matriz orgânica Na dentina do manto, as fibras são grossas (Van Korff) organizadas paralelamente. A mineralização dessa matriz vai acontecer nas vesículas da matriz. Na dentina circumpulpar, as fibras são finas e dispostas de maneira irregular, onde acontece o início da mineralização globular. A dentina é produzida durante toda a vida e pode sofre impacto como em traumas.. Classificação estrutural Dentina primária: até a rizogênese completa; Possui velocidade rápida.. Dentina secundária: durante toda a vida útil do dente. Velocidade mais lenta; Dentina terciária: é produzida em resposta aos estímulos. Tem função protetora e reparadora.. É produzida rapidamente. Possui coloração amarronzada. Não deve ser removida. Localizada próximo à polpa. Como diferenciar a dentina primária da secundária? Elas mudam de direção.. Hidróxido de cálcio: tem a função de incentivar a produção de dentina terciária em casos de exposição pulpar para restaurações (capeamento pulpar direto). Biopatologias Dentinogênese imperfeita Osteogênese imperfeita; Displasia dentinária tipo 1; Displasia dentinária tip o II; Considerações A dentina tem pouca propriedade adesiva devido a grande quantidade de líquido dentário e menos mineralizada que o esmalte. Para melhorar a adesão da dentina à resina é utilizado o Primer. Se aloja na câmara pulpar (teto e assoalho); Único tecido mole do dente (tecido conjuntivo mole); Ricamente vascularizada e inervada; 75% de água e 25% de matéria orgânica (fibras e substância fundamental). Componentes estruturais da polpa Odontoblastos Ficam na periferia da polpa (corpo); Os maduros não se dividem mais; Foc ona .od ont o POLPA 15 Foc ona .od ont o Fibras Fibras colágenas Colágeno tipo I (60% do colágeno pulpar); Contém quantidades significativas de colágeno tipo III, VI e fibronectina (diferente da mátria dentinária); São escassas na polpa coronária e dispostas de forma irregular. Já na polpa radicular estão em maior concentração e de forma paralela. Fibras reticulares Colágeno tipo II; Dispõem-se aleatoriamente na polpa exceto na região odontoblástica, constituindo o plexo de Von Korff. Fibras elásticas São muito escassas, se restringindo às paredes dos vasos sanguíneoa; Substancia fundamental Rica em proteoglicanos (ligadas a GAG) e água. Na polpa jovem o GAG predominante é o sulfato de dermatano e nas polpas maduras, ácido hialurônico. A viscosidade, coesão e consistência gelatinosa se dá aos GAG , que junto ao reforço fibrilar, permite extirpar a polpa sem que ela se rompa (endodontia); Além disso, os proteoglicanos mantem a permeabilidade da sustância fundamental, transporte de metabólitos e impede a difusão de microorganismos; Fibroblastos São as principais células e mais abundantes do tecido; Secretam os precursores das fibras e a substância fundamental; Em polpas jovens tem um formato e se encontram unidos a outros fibroblastos e na polpa adulta se transformam em fibrócitos com forma mais ovalada; Células ectomesenquimais Que vão se diferenciar em fibroblastos ou em odontoblastos; Geralmente se localizam na região subodontoblástica e dificilmente podem ser diferenciadas dos fibroblastos nos cortes histológicos. Macrófagos Remove bactérias e elimina células mortas; Células dentríticas; Participa do processo de iniciação da resposta imunológica. Camadas topográficas da polpa Camada odontoblática; Camada oligocelular de Weil: abaixo da odontoblástica. Tem o plexo de Raschkow, vasos sanguíneos. Tem poucas células (dentríticas); 16 fibroblasto fibrócito Foc ona .od ont o Vascularização Os vasos penetram pelo forame apical e na região central da polpa se ramificam; Processo de defesa e recuperação do tecido; Em casos de estresse (calor, frio, trauma, bactétias) acontece uma reação: Lewis (vasoconstrição seguida de vasodilatação e maior permeabilidade vascular provocando um processo inflamatório) Com o avançar da idade ocorre redução do volume da polpa, diminuição dos componentes celulares, aumento do colágeno, calcificação da polpa e redução dos suprimentos sanguíneo e nervoso. Também ocorre transformação do tecido conjuntivo frouxo em tecido semi-denso. Isso se deve ao aumento de fibras colágenas e à consequente diminuição de substância fundamental amorfa. Também pode haver calcificações irregulares: pulpares e difusas (nos condutos). Inervação Entram pelo forame apical; Ramificam-se principalmente, nas áreas sub-odontoblástica, (plexo de Raschkow) região coronária e cornos pulpares;. As fibras mielinizadas são especializadas na transmissão dolorosa rápida (pulpite), enquanto as amielinizadas, na transmissão dolorosa lenta (abcessos crônicos). Algumas das fibras atravessam a camada de odontoblastos, alcançando a pré- dentina. Seja qual for o estímulo dentina- polpa, a sensibilidade é sempre traduzida como dor. Teorias sobre a origem da dor Existem três: 1ª teoria: as fibras nervosas que ultrapassam os odondoblastos e ficam na porção inicial dos túbulos dentinários recebem diretamente os estímulos dolorosos. Porem não estão presentes em todos os túbulos e estão restritos a porção inicial não explicando todas as dores; 2ª teoria: sugere que o prolongamento do odontoblasto funciona como receptores sensoriais. Entretanto, ele alcança somente um terço do túbulo; 3ª teoria (hidrodinâmica): é a mais cotada e que mais explica. Esta baseia-se no fato dos túbulos dentinários estarem preenchidos pelo fluido dentinário, no espaço pericitoplasmático. Camada rica em células: rica em células ectomesenquimais e fibroblastos (mais que a camada central); Camada central da polpa: fibras escassas; rica em vasos e nervos; 17 E uma vez atingida a dentina, os estímulos produziriam movimentação desse líquido gerando ondas que atingem as fibras nervosas da porção inicial dos túbulos e do plexo de Raschkow. Inclusive, dependendo do estimulo e região, pode envolver diversos processos simultaneamente, não descartando as outras teorias; Atividades funcionais da polpa Indutora: induz a formação do esmalte; Formadora: forma a dentina (odontoblastos); Nutritiva: a polpa nutre a dentina através dos prolongamentosodontoblásticos pelo seu sistema vascular; Sensitiva: Dor; Defensiva e reparadora: por meio de duas linhas de defesa: Formação de dentina peritubular: com estreitamento dos condutos para impedir a penetração de microorganismos até a polpa; Formação de dentina terciária: é formada por novos odontoblastos que se originam das células ectomesenquimais. Biopatologias Pulpite reversível e irreversível; Dente necrosado; Reabsorção interna; Calcificações. Propriedades físicas Cor: amarelada (não tanto quanto a dentina); Dureza: menos duro que o esmalte e a dentina; Permeabilidade: menos permeável que a dentina; Radiopacidade semelhante ao osso; na. odo nto Cobre a dentina radicular; Tecido mineralizado Tem a função principal de ligar às fibras do ligamento periodontal à raiz; Duro (semelhante ao osso); Desenvolve-se por lamelas; Cobre e protege a raiz e pode muitas vezes até cobrir o esmalte; Avascular e sem inervação própria; Não pode ser remodelado (movimento ortodôntico); Componentes estruturais do cemento Cementoblastos: fica na periferia (do lado do ligamento). Em raízes em desenvolvimento pode haver em toda a extensão. Cementócitos: células que ficam presos no cemento mineralizado, quando esse se forma muito rápido; Matriz extracelular: 50% matéria inorgânica (fosfato de cálcio que se apresenta como cristais de hidroxiapatita, menores que na dentina e no esmalte), 22% de matéria orgânica (colágeno tipo I) e 32% de água. periodonto de inserção É composto por três estruturas: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar; Ambos são formados a partir do saco vitelínico; cemento 18 Foc ona .od ont o 19 JCD: Junção cementodentinária É difícil de observar a divisão entre os dois tecidos devi o a camada de hialina que é responsável pela forte adesão entre eles. Funções do cemento a) Proporciona a inserção de fibras do periodonto que fixam o dente no osso. b) Transmitir as forças oclusais ao periodonto. c) Compensar o desgaste pela atrição: com a mastigação, há um desgaste nos tecidos e encurtamento da coroa, paraisso pode haver um aumento na quantidade de cemento no ápice da raiz, causando aumento no comprimento radicular e mantendo a oclusão; ligamento periodontal Tecido conjuntivo não mineralizado; Funções Ligar o osso alveolar ao dente; Manter o dente no alvéolo; Suportar as forças mastigatórias Se liga com a gengiva, coronalmente, e a polpa no nível apical; Origem e desenvolvimento A partir de células ectomesenquimais do folículo dentário. Durante a etapa eruptiva, as fibras não apresentam uma orientação definidasomente quando o dente completa a oclusão, as fibras formam grupos com orientação definida. Tecido cementóide: entre os cementoblastos ativos e o cemento mineralizado. A cementogênese é cíclica, revelada pelas linhas incrementais (de repouso) entre as lamelas (novas camadas de cemento). Nas lamelas, as fibras colágenas estão dispostas de forma mais ordenada e são altamente mineralizadas, enquanto nas zonas de repouso as fibras estão dispostas de forma irregular e são hipomineralizadas. Fibras intrínsecas: produzidas pelo próprio cemento. São perpendiculares. Fibras extrínsecas: que vem do ligamento periodontal. se inserindo no cemento (fibras de Sharpey). Tipos de Cemento Acelular ou primário: formado no terço cervical (normalmente). Não tem cementócitos; Deposita-se lentamente; Celular ou secundário: tem cementócito; terço médio e apical (normalmente);se forma rapidamente. Afibrilar: quando o cemento cobre o esmalte. Não tem fibras colágenas; Cementogênese Depende da presença da bainha radicular de Hertwig. Quando se deposita a primeira camada de dentina radicular ela se fragmenta formando os restos epiteliais de Malassez, que ficam presos no ligamento e a dentina radicular, essa fica exposta diretamente as células ectomesenquimais do folículo dentário que se diferenciam em cementoblastos, secretando cemento. A matriz orgânica se mineraliza através dos cristais de hidroxiapatita que vem da dentina. Componentes estruturais do ligamento periodontal Células - Células formadoras: fibroblastos, osteoblastos e cementoblastos; - Células reabsortivas: osteoclastos cementoclastos (reabsorção óssea); - Células defensivas: macrófagos, mastócitos e eosinófilos; - Células epiteliais de malassez; - Células ectomesenquimais: ao redor dos vasos sanguíneos; Fibroblastos Produz o tecido conjuntivo, colágeno e glicoproteínas. O colágeno é renovado constantemente (existe um equilíbrio) que pode mudar com a idade. O ciclo de renovação do fibroblasto é de 45 dias. É responsável pela própria destruição do colágeno. Tropocolágeno > fibrilas colágenas > colágeno. Osteoblastos: ficam na periferia do osso alveolar. Ficam em repouso e só são ativadas por estímulos. Ex: forças ortodônticas. Osteoclastos: reabsorção; Cementoblastos; Cementoclastos: aparecem em processos patológicos e reabsorção da raiz do dente decíduo. Osteoblastos: ficam na periferia do osso alveolar. Ficam em repouso e só são ativadas por estímulos. Ex: forças ortodônticas. Osteoclastos: reabsorção; Cementoblastos; Cementoclastos: aparecem em processos patológicos e reabsorção da raiz do dente decíduo. Fibras Fibras colágenas (maioria tipo I) Unem o cemento ao osso; Maior parte; Apresentam orientações diferentes; A fibra é flexível, ainda que resistente à tensão; Existem dois tipos de fibras: Principais: possuem orientação definida; suportam as forças mastigatórias; dividem- se em: a) Grupo da crista alveolar (oblíquas ascendentes). Evita a extrusão do dente (puxar); b) grupo horizontal (resiste as forças laterais); c) oblíqua descendente (para baixo); mais numerosa. Mantém o osso no alvéolo. Resiste às forças mastigatórias (intrusão). d) grupo apical: passagem de vasos e nevos. Evita a compressão, entupimento; e) inter-radicular: região de furca. Evita movimento de lateralidade e rotação Fibras oxitalânicas e de elaunina: são fibras elásticas imaturas. Serve de ancoragem para os vasos sanguíneos,a auxiliando no fluxo sanguíneo; Fibras reticulares e elásticas: são escassas e fazem parte na parede dos vasos. 20 Desenvolve-se com a fragmentação da Bainha epitelial de Hertwig, quando as células do folículo se transformam em osteoblastos. Constituição: 60% subst. Mineral, 20% de água e 20% de componentes orgânicos. A dureza é menor que a da dentina e comparável à do cemento; 90% da matriz orgânica é constituída por colágeno tipo I mineralizado. Células Osteoprogenitoras – vão dar origem às células que formam o osso. São divididas em pré-osteoblastos (derivados de células ectomesenquimais indiferenciadas) e os pré-osteoclastos (derivam dos monócitos na medula óssea). Osteoblastos – deposição da parte orgânica do tecido ósseo (substância osteóide) e mineralização dessa matriz. Foc ona .od ont oOsso aleolar Contorna o alvéolo; Serve para inserir as fibras que vem do ligamento periodontal; Forma-se na fase de raiz. Osso basal Não tem relação com a origem do dente; Abaixo do ápice do dente; É totalmente formado na formação da lâmina basal; Não faz parte do processo alveolar; introdução ao osso alveolar Processo alveolar Todo osso que está ao redor do dente até o ápice da raiz. Estrutura anatômica do processo alveolar : a)Cortical vestibular, palatina ou lingual – contorna, mais pra fora; b)Osso alveolar ou osso alveolar propriamente dito – mais de dentro; c)Osso esponjoso – fica entre. O osso alveolar se forma junto com o dente. E ele só existe porque há dente, no momento em que o dente não existir mais, o processo alveolar tende a desaparecer. O osso esponjoso e a cortical forma na fase de campânula (o basal já estava pronto); osso alveolar Osteoclastos – reabsorção óssea. São células grandes e multinucleadas; Osteócitos – osteoblastos que ficaram presos dentro da matriz mineralizada. As cavidades onde eles ficam presos se chamam lacunas. 21 Substância Fundamental Constituída principalmente de proteoglicanos, glicoproteínas, lipídeos e água; o acido hialurônico, osulfato de condroitina e o sulfato de dermatano são os principais glicosaminoglicanos Vascularização e invervação É mais irrigado do que qualquer tecido conjuntivo do organismo (tecido conjuntivo frouxo); Tem mais vasos próximo ao osso do que ao cemento e mais nas regiões extremas. A inervação provém de nervos maxilares e mandibulares. crista osso alveolar cortical ossoesponjoso processoalveolar ossobasal Foc ona .od ont o O osso alveolar propriamente dito aparece nas radiografias como uma lâmina radiopaca que o resto do osso alveolar (lâmina dura). Por essa lamina que passam os feixes do ligamento periodontal (fibras de Sharpey). Funções Suporte mecânico; Proteção de tecidos moles (pulmão, coração, cérebro); Reservatório de cálcio e fosfato; Aloja o tecido hematopoiético. Ossificação No embrião, existem inúmeros centros de ossificação; Origem embrionária dos óssos Crista neural – forma os ossos crânio- faciais; Esclerótomos – forma o esqueleto axial ; Placa mesodérmica lateral – forma o esqueleto apendicular. Formação do osso Intramembranosa Há uma adaptação desse tecido ósseo à movimentação. tecido ósseo Tecido mineralizado de natureza conjuntiva; Sofre modificações durante toda a vida; A formação do osso é a partir de células ectomesenquimais indiferenciadas. Característico do crânio e da face, mas não é exclusivo. Exceto a sínfise mentual e o côndilo da mandíbula que é endocondral. 22 Proliferação de células formando regiões condensadas (membranas ósseas) fatores intinsecos e locais induzem a transformação dessas células em osteogênicas (pré- osteoblastos) que se diferenciam em osteoblastos e secretam a matriz orgânica e a vesícula da matriz. Foc ona .od ont o Endocondral Substitui um modelo cartilaginoso. Característico de ossos longos, vértebras e costelas, mas não exclusivo. Proliferação e condensação das células mesenquimais que se diferenciam em condroblastos (forma primeira uma matriz de cartilagem). Células mesenquimais externas ao pericôndrio e diferenciam em osteoblasto que secretam matriz óssea, restringindo a passagem de nutrientes para as células cartilaginosas. Dessa forma, sem nutrientes, os condrócitos vão hipertrofiando e sobrando um espaço vazio que será mineralizado. Zonas da ossificação endocondral: - zona de repouso: cartilagem hialina sem alterações. - zona de cartilagem seriada ou proliferação: condrócitos em mitose; - zona de cartilagem hipertrófica: condrócitos aumentam de volume deixando pouco espaço de matriz cartilaginosa; - zona de cartilagem calcificada: morte dos condrócitos e calcificação da matriz cartilaginosa. - zona de ossificação: migração de células mesenquimais para os espaços ocupados pelos condrócitos que futuramente se diferenciam em osteoblastos. Componentes do tecido ósseo Matriz orgânica (20%) – células, proteínas, colágeno tipo I; Matriz inorgânica (65%) – fosfato de cálcio e outros minerais; Água (15%). Células Osteoblastos – produtoras da matriz e mineralização; quando jovem, possui intensa atividade. Fica na perideria, abaixo do periósteo. Osteócitos – osteoblastos que ficaram presos nas lacunas; possuem baixa atividade metabólica; Osteoclastos – reabsorção. Originados pela fusão dos monócitos; maiores. Periósteo: tecido conjuntivo que reveste o osso externamente; Endósteo: tecido que reveste o osso internamente, como: canais de Havers e canais de Volkman 23 Foc ona .od ont o Tipos de osso Osso primário (imaturo) - pouco mineralizado; - se forma rapidamente; - pouco organizado (irregular); Osso secundário ou lamelar (maduro); - mais mineralizado; - estrutura bem organizada; ordenado em lamelas concêntricas; - sucedem a formação do osso primário. Há dois tipos de osso maduro: - osso compacto: parte mais externa do osso; formado por Sistema de Havers; - osso esponjoso: formado por trabéculas (lamelas paralelas), essas camadas formas entre elas espaços medulares; Remodelação óssea Acontece durante toda a vida; Acontece em todo processo de transformação. Ex: osso imaturo -> osso maduro Procedimentos ortodônticos; Crescimento ósseo (criança para adulto); Fraturas e talas; Inervação A maior parte vem do periósteo; Canais de havers e Volkmann; Remodelação óssea Acontece durante toda a vida; Acontece em todo processo de transformação. Ex: osso imaturo -> osso maduro; Vascularização Canais de Havers e de Volkmann BIOMINERALIZAÇÃO Tecidos mineralizados – conceitos Esmalte: único tecido mineralizado que não apresenta capacidade de neoformação; Possui origem epitelial enquanto os outros tecidos, origem conjuntiva. A porção orgânica é protéica e é quase totalmente substituída por cristais; Já os outros tecidos, a maior porção orgânica é colágena e boa parte não é mineralizada e permanece associada ao mineral. Mecanismos de mineralização Não se resume apenas à precipitação de íons cálcio e fosfato à matriz orgânica (cristais de hidroxiapatita); Participação de fatores biológicos e físico- químicos que atuam estimulando ou inibindo o processo; A hidroxiapatita (HA) pode associar-se a outros íons como Na, Mg, F, etc. O íon flúor pode alterar a dureza do cristal de HA. Início da mineralização; Os íons cálcio e fosfato vêm do plasma e fluídos extracelulares se precipitam nos tecidos destinados formando sítios de nucleação e a união desses sítios forma o tecido mineralizado. Pirofosfato – inibidor de calcificação (usado para parar a produção do tártaro); 24 Foc ona .od ont o Órgão com função secretora; Classificação - Endócrinas: liberam para dentro do sistema circulatório. Ex: hipófise, tireóide). - Exócrinas: liberam para fora do corpo ou cavidades. Ex: sudoríparas, mamária, salivar. - Endoexócrinas (mistas): liberam para fora e dentro do sistema circulatório. Ex: pâncreas (que secreta insulina no sangue e enzimas digestivas para o estômago). Quanto ao tamanho - Maiores ou principais Parótida, submandibular e sublingual; São as mais volumosas; Localizadas fora da cavidade oral. - Menores, secundárias ou acessórias. Localizadas em toda a cavidade oral menos na porção anterior do palato e na gengiva. São bastante numerosas. Fase vesicular Na formação do osso imaturo e na dentina do manto; As células formadoras formam umas estruturas arredondadas envolvidas por uma membrana (vesículas da matriz); são os primeiros locais onde são visualizados os cristais no processo de mineralização. Composição das vesículas da matriz – glicoproteínas, fosfolipídeos, fosfatase alcalina; A membrana que compõe a vesícula leva para a matriz importantes potencialidades; A vesícula funciona como micro compartimento para a precipitação de mineral; A função da vesícula dura até a formação dos cristais iniciais (como se fossem sementes); Fase fibrilar Precisa ser precedida pela fase vesicular; Quando todas as vesículas da matriz estão calcificadas, a mineralização progride para onde tem fibras colágenas e regiões interfibrilares. A formação da fibra colágena é feita pelas células que darão origem aquele tecido. Ex: o osteoblasto forma as fibras colágenas no local onde ele vai produzir osso. Mas esse osteoblasto não possui a fibra colágena direta, primeiro ele produz o tropocolágeno que se unem formando as fibrilas e a união dessas, forma as fibras. A mineralização acontece inicialmente entre essas moléculas de tropocolágeno; Essa sequência se repete nos processos de reparação de fraturas e na formação da dentina reparativa. O sistema de vesículas da matriz ocorre na dentina do manto e no osso primário. O cemento e o esmalte usam cristais oriundos da dentina do manto. Glândulas SALIVARES 25 parótida sublingualsubmandibular Foc ona .od ont o Estroma glandular Cápsula que envolve todas as glândulas. É composto por células (fibroblastos e células de defesa) e uma matriz extracelular (colágenas e substancia fundamental). Um conjunto de parênquimas são divididos em lóbulos dentro do estroma. Ácinos- podem ser de três formas: - serosos - esféricos, roxo-escuros; - mucoso - tubular, clara; - mistos -tem a parte tubular com uma semi- lua esférica. Formação das glândulas salivares Invagina do epitélio oral primitivo; Forma um cordão, inicialmente sólido. Com o tempo, as células centrais começam a se degenerar formando ductos. Na ponta desses ductos estão as unidades secretoras (ácinos); Unidade funcional da glândula (parênquima) Ductos - Intercalares - estreitos, próximos aos ácinos. Pouca luz do canal - Estriados: um pouco maiores; - Excretor: maior 26 Foc ona .od ont o Células da unidade secretora (ácinos) Ácinos seroros (pizza) Roxos escuros; Células piramidais; O núcleo é esférico e se encontra no terço basal; A saliva é fluida e rica em ptialina (amilase). A parótida só tem ácinos serosos. Ácinos mucosos Células piramidais, mas mais achatadas. Núcleo achatado. Mais claros, coram pouco. Saliva viscosa. Saliva mais viscosa e rica em mucina (lubrificante, ajuda na mastigação, na formação do bolo, proteção, fonação e deglutição). Sublingual tem bastante; Saliva 85% são produzidas pelas glândulas maiores 25% produzida pela parótida; 70% produzida pela submandibular; 5% pela sublingual. Glândulas Parótida Maior; Localizada próximo ao conduto auditivo externo; Libera suas excretas pelo conduto de STENON (pequena papila na mucosa da bochecha, na altura do primeiro molar superior). Bastante presença de adipócitos; Requer muito cuidado nos procedimentos cirúrgicos; Constituída por ácinos seroros (bem roxos) Saliva fluída e rica em ptialina (amido) Pode desenvolver tumores (ex: tumor de Warthin). Submandibular Ao redor do ângulo da mandíbula Desembocam através do conduto de Wharton (carúnculas sublinguais); Glândula mista (contem tanto ácinos serosos quanto mucosos), mas com predomínio dos serosos; Células mioepiteliais Não são secretoras; Função de contração. Abraçam as células secretoras. Ácinos mistos Ácino mucoso associado a uma semilua serosa. 27 unidade secretora células mioepiteliais ducto intercalar OBS!! Sialolitíase: calcificação da saliva dentro do ducto Wharton; Sublingual É a menor das glândulas; Secreta em vários pequenos ductos que desembocam bilateralmente ao freio lingual; Glândula mista com predomínio de ácinos mucosos (compridos e transparentes); Saliva mais viscosa, rica em mucina; Glândulas salivares menores Toda região oral, exceto na parte anterior do palato e na gengiva; Podem ser mucosas ou seroras puras (von ebner- ficam na base das papilas valadas); Biopatologias Mucocele- acomete mais o lábio e o ventre da língua, mais anteriormente. Geralmente após algum trauma; Podem regredir naturalmente. Rânula – são muito maiores; Acometem geralmente o assoalho da boca; Necessária remoção cirúrgica. Mucosa – revestimento de cavidades úmidas; Podemos dividir em: vestíbulo oral (sorriso) e cavidade oral (boca aberta). Vestíbulo oral Mucosa labial – parte interna do lábio; Mucosa jugal – mucosa da bochecha; Gengiva – parte mais branca acima dos dentes; Mucosa alveolar – parte mais vermelha; acima da gengiva superior e abaixo da gengiva inferior. Cavidade oral Gengiva; Mucosa palatina – recobre o palato Mucosa lingual; Assoalho da boca; Úvula, tonsilas. Obs! União mucogengival: que demarca o limite entre a gengiva e a mucosa alveolar; MUCOSA ORAL Diferença histológica pele e mucosa Nem todas as mucosas possuem a submucosa; Lamina própria – tecido conjuntivo; Submucosa – glândulas e tecido adiposo. Desenvolvimento da mucosa oral 3ª semana – a cavidade oral: composta por epitélio delgado + ectomesenquima (tec.conjuntivo); 4ª semana – formação da banda epitelial primária e a comunicação da cavidade oral com o tubo digestivo; Foc ona .od ont o 28 Componentes da mucosa oral O epitélio forma cristas epiteliais (projeções para a lâmina própria); Papilas conjuntivas – entre as projeções epiteliais. Epitélio oral Pavimentoso estratificado; Podem ou não ser queratinizadas; A maioria do epitélio é composta por queratinócitos; Elas se proliferam e sofrem maturação; Avascular e não inervado; Epitélio queratinizado 7ª semana – formação dos arcos dentários, do sulco vestibular e da mucosa especializada (papilas valadas e foliadas); 20ª semana – epitélio oral semelhante ao definitivo. 6 meses extra-uterina: erupção – completa o desenvolvimento da mucosa. Formação de uma estrutura ao redor do dente ao romper o epitélio que impede a entrada de bactérias – epitélio juncional. É dividido em camadas: Córneo - camada superficial; - quando as células descamam; - a célula esta totalmente preenchida de queratina, sem organelas. Obs! Ortoqueratinizado (completamente queratinizado) ou paraqueratinizado (queratinização imcompleta) Não queratinizado (não tem camada granulosa e córnea); Tem também, acima do estrato espinhoso que são células desse estrato que se achataram, formando outras duas camadas: estrato intermédio e superficial. Granolosa - 3 a 6 camadas; - formação de grânulos de queratina que vão preencher toda célula perdendo as outras organelas. - os granulos são liberados entre a camada granulosa e a córnea, proporcionando uma impermeabilidade nesse estrato (dificulta a passagem), já que são cheios de lipídios, e enzimas lozossomais; Foc ona .od ont o 29 Espinhoso - camada intermediária; - 3 a 8 camadas; - tem mais tonofilamentos que a basal; - células possuem grânulos Foc ona .od ont o Células da lamina própria: Fibroblastos Produzem fibras e todo conteúdo extracelular Forma fusiforme (alongadas) Fibrócito: fibroblasto inativo. Macrófagos Células de defesa, fagocitose. Participam da resposta imunológica. Mastócitos Defesa; Processo inflamatório (rico em histamina e heparina). Células sanguíneas: neutrófilos, eosinófilos e linfócitos. Variações da mucosa oral Germinativo ou basal - camada mais profunda; - tem inúmeras junções intercelulares; - é um estrato germinativo que sofre mitose; - Acumulam tonofilamentos; Existem também células não queratinizadas: Células de Merckel Células que respondem a estímulos; Camada basal; Ligadas a terminações nervosas da lamina própria. Lamina própria Possui duas camadas: Papilar: logo abaixo do epitélio, ligada ás papilas;; Tecido conjuntivo frouxo; Tem bastante células e vasos; Reticular : grande quantidade de fibras; Conjuntivo denso não modelado; Melanócitos Localizam-se na camada basal; Produzem melanina, pigmentos; Todos tem, algumas pessoas tem uma atividade maior de melanócitos; Células de Largerhans Células de defesa; Encontradas no estrato espinhos Mais abundantes em locais mais permeáveis, como assoalho da mucosa e ventre da língua. Tem origem na medula óssea. 30 camada papilar camada reticular Foc ona .od onto Periósteo – reveste o osso; Mucosa de revestimento Presença de glandulas; Não-queratinizada; Lábio, bochecha, alveolar, palato mole, assoalho da boca, ventre da língua; Encontrada em regiões que precisam de elasticidade. Mucosa labial e jugal Epitélio um pouco mais espesso; Presença de glândulas Mucosa labial Parte externa – pele; É considerada uma semi-mucosa: parte mais vermelha; não é tão úmida quanto às outras mucosas. Mucosa alveolar Inúmeras fibras elásticas – mobilidade; Mucosa do palato mole Bastantes glândulas salivares menores Possui um tecido linfóide Mucosa do assoalho Muito fina; Apresenta ductos de glândulas, artérias e veias. Mucosa mastigatória Fica em atrito com o alimento Presente no palato duro e na gengiva; Escamoso estratificado queratinizado; Lamina própria: composta por tecido conjuntivo denso (com bastante fibras). Mucosa gengival (livre ou inserida) Tem muitos desmossomos (é bastante firme); Pode ter pigmentação melanínica. Mucosa do palato Epitélio bem fino. Tecido conjuntivo + adiposo + glândulas salivares menores Mucosa especializada Dorso da língua Papilas linguais O tipo de revestimento influencia na hora da anestesia (algumas mais densas); Mucosa especializada Recobrimento do dorso da língua Queratinizado; Possui botões gustativos – paladar. Nervo lingual do nervo trigêmeo – dor, pressão, temperatura; Nervo hipoglosso – mobilidade,paladar. Filiformes Mais abundantes Não tem botão gustativo Tem um formato de cone, inclinada para a direção posterior (orofaringe); Detecção de partículas, sensibilidade táctil dada por corpúsculos de Meissner (fibras nervosas). Reproduzem 2x o tamanho normal. Função mecânica. Vai desgastando com a idade. 31 valadas foliadas filiformes fungiformes Fungiformes Dorso da língua e superfície lateral Formato de cogumelo (fungo) Epitélio paraqueratinizado O botão gustativo está na superfície Botões gustativos Presentes nas papilas gungiformes superficialmente, e nas valadas e foliadas lateralmente; Presentes na porção anterior do palato mole; Origem epitelial; Sabor doce – botões gustativos das papilas fungiformes na ponta da língua; Sabor salgado – bordos laterais mas também na ponta; Sabor ácido – papilas fungiformes e foliadas das bordas; Amargo – papilas valadas; Amargo e ácido – botões gustativos no palato mole. Foliadas (lateral posterior da língua) Botões gustativos estão nas laterais; Tende a degenerar com a idade. Foc ona .od onto Valadas ou caliciforme (possui formato de cálice) Apresenta glândulas de Von Ebner (limpeza dos sulcos entre os cálices) Botão gustativo na lateral Anteriormente ao V lingual; 32 33 Referências TERUMI OKADA OZAWA, O. G. D. S. F. A. M. D. A. E. T. S. L. Embriologia da cavidade oral - aspectos embriológicos envolvidos na formação da face e palato humanos. In: ORIÁ, R. B. Sistema digestório: integração básico-clínica. 1ª. ed. [S.l.]: [s.n.], 2016. Cap. 5. BERKOVITZ, B. K. B.; HOLLAND, G. R.; MOXHAM, B. J. Anatomia, embriologia e histologia bucal. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 377 p. ISBN 8536302569 (11 LIVROS NA BIBLIOTECA). GÓMEZ DE FERRARIS, María Elsa; CAMPOS MUÑOZ, Antonio. Histologia e embriologia bucodental. 2ª ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 409 p. ISBN 852771096X (11 LIVROS NA BIBLIOTECA). KATCHBURIAN, Eduardo; ARANA, Victor. Histologia e embriologia oral: texto, atlas, correlações clínicas. 3ª ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Panamericana: Guanabara Koogan, 2012. 282 p. ISBN 9788527721431 (11 LIVROS NA BIBLIOTECA). @focona.odonto Amanda Fernandes Borges - estudante de odontologia. amandaborgesf12@gmail.com
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