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Cartografia Modulo

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Prévia do material em texto

Manual de Curso de licenciatura em Ensino 
de Geografia 
Cartografia e 
Topografia 
Os Elementos Essenciais 
G0211 
Universidade Católica de Moçambique. 
Centro de Ensino a Distância 
 
 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância 
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no 
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de 
Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a 
processos judiciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância - CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa 
 
Moçambique - Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
Fax:23 32 64 06 
E-mail: ced@ucm.ac.mz 
Website: www.ucm.ac.mz 
 
 
Agradecimentos 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e os autores do presente 
manual, dr. Jossias Gabriel Mate e dr. Santos Júnior Camacho, gostariam de agradecer a colaboração 
dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
Pela maquetização e revisão final dr. Heitor Simão Mafanela Simão 
 
 
Elaborado Por: 
 dr. Jossias Gabriel Mate 
Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira 
 
dr. Santos Júnior Camacho 
Licenciado em Geografia pela Universidade Eduardo Mondlane 
 
 
 
 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo ao Módulo de Cartografia e Topografia ......................................................... 1 
Objectivos do curso ....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 2 
Como está estruturado este módulo................................................................................ 2 
Ícones de actividade ...................................................................................................... 3 
Habilidades de estudo .................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 4 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 4 
Avaliação ...................................................................................................................... 5 
Unidade I 7 
Introdução a Cartografia e Topografia. .......................................................................... 7 
Introdução ............................................................................................................ 7 
Sumário ....................................................................................................................... 14 
Exercícios.................................................................................................................... 15 
Unidade II 16 
Métodos e Formas de Medição .................................................................................... 16 
Introdução .......................................................................................................... 16 
Sumário ....................................................................................................................... 19 
Exercícios.................................................................................................................... 19 
Unidade III 20 
Os Principais Elementos dos Mapas Cartográficos. ...................................................... 20 
As Formas e Dimensões da Terra. ...................................................................... 20 
Introdução .......................................................................................................... 20 
Sumário ....................................................................................................................... 33 
Exercícios.................................................................................................................... 34 
Unidade IV 35 
Sistema de Coordenadas Aplicadas em Topografia. ..................................................... 35 
Introdução .......................................................................................................... 35 
Sumário ....................................................................................................................... 41 
Exercícios.................................................................................................................... 41 
Unidade V 43 
Processo de Orientação ................................................................................................ 43 
Introdução .......................................................................................................... 43 
ii Índice 
 
Sumário ....................................................................................................................... 47 
Exercícios.................................................................................................................... 47 
Unidade VI 49 
Inclinação e Declinação Magnética. ............................................................................. 49 
Introdução .......................................................................................................... 49 
Quadrante ............................................................................................................... 56 
Sumário ....................................................................................................................... 56 
Exercícios.................................................................................................................... 56 
Unidade VII 57 
Formas de Representação do Terreno. ......................................................................... 57 
Introdução .......................................................................................................... 57 
Sumário ....................................................................................................................... 67 
Exercícios.................................................................................................................... 68 
Unidade VIII 69 
As Formas de Medição de Áreas.................................................................................. 69 
Introdução .......................................................................................................... 69 
Sumário ....................................................................................................................... 84 
Exercícios.................................................................................................................... 84 
Unidade IX 85 
Projecções Cartográficas ............................................................................................. 85 
Introdução .......................................................................................................... 85 
Sumário ..................................................................................................................... 101 
Exercícios.................................................................................................................. 101 
Unidade X 103 
Essência duma Carta Topográfica, Suas Propriedades e Áreas de Aplicação .............. 103 
Introdução ........................................................................................................ 103 
Sumário .....................................................................................................................107 
Exercícios.................................................................................................................. 107 
Unidade XI 109 
Cartografia Digital ..................................................................................................... 109 
Introdução ........................................................................................................ 109 
O que ter em conta ao escolher um receptor? .................................................... 122 
11.8- Segmento de Controle em GPS ................................................................ 122 
Sumário ..................................................................................................................... 123 
Exercícios.................................................................................................................. 124 
 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 1 
 
Visão geral 
Benvindo ao Módulo de 
Cartografia e Topografia 
Objectivos do curso 
Quando terminar o estudo de Cartografia e Topografia será capaz 
de: interpretar os principais elementos cartográficos, ler e 
interpretar os mapas cartográficos assim como fazer uma gama de 
exercícios que requerem o seu domínio no tratamento de matéria 
ligada a cartografia e topografia. O Estudante desta Cadeira poderá 
possuir a noção básica das novas tecnologias introduzidas na 
Cartografia e o impulso que estas deram ao desenvolvimento desta 
área científica. 
 
 
Objectivos 
 Definir a Cartografia a Topografia. 
 Fazer um breve percurso histórico da disciplina de cartografia. 
 Determinar as formas de medição das distâncias 
 Fazer a leitura e interpretação das Cartas 
 Determinar as diversas coordenadas 
 Conhecer os processos de orientação por diversos métodos 
 Determinar as formas de representação de terreno 
 Compreender as formas de medição de áreas 
 Interpretar as projecções Cartográficas 
2 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
 Interpretar os elementos da Cartografia digital (GIS e GPS) e 
sua importância. 
 
 
Quem deveria estudar este 
módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que, estando a formar-se 
em ensino de Geografia, precisam de bases cartográficas para com 
precisão e confiança poder dar as aulas no processo de interpretação de 
diferentes fenómenos geográficos. Para tal o estudante deve ter as bases 
de cartografia das classes anteriores como na 11ª classe, bem como os 
principais elementos que ao logo dos níveis de ensino foram sendo 
ministrados. 
Como está estruturado este 
módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos por Universidade Católica de 
Moçambique: Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados da 
seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. 
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo. 
Conteúdo do curso / módulo 
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo 
actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais 
actividades para auto-avaliação. 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista 
de recursos adicionais para você explorer. Estes recursos podem incluir 
livros, artigos ou sites na internet. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 3 
 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do modulo. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários 
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários 
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das 
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo 
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma 
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores 
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os 
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é 
importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que 
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos: 
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente 
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com 
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo 
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem 
interrupção? 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da 
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já 
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria 
do que saber pouco sobre muitas partes. 
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque, 
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a 
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda 
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua 
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar 
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o 
4 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e 
a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A 
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de 
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode 
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode 
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados 
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a 
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
desconhece; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o 
material impresso, lhe pode suscitar alguma duvida (falta de clareza, 
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de 
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, 
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, 
contacteo pessoalmente. 
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o 
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, 
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de 
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase 
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza 
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de 
expediente. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem 
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode 
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras. 
Oestudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque 
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam 
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu 
próprio saber e desenvolva suas competências. 
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 5 
 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do 
período presencial. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. 
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser 
dirigidos ao tutor\docentes. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os 
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do 
autor. 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) 
palavras de um autor, sem o citar é considerado plagio. A honestidade, 
humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a 
realização dos trabalhos. 
Avaliação 
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o 
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com 
base no chamado regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual, 
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira. 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões 
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de 
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a 
cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 2 (dois) trabalhos, 1 (um) teste e 
1 (exame). 
Algumas actividades praticas, relatórios e reflexões serão utilizados como 
ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, 
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das 
referencias utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. 
consulteos. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 7 
 
Unidade I 
Introdução a Cartografia e 
Topografia. 
Introdução 
Pretende-se neste capítulo que o estudante se familiarize com questões 
cartográficas, sabendo a sua origem, sua história, seu conceito, outros 
conceitos principais nele empregue e a sua finalidade. Este estudo é de 
grande importância pois direciona os estudantes numa visão 
cartográfica e abre os seus olhos na essência básica daquilo que se 
pretende e poderá vir a ser o módulo. 
 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir a cartografia. 
 Identificar os principais conceitos empregues em Cartografia 
 Interpretar a finalidade ou importância da cartografia na 
sociedade. 
 Conhecer a história da cartografia como ciência; 
 
 
 1- Conceitos da Cartografia, Topografia e Geodesia 
1.1 Cartografia 
A palavra cartografia terá sido forjada, ao que tudo indica, pelo 
historiador português Manuel Francisco de B. e Sousa (1791-1856), de 
acordo com os escritos de sua carta, datada de Paris, a 8 de Dezembro 
de 1539, ao historiador brasileiro Francisco Adolfo Varnhgen, na qual 
diz: " invento esta palavra, já que aí se têm inventado tantas". 
8 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
No sentido geográfico, a acepção da palavra é antiga em português, 
espanhol e italiano; Morais Silva, no seu dicionário (1813), registou o 
subverbete Carta geográfica , " em que está afigurada a terra 
arrumada". 
A cartografia é a ciência de representação e investigação da 
disposição espacial de combinações e interligações de fenómenos da 
natureza e da sociedade por meio de modelos de sinais que reflectem 
diferentes partes da realidade em forma generalizada e evidente 
(salichtchav;1971). 
Outras definições se podem dar desta disciplina, como: A cartografia é 
o conjunto de estudo e operações cientificas, artísticas e técnicas que a 
partir de resultados directos ou da análise da documentação intervêm 
na elaboração de cartas ou mapas. 
 
Estas definições, possibilitam que a cartografia compreenda os mapas 
geográficos, os mapas de corpos celestes e outros modelos (globos, 
mapas de relevo, etc.). 
 
A cartografia estuda, portanto, os métodos e procedimentos 
necessários à elaboração, produção e utilização de mapas. Ela define-
se, assim, como sendo o ramo da ciência e da técnica que se dedica as 
técnicas de elaboração de mapas e outro material cartográfico. 
 
Topografia 
Tomando em consideração de que as medições são realizadas na 
superfície terrestre e, esta não possui uma forma geometricamente 
regular, determinadas hipóteses são estruturadas para que se possa 
interpretar e representar as medidas obtidas. 
Denomina-se por geóide, a figura ideal descrita pela forma da terra 
que pode, geralmente, ser considerada como uma superfície do nível 
médio da água do mar, tido em equilíbrio estável prolongada através 
dos continentes. 
A superfície da terra apenas poderá ser considerada plana, para 
porções deveras restritas, pois para grandes extensões, a superfície 
encurva-se e pode ser considerada regionalmente esférica; com maior 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 9 
 
aproximação a forma geometricamente defenida como elipsoide que 
gira em torno de seu eixo menor. 
A superfície topográfica será, portanto, a superfície sólida da terra 
principalmente em seu relevo continental e as bacias oceânicas1. 
A Topografia é, portanto, a ciência que estuda o conjunto de 
princípios e procedimentos para representar graficamente, com forma 
e pormenores, tanto naturais como artificiais, uma parte da superfície 
terrestre suficientemente pequena para que se possa substituí-la sem 
erro apreciável. 
A topografia estuda igualmente os instrumentos necessários para as 
medições da superfície da terra com o intuito de elaborar cartas, 
plantas e perfis para a solução de problemas ligados a engenharia e 
outros ramos da actividade humana. 
Esta ciência ao determinar o contorno, dimensões e posição relativa de 
uma porção limitada da superfície da terra, considera irrelevante a 
curvatura da esferacidade terrestre. 
 
Geodésia 
É a ciência que trata, matematicamente, da forma e tamanho da terra e 
de posição de pontos, linhas e áreas da mesma. A terra não é esfera 
perfeita, mas um geóide que apresenta irregularidades da superfície. É, 
pois, sobre uma imagem desse geóde-elipsóide que serão referidas as 
coordenadas geográficas para a construção de um canevás de pontos 
rigorosamente medidos, que constituirão as armaduras das cartas. 
A Geodesia é, portanto, uma ciência que se ocupa da determinação da 
forma e dimensões do globo terrestre. Tem duas finalidades: uma 
teórica, que estuda a forma da terra no seu conjunto, e outra prática 
que, a partir dos dados elaborados de um modo teórico, efectua 
cálculos necessários para a representação cartográfica da superfície 
terrestre. 
Assim, as operações geodésicas tem como objectivo, fazer 
corresponder a todo o ponto da superfície terrestre, um ponto da 
 
1 Apesar de mais comumente chamar-se de superfície topográfica à superfície do 
relevo continental e superfície batimétrica à superfície mergulhada nas bacias 
oceânicas. 
10 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
superfície de referência, o elipsóide internacional de Hayford. Essasoperações são de dois tipos: triangulação e nivelamento2. 
A geodésia serve-se de medições de elevada precisão para situar e 
relacionar pontos sobre a superfície da terra e, conforme o 
procedimento indicado para as efectuar. 
Embora a topografia e a geodésia tenham métodos e instrumentos 
similares, a geodésia preocupa-se com a terra, ou melhor, áreas 
descritas por um círculo de 50km de raio3. 
 
Carta é representação gráfica dos aspetos naturais e artificiais da Terra, 
destinada a fins práticos da actividade humana, principalmente a 
avaliação precisa das distâncias, direcções e a localização geográfica de 
pontos, áreas e detalhes; representação plana, geralmente em média ou 
grande escala4, de uma superfície da Terra, subdividida em folhas, de 
forma sistemática, obedecendo um plano nacional ou internacional 
(Oliveira, 1980 citado por Anderson, 1982). 
 
Cartograma é uma representação cartográfica esquemática em que a 
escala e posições relativas dos objectos são aproximados ou 
deliberadamente destorcidas, de modo a realçar o fenómeno 
representado, respeitando em geral as relações topológicas entre eles. 
Exemplos típicos de cartogramas são os mapas de transporte público 
em que a orientação geográfica dos trajectos geralmente não é 
respeitada, embora a tipologia da respectiva rede o seja (Gaspar, 2004). 
 
2Nivelamento é o conjunto de operações geodésicas que permite determinar a 
altitude de um lugar, feito em relação a uma superfície de referência de 
revolução, ao nível médio do mar. Esse nível varia ao longo da massa líquida 
terrestre, não somente por causa das marés, mas também dos ventos dominantes, 
tremores de terra submarinos, diferenças de densidade, e outros factores. Assim; 
o marégrafo francês de Marselha, na angra de porto Calvo, não indica o mesmo 
zero que o marégrafo situado, por exemplo, em Imbituda, Santa Catarina, Brasil. 
3 Onde o erro devido à curvatura da terra está em torno de 1,4m, erro 
considerado vil para tal área. Tal valor é teórico, uma vez que tem apenas, a 
finalidade de indicar a transição entre topografia e geodésia, pois uma área desse 
tamanho equivale a 300.000 alqueires paulistas. 
4 A escala é tanto maior quanto menor for o seu denominador. Para mais detalhes, ver 
no capítulo referente a escala. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 11 
 
Escala é a relação constante entre as medidas (d) feitas num mapa e as 
medidas homólogas reais deste objecto (D) observáveis ou feitas no 
terreno (Anderson, 1982). 
Geóide é a forma da terra da qual não se parece com nenhum outro 
sólido, forma esta resultante da integração completa de dados 
astronómicos, geométricos, da geodésia aérea ou espacial e de dados 
geofísicos. Esta forma se relaciona com um elipsóide (de revolução). 
Mapa, segundo Oliveira (1980) citado por Anderson (1982) é a 
Representação gráfica, em geral uma superfície plana e numa 
determinada escala, com a representação de acidentes físicos e culturais 
da superfície da Terra ou de um planeta. As posições dos acidentes 
devem ser precisas, de acordo geralmente com um sistema de 
coordenadas. Serve igualmente para denominar parte ou toda a 
superfície da esfera celeste 
Nivelamento é a medição da diferença de altitude ou de desnível 
ortométrico no terreno (Gaspar, 2004). O nivelamento é sinónimo de 
“altimetria” e a outra definição que se pode dar desta é: representação 
em projecção vertical das cotas ou distâncias verticais de um certo 
número de pontos referidos ao plano horizontal da superfície terrestre. 
 
1.2 Breve História do Desenvolvimento da cartografia 
De acordo com Gaspar, (2005), sabe-se que a Terra é redonda desde o 
século IV antes de Cristo, muito embora, tal conhecimento tenha sido 
esquecido, ou porventura ignorado, durante a idade média. A fundação 
da Geodesia e Cartografia europeia remota de facto á civilização grega 
clássica, não tendo esta ciência sido objecto de outras contribuições 
significativas até o século XV. Os Gregos não só reconheceram a forma 
esférica da terra, mas também estabeleceram sistema de coordenadas 
geográficas, ainda hoje utilizado, e desenvolveram as primeiras 
projecções cartográficas. O auge da cartografia grega foi atingido com 
Cláudio Ptolomeu de Alexandria (c.90-c.168), com uma obra 
monumental em oito volumes, Geografia, onde o autor descreve a sua 
12 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
concepção sobre o mundo e defende a utilização das coordenadas 
geográficas, apresentando uma lista de latitudes e longitudes de oito mil 
lugares. Nela se propõe a construção de projecções cartográficas, hoje 
conhecidas por projecções de Ptolomeu, as quais vieram a ser utilizadas 
muitos séculos mais tarde para representar o mundo conhecido. 
Para os romanos, os mapas constituíram somente formas grosseiras de 
representar os seus vastos domínios territoriais. O tipo mais frequente, 
o Orbis Terrarum, com uma envolvente circular que abarcava todo 
império, foi mais tarde adoptado e estilizado nos chamados mapas TO. 
Durante a Idade Média, prevaleceu um conceito idealizado, simbólico e 
totalmente imaginário do mundo. Com importante excepção das cartas-
portulano, construídas a partir do século XIII pelos pilotos genoveses e 
maiorquinos para apoiar a navegação costeira no mediterrâneo, nada de 
relevante foi acrescentado pela civilização europeia á ciência 
cartográfica, neste longo período. Pelo contrário ha retrocesso. 
Esperou-se um milénio, isto é ao tempo dos grandes “descobrimentos” 
para se assistir um incrementos e significativas transformações nesta 
área de conhecimento, com a cartografia helénica que foi preservada 
pela civilização árabe. 
A cartografia chinesa na época medieval estava, por outro lado bem 
mais avançada do que a cartografia europeia. Note-se que a agulha 
magnética e o papel, elementos de grande importância no 
desenvolvimento da ciência e técnica cartográficas, começaram a ser 
usadas na China muitos séculos antes de serem conhecidos na Europa. 
Recentemente soube-se que a projecção cilíndrica conforme (projecção 
de Maercator), descoberta na Europa durante o século XVI, foi 
utilizada na China no ano de 9405. 
O renascimento da Cartografia na Europa veio com três factores 
fundamentais: a redescoberta da Geografia de Ptolomeu; o advento da 
imprensa, que veio a facilitar consideravelmente a produção e difusão 
dos mapas ; e a aventura dos “descobrimentos” marítimos iniciada 
pelos portugueses no século XV, onde se destacam os resultados das 
 
5 De acordo com Roman (1983), referido por Maling (1992), pag. 432. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 13 
 
explorações de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral, e dos 
primeiros reconhecimentos efectuados no Oriente. 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O ficheiro pode ter sido mov ido, mudado de nome ou eliminado. V erifique se a ligação aponta para o ficheiro e localizações corretos.
 
Figura: Uma representação de um mapa antigo, extraído da Net. 
 
Desde o século XVI até os nossos dias, vários avanços importantes 
ocorreram nos campos da Geodesia e da Cartografia. Com a 
sistematização dos conhecimentos e dos processos , o século das luzes 
trouxe a estas matérias uma atitude científica de grande rigor, 
libertando as em definitivo da influência grega, do misticismo medieval 
e de algum cariz científico e fanatista da Cartografia renascentista. 
Várias escolas iniciaram várias reformas no campo da Cartografia, 
como a Academia da 
Francesa no final do século XVII, com a determinação directa das 
dimensões da Terra através de observações astronómicas. Aqui destaca-
se a carta de Jean Dominique Cassini em 1682. 
A criação dos Serviços Geográficos nos países da Europa e América, 
no século XIX, quepermitiu a realização de explorações terrestres e 
leventamentos geodésicos e topográficos sistemáticos, os quais 
possibilitaram um conhecimento mais exacto e pormenorizado da 
Geografia da Terra, e da sua forma e dimensões. 
Uma nova revolução da Geodesia e Cartografia, ocorreu na primeira 
metade do século XX, com a introdução da fotografia aérea e com o 
avanço tecnológico nas formas de gravar e imprimir. Nos últimos 
quarenta anos introduziu-se a altimetria e a detecção remota por 
satélite, bem como o aparecimento dos computadores , que com o seu 
extraordinário poder de cálculo e representação visual, vieram facilitar 
o acesso de manipulação de informação geográfica de forma que não se 
podia imaginar a décadas a trás. A era de informática está, como afirma 
14 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
Robinson et al (1995), citado por Gaspar (2005), pag 4, “a levar esta 
revolução um pouco mais longe, ao permitir que o utilizador comum se 
torne, a um custo razoável, um produtor de mapas. 
 
1.3 A Importância das Cartas Topográficas em diversos sectores. 
As cartas topográficas tem a sua aplicação em diversas esferas de 
desenvolvimento económico das quais podemos salientar os seguintes: 
Na agricultura, comércio, projectos de prospecção de petróleo, nas 
redes de distribuição de energia eléctrica, na rede das Comunicações, 
redes de distribuição de água, nas obras de saneamento, no sistema de 
planeamento físico de territórios, e no sector público de uma forma 
geral, entre outros sectores. 
Sumário 
A cartografia surgiu com a necessidade de comunicação, sendo a 
comunicação o principal objectivo da cartografia. Usa para tal a 
linguagem gráfica (mapas) que representam a distribuição dos diversos 
fenómenos naturais e artificiais no espaço. 
Deste modo, alguns autores definem esta ciência de diferentes 
maneiras, havendo os que colocam a componente de que é uma ciência 
e arte de representar a terra, portanto fora da componente científica a 
Cartografia tem a componente artística. 
A grande vantagem do mapa é de permitir representar num plano os 
objectos observados sobre a superficie terrestre (curvilínea), ao mesmo 
tempo na sua posição absoluta e nas suas relações em distância e em 
direcções. 
A cartografia elabora cartas ou mapas para representar muitos 
fenómenos da natureza como também os que resultam da intervenção 
do homem. Portanto, são hoje muitas áreas de actividades com interesse 
na cartografia e estas áreas usam-a para descrever as mais variadas 
situações. A cartografia é considerado como um instrumento de 
planeamento e gestão pública assim como privado. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 15 
 
Exercícios 
1. Defina cartografia. 
2. Por que ela é considerada arte, técnica e ciência ao mesmo 
tempo? 
3. Qual é o principal objectivo da cartografia? 
4. Enumere algumas áreas de aplicabilidade da cartografia, 
sustentando a tua resposta. 
Faça os exercícios e entregue o nº 3 
 
 
 
 
 
 
 
16 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
Unidade II 
Métodos e Formas de Medição 
Introdução 
Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente as medições. 
Portanto ela fornece subsídios naquilo que tem a ver com instrumentos 
de medição, as formas e os métodos usados na medição. Dotados destas 
capacidades, os estudantes saberão quais os principais instrumentos 
usados na medição e a sua aplicabilidade em Cartografia e Topografia. 
Ao completar esta unidade , você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Descrever os principais métodos de medição. 
 Caracterizar os diversos métodos de medição 
 Estabelecer a relação que existe entre os diversos métodos de 
medição. 
 Assumir a importância dos métodos de medição. 
 Dotar os estudantes no conhecimento sobre os métodos de 
medição de distâncias horizontais; 
 Dotar os estudantes ao conhecimento de medição de distâncias 
curvas e do levantamento hidrográfico; 
 
 
2- Os Métodos de Medição usados em Cartografia 
Para efeitos de medição de certas distâncias recorre-se a dois métodos 
fundamentais: 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 17 
 
1- Método directo 
2- Método Indirecto. 
 
2.1- Método directo 
Chama-se de método directo na medição de distâncias horizontais ao 
método através do qual, para se conhecer distância AB, mede-se a 
própria distância AB e este método pode ser usado percorrendo-se a 
linha com qualquer tipo de distanciómetro (que é um instrumento de 
medição destas distâncias das quais podem ser a trena de aço, trena de 
pano, corrente do agrimensor, fitas de plásticos entre outros) aplicando-
o sucessivamente até ao final ou com o uso do distanciómetro 
electromagnético que é o aparelho acima falado para a medição de 
distâncias e o uso de outros aparelhos (Borges, 1977). 
A título de exemplo, se medirmos uma distância com uma trena de 20m 
e aplica-la quatro vezes e no final adicionarmos uma distância 
fraccionária de 12.5 m, a distância total será 4* 20 m + 12,5 = 92,5 m. 
Aqui também usa-se aparelhos especiais como taquímetro, mira de 
base assim como teodolitos e outros aparelhos electrónicos . 
 
2.2- Método indirecto 
Chama-se de método indirecto quando, para determinar uma distância 
AB no terreno, medem-se qualquer outra recta e determinados ângulos 
que permitem o cálculo por trigonometria, obtendo no final a distância 
pretendida (Borges, 1977). Portanto neste método não percorremos a 
distância em questão. 
Estes cálculos podem ser feitos no papel usando certas fórmulas 
conhecidas na relação trigonométrica assim como sendo empregue 
certos aparelhos electrónicos calibrados para tal como o caso de 
calculadora científica para engenharia, computadores entre outros, a 
partir de dados conhecidos e introduzidos nestes aparelhos. 
18 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
2.3- Medição com auxílio de Instrumentos especializados. 
Para a medição de distâncias com auxílio de instrumentos pode se 
considerar os seguintes níveis: 
Medições de Distâncias Rectas- Efectuam-se com o auxílio de régua 
e escala de mapa. 
Medições de Distâncias Curvas- Nas medições de distâncias curvas, 
tais como: estradas, rios, linhas, fronteiras, etc., pode-se utilizar os 
seguintes métodos: 
Filete de Papel 
Decompõe-se a curva em seguimentos de recta e com ajuda de filete 
de papel transforma-se a linha curva em uma linha recta e finalmente 
procede-se os cálculos, de acordo com o preconizado nas medições de 
distâncias rectas. 
 
Aplicação de compasso de abertura variável 
Deve-se decompor a linha curva em seguimentos de recta. A abertura 
do compasso depende da sinuosidade da linha curva.. A partir de uma 
linha recta auxiliar, assinala-se com o compasso cada uma das 
medidas realizadas anteriormente, em seguida determina-se o valor 
final dos seguimentos de recta obtidos com recurso à régua graduada. 
O valor obtido em cm corresponde a distância entre dois pontos da 
carta. Para saber a distância do terreno deverá tomar em consideração 
a escala do mapa. 
 
Através de curvímetro 
A medição com o curvímetro obedece as seguintes recomendações: 
 No início o ponteiro deve indicar o ponto O. 
 A roldana deve-se movimentar sobre a linha curva e ponteiro 
no sentido dos ponteiros de relógio. 
 O valor obtido no mostruário indica a distância em Cm na 
carta. 
 Com o auxílio da escala e em função da determinação em 
linhas rectas, deve-se calcular a distância real. 
 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 19 
 
2.4- Medição de Distâncias sem o seu Percurso 
Ou simplesmente método indirecto, consiste em medir uma 
distância sem necessidade de a percorrer. Os aparelhos utilizados 
são: telémetros6 ou estadímetros(alguns autores chamam-no de 
estádia), que se dividem em goniómetros (que dão valor numérico 
dos ângulos) e goniógrafos (que determinam os ângulos 
graficamente). 
Sumário 
A questão de medição de distâncias, é fundamental em 
cartografia, para tal efeito é necessário ter em conta dois 
métodos fundamentais a saber: O método directo e o método 
indirecto, cuja aplicação obriga ao recurso a diversos 
instrumentos especializados que se vão transformando de 
acordo com o desenvolvimento da Cartografia. 
A escolha de cada um dos métodos depende em grande medida 
das condições de localização do cartógrafo ou do investigador e 
das disponibilidades que este tem em meios de execução das 
suas tarefas. 
Exercícios 
1- Na página 9 do Atlas Geográfico Vol I, calcule a distância 
entre o cruzamento de Inhassoro com a estrada nacional nº 1 e 
a vila de Massinga. 
2- Quais são os métodos que conheces empregues para a medição 
de distâncias horizontais e em que consiste os tais métodos? 
3- Qual é o mecanismo empregue para a medição de distâncias 
curvas? 
 
 
 
6Instrumentos para medir rapidamente a distância que vai do observador a 
um determinado ponto. 
20 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
Unidade III 
Os Principais Elementos dos Mapas 
Cartográficos. 
As Formas e Dimensões da Terra. 
Introdução 
Na presente Unidade o Estudante terá a possibilidade de conhecer os 
principais elementos que compõe os mapas cartográficos e a sua 
utilidade nos mapas cartográficos. O conhecimento destes elementos 
reveste-se de grande importância para os Estudantes de Geografia pois 
estes ficam dotados de conhecimentos que lhes dão a visão das 
principais operações que se fazem para construção de um mapa. 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Identificar os principais elementos cartográficos. 
 Distingir os principais símbolos convencionais aplicados em 
Cartografia. 
 Compreender a dinâmica aplicada na representação da superfície 
terrestre. 
 Realizar os diferentes exercícios com os mapas cartográficos. 
 
 
3- Principais elementos de mapas geográficos 
Considera-se os elementos fundamentais dos mapas geográficos os 
seguintes: 
 Imagem ou Representação Cartográfica 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 21 
 
 A Base Matemática. 
 Informações Auxiliares. 
 
A Representação Cartográfica ou Imagem: 
Corresponde ao conteúdo dos mapas isto é representa os fenómenos 
naturais. O seu conteúdo é variável em dependência dos objectivos do 
mapa. A superfície terrestre é irregular sendo contudo representada em 
miniatura através do globo terrestre. Devemos entender que a superfície 
terrestre não constitui uma superfície plana os seus mapas são 
representados com as deformações que a superfície apresenta. 
A representação da superfície terrestre num plano obedece aos 
seguintes elementos: 
 O primeiro consiste na passagem irregular da terra para a 
superfície de um Geóide ou de um globo Terrestre. 
 O Segundo consiste na passagem de um Geóide através das 
projecções para a superfície num plano ou mapa. É nesta fase 
que se assiste as deformações que os mapas apresentam no seu 
conjunto. 
 
A Base Matemática 
Compreende os seguintes elementos: 
A base Geodésica 
As Projecções Cartográficas 
A Escala do mapa. 
 
A Base Geodésica 
É um conjunto de pontos de um determinado território, cujas 
coordenadas são conhecidas e que os seus cálculos constituem as 
coordenadas características. 
Os pontos de coordenadas são propriedade do Estado e são segredos do 
Estado. 
 
Projecções Cartográficas: 
22 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
 São a técnica que permite a representação da esfera terrestre numa 
projecção plana. Corresponde á representação dos meridianos e de 
paralelos da esfera terrestre sobre um plano. 
A projecção cartográfica portanto, a passagem de um Geóide para um 
plano horizontal, mediante métodos matemáticos. 
Existem várias projecções Cartográficas e cada uma delas apresenta 
vantagem e desvantagens, daí que a escolha de cada tipo depende dos 
objectivos e da localização do território visado. 
 
 
Escala do Mapa. 
É a relação existente entre uma medida no território e a sua 
correspondente no mapa. 
 
Informações Auxiliares 
Define-se como sendo o conjunto de dados que se situam fora do 
conjunto do mapa e facilitam a sua interpretação, resumem-se em 
legenda. 
Há que salientar que a legenda representa-se através de um símbolo 
que é a “representação gráfica de um objecto ou de um facto sob uma 
forma sugestiva, simplificada ou esquemática, sem implantação 
rigorosa”. Estes símbolos podem dividirem-se em várias categorias: 
 Os sinais convencionais que são esquemas centrados em 
posição real, a partir da qual permitem identificar um objecto 
cuja superfície na escala é demasiado pequena para que possa 
ser tratada em projecção; 
 Os sinais simbólicos que são signos evocares localizados ou 
cuja posição é facilmente determinável; 
 Os pictogramas, são símbolos figurativos facilmente 
reconhecíveis; 
 Um ideograma é um pictograma representativo de um conceito 
ou de uma idéia; 
 Um símbolo regular, é uma estrutura constituída pela repetição 
regular de um elemento gráfico sobre uma superfície 
delimitada; 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 23 
 
 Um símbolo proporcional, é um símbolo quantitativo cuja 
dimensão varia com o valor do fenómeno representado. 
 
3.1- As Formas e Dimensões da Terra 
Como atrás se referiu, a Geodésia é a ciência que tem por objectivo o 
estudo da configuração do planeta, a medição da sua superfície e os 
cálculos dos dados fundamentais para a elaboração de mapas tendo em 
conta a curvatura da terra. A determinação da forma e dimensões 
globais da Terra, bem como o estudo da sua representação gráfica 
foram a razão fundamental do desenvolvimento da Geodésia e da 
Cartografia como ciências exacta. 
A Terra, devido aos seus movimento de rotação e translação, as acções 
atractivas dos outros astros do sistema solar, aos fenómenos físicos-
químicos que se manifestam na atmosfera, apresenta uma forma 
resultante do estado de equilíbrio das forças exógenas, endógenas e 
cósmicas que sobre ela actuam as quais com a permanente variações no 
tempo e com o lugar, produzem deformações na crosta terrestre que 
originam irregularidades superficiais, forma esta que denomina-se 
Geóide. 
Para medir a terra e precisar sua forma, a Geodésia moderna dispõe 
simultaneamente de quatro ordens de dados: 
 Dados astronómicos: latitude e longitude dos pontos 
fundamentais; determinação da vertical que permite apreciar em 
um lugar o desvio com o afastamento entre a vertical real e a 
vertical calculado sobre a elipsóide teórico; avaliação da 
orientação exacta ou azimute geodésico do meridiano de uma 
estação. 
 Dados geométricos, tirados de medições efectuadas sobre a 
própria terra: triangulação no teodolito; nivelamento com o 
teodolito ou com o nível de luneta horizontal; este nivelamento 
permite estabelecer a altitude dos lugares acima de uma 
superfície de referência que é o nível médio dos mares, com o 
auxilio de visadas sucessivas sobre pontos aproximados de 50 a 
60 metros; medidas de distância na trena ou pela observação do 
desvio de fase entre a ida e a volta de um raio luminoso 
24 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
(geodimétrico), de uma onda decimétrica (telurômetro) ou de 
um laser. 
 Dados geofísicos, acumulados desde o século XVIII, 
essencialmente das medidas gravimétricas da intensidade “g” 
da gravidade. 
 Dados de geodesia aérea ou espacial: nivelamento pelo 
registro do eco de um radar aerotransportado;visadas sobre ou a 
partir de satélites especializados, ditos satélites agrimensores; a 
precisão destas visadas permite multiplicar as determinações de 
estações e efectuar os ajustamentos necessários sobre mares e 
oceanos. 
 
A integração completa destes dados mostra que na realidade, a terra é 
um sólido que não se parece com nenhum outro e que por esta razão é 
chamada de Geóide. Na prática, o geóide assemelha-se a um elipsóide 
de revolução girando em volta do seu eixo menor e as características 
desta elipsóide foram sendo determinadas com o progresso dos 
conhecimento. 
 
 Figura: a geóide 
 
Sendo o geóide uma figura com uma forma muito irregular e de difíceis 
cálculos sobre a sua forma, dado a maior necessidade de se conhecer 
com maior exactidão os dados ou o tamanho da superfície terrestre, 
para os cálculos preciso dela usa-se como a sua forma o elipsóide de 
revolução pois esta é uma figura geometricamente definida, facilitando 
deste jeito qualquer cálculo necessário sobre ele. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 25 
 
A ondulação que o superfície da Terra apresenta é que determinou a 
concepção de um Geóide como uma figura de fácil transformação 
matemática, o que permitirá a facilidade de representação da sua esfera. 
Como nós sabemos a Terra apresenta-se achatada nos pólos e abaulada 
no Equador, daí que a figura mais representativa seja o elipsóide de 
revolução para facilitar as operações matemáticas necessárias para os 
diferentes cálculos que envolvem as projecções cartográficas. 
 
 Figura: elipsóide de revolução 
 
A tabela a seguir ilustra algumas medidas de distância da superfície da Terra: 
 
ASPETOS DIMENSÕES APROXIMADAS 
Raio da Terra no Equador 6.378.38 km 6.370 km 
(Diâmetro: 12.750 km) Raio da Terra nos Pólos 6.359.90 km 
Elipsidade (Achatamento) 1/297 1/300 
Circunferência Equatorial 40.102.84 km 40.000 km 
Circunferência Mediana 40.035.64 km 
Comprimento de 1º (Longitude) no 
Equador 
 
111 km 
Comprimento de 1º (Latitude) no 
Equador 
Comprimento de 1º (Latitude) nos 
Pólos 
Superfície total da Terra 
(Aproximada) 
510.100.000 km² 510 milhões de km2 
26 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
Fonte: Extraído de Anderson (1982) e adaptado pelo autor 
 
3.2- Escalas dos Mapas 
O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa 
redução - feita com o uso da escala - torna possível a manutenção da 
proporção do espaço representado. É fácil reconhecer um mapa de 
Moçambique, por exemplo, independente do tamanho em que ele é 
apresentado, pois a sua confecção obedeceu a determinada escala, que 
mantém a sua forma. A escala cartográfica estabelece, portanto, uma 
relação de proporcionalidade entre as distâncias lineares num desenho 
(mapa) e as distâncias correspondentes na realidade ou no terreno, 
portanto o auxílio das escalas é imprescindível no processo da 
representação gráfica da superfície como é esfera terrestre. 
De maneira sucinta, define-se escala (E) como sendo a proporção entre 
uma medição feita no mapa (d) e a sua dimensão real correspondente 
no terreno (D). Por convenção a medição no mapa é colocada antes da 
dimensão real (exemplo: 1cm igual a 1km ou quando a escala é dada 
numa fracção representativa 1/1.000.000). Todas as cartas são 
construídas fazendo uso de uma escala (Anderson, 1982). 
 
As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma 
representação gráfica ou de uma representação numérica. 
 
3.3- Escala gráfica 
A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de recta 
graduado, sobre o qual está estabelecida directamente a relação entre as 
distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a 
distância real de um território. Observe: 
 
 
Figura: exemplo de uma escala gráfica 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 27 
 
 
De acordo com este exemplo cada segmento de 1cm é equivalente a 3 
km no terreno, 2 cm a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância 
no mapa, entre duas localidades seja de 3,5 cm, a distância real entre 
elas será de 3,5 X 3, ou 10,5 km (dez quilómetros e meio). 
A escala gráfica apresenta a vantagem de estabelecer directa e 
visualmente a relação de proporção existente entre as distâncias do 
mapa e do território. 
 
3.4- Escala numérica 
A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, 
normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 
por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de 
vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o 
mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele 
representa. 
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do 
denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o 
valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o 
valor em cm correspondente no território. No caso da escala 
exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no 
terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da 
mesma escala gráfica apresentada anteriormente. 
 
 
 
Figura: Exemplo de uma Escala numérica 
28 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
 
Caso o mapa seja confeccionado na escala 1 300, cada 1cm no mapa 
representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas transformações é necessário 
aplicar a escala métrica decimal: 
 
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ou 
 
 
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3.5- Aplicação da escala 
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a 
distância real (D). Isto é: 
 
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e localizações corretos.
 
 
As questões que envolvem o uso da escala estão geralmente 
relacionadas a três situações: 
1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), 
num mapa de escala (E) 1: 300 000. 
 
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 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 29 
 
2. Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois 
pontos situados a 15 km de distância (D) um do outro. 
 
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corretos.
 
 
3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no 
mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km. 
 
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3.6- Precisão Gráfica de uma Escala 
O grau de plenitude na precisão dos mapas depende da sua escala. Os 
mapas não fotográficos, são modelos, porque pretendem mostrar o 
essencial existente no terreno. Há objectos considerados importantes 
na representação cartográfica, que não são possíveis de representar no 
mapadevido a certas limitações. 
A distância mais curta, que o olho humano pode distinguir no mapa, é 
de 0,2 mm, ou seja, é a medida de precisão. Isto é, ao elaborarmos um 
mapa devemos não considerar os objectos que meçam menos de 0,2 
mm nos mapas topográficos. 
Num mapa de escala 1:50.000, uma medida de 0,2 mm no mapa 
representa uma distância de 10 m no terreno; isto significa que todos 
os objectos inferiores a 10 m não podem ser representados nesse 
mapa. No mapa de 1:1.000.000, só se pode representar objectos 
superiores a 2 m, e no do 1: 20.000 os objectos não podem ter 
dimensões inferiores a 4 m. Para escala de 1:100.000 as dimensões 
não devem ser inferiores a 20 m, 1:50.000 não inferior a 100 m e para 
escala de 1:1.000.000 não inferior a 200 m. 
 
30 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
3.7- Diferença Entre Mapas e Plantas Topográficas 
As plantas representações de pequenas porções da superfície terrestre 
onde não se faz sentir a curvatura desta, as linhas e pontos 
representados não sofrem deformações decorrentes da esfaricidade da 
Terra o que não se faz sentir em cumprimentos inferiores a 20 km. A 
escala conserva assim as suas medidas o que não acontece com os 
mapas geográficos cuja escala varia de ponto para ponto devido a 
maior extensão abrangida por esta. 
A escala da planta indica o número de vezes mais pequena que o 
território. Para se saber a medida real terá que se multiplicar o número 
da medida da escala. 
 
3.8- Atlas Geográfico: 
Atlas Geográfico define-se como sendo um conjunto de mapas 
geográficos produzido com um determinado objectivo. 
Ele exprime um sistema de mapas interligados entre si cujo objectivo 
é definido pela especificidade do seu uso- Mikailov. 
De acordo com o mesmo autor o atlas geográfico tem uma 
classificação que obedece a certos critérios dos mapas geográficos. 
Assim em função do território o Atlas geográfico divide-se em: 
Atlas do Mundo 
Atlas de Estados isolados 
O mesmo pode ser Físico, complexo, didáctico ou turístico. 
 
3.9- Teoria dos Erros nas Medições 
Medir uma distância é comparar essa distância com uma determinada 
unidade de medição. Assim dizer que a distância AB=70 Cm , quer 
significar que a unidade de medida de 1 Cm cabe 70 vezes nessa 
medida. 
X=n x l , ou seja, 70=70 x 1 Cm 
As medidas de medição variam de país para país. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 31 
 
1 polegada =2,45 Cm 
1 pé =30,48 Cm 
1 jarda =3 pés 
1 milha terrestre =1609,1 m 
1 milha marítima =1853,2 m 
1 hectare (ha) =10000m2 
1 palmo =22 Cm 
1 vara =1,10 m 
1 légua =5 Km 
Em Moçambique utiliza-se o metro. 
Durante as medições surgem erros. Alguns erros surgem dom 
instrumento de medições que se utiliza-se, outros derivam do meio 
onde se realizam as medições. Distinguem-se erros sistemáticos e 
erros causais. 
 
3.9.1- Tipos de Erros 
Os erros que durante uma medição podem ter lugar, dividem-se 
segundo a sua origem (causa) e carácter, essencialmente em três 
classes: 
 Erro grosseiro; 
 Erro sistemático; e 
 Erro acidental ou causal 
 
3.9.2- Erros Grosseiros 
Um erro de medição diz-se grosseiro quando as suas causas assentam 
na falta "grosseira" de atenção, de princípio evitável, por parte do 
experimentador. Estes erros podem ser causados tanto pela falta de 
cuidado do observador durante a experimentação, assim como da má 
escolha do método de medição. Como estes erros podem ser evitáveis 
e detectáveis, podem ser eliminados do conjunto de medições. 
 
32 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
3.9.3- Erros Sistemáticos 
Um erro de medição diz-se sistemático, se: 
Para as medições sob mesmas condições, o erro apresenta um valor 
constante; 
Na variação regular das condições de experimentação, o erro variar 
também de forma regular e manter-se constante. 
Os erros sistemáticos são essencialmente causados pela imperfeição 
ou defeito dos corpos de medição, dos aparelhos de medição, dos 
métodos de medição e pelas influências do meio e do observador. 
Seja, por exemplo, medido um dado comprimento usando uma régua 
cujas divisões são falsas, assim serão todos os comprimentos, maiores 
ou menores, apesar do maior cuidado que tenha o experimentador. De 
igual modo, um termómetro mal graduado conduz à um erro 
sistemático durante a medição da temperatura. 
Os erros sistemáticos podem ser cometidos sempre que os métodos de 
medição usados, não correspondam às condições da relação escolhida 
para a avaliação do valor da medição. 
 
3.9.4- Erros Acidentais 
Um erro de medição que seja causado por incidente causal, denomina-
se erro acidental ou causal. Os erros acidentais são provocados pela 
variações que podem ocorrer nos corpos e aparelhos de medição e do 
ambiente e do observador. 
Esteja um observador medindo um mesmo objecto com o mesmo 
aparelho e sob as mesmas condições, os valores de medição serão 
pouco diferentes um dos outros devido aos erros acidentais. Dado que 
os erros acidentais são provocados por incidentes causais, quanto 
maior for o número de medições efectuadas, mais desprezíveis se 
torna o erro. Enquanto que os erros sistemáticos tornam o resultado de 
medição incorrecto ou errado, os erros acidentais tornam o resultado 
de medição inseguro, e esta insegurança pode ser caracterizado por um 
cálculo da grandeza. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 33 
 
Para compreendermos a razão dos erros acidentais devemos 
considerar a existência de insegurança nas leituras, o que provoca o 
espalhamento dos valores de medição. A insegurança nas leituras 
limita o número de casas decimais favoráveis, através dos quais o 
observador pode dar o resultado mais exacto de cada medição. 
Suponhamos que seja lido com ajuda de um nónio um comprimento 
L=12,3 mm. Isto significará que o verdadeiro valor, que se pretenda 
medir, estará compreendido entre o intervalo 12,25 mm <L> 12,35 
mm. Isto é, o erro de leitura será de módulo 0,05 mm. 
Os erros causais esclarecem-se repetindo as medições, de modo a 
obter a média das várias medições, obedecendo a seguinte fórmula: 
Onde: 
 = Desvio padrão; 
 X = Valor médio; 
 X=Medições efectuadas 
 
Sumário 
Os principais elementos dos mapas cartográficos são de grande 
importância pois nos ajudam a poder interpretar com facilidade os 
diferentes fenómenos que se encontram representados na carta, a sua 
dinâmica e os principais constrangimentos decorrentes de erros que 
advém da sua aplicação. 
 
1
2


 
n
XnX
 
1
2


 
n
XnX
34 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
Exercícios 
1- Calcule a distância no terreno, cuja sua correspondente no mapa 
é de 25 cm na escala 1: 250000 
2- Qual é a distância no mapa cuja distância no terreno é de 50 km, 
e escala de 1:250000 
3- Determine a escala, sabendo que a distância no terreno é de 
25km e no mapa corresponde a 25cm? 
Realize os exercícios e entregue o nº 2 
 
 
 
 
 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 35 
 
Unidade IV 
Sistema de Coordenadas Aplicadas 
em Topografia. 
Introdução 
Esta unidade dá a entender aos estudantes a essência dos sistemas de 
coordenadas, isto é, como referenciar um ponto. De outra linguagem, 
como determinar a localização de um ponto na superfície terrestre ou 
no espaço celeste utilizando referências cartográficas. 
 Assim o Estudante desta Unidade será no futuro capaz de saber 
localizar no mapa ou partindo do terreno localizar no mapa e vice e 
versa. Esta habilidade é de necessidade extrema na medida em que 
possibilita o estudante situar-se no espaço. 
Ao completer esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Descrever o sistema de coordenadas geográfica; 
 Identificaros elementos dos sistemas de coordenadas 
geográficas (usadas em cartografia); 
 Descrever a essência dos sistemas de coordenadas usadas em 
cartografia (coordenadas cartesianas planas: rectangulares e 
polares) 
 Realizar os diferentes exercícios que correspondem as 
Coordenadas geográficas. 
 
 
 
36 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
4.1- Sistema de coordenadas 
Sistema de coordenadas é uma forma de referenciar sem 
ambiguidade, a posição de um ponto no plano, no espaço 
tridimensional ou sobre uma superfície, através de ângulos e 
distâncias medidos a partir de referências determinadas. 
Coordenadas geográficas é um sistema de coordenada da qual usa a 
latitude e a longitude, definidas numa superfície terrestre ou numa 
superfície de referência de modo a georeferenciar a posição de um 
ponto no plano como atrás se salientou (Gaspar, 2004). 
No tratamento das coordenadas geográficas precisamos ter a noção de 
Longitude e latitude de um lugar. 
Latitude de um lugar é a coordenada geográfica ou geodésica 
definida na esfera, no elipsóide de referência ou na superfície terrestre, 
que é o ângulo entre o plano do equador e a normal à superfície de 
referência. A latitude mede-se para norte e para sul do equador, entre 
90º Sul, no Pólo Sul (ou pólo antárctico) (negativa), e 90º Norte, no 
Pólo Norte (ou pólo Árctico) (positiva). A latitude no equador é igual 
a 0º. O modo como a latitude é definida depende da superfície de 
referência utilizada: 
 
Figura: Esquema representativo de coordenadas Geográficas 
 
Longitude: é a localização de um ponto da superfície, medida em 
graus, nos paralelos e no meridiano de Greenwich. Ela é definida pelo 
meridiano e a sua linha de referência é o meridiano de Greenwich, 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 37 
 
sendo isto, ela varia de 0º no meridiano de Greenwich a 180º para 
leste ou oeste. 
Plano equatorial: é um plano imaginário que divide a terra em dois 
pólos: norte e sul de forma igual mas de uma maneira metafórica, 
sendo o mesmo que cortar duas laranjas em duas partes iguais com 
uma faca. 
Paralelos, linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial. Estes 
paralelos são círculos menores completos, obtidos pela intersecção do 
globo terráqueo com planos paralelos ao equador. Possuem as 
seguintes características: 
1. Eles são sempre paralelos entre si. Ainda que sejam linhas 
circulares, sua separação é constante; 
2. Vão sempre em direcção Leste-Oeste; 
3. Os paralelos cortam os meridianos formando ângulos rectos. 
Isto é correcto para qualquer lugar do globo excepto para os 
pólos uma vez que neles a curvatura dos paralelos é muito 
acentuada; 
4. Todos paralelos, com excepção do equador, são círculos 
menores e o equador é um círculo máximo completo; 
5. O número de paralelos que se pode traçar sobre o globo é 
infinito. Por conseguinte, qualquer ponto do globo, com 
excepção do polo norte e sul, está situado sobre um paralelo. 
 
Meridianos: são linhas imaginárias paralelas ao meridiano de 
Greenwich que ligam os pólos norte e sul. Todos meridianos são semi-
círculos máximos cujos extremos coincidem com os pólos norte e sul 
da terra. Ainda que seja correcto que o conjunto de dois meridianos 
opostos constituam um círculo máximo completo, é necessário 
recordar que um meridiano é só um semicírculo máximo, e que é um 
aro de 180º. 
As outras características dos meridianos são: 
1. Todos os meridianos tem direcção norte-sul; 
38 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
2. Eles tem sua máxima separação no equador e convergem em 
direcção aos dois pontos comuns nos pólos; 
3. O número de meridianos que se pode traçar sobre o globo é 
infinito, sendo assim, existe um meridiano para qualquer ponto 
do globo e para a sua representação em mapas, os meridianos 
se seleccionam separados por distâncias iguais adequadas. 
 
4.2- O meridiano de Greenwich 
Greenwich se tornou um meridiano referencial internacionalmente em 
1884 devido a um acordo internacional que aconteceu em 
Washington, isso para padronizar as horas em todo o mundo, 
Greenwich foi escolhido por “cortar” o observatório astronómico real, 
localizado em Greenwich da qual é um distrito de Londres. 
 
4.3- Os tipos de Sistema de coordenadas 
Os sistemas utilizado nas ciências cartográficas podem agrupar-se em 
3 grandes famílias: Os Sistema de coordenadas Cartesianas planas 
(Rectangulares e Polares), empregues em cartografia e topografia; O 
Sistema de coordenadas Cartesianas tridimensionais, usadas em certas 
aplicações da Geodésica; e os Sistema de coordenadas Curvilíneas, 
definidas sobre a esfera e o elipsóide tais como as coordenadas 
geográfica e as coordenadas de esfera celeste (Gaspar, 2004). As 
coordenadas astronómicas ou naturais são um tipo de coordenadas 
curvilíneas definidas a superfície da terra que tomam como referência 
a vertical do lugar e a direcção do eixo de rotação. 
Presentemente, serão analisados os Sistema de coordenadas planas 
(Rectangulares e Polares), por serem estas as empregues em 
cartografia e topografia como atrás se salientou. 
 
 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 39 
 
4.4- Coordenadas Rectangulares 
Um Sistema de coordenadas cartesianas Rectangulares planas ou 
simplesmente um Sistema de coordenadas Rectangulares é todo 
aquele que utiliza duas medidas de distância rectilínea a dois eixos 
perpendiculares entre sí (X e Y) que podem ser os paralelos e os 
meridianos, também chamados eixos coordenados para referenciar a 
posição de um ponto. A linha dos X podemos chamar de coordenada x 
ou abcissa e esta linha começa do ponto O (ponto de intersecção dos 
dois eixos) para projectar um dado ponto pretendido (Exemplo: ponto 
C ou A da figura abaixo). Já a linha dos Y chamamos de coordenada y 
ou ordenada e esta linha também começa do ponto O, de modo a 
projectar, a partir desta linha, um dado ponto pretendido “ponto P” 
(Gaspar, 2000). 
 
 
 Figura: coordenadas rectângulares 
 
As quatro áreas delimitada pelos eixos coordenados designam-se por 
“quadrantes” e estes quadrantes são por convenção numerados de 1 a 
4, começando no quadrante superior direito e rodando no sentido 
contrário ao dos ponteiros do relógio até acabar no quadrante inferior 
direito, como se ilustra na mesma figura. As grandezas tomadas como 
unidades nos eixos de coordenadas podem ser metros, quilómetros, 
milhas ou quaisquer outras e são escolhidas de acordo com as 
conveniências. A fim de se poder diferenciar as posições nos quatros 
quadrantes, os eixos coordenados são orientados, isto é, possuem um 
sentido positivo (para cima e para a direita) e um sentido negativo 
40 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
(para baixo e para a esquerda). Sendo isto, os pontos no 1º quadrante 
tem abcissas e ordenadas positivas; os pontos do 2º quadrante tem 
abcissas negativas e ordenadas positivas; os pontos do 3º quadrante 
tem abcissas e ordenadas negativas e os pontos do 4º quadrante tem 
abcissas positivas e ordenadas negativas. Assim, a localização do 
ponto C na figura será através das coordenadas x=3 e y=4 (idem). 
 
4.5- Coordenadas polares 
Segundo Gaspar (2005), estas coordenadas são uma forma alternativa 
para referenciar as posições no plano através de uma distância e de um 
ângulo. Enquanto que no Sistema de coordenadas Rectangulares se 
utilizam dois eixos coordenados, no Sistema de coordenadas polares 
utiliza-se um único designado por eixo polar. Um ponto P no plano é 
referenciado através de uma distância ρ à origem ou polo, do eixo 
polar (O) e de um ângulo θ, formado entre o eixo polar e a linha OP 
designada por “raio vector” (ver a figura abaixo).Não é possív el apresentar a imagem ligada. O ficheiro pode ter sido mov ido, mudado de nome ou eliminado. V erifique se a ligação aponta para o ficheiro 
e localizações corretos.
 
As coordenadas polares, r e θ, de um ponto sobre o plano euclidiano 
cuja origem é denotada por O são definidas como: 
 r: a distância entre esse ponto e a origem O, 
 θ: o ângulo formado entre o segmento de recta que une esse 
ponto à origem e o eixo xx. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 41 
 
4.6- Relação entre os tipos de coordenadas 
Da definição anterior, auxiliada pela comparação com o gráfico, 
podemos concluir as relações entre o par (x, y) de coordenadas 
cartesianas e o par (r, θ) de suas coordenadas polares. Assim obtemos: 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O 
ficheiro pode ter sido mov ido, mudado de nome ou 
eliminado. V erifique se a ligação aponta para o fic… 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O 
ficheiro pode ter sido mov ido, mudado de nome 
ou eliminado. V erifique se a ligação aponta para 
o ficheiro e localizações corretos. 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O ficheiro pode 
ter sido mov ido, mudado de nome ou eliminado. V erifique se 
a ligação aponta para o ficheiro e localizações corretos.
 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O ficheiro pode ter sido 
mov ido, mudado de nome ou eliminado. V erifique se a ligação aponta 
para o ficheiro e localizações corretos.
 
 
Sumário 
Para a localização geográfica de um ponto num determinado lugar na 
superfície terrestre usamos ângulos e distâncias medidas a partir de 
referências determinadas. Para coordenadas geográficas ou em 
cartografia, usamos geralmente a latitude e a longitude definidas a 
partir do equador para os paralelos e do meridiano (de Greenwich) 
para a longitude. 
Existem vários tipos de sistemas de coordenadas mas as de interesse 
para a cartografia são as coordenadas planas (Rectangulares e Polares) 
sendo as rectangulares as mais comumente usadas e as polares como 
alternativo para a georeferenciação. A diferença neles reside no facto 
de nas coordenadas rectangulares utilizar duas medidas de distância 
rectilíneas perpendiculares entre si que podem ser os paralelos e os 
meridianos ao passo que nas coordenadas polares usar-se uma 
distância e um ângulo. 
 
Exercícios 
1. Qual é a diferença que existe entre a latitude e a longitude? 
42 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
2. Defina a função dos sistemas de coordenadas. 
3. Quais são os tipos de sistemas de coordenadas que conheces? 
4. Identifique os tipos de coordenadas de interesse para a 
cartografia? 
5. Dê a localização dos pontos C, D e a área B na figura acima. 
Faça os Exercícios e entregue os nº 2 e 5 
 
 
 
 
 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 43 
 
Unidade V 
Processo de Orientação 
Introdução 
O presente capítulo tem por finalidade incutir no estudante alguns 
conhecimentos sobre o processo de orientação, isto é que o 
estudante tenha bases de se orientar em qualquer local onde se 
encontre. Neste deverá estudar as formas tradicionais de orientação, 
cujo conhecimento o homem detém a vários anos e vem aplicando 
em vários processos como foi o caso da época das grandes 
navegações. Depois vai ter a noção de orientação com a bússola 
magnética nas suas diferentes formas e versões com a utilização 
dos mapas. 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir a orientação. 
 Interpretar os processos de orientação por diversas formas. 
 Explicar os vários processos de orientação. 
 Assumir a importância da orientação nos trabalhos cartográficos. 
 Distinguir as diversas variáveis que influenciam o processo de 
orientação. 
 Calcular os diferentes Azimutes e rumos tanto 
esquematicamente quanto nas transformações matemáticas. 
 
 
44 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
5- Processo de Orientação. 
Orientação significa procurar o Oriente, de maneiras que quando 
encontramos um dos pontos cardeais estão encontrados todos os 
outros. 
Designa-se por orientação ao processo de determinar a direcção de 
qualquer um dos pontos cardeais. 
Para a determinação dos pontos cardeais, temos que ter a noção de 
que o meridiano do lugar intercepta o horizonte geográfico 
seguindo a linha Norte-Sul a qual pode ser também chamada 
Meridiano. Se imaginarmos uma linha assente ao horizonte e 
perpendicular a meridiana obteremos 4 pontos do horizonte que 
têm o nome de Pontos Cardeais. 
 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O ficheiro pode ter sido mov ido, mudado de nome ou eliminado. V erifique 
se a ligação aponta para o ficheiro e localizações corretos.
 
Figura de Pontos Cardeais 
 
Se tirarmos as bicetrizes aos ângulos rectos vamos ter quarto 
direcções ao horizonte os chamados pontos colaterais. Assim temos 
o Nordeste, o Noroeste, o Sudeste e o Sudoeste. Existem também 
outros pontos intermédios que são achados entre os pontos 
colaterais e os Cardeais. Estes são: 
Nor-Nordeste, entre o Norte e o Nordeste. 
Es- Nordeste entre o Leste e o Nordeste 
Es-Sudeste, entre o Este e o Sudeste 
Su-Sueste, entre o Sul e o Sueste 
Owes-Noroeste, entre o Oeste e o Noroeste 
Nor-Noroeste, entre o Norte e o Noroeste. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 45 
 
Dá se o nome de Rosa dos ventos ao conjunto de todas as 
direcções. 
 
5.1- Processos de Orientação 
Existem vários processos de orientação a saber: 
 Pela Bússola 
 Pelo Sol 
 Pelo relógio 
 Pelas igrejas 
 Pelas estrelas, etc 
 
5.1.1- Orientação pelo Sol 
Se voltamos para o Sol ao meio dia fica a nossa frente o Sul e a 
retaguarda o Norte a esquerda o Oriente e a direita o Ocidente. Esta 
prática pode se aplicar no Hemisfério Norte a Norte do Trópico de 
Cancer. 
No Hemisfério Meridional a Sul do Trópico de Capricórnio 
verifica-se o contrário. 
Não é possív el apresentar a imagem ligada. O ficheiro pode ter sido mov ido, mudado de nome ou eliminado. V erifique se a ligação aponta para o ficheiro e localizações corretos.
 
 
Figura: Representação esquemática de orientação por Sol 
 
 
Na zona Intertropical, depende do lugar e da época do ano. 
Nos Equinócios o Sol ao nascer indica o Este ou nascente, no seu 
ocaso indica o Ocidente isto na Zona Intertropical. 
 
 
46 Erro! Utilize o separador Base para aplicar Heading 1 ao texto que pretende que apareça aqui. 
 
5.1.2 Orientação pelo Relógio. 
Coloca-se o relógio a qualquer hora do dia, de tal modo que o 
ponteiro das horas indique a posição do Sol e traça se a bicetriz do 
ângulo do ponteiro e a linha que indica 12 horas. Com o ponto que 
indica o meio dia, teremos a direcção Sul em qualquer hemisfério 
 
5.1.3- Orientação pelo Cruzeiro do Sul 
Pode se utilizar o Cruzeiro do Sul e o triângulo austral para se 
encontrar a direcção próxima do Polo Sul 
 
5.1.4- Orientação pelos mapas 
Deve-se virar o mapa de tal forma que os objectos coincidam com a 
realidade e em seguida ler o ponto cardeal Norte no mapa e 
finalmente localiza-se os restantes pontos cardeais no mapa. 
 
5.1.5- Orientação pelas Igrejas 
Os altares das Igrejas no Hemisfério Sul, na sua maioria indicam a 
direcção Norte. 
 
5.1.6- Orientação pela Bússola 
A bússola consiste numa agulha imantada de aço que se move 
livremente em torno de um pivô. A agulha tem a forma de um 
losango. Na sua parte central tem uma peça de ágata ou de qualquer 
outro material que serve de apoio. 
Todo o conjunto está condicionado numa caixa metálica o que 
possibilita o seu emprego prático. 
 Cartografia e Topografia. Os Elementos Essenciais 47 
 
O emprego da bússola é baseado na propriedade que a agulha 
imantada possui de se orientar sempre para o polo magnético 
terrestre quando se move livremente

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