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LUTERANISMO A reforma de Martinho Lutero A reforma Protestante iniciou-se cm Martinho Lutero (1843 – 1546). Nascido em Eisleben, cidade que pertence à atual Alemanha, Lutero estudou Direto por influência do pai. Tinha, no entanto, inclinação para a vida religiosa e, em 1505, ingressou na Ordem dos Agostinianos, que segue as concepções de Santo Agostinho. ROMPIMENTO COM A IGREJA CATÓLICA Entre 1511 e 1513, Lutero aprofundou-se nos estudos religiosos e amadureceu suas ideias teológicas. Em uma epistolas do apóstolos Paulo (que fazem parte do Novo Testamento biblíco), encontrou passagens que lhe pareceram fundamentais, como “Aquele que é justo pela fé viverá” (Romanos, cap 1, versículo 17); De fato, nós estimamos que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Romanos, capítulo 3, versículo 28). Ao interpretar essa mensagem, Lutero concluiu que o ser humano, corrompido em razão do “pecado original”, só poderia salvar-se pela fé em Deus. Assim, a fé em Deus, e não as obras humanas, seria o único instrumentos de salvação, graças à misericórdia divina. Depois de um período de tensões, em 1517 Lutero deu o passo decisivo que provocaria seu rompimento com a Igreja Católica. Com o objetivo de arrecadar dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro, o papa Leão X autorizou a concessão de indulgencias aos fiéis que contribuissem financeiramente com a obra. Escandalizado com a atitude do papa, Lutero aixou na porta da igreja de Wittenberg (cidade da atual alemanha) um manifesto público – as 95 teses – em que protestava contra essa medida e expunha alguns elementos de sua concepção religiosa. Leia algumas das teses de Lutero, escritas em 1517: 21- Estão errados os pregadores de indulgencias que dizem que um homem é liberto e salvo de todo castigo dos pecados pelas indulgencias papais [...] 27 – Eles pregam que a alma voa para fora do purgatório tão logo tilinte o dinheiro jogado na caixa. [...] 45 – Os cristãos deveriam aprender que todo aquele que vê um homem necessitado e não socorre, e depois dá dinheiro para perdões, não está comprando para si a indulgencia do papa, mas para a cólera de Deus. [...] WACE, H.; HEIN,C.A. Burch (Org). First Principles of the Reformations. In: Coletânea de documentos históricos para o 1ª grau. São Paulo: Cenp, 1978 p. 81-82. Esse foi o início de uma longa discurssão entre Lutero e as autoridades católicas, que culminou com a sua excomunhão, em 1521. Para demonstrar seu desprezo pela Igreja Católica, Lutero queimou em praça pública a bula papal que o condenava. DOUTRINA LUTERANA Depois da excomunhão, Lutero passou a divulgar sua doutrina religiosa pelo norte da Europa, com o apoio de diversos membros da nobreza e da alta burguesia. Entre os principais pontos de sua doutrina, firmados na Confissão de Augsburgo (1530), destacavam-se: · O direito dos fiéis ao livre exame das Escrituras Sagradas (Bíblia) · As Escrituras Sagradas como único caminho para a fé cristã; · A fé cristã como único caminho para a salvação eterna. Além disso, o luteranismo não aceitava o culto dos santos, promovido pelos católicos, a adoração de imagens religiosas e a autoridade do papa. Em vez dos sete sacramentos católicos, só reconhecia validade bíblica em dois deles: o batismo e a eucaristia. Após a excomunhão, Lutero foi perseguidos pelas autoridades católicas, que entretanto, não conseguiam impedir a difusão de sua doutrina. Em 1521, Lutero refugiou-se no Castelo de Wartburg, do príncipe alemão Frederico, seu amigo e protetor, onde iniciou a tradução da Bíblia para alemão, a partir de originais gregos. A versão luterana da Bíblia foi considerada um dos principais modelos da moderna língua escrita alemã. COTRIM, Gilberto. História global I. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
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