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Artérias Anatomia • Sistema circulatório envolve o sistema cardiovascular (formado pelo coração e vasos sanguíneos) e sistema linfático • Artéria é uma estrutura cilíndrica/tubular que sai do coração, em sentido centrífugo (fuga do centro), e vai em direção a periferia; a veia sai da periferia e vai em direção ao coração, sentido centrípeto • As paredes das artérias e veias são divididas em túnicas - parte mais externa (túnica adventícia), parte do meio (túnica média) e parte mais interna (túnica íntima) 1. A túnica íntima é composta por endotélio, que possibilita que o sangue passe dentro dos vasos sem causar muito atrito; lesões no endotélio, como IAM, AVC 2. A túnica média possui músculo liso e fibras elásticas; o músculo liso é importante na vasoconstrição e vasodilatação, e com isso, as artérias distribuem o sangue para aquela região que precisa de mais sangue; a quantidade desse músculo e fibras elásticas diferenciam artérias entre si e veias • A artéria se une com a veia através de uma rede de capilares • Artérias grandes se dividem em artérias médias que por sua vez se dividem nas pequenas artérias, que se dividem nas arteríolas; as arteríolas chegam no leito capilar, onde ocorrem as trocas; logo se formam as vênulas, e em seguida as veias • A parede das pequenas artérias de algumas pessoas são mais contraídas, sobrecarregando o sistema das artérias médias e grandes, induzindo a hipertensão; o sódio consegue aumentar esse tônus muscular • Veias não dão ramos, elas recebem tributárias; veias menores se juntam para formar uma veia maior • A veia é um vaso de capacitância, logo, possui menos músculo liso e fibra elástica em sua túnica média Tipos de artérias: • Grandes artérias elásticas (1) • Artérias musculares médias (2) • Pequenas artérias (3) 1- As grandes artérias elásticas recebem a pancada do coração, suportando a pressão; devem ser capazes de ter uma quantidade grande de fibra elástica para que ela se distenda e depois retorne ao estado inicial; elas são: a aorta, e ramos que saem do arco aórtico (tronco braquicefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda); o tronco braquicefalico vai para o lado direito e se divide na carótida comum direita e subclávia direita; o tronco pulmonar e artérias pulmonares que saem do ventrículo direito também estão incluídos nesse grupo 2- Tem a função de distribuir o sangue; levam sangue para musculatura; elas tem que ter quantidade de músculo liso grande para realizar a vasoconstrição e vasodilatação, transferindo sangue para regiões que mais precisam em determinados momentos; ex: artéria braquial, tibial, femoral, torácica... 3- Há mais em número do que artérias médias; elas não tem nome característico; elas se dividem em artérias menores, que são as arteríolas Artérias relacionadas com o pescoço: • Artéria subclávia: passa debaixo da clavícula; suprem membros superiores, pescoço e encéfalo; a direta se origina do tronco braquiocefálico que sai da aorta; a esquerda se origina do arco aórtico, pois a aorta sobe e desce para a esquerda, então do lado esquerdo, tanto a subclávia quanto a carótida comum, saem direto da aorta, e do lado direito não, pois o tronco joga essa artéria para o lado direito; ela se transforma na artéria axilar depois que ela passar pela borda externa/lateral da primeira costela; ramos da subclávia: artéria vertebral, artéria torácica interna, tronco tireocervical, tronco costocervical, artéria dorsal da escápula (os troncos se dividem em artérias menores) • Obs.: o tronco braquiocefálico, ramo do arco da aorta, se divide após a articulação esternoclavicular; ele geralmente não tem ramos • Artéria vertebral – ascende no espaço entre o m. escaleno e m. longos do pescoço; sobe passando por dentro dos forames transversos das vértebras (C6 até C1), entra na cavidade craniana, envia ramos para o bulbo, medula espinal, partes do cerebelo e dura-máter da fossa posterior do crânio. Na ponte do tronco encefálico, unem-se e formam a artéria basilar, que faz a vascularização da parte posterior do encéfalo • A artéria torácica interna desce em direção ao tórax; está localizada a um dedo lateral ao esterno; ela termina no 6º espaço intercostal, se dividindo em 2 artérias: artéria musculofrênica (vai para a região mais lateral, indo para o diafragma) e artéria epigástrica superior (vai para a região do epigástrio) • O tronco tireocervical se divide em 3 ramos; um dos ramos vai para a tireoide e os outros dois para a região cervical/pescoço; artéria tireóidea inferior, artéria supraescapular, artéria cervical transversa (ou artéria transversa do pescoço) • A artéria supraescapular segue em sentido inferolateral através do músculo escaleno anterior e nervo frênico; passa posteriormente à clavícula para suprir músculos na face posterior da escápula • A art. cervical transversa bifurca-se em ramo superficial (art. cervical superficial) e ramo profundo (art. dorsal da escápula), que seguem lateralmente e superficialmente ao m. escaleno anterior e nervo frênico; o ramo superficial passa anteriormente ao m. trapézio, acompanhando o nervo acessório • O tronco costocervical fica escondido pelo músculo escaleno anterior; esse tronco da duas artérias: artéria intercostal suprema (supre 2 primeiros espaços intercostais posteriores) e artéria cervical profunda (supre m. cervicais profundos posteriores) • A artéria dorsal da escápula, que sai depois do escaleno anterior; segue lateralmente através dos troncos do plexo braquial, anteriormente ao m. escaleno médio; supre o m. levantador da escápula e romboide e participa das anastomoses arteriais ao redor da escápula • A artéria subclávia pode ser dividida em 3 partes: primeira parte - antes/medialmente do/ao m. escaleno anterior, segunda parte - posteriormente ao m. escaleno anterior, terceira parte - lateralmente ao m. escaleno anterior (envia sangue para o membro superior; pulsações podem ser palpadas por compressão no trígono omoclavicular) • Primeira parte - artéria vertebral, torácica interna, tronco tireocervical; segunda parte - tronco costocervical; terceira parte - artéria dorsal da escápula • A compressão da art. subclávia contra a 1ª costela pode controlar o sangramento no membro superior • Artéria carótida comum: sai do lado direito do tronco braquiocefálico, e do lado esquerdo sai direto do arco da aorta; quando chega ao nível da borda superior da cartilagem tireóide, a artéria carótida comum se divide em carótida externa e carótida interna • Artéria carótida externa - possui 2 ramos terminais: artéria maxilar, artéria temporal superficial; outros ramos: artéria faríngea ascendente (1), artéria tireóidea superior (2), artéria lingual (3), artéria facial (4), artéria occipital (5), artéria auricular posterior (6) • 1 – ascende sobre a faringe medial à art. carótida interna e envia ramos para a faringe, m. pré- vertebrais, orelha média e meninges cranianas; 2 – segue em sentido anteroinferior até a glândula tireoide, e dá origem a art. laríngea superior (supre a laringe); 3 – emite ramos para a parte posterior da língua, volta-se em sentido superior nesse músculo, bifurcando-se nas art. lingual profunda e sublingual; 4 – da origem a art. palatina ascendente e a um ramo tonsilar. Supre a glândula submandibular. Dá origem a art. submentual para o assoalho da boca. Dá uma volta na mandíbula e entra na face; 5 – termina dividindo-se em ramos na parte posterior do couro cabeludo; 6 – supre m. adjacentes, glândula parótida; nervo facial; e estruturas no temporal, orelha e couro cabeludo • Ramo medial – (1); ramos posteriores (5/6); ramos anteriores (2/3/4) • A carótida externa vasculariza a face, o couro cabeludo, a parte superior da glândula tireoide, a faringe, a língua • Cada artéria segue em sentidoposterossuperior até a região entre o colo da mandíbula e o lóbulo da orelha, onde está a glândula parótida, e termina se dividindo em seus 2 ramos terminais • Artéria carótida interna: é importante para vascularização do sistema nervoso; possui carótida interna direita e esquerda; não emite ramos no pescoço • Na bifurcação da carótida há o seio carotídeo, e essa dilatação é na parte inicial da carótida interna, e é um barorreceptor (receptor de pressão); quando a pressão sobe, a carótida se estende e receptores mandam essa informação para o sistema nervoso, o encéfalo processa essa informação e manda-a para baixo através do nervo vago, que faz com que o coração bata mais devagar, controlando a pressão • Glomo carotídeo ou corpo carotídeo é o quimiorreceptor (monitora concentrações de oxigênio); fica entre a bifurcação da carótida (entre a interna e a externa) • Obs.: artéria carótida interna (direita e esquerda) e artéria vertebral direita e esquerda vascularizam o encéfalo • Obstrução da artéria carótida interna por placa de ateroma pode provocar AVC, colocando stent ou realizando uma cirurgia chamada endarterectomia carotídea, onde a carótida do paciente é aberta e a placa é retirada Vasos arteriais do tórax • Aorta: emite vasos que vascularizam parede torácica • A vascularização da parede torácica provém da: parte torácica da aorta (art. intercostais posteriores e subcostais); art. subclávia (art. torácica interna e intercostal suprema); art. axilar (art. torácica superior e art. torácica lateral) • Artérias intercostais vão para os espaços intercostais; as intercostais posteriores vão para a parte de trás e as anteriores para a parte da frente; as intercostais posteriores são ramos da aorta torácica (3º espaço até o 11º espaço, tirando as duas primeiras, que são ramos da art. intercostal suprema); as intercostais direitas tem um trajeto mais longo, pois a aorta se situa à esquerda da coluna vertebral; emitem ramos posteriores que suprem a medula espinal, coluna vertebral, músculos do dorso e a pele; art. seguem na fáscia endotorácica entre a pleura parietal e a membrana intercostal interna, seguindo entre os m. intercostais íntimos e intercostais internos • Intercostais anteriores que são ramos da artéria torácica interna (ramo da subclávia); as 6 primeiras artérias intercostais anteriores são ramos diretos da torácica interna, e a 7ª,8ª e 9ª são ramos da musculofrênica, a 10 e 11 artérias intercostais anteriores NÃO EXISTEM (só tem intercostais posteriores, que serão maiores, e seus ramos colaterais); irrigam m. intercostais e enviam ramos para suprir m. peitorais, mamas e a pele • Artéria intercostal anterior se anastomosa com intercostal posterior; mais próximo da aorta - intercostal posterior; mais próximo da torácica interna - intercostal anterior; caso a intercostal posterior seja comprimida, a anterior a compensa ➢ Correlação clínica: • Coartação da aorta: se trata de um estreitamento da aorta, que é uma mal formação congênita, em que ocorre uma estenose (estreitamento) da aorta. O estreitamento da aorta diminui a passagem do sangue. Pacientes com tal deformidade possuem pressão alta, hipertensão do membro superior e diminuição do pulso no membro inferior (pois sangue passa com dificuldade para o membro inferior), podendo levar a isquemia. Dependendo do grau, a criança pode precisar realizar uma cirurgia, onde a região estreitada é retirada e uma prótese é colocada; a rede de anastomoses entre as art. intercostais podem minimizar essa estenose, dependendo do grau Vasos arteriais do abdome • Artérias vascularizam região abdominal, vísceras abdominais e estrutura músculo-esquelética da parede abdominal • Depois que a aorta passa pelo hiato aórtico do diafragma, no nível da vértebra T12,, a artéria aorta chega ao abdome, sendo chamada de parte abdominal da aorta descendente • Ela se bifurca em artéria ilíaca comum direita e esquerda, que são ramos terminais da aorta. Cada artéria ilíaca comum se divide em artéria ilíaca externa e interna; a interna vasculariza as vísceras pélvicas; a externa passa pelo ligamento inguinal, por baixo dele, ela troca de nome, e passa a ser chamada de artéria femoral (artéria da coxa). E, antes de deixar o abdome, a externa dá origem as art. epigástrica inferior e circunflexa ilíaca profunda, que irrigam a parede abdominal anterolateral • Ramo par: ramo direito e ramo esquerdo; se uma artéria é bilateral ela é chamada de ramo par. Ex: artéria renal é um ramo par da aorta pois possui direita e esquerda • Artérias ímpares: tronco celíaco, artéria mesentérica superior e artéria mesentérica inferior; essas artérias vascularizam o fígado, estômago, baço, intestino, rins, pâncreas • Artéria visceral - artéria que vai para a víscera; artéria parietal - vai para a parede • Artéria no final da aorta: sacral mediana - é ímpar, pois só tem uma, mas é parietal pois vai para o sacro (parede) • O par de ramos parietais da aorta serve ao diafragma e à parede abdominal posterior ➢ Correlação clínica - aneurisma é uma saculação que ocorre em vasos, sendo uma região de fragilidade resultante de fraqueza congênita ou adquirida da parede arterial.. Aneurisma aórtico abdominal pode romper, se romper o fluxo de sangue é muito grande e o paciente pode morrer rapidamente por hipovolemia. Colocar um stent ou prótese antes do aneurisma romper evita complicações; quando a parede abdominal está relaxada, sobretudo em crianças e adultos magros, a porção inferior da parte abdominal da aorta pode ser comprimida contra a vértebra L4. Essa pressão pode ser usada para controlar a hemorragia na pelve ou nos membros inferiores; um tumor no pâncreas ou no estômago pode transmitir pulsações da aorta, que podem ser confundidas com tal aneurisma (aorta situa-se posteriormente à esses órgãos) Importantes estruturas vasculares no membro superior e inferior • Artéria axilar: ela segue posteriormente ao m. peitoral menor e vai até a borda inferior do músculo redondo maior, e lá ela troca de nome, e passa a ser chamada de artéria braquial; a artéria é dividida em partes: a parte axilar antes do músculo peitoral menor, ou seja, medialmente a esse músculo, é a primeira parte, a parte debaixo do peitoral menor (posteriormente) é a segunda parte, e a parte lateralmente ao peitoral menor é a 3ª • Ramos da artéria axilar: primeira parte - art. torácica superior (1); segunda parte - art. toracoacromial (2), art. torácica lateral (3); terceira parte - art. subescapular (4), art. circunflexa anterior do úmero (5) e art. circunflexa posterior do úmero (6) • 1 – vaso pequeno que irriga o m. subclávio, m. nos 1º e 2º espaços intercostais, alças superiores do m. serrátil anterior e m. peitorais sobrejacentes; anastomosa-se com art. intercostal e/ou torácica interna • 2 - da 4 ramos: acromial, deltóideo, peitoral e clavicular • 3 - desce ao longo da margem lateral do m. peitoral menor até a parte lateral do tórax; irriga os m. peitoral, serrátil anterior e intercostal, linfonodos axilares e a face lateral da mama • 4 – ramo de maior diâmetro; desce ao longo da margem lateral do m. subescapular na parede posterior da axila; termina dividindo-se nas art. circunflexa da escápula (irriga músculos no dorso da escápula) e toracodorsal (irriga o latíssimo do dorso), que participam de anastomoses ao redor da escápula • 5 e 6 circundam o colo cirúrgico do úmero, anastomosando-se entre si; 5 é menor e irriga músculos coracobraquial e bíceps braquial; 6 é maior, e irriga a articulação do ombro e músculos adjacentes (deltoide, redondos maior e menor.....) • Artéria braquial: desce percorrendo todo o braço e quando ela chega na fossa do cotovelo, na frente/diante do colo do rádio, onde, sob revestimento da aponeurose do m. bíceps braquial, ela se divideem artéria radial (lateral) e artéria ulnar (medial) • Ela situa-se anteriormente aos m. tríceps braquial e braquial; suas pulsações são palpáveis no sulco bicipital medial (região medial do terço médio do úmero); ela acompanha o nervo mediano • Dá origem a artéria nutrícia do úmero, que se origina de sua face lateral; entra no canal nutrício na face anteromedial do úmero • Seus ramos são a art. braquial profunda (maior ramo, com origem mais alta; acompanha nervo radial e termina dividindo-se em art. colaterais média e radial) e art. colaterais ulnares superior (acompanha nervo ulnar; anastomosa-se com art. recorrente ulnar posterior e colateral ulnar inferior) e inferior (anastomosa-se com art. recorrente ulnar anterior); as art. colaterais ajudam a formar anastomoses arteriais periarticulares da região do cotovelo • A artéria ulnar continua até a mão, passando anteriormente ao retináculo dos m. flexores, através do túnel ulnar. A art. divide-se em 2 ramos terminais: arco palmar superficial (que recebe o ramo da art. radial) e ramo palmar profundo • O arco palmar superficial origina 3 art. digitais palmares comuns; cada uma delas se divide em um par de art. digitais palmares próprias, que seguem nas laterais dos 2º-4º dedos; se anastomosam com art. metacarpais palmares do arco palmar profundo • Ramos da artéria ulnar participam das anastomoses periarticulares do cotovelo; suprem músculos do antebraço, a bainha comum dos músculos flexores e nervos ulnar e mediano; são: art. interóssea comum (divide-se em anterior e posterior), art. recorrentes ulnares anterior e posterior e ramos musculares • A art. radial pode ser usada como ponte na revascularização do miocárdio caso a art. ulnar seja suficiente para vascularizar a mão; ela atravessa assoalho da tabaqueira anatômica • A art. recorrente radial participa das anastomoses arteriais periarticulares do cotovelo por meio de anastomose com art. colateral radial; ramos carpais palmar e dorsal participam da anastomose periarticular do punho por meio de anastomoses com os ramos correspondentes da art. ulnar e ramos das art. interósseas anterior e posterior, formando os arcos carpais palmar e dorsal • O arco palmar profundo é a continuação da artéria radial anastomosada com o ramo profundo da art. ulnar; ele origina 3 art. metacarpais palmares, art. principal do polegar • A art. radial do indicador é ramo da art. radial • O arco carpal dorsal é ramo da artéria radial, que passa na parte dorsal da mão ➢ Correlação clínica: a artéria braquial pode ser comprimida em caso de hemorragia no membro superior; síndrome isquêmica - síndrome compartimental isquêmica ou síndrome de Volkmann, que é quando o paciente tem algum sangramento/lesão dessa artéria braquial, e ocorreu laceração, e caso não seja tratado a tempo ocorre uma isquemia do membro superior, dos músculos da fossa do cotovelo, do antebraço, levando a lesão desses músculos • A laceração dos arcos palmares arteriais causa hemorragia vultosa; esses vasos tem várias comunicações no antebraço e na mão, logo, sangram nas duas extremidades; para se ter um campo cirúrgico sem sangue, pode ser necessário comprimir a artéria braquial e seus ramos próximos ao cotovelo (por meio de torniquete pneumático, ex), impedindo que o sangue chegue as art. ulnar e radial através das anastomoses do cotovelo • A isquemia dos dedos, caracterizada por cianose, acompanhada de dor e paretesia, causadas por frio e estímulos emocionais; as art. do membro superior são supridas por nervos simpáticos; ramos do plexo braquial são distribuídos para as art. digitais; ao tratar a isquemia causada pela síndrome de Raynaud (distúrbio com causa desconhecida ou primária) pode ser necessário uma simpatectomia pré-ganglionar cervicodorsal (excisão de um segmento de um nervo simpático) para dilatar as art. digitais • O arco palmar superficial está no mesmo nível da extremidade distal da bainha comum dos m. flexores; incisões ou lesões na superfície medial da eminência tenar podem lesar o ramo do nervo mediano para os músculos tenares Vascularização arterial dos membros inferiores • Artéria femoral: começa no ligamento inguinal (transição do abdômen para coxa), e entra no trígono femoral; possui um ramo que é a artéria epigástrica superficial; outros ramos são a artéria pudendo externa com ramo superficial e ramo profundo; outro ramo é a artéria circunflexa superficial do íleo • Artéria femoral profunda: maior ramo da art. femoral; dela sai a artéria circunflexa lateral e circunflexa medial do fêmur, que se anastomosam entre si e com outras art., suprindo m. da coxa e parte proximal do fêmur (a medial origina art. posteriores do retináculo, que irrigam cabeça e colo do fêmur. Por isso, costumam ser laceradas na fratura desse colo ou na luxação da articulação do quadril) (a lateral supre principalmente m. da face lateral da coxa) • A artéria obturatória ajuda a art. femoral profunda a suprir os m. adutores através dos ramos anteriores e posteriores (emite ramo acetabular que supre cabeça do fêmur), que se anastomosam • A artéria femoral termina quando passa num orifício chamado de hiato dos adutores, e esse hiato existe no músculo adutor magno; depois desse hiato a artéria passa a se chamar artéria poplítea ➢ Correlações clínicas: • A contusão do quadril está relacionada a esportes de contato, que é uma contusão da crista ilíaca em sua parte anterior; causa hemorragia por ruptura dos capilares e infiltração de sangue em músculos, tendões e outros tecidos moles; a contusão também pode se referir à avulsão de fixações musculares ósseas; a cãibra muscular pode se referir a cãibra de um músculo da coxa causada por isquemia ou contusão e ruptura de vasos sanguíneos que formam um hematoma; o local mais comum de um hematoma da coxa é o m. quadríceps femoral • A parte inicial da art. femoral é superficial, sendo acessível para procedimentos clínicos; o pulso femoral é palpado entre a EIAS (espinha ilíaca anterossuperior) e a sínfise púbica, com a região média da palma inferior ao ponto médio do ligamento inguinal mediante compressão; a compressão também pode ser feita em contra o ramo superior do púbis, músculo psoas maior e cabeça do fêmur, reduzindo o fluxo sanguíneo através da art. femoral e seus ramos; na angiografia cardíaca esquerda, um cateter é inserido na art. femoral, passando pela ilíaca externa, ilíaca comum e aorta até o VE (mesma técnica ocorre na arteriografia coronariana); pode-se colher sangue da art. femoral para análise de gases sanguíneos • A posição superficial da art. femoral no trígono femoral a torna vulnerável a lesão traumática. Muitas vezes, art. e veias femorais são laceradas em feridas anteriores da coxa, por estarem próximas; a anastomose de ramos da art. femoral com outras art. que cruzam a articulação do quadril pode suprir o membro superior; a anastomose cruzada é o encontro das art. circunflexas femorais medial e lateral com a art. glútea inferior e a 1ª art. perfurante posterior ao fêmur • Em 20% das pessoas, um ramo púbico aumentado da art. epigástrica inferior assume o lugar da art. obturatória (art. obturatória substituta), ou une-se a ela como uma art. obturatória acessória; pode ser comprometida por uma hérnia femoral estrangulada • Artéria poplítea: começa no hiato dos adutores; está localizada na fossa poplítea; ela termina quando passa pela margem inferior do músculo poplíteo, e a partir daí ela se divide em artéria tibial anterior e artéria tibial posterior • Cinco ramos suprem a cápsula e ligamentos da articulação do joelho: art. superior lateral, superior medial, média, inferior lateral, inferior medial do joelho, que participam da rede articular do joelho periarticular, rede de vasos que garantem circulação colateral que mantém vascularizaçãoda perna na flexão do joelho, podendo causar acotovelamento da art. poplítea • A art. recorrente tibial anterior, art. descendente do joelho (ramo da femoral) e ramo descendente da art. circunflexa femoral lateral contribuem para tal rede no joelho • Artérias tibial posterior e fibular: da tibial posterior sai a artéria fibular; essa art. tibial posterior desce medialmente/posteriormente com relação ao maléolo medial; • Artéria tibial anterior: ela vai para a parte anterior da perna através de abertura na membrana interóssea; desce, e quando passa por uma linha imaginária que une os maléolos, na articulação talocrural, chegando no dorso do pé, ela passa a ser chamada de art. dorsal do pé • Compartimento lateral da perna: na parte proximal – ramos da art. tibial anterior penetram septo intermuscular anterior; parte inferior – ramos da art. fibular penetram septo intermuscular posterior, junto com veias acompanhantes • A art. fibular desce em direção à fíbula; emite ramos musculares para o poplíteo e outros músculos nos compartimentos posterior e lateral da perna; dá origem a art. nutrícia da fíbula, a um ramo perfurante (vai até o dorso do pé e se anastomosa com art. arqueada) e aos ramos maleolar lateral (une-se a outros ramos maleolares formando a anastomose arterial do tornozelo) terminal e calcâneo (os ramos calcâneos laterais suprem o calcanhar) • A art. circunflexa fibular se origina na art. tibial anterior ou posterior no joelho, vai até anastomoses ao redor do joelho; art.. nutrícia da fíbula é a maior art. nutrícia do corpo, emerge da art. tibial anterior ou posterior. Irriga m. tibial posterior e entra no forame nutrício da tíbia ➢ Correlação clínica: • A palpação do pulso poplíteo é feita na parte inferior da fossa, onda a art. poplítea está relacionada com a tíbia; a pessoa fica em decúbito ventral, com o joelho fletido para relaxar fáscia poplítea e m. do jarrete; a diminuição ou perda desse pulso está relacionado com obstrução da art. femoral • O aneurisma poplíteo causa edema e dor na fossa poplítea; pode distender o nervo tibial ou comprimir sua vascularização; a dor referida é no tornozelo, panturrilha ou pé; fraturas da região distal do fêmur ou luxações do joelho podem romper a artéria, provocando hemorragia; a lesão da art. e veia pode resultar em uma fístula arteriovenosa (comunicação entre uma art. e veia); se for necessário ligar a art. femoral, o sangue pode passar pela rede articular do joelho e chegar a art. poplítea distal à ligadura • O pulso tibial posterior pode ser palpado entre a face posterior do maléolo medial e margem medial do tendão do calcâneo; a pessoa deve inverter o pé para relaxar o retináculo dos m. flexores (por onde a art. tibial posterior segue); a palpação dos pulsos tibiais posteriores é essencial para examinar pacientes com doença arterial periférica oclusiva (+60 anos). Ex: claudicação intermitente, caracterizada por dor e cãibras nas pernas, ocorre durante marcha e desaparece após repouso. Esses distúrbios resultam de isquemia dos m. da perna causada por estreitamento ou oclusão das art. Vascularização do pé • Artéria dorsal do pé: é a continuação da art. tibial anterior; vasculariza parte anterior do pé; começa entre maléolos e segue até 1º espaço interósseo, onde se divide e dá origem a 1ª art. metatarsal dorsal e a uma art. plantar profunda (entra na planta do pé, se une à art. plantar lateral para formar o arco plantar profundo); a art. tarsal lateral é um ramo da dorsal do pé irriga ECD, ossos tarsais e articulações subjacentes; a 1ª art. metatarsal dorsal suprem 2 lados do hálux a face medial do 2º dedo; a art. arqueada segue através das bases dos 4 metatarsais laterais, e anastomosa-se com art. tarsal lateral formando alça arterial, e da origem a 2ª-3ª-4ª art. metatarsais dorsais • Na parte distal, cada art. metatarsal dorsal divide-se em 2 art. digitais dorsais, que terminam proximais a articulação interfalângica distal, e são substituídas por ramos dorsais das art. digitais plantares • Artéria plantar medial: é o menor ramo terminal da art. tibial posterior; dá origem a ramos profundos que suprem músculos do hálux; o ramo superficial maior supre a pele e tem ramos digitais, e quando anastomosa-se com a art. plantar lateral ou arco plantar profundo forma-se um arco plantar superficial; ramos mais laterais anastomosam-se com art. metacarpais plantares mediais • Artéria plantar lateral: maior ramo da art. tibial posterior; curva-se medialmente através do pé com o ramo profundo do nervo plantar lateral para formar o arco plantar profundo, completado pela união com a art. plantar profunda; esse arco origina 4 art. metatarsais plantares, 3 ramos perfurantes e ramos para a pele, fáscia e músculos da planta; art. metatarsais formam art. digitais plantares perto da base das falanges, que fornecem maior parte do sangue que chega à região distal dos dedos ➢ Correlação clínica: um exemplo denominado gasometria, que sangue arterial precisa ser retirado para análise de oxigenação no sangue, e para isso pode ser que seja preciso pulsional uma artéria; existe uma região denominado trígono femoral: o nervo femoral é a estrutura mais lateral, depois vem a artéria femoral (estrutura intermédia) e mais medialmente tem a veia femoral; na gasometria a agulha é introduzida na artéria femoral Perguntas: • Quais são os ramos da artéria subclávia? • Quais são os ramos terminais da artéria carótida externa? • As artérias intercostais posteriores são ramos de quais artérias? • Qual a estrutura anatômica que divide a artéria axilar em partes? • O arco palmar superficial é a continuação de qual artéria? • Qual referência anatômica marca o local onde termina a artéria femoral?
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