Buscar

Resenha 002

Prévia do material em texto

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA PROFESSOR DIRSON MACIEL DE BARROS
ALUNO: JOSÉ ALEX LIVINO DA SILVA
PROFESSORA: TAINÃ RAMOS LEAL
RESENHA ACERCA DO TEXTO: A POLÍTICA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS: Contexto dos discursos, da representação social e do conflito
Autor: Sérgio Silva (2000)
Goiana-Pe
2020
É de fundamental importância afirmar que os movimentos sociais têm sua origem em todo o mundo marcado pelo aspecto mobilizador e conflitivo, que constrói um novo tipo de espaço público de ação social que está ligado entre a sociedade civil e o Estado e, isso implica dizer que, os movimentos sociais, na maioria das vezes sempre se organizam com o intuito de lutar para obter conquistas e o reconhecimento social. Não podendo esquecer que, os interesses sociais se aproximam, porém as dimensões se divergem. Segundo Foucault, em todas as relações sociais há vinculações de conflito e de poder.
Pode-se afirmar que, a maioria das ações dos movimentos são, sem dúvidas, planejada pela ação do protesto e do questionamento crítico, no que tange ao sistema social, significa dizer que, o caráter de protesto é uma forma pela qual reivindicam respostas e ações do sistema político e a participação dos grupos que estão presentes nele, em se falando à sociedade. Essa confrontação com o sistema e o Estado, pode ocasionar danos para o modo de vida dessas pessoas envolvidas.
Todavia, fazendo uma percepção das análises acerca dos movimentos sociais, entendemos que as bases de discurso do surgimento dos movimentos buscam-se por mudanças estruturais do Estado e do poder político nele apresentado. Nesse contexto, os movimentos sociais não se fizeram ausentes no campo político como forma de novos sujeitos de transformação.
Conforme o autor discute Castells (1983), os movimentos sociais são vistos como novos sujeitos de transformação social emergentes das condições do sistema político e econômico do Estado capitalista, partindo do pressuposto de uma teoria que desse conta da nova conjuntura de mudança da sociedade.
No entanto, outro aspecto relevante é o seu caráter de pretensa entre "autonomia" na ordem popular, dessa forma, a ideia de pretensa autonomia, nesse primeiro momento está vinculado com agentes externos, ou seja, até meados da década de 70, feitas releituras críticas acerca da visão otimista dos movimentos sociais.
Contudo, o sentido positivo dos movimentos sociais está no teor de mudança que propõe à sociedade, dando aos sujeitos um novo caráter de mobilização política. "O sentido simbólico da participação popular que era o "boom" dos movimentos sociais e, isso incidia diretamente em conflitos políticos".
Segundo como o autor aborda, Jacobi (1987), não vai negar e, afirma, que os movimentos sociais no Brasil, conseguiram conquistar um novo espaço, uma nova visibilidade política, dentro da realidade social brasileira, marcada por um Estado autoritário.
Destarte como o autor explana Sader (1988), um novo "boom" dos movimentos sociais nos fins da década de 70, fundada na coberta de que, a emergente participação social cria um novo aspecto político de discussão. Ou seja, o que parece surgir não são novas estruturas, mas sim, os indivíduos reivindicando questões e posições dentro da sociedade e suas representações sobre a realidade. Segundo o autor, é importante destacar que, embora os movimentos em determinados momentos demonstrem interesses comuns relacionados ao cotidiano, as formas expressas desses interesses se divergem. Na medida em que os interesses sociais se aproximam, porém, os interesses próprios se divergem e, esse ponto é crucial sobre a formação social do conflito, a partir do processo de representações sociais nos movimentos populares.
O conflito e as relações de poder. O poder está em todos os lugares. Segundo Simmel (1983), toda relação entre homens é uma sociação, esse é o conflito. O conflito tende a resolver o dualismo divergente; pois é uma forma de adquirir algum tipo de unidade, mesmo que seja pelo viés da exclusão uma das partes conflitantes.
Contudo como o autor elucida Foucault (2014), o poder, no entanto, está em todos os espaços. O autor aborda na obra: " microfísica do poder", que o poder deve ser analisado como algo que circula, que funciona em cadeia. Nunca está localizado, nunca está nas mãos de alguns, nunca é classificado como riqueza ou bem. O poder funciona e se exerce em rede. Os indivíduos em suas malhas exercem o poder e sofrem sua ação. Cada um de nós é, no fundo, titular de um certo poder e, por isso, também transmite este poder.
Em virtude dos fatos mencionados e de acordo com os autores supracitados pelo autor: Castells e Sader, os movimentos sociais são como sujeitos de transformação social, cujos movimentos procuram reivindicar os seus direitos, questões e posições, seja de maneira coletiva ou individual, buscando assim, os interesses particulares, dentro da sociedade. 
Em suma, os autores supramencionados pelo autor: Simmel e Foucault, afirmam que, o poder está em todos os espaços, seja nos movimentos sociais, seja na faculdade, até mesmo dentro da própria casa. O poder é algo que circula. Nunca está centralizado. Cada sujeito é, no fundo, administrador de um determinado poder e, por isso, conduz a esse poder.

Continue navegando