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AUTISMO E ALERGIAS ALIMENTARES ALERGIA VS INTOLERANCIA A principal diferença entre alergia e intolerância alimentar é o tipo de resposta que o organismo tem quando entra em contato com o alimento. Na alergia há uma resposta imunológica imediata, isto é, o organismo cria anticorpos como se o alimento fosse um agente agressor e por isso os sintomas são generalizados. Já na intolerância alimentar o alimento não é digerido corretamente e, dessa forma, os sintomas surgem principalmente no sistema gastrointestinal. ALERGIAS E INTOLERÂNCIAS As alergias são mais comuns na infância, enquanto que a intolerância geralmente se manifesta em crianças maiores e adultos. Por exemplo, enquanto o intolerante pode consumir derivados de leite em quantidades pequenas sem reações, o alérgico a leite deve ter sua dieta isenta de toda e qualquer proteína do alimento. ALERGIAS Alguns pacientes com diagnósNco de alergia alimentar podem desenvolver tolerância ao alimento envolvido, isto é, o alimento pode ser consumido sem manifestações alérgicas. Isso pode ocorrer em algumas crianças que apresentam alergia ao ovo e leite de vaca, mas essa tolerância só deve ser avaliada pelo médico especialista que a acompanha. Introduzir alimentos aos alérgicos sem avaliação do especialista pode causar reações graves. PROTEÍNAS COM POTENCIAL ALERGÊNICO LEITE - Possui três principais alérgenos: caseína, alfa- lactoalbumina e beta- lactoglobulina. Rinite, coceiras na pele e distensões abdominais são os sintomas mais frequentes. OVO – Ovoalbumina, SOJA - Molho shoyu, tofu e proteína texturizada � Alguns chocolates contêm soja nos ingredientes, descrita como leciNna de soja, por isso leia atentamente os rótulos e não se acanhe em perguntar nas lojas de doces caseiros se existe soja na preparação. AMENDOIM E CASTANHAS TRIGO - Omega- gliadina é uma das principais responsáveis pelas reações alérgicas mais severas, cujos sintomas podem incluir rinite, asma, urticária e até anafilaxia. GLUTÉN CAMARÃO E CRUSTÁCEOS - Especialistas sugerem que a ingestão pela mãe durante a gestação e a amamentação pode sensibilizar mais facilmente o bebê. REAÇÕES ALERGIAS CRUZADAS Hereditário Deve-se fazer uma pesquisa com toda a família do indivíduo em questão. MICROBIOTA O papel da microbiota na função do sistema imune e o papel da disbiose (alterações quali e quanNtaNvas da microbiota) na indução de desregulação imunológica também têm sido muito estudados nas úlNmas décadas. Alterações da microbiota têm sido implicadas na gênese de doenças inflamatórias, alérgicas, autoimunes e câncer. O QUE É DISBIOSE? Disbiose é o desequilíbrio da microbiota intesNnal, ou seja, o reservatório de micro-organismos que vive no trato digesNvo e auxilia em variados processos do organismo, desde a digestão até o controle de agentes causadores de doenças e a absorção de nutrientes. MICROBIOTA INTESTINAL A microbiota intesNnal foi incluída no conceito de EIC ( EIXO INTESTINO- CEREBRO), que passou a ser denominado eixo microbiota-intes.no- cérebro. 01 Uma comunicação complexa e bidirecional no contexto deste eixo, parece apresentar um papel na homeostase gastrintesNnal a parNr do cérebro, assim como uma interferência do trato gastrintesNnal e sua microbiota no desenvolvimento e função do sistema nervoso central, incluindo funções afeNvas e cogniNvas. 02 De maneira que, doenças neuro-degeneraNvas, transtornos psiquiátricos tais como ansiedade, depressão e transtorno do espectro auNsta (TEA) vêm sendo relacionados a alterações da microbiota intes.nal e processo inflamatório 03 SISTEMA IMUNE E INTESTINO A função imune do intesNno depende de três componentes: a barreira intesNnal, o sistema imune (tecido linfoide associado ao intesNno - GALT, plasmócitos, linfócitos, imunoglobulinas) e a microflora A microbiota intesNnal regula vários aspectos do sistema imune inato e adaptaNvo, protegendo o hospedeiro de patógenos invasores. A colonização intesNnal tem papel importante na esNmulação do desenvolvimento do sistema imune, incluindo o GALT, síntese e secreção de Ig-A e geração da resposta da célula T helper. O QUE FAZER COM OS ALIMENTOS QUE A CRIANCA É ALÉRGICA? RETIRADA TOTAL DAR OPCOES E SUBSTITUTOS ALERGIA VS AUTISMO Várias foram as hipóteses propostas para jusNficar sintomas gastrintesNnais associados ao TEA: aumento da permeabilidade intesNnal, inflamação intesNnal, alterações na composição da microbiota intesNnal e alergia alimentar. Prevalência elevada de manifestações alérgicas (respiratória e/ou alimentar) e autoimunes em pacientes com TEA foi descrita ESTUDOS RELACIONADO S Piora dos sintomas com a ingestão de produtos lácteos, chocolate, milho, açúcar, maçã̃ e banana por conta de possível prejuízo do metabolismo de aminas. As dietas isentas de glúten e as isentas de caseína são as mais divulgadas e merecem esclarecimentos por parte de especialistas no assunto. Salomone mostraram que 13% dos pais de 1680 pacientes com TEA de 18 países europeus uNlizavam dieta sem glúten ou sem caseí- na, com resultados variáveis. RESTRIÇÕES • Rejeição social • EsNgmaNzação • Dificuldades de socialização • Integração, com potenciais efeitos adversos. Os pacientes com TEA só devem ser submeNdos a dietas de exclusão de glúten e/ou caseína caso haja diagnósNco (ou suspeita) de algum Npo de intolerância ou hiper- sensibilidade a alimentos. EXCLUSÃO Os autores concluem que as evidências que suportam uma dieta sem glúten e/ou sem caseína para o espectro auNsta são limitados e de baixa qualidade. INTERVENÇÕES Manipulações dietéNcas devem ser realizadas somente em caso de diagnósNco estabelecido de intolerância ou alergia alimentar, ou no caso de suspeita diagnósNca, pelo tempo necessário para o esclarecimento do quadro.
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