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Aula 12 - HIV & AIDS

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História do HIV/AIDS: hoje vamos falar um pouco da história dessa infecção, e 
consequentemente situar um pouco na história dessa infecção, porque hoje pelo controle que 
temos da doença, muitas vezes pode parecer uma situação controlada, mas a situação 
vivenciada nos anos que a epidemia surgiu, mais ou menos como o covid, são de muita 
importância histórica para vocês poderem se situar de fato a onde a gente está no 
tratamento. 
Primeira transmissão; 
Macaco para o ser humano.
1930:-
Primeiro caso em ser humano – Congo;
Infecções de origem inexplicável - foi um caso de uma pessoa que tinha infecções 
generalizadas, de origem inexplicável;

Tecidos e amostras analisados nos anos 90 > continham HIV - o cadáver ficou armazenado 
até os anos 90 para o estudo, porque na época não tinha tecnologia para o estudo. 

1959:-
Primeiro caso no Brasil, foi em SP, mas somente foi classificado em 1982.
1980:-
Começou-se a descrever casos de HIV, principalmente por conta de uma série de pessoas 
que estavam com infecções raras - de novo chamando atenção para infecções que 
geralmente não são habituais, que normalmente não acometiam o ser humano;

PCP - Pneumocytis Carini (Pneumocystis jiroveci que é um fungo unicelular) - ninguém 
escutava falar sobre Pneumocystis, que é uma infecção pulmonar por pneumocistose. 
Antigo Pneumocytis Carini e hoje é o Pneumocystis jiroveci;

Sarcoma de Kaposi - vários pacientes com um câncer que é bastante maligno, que pode 
acometer tanto o muco-cutâneo quanto víscera. O sarcoma de Kaposi também está 
intimamente associado a infecção do Herpes do tipo 8; 

GRID – Gay related infection disease (Câncer Gay) - começaram analisar os casos em que 
as pessoas tinham infecções muito graves, e que essas pessoas tinham uma condição em 
comum, eram homens que faziam sexo com homens, e foi chamado de câncer gay (até 
1983). 

1981:-
Center for Disease Control (CDC) definiu a doença como AIDS;
Que definiu a doença como não só de Gays, mas acometia todos esses: Mulheres, homens 
heterossexuais, usuários de drogas, hemofílicos, transfundidos e bebês;

Em 83 já haviam relatos de 14 países com a AIDS, e 2 casos em SP.
1983:-
Obs. Primeira publicação sobre o HIV em 1981, no New England. 
Uns parênteses na história: Aqui uma fala de uma das pessoas que mais lutou contra o vírus 
HIV no Brasil, uma pessoa extremamente importante na História do HIV, que é o Betinho, o 
Herbert de Souza, ele definiu muito bem o surgimento do HIV: "E eis que surge um vírus, o 
Raissa Novelli T.67 Aula 12
HIV & AIDS
quarta-feira, 24 de março de 2021 13:22
 Página 1 de INFECTO 
Herbert de Souza, ele definiu muito bem o surgimento do HIV: "E eis que surge um vírus, o 
HIV, que se esconde no sistema imunitário, nas células que definem, articulam, constroem o 
sistema imunitário. E ao se instalar nesse sistema o desarma, fazendo com que as pessoas 
passem a ser absolutamente vulneráveis a qualquer ataque externo. E está produzido o pânico 
do século XX. Um sistema imunitário desarmado é a doença mais espetacular produzida ao 
longo da história da humanidade.” A AIDS vem marcada também por várias outras questões: 
os tabus da humanidade. Essa doença trouxe um abalo por esses 4 pilares: Racismo (o conceito 
associado), sexo (o comportamento sexual da sociedade), sangue e morte (que a doença 
poderia trazer). 
LAV – HTLV III - o vírus foi identificado pela primeira vez. Foi chamado de HTLV III, que 
é um vírus linfotrópicomono, que é um vírus que tem predileção pelo linfócito T, que 
normalmente causa ou câncer (leucemia das células T) ou uma doença medular. Mas até 
em tão 95% das pessoas que tinham o HTLV não adoeciam, até que veio então o vírus 
do HIV que começou a ser difundido, e passou a dizimar pessoas por conta do seu 
comportamento no sistema imune;

1º caso de AIDS em mulher no Brasil;○
1º programa para controle - SP.○
Jornal do Brasil – Câncer Gay
Gaetem Douglas – paciente zero - a doença só passou a ganha notoriedade quando 
inúmeras pessoas famosas passaram a expor seu diagnóstico, e mostraram o sofrimento 
com a doença; 

Então começou-se na época tentativas de medidas para tentar barrar a infecção, e uma 
delas foi o fechamento de saunas gays em São Francisco. 

1984:-
Morre ator americano Rock Hudson;
1º teste diagnóstico - era de alto custo;
1ª transmissão vertical no Brasil documentada.
1985: AIDS em todo planeta-
Definição do vírus com o nome com que é chamado hoje: Human Immunodeficiency Virus 
(HIV)

Ação global da OMS, com o objetivo de tentar barrar a expansão da doença;
Programa DST/AIDS - notificação.
1986:-
AZT (zidovudina) - primeiro antirretroviral no tratamento.
1987:-
1989: Cazuza anuncia publicamente que está com AIDS.-
Laço vermelho - símbolo do HIV;
O cantor Freddie Mercury, morre vítima da doença.
1991:-
Filadélfia (filme) - Tom Hanks interpreta um advogado com HIV;
AZT não tão eficaz para o controle da doença.
1993:-
Tom Hanks ganha oscar;
1994: Epidemia atinge 1 milhão de casos-
 Página 2 de INFECTO 
Tom Hanks ganha oscar;
IP’s – inibidores de protease - entender o controle do HIV é entender o ciclo de 
replicação viral, e ao entender melhor foi possível tentar controlar mais o vírus;

TARV – SUS.
Coquetel – 3 drogas ativas de duas classes diferentes - terapia de alta potência, nesse 
momento se entendeu que para controlar o vírus era necessário pelo menos 3 drogas 
ativas, de duas classes diferentes. Aqui iniciou um controle maior da doença;

80.000 casos no Brasil.
1995: (highly active antiretroviral therapy - HAART)-
1996: morre Renato Russo-
Morre Herbert Jose de Souza (Betinho) - adquiriu o HIV no banco de sangue;
Descoberta dos Santuários - são os locais em que o vírus fica em latência no organismo, 
principalmente os linfócitos no linfonodo do intestino. Então por mais que se utilize 
medicações, o vírus está integrado ao DNA e jamais vai sair dali.

1997: 30 milhões infectados no mundo-
Busca por vacina > prioridade global na pesquisa contra o HIV;
90% dos casos em países em desenvolvimento - doença se espalhou pelo mundo todo;
ONU – acesso à medicamento;
Rede Nacional de Laboratórios de Genotipagem.
2000:-
O laboratório VaxGen > falha da vacina.
2003: Cientistas comprovam que o HIV veio dos chimpanzés-
Paciente de Berlim, chamado Timothy Brown teve uma leucemia, fez o tratamento com o
TMO, e foi transplantado uma medula em que o vírus era incapaz de invadir os linfócitos, 
e aí o paciente ficou livre do HIV. Todos os casos de cura que existem do HIV estão 
associados a transplante de medula óssea, em paciente que tinham leucemia.

2007: -
2009-2013: São publicados os primeiros estudos sobre eliminação de reservatórios do HIV, 
apontando um caminho para a cura. A busca por vacinas continua.
-
No final de 2019, teve o primeiro Brasileiro curado sem o uso de TMO ou quimioterapia, ele 
usou um combo com estimulo de células T + terapia antirretroviral.
Epidemiologia:
Desde os primeiros casos diagnosticados na década de 80, o vírus se espalhou pelo mundo, com 
uma estimativa de 34 milhões de pessoas vivendo com HIV e a estimativa de 2,7 milhões de 
novas infecções só em 2010. 
-
No mundo, entre 2000 e 2014 o número de novas infecções por HIV diminuiu 35,5% 
(UNAIDS); 
-
No Brasil os novos casos aumentaram, apesar de que em alguns locais do mundo os casos 
diminuíram.
-
2000: estimava-se que o número de novos casos de HIV estava entre 29 mil e 51 mil;
2014: estimou-se entre 31 mil e 57 mil novos casos.
Brasil: cada vez mais é possível observar a infecção se concentrando principalmente na população 
adulto-jovem e homens que fazem sexo com homens (HSH)
-
Epidemia HIV no Brasil:
 Página 3 de INFECTO 
~ 40mil novas infecções/ano;
~ 70 mil novos tratamentos iniciados/ano;
~ 870.000 PVHIV (estimando).
Taxa incidência média Brasil: 18,5/100.000 habitantes - issotem mudado um pouco. Em 
Barbacena no ano de 2020 tiveram 40 novos casos, e tem a população em média de 
120/130 mil habitantes, tem-se o dobro da estimativa.

Epidemia HIV no Brasil:-
Obs.: 2 Gráficos mostrando a incidência: A doença tem sido mais frequente em homens. 
Principalmente em adulto jovem, 20 a 29 anos disparado na frente (muito pelo 
comportamento de risco sexual dessa faixa), e em HSH.
Pacientes que tem infecção pelo HIV: são aquelas pessoas que tem o vírus, mas que sua 
imunidade não está depletada, seja porque a infecção é recente e sua imunidade não caiu, ou 
porque está em tratamento (que é a grande maioria das pessoas que fazem acompanhamento 
ambulatorial). Essas pessoas vivem normalmente, sem nenhuma restrição mas elas têm a 
infecção pelo HIV. É incorreto falar que uma pessoa que tem infecção pelo HIV tem AIDS ou 
que é Aidética. 
-
Cuidado PVHA: Aqui chegamos em um ponto importante que é: como é o cuidado de uma 
Pessoa que vive com a infecção pelo HIV. 
Primeiro ponto importante é a diferenciação 
do termo infecção pelo HIV e AIDS. É muito 
importante isso ficar bem claro!
AIDS: significa que a pessoa está com a 
imunodeficiência adquirida instalada, em 
termos objetivos significa ter contagem de 
linfócitos TCD4 menor do que 350. É um 
paciente que está com vulnerabilidade, já está 
em situação de risco para infecção 
oportunista;
-
 Página 4 de INFECTO 
Aqui é a cascata do acompanhamento. Como se tem um gargalo enorme para as infecções 
sexualmente transmissíveis. Do universo das pessoas que tem a infecção pelo HIV (1), apenas 
70-80% tem o diagnóstico (2). Das pessoas que tem o diagnóstico, uma parcela menor ainda, 
foi lincada a algum serviço, ou fez algum tipo de acompanhamento (3). E ai vai nessa cascata, 
de menor ainda. Uma parcela menor ainda está em terapia antirretroviral (4), e uma parcela 
menor ainda chega ao alvo do tratamento que é a carga viral indetectável (5). 
O TARV tem a capacidade de impedir a replicação do vírus, uma vez que o vírus não vai ser 
capaz de circular na corrente sanguínea, ele vai continuar no organismo (não tem cura, ele 
integra no DNA). Mas uma vez que está em terapia antirretroviral, eu impeço o vírus circule 
na corrente sanguínea, então quando está em tratamento o alvo é a carga viral indetectável, 
ou seja, o vírus está no linfócito mas ele não está na corrente sanguínea se replicando. 
Vírus da Imunodeficiência Humana:
Gênero: Lentivírus;-
HIV-1 e HIV-2 (Homologia: 40-50%, HIV-2 menos patogênico, mais encontrado no 
continente africano). 
○
Tipos:
Homologia entre HIV-2 e SIV: 75-80%; 
Grupos HIV-1 (M, N, O, P);
Classificação filogenética:-
Vírus esférico: 100-120nm de 
diâmetro;
-
RNA vírus de cadeia simples;-
Família: Retroviridae - os 
retrovírus quando infectam 
células humanas tem a 
capacidade de traduzir seu RNA 
em DNA, incorporando o genoma 
da célula hospedeira. Então faz 
parte da história natural as 
mutações. Por isso tem tantos 
subtipos;
-
 Página 5 de INFECTO 
Grupos HIV-1 (M, N, O, P);
A, B, C, D, F, G, H, J, K.○
Subtipos do grupo M: 
A (A1-A5), F (F1 e F2).○
Sub-subtipos: 
Formas recombinantes (mistura genética de 2 subtipos diferentes).
Obs1.:Porque tamanha diversidade viral? Por conta dessa mutação na replicação. Quando o vírus 
do HIV entra na célula do hospedeiro ele precisa de uma enzima chamada transcriptase reversa 
(TR), essa enzima que vai fazer a mutação e a transdução do RNA em DNA, daí o DNA se 
integra no núcleo da célula do hospedeiro. Toda vez que tem essa transcrição, pode-se fazer 
uma proteína diferente, daí a grande capacidade de mutação e diferenciação da replicação viral.
Obs2.: Gráfico mostrando a Distribuição mundial dos subtipos do HIV-1 e HIV-2: Na região 
africana o HIV-2. No Brasil o mais importante é o HIV-1 do tipo B. 
Estrutura do HIV-1:-
Ele tem uma cápsula, com 
proteínas de superfície. Seu 
núcleo com material genético, o 
RNA. 
As proteínas de superfície são 
extremamente importantes, 
primeiro para o diagnóstico, 
porque através da identificação 
dessas proteínas de superfície 
que se faz o 
diagnóstico (seja por 
teste rápido ou por 
sorologia).
 Página 6 de INFECTO 
Aqui está o ciclo viral do HIV que é muito importante de se entender, porque entendendo isso 
é possível compreender a onde a terapia antirretroviral atua. 1 para entrar na célula o vírus 
do HIV precisa de um dos dois receptores, ou ele entra pelo receptor X4 ou CCR5, cerca de 
1% da população não tem esses receptores, ou seja, esse 1% da população se entrar em contato 
com o HIV não vai se infectar, porque não tem como o vírus entrar no linfócito. 2 Ao 
entrar na célula esse vírus vai liberar o seu material genomico no citoplasma, 3 e através da 
transcriptase reversa ele vai transformar o seu RNA em DNA. 4 Uma vez que ele já está 
em DNA, o seu material genético adentra o núcleo do linfócito T, e lá ele é incorporado ao 
genoma da célula do hospedeiro, e aqui ele precisa de uma enzima chamada integrase (que 
integra o DNA do vírus com o DNA do hospedeiro, resultando em uma infecção permanente, 
pelo o resto da vida). 5 Toda proteína produzida por essa célula vai ter material do vírus, e 
consequentemente o vírus vai ser replicado, aqui explica porque que o HIV não tem cura. 7 
Quando essas proteínas virais são produzidas elas voltam para o citoplasma, e lá vão precisar de 
 Página 7 de INFECTO 
Quando essas proteínas virais são produzidas elas voltam para o citoplasma, e lá vão precisar de 
uma enzima chamada protease, que vai clivar os pedaços proteicos para formar um novo vírus 
e consequentemente esse vírus ser replicado em larga escala e ganhar novas células. 
Essas 3 enzimas (transcriptase, integrase e protease) são essenciais para replicação viral, e são 
nessas enzimas que vamos atuar com a terapia antirretroviral, inibindo o ciclo de vida do vírus.
O tratamento antirretroviral: a quebra de um paradigma
De uma forma mais simplificada, mostrando a forma com que o vírus se replica e já mostrando 
a cadeia a onde a terapia antirretroviral vai atuar. (1) Então temos a entrada do vírus, seja 
no receptor X4 ou no CCR5, (2) após a entrada do vírus ele libera seu conteúdo genomico de 
RNA, (3) e após a ação da transcriptase reversa esse material é transcrito em DNA. (4) 
Esse DNA viral através da enzima integrase vai se ligar ao conteúdo genomico da célula do 
hospedeiro, causando uma infecção permanente. (5) A partir daí toda síntese proteica, toda 
liberação de material para o citoplasma vão conter proteínas tanto de subsistência da célula 
tanto proteínas para replicação viral. (7) Ai entra a protease para poder formar novos vírus. 
Existem outras terapias antirretroviral que atual no ciclo, mas o mais importante de 
entendimento é que nessas 3 enzimas de replicação que vamos tentar parar esse ciclo de vida 
do vírus no hospedeiro. 
HIV/aids - História Natural:
Essa figura é bastante ilustrativa porque ela mostra muito bem o início da infecção do HIV, 
1
2
3
 4
5
7
 Página 8 de INFECTO 
Essa figura é bastante ilustrativa porque ela mostra muito bem o início da infecção do HIV, 
quem em questão de semanas após o contato com o vírus, tem-se um pico da carga viral, ou 
seja, há uma replicação viral muito intensa (o vírus replica em todos os linfócitos, macrófagos, 
em todas as células de defesa). Depois disso há um certo controle imune da doença, porque o 
vírus consegue se esconder dentro dos linfócitos mas ele não evade dos macrófagos, ele 
continua atuando e sendo eliminado pelos macrófagos. Depois temos o período de latência, que 
pode variar de semanas e anos, em que o paciente não apresenta nenhum sintoma, ele vai ter 
o vírus lá em sua latência, dentro de sua célula, principalmente no linfócito T se replicando, 
que vai paulatinamente diminuindo a população de linfócitos TCD4. A cada replicação ele vai 
matandoum linfócito TCD4, até que chega um ponto que a população de linfócito TCD4 fica 
crítica (<350), aqui o paciente tem a imunodeficiência adquirida instalada, aqui o paciente 
tem AIDS. Uma vez que tem esse ponto de vulnerabilidade a situação se acelera mais porque 
uma vez que tem poucos linfócitos TCD4 para defesa o vírus replica mais rápido e de uma 
forma mais voluptuosa, e imunidade cai drasticamente e o paciente chega ao estágio final da 
doença que é a morte. Na série histórica esse período dura de 2 a 5 anos após a infecção para 
chegar nesse ponto que o paciente tem AIDS. 
Queda rápida da contagem LT-CD4+ e carga viral elevada - evolução para aids 1 a 2 
anos após a transmissão – cerca de 5 a 10% das pessoas. Os pacientes progressores 
rápidos são aqueles que após o contato com vírus, no máximo 1 a 2 anos já estão 
com aids, já estão com a imunodeficiência adquirida, já estão com vulnerabilidade.
○
Progressores rápidos:
Queda mais lenta da contagem LT-CD4+ - evolução para Aids. 8 a 10 anos (média 
de 5 anos) após a transmissão - cerca de 80% das pessoas. 
○
Progressão Intermediária:
Discreta queda contagem LT-CD4+, associado a carga viral baixa - evolução para Aids 
em mais de 10 anos ou mesmo não progressão da doença – cerca de 10 a 15% das 
pessoas.
○
Progressores Lentos ou Não Progressores: mais raro
Progressão da infecção pelo HIV para Aids: Como medicina não é matemática, existem 3 
padrões de replicação viral
-
Obs.: Uma vez que a pessoa demora para ser identificada/diagnosticada ela continua 
transmitindo, por isso a importância de se falar sobre o HIV. Na maioria das vezes a doença 
vai demorar para apresentar sintomas, e muitas vezes quando apresenta já é tarde para se 
fazer alguma coisa, a gente não tem que esperar o CD4 cair ou a imunodeficiência instaurada, 
por isso é muito importante a política da testagem (ao menos 1 vez por ano na população que 
tem vida sexualmente ativa). 
Dentro da história natural temos a doença 
retroviral ou infecção retroviral aguda ou 
infecção aguda pelo HIV. Nada mais é que 
uma doença viral como todas as outras, 
inicialmente a replicação viral estimula 
muito a produção de citocinas e cascata 
inflamatória, então o paciente apresenta: 
dor de garganta, dor muscular, cefaleia, 
 Página 9 de INFECTO 
Síndrome Retroviral Aguda:-
Período em que o paciente apresenta melhora dessa síndrome retroviral aguda, e ele fica 
por muito tempo sem apresentar quaisquer sintomas, pode demorar até 10 anos para 
apresentar algum sintoma; 

50 – 70% linfadenopatia - muitas das vezes o único sintoma que o paciente pode 
apresentar é uma linfadenopatia;

Até que o HIV vai minando o organismo aos poucos, vai minando o TCD4, vai minando as 
reservas da medula óssea, o paciente começa a apresentar: Plaquetopenia, anemia, 
linfopenia; começa aparecer algumas infecções de difícil tratamento, como: Foliculite 
recorrente, molusco, dermatite seborréica, prurigo, amigdalites recorrentes, Infecções 
bacterianas (PNM, TB); e o paciente começa apresentar sintomas constitucionais, como: 
emagrecimento, sudorese noturna, febre vespertina. Até que se chega a aids instaurada. 

Latência Clínica:-
muito a produção de citocinas e cascata 
inflamatória, então o paciente apresenta: 
dor de garganta, dor muscular, cefaleia, 
febre e adinamia. Dura no máximo 15 dias. 
Daí a grande dificuldade de fazer 
diagnóstico de HIV no período agudo 
porque se assemelha a todas outras 
doenças virais com o quadro monolike. 
50 – 90% vão apresentar síndrome retroviral 
aguda;

Início 2 – 4 sem após o contato com o vírus;
Mononucleose simile - monolike;
Sintomas 7 – 14 dias;
Tem como principais sintomas: febre, 
linfadenopatia, faringite - ou seja sintomas de 
resposta inflamatória sistêmica;

Diagnóstico clínico difícil se não tiver alta 
suspeição.

Aqui são algumas fotos de lesões 
cutâneas típicas do HIV: 
1 - Prurigo: paciente que tem um 
estremo prurido associado a essas 
lesões máculo-papulares difusas; 
1
2
3
 Página 10 de INFECTO 
Parâmetros utilizados no monitoramento do HIV: a doença é mais ou menos esse esquema 
aqui. O trem é a infecção pelo HIV que vai levar o paciente ao precipício. Quanto menor o 
-
TCD4, ou seja, a distância até o precipício, mais rápido o paciente vai para os sinais de 
imunodeficiência. A velocidade dessa infecção está extremamente associada ao tamanho
Sintomas de Aids: o paciente começa com os sintomas constitucionais sistêmicos (imagem dos 
sintomas lá de cima)
CD4 < 350cel/mL - quando o paciente não tem mais defesa;
Infecções oportunistas (pneumocistose, neurotoxoplasmose, TB disseminada ou extra 
pulmonar, meningite criptocócica, retinite CMV) - tema da próxima aula;

Neoplasias (Sarcoma de Kaposi, linfoma não-Hodgkin, Ca colo útero) - uma vez que não 
tem mais defesa tem muito ca associado. O ca de colo de útero é um dos cânceres mais 
associados a infecção pelo HIV, não é relação de causa porque quem causa ele é o HPV, 
aqui é a questão da associação epidemiológica da frequência do ca de colo de útero com a 
infecção pelo HIV, ou seja, toda vez que faz diagnóstico de lesão de NIC ou lesão de colo 
de útero é obrigatório fazer exame de HIV;

Miocardiopatia, nefropatia, neuropatia, artropatia. 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida:-
Transmissibilidade do HIV:
Anal - é uma das principais formas de transmissão, porque a lubrificação é pior, o atrito 
é maior e é uma área muito mais vascularizada e consequentemente tem mais risco de 
transmissão;

Vaginal;
Oral - a transmissão é menor.
Sexual: é a principal via de transmissão. Não é pelo fato de ser apenas pelo sexo, é que 
facilita o contato sanguíneo. É o atrito da relação sexual que causa micro lesões na vasculatura 
e favorece esse contato com o rompimento de barreira, que é a pele.
-
1 - Prurigo: paciente que tem um 
estremo prurido associado a essas 
lesões máculo-papulares difusas; 
2 - Dermatite seborreíca;
3 - Dermatite seborreíca e rosácea
1
1
dessa carga viral, 
quanto maior a carga 
viral do paciente mais 
rápido o paciente vai 
para o precipício. Então 
carga viral alta é igual a 
TCD4 baixo. 
 Página 11 de INFECTO 
Oral - a transmissão é menor.
Transfusão Sanguínea e de Hemoderivados - o HIV mudou muito a forma com que lidamos 
com os hemocomponentes;

Compartilhamento de seringas - uso de droga injetáveis, que não é tão importante aqui 
no Brasil, é mais importante na Europa e nos EUA. Mas o uso de drogas inaláveis está 
muito associado a transmissão, o canudinho ou o cartão que é compartilhado no uso da 
cocaína, causa micro lesões na mucosa nasal com pequenos sangramentos que muitas vezes 
não são vistos a olho nu, e esse compartilhamento favorece cada vez mais a manutenção 
do vírus naquela superfície, lembrando que o vírus do HIV pode ficar vivo em uma 
superfície inanimada por até 7/8 horas. E isso também vale para o crack, a queimadura 
que o crack vai causando na mucosa oral e nasal também rompe vasculatura e também 
favorece a transmissão;

Sangue em mucosa ou pele não íntegra (acidentes com material de risco biológico -
principalmente os cirurgiões). 

Sanguínea:-
Placentária;
Aleitamento - o HIV é uma contraindicação para o aleitamento materno.
Vertical (materno-infantil):-
Tipo de exposição Risco de transmissão/exposição
Penetração anal receptiva 0.1 – 3.0
Penetração vaginal receptiva 0.1 – 0.2
Penetração vaginal insertiva 0.03 – 0.09
Penetração anal insertiva 0.06
Sexo oral receptivo 0 – 0.04
Tipo de exposição sexual e risco de transmissão após contato com pessoa soropositiva para HIV.-
O principal risco, em torno de 3%, é na recepção anal, por ser uma aula muito vascularizada e 
pouco lubrificada, o que favorece o atrito e a transmissão. 
Carga viral e Risco de infecções sexual:-
Quanto maior a carga 
viral, ou seja, quanto 
mais vírus o paciente 
tem circulando na 
correntesanguínea, 
maior a chance de 
transmissão. 
 Página 12 de INFECTO 
que tem infecção pelo HIV e trata, ela não passa mais para ninguém. Temos vários casos no 
ambulatório de casais sorodiscordantes, quando uma pessoa do casal tem HIV e a outra não 
tem, eles fazem sexo normalmente sem camisinha, e o parceiro continua soronegativo, porque 
não tem vírus circulando então não transmite. Daí a importância da TARV. 
Diagnóstico: Existem várias modalidades de diagnóstico, desde a identificação do vírus (PCR ou 
carga viral), imunológicos ou sorológicos (em que a gente vai ver a reação de anticorpo e 
antígeno). Aqui a ideia é de entender que: toda vez que identifica o vírus, vê o vírus, existe a 
pro HIV vai dar negativo, porque os anticorpos só vão começar ser produzidos em larga escala 
após o 20/25 dia da infecção. Então aqui que entra a diferenciação dos métodos diagnósticos. 
Quanto mais cedo (entre 7 e 15 dias) eu quero fazer o diagnóstico a forma é identificando o 
vírus, pela carga viral. E os testes sorológicos, existem os de 1, 2, 3 e 4 geração; existe uma 
grande diferença do de 4 geração para os outros, o de 1,2 e 3 geração enxergam apenas 
anticorpo, então eles só podem ser utilizados no mínimo 25/30 dias após uma situação de 
risco, já o Elisa de 4 geração enxerga além do anticorpo uma proteína do vírus que é o 
antígeno P24, encurtando mais a janela do diagnóstico (15 a 20 dias após a exposição). Esse 
raciocínio é muito importante para saber qual método utilizar. Por exemplo (caso de acidente 
com material biológico): ao puncionar um paciente, sem querer você espeta a agulha no seu 
dedo, o que fazer? Primeiro faz o teste sorológico da vítima (você) se o seu teste está 
negativo, quer dizer que 30 dias atrás você nunca tinha entrado em contato com o vírus do 
HIV, os últimos 30 dias e inclusive o dia do acidente não vai ser coberto pelo teste 
(justamente por conta dessa janela). Então nesse caso, ou tem que esperar 7 dias e fazer a 
Aqui que a gente entra em um dos maiores 
conceitos depois da terapia antirretroviral de 
alta potência, no final da década de 90. Que é 
o conceito de U igual a U (no inglês) ou I igual 
a I, que é: o paciente que não tem vírus 
circulando na corrente sanguínea, logo ele não 
vai transmitir. Esse conceito mudou a forma 
com que se lida com o HIV, chegou-se a 
conclusão que toda pessoa que tem a infecção 
pelo HIV tem que ser tratada, antes desse 
entendimento só iniciava o TARV em pessoas 
que tinham aids (TCD4 <350). Uma pessoa
chance de fazer o diagnóstico mais 
cedo. Caso eu tenha uma exposição, 
e quero saber se eu me infectei pelo 
HIV, eu só posso tentar fazer o 
exame no mínimo 7 dias após a 
exposição, em que eu vou ter carga 
viral circulante no meu organismo 
para poder fazer o diagnóstico, se eu 
for em um laboratório fazer 
sorologia pro HIV ou teste rápido 
 Página 13 de INFECTO 
(justamente por conta dessa janela). Então nesse caso, ou tem que esperar 7 dias e fazer a 
carga viral ou esperar 21 dias e fazer o teste de elisa de 4 geração, ou esperar 30 dias e 
fazer os testes convencionais. 
○ > 2 anos pesquisa de anticorpos - não adianta fazer dosagem de anticorpos para 
crianças menores que dois anos, porque há muita transmissão de anticorpos 
maternos;
○ < 2 anos quantificação carga viral.
Dosagem em crianças (principalmente por causa da transmissão vertical):
○ Ensaios triagem: ↑ S (teste rápido, ELISA);
○ Ensaios confirmatórios: ↑ E (WB, IFI, IB);
○ ELISA 3ª. geração: 3 – 4 semanas;
○ ELISA 4ª. geração: antígeno p24 + anticorpos;
○ Western blot (gp 160/120, gp 41, p24).
Quanto mais os ensaios foram progredindo mais sensíveis e específicos os testes foram 
ficando: tanto o elisa de 4 geração e o western blot (teste confirmatório) são mais 
específicos, porque eles têm proteínas da superfície viral (principalmente o western blot)

Laboratorial:-
Fluxograma do ministério da saúde de como é realizada a confirmação de um diagnóstico de HIV
Nas UBS, nos centros de testagem e aconselhamento tem-se os testes rápidos (vê a reação do 
antígeno com o anticorpo), para o diagnóstico do HIV pelo menos 2 testes rápidos positivos. 
Existem outros fluxogramas exemplificando formas de diagnóstico(15 e 16), caso tenha feito o 
teste rápido ou teste sorológico primeiro. Ninguém precisa decorar isso não é só para fins de 
consulta.
 Página 14 de INFECTO 
consulta.
 Página 15 de INFECTO 
Tratamento antirretroviral (ARV):
A terapia antirretroviral nada mais é que formas para tentar barrar a replicação do vírus, seja 
atuando na entrada do vírus na célula (1), existem algumas medicações que vão ocupar o 
receptor da célula do linfócito TCD4, ou ocupa o CCR5 (tem mais desse) ou o X4. para 
começar essa medicação é necessário fazer um teste de genotropismo para avaliar se esse 
paciente tem 1 ou 2 ou nenhum dos receptores, porque não adianta nada bloquear um 
receptor e o paciente ter outro. Os principais medicamentos vão atuar em: inibindo a 
transcriptase reversa (2), e aqui vai uma dica, a transcriptase reversa é uma enzima do 
organismo então quando inibo ela eu inibo ela em todo organismo, então todos os inibidores de 
transcriptase reversa estão associados a alta toxicidade, alto número de efeitos adversos; ou 
atuo inibindo a integrase (3), que é uma enzima específica do vírus, ou seja, menos efeitos 
colaterais; ou atuo inibindo a protease (4).
História - se fez o diagnóstico recente;
 Exame físico - se já tem sinais de imunossupressão;
Exames complementares - avaliar todos os sistemas, procurando sinais de doença 
oportunista;

Investigação TB - diagnóstico de HIV é igual excluir o diagnóstico de TB, e vice versa. Se 
fez o diagnóstico de HIV tem que obrigatoriamente excluir o diagnóstico de tuberculose. 
Se o paciente está sintomático faz BAAR, teste molecular e raio x. Se o paciente está 
assintomático tem que investigar se teve contato prévio com a tuberculose, fazer o PPD 
ou IGRA;

Investigação de risco cardiovascular;
Rastreamento de neoplasias;
Sinais / sintomas IO à intervenção imediata;
Imunizações e profilaxia IO.
Avaliação inicial:-
 1
 2
 3
 4
 Página 16 de INFECTO 
Imunizações e profilaxia IO.
-
O início do TARV está recomendado para todos as PVHIV, independentemente do seu 
estágio clínico e/ou imunológico.

Recomendações início TARV: caso o paciente não tenha sinais de doença oportunista, começa a 
TARV. Os pacientes que tem tuberculose, deve-se ter mais cuidado com início da terapia, 
porque eles podem manifestar uma síndrome chamada de reconstituição imune, o linfócito está 
tão diminuído, a defesa foi tão acabada que ele nem tem sinal da doença tuberculose, mas na 
hora que começa com a terapia, o paciente começa a melhorar e o TCD4 a subir, o paciente 
começa a ter sintoma e ele piora, porque começa a ter linfócito TCD4 reconhecendo a bactéria 
da tuberculose, causando mais inflamação. A outra situação especiação é a infecção pelo 
cryptococcus neoformans, vai se atrasar a TARV em algumas semanas para não ter a 
reconstrução imune. Nesses casos trata-se a doença e depois começa a TARV 
-
Zidovudina (AZT), lamivudina (3TC), estavudina, didanosina (ddI), abacavir, 
emtricitabina, tenofovir (TDF).
○
ITRN: inibidores transcriptase reversa análogos nucleosídeos e nucleotídeos - tem mais 
efeitos colaterais

Efavirenz, nevirapina, delavirdina, rilpivirina.○
ITRNN: inibidores transcriptase reversa não análogos nucleosídeos 

Darunavir, Lopinavir, atazanavir, Ritonavir, saquinavir, amprenavir, fosamprenavir.○
IP: inibidor protease - menos efeitos colaterais
Efuvirtide.○
Inibidores de fusão (gp41)
Maraviroc.○
Bloqueadores de co-receptores (CCR5):

Raltegravir, Dolutegravir, Bictegravir, Cabotegravir.○
Inibidores de integrase: menos efeitos colaterais
TARV: hoje no Brasil é composta por 2 ITRN e 1 Inibidor de integrase 
- Esquemas preferenciaisBrasil: é para consultar, não precisa decorar
Obs.: pacientes que tem 
tuberculose - o 
dolutegravir tem 
 Página 17 de INFECTO 
o Raltegravir (inibidor da integrase), o paciente com o TCD4 muito baixo precisa usar drogas 
potentes que atuem contra o vírus, pacientes com o TCD4 não muito baixo o Efavirenz não é 
uma droga tão potente então dá tempo de iniciar a terapia sem muitos riscos.
Tratamento:
Adesão - a grande dificuldade é fazer com que os pacientes entendam que vão ter que tomar 
o remédio o resto da vida;
-
CV < 400cópias/mL 24 sem;
CV < 50 cópias/mL 48 sem.
Resposta inicial: o alvo da terapia é chegar na carga viral indetectável em 6 meses após o inicio 
do tratamento.
-
Virológica - que é quando o paciente já adquire o vírus resistente, e consequentemente a 
terapia não vai funcionar. Nesses casos tem que fazer o exame de genotipagem, para 
avaliar a resistência do vírus; 

Imunológica (> 25%) - é uma paciente que controla a carga viral mas a imunidade não 
melhora, são pacientes que provavelmente tiveram a infecção a mais tempo. Paciente que 
demora muito a fazer o diagnóstico normalmente o TCD4 dele não melhora mesmo com a 
TARV;

Clínica - que é quando o paciente não toma o medicamento.
Falhas:-
Síndrome de reconstituição imune - principalmente nos casos de TB e criptococose, nesses casos 
geralmente retarda o início do tratamento, e só começa depois que trata a doença.
-
Falha virológica;
Genotipagem pré-tratamento se parceiro em uso de TARV ou gestante;
CV > 1000cópias/mL;
Uso regular TARV.
Genotipagem: para fazer esse exame tem que ter certeza que o paciente está tomando o 
remédio, porque quando o vírus tem a mutação ele perde a capacidade de replicação, ele replica 
mais lentamente do que o vírus selvagem, se paciente para de tomar o remédio dele tem 
muito mais vírus selvagem circulando do que vírus resistente, e ai não é possível identificar 
pela genotipagem. 
-
Obs. Imagem de um Trabalho que evidenciou o iniciar a TARV no mesmo dia que o paciente 
recebe o diagnóstico aumenta a adesão do paciente, mantem o paciente lincado ao serviço 
Obs.: pacientes que tem 
tuberculose - o 
dolutegravir tem 
interação com a 
rifampicina que é o 
principal medicamento do 
tratamento da tb, nesse 
caso a depender da 
contagem de TCD4 vai se 
usar o Efavirenz (inibidor 
não análogo da 
transcriptase reversa) ou 
 Página 18 de INFECTO 
recebe o diagnóstico aumenta a adesão do paciente, mantem o paciente lincado ao serviço 
(fazendo acompanhamento e exames), consegue controlar o vírus dentro de 1 ano de uma 
forma mais rápida. E se não inicia o tratamento no dia, aumenta a chance de morte e 
aumenta o absenteísmo do paciente no acompanhamento. 
PEP: Profilaxia pós exposição, é quando a gente tem uma situação de risco e que temos até 
72h para poder tomar o antirretroviral e impedir a infecção pelo HIV, isso é uma urgência 
infectologica. É como se fosse a "pílula do dia seguinte"
-
TDF + 3TC + DTG;
A duração da PEP é de 28 dias. 
Esquema preferencial para PEP:
PrEP: Profilaxia pré exposição, nada mais é do que a "pílula anticoncepcional", é para evitar 
que caso tenha uma situação de risco, aconteça a infecção. As indicações são: HSM, Pessoas 
trans, Profissionais do sexo e casai sorodiscordantes. Isso faz parte da estratégia de prevenção 
combinada. 
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combinada. 
Indica-se para a PrEP a combinação de tenofovir associado a entricitabina, em dose fixa 
combinada TDF/FTC (300/200mg) um comprimido por dia, via oral, em uso contínuo;
-
Para relações anais, são necessários cerca de 7 dias de uso de PrEP para alcançar a proteção. 
Para relações vaginais, são necessários aproximadamente 20 dias de uso. 
-
Obs. Imagem de um Trabalho que evidenciou que a prática da utilização da PrEP por 
populações de risco diminuiu em até 4% o risco de infecção pelo HIV. 
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