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Sistema Digestório - Cavidade Abdominal

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UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
LIZ JUNGER MOURÃO
ANATOMIA
Esôfago
É uma continuação com a faringe, a nível da cartilagem cricoidea. Isso equivale a aproximadamente a mesma altura que a vértebra C6.
• O esôfago tem uma pequena parte cervical, uma parte torácica e uma pequena parte abdominal.
• Sua metade superior está localizada posteriormente à traquéia. À medida que o esôfago se torna inferior, fica mais próximo da Aorta.
• Durante seu trajeto para a cavidade abdominal pode assumir uma posição mais à direita por causa da aorta, em relação à linha mediana e próximo ao diafragma começa a assumir uma posição para a esquerda novamente. Depois ele atravessa o hiato esofágico no músculo diafragma, a nível de T10 e emerge na cavidade abdominal, um tanto para a esquerda, para liberar seu conteúdo no estômago.
• Nessa imagem conseguimos observar que o esôfago está posterior à traqueia e está em contato com o arco da aorta e os brônquios principais.
• Devido a suas relações com essas estruturas, há três pontos onde esse órgão vai ser obstruído, sua luz é reduzida.
- Primeiro ponto: quando o esôfago se une com a faringe: junção faringoesofágica. Aos 15 cm.
- Segundo ponto: condição dupla. O arco da aorta cruza o esôfago ao mesmo tempo que o brônquio principal esquerdo comprime. Junção bronco-aórtica. 10 cm depois.
- Terceiro ponto: quando o esôfago passa através da musculatura do diafragma. Aos 35 cm.
• Até o esôfago se abrir na cardia, primeira parte do estômago, tem em torno de 40 cm, considerando- o desde os dentes incisivos na cavidade oral.
- A relação do esôfago com a traqueia, fixado a ela por alguns tecidos conjuntivos.
- À esquerda, observam-se as fibras que envolvem o esôfago. Externamente há feixes de fibras longitudinais. Mais profundamente há fibras circulares. Essa mudança de disposição de fibras é importante para os movimentos peristálticos, que servem para que o bolo alimentar seja conduzido de superior para inferiormente.
- Bem próximo da abertura entre o esôfago e o estomago essa mucosa tem uma mudança brusca, linha Z, toda ondulada.
- O esôfago atravessa o hiato esofágico e a própria fáscia que reveste a parte interna do diafragma emite duas extensões, uma superior e inferior. Essa fáscia sofre um espessamento e é mencionada como ligamento frenicoesofágico. Esse ligamento auxilia na estabilização do esôfago na sua posição, evitando saída de alguma parte do estômago por meio do hiato esofágico. Além disso tem m coxim de gordura de cada lado, prevenindo movimentos de fricção com o diafragma, músculo que está constantemente contraindo e dinâmico.
• Vascularização:
- A parte cervical do esôfago vai ser irrigada pelo ramo esofágico, que é ramo da artéria tireóidea inferior.
- A parte torácica tem ramos particulares que saem do aspecto anterior da artéria aorta (4 a 6 ramos ímpares). Eles vão em direção ao esôfago. Há alguns ramos que podem sair de artérias mediastinais -ramos indiretos esofágicos.
- A parte abdominal é por meio de artérias gástricas, ramos do tronco celíaco.
• Drenagem:
- Há um plexo vasto de veias na parede anterior do esôfago.
- Essas veias esofágicas vão drenar para o sistema ázigo de veias: veia hemiázigo, veia hemiázigo acessória e veia ázigo que se abre na veia cava superior.
A drenagem da parte abdominal acontece pelas veias esofágicas da parte abdominal, tributárias das veias gástricas, as quais drenam na veia porta.
Hérnias de hiato
• Há diversas formas de hérnias. A hérnia é o deslizamento de alguma parte do estômago pelo hiato esofágico.
- Hérnia paraesofágica: o fundo do estômago atravessa o hiato esofágico. Geralmente esse tipo de hérnia não está associado com o regurgitamento de alimento de conteúdo gástrico.
- Hérnia deslizante: a primeira parte do estômago, a cardia, lugar onde se abre o esôfago no estômago. Ocorre o regurgitamento do conteúdo do estômago.
• Essas hérnias acontecem geralmente na meia idade -40 a 45 anos-. Associado com o enfraquecimento da musculatura do diafragma, gerando desconforto, azia. Associado também ao enfraquecimento dos ligamentos frenicoesofágicos.
Cavidade abdominal
• Tudo abaixo do diafragma já é considerado cavidade abdominal. Todas as vísceras do sistema digestório estão localizadas na cavidade abdominal e algumas se estendem para a cavidade pélvica (colo zigmoide, intestino grosso, reto, ânus no trígono anal).
• Paredes abdominais:
- Pele;
- Tecido subcutâneo com gordura;
- Camadas musculares: M. oblíquo externo, M. oblíquo interno, M. transverso do abdome.
- Fáscia transversal;
- Gordura extraperitonial;
- Peritonio: células únicas que revestem a cavidade interna do abdome.
• É importante salientar que essa camada superficial de gordura é dividida em duas:
- A superficial tem o tecido adiposo. Fáscia de Camper.
- A membranácea é mais profunda e não tem tanto extrato gorduroso. Considerada a fáscia de Scarpa.
Divisão
• Observa-se:
- A organização do estômago, do fígado... Parte desses órgãos são protegidos pelas costelas, pelo músculo diafragma.
- Mais inferior, o intestino grosso se organiza como se fosse um mosaico e ocupa a parte central. Já o intestino delgado fica como um quadro.
• A cavidade abdominal pode ser dividida em 4 quadrantes, para se referir sobre dor, acesso...
- Para essa divisão considera-se uma linha longitudinal que cruza o processo xifóide e a sínfise púbica; e um plano transumbilical, a nível de L3.
- Divide-se então em 4 quadrantes: quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior direito e quadrante inferior esquerdo.
• Há também uma divisão em 9 partes, um pouco mais minuciosa:
- Utilizada para identificar a ocorrência ou descrição de alguma estrutura.
- Consideram-se duas linhas longitudinais, que são planos claviculares médios – o ponto central das clavículas – que segue até o ponto médio do ligamento inguinal – região entre a sínfise púbica e a crista ilíaca superior. Também duas linhas transversais, um plano subcostal e um plano intertubercular – vai aos tubérculos da crista ilíaca.
- Regiões superiores: hipocôndrio direito, região epigástrica central, hipocôndrio esquerdo. (hipo: baixo; côndrio: costela)
- Regiões mais inferiores: região inguinal direita (virilha direita), região púbica, região inguinal esquerda.
- Central: Flanco ou região lateral direita, região umbilical, flanco ou região lateral esquerda.
Peritônio
• É uma camada de células que se assemelham a células epiteliais.
• Ele reveste a parede abdominal – peritônio parietal – e a superfície de algumas vísceras – peritônio visceral. É semelhante à pleura.
• O peritônio associado à parede do abdome prossegue em direção à víscera e acaba formando duas pregas, o mesentério.
• O mesentério são duas pregas que emergiram do peritônio parietal para um peritônio visceral. Entre essas duas pregas há espaço, por onde estruturas vasculonervosas irão acessar as vísceras.
• As vísceras abdominais podem ser intraperitoneais ou retroperitoneal. No retroperitonial não ocorre a prega de peritônio.
• A imagem a seguir ilustra o intraperitoneal e retroperitoneal:
- Quando uma víscera é envolvida por completo pelo peritônio: Ele sai da cavidade abdominal, tem uma prega dupla e envolve a víscera. Víscera intraperitoneal.
- Quando a víscera não é envolvida por completo pelo peritônio, é retroperitoneal. Exemplo: rins, pâncreas, duodeno.
• Corte sagital da cavidade abdominal: - Visualizamos o fígado superiormente, o estômago, o duodeno – primeira parte do intestino delgado, uma parte do intestino grosso – cólon transverso, diversas alças do intestino delgado e os espaços entre essas estruturas.
• Há um espaço representado em roxo escuro e uma em um roxo mais claro, lilás. São dois compartimentos dentro da cavidade abdominal. Eles são gerados por conta do desenvolvimento do sistema digestório. Ocorre uma rotação do tubo digestório e os órgãos associados ao mesentério ventral e dorsal vão crescendo e se adequando/organizando. Essa rotação gera os dois compartimentos.
- Roxo escuro: bolsa omental maior;
- Roxoclaro: bolsa omental menor;
- Esses espaços têm grande importância clínica pois permitem acesso a vísceras.
• Observa-se:
- Algumas estruturas que são intraperitoneais: estômago, fígado...
- Todas as alças intestinais do intestino delgado são intraperitoneais, formando as pregas de peritônio, chamadas de mesentério.
- Omento menor: comunica o estômago e uma parte do duodeno ao fígado.
- Omento maior: extensão do mesentério relacionado com o estômago, que cresce e age como um avental, protegendo as vísceras abdominais.
- O peritônio parietal está relacionado com a parede do abdome e chega um momento em que ele vai contornar para revestir as vísceras, tornando-se o peritônio visceral. Ele vai circundar todas as vísceras abdominais, reveste o intestino grosso, até contornar o crescimento e formar o omento maior, dando continuidade para a superfície superior do estômago, do fígado e completar o início peritônio.
- O peritônio também reveste o saco menor ou bolsa omental menor. Essa pequena lâmina de peritônio também contribui para a formação do omento maior.
• Corte na região do saco menor ou bolsa omental menor:
• Observa-se:
- O fígado anteriormente, o estômago, o baço – intraperitoneal- e os rins –órgãos retroperitoneais –
- A bolsa omental, posterior ao estômago. A comunicação dessa bolsa omental com o saco maior ocorre por meio de um forame, o forame omental.
• Nas delimitações do forame omental há estruturas vasculares importantes:
- Na sua margem anterior há a artéria hepática própria, que vai irrigar o fígado, o ducto poledomo -ducto biliar que drena a bile produzida pelo fígado – e a veia porta. Eles três juntos são chamados de tríade portal.
- Na margem posterior tem a veia cava inferior.
Manobra de Pringle: Quando ocorre um sangramento ao acessar o fígado, é possível pinçar com o dedo indicador e o polegar as estruturas vasculonervosas para ter uma obstrução da artéria hepática própria e reduzir o sangramento. Essa manobra é realizada na tríade portal.
• Omento maior:
- É a prega extensa amarela/alaranjada.
- Está anteriormente às alças abdominais.
- Tem um formato de avental.
- Formado por duas pregas de peritônio.
- Alguns livros falam que é formado por 2 lâminas, outros falam 4 lâminas. Quando falam 2 consideram somente o peritônio que está passando e retorna pelo outro lado. Outros consideram que o peritônio que está revestindo a bolsa omental menor também se estende para o omento maior, o que seria com 4 lâminas.
- Ele é formado, então, por 2 ou mais pregas de peritônio, que é uma extensão fixada à curvatura maior do estômago, margem externa do estômago.
- Funciona como se fosse um guardião do estômago. Quando há uma inflamação, essa parte é paralisada em termos de peristaltismo, direcionando o aumento para a região paralisada isolando a inflamação, evita-se assim uma disseminação por todo o peritônio, gerando uma peritonite (inflamação do peritônio).
• O peritônio é inervado por nervos periféricos, então há dor quando ocorre inflamação extensa.
• Imagem cadavérica do omento. Normalmente in vivo ele está menos organizado, com ou sem inflamação.
• Organizado, cobrindo as vísceras abdominais.
• O “avental” quando levantado expõe as vísceras abdominais, principalmente o intestino delgado que está no centro.
- Junto com o omento maior é possível se elevar o colo transverso, por conta da fixação entre eles.
• Omento menor:
- É uma prega de peritônio.
- Emerge da curvatura menor do estômago e uma parte do duodeno, seguindo em direção ao fígado.
- Por fins descritivos pode ser conhecido como ligamento hepatoduodenal, que seria a parte inicial do omento. Ligamento hepatogástrico: fica mais próximo do estômago e do fígado.
- Ele é todo contínuo. A divisão em ligamentos é mais para fins de descrição.
- O ligamento hepatoduodenal é a borda anterior do forame omental.
• Outra imagem com corte transversal e uma visão oblíqua
- Musculatura da parede do abdome, uma vértebra, os 2 rins retroperitoneais, a lâmina peritoneal, o pâncreas retroperitoneal, a bolsa omental.
- O peritônio parietal passa sobre o pâncreas, chega próximo do baço, contorna na superfície posterior do estômago e prossegue formando o espaço omental.
- Entrada do forame omental, veia cava posteriormente e a tríade portal anteriormente.
Mesentério
• Observa-se a formação de mesentérios:
- O mesentério é uma prega de peritônio.
- O colo ascendente, parte do intestino grosso e o colo descendente são retroperitoneais, ou seja, não são envolvidos por completo pelo peritônio.
- Os intraperitoneais são: o colo transverso, o intestino delgado.
- Ao retirar o intestino delgado permanece a raiz do mesentério. Essa raiz é oblíqua e cruza esquerda para a direita.
- Parte mais distal do intestino grosso, colo sigmóide que também é intraperitoneal.
• Na imagem há três mesentérios, os quais recebem seu nome de acordo com o tecido que estão associados:
- Mesocolo transverso: associado ao colo transverso.
- Mesocolo sigmóide: associado ao colo sigmóide.
- Mesentério: associado ao intestino delgado. Não tem nome específico. Também há um apêndice vermiforme que tem um pequeno mesentério associado a ele, será chamado de mesoapêndice.
• Visão sem o intestino delgado, com o intestino grosso.
- Mostrar o mesentério, pregas;
- Mesentério está no centro.
- O intestino delgado é contínuo com o duodeno, que é retroperitoneal. Então há uma transição do retroperitoneal (duodeno) para intraperitoneal (parte mais distal e mais longa do intestino delgado). Por conta dessa transição, acaba formando uma fossa. Essa parte de prega de mesentério paraduodenal, são possíveis locais de aprisionamento de alguma alça intestinal (do delgado).
• Intestino grosso:
- Circunda as extremidades da cavidade abdominal;
- Colo sigmóide -formato em S e colo transverso presentes.
- Mesocolo sigmóide e mesocolo transverso.
• Hérnia paraduodenal:
- Na transição da prega paraduodenal, pode ocorrer o aprisionamento de alguma alça intestinal, principalmente o intestino delgado. Isso vai gerar uma obstrução de fluxo sanguíneo e dor, chamado de hérnia paraduodenal. Geralmente requer intervenção cirúrgica.
• Estômago
• Continuação com o esôfago.
• Parte mais dilatada do sistema digestório.
• Localizado principalmente na região epigástrica, podendo se estender para o hipocôndrio esquerdo.
• Seu fundo, embora coberto pelo diafragma, pode atingir até a 4ta vértebra torácica, ao nível do mamilo na região peitoral.
• Tem uma forma em J.
• Capacidade de até 1.5 L.
• Tem algumas partes:
- Fundo (mais superior);
- Cardia: onde o esôfago se abre dentro do estômago;
- Corpo: maior parte;
- Parte pilórica: extremidade distal do estômago. Ela é estreita e pode ser dividida em: antro pilórico e canal pilórico. Antro vem de caverna, que precede o canal, mais estrito e leva para o orifício/óstio pilórico, cercado por um anel muscular – esfíncter pilórico. Sua contração vai limitar a passagem do conteúdo gástrico para a primeira parte do intestino delgado (duodeno).
• Além dessas partes, o estômago tem uma curvatura maior, que é a margem externa e convexa e uma curvatura menor, que é a margem interna do estômago e côncava.
• Também há uma incisura cardial – transição da margem do esôfago para o fundo.
• Incisura angular – transição da curvatura menor para a parte pilórica do estômago.
Imagem endoscópica onde se vê:
- Antro pilórico;
- Piloro: orifício de passagem do bolo alimentar para o duodeno.
• No estômago:
• Chamar a atenção dos músculos que envolvem o estômago:
- Tem a musculatura longitudinal, mais superficial, contínuas com as longitudinais externas do esôfago.
- Camada circular, média.
- Camada oblíqua, mais profunda.
- Todas essas fibras permitem o movimento de mistura do alimento do estômago, assim como o direcionamento para a parte pilórica do estômago. Mistura-se o bolo alimentar com enzimas, suco gástrico, até conduzi-lo para o canal pilórico e o duodeno.
• Interior do estômago, quando vazio, apresenta:
- Pregas gástricas bem proeminentes, localizadas nas extremidades do estômago.- Próximo da curvatura menor essas pregas gástricas são menos existentes e é por onde passa a saliva, canal gástrico.
• Órgãos que fazem parte do leito do estômago:
- Glândula suprarrenal;
- Parte do baço;
- Rim;
- Pâncreas;
- Pilares do diafragma;
- Artéria: tronco celíaco e artéria e veia esplênica que passa na margem superior do pâncreas.
- É importante o pâncreas e os vasos, porque qualquer úlcera perfurante do estômago pode lesar o pâncreas e também o vaso esplênico – vaso volumoso que geraria uma hemorragia bem acentuada.
• Úlceras pépticas:
- São na parte pilórica do estômago ou na primeira parte do duodeno.
- Acontece por uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais, fumo, má alimentação.
- Em estágios muito avançados pode gerar uma perfuração e atingir um vaso ou outro órgão.
Intestino delgado
• É uma continuação com o estômago.
• Tem em torno de 6/7 m.
• Dividido em:
- Duodeno: a palavra vem de 12 dedos, seu comprimento. É a menor parte – 25 cm. Consegue-se definir a transição do duodeno para o jejuno, mas não do jejuno para o íleo.
- Jejuno: Localização no quadrante superior esquerdo. Equivale a 2/5 do intestino delgado (ID).
- Íleo: Localizado no quadrante inferior direito. Equivale 2/5 do ID.
• Duodeno:
- Formato em C.
- Sua concavidade aloja a cabeça do pâncreas.
- Apresenta 4 partes: parte superior – 5 cm, parte descendente – 6/7 cm, parte inferior – 8 cm e uma parte ascendente – 5 cm.
- Todo o duodeno é retroperitoneal, exceto uma pequena região da primeira parte – a ampola (logo contínua com o estômago) – que é intraperitoneal – equivale a 2 cm.
- Posterior à primeira parte tem o ducto biliar (ducto poledo), o pâncreas, a artéria gastroduodenal.
- A parte descendente tem relação com o rim e com o fundo da vesícula biliar – em verde- onde armazena a bile que é drenada do fígado.
- A parte inferior que está anteriormente à veia cava inferior e à artéria aorta. Os vasos mesentéricos superiores passam sobre essa parte inferior do duodeno.
- A parte ascendente que vai fazer a transição com o jejuno.
•Observa-se:
- Primeira parte do duodeno, que é a ampola.
- Todo o formato em C.
- Pregas circulares na extensão do duodeno.
- Transição da parte ascendente com o jejuno, que é a flexura duodeno-jejunal. É uma mudança muito brusca do trajeto do duodeno para o jejuno.
- A abertura na parte descendente do duodeno é o ducto biliar (poledo), drenando bile do fígado e o ducto pancreático principal. Eles se unem e se abrem na papila maior do duodeno.
- Há também uma papila menor, que é um ducto pancreático acessório, que vai se abrir na papila duodenal menor.
• Camadas musculares do duodeno:
- Camada longitudinal, mais superficial.
- Camada circular, mais interna.
- Na flexura duodeno-jejunal, no ápice, há uma estrutura músculo ligamentar, que se fixa ao pilar direito do diafragma, dito como músculo suspensor do duodeno ou ligamento de Treitz, que dá o suporte para essa parte final do duodeno e inicial do jejuno.
• Jejuno e íleo:
- Continuação do sistema digestório, do ID.
• Não há uma definição exata de onde termina o jejuno e se inicia o íleo, apenas algumas características:
- As pregas circulares são bem mais presentes no jejuno que no íleo.
- A vascularização no jejuno há arcadas maiores, no íleo há menores e em maiores números.
- As artérias rectas que saem dessas arcadas são maiores no jejuno, enquanto no íleo são menores, até por conta do tamanho das arcadas.
- A gordura mesentérica é menor no jejuno do que no íleo.
• Observa-se:
- Artérias rectas maiores no jejuno e menores no íleo.
- Arcadas menores e em maior número no íleo. Menor número e maiores no jejuno. O diâmetro do jejuno é maior do que o íleo. À medida que se torna mais distal, o intestino delgado vai se tonando mais fino, com menos pregas circulares.
• O intestino delgado vai se abrir, principalmente o íleo, na primeira parte do intestino grosso, que é o ceco.
- Vai se abrir em uma projeção que se chama papila ileal. A papila ileal tem um lábio superior e um lábio inferior. Acima do lábio superior é o colo ascendente e abaixo do lábio inferior é o ceco.
• Papila ileal:
- Há um músculo que funciona como esfíncter para que o conteúdo do ceco não retorne para o intestino delgado. Mm. da papila ileal.
Intestino grosso
• Está nas extremidades da cavidade abdominal.
• O ceco se inicia na pelve falsa, podendo chegar na pelve verdadeira.
• Está na região inguinal direita, segue como colo ascendente pelo flanco direito, há uma flexura do colo ascendente para o colo transverso no hipocôndrio direito, depois colo descendente, colo sigmóide, reto e ânus.
• Observa-se no intestino grosso fora da cavidade abdominal:
- Ceco, colo ascendente, flexura cólica direita/hepática – relacionada com o fígado, colo transverso, flexura cólica esquerda/esplênica – mais elevada e acentuada, associada ao baço, colo descendente, colo sigmóide, reto e canal anal.
• Características:
- Diâmetro interno maior;
- Apresenta saculações – ondulações internas.
- Apresenta tênias, que são fibras musculares que seguem ao longo de todo o intestino grosso bem organizadas. São três: Tênia livre, tênia mesocólica e a tênia omental. Ao longo dessas tênias há pequenas bolsas de gordura, que são os apêndices omentais.
- Há no seu interior pregas semilunares.
Tênias: São três fitas de músculo que seguem todo o intestino grosso e começam a desaparecer quando chegam na junção do colo sigmóide com o reto.
- Tênia livre: anteriormente;
- Tênia mesocólica;
- Tênia omental;
• Ceco:
- Primeira parte do intestino grosso;
- Ele é intraperitoneal.
- O íleo se abre nele.
- Aderido à sua margem posteromedial há o apêndice, estrutura tubular de fundo cego que contêm diversos tecidos linfóides e pode assumir diversas posições na cavidade pélvica. Uma forma de encontrá-lo é seguir a tênia livre, pois ela coincide com a origem do apêndice vermiforme.
- O apêndice tem um mesentério, chamado de mesoapêndice.
- O ceco é contínuo com o colo ascendente, superiormente.
• Possíveis posições do apêndice vermiforme:
- Ele pode estar: retrocecal, subcecal, pélvica – a mais frequente, pré-ileal, pós-ileal.
- Seu comprimento pode variar de 3 cm até 10 cm.
- Dores de inflamação ocorrem na região inguinal direita, no ponto de McBurney se faz a incisão cirúrgica para ter acesso a essa estrutura. É o ponto médio entre a espinha ilíaca antero-superior e o umbigo.
• Em continuação com o Ceco têm-se o colo:
- Colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmoide e o reto.
- Nessa imagem tem o sulco paracólico, que são goteiras nas laterais, por onde conteúdos/extravasamento de líquido ou de sangue descem por ele da cavidade supra- cólica para a infra-cólica. Esse sulco é formado pela parede póstero-lateral do abdome. Além disso, esse sulco para-cólico é um possível meio de acesso às vísceras sem gerar maior dano vascular, pois a irrigação chega do centro para as extremidades laterais.
• Flexuras:
- Flexura cólica direita ou hepática;
- Flexura cólica esquerda ou esplênica. Bem mais elevada e mais acentuada. Geralmente está ligada ao diafragma pelo ligamento frênico-cólico, que permite sua fixação em um ponto mais elevado.
- O colo transverso arqueia, podendo chegar à altura do umbigo, a nível de L3.
• A continuidade com o cólon descendente é o sigmoide, que segue com o reto e depois o canal anal, que é o estreitamento do reto.
• Essa junção do colo sigmoide com o reto ocorre a nível de S3. Junção retossigmóidea.
• Começam a desaparecer as tênias.
• Reto: 
- Parte mais distal: ampola do reto.
- A ampola segue com o canal anal, que é cercado por músculos esfincterianos; Músculo esfíncter externo e interno.
- Embora o reto acompanhe a curvatura do sacro, ele também possui outras: uma para o lado direito e superior, outra para o lado esquerdo e uma inferior para o lado direito.
• Flexura anorretal:
- Ela muda de direção porque o músculo bulborretal puxa a extremidade caudal do reto anteriormente. Isso é como se fosse uma forma de conter o esfíncter para continência fecal.• Observa-se:
- Na extremidade bem próxima ao canal anal há pregas que são chamadas de colunas anais. Essas colunas são unidas nas extremidades inferiores por válvulas.
- Essas válvulas geralmente têm uns seios, chamados de seios anais.
- Logo abaixo há uma linha pectinada. É a junção das válvulas que circulam todo o canal anal.
- Abaixo dela tem a linha anocutânea, que é a transição da mucosa do sistema digestório para a pele, que contêm certos pelos.
- Há umas gorduras na fossa isquioanal que dão certo suporte para o reto.
• Prolapso retal e inanição:
- No caso de inanição, ou seja, perda de peso excessiva ou falta de alimento pode ocorrer o prolapso retal, pois a gordura da fossa isquioanal diminui.
• Ileostomia e colostomia:
- Situações nas quais é necessário retirar parte do intestino delgado, que é a ileostomia ou casos em que é preciso realizar uma colostomia – retira-se o colo completo ou o colo sigmoide.
- No caso de colite, inflamação, deixa-se parte do intestino na parede abdominal para que a excreção seja liberada por ali.
• Megacolon:
- Dilatação excessiva do colo.
- Neoplasia endócrina múltipla: tumores em diversas glândulas endócrinas e gera grande constipação (3 meses de constipação). Foto direita.
- A doença de chagas pode acabar prejudicando o sistema nervoso e a pessoa não consegue evacuar.

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