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Culpabilidade ● para uns é elemento do crime e para outros é pressuposto da aplicabilidade da pena ● possibilidade de se considerar alguém culpado de um crime, um juízo valorativo ● a maior parte da doutrina adota a culpabilidade do fato e não do autor ○ analisar primeiro se é um fato típico ilício e posteriormente receber uma sanção Grau de culpabilidade – grau de culpa ● serve para a dosimetria da pena ● diferente da culpabilidade para saber se vai ou não receber uma pena Culpabilidade = a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de um crime. É uma espécie de juízo de reprovabilidade e de censura exercido sobre alguém que praticou o fato típico e ilícito ● Adota-se a culpabilidade do fato e não a culpabilidade do autor ● Grau de culpabilidade difere de culpabilidade, posto que o primeiro íntegra a fase relativa à dosagem da pena Teoria normativa pura da culpabilidade ● Nasceu com a teoria finalista da ação na década de 30 ● Comprado que o dolo e a conduta, a culpabilidade passa a ser valorativa ou normativa, isto é, um juízo de valor de reprovação, que recaí sobre o autor do injusto penal, excluída de qualquer dado psicológico Elementos da culpabilidade ● Imputabilidade – é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determina-se de acordo com esse entendimento o A regra é que todos são imputáveis, a exceção é a inimputabilidade o Causas que excluem a imputabilidade – doença mental (perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, capaz de afetar a capacidade de entendimento do agente quanto ao caráter criminoso de sua conduta), desenvolvimento mental incompleto (menores de 18 anos ou silvícolas), desenvolvimento mental retardado (individuo abaixo da capacidade psíquica da sua idade), embriaguez o Critérios para aferição da inimputabilidade ▪ Critério biológico – considera apenas se o agente é portador de uma doença mental, tem o desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Existe uma presunção de que o indivíduo não tem a capacidade de entender o caráter ilícito do fato / vide art. 27 CP ▪ Critério psicológico – avalia apenas o momento de crime se o agente tinha ou não condições de entender o caráter ilícito do fato ▪ Critério biopsicológico – combina os dois sistemas anteriores / vide art. 26 CP ▪ Brasil adota o critério biopsicológico o Embriaguez – uma causa capaz de levar a exclusão da capacidade de entendimento e de vontade do agente, em virtude de uma intoxicação transitória causada por álcool ou qualquer outra substância de efeitos psicotrópicos / vide art. 28 inc. II CP ▪ Embriaguez passa por três fases: fase da incitação (macaco), fase da depressão (leão), fase do porco (que dorme) ▪ A embriaguez pode ser acidental e não acidental – pode ser dolosa (voluntaria) ou culposa ● Embriaguez dolosa ou voluntaria não exclui a imputabilidade ▪ Dolosa ou voluntaria – o agente ingere a substância com intenção de embriaga-se; não significa que ele bebe para praticar um crime, ele apenas quer ficar bêbado ▪ Culposa – o agente deseja ingerir a substância, mas sem a intenção de embriagar-se, porém isso vem a acontecer em virtude da imprudência, decorre de um discurso ▪ Completa – retira a capacidade total de entendimento do agente ▪ Incompleta – retira apenas a capacidade parcial de entendimento do agente o Consequências ▪ teoria da actio libera in causa – significa que a ação é livre na causa, ou seja, quando analisa o crime e estava embriagado deve analisar o momento antes da embriaguez ● critica quanto a embriaguez culposa ● Embriaguez não acidental jamais exclui a imputabilidade do agente, seja voluntária, culposa, completa ou incompleta. Isso porquê no momento em que o agente ingeria a substância, possuía consciência e vontade na sua atitude. Mesmo a conduta ilícita tem sido praticado em um estado alcoólico completo, inicialmente surgiu do livre arbítrio do sujeito. Considera-se o momento da ingestão de substância e não da prática delituosa. Sendo assim, a ação é livre na causa. É como se o agente estivesse totalmente sóbrio no momento da conduta ● embriaguez acidental decorre de caso fortuito ou força maior (ex. caso fortuito: o agente sem saber que não podia beber qualquer substancia alcoólica após a ingestão de um forte remédio, assim faz perdendo completamente o poder de compreensão // ex. de força maior: deriva de uma força externa que obriga o agente através de coação física ou moral irresistível a beber bebida alcoólica, perdendo assim o controle sobre suas ações) o Consequências – quando completa exclui a imputabilidade e quando incompleta permite a redução da pena de 1/3 a 2/3 dependendo do caso concreto o afasta-se a teoria da actio libera in causa ● embriaguez patológica ● Embriaguez pré-ordenada – bebe para ter coragem de praticar um crime, além de não afastar a culpa é caso de aumento de pena // vide art. 61 inc. II do CP o emoção e paixão também não afastam a imputabilidade, podem ser apenas causas de redução de pena o semi-imputabilidade – não exclui a imputabilidade, de modo que o agente será condenado pelo fato típico podendo o juiz reduzir sua pena de 1/3 a 2/3 ou impor medida de segurança
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