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1 PSICOLOGIA DO ESPORTE 1 Sumário Introdução ........................................................................................................ 3 Conceitos ..................................................................................................... 7 Percurso histórico da psicologia do esporte .................................................... 9 Campos de atuação do psicólogo do esporte ............................................ 16 Interação multidisciplinar em atividades desportivas ................................. 20 O papel do psicólogo do esporte ............................................................ 22 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 24 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Fundamentos da Psicologia do Esporte e da Atividade Física Introdução A Psicologia do Esporte é uma ciência, que estuda os comportamentos de pessoas envolvidas no contexto esportivo e de exercício físico. O objetivo do psicólogo do esporte é entender como os fatores psicológicos influenciam o desempenho físico e compreender como a participação nessas atividades afeta o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem estar de uma pessoa nesse ambiente. A atuação profissional mais conhecida está relacionada aos esportes de alto rendimento. Mas, não é só isso o foco do psicólogo do esporte. As áreas de intervenção são compostas também: pelas práticas de tempo livre (atividade física como manutenção da saúde e do bem estar), pelo esporte escolar (a relação do praticante com o ambiente escolar, nos mais variados graus), pela iniciação esportiva (crianças e jovens envolvidas em atividades esportivas, pedagógicas e competitivas), pela reabilitação (recuperação psicológica de lesão de atletas e praticantes de 4 esporte, assim como pessoas que praticam atividade física como meio para reabilitação ou inserção social, os obesos, os doentes cardíacos, os doentes mentais, as pessoas com necessidades especiais entre outros), e por fim pelos projetos sociais (tem como intuito o esporte como meio de educação e socialização de crianças e jovens de comunidades carentes). Muitas vezes os papéis da Psicologia do Esporte e da Psicologia Clínica são confundidos, na verdade são especialidades diferentes. Não se “transporta” para o ambiente esportivo o “divã”, as estratégias de intervenção dessas áreas podem ser em alguns momentos similares, porém os objetivos são distintos. Na área esportiva procuramos desenvolver as principais habilidades psicológicas para um bom desempenho. Contudo, a Psicologia do Esporte é uma corrente científica e profissional de conhecimento que se concentra em várias dimensões do comportamento esportivo e do exercício; analisa como as ações esportivas são reguladas/controladas por processos psíquicos, e como as ações esportivas e de exercícios regulam/controlam os processos psíquicos (Tenenbaum, Morris, Hackfort & Medeiros Filho, 2013). A Psicologia do Esporte se desenvolveu a partir de fatos internacionais que mantem relação direta em sua história: 1879 – fundação do primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm Wundt; 1896 – realização da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, organizados por Pierre de Coubertin, que em 1913 também organizou o Primeiro Congresso Internacional sobre a Psicologia e a Fisiologia do Esporte; 1920 – primeiro laboratório de psicologia do esporte foi criado por Robert Werner Schulte em Berlim, Alemanha; 1925 – Coleman Griffith cria em Illinois, Estados Unidos, mais um laboratório de psicologia do esporte (Tenenbaum et al, 2013). As primeiras pesquisas que se tem conhecimento sobre a relação mais específica entre a Psicologia e os Exercícios Físicos também datam do final do século XIX e começo do século XX, como a desenvolvida por Norman Triplett em 1898, na qual verificou que o desempenho de ciclistas tendia a ser melhor quando pedalavam com mais alguém (Hausenblas & Rhodes, 2016). 5 Ou seja, a Psicologia do Esporte e do Exercício Físico foi desenvolvida, principalmente, a partir dos conhecimentos científicos da própria Psicologia e das Ciências do Esporte, bem como da realização de eventos esportivos como os Jogos Olímpicos, que acabaram colocando o Esporte em evidência na sociedade. A relação de conhecimento nos domínios da ciência do esporte e da psicologia com o campo da psicologia do esporte e do exercício (Weinberg & Gould, 2017). Os primeiros trabalhos publicados sobre alguma relação entre a Psicologia e o Esporte datam do final do século XIX e começo do século XX, mas é nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial que a disciplina teve seu maior desenvolvimento, em função da realização de pesquisas principalmente nos Estados Unidos e no Leste Europeu. Isto se deve ao fato de que nestas regiões do planeta – que representavam o bloco capitalista e o bloco socialista, respectivamente -, viam no esporte mais um forma de propaganda de seus modelos ideológicos: o esporte visto como mais uma arma de guerra fria a ser desenvolvida. Não à toa, os países envolvidos com as pesquisas passaram a ser os principais medalhistas olímpicos, o que aconteceu também com Cuba a partir da década de 1960, após replicar os conhecimentos previamente adquiridos pelos soviéticos (Casal, 2007). 6 No Brasil, a Psicologia do Esporte também se desenvolveu principalmente a partir do esporte competitivo de alto rendimento (Abdo, 2000). Embora algumas pesquisas tenham sido feitas anteriormente pela Escola de Educação Física do Exército Brasileiro, a área ganhou visibilidade apenas a partir de João Carvalhaes, que trabalhou com juízes de futebol na Federação Paulista de Futebol e com a seleção brasileira de futebol campeã na Copa do Mundo de 1958, na Suécia (Carvalho & Jacó-Vilela, 2009). No entanto, conforme explicado anteriormente, é errado pensar que a Psicologia do Esporte preocupa-se apenas como o esporte de alto rendimento, mesmo aqui no Brasil. Neste contexto, podemos perceber a Psicologia do Esporte e do Exercício como um ramo da Psicologia, das Ciências do Esporte e do próprio esporte, sendo simultaneamente um campo profissional que olha para o esporte e para o exercício físico na perspectiva psicológica (Figura 1). Percebe-se que o profissional da Psicologia do Esporte deve adquirir uma formação de conhecimentos que garanta uma boa formação geral em Psicologia aliada aos conhecimentos específicos do exercício físico e do esporte (Figura 1). É necessário para este profissional uma cultura alicerçadaem elementos que contribuam para o entendimento do contexto específico de atuação. Desta forma, o psicólogo esportivo deve trabalhar com atenção e rigor científico na prática esportiva para não convertê-la em uma Psicologia que simplifica todos os fenômenos do esporte. 7 Conceitos Psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. Deriva-se das palavras gregas: psiquê que significa “alma” e logia que significa “estudo de”. Psicologia do Esporte é o estudo científico do comportamento das pessoas envolvidas com atividades relacionadas ao esporte e ao exercício físico e a aplicação do conhecimento obtido” (GOULD & WEINBERG, 2001). A Psicologia do Esporte pode ser explicada e compreendida como uma ciência "que investiga as causas e os efeitos das ocorrências psíquicas que o ser humano apresenta, antes, durante e após o exercício ou esporte, sejam estes de cunho recreativo, competitivo ou reabilitador." (BECKER, 2000). É uma ciência que estuda as condutas e os processos psíquicos de atletas, ela persiste em conhecer e melhorar as condições internas do praticante esportivo, com propósito de otimizar o potencial físico, técnico e tático, adquiridos durante processo de preparação (CARBALLIDO, 2001). A importância da preparação psicológica está em acelerar os processos naturais de desenvolvimento das qualidades psíquicas e propriedades da personalidade mais relevantes aos esportistas (BURIT, 2001). 8 Segundo Markunas (2003) a psicologia do Esporte tem como foco de investigação e intervenção duas vertentes na inter-relação do indivíduo com a atividade esportiva: 1-Relacionada às características, traços, processos, estados, e qualidades psicológicas (ansiedade, estresse, motivação,..) 2-Relacionada à prática esportiva no que diz respeito às características da modalidade, seu modo de ensino e treinamento, evidenciando suas demandas e exigências psicológicas, o que por sua vez explica a interdependência da preparação psicológica e do treinamento esportivo. Psiquiatria é o ramo da Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças mentais, sejam elas de cunho orgânico ou funcional, tais como depressão, doença bipolar, esquizofrenia e transtornos de ansiedade. A meta principal é o alívio do sofrimento psíquico e o bem- estar psíquico. Para isso, é necessária uma avaliação completa do doente, com perspectivas biológica, psicológica, sociológica e outras áreas afins. Psicoterapia: Laplanche e Pontalis (2008, p. 393) definem a psicoterapia como “qualquer método de tratamento dos distúrbios psíquicos ou corporais que utilize meios psicológicos e, mais precisamente, a relação entre o terapeuta e o doente”. 9 Percurso histórico da psicologia do esporte A Grécia Antiga é tida como o berço da Psicologia Esportiva, pois ali alguns filósofos, como Aristóteles e Platão, especularam sobre a função perceptual e motora do movimento por meio dos conceitos de corpo e alma. Com isso, o desenvolvimento da Psicologia Esportiva se confunde com o desenvolvimento da Psicologia Geral, devido à sua base filosófica (Barreto, 2003). No final do século XVII e o começo do século XVIII as habilidades motoras e processos físicofisiológicos como tempo de reação, limiar de determinação, atenção e sentimentos ocuparam os estudos da época no terreno da Psicologia aplicada ao esporte (Davis, Huss & Becker, 1995). Entre os estudos iniciais em Psicologia do Esporte encontra-se o de Fitz (1897), o qual afirmou que a prática esportiva (jogar) era um meio de se preparar para a vida, por promover a capacidade de julgamento, habilidade de perceber as condições corretamente e a habilidade de reagir rapidamente a um ambiente mutável). A importância do esporte é destacada em estudos iniciais dessa especialidade, como o de Patrick (1903) e o de Hermann (1921), os quais afirmam que o esporte permite o desenvolvimento de hábitos de vida e que os músculos são os mecanismos pelos quais se desenvolvem a imitação, a obediência e o caráter. Destacam que seria por meio do esporte que mente, corpo e alma se manifestariam em situações reais. Kellor (1908) advogou também que por meio da atividade física não se construía apenas um corpo forte, mas também uma mente forte. Estes estudos serviram como base para as pesquisas de Norman Triplett, investigador da Universidade de Indiana – EUA, o qual realizou os primeiros experimentos direcionando a Psicologia do Esporte ao caminho em que se encontra nos dias atuais (Gonzáles, 1997). Triplett (1898) estudou a influência do adversário em ciclistas de rendimento e acreditava que a presença de um competidor servia de estímulo para a liberação de uma energia que permanecia latente ante as condições diretas e sem ritmo de competição. Para o autor, a presença do adversário funcionava como um elemento motivador para o aumento do esforço do atleta. 10 No início do século XX surgiram as primeiras discussões sobre a influência do aspecto psicológico no desempenho de atletas no contexto esportivo, mas como a Psicologia ainda não estava consolidada como uma ciência, as publicações da época eram escritas por educadores, atletas e jornalistas, que não apresentavam suporte científico suficiente para explicar esta variável. Ressalta-se, porém, que nesse período o sucesso de um atleta era atribuído ao seu controle emocional, evidenciando que o segredo do sucesso de um atleta não está no comprimento dos membros, na profundidade do pulmão ou no desenvolvimento muscular, mas sim, no controle nervoso (emocional) sobre o corpo (Lee, 1901). Por volta de 1920, a Psicologia do Esporte surge de diferentes formas na Alemanha, na União Soviética e nos Estados Unidos da América (EUA). Neste período destacam-se em Moscou os psicólogos Avksentii Puni e Piotr Rudick, que realizaram os primeiros trabalhos de Psicologia no Instituto de Cultura Física na União Soviética; na Alemanha, Schulte Sippel, psicólogo do Instituto de Educação Física de Leizig e Berlim, publica o primeiro livro Corpo e Alma no desporto: uma introdução à 11 Psicologia do Exercício Físico; e nos Estados Unidos da América Coleman Roberts Griffith enfoca a relação entre psicologia e esporte (Gonzáles, 1997; Araújo, 2002). Destes, Coleman Griffith foi considerado o Pai da Psicologia do Esporte, pelo fato de ter sido o primeiro a criar um laboratório de Psicologia do Esporte, o que se deu em 1925, na Universidade de Illinois. Coleman tinha como meta investigar um conjunto de elementos psicológicos relevantes para o rendimento esportivo, e os seus estudos envolviam temas de aprendizagem, habilidades motoras e variáveis da personalidade. Criou vários testes e foi o primeiro professor de Universidade a oferecer um curso de Psicologia do Esporte, em 1923. A criação do Laboratório de Griffith marca o início do período histórico (1920-1940), quando a Psicologia do Esporte passou a ser desenvolvida e pesquisada na prática. Nesse período também surgem os primeiros trabalhos de preparação psicológica com equipes olímpicas na Tchecoslováquia. 12 Após a Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1945 e 1964, surgiram vários laboratórios de Psicologia do Esporte nos Estados Unidos, tais como os de Franklin Henry (Universidade de Berkeley), John Lawther (Universidade da Pensilvânia) e Arthur Slater-Hammer (Universidade de Indiana), os quais começaram a oferecer cursos de Psicologia do Esporte nas suas universidades. Também Bruce Ogilvie e Thomas Tutko lançam nesse mesmo período o livro Problem athletes and how to handle them. Este livro foi muito popular entre os técnicos esportivos e atletas, e devido a ele Ogilvie foireferenciado como o Pai da Psicologia Aplicada ao Esporte (Cox, Qiu & Liu, 1993). Neste período, a corrente teórica de influência de estudos era o Behaviorismo de Watson, que principalmente Skinner divulgava nos EUA. Durante o período de 1950-1980 a Psicologia do Esporte começou a construir a sustentação teórica que embasaria as pesquisas desse setor da Psicologia. Apesar das contribuições anteriores de autores como Griffith, foi nesse período que os estudos passaram a enfocar as características psicológicas, tirando o enfoque da área do comportamento motor (desenvolvimento motor e aprendizagem motora). Neste sentido, devido às diferenças culturais, no contexto mundial cada país enfatizou diferentes aspectos da Psicologia do Esporte e do Exercício. Um grande salto no plano de desenvolvimento científico ocorreu nos anos 60, em que estudos específicos foram apresentados, principalmente nos EUA. Isto ocorreu em 1965, com a criação da Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte (ISSP) por iniciativa da Federação Italiana de Medicina Esportiva, em Roma, tendo como seu primeiro presidente Ferrucio Antonelli, o que demonstra que este ramo de conhecimento se organizou recentemente em todo o mundo. Depois da criação da ISSP, foi criada, em 1966, a Sociedade Norte-Americana para a Psicologia do Esporte e Psicologia da Atividade Física (NASPSPA). Estas organizações são, oficialmente, as que realizam os congressos internacionais de maior impacto do setor: o Congresso Mundial de Psicologia do Esporte, organizado pela ISSP a cada quatro anos, e o Congresso da NASPSPA, realizado anualmente. Em 1970 foi criada a primeira revista específica dessa especialidade, a International Journal of Sport Psychology. 13 Machado (1997) escreve que essa juventude pode ser a causa de existirem poucos estudos que analisem seu nascimento e seu desenvolvimento, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Na década de 80 ocorreu a passagem do enfoque essencialmente comportamental do esporte para uma concepção cognitiva, acompanhando a tendência da Psicologia. Em 1986 é formada a divisão 47 (Sport and Exercise Psychology) na American Psychological Association (APA), a qual emerge no sentido de especificar a qualificação necessária para se tornar um psicólogo esportivo. Isso se deveu ao fato de ser clara a existência de duas psicologias esportivas (educacional e clínica), reconhecendo-se que as duas eram necessárias, mas precisavam de certificações para atuar em seus campos (Cox, Qiu & Liu, 1993). A Psicologia Clínica, voltada para intervenção (psicodiagnóstico, técnicas de treinamento mental, aconselhamento e acompanhamento dos atletas) era praticada somente por psicólogos e a Psicologia Educacional (trabalho no ensino, técnicas motivacionais de grupo e desenvolvimento de pesquisas) era praticada por profissionais da Psicologia e não graduados na área. Com estas especialidades, Clínica e Educacional, em 1979 surge no Brasil de forma sistematizada a Psicologia do Esporte. Naquele ano foi fundada a Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte, da Atividade Física e da Recreação (SOBRAPE), tendo como seu primeiro presidente o Prof. Dr. Benno Becker Junior. De acordo com Samulski (2000), o Brasil ocupa uma posição de liderança na América Latina, o que pode ser comprovado com base no grande volume de trabalhos publicados e no número de congressos realizados, bem como na quantidade de laboratórios de Psicologia do Esporte existentes na Região Sul do Brasil. No ano de 2006 surge também no Brasil a Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (ABRAPESP), por iniciativa de um grupo de psicólogos e profissionais de educação física preocupados em discutir e promover os estudos e práticas profissionais da Psicologia Esportiva no país. Atualmente essa associação tem como presidente a psicóloga Kátia Rubio. No âmbito nacional, o primeiro trabalho de intervenção antecede a criação da SOBRAPE e da ISSP, tendo sido realizado em 1958 por João Carvalhaes, psicólogo 14 do São Paulo Futebol Clube, o qual posteriormente realizou trabalhos com a seleção brasileira de futebol. Outro profissional foi Athaide Ribeiro da Silva, que trabalhou em 1962 e 1963 na seleção brasileira de futebol. Casal (2007) comenta que não é casual a Psicologia do Esporte no Brasil ter começado com o futebol, já que este é o esporte nacional, portanto o de maior investimento econômico e visibilidade social. A Psicologia do Esporte, no que se refere ao esporte de alto rendimento, visa compreender os processos envolvidos na situação esportiva e construir, em conjunto com o atleta, estratégias para melhorar seu desempenho, ou seja, sua atuação está voltada, para "preparar, psicologicamente, o atleta para a obtenção da máxima eficiência no seu rendimento, nos treinamentos e nas performances". (BARRETO, 2003). De acordo com MARTIN, 2001, a Psicologia do Esporte, com base na teoria Behaviorista e nas práticas da Análise do Comportamento, apresenta como característica a definição dos problemas em termos de comportamentos que possam ser mensurados de alguma maneira, usando modificações na mensuração comportamental do problema como melhor indicador do grau em que o problema está sendo superado, sendo que as técnicas e procedimentos de tratamento dotados, por essa abordagem, são formas de reorganizar o ambiente, variáveis físicas específicas imediatamente próximas à pessoa e que pode afetar o comportamento, de um indivíduo para ajudar o atleta a ter um desempenho que envolva todo o seu potencial. Segundo PEREIRA (2003), "o desenvolvimento da psicologia comportamental do esporte se dá a partir da utilização dos princípios psicológicos básicos aplicados ao contexto esportivo", sendo que a aplicação dos conhecimentos da psicologia comportamental ao esporte se estende a qualquer comportamento que possa ser identificado como esportivo. Os profissionais desta abordagem, com a utilização dos fundamentos da Psicologia da Aprendizagem e da interpretação comportamental com base no modelo de contingência tríplice procuram investigar detalhadamente os comportamentos dos processos cognitivos e emocionais dos atletas no contexto esportivo, criar procedimentos e técnicas para aperfeiçoar a relação organismo-ambiente, visando a melhoria de desempenho do atleta. Esses profissionais, através de um processo de interação com os demais profissionais esportivos e com os atletas, buscam trabalhar 15 competências que envolvem a parte técnica, tática, física e psicológica dos atletas, bem como na análise e compreensão dos métodos, teorias e técnicas utilizadas no treinamento esportivo. (Pereira, 2002). Buscando desenvolver um trabalho de forma interdisciplinar com profissionais como o Assistente Social, o Nutricionista, Médico, Fisiologista, Técnico, Preparador Físico, dentre outros profissionais, os Psicólogos Analistas do Comportamento buscam intervir nos diferentes níveis de comportamentos, por comportamento entende-se essencialmente, como " qualquer coisa que uma pessoa diga ou faça", ou seja, busca-se trabalhar à nível das ações, cognições e emoções. Para tanto tais profissionais visam compreender quais são as influências ambientais que o atleta sofre, ou seja, o Psicólogo Comportamental define o ambiente de forma ampla identificando os antecedentes, históricos, biológicos, físicos e socioculturais dos atletas, sendo que as intervenções do Psicólogo devem ser executadas nesse ambiente, uma vez que essas ações irão refletir nas ações dos atletas (Pereira, 2002). Segundo PEREIRA (2003), os psicólogos comportamentais esportivos adotam uma metodologia de trabalho que desmistifica conceitos tradicionais, como os rótulos que descrevem processos de causa interna, tais como: motivação, medo, angustia, dentre outros. Esses psicólogos também efetuam uma interpretaçãocomportamental dos conceitos, ou seja, os rótulos são operacionalizados e descrevem relações do organismo-ambiente através da observação dos comportamentos. Suas estratégias envolvem o estabelecimento de objetivos gerais e específicos, atuam sobre órgãos públicos ou privados, estabelecimento do comprometimento com o treinamento, autoverbalizações funcionais, com técnicas de condicionamento operante e respondente, tais como: relaxamento, ensaio mental, feedback, controle de estímulos, lideranças por regras totais e parciais, etc. De acordo com CILIO (2000), o treinamento comportamental tem por características: 1) A ênfase em uma medida detalhada e específica da "performance" atlética e o uso dessas medidas para avaliar a efetividade de técnicas específicas de treino; 16 2) Reconhecer a distinção entre desenvolver um novo comportamento e manter (motivar) um comportamento existente em taxas aceitáveis, e oferece procedimento para ambos; 3) Encorajar atletas à automonitoração de suas "performances" e a competir mais consigo próprio do que com os outros; 4) Encorajar técnicos a usarem procedimentos específicos de modificação do comportamento cuja efetividade tem sido demonstrada em inúmeras outras áreas; 5) Focar o comportamento do técnico, assim como o comportamento do atleta, e encorajar o técnico a continuamente monitorar e avaliar o seu próprio comportamento de treinador; 6) Sugerir que os próprios atletas devem aumentar seu envolvimento no estabelecimento de objetivos e na avaliação dos resultados obtidos. Os procedimentos de trabalhos desses profissionais englobam as entrevistas e intervenções, orientação individual e coletiva, o treinamento mental e de auto- verbalização, dinâmicas de grupo e Palestras, trabalha com Jornais, Biblioteca e Videoteca, estrutura de documentação, projetos para diferentes situações e com os fatores técnicos, a cultura do time, clube, com competições específicas e grau de expectativa. Campos de atuação do psicólogo do esporte O desenvolvimento da Psicologia do Esporte enquanto campo de pesquisa e intervenção tem suscitado uma série de questões, que vão desde a formação acadêmica/profissional mínima adequada para a atuação nesse campo e as delimitações do papel do profissional até a formação de um corpo de conhecimento teórico e técnico que sirva de base para a intervenção junto a atletas e praticantes do exercício físico. Neste sentido, os estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício têm-se dividido em duas subáreas: a da Psicologia relacionada ao exercício físico e atividade física e da Psicologia do Esporte. A primeira refere-se ao relacionamento entre o 17 exercício físico e a saúde (prevenção, reabilitação), enquanto a segunda está direcionada para os determinantes e consequências do desempenho e envolvimento com o esporte competitivo (Gauvin & Spence, 1995). Neste contexto, tanto a APA como a Associação de Psicologia do Canadá julgam necessário estabelecer critérios básicos para dois campos de atuação do psicólogo do esporte: o educacional e o clínico. O psicólogo educacional se ocupa mais da análise de dinâmicas de grupo, em atividades mais relacionadas ao ensino e à pesquisa, do treinamento mais pedagógico do que clínico; por seu turno, o psicólogo clínico é aquele que faz psicodiagnóstico esportivo e pratica intervenções clínicas tanto individualmente no atleta quanto nos contextos grupais (Gonzáles, 1997). De acordo com Weinberg e Gould (2001), os psicólogos do esporte possuem três campos de atuação profissional: o ensino, a pesquisa e a intervenção. No campo do ensino o objetivo é transmitir conhecimentos e habilidades técnicas esportivas. Para tanto, os profissionais necessitam ter conhecimentos das capacidades psicológicas necessárias para melhor compreender o comportamento humano no âmbito do esporte (papel de professor). No campo da pesquisa, são mais explorados procedimentos diagnósticos para medir características psicológicas das pessoas, avaliações esportivas e medidas de intervenção psicológica para competição e treinamento (papel de pesquisador). No campo da intervenção psicológica (papel de consultor) são realizados psicodiagnósticos, programas psicológicos de treinamento mental, juntamente com medidas de aconselhamento e acompanhamento (figura 2) 18 Desta forma, é possível perceber que o campo de atuação profissional do psicólogo esportivo é amplo, no entanto, embora sua denominação esteja vinculada à Psicologia, existem profissionais com diferentes formações ocupando este campo profissional (Rubio, 2000). O psicólogo que trabalha no esporte deve conhecer o fator primordial da área: a competição. Todas as ações, de todos os profissionais envolvidos, devem estar voltadas para a obtenção dos melhores resultados possíveis nas competições. E não deve ser diferente para o psicólogo. Neste sentido a intervenção psicológica deve estar direcionada para a obtenção dos resultados, de forma integrada aos outros tipos de preparo (físico, nutricional, técnico-tático). Portanto o psicólogo necessita conhecer os tipos de competição e de preparo para elas, na (s) modalidade (s) trabalhada. Além disso, diferentes tipos de modalidades e de competições apresentam diferentes exigências para os atletas. É preciso conhecê-las muito bem para saber o que deverá ser esperado dos atletas e, aí sim, propor intervenções específicas e adequadas. Nesse tipo de trabalho o psicólogo trabalha muito com todos os outros envolvidos na qualidade de rendimento que o atleta possa oferecer, é altamente multidisciplinar envolvendo médicos, fisioterapeutas, técnicos, pesquisadores. Considerando-se os campos de atuação do psicólogo esportivo (ensino, pesquisa e intervenção), o papel do profissional será de ser professor, pesquisador e consultor. O psicólogo esportivo voltado para o ensino tem a função de transmitir 19 conhecimentos de base sobre essa especialidade; o psicólogo esportivo voltado para a pesquisa tem como função explorar os diferentes campos de atuação visando ao crescimento do setor e ao desenvolvimento de teorias; o psicólogo esportivo voltado à intervenção tem o papel de realizar psicodiagnósticos e intervenções psicológicas. Este papel é o mais discutido no contexto da realidade brasileira. Os campos de atuação do psicólogo do esporte são divididos em: 1- Esporte do rendimento que busca a otimização do desempenho e o trabalho com as questões que interferem no rendimento do atleta ou do grupo esportivo. O psicólogo atua analisando e transformando os determinantes psíquicos que interferem no rendimento do atleta. 2- Esporte Escolar psicologia praticada nas escolas tem como formação os princípios sócio educativos preparando os alunos para a cidadania e para o lazer. Neste caso o psicólogo busca compreender e analisar os processos de ensino, educação e socialização na formação dos praticantes. 3- Esporte Recreativo ou práticas de tempo livre, praticantes que buscam a satisfação pessoal e a superação de limites e desafios visando sempre o bem estar. A função do psicólogo é atuar na primeira linha de análise do comportamento recreativo, com diferentes faixas etárias classes sócias econômicas e atuações em diferentes motivos, interesse e atitudes. 4- Esporte da Reabilitação prevenção e intervenção em pessoas portadoras de algum tipo de lesão decorrentes da pratica esportiva ou pessoas que necessitam praticar esporte devido aos problemas coronarianos, hipertensão, AVC, portadores de necessidades especiais. 5- Trabalho nos projetos sociais uso do esporte como meio de socialização e educação de crianças e jovens. 6- Atuação do psicólogo do esporte na área educativa Segue algumas possibilidades de atuação do psicológico com foco educativo 1- Ambientes do esporte: competição e cooperação, diferençaentre ambos seus aspectos positivos e negativos. 2- Ao Atleta: focar na motivação, as fontes de processo da ansiedade e stress, 20 3- Aos grupos: desenvolver dinâmica de grupo e equipe, procurando componentes necessários para obter uma liderança efetiva, comunicação: importância no processo de metas e objetivos do grupo. 4- No desempenho: dicas de exercício de mentalização trabalhar a autoconfiança e a autoestima, foco na atenção. 5- Saúde e bem estar: lesões, obter qualidade de vida, distúrbios alimentares, abuso de substancias toxicas, 6- Burnout, ou melhor, estafa e treinamento excessivo. 7- Orientação aos pais à importância do apoio. Interação multidisciplinar em atividades desportivas Relacionada à Educação Física e à Fisioterapia, a Psicologia do Esporte tem buscado ser reconhecida, atualmente, como uma disciplina da Psicologia, entendida como Psicologia aplicada. Tradicionalmente, porém, o que acontece é a relativa ausência da disciplina nas grades curriculares dos cursos de graduação em Psicologia no Brasil. Recentemente a tendência tem sido a elaboração de uma 'Ciências do Esporte', que congregaria então a Biomecânica, a Sociologia, a Antropologia, a Medicina e a Psicologia do Esporte, bem como outros campos do saber diretamente voltados para a prática esportiva (DISHMAN, apud RUBIO, 2000). Considerada então como uma subárea das Ciências do Esporte e ao mesmo tempo uma especialidade da Psicologia, a Psicologia do Esporte vem se ocupando apenas de certos aspectos da Psicologia em geral. A clivagem aparece sobre tudo na dicotomia construção teórica/pesquisa versus aplicação prática/intervenção psicológica, onde há uma concentração "na importância de variáveis independentes que influenciam a performance” (RUBIO, 2000). Assim, temos assistido nesta última década a uma “descoberta” da Psicologia do Esporte como área de atuação emergente para psicólogos que, diante de uma demanda crescente, enfrentam grandes dificuldades para intervir adequadamente, já 21 que os cursos de graduação em Psicologia ainda não formam nem qualificam o graduando para esta possibilidade de prática. Temas como motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar psicológico, pensamentos e sentimentos de atletas e vários outros aspectos da prática esportiva e da atividade física têm requerido estudo e atuação de profissionais da área, visto que o nível técnico de atletas e equipes de alto rendimento está cada vez mais equilibrado, dando ênfase especial à preparação emocional, tida como o diferencial. No Brasil, é interpretada como um produto da década de 1980. A partir de então, uma rápida evolução foi percebida, com o surgimento de novos pesquisadores, instituições e laboratórios que deram à Psicologia do Esporte o suporte necessário para a sua inclusão definitiva no cenário esportivo competitivo (RUBIO, 2000). A Psicologia do Esporte, que apesar de ter seu início vinculado a trabalhos realizados há mais de um século, no Brasil ainda é vista como uma novidade pelos profissionais do esporte, sejam eles atletas, técnicos e dirigentes, que não têm clareza de que maneira essa intervenção pode ajudá-los a aumentar o rendimento esportivo ou superar situações adversas. 22 O papel do psicólogo do esporte Como conceituado anteriormente, o papel do psicólogo esportivo surge em função dos campos de atuação: ensino - papel de professor; pesquisa - papel de pesquisador; e Intervenção - papel de consultor. Quando um psicólogo esportivo tem o papel de consultor, ao ingressar numa equipe de trabalho ele gera nos seus integrantes uma série de mecanismos psíquicos, como empatia, resistência e outros. A percepção que cada indivíduo tem sobre o psicoterapeuta oscila de expectativas de grande auxílio até altos níveis de ansiedade – neste caso, nos sujeitos mais inseguros. Lacrampe e Chamalidis (1995) referem que a percepção do serviço da Psicologia do Esporte depende da interação de fatores como experiência passada dos atletas com o psicólogo esportivo, expectativas do grupo, confiança mútua e a especificidade da situação. Desta forma, a maneira como o psicólogo será apresentado aos membros da equipe esportiva é de fundamental importância para o desenvolvimento do rapport (estabelecimento do vínculo terapêutico). 23 Para Becker Junior (2000), uma apresentação seguida de um grande currículo pode atrapalhar, pelo desnível que poderá sentir o atleta. Esses sentimentos, se não forem equacionados rapidamente, podem concorrer para um relacionamento cheio de conflitos entre o psicólogo e os demais integrantes da equipe; uma apresentação simples, com nome e função, experiência na especialidade e objetivos com o grupo é suficiente e facilitará a avaliação psicológica. Historicamente, Griffith, considerado o precursor da Psicologia aplicada ao Esporte nos Estados Unidos apontava como funções do Psicólogo do Esporte ensinar a técnicos jovens e inexperientes os princípios psicológicos utilizados por técnicos de grande sucesso, adaptar a informação já adquirida em Psicologia para o contexto esportivo e utilizar o método científico e experimental em laboratório para descobrir novos fatos e princípios que ajudariam o atleta na prática (Gould & Pick, 1995). Com relação ao papel do psicólogo do esporte dentro de uma equipe esportiva, Riera (1985) e Miracle (1992) compartilham a mesma opinião: a de que este profissional deve ter funções bem-definidas, como assessorar, informar, ensinar e ser agente de transformação. Assim, ao psicólogo do esporte cabe clarificar a técnicos, dirigentes, atletas e demais envolvidos no contexto do esporte e do exercício físico os princípios que norteiam o comportamento humano. Araújo (2002) acredita que os especialistas em Psicologia do Esporte devem estar empenhados em melhorar o desempenho dos atletas, em aconselhá-los, reabilitá-los de lesões e promover o exercício físico para melhorar a saúde dos indivíduos. Outro aspecto a destacar no papel do psicólogo esportivo é o da comunicação entre os grupos esportivos e os psicólogos. Neste ponto a linguagem cotidiana dos técnicos e dos atletas é norteada por termos técnicos específicos de cada esporte, por isso o psicólogo deve buscar este conhecimento para não encontrar grande resistência dos praticantes do esporte e do exercício físico. 24 REFERÊNCIAS RUBIO, K. . Da Psicologia do Esporte que temos à Psicologia do Esporte que queremos, Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, 2007. WEINBERG, Robert e Gould, Daniel. Fundamentos da Psicologia do Esporte e Exercício. Artmed; 2001. ABDO, E. Psicologia do Esporte no Brasil. In: RUBIO, K. (org.) Encontros e desencontros: descobrindo a psicologia do esporte. 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