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Visão Geral -Conceitos para caracterizar sensibilidade ou especificidade de um teste. Ex.: teste rápido de covid- 19 não tem sensibilidade para covid, apenas sensibilidade para detectar anticorpos específicos; testes para HIV tem sensibilidade para o vírus. Ex.: de especificidade de teste de diabetes (muito direcionado). Sensibilidade: busca de doentes, capacidade de detectar pessoas com a doença, medida por verdadeiro positivo/ verdadeiro positivo + falso-negativo. Especificidade: busca de sadios, capacidade de detectar pessoas sem a doença, medido por verdadeiro negativo/ verdadeiro negativo + falso-positivo. Obs.: melhores testes apresentam ambos altos. -Valor preditivo é a probabilidade de um individuo avaliado ter resultado equivalente, verdadeiros + entre todos os + e verdadeiros – entre todos os –. Pode ser positivo por verdadeiro positivo/ verdadeiro positivo + falso-positivo; ou negativo por verdadeiro negativo/ verdadeiro negativo + falso- negativo. Deve ser respeitada a janela imunológica Relações com o Coração -Síndrome coronariana aguda (SCA) vem de uma oclusão da coronária, possui inúmeros sintomas/ condições clinicas: isquemia silenciosa, angina ao esforço, angina instável ou IAM com ou sem supra ST (consequências). Tratamento a partir de avaliação inicial e MONA ou MONAbCH (morfina-oxigênio- nitratos-AAS- betabloqueadores-clopidogel-heparina). -IAM ocorre quando há evidência de necrose miocárdica em contexto clínico de isquemia cardíaca e desconforto torácico, com alteração de marcadores de necrose miocárdica (preferencialmente elevação dos valores de troponina de alta sensibilidade). O ideal são os marcadores da lesão cardíaca acima do percentil 99 do limite máximo de referência e, pelo menos, um dos seguintes parâmetros: 1) sintomas sugestivos de isquemia miocárdica (dor em aperto, dispneia); 2) desenvolvimento de novas ondas Q no ECG; 3) novas alterações significativas no segmento ST, na onda T, ou BRE novo; 4) evidência, em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de nova alteração segmentar de contratilidade ventricular- com padrão isquêmico, sem contractilidade; 5) identificação de trombo intracoronariano (trombose coronária) por angiografia ou necropsia. -Consequências bioquímicas do IAM: cessação do metabolismo aeróbico (impasse na chegada de suprimento); acúmulo de metabolitos nocivos- ácido lático; cessamento da contratilidade miocárdica por alterações ultraestruturais relaxamento miofibrilar gera queda da eficiência – depleção de glicogênio pelo uso de reserva – tumefação mitocondrial e celular devido acúmulos, gera rompimento fácil e despejo dos marcadores bioquímicos. -Fatores que influenciam a gravidade da lesão miocárdica: território suprido pelo vaso acometido; grau e duração da oclusão vascular- total ou parcial; quant. de sangue suprida pelos vasos colaterais aos tecidos afetados; demanda de O2 do miocárdio; fatores endógenos para dissolução do trombo e adequação da perfusão miocárdica na zona e infarto quando o fluxo por recuperado cirurgicamente. -O diagnóstico diferencial entre IAM com ou sem supradesnível do segmento ST depende exclusivamente do aparecimento ou não deste tipo de alteração ao ECG (com supra tem maior mortalidade, pois ocorre obliteração maior de vasos importantes para nutrição cardíaca, gerando complicações, ou seja, depende da extensão do infarto). Já o diagnóstico diferencial entre IAM sem supra x angina instável (AI) depende da presença ou não de marcadores bioquímicos de necrose miocárdica elevados (IAM sem supra mostra elevação). Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Obs.: o pico dos marcadores costuma ser maior quando há oclusão total da artéria. Com supra, tem áreas de isquemia tão prevalente que é detectável pelo ECG a falta de contratilidade. -O diagnóstico de IAM com supra precisa de atenção à curto prazo e o sem supra acompanhamento à longo prazo, pois tendem a apresentar mortalidade posteriormente. -Marcadores bioquímicos da lesão miocárdica: antigamente eram mensurados apenas as enzimas creatinoquinase (CK) total (hoje usa-se mais apenas a CK-MB) e desidrogenase láctica (LDH) para avaliar lesão cardíaca, entretanto estão em desuso por ter baixa especificidade. Por isso, incluiu-se outros, mas ainda são uteis para confirmar o diagnostico em pacientes sugestivos e oferecer informações prognosticas do quadro evolutivo. -Infarto é causado por trombose coronária devido obstrução do lúmen arterial, com diagnóstico advindo de: dor esmagadora no peito (angina pectoris), mudanças do ECG e liberação de enzimas e proteínas do m. cardíaco na corrente sanguínea. A patologia caracteriza-se por redução do suprimento de sangue para o músculo cardíaco ou ruptura de placa de ateroma, trombose e estreitamento. e Marcadores Bioquímicos Cardíacos -Mioglobina: proteína que transporta O2 do sangue p/ músculo, é pouco utilizada nessa função devido baixa especificidade pois refere-se aos músculos em geral (cardíaco, esquelético e liso), presente também na insuficiência renal. Liberada rapidamente pelo miocárdio necrosado, sendo detectável de 1-3h após início de sintomas, com pico entre 6 e 9h e normalização entre 12 e 24h. É o indicador mais precoce para triagem se tiver alto valor preditivo negativo. Sensibilidade age, pois, se os valores estiverem normais após os sintomas, reduz chances de necrose. Mais usado para excluir ou confirmar infarto; -Troponina I e T: são proteínas contidas nas cél musculares do aparelho miofibrilar que constituem o sarcômero. As isoformas I e T, tem sequencias de AA diferentes das proteínas encontradas no m. esquelético (troponina C), e aumentam de 3-12h pós lesão- excedem de 20 a 50 vezes o limite de referência superior (ao 99º percentil) - cTnT atinge o pico de 12 a 48h e os de cTnI em 24h. Liberadas pelas cél lesadas do m. cardíaco e permanecem elevadas por r 5 – 10 dias (I) e 14 (T). Os níveis de cTnT elevam-se em paralelo com a CK-MB, serve como fator prognóstico, mas elas não devem ser utilizadas isoladamente para definir o risco e diagnostico. Possui baixa sensibilidade nas primeiras horas, logo, recomenda-se a Trop- US (troponina de alta sensibilidade) é padrão ouro, de terceira geração, pois permite a detecção em menor tempo após início do quadro isquêmico – menos de 3h. - Os testes da troponina são os testes mais confiáveis para as lesões do coração do que os outros testes (que podem ser positivos nas lesões do músculo esquelético) e porque permanecem elevados durante vários dias (3 a 10 dias). É repetido duas vezes mais 6 a 24h depois para comparar com os valores anteriores, ou 1-3h se for o de troponina de alta sensibilidade. Obs.: troponinas I e T são fraco para avaliar lesão recorrente. -Troponina de alta sensibilidade: padrão ouro pra avaliar infarto e reinfarto, formulada perante o quarto conceito de IAM. -Situações clinicas que geram aumento de TPN sem relação isquêmica cardíaca: embolia pulmonar, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, sepse, AVE, miocardite e etc. nesses casos não há curva, nem elevação nem queda dos valores, sendo um aumento de forma crônica e constante. Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda RealceMaria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Enzimologia Clínica -Uso de enzimas p avaliar função de órgão, possuem como propriedades: inativadas por calor e variações de pH; atua em substratos específicos; sofre catálise; possui atividade enzimática de determinação da atividade biológica de determinado tecido, se houver lesão dele, são encontradas no sangue. -Quanto maior a lesão celular maior permeabilidade ou destruição celular maior atividade enzimática na corrente sanguínea em vez do tecido. Lesões leves tem extravasamento de enzimas no citoplasma e lesões graves refere-se a extravasamento de enzimas do núcleo e das organelas. -Lactato Desidrogenase: enzima não especifica, em quase todos os tecidos do corpo, com certas isoformas (LDI e LDII) mais relacionadas com tecido cardíaco. Era usada em cardiopatias por gráficos, em que o pico de LD1 devia ser menor que o de LD2, se inverte-se era pois tinha alteração cardíaca. -Creatina Cinase: enzima presente em mm. cardíaco e esqueléticos lesados, mas para o coração usa-se isoenzima CK-MB (45% encontra-se no m. cardíaco – muita sensibilidade, baixa especificidade) que aumenta nas primeiras 4 a 6h ou 3 a 12h após o início do IM, com pico em 24h. Era utilizada para avaliar reinfarto, pois rapidamente se regulariza (3 a 4 dias). Causas de aumento da creatina cinase: enfarte de miocárdio; após uma cirurgia; trauma a nível do músculo esquelético (traumatismo muscular ou injeção intramuscular); exercício severo ou fisiológico (neonatal). Referência: homem até 160 U/L e mulher até 130 U/L, nos recém-nascidos de 2 a 3 vezes o valor do adulto elevação de CK-MB em atividade acima de 6% no plasma é indicativo de IAM. Análise Combinada -Dosagens simultâneas das isoenzimas da CK (maior sensibilidade) e LDH1 (maior especificidade), em paciente com suspeita de IM. Coletas: admissão, 24h e 48h (após fase aguda). -Dosar atividade enzimática total, se elevada, dosar FRAÇÕES isoenzimas (CKMB e LDH1 e LDH2)LDH1 > LDH2 (invertida). Exemplo de falta de especificidade gerando fatores de confusão. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce QUADRO-RESUMO: Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce Maria Eduarda Realce
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