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Conceitos, objeto de estudo e importância da história da educação para a Formação do Educador

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Aluna: Lorenna dos Santos Abreu 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO 
Com base nos estudos realizados acerca dos "Conceitos, objeto de estudo e importância 
da história da educação para a Formação do Educador" responda às questões seguintes: 
1. Os autores dos textos estudados a saber: Neves e Costa (2012); Lopes e Galvão 
(2001) e Cambi (1999) apresentam-nos a história da História da Educação 
enquanto disciplina e campo de pesquisa discorrendo sobre as mudanças 
ocorridas no campo específico do ofício do historiador das questões educacionais 
da sua origem aos dias atuais. Considerando o contexto histórico de origem da 
História da Educação responda: (1,5 pts) 
a) A História da Educação, apesar de ser criada como uma das especializações da 
História desenvolveu-se muito mais próxima do terreno da Educação, da 
Pedagogia e, portanto, da Filosofia. Essa afirmação é verdadeira? Apresente um 
argumento que justifique a sua resposta. 
R: Sim, pois essa aproximação se deu, primeiramente, no Brasil com a criação 
do curso de Pedagogia “como uma seção na Faculdade Nacional de Filosofia” 
(Decreto-Lei N° 1.190), em 1939, (LOPES, 1986, p.17). Nesse período, a 
História da Educação adquiriu o status de disciplina obrigatória. Segundo o Prof. 
Dr. Dermeval Saviani, filósofo da educação, da UNICAMP, foi com a 
promulgação, em âmbito nacional, da Lei Orgânica do Ensino Normal (Decreto-
Lei N°8.530), em 1946, que essa disciplina, justamente com a Filosofia da 
Educação, passou a integrar o currículo de todas as escolas normais do país 
(SAVIANI, 2004; VIDAL, 2003). Posteriormente, com a LDB 5692/61 e com o 
Parecer 251/62, o Conselho Federal de Educação especificou que o currículo 
mínimo dos cursos de Pedagogia deveria contar com a disciplina História da 
Educação. 
b) Quais conteúdos e fontes históricas eram privilegiadas para o desenvolvimento 
do ensino e da pesquisa em História da Educação vistos pelos autores como 
consequência da maneira como a História da Educação se desenvolveu na sua 
origem, ou seja, no final do século XIX ? 
R: A fonte para o desenvolvimento destes recortes temáticos era a obra dos 
grandes pensadores. Observa-se que muitos compêndios e dos livros didáticos 
utilizados em História da Educação Geral eram os manuais da Filosofia da 
Educação, como os de F. Larroyo, R. Hubert, Paul Monroe, Lorenzo Luzuriaga 
e Abbagnano, entre outros. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO “PROF. MARIANO DA SILVA NETO” 
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 
AREA: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DA EDUCAÇÃO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO “MINISTRO PETRÔNIO PORTELA” 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
c) Apresente pelo menos 2 críticas apresentadas pelos autores estudados como 
forma de problematização dessa referida consequência, ou seja, 2 problemas 
causados à História da Educação em decorrência dessa consequência. 
R: Para Lopes “[...] no campo da História, a educação tem sido, 
tradicionalmente, um objeto ignorado ou considerado pouco nobre”. “É provável 
também que, em muitas instituições, tenha havido uma dissociação entre aqueles 
que pesquisam e aqueles que dão aula na graduação em Pedagogia. Isso sem 
falar das instituições onde não se faz pesquisa ou nas de ensino médio, onde o 
debate acadêmico quase não chega”. 
 
2. Após um período inicial em que a História da Educação esteve submetida, 
integrada, como apêndice de uma outra área de ensino e de pesquisa, a 
historiografia educacional tem demonstrado que nos últimos anos, da metade do 
século XX aos dias atuais, tem se desenvolvido toda uma discussão teórica para 
legitimar este campo como específico e diferente dos outros relacionados à 
educação. 
a) Cite, pelo menos, três (3) aspectos considerados importantes como requisitos 
teóricos e práticos para a constituição de uma autêntica História da Educação, ou 
seja, constituída como disciplina e campo de pesquisas específicos e diferentes 
dos outros relacionados à educação. (1,5 pts) 
R: A primeira se refere ao estabelecimento dos marcos temporais, ou seja, como 
periodizar. A periodização está relacionada ao tempo delimitado para o objeto de 
estudo. Quando o destaque é o objeto de estudo, o tempo definido é o da duração 
do fenômeno em estudo. Isso significa que o tempo não é mais algo extremo e 
independente dos temas-objetos. O tempo não é mais homogêneo e nem 
universal. Para Barreira (1995, p. 92) “[...] um produto de pesquisa é 
determinado pelo movimento descrito, no tempo e no espaço, pelo próprio 
objeto de investigação”. 
A segunda relaciona-se ao entendimento de fontes. Partimos do princípio de que 
é o objeto de estudo, e o historiador, que define qual a fonte mais apropriada 
para o seu desenvolvimento. Considerando que todo vestígio deixado 
pela humanidade é possível de se tornarem fontes para a pesquisa histórica, nos 
distanciamos da compreensão de que a vê como aquele que origina ou produz 
uma causa. Esta matriz explicativa, esta noção de documento histórico 
estabelece regras de dependência, estabelece hierarquização, resultando em uma 
compreensão congelada do passado. Aquele que está pronto para todo o 
sempre, que tem e teve um saber instalado, cabendo a nós, historiadores, 
revelá-lo. Fonte é, para nós, instrumento que representa e resulta do desejo de 
quem as produziu, intencionalmente ou não, de construir uma determinada 
imagem de si mesmo ou de no máximo do seu grupo social, ou seja, não se 
constituem, necessariamente, como expressão da sociedade em geral. 
A terceira trata do entendimento da relação entre o presente e o passado. 
Entendemos que o historiador longe de tecer considerações moralistas e 
mecânicas sobre a relação “passado, presente e futuro”, pode e deve 
explicá-las, amparado em investigações constantemente refeitas. 
 
3. A discussão teórica realizada nos últimos anos para legitimar o campo da 
História da Educação como específico e diferente dos outros relacionados à 
educação levou ao desenvolvimento de uma verdadeira transformação que 
produziu uma nova imagem do “fazer história”. Segundo Cambi (1999) e Lopes e 
Galvão (2001), essa transformação, considerada radical, nasceu em torno de três 
(3) revoluções historiográficas do pós-guerra. (2,0 pts) 
 
a) Quais as orientações historiográficas que, por meio dos seus princípios 
metodológicos, contribuíram para essa transformação no modo de entender a 
história e desenvolver sua pesquisa científica? 
 
R: O marxismo trouxe a luz - no que diz respeito aos eventos históricos e às 
suas matrizes supraestruturais (sobretudo políticas) - o papel da estrutura 
econômico-social e incitou a estudar as complexas mediações que ligam 
economia e política, política e cultura, cultura e sociedade. Para os 
pesquisadores marxistas, a história aparece como luta de classes e de 
ideologias,que se articulam em torno de sistemas de produção e que visam à 
hegemonia histórica, influenciando cada âmbito da vida social, da família ao 
Estado e à cultura. A pesquisa histórica torna-se investigação complexa, 
atenta às genealogias profundas dos vários fenómenos (sobretudo 
econômico-sociais), jogada através do entrelaçamento de muitos saberes e 
pronta a colher conflitos e contradições, hegemonias e oposições. 
 
Também a escola dos Annales (uma revista nascida na França em 1929 e que 
teve um papel fundamental na renovação da pesquisa histórica, além de uma 
notoriedade realmente mundial) se inspirou no marxismo, trazendo à luz as 
permanências ou estruturas referentes aos acontecimentos, mas enriqueceu e 
matizou sua lição ao introduzir o estudo de estruturas (ou infraestruturas) 
não só econômicas, como a mentalidade, tendo em vista uma história por 
inteiro, que leve em conta todos os fatores e aspectos de um momento ou de 
um evento histórico. Os Annales sublinharam, assim, o pluralismo da 
pesquisa histórica e o jogocomplexo das muitas perspectivas que acabam 
por constituí-la, relacionando-a com as diversas ciências sociais. 
 
Quanto à psicanálise, foi sobretudo a área americana que, através da psico-
história, afirmou sua aplicação à pesquisa histórica. A psico-história e o 
estudo das mentalidades coletivas e individuais, legíveis, porém, de modo 
crítico, inspirando-se apenas nos mecanismos que identificam o pensamento 
freudiano (inconsciente, repressão, conflito do eu etc.). Neste âmbito, 
dirigiu-se a atenção em particular sobre a família, na sua dimensão espiritual 
e no seu papel de conexão nas diversas sociedades. As investigações de 
Erikson sobre o jovem Lutero ou de De Mause sobre a história da infância 
ou ainda de Loewenburg sobre o nazismo são exemplares desta orientação 
de pesquisa e manifestam o recurso ao estudo dos mecanismos de formação, 
seja para o indivíduo seja para os grupos, individualizando um âmbito em 
que sociedade e mentalidade acabam por interagir intimamente. 
 
Enfim, o estruturalismo (pense-se em Foucault) e a história quantitativa 
(utilizada amplamente por Le Roy Ladurie) puseram o acento sobre aquilo 
que é impessoal na história, sobre as estruturas que regulam os 
comportamentos individuais em profundidade (sejam instituições ou 
mentalidades) e as leram como variáveis quantitativas, sujeitas a análises 
sociais, a reconstruções estatísticas. 
b) No cruzamento das orientações teórico-metodológicas, anteriormente 
mencionadas, realizaram-se as três (3) revoluções historiográficas. 
Caracterize cada uma dessas revoluções historiográficas destacando 
seus/suas abordagens, objetos, temas, e fontes. 
 
R: A Revolução dos Métodos: Foi uma revolução profunda e radical que 
trouxe à luz sobretudo seu pluralismo. O "fazer história" não está ligado a 
um processo único (do tipo narrativo-explicativo) capaz de enfrentar todo 
tipo de fenômeno histórico e ler sua estrutura e seu devenir, mas se realiza 
em torno de múltiplas metodologias, diferenciadas por objetos, por processos 
cognitivos por instrumentos lógicos, de modo a fazer ressaltar o pluralismo 
das abordagens e sua especialidade. Estava longe da prática do historicismo 
a maneira de Croce e de Gramsci, que se desenvolva em torno de um 
modelo, ao contrário, reconhecemo-nos num tipo de trabalho histórico que se 
desenvolve em muitas histórias e segundo muitos métodos, desde a "história 
estrutural, económica, social, "das mentalidades até a dos eventos, a local, a 
oral-vivida, a psico-história, a etno-história, história do cotidiano etc.: são 
todos âmbitos diferentes de pesquisa que reclamam métodos ad hoc e uma 
reflexão metodológica que exaltam suas autonomias e sua variedade, além 
das intersecções e convergências na história total. A historiografia atual 
perdeu, a certeza do método, assumindo a dos métodos e dando vida a uma 
intensa dialética metodológica, a que se remetem os historiadores mais 
atentos dos últimos decênios, de Braudel a Ariès, de Stone a Le Goff, de 
Duby a Vilar, de Veyne a Koselleck. A história se fez pluralista e implicou 
uma transformação dos métodos que pusesse em relevo seu complexo jogo 
recíproco, feito de autonomia e de integração, e sua gestão reflexiva 
(metodológica: reflexão em torno dos métodos, do seu estatuto, da sua 
função, da sua riqueza e variedade). 
 
A Revolução do Tempo: Foi particularmente Braudel quem pois às claras 
este processo de revisão da temporalidade histórica, mostrando como o 
tempo histórico é diferente daquele artificial, dos relógios ou do tempo, 
vivido, das práxis cotidianas. Diferente, antes de mais nada, porque plural, 
poli estruturado, problemático e jamais unívoco-unitário. Diferente, depois, 
porque ligado ao ponto de vista, à intencionalidade que guia seu uso e sua 
estruturação. Três, diz Braudel, são os tempos da história (e do histórico): os 
acontecimentos (ou eventos). próximo do vivido e do cronológico um tempo 
fracionado e ligado ao caleidoscópio daquilo que acontece, variegado e - 
meio no limite - medido pelo instante, que é o tempo da história-narração; 
depois, o da curta duração (ou conjunturas, institigöes, etc.) ou das 
permanências relativas, ligado a estruturas políticas, sociais ou culturais, que 
está por debaixo dos acontecimentos e os coordena e sustenta; nesse tempo, 
agem os Estados, as culturas, as sociedades e ele próprio pertence à história-
explicação, a história-ciência; por fim, o da longa (ou longuíssima) duração, 
geográfico, econômico e antropológico, que colhe as permanências 
profundas, as estruturas quase invariantes e se ativa na história interpretação 
ou história-genealogia/hermenêutica. São três temporalidades necessárias 
para compreender a história, mas que não se confundem, alternando-se e 
encaixando-se uma na outra, com suas diferenças e suas intersecções. 
 
A Revolução dos Documentos: Segundo Le Goff: "A revolução documental 
tende também a promover uma nova unidade de informação: em lugar do 
fato que conduz ao acontecimento e a uma história linear, a uma memória 
progressiva, ela privilegia o dado, que leva à série e a uma história 
descontínua. Tornam-se necessários novos arquivos em que o primeiro lugar 
é ocupado pelo corpus, a fita magnética. A memória coletiva se valoriza, se 
organiza em patrimônio cultural. O novo documento é armazenado e 
manejado nos bancos de dados (Stora e memora, 1982, p.449). Esse é um 
primeiro aspecto. Depois, há o pluralismo tipológico dos documentos, que 
leva a uma liberalização máxima e a um uso dialético dos vários tipos de 
documentos. Há a abertura dos arquivos para documentos marginais (até 
ontem) ou ignorados, para documentos novos ou mais bem usados (como 
ocorre com os do imaginário) e há a prática da interpretação como produto 
de ulteriores documentos novos no momento em que se desenvolve o 
enriquecimento documental (pense-se na história oral). Em suma: assistimos, 
há alguns decênios, ao fim do documento entendido como classe de 
documentos oficiais e relacionados com a historiografia tradicional, para dar 
espaço a novas séries documentais, mesmo incompletas, mesmo já 
interpretadas, mas que dilatam nosso conhecimento dos eventos e das 
estruturas da história, fazendo-nos ir - ainda, e melhor- dos eventos às 
estruturas, às temporalidades profundas da história. 
 
4. Conforme Franco Cambi (1999, p. 37) “A história é um organismo: o que está 
antes condicional que vem depois, assim, a partir do presente, da 
Contemporaneidade e suas características, seus problemas, deve-se remontar para 
trás, bem para trás, até o limiar da civilização e reconstruir o caminho complexo, 
não linear articulado, colhendo, ao mesmo tempo, seu processo e seu sentido”. 
(1,5 pts) 
a) De que modo o autor exemplifica essa afirmação? 
 
R: O processo feito de rupturas e de desvios, de inversões e de bloqueios, de 
possibilidades não-maturadas e expectativas não realizadas; o sentido 
referente ao ponto de vista de quem observa e, portanto, ligado à 
interpretação: nunca dado pelos "fatos, mas sempre construído nos e por 
meio dos “fatos”, precário e sub judice. 
 
b) Vemos, portanto, que o autor caracteriza um “processo” específico da 
história. Caracterize esse “processo” conforme defende o referido autor. 
 
R: Com a revolução cristã opera-se uma radical revisão do processo e dos 
princípios educativos: a paideia organiza-se agora em sentido religioso, 
transcendente, teológico, ancorando-se nos saberes da fé e no modelo da 
pessoa do Cristo, sofredor mas profética, depositária de uma mensagem 
caracterizada pela caridade e pela esperança; os processos educativos 
realizam-se sobretudo dentro de instituições religiosas (mosteiros, catedrais, 
etc.) e são permeados de espírito cristão; toda a cultura escolar organiza-se 
em torno da religião e de seus textos; mas, assim fazendo, toda a vida social 
se pedagogiza e opera segundo um único programa educativo,concentrado 
em torno da mensagem religiosa cristã. A Idade Média inovará a tradição 
pedagógica e educativa, influenciando profundamente a própria 
Modernidade, que dela se separa e a ela se contrapõe polemicamente, mas 
incorporando instâncias relacionadas tanto com o pensamento quanto com a 
práxis (a ótica metafísica de um lado, a práxis autoritária e de domínio de 
outro, só para exemplificar). 
 
c) Ao finalizar o texto introdutório da sua obra “História da Pedagogia”, o autor 
(p. 40) analisa a pesquisa histórica do trabalho pedagógico e educativo atual. 
Como exemplo do que pensa cita a definição formulada por Benedetto 
Croce sobre o “fazer história contemporânea”. 
Explique o seu entendimento sobre a definição formulada por Benedetto 
Croce sobre o “fazer história contemporânea”. 
R: Acredito que ele queira se referir a atualidade, fazer um trabalho 
pedagógico e educativo atual. 
 
5. Segundo as historiadoras da educação Lopes e Galvão (2001, p. 46-48), apesar da 
grande revolução historiográfica no que diz respeito aos temas, abordagens e 
fontes utilizadas em História da Educação, ainda permanecem alguns problemas. 
(1,5 pts) 
 
a) Aponte os principais problemas evidenciados pelas autoras em relação a essa 
questão no contexto da História da Educação no Brasil. 
R: No caso dos livros de história geral, a produção mais tradicional tem como 
fio condutor dos capítulos as transformações ocorridas nos sistemas de ensino e 
as obras de grandes educadores. Cai-se novamente em uma história filosófica. 
Os mais recentes, produzidos entre as décadas de 1970e 1980, trazem a marca 
do marxismo estruturalista e, embora úteis para fornecer grandes explicações 
acerca da educação em cada período da história brasileira, em geral 
relacionando-a com os “contextos” sucessivos de uma suposta história mais 
geral, pouco dizem sobre outros aspectos que auxiliam na compreensão da 
educação no passado, como a cultura e o cotidiano da escola, o lugar das 
mulheres, dos negros, e dos índios etc. Na verdade, a produção de pesquisas na 
área não vem sendo acompanhada da produção de livros didáticos. Inicialmente, 
a produção de pesquisa em História da Educação tem priorizado temas pontuais, 
localizados, passíveis de aprofundamento. Estudos panorâmicos, os mais 
apropriados para manuais, têm sido cada vez mais escassos. Em segundo lugar, 
o ensino da História da Educação, principalmente aquele se faz nos cursos de 
formação de professores (e não nos programas de pós-graduação) talvez por ser 
o campo menos “nobre” da atividade dos historiadores da educação, 
praticamente não tem sido discutido nos fóruns acadêmicos nem nos artigos 
publicados e, com isso, pouco conhecimento se tem das experiências realizadas 
pelos professores em suas salas de aula. É provável também que, em muitas 
instituições, tenha havido uma dissociação entre aqueles que pesquisam e 
aqueles que dão aula na graduação em Pedagogia. Isso sem falar das instituições 
onde não se faz pesquisa ou nas de ensino médio, onde o debate acadêmico 
quase não chega. 
 
6. Por fim, diante de todas as discussões veiculadas pelos autores estudados, 
pensamos que você tenha chegado a uma conclusão sobre a questão-objetivo dos 
conteúdos estudados até aqui: reconhecer a importância da História da 
Educação para a formação dos profissionais da educação. (2,0 pts) 
 
a) Segundo os autores Fátima Maria Neves e Célio Juvenal Costa (2012, p.121) 
qual a importância atual da História da Educação para a formação dos 
professores? 
R:Para o bom desempenho de sua função, nada mais eficaz do ler, pesquisar 
e compreender sua história, pois a História da Educação é, em boa medida, a 
história daqueles responsáveis pela transmissão, institucional ou não, dos 
saberes sociais, o professor. 
 
b) Você concorda com esse pensamento dos referidos autores? Justifique sua 
resposta. 
R: Sim, pois com a História da Educação o professor terá como principal 
mecanismo o buscar e o pesquisar sobre sua história, sendo então alguém 
responsável por transmitir o saber institucional para o aluno de forma clara e 
com referências.

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