Buscar

Violência no trânsito - Redação corrigida MODELO ENEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO: REESCRITA
O governo de Juscelino Kubitschek, que marcou a década de 1950, foi intensamente influenciado pelo rodoviarismo, estimulando a instalação de indústrias automobilísticas no Brasil. Tal programa de incentivo, no entanto, não foi acompanhado pelo desenvolvimento de uma consciência prudente nos indivíduos, fator responsável por elevar os índices de violência no trânsito. Nesse sentido, a falha na formação dos cidadãos e a inobservância do Estado comprometem a segurança nas vias.
Em primeiro plano, faz-se imprescindível analisar que o comportamento dos indivíduos contribui para o aumento dos casos de violência. De acordo com o ponto de vista do educador Paulo Freire, a educação brasileira tem cunho estritamente bancário e tecnicista, privilegiando o acúmulo de informações em detrimento da incorporação das noções de coletividade e do desenvolvimento cidadão. Tal conjuntura compõe um corpo social individualista e irresponsável, na medida que as pessoas não são sensibilizadas a respeitarem a legislação, o que, numa contemporaneidade marcada pela pressa e estresse, acarreta problemas em diversos âmbitos, inclusive no trânsito, o que é comprovado pelo aumento dos índices de violência nesse ambiente.
Ademais, a negligência governamental acentua o problema. As cidades brasileiras, em razão do processo de urbanização acelerado, são caracterizadas pela mobilidade deficiente, carecendo de sinalização, iluminação e planejamento adequados à garantia do direito de ir e vir, o que contribui para que não haja segurança no trânsito. Outrossim, o tráfego é dificultado pela fiscalização ineficiente, tendo em vista a ausência de agentes capazes de fazer com que a lei seja cumprida sem se submeterem a práticas corruptas, cenário que torna o Código de Trânsito Brasileiro meramente ilustrativo, uma vez que as punições não são devidamente aplicadas aos infratores e, desse modo, a impunidade prevalece. Nesse âmbito, os indivíduos repetem comportamentos irresponsáveis, intensificando a problemática que caracteriza o deslocamento dos cidadãos.
Portanto, são necessárias mudanças que zelem por um comportamento preventivo. Primeiramente, é papel do Ministério da Educação garantir a formação da consciência cidadã nas escolas, através da correta aplicação das novas normas da BNCC nas instituições, visando garantir a formação de cidadãos que cumpram as leis. Além disso, cabe ao Estado assegurar a segurança nas vias, por intermédio da correta fiscalização e sinalização, com o fito de aprimorar a mobilidade urbana. Ademais, é da mesma competência buscar a uniformidade da elaboração e do cumprimento das regras estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, por meio do debate sobre o assunto entre especialistas, com o objetivo de elaborar e executar soluções para os problemas vigentes. Adotando tais medidas, será possível observar um plano de desenvolvimento em que, diferente da década de 1950, a principal meta seja o respeito à lei e a preservação da integridade humana.

Outros materiais