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1 - Autismo e alergias alimentares - Camila Nunes

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AUTISMO E 
ALERGIAS 
ALIMENTARES
ALERGIA VS 
INTOLERANCIA
A principal diferença entre alergia e
intolerância alimentar é o tipo de resposta
que o organismo tem quando entra em
contato com o alimento. Na alergia há uma
resposta imunológica imediata, isto é, o
organismo cria anticorpos como se o
alimento fosse um agente agressor e por
isso os sintomas são generalizados.
Já na intolerância alimentar o
alimento não é digerido corretamente e,
dessa forma, os sintomas surgem
principalmente no sistema gastrointestinal.
ALERGIAS E 
INTOLERÂNCIAS
As alergias são mais comuns na
infância, enquanto que a intolerância
geralmente se manifesta em crianças
maiores e adultos. Por exemplo,
enquanto o intolerante pode consumir
derivados de leite em quantidades
pequenas sem reações, o alérgico a leite
deve ter sua dieta isenta de toda e
qualquer proteína do alimento.
ALERGIAS
Alguns pacientes com diagnósNco de
alergia alimentar podem desenvolver tolerância
ao alimento envolvido, isto é, o alimento pode ser
consumido sem manifestações alérgicas. Isso
pode ocorrer em algumas crianças que
apresentam alergia ao ovo e leite de vaca, mas
essa tolerância só deve ser avaliada pelo médico
especialista que a acompanha.
Introduzir alimentos aos alérgicos sem avaliação
do especialista pode causar reações graves.
PROTEÍNAS COM POTENCIAL ALERGÊNICO
LEITE - Possui 
três principais 
alérgenos: 
caseína, alfa-
lactoalbumina e 
beta-
lactoglobulina. 
Rinite, coceiras 
na pele e 
distensões 
abdominais são 
os sintomas 
mais frequentes.
OVO –
Ovoalbumina,
SOJA - Molho 
shoyu, tofu e 
proteína 
texturizada �
Alguns 
chocolates 
contêm soja nos 
ingredientes, 
descrita como 
leciNna de soja, 
por isso leia 
atentamente os 
rótulos e não se 
acanhe em 
perguntar nas 
lojas de doces 
caseiros se 
existe soja na 
preparação.
AMENDOIM E 
CASTANHAS
TRIGO - Omega-
gliadina é uma 
das principais 
responsáveis 
pelas reações 
alérgicas mais 
severas, cujos 
sintomas podem 
incluir rinite, 
asma, urticária e 
até anafilaxia.
GLUTÉN
CAMARÃO E 
CRUSTÁCEOS -
Especialistas 
sugerem que a 
ingestão pela 
mãe durante a 
gestação e a 
amamentação 
pode sensibilizar 
mais facilmente 
o bebê.
REAÇÕES
ALERGIAS CRUZADAS
Hereditário Deve-se fazer uma pesquisa com toda a família do indivíduo em questão.
MICROBIOTA
O papel da microbiota na função do sistema
imune e o papel da disbiose (alterações quali e
quanNtaNvas da microbiota) na indução de desregulação
imunológica também têm sido muito estudados nas
úlNmas décadas.
Alterações da microbiota têm sido implicadas na gênese
de doenças inflamatórias, alérgicas, autoimunes e câncer.
O QUE É 
DISBIOSE?
Disbiose é o desequilíbrio da
microbiota intesNnal, ou seja, o
reservatório de micro-organismos que
vive no trato digesNvo e auxilia em
variados processos do organismo, desde a
digestão até o controle de agentes
causadores de doenças e a absorção de
nutrientes.
MICROBIOTA INTESTINAL
A microbiota intesNnal foi 
incluída no conceito de EIC 
( EIXO INTESTINO-
CEREBRO), que passou a 
ser denominado eixo 
microbiota-intes.no-
cérebro.
01
Uma comunicação complexa e
bidirecional no contexto deste eixo,
parece apresentar um papel na
homeostase gastrintesNnal a parNr
do cérebro, assim como uma
interferência do trato
gastrintesNnal e sua microbiota no
desenvolvimento e função do
sistema nervoso central, incluindo
funções afeNvas e cogniNvas.
02
De maneira que, doenças
neuro-degeneraNvas,
transtornos psiquiátricos tais
como ansiedade, depressão e
transtorno do espectro auNsta
(TEA) vêm sendo relacionados
a alterações da microbiota
intes.nal e processo
inflamatório
03
SISTEMA IMUNE E INTESTINO
A função imune do intesNno depende 
de três componentes: a barreira 
intesNnal, o sistema imune (tecido 
linfoide associado ao intesNno - GALT, 
plasmócitos, linfócitos, 
imunoglobulinas) e a microflora 
A microbiota intesNnal regula vários 
aspectos do sistema imune inato e 
adaptaNvo, protegendo o hospedeiro de 
patógenos invasores. A colonização 
intesNnal tem papel importante na 
esNmulação do desenvolvimento do 
sistema imune, incluindo o GALT, síntese e 
secreção de Ig-A e geração da resposta da 
célula T helper.
O QUE FAZER COM OS ALIMENTOS QUE A 
CRIANCA É ALÉRGICA?
RETIRADA TOTAL DAR OPCOES E 
SUBSTITUTOS
ALERGIA VS 
AUTISMO
Várias foram as hipóteses propostas para 
jusNficar sintomas gastrintesNnais associados 
ao TEA: aumento da permeabilidade 
intesNnal, inflamação intesNnal, alterações na 
composição da microbiota intesNnal e alergia 
alimentar.
Prevalência elevada de manifestações 
alérgicas (respiratória e/ou alimentar) e 
autoimunes em pacientes com TEA foi descrita 
ESTUDOS 
RELACIONADO
S
Piora dos sintomas com a ingestão de produtos lácteos, 
chocolate, milho, açúcar, maçã̃ e banana por conta de possível 
prejuízo do metabolismo de aminas.
As dietas isentas de glúten e as isentas de caseína são as 
mais divulgadas e merecem esclarecimentos por parte de 
especialistas no assunto. 
Salomone mostraram que 13% dos pais de 1680 pacientes com TEA 
de 18 países europeus uNlizavam dieta sem glúten ou sem caseí-
na, com resultados variáveis. 
RESTRIÇÕES
• Rejeição social
• EsNgmaNzação
• Dificuldades de socialização
• Integração, com potenciais efeitos adversos.
Os pacientes com TEA só devem ser submeNdos a
dietas de exclusão de glúten e/ou caseína caso haja
diagnósNco (ou suspeita) de algum Npo de intolerância
ou hiper- sensibilidade a alimentos.
EXCLUSÃO
Os autores concluem que as
evidências que suportam uma
dieta sem glúten e/ou sem caseína
para o espectro auNsta são
limitados e de baixa qualidade.
INTERVENÇÕES
Manipulações dietéNcas
devem ser realizadas somente em
caso de diagnósNco estabelecido de
intolerância ou alergia alimentar, ou
no caso de suspeita diagnósNca, pelo
tempo necessário para o
esclarecimento do quadro.

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