Buscar

RESUMO - Migrações internas no Brasil século 21

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Migrações internas no Brasil século 21: evidências 
empíricas e desafios conceituais 
Rosana Baeninger 
Conceitos: 
As migrações internas no Brasil sofrem modificações a partir dos anos 1970. 
Img: imigrantes; emg: emigrantes. 
Dos anos 1950 a 1999 a reorganização da distribuição da população no território nacional foi 
norteada pela industrialização, com fluxos mais intensos, e pelas fronteiras agrícolas. 
As migrações no Nordeste são marcadas por oscilações em termos de recuperação, absorção e 
expulsão de suas populações, reflexo dos processos intra-regionais e dos fluxos de retorno. 
A nova visão das migrações internas leva à substituição de conceitos: 
A) Áreas de evasão  áreas de perdas migratórias 
B) Áreas de atração ou absorção  áreas de retenção migratória 
C) Áreas de origem e destino  áreas/etapas do processo de rotatividade migratória 
A rotatividade migratória também se funda na reversibilidade dos fluxos migratórios e na menor 
permanência das condições de migração para a caracterização das áreas. 
Observa-se a redefinição das áreas como processo que leva à expansão dos espaços de rotatividade 
migratória, com a modificação da complementariedade migratória historicamente existente entre 
NE e SE. 
O século XXI apresenta dois grandes vetores redistributivos nacionais: a dispersão migratória 
metropolitana e a interiorização migratória. 
As migrações devem ser analisadas sob a chave do processo histórico-social contemporâneo. 
A circulação pode ser compreendida como uma etapa de transição para movimentos migratórios 
permanentes, e não implica em mudança de residência e com restrita temporalidade. A circulação 
então, substitui a migração quando não há mudança permanente de residência. 
Período Características 
1950-1999: 
Reorganização 
da população 
no território 
nacional 
1970-
1980 
Centralidade 
migratória 
no Sudeste 
 SP e RJ: ↓ img 
 Centro-Oeste: ↓ img em MS e DF 
 Urbanização 
 Metropolização 
 Desconcentração relativa das atividades econômicas, que 
afeta a população somente na próxima década. 
 Esgotamento da fronteira agrícola 
 Desconcentração relativa da indústria 
 MG: refluxo 
 ↑ Estados expulsores 
 ↓ Estados receptores 
1981-
1991 
 DF e GO: expansão metropolitana; ↑ mig. 
 Maior número de espaços ganhadores nas migrações interestaduais 
 Retorno aos Estados de nascimento 
 ↑ Estados receptores 
 Expansão dos espaços da migração 
1990 
 ↓ fluxos de longa distância, especialmente os direcionados à fronteira 
agrícola 
 Absorção de fluxo de longa distância: SP, RJ, GO e DF; proveniência 
principal: NE 
 Recuperação migratória de espaços perdedores, especialmente no NE 
 Consolidação de polos de absorção migratória inter-regionais e intra-
regionais 
Migração 
circular 
 
Mobilidade da 
população; ↑ 
rotatividade 
migratória 
 
Não há mais 
áreas de 
grande 
retenção ou 
perda 
1995-
2000 
 Manutenção do número de Estados ganhadores de população 
 ↓ saldo migratório negativo 
 MS: perda de população 
 DF: ganhos migratórios 
 Sul: negativo 
1999-
2004 
2001-
2006 
Migrações 
mais 
reversíveis 
 ↓ no número de Estados com ganhos migratórios 
 ↓ migração interestadual: novos arranjos 
 MS: ↓ emigração; saldo positivo 
 DF: perda de população 
 Até o momento: MT sempre positivo 
 Norte: Negativo 
 NE: oscilação 
 SP e RJ: ↓ mig. 
2004-
2009 
 ↓ migração interestadual: novos arranjos 
 NE: migração de retorno 
 Reorganização da indústria no território nacional e 
internacional 
 SE: área de perda migratória 
 Expansão da nova fronteira agrícola 
 RO e AP: ↓ PERDAS MIGRATÓRIAS 
 MS: saldo negativo 
 DF: ganhos migratórios 
 MT: negativo 
 Rotatividade: RO, AC, AM, MA, CE, PB, PE, SE, MG, 
RJ, SP, PR, MS, MT, RS e DF; 
 Retenção: AM, RN, ES, SC e GO; 
 Perdas: PA, TO, PI, AL, BA 
 Maiores fluxos internos: 
o MA  PA; PA  MA 
o SP  BA, MG e PR (saldo negativo para 
SP) 
o DF  GO 
o PR  SC 
o RJ  MG e SP 
o BA  GO 
 Áreas de retenção migratória regional e nacional: GO 
(grãos-carnes) 
 Áreas de retenção migratória regional: MT, PA, RN, ES 
e SC 
 Áreas de rotatividade migratória nacional: SP e RJ

Continue navegando