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Boletim dos defensores-Julho-2020

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BOLETIM
INFORMATIVO
DO
������� ������������� �������� ��� �������� � ������������ ��� ����������� ����������
PROJETO
DEFENSORES
DOS
DIREITOS
DAS
CRIANÇASE
ADOLESCENTES
COMDEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
A
informação
como
propulsora
das
modificações
sociais.
Esse
éo
grande
objetivo
desta
newsletter,
promovida
pelo
Núcleo
dePolíticas
Públicas
e
Advocacy
do
Instituto
Jô
Clemente.
JULHO
DE
2020
/
EDIÇÃO
04
/
ANO
02
SOBRE
OADVOCACYO
Advocacy
é
a
arte
de
investigar
ediagnosticar
problemas
enfrentadospelas
pessoas
com
deficiência
intelectual
e
seus
familiares
e
propor
soluções
sustentáveis
e
responsáveis.
Assim
atuando
na
formulação
e/ou
implementação
de
políticas
públicas
voltadas
às
pessoas
comdeficiência
estabelecendo
diálogo
e
incidência
junto
aos
poderesExecutivo,
Legislativo,
Judiciário
ou
por
intermédio
das
representações
em
conselhos
de
direitos,
redes,fóruns
e
movimentos
sociais
visando
assegurar
os
direitosdas
pessoas
com
deficiência.
SOBRE
O
PROJETOO
projeto
prevê
a
defesa
da
criança
e
do
adolescente
com
deficiência
intelectual
mobilizando
sociedade,poder
público
e
atores
que
atuam
na
área
de
defesa
de
direitos
da
criança
e
do
adolescente,
conscientizando
seus
agentes
transformadores
e
acompanhando
a
atuação
do
poder
público
e
dos
espaços
de
discussão
política.
Este
projeto
tem
como
foco
aatuação
na
incidência
de
políticaspúblicas,
tendo
em
vista
a
efetivação
das
leis
e
programas
que
assegurem
os
direitos
e
a
inclusão
social
das
pessoas
com
deficiência
intelectual
no
município
de
São
Paulo. 
SERVIÇO
DE
ATENDIMENTO
AO
PÚBLICOatendimento@ijc.org.brTel.:
(11)
5080-7000UNIDADE
VILA
CLEMENTINORua
Loefgren,
2109
-
Vila
Clementino
-
CEP:
04040-033
-
São
Paulo
-
SP
-
Brasil
-
Tel.:(11)
5080-7000
|
Fax:
5549-3636UNIDADE
INTERLAGOSRua
Leonor
Alvim,
67
-
Interlagos
-CEP:
04802-190
-
São
Paulo
-
SP
-
Brasil
-
Tel.:
(11)
5666-2982UNIDADE
ITAIM
BIBIAv.
Horácio
Lafer,
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Itaim
Bibi
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04538-082
-
São
Paulo
-
SP
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3078-0604Fax:
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GUAIANASESRua
Eduardo
Alves,
02
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Guaianases
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08410-120
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São
Paulo
-
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institutojoclemente








@instjoclemente








@institutojoclemente








Instituto
Jô
Clemente
JULHO
DE
2020
/
EDIÇÃO
04
/
ANO
02
VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA:
REFLEXÃO
SOBRE
A
ALTA
VULNERABILIDADE
DE
MÃES
DE
CRIANÇAS
COM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL

IJC
E
FUMCAD
PROMOVEMSEMINÁRIO
PARA
ADOLESCENTESCOM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
E
EVENTO
É
DESTAQUE
NA
MÍDIA
O
AUMENTO
DA
VIOLÊNCIA
CONTRACRIANÇAS
E
ADOLESCENTES
COM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
DURANTE
A
PANDEMIA

JULHO
DE
2020
/
EDIÇÃO
04
/
ANO
0203
O
AUMENTO
DA
VIOLÊNCIA
CONTRA
CRIANÇAS
EADOLESCENTES
COM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
DURANTE
A
PANDEMIA
A
 realidade
 para
muitas
 crianças
 e
 adolescentes
c om 
 defic i ên c i a 
 i n t e l e c t ua l 
 du r an t e 
 a
pandemia
 do
 novo
 coronavírus
 tem
 sido
 maisc r u e l . 
 C o m 
 o 
 i s o l a m e n t o 
 s o c i a l ,
c r e s c e u 
 a 
 v i o l ê n c i a 
 d om é s t i c a 
 e 
 a sa g r e s s õ e s 
 s e 
 t o r n a r am , 
 e m 
 m u i t o s
ambientes,
 diária.
 É
 o
 que
 diz
 um
 levantamento
recente
do
Disque
Direitos
Humanos
(Disque
100).
O
 Estatuto
 da
 Criança
 e
 do
 Adolescente
determina,
 por
 lei,
 que
 nenhuma
 criança
ou
 adolescente
 seja
 exposto
 a
 qualquer
f o rma 
 d e 
 n e g l i g ê n c i a , 
 d i s c r im i n a ç ão ,e x p l o r a ç ã o , 
 v i o l ê n c i a , 
 c r u e l d a d e 
 e
opressão. 
 Entretanto, 
 segundo
 o
 Fundod a s 
 N a ç õ e s 
 U n i d a s 
 p a r a 
 a 
 I n f â n c i a
(UN ICEF ) , 
 a 
 COV ID -19 
 de i xou 
 a l gumas
crianças
 mais
 vulneráveis
 à
 violência
 e
 ao
sofrimento
 psicossocial
 com
 a
 suspensão
das
 aulas
 e
 a
 paralisação
 dos
 atendimentose
 serviços
 de
 entidades
 que
 atendem
 a
pessoas
 com
 deficiência,
 como
 foi
 o
 caso
 doInstituto
 Jô
 Clemente
 –
 que
 teve
 parte
 desuas
 atividades
 presenciais
 interrompidas
 e
subst i tu ídas
 por 
 te leatendimentos, 
 comacompanhamento
 à
 distância,
 de
 forma
 virtual,
a
 partir
 de
 um
plano
 de
 intervenção,
 para
 evitar
a
 aglomeração
 de
 pessoas
 em
 suas
 unidades
e
 núcleos.
 00000000000000000000000000000Neste
 momento,
 as
 crianças
 e
 os
 jovens
 estão
mais
 tempo
 dentro
 de
 casa
 e
 enfrentam,
 coma
 família,
 a
 falta
 de
 recursos
 e
 as
 inseguranças.
A
 supervisora
 do
 Programa
 Jurídico-Socialdo
 Instituto
 Jô
 Clemente,
 Luciana
 Stocco,
 explicaque
 durante
 os
 primeiros
 meses
 da
 pandemia,
muitos
 casos
de
 violência
não
 foram
observados
em
 razão
 do
 isolamento.
 “A
 pandemia
 tirou
 as
pessoas
 com
 deficiência
 da
 escola,
 do
 trabalho
e
 de
 outros
 lugares
 que
 costumavam
 frequentar,pela
 necessidade
 de
 ficarem
 em
 casa
 para
 se
protegerem
 do
 novo
 coronavírus.
 Com
 isso,muitos
 casos
 de
 violência
 que
 acontecem
 em
casa,
 por
 exemplo,
 não
 foram
 observados
 porprofessores,
 psicólogos,
 colegas,
 entre
 outrosgrupos”,
 comenta.
 Segundo
 ela,
 “muitas
 vezes,as
 denúncias
 surgem
 após
 observação
 de
pessoas
 com
 as
 quais
 eles
 convivem
 fora
 de
casa . 
 Sem
 es sa 
 conv i vênc ia , 
 a 
 v io l ênc ia
continua
 acontecendo,
mas
 não
 é
 notada”,
 afirma.
Em
 todo
 o
 Brasil,
 todos
 os
 dias,
 são
 mais
 de
200
 casos
 de
 agressões
 físicas,
 psicológicas
 etortura
notificados
contra
crianças
e
adolescentes,tendo
 como
 autores
 pessoas
 do
 círculo
 familiar.
Pensando
 nisso,
 o
 Instituto
 Jô
 Clemente,
 emparceria
 com
o
Fundo
Municipal
da
Criança
e
doAdolescente
 (FUMCAD),
 lançou
 a
 campanha
"Denunciar
é
a
melhor
saída",
nas
redes
sociais,

p a r a 
 i n f o r m a r 
 a 
 p o p u l a ç ã o 
 s o b r e
a
 importância
 de
 se
 denunciar
 a
 violência
contra
pessoas
com
deficiência.
JULHO
DE
2020
/
EDIÇÃO
04
/
ANO
0204
O
AUMENTO
DA
VIOLÊNCIA
CONTRA
CRIANÇAS
EADOLESCENTES
COM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
DURANTE
A
PANDEMIA

A
psicóloga
do
Instituto
Jô
Clemente,
Daniela
Farias,
que
atua
na
equipe
de
atendimento
do
Centro
de
Apoio
Técnico
da
1ª
Delegacia
de
Polícia
da
Pessoa
com
Deficiência
de
São
Paulo,
afirma
que
“parte
da
população
acredita
que
aviolência
 só
 acontece
 quando
 deixa
marcas,
mas
 não
 é
 só
 isso.
 Violência
 é
 toda
 forma
 de
 agressão,
 seja,
 psicológica,patrimonial,
 sexual,
 física
ou
violação
de
direitos
humanos.
Quando
falamos
em
pessoas
com
deficiência
não
podemosesquecer
que
o
ambiente
 familiar,
 o
mesmo
que
promove
o
 cuidado,
pode
por
 vezes
propiciar
 situações
de
 violências,devido
à
ausência
de
uma
política
de
cuidado
que
acaba
sobrecarregando
a
família”,
explica.Cuidado
com
atitudes
suspeitas00000000000000
 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0É 
 impor tante 
 ter 
 a tenção 
 às 
 a t i tudes 
 e
comportamentos
 que
 possam
 levar
 à
 violência
e,
caso
necessário,
denunciar,
 independentementede
 serem
 pessoas
 da
 própria
 família
 da
 criança
ou
 do
 adolescente
 ou
 aqueles
 que
 convivem
 comeles.
Procurar
ajuda
profissional
quando
necessárioe
denunciar
o
agressor
garante
cuidado
com
a
vidae
 o
 bem-estar.0000000000000000000000000
 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0“Precisamos
 que
 a
 sociedade
 ajude
 a
 denunciar
qualquer
 tipo
 de
 violência
 contra
 as
 pessoas
 comdeficiência,
 principalmente
 porque
 é
 comum
 que
essas
 pessoas
 encontrem
 barreiras
 para
 denunciar
o
 que
 ocorre
 com
 elas,
 infelizmente”,
 comenta
Stocco.
 “Além
 disso,
 é
 preciso
 que
 o
 poder
 públicotrabalhe
 cada
 vez
mais
 no
 combate
 a
 qualquer
 tipode
violência”,
finaliza.
Você 
 sabia? 
 0000000000000000000000000
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Em
2019,
o
Disque
Direitos
Humanos
(Disque
100),
coordenado
 pelo
 Ministério
 da
 Mulher,
 da
 Família
 e
os
 Direitos
 Humanos,
 registrou
 12,9
 mil
 denúnciasde
 violências
 praticadas
 a
 pessoas
 com
 deficiência
em
todo
o
país.
Esse
número
representa
um
aumentode
9%
em
relação
ao
ano
anterior.
0000000000000000
 
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Segundo
o
levantamento,
apresentado
pelo
Ministérioem04
de
 junho,
 o
 agressor
 é,
 na
maioria
das
 vezes,alguém
 do
 convívio
 familiar
 ou
 próximo
 da
 vítima,
sendo
29%
das
violências
praticadas
por
um
irmão,17%
 por
 filho,
 11%
 pela
 mãe
 e
 7%
 pelo
 pai.
 O
documento
mostra
 ainda
 que
 54%
 das
 vítimas
 são
do
sexo
feminino
e
46%
do
sexo
masculino,
sendo
amaior
 parcela
 (58%)
 com
 deficiência
 intelectual.
P e s soas 
 com 
 defic i ênc i a 
 f í s i c a 
 a g red ida s
somam
19%.
ENTRE
EM
CONTATO
E
DENUNCIE:Além
 do
 Disque
 100,
 existem
 outros
 canais
 que
 podem
 ser
 usados
 para
 se
 fazer
 uma
 denúncia:- 
 Disque
 180 
 –
 Serviço
 telefônico
 de
 recebimento
 de
 denúncias
 de
 violência
 doméstica.-
Conselhos
Tutelares
–
Órgãos
responsáveis
por
receber
e
encaminhar
denúncias
de
violência
contra
crianças
e 
 adolescentes .00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000- 
 Delegacia 
 E letrônica 
 – 
 Acesse 
 o 
 s i te 
 www.de legac iae le t ron ica .po l i c iac iv i l . sp .gov .br .
A
denúncia
pode
ser
feita
no
campo
‘Outras
Ocorrências’.00000000000000000000000000000000000000000000-
 1ª
 Delegacia
 de
 Polícia
 da
 Pessoa
 com
 Deficiência
 –
Durante
 o
 período
 da
 pandemia,
 a
 1ª
 DDPD
 está
atendendo,
 presencialmente,
 pessoas
 com
 deficiência,
 vítimas
 de
 homicídio,
 sequestro,
 estupro
 e
 violência
doméstica.
 A
 delegacia
 está
 localizada
 na
 rua
 Brigadeiro
 Tobias,
 527
 –
 Luz
 –
 São
 Paulo/SP,
 e
 conta
 com
números
 de
 telefone
 para
 contato:
 WhatsApp
 para
 pessoas
 com
 deficiência,
 exceto
 pessoas
 surdas:
(11) 
 99918-8167
 / 
 WhatsApp
 exclusivo
 para
 pessoas
 surdas
 (com
 intérprete
 de
 Libras) :
(11)
94528-9710
/
Telefone
fixo:
(11)
3311-3380.
05
VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA:
REFLEXÃO
SOBRE
A
ALTA
VULNERABILIDADE
DE
MÃES
DE
CRIANÇASCOM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL

A
experiência
nos
atendimentos
psicossociais
na
área
deDefesa
 e
 Garantia
 de
 Direitos
 no
 Instituto
 Jô
 Clemente

levanta
 uma
 reflexão
 importante
 sobre
 a
 situação
 damulher
 vítima
de
 violência
doméstica.oooooooooooooooConsideramos
 violência
 doméstica
 contra
 a
 mulherqualquer
 ação
 ou
 omissão
 baseadas
 no
 gênero
 quelhe
 cause
 morte,
 lesão,
 sofrimento
 físico,
 sexual
 ouo psicológico,
 dano
 moral
 ou
 patrimonial
 (Artigo
 5 daLei
 Maria
 da
 Penha,
 a
 Lei
 nº
 11.340/2006).
 Ocorre
entre
 os
 membros
 da
 família
 ou
 em
 qualquer
relação
 íntima
 de
 afeto,
 na
 qual
 o
 agressor
 conviva
ou
 tenha
 convivido,
 independentemente
 do
 agressor
estar
 ou
 não
 na
 mesma
 residência.oooooooooooooooA
 violência
 doméstica
 é
 um
 fenômeno
 recorrente
 em
nossa
 sociedade,
 no
 qual
 elementos
 culturais
 e
históricos
 facilitam
 e
 alimentam
 o
 chamado
 pacto
do
 s i lêncio. 
oooooooooooooooooooooooooooooQuando
 fa lamos
 de
 v io lênc ia 
 domést ica , 
 nos
r eme t emo s 
 à 
 ima g em 
 da 
 mu l h e r 
 a g r e d i d a
fisicamente,
 contudo,
 é
 importante
 ressaltar
 quea
 violência
 se
 manifesta
 de
 diversas
 formas,
 entreelas
 a
 psicológica
 que
 traz
 como
 comportamento
 do
pa r c e i r o , 
 o 
 d i s t an c i amen to , 
 a s 
 c r í t i c a s 
 em

relação
 à
 aparência
 da
 mulher
 e
 exigências
 em

r e l a ç ã o 
 à 
 v i d a 
 s e x ua l , 
 d e s c o n s i d e r a ndo 
 o
esgotamento
 físico
 e
 emocional
 da
parceira.
 oooooooooObservamos
 que
 a
 mulher,
 mãe
 de
 criança
 comdeficiência,
 enfrenta
 maiores
 dificuldades
 para
romper
com
a
relação
abusiva.
ooooooooooooooooooooCom
 o
 nascimento
 de
 um
 bebê
 com
 deficiência
altera-se
 a
 rotina
 da
 família,
 surge
 a
 necessidade
de
 conciliar
 o
 cuidado
 e
 os
 projetos
 pessoais.
Num
 contexto
 em
 que
 não
 existem
 políticas
 públicas
nesse
 campo
 e,
 como
 historicamente
 o
 cuidado
 foi
naturalizado
 como
 pertencente
 ao
 feminino
 muitas
vezes
 ocorre
 o
 abandono
 do
 parceiro,
 deixando
 amulher
 sem
 alternativas
 de
 continuidade
 de
 sua
carreira
 profissional
 e
 educacional,
 assumindo
 o
cuidado
 integral
 da
 criança,
 distanciando-se
 da
família
 e
 da
 vida
 comunitária,
 o
 que
 dificulta
 ainda
mais
a
quebra
do
ciclo
da
violência.
oooooooooooooooooA
 mulher,
 frente
 à
 rotina
 de
 consultas
 médicas,
estimulação/reabilitação,
 dedica-se
 aos
 cuidados
 dacriança
 e
 acredita
 que
 deve
 suportar
 os
 abusosJULHO
DE
2020
/
EDIÇÃO
04
/
ANO
02
praticados
 pelo
 companheiro. Com
 frequência
 ouvimosrelatos
 sobre
 o
 cansaço
 e
 acúmulo
 de
 tarefas.
 ooooooooooA
 probabilidade
 de
 esgotamento,
 problemas
 emocionais
e
 psicológicos
 são
 maiores,
 impactando
 em
 isolamento
social,
 agressividade
 na
 relação
 conjugal,
 sobrecarga
emocional,
 sentimento
 de
 culpa
 por
 acreditarem
 que
“são
 merecedoras” 
 do
 desprezo
 do
 companheiro,
revolta
 e
 desejo
 que
 o
 companheiro
 ou
 pai
 da
 criançacontribua
 com
 os
 cuidados.
 A
 dinâmica
 estabelecida
pode
 desencadear
 perturbações
 na
 saúde
 mental
 e
 no
bem-estar
 psicológico.
 ooooooooooooooooooooooooooA
 questão
 socioeconômica
 é
 uma
 grande
 dificuldadea
 ser
 enfrentada
 uma
 vez
 que
 a
 mulher
 não
 consegue
conciliar
 a
 rotina
 de
 cuidados
 da
 criança
 com
 o
 trabalhoformal,
 impossibilitando
 adquirir
 condições
 econômicas
para
 alcançar
 independência
 financeira.
 A
 dificuldade
será
 maior
 de
 acordo
 com
 a
 gravidade
 da
 deficiênciada
 criança,
 quanto
 mais
 impedimentos,
 mais
 acentuada
será
 a
 relação
 de
 interdependência,
 sobrando
 pouco
 ounenhum
espaço
para
que
a
mulher
desempenhe
outros
papéisque
 não
 seja
 o
 de
 mãe.
 .ooooooooooooooooooooooooCom
 isso,
 torna-se
 pertinente
 às
 instituições
 governamentais
ampliarem
 o
 olhar
 para
 as
 questões
 relacionadas
 à
violência
 doméstica,
 principalmente
 a
 promoção
 da
 saúde
das
 cuidadoras
 de
 pessoas
 com
 deficiência,
 a
 fim
 de
diminuir
 o
 desgaste
 emocional
 decorrente
 dos
 cuidados
e
 atenção
 prestada
 à
 criança
 com
 deficiência
 intelectual.Nessa
 perspectiva,
 o
 profissional
 da
 psicologia
 pode
atuar
 como
 mediador
 no
 processo
 de
 enfrentamento
 ao
fenômeno
 da
 violência
 doméstica,
 possibilitando
 um
 espaço
de
troca
de
experiências
e
sentimentos,
estimulando
o
melhor
manejo
 de
 emoções
 e
 comportamentos
 que
 promovam
 o
bem-estar
 da
 mulher
 e
 de
 seus
 familiares.
 ooooooooEntende-se
 que
 a
 mulher
 fortalecida
 terá
 mais
 condiçõesde
 romper
 com
 as
 situações
 de
 violência,
 seja
 doméstica,social
 ou
 estrutural.
 Investir
 no
 cuidado
 à
 criança
 com
deficiência
 é
 investir
 na
 cuidadora/mulher.
 Quanto
 mais
saudável
 a
 cuidadora
 estiver,
 mais
 recursos
 internosexistirão
 para
 investir
 na
 relação
 com
 a
 criança.
 oooooo

Luciana
 de
 Assis
 Silva
 e
 Sanches
 oooooooooooo
é
psicóloga
e
mestre
em
Distúrbios
do
Desenvolvimento
pela
 Universidade
 Presbiteriana
 Mackenzie
 com
especialização
na
área
de
Violência
Doméstica
(LACRI)
–
Universidade
de
São
Paulo
(USP).

06
IJC
E
FUMCAD
PROMOVEM
SEMINÁRIO
PARA
ADOLESCENTESCOM
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
E
EVENTOÉ
DESTAQUE
NA
MÍDIA
JULHO
DE
2020
/
EDIÇÃO
04
/
ANO
02
O
material
está
disponível
e
o
download
pode
ser
feito
pelo
link:
https://bit.ly/cartilha-dialogando-protagonizar
O
 Instituto
 Jô
 Clemente
 realizou
 em
 março,
 deste
 ano,
 o
 1º
 Seminário
 para
 Adolescentes
 com
 DeficiênciaIntelectual:
 Interagindo
 com
 seus
 direitos.
 O
 encontro
 foi
 promovido
 pelo
 Núcleo
 de
 Políticas
 Públicas
 eAdvocacy
 da
 Organização,
 em
 parceria
 com
 o
 Fundo
 Municipal
 da
 Criança
 e
 do
 Adolescente (FUMCAD)
 e
reuniu
 crianças,
 adolescentes
 e
 jovens,
 de
 12
 a
 18
 anos,
 com
 deficiência
 intelectual,
 familiares
 e
 apoiadores.O
 Seminário,
 que
 contou
 com
 a
 presença
 da
 Secretária
 Adjunta
 da
 Secretaria
 Municipal
 da
 Pessoa
 com
Deficiência
 de
 São
 Paulo,
 Marinalva
 Cruz
 e
 adolescentes
 com
 deficiência
 intelectual
 que
 participam
 do
Programa
de
Autodefensoria
do
Instituto
Jô
Clemente,
foi
destaque
na
mídia.
 
000000000000000000000000000000A
edição
de
 junho
da
Revista
D+,
 referência
em
 inclusão
e
acessibilidade,
noticiouo
evento
que
contou
com
aspalestras
 ministradas
 pela
 supervisora
 do
 Atendimento
 Educacional
 Especializado
 (AEE),
 Roseli
 Olher,
 do
Instituto
 Jô
 Clemente
 --,
 que
 abordou
 o
 tema
 ‘Interagindo
 sobre
 o
 direito
 à
 educação’,
 e
 Luiza
 Chizue
 Gatti
Muramaki
 --
 do
 Núcleo
 de
 Políticas
 Públicas
 e
 Advocay
 da
 Organização
 --,
 que
 falou
 sobre
 o
 tema
 ‘Interagindo
com
 a
 diversidade’.
 A
 publicação
 também
 citou
 a
 participação
 de
 Letícia
 Soares,
 que
 é
 autista,
 cineasta,
fotógrafa
 e
 palestrante,
 e
 contou
 sua
 história
 de
 vida
 por
meio
 de
 vídeos
 que
 ela
mesma
produz
 para
 o
 canal“Aspie
Aventura”,
no
YouTube.
Além
da
versão
impressa,
a
revista
está
disponível
no
formato
online
e
em
Libraspelo
 site
 www.revistadmais.com.br.
 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Durante
a
oportunidade,
os
participantes
do
evento
receberam
a
cartilha
interativa
‘Dialogando
para
protagonizar:
Adolescentes
 com
 deficiência
 intelectual
 interagindo
 com
 os
 seus
 direitos’,
 produzida
 pelo
 Instituto
 Jô
Clemente
para
disseminar
 conhecimento
a
 respeito
da
deficiência
 intelectual.
A
 cartilha
 também
 foi
 criada
 com
o
objetivo
de
trazer
a
informação
acerca
dos
direitos
e
promover
o
protagonismo
dos
adolescentes
com
deficiência
intelectual,
por
meio
de
atividades
relacionadas
a
alguns
dos
seus
direitos
e
deveres
fundamentais,
como
cultura,
educação
financeira,
educação,
autonomia,
diversidade,
preconceito,
 igualdade
de
gênero,
exposição
na
internet,
amizades
e
direitos
e
deveres.
Apoio:
Realização:
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