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REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 • A axila é o espaço piramidal inferior à articulação do ombro e superior à fáscia axilar na junção entre o braço e o tórax. • É a passagem ou “centro de distribuição”, geralmente protegida pelo membro superior aduzido, das estruturas neurovasculares que servem ao membro superior. • A partir desse centro de distribuição, as estruturas neurovasculares seguem: ➢ Superiormente, pelo canal cervicoaxilar, até a ( ou partindo da ) raiz do pescoço. ➢ Anteriormente, pelo trígono clavipeitoral, até a região peitoral. ➢ Inferior e lateralmente, até o próprio membro. ➢ Posteriormente, através do espaço quadrangular, até a região escapular. ➢ Inferior e medialmente, ao longo da parede torácica, até os músculos toracoapendiculares em posição inferior ( serrátil anterior e latíssimo do dorso ). • A axila tem um ápice, uma base e quatro paredes ( três das quais são musculares )- anterior, posterior, medial ( maior importância para cirurgia de tórax ) e lateral. • Contém vasos sanguíneos axilares ( artéria axilar e seus ramos, veia axilar e suas tributárias ), vasos linfáticos e grupos de linfonodos axilares, todos envolvidos por uma matriz de gordura axilar. • Também contém grandes nervos que formam os fascículos e ramos do plexo braquial, uma rede de nervos unidos uns aos outros, que seguem do pescoço até o membro superior. • Na região proximal, essas estruturas neurovasculares são envolvidas por uma extensão da fáscia cervical, semelhante a uma bainha, a bainha axilar. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 • Possui duas paredes cirúrgicas: a parede anterior e a base: como são duas, há limites superficiais. • Possui três paredes profundas e um ápice. • OBS: COMO SÃO DIVIDIDAS EM DUAS PAREDES CIRÚRGICAS, ESSAS PAREDES TERÃO LIMITES SUPERFICIAIS. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 ÁPICE DA AXILA: • O ápice da axila é o canal cervicoaxilar, a passagem entre o pescoço e a axila, que tem como limites: ➢ Anterior: Clavícula e músculo subclávio. ➢ Posterior: Margem superior da escápula. ➢ Medial: I costela. ➢ Lateral: Processo coracoide da escápula. Principalmente o ligamento coracoclavicular. *Artérias, veias, vasos linfáticos e nervos atravessam essa abertura superior da axila para entrar ou sair do braço. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 LIMITES SUPERFICIAIS ( BASE DA AXILA ): • A base da axila é um limite superficial que consiste em pele côncava, tela subcutânea e fáscia da axila ( muscular ) que se estende do braço até a parede torácica e forma a fossa axilar. Apresenta como limites superficiais ( parede cirúrgica ): ➢ Anterior: Margem ínfero-lateral do músculo peitoral maior (forma a prega axilar anterior ). REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 ➢ Posterior: Margem inferior do músculo latíssimo do dorso ( forma a prega axilar posterior com o músculo redondo maior ). ➢ Lateral: Linha imaginária que vai do limite anterior até o limite posterior da região, tangenciando o braço. ➢ Medial: Linha imaginária que vai do limite anterior até o limite posterior da região, tangenciando o tórax. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 LIMITES SUPERFICIAIS ( PAREDE ANTERIOR ): • Tem como limites superficiais ( parede cirúrgica ): ➢ Superior: 1/3 médio da clavícula. ➢ Inferior: Margem ínfero-lateral do músculo peitoral maior. ➢ Lateral: Margem anterior do músculo deltoide. ➢ Medial: Linha imaginária que vai da margem inferior do músculo peitoral maior até perpendicularmente o 1/3 médio da clavícula. LIMITES PROFUNDOS: • Na abordagem cirúrgica, retirando a parede anterior e a base, os limites profundos são: ➢ Posterior: Escápula e região escapular posterior. ➢ Medial: Costelas, músculo serrátil e espaço intercostal. ➢ Lateral: Úmero: canal bicipital do úmero ( por onde passa a porção longa do bíceps braquial ). PAREDE ANTERIOR: • A parede anterior da axila é um limite superficial e tem duas camadas, formadas pelos músculos peitorais maior e menor, pelas fáscias peitoral e clavipeitoral associadas a eles. A prega axilar anterior é a parte inferior da parede anterior que pode ser apreendida entre os dedos e é formada pelo músculo peitoral maior, quando este se insere pela parede torácica no úmero, e o tegumento sobrejacente. FÁSCIA PEITORAL: • A fáscia peitoral é a continuação da lâmina superficial da fáscia cervical ( pega na clavícula e origina a peitoral ) e recobre o músculo peitoral maior. • Recobre a face anterior do músculo peitoral maior e se bilamina na margem do peitoral menor ( uma lâmina vai por trás do peitoral e outra lâmina segue pela base para encontrar com a fáscia do latíssimo do dorso: forma a fáscia da base da axila ( fáscia axilar, que recebe contribuição do ligamento suspensor da axila )- camada mais profunda de outro plano cirúrgico- plano ): ➢ Platisma, apenas se for em uma região mais superior. ➢ Vasos superficiais ( Ramos da artéria axilar e tributárias da veia axilar ). ➢ Ramos do plexo braquial e ramos supraclaviculares do plexo cervical. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 ➢ Nervos intercostais. Fáscia clavipeitoral: músculo peitoral menor e músculo subclávio: trígono: margem superior do músculo peitoral maior, deltoidea. PLANOS MUSCULOFASCIAL SUPERFICIAL: • Fáscia peitoral. • Músculo peitoral maior. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 • OBS: O limite lateral forma o trígono deltopeitoral, por onde passa a veia cefálica e o ramo deltoide da artéria toracoacromial. • Trígono deltopeitoral: formado pela clavícula, peitoral maior e deltoide e por ele passa a veia cefálica: ramo deltoideo. PLANO MUSCULOFASCIAL PROFUNDO: • Músculo subclávio e fáscia do subclávio, derivada da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. • Fáscia clavipeitoral, continuação da fáscia subclávia e ocupa trígono clavipeitoral ( a fáscia na sua porção inferior é chamada de ligamento suspensor da axila, que se encontra com a fáscia da base da axila ). • Músculo peitoral menor e sua bainha e fáscia. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 OBS: Na fáscia clavipeitoral, há a chegada da veia cefálica ( desemboca na axila e perfura a fáscia ), artéria toracoacromial e ramo do fascículo lateral do plexo braquial ( nervo peitoral lateral ). Fáscia clavipeitoral: músculo peitoral menor e músculo subclávio: trígono: margem superior do músculo peitoral maior, deltoidea. PAREDE POSTERIOR: • A parede posterior da axila é formada principalmente pela escápula e pelo músculo subescapular em sua face anterior e inferiormente pelos músculos redondo maior e latíssimo do dorso. A prega axilar posterior é a parte inferior da parede posterior que REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 pode ser apreendida entre os dedos. Estende-se inferiormente à parede anterior e é formada pelos músculos latíssimo do dorso e redondo maior e tegumento sobrejacente. ➢ A parede medial da axila é formada pela parede torácica e o músculo serrátil anterior sobrejacente. ➢ A parede lateral da axila é uma parede óssea estreita formada pelo sulco intertubercular no úmero. OBS: Sua importância se dá mais pela passagem de estruturas neurovasculares, visto que não é cirúrgica. OBS: A artéria axilar, veia axilar e nervo axilar e a artéria circunflexa posterior do úmero passam lateralmente nessa região. OBS: No trígono, formado pelos músculos redondo e subescapular, há a passagem da artéria circunflexa da escápula. No trígono dos redondos, é formado pelo úmero, margem inferior do músculo subescapular e margem superior do músculo redondo maior. Dividido em espaço triangular e espaço quadrangular. Espaço quadrangular: por onde passa o nervo axilar, artériae veias circunflexas e umerais posteriores. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 Espaço triangular: por onde passa a artéria e veias circunflexas e as escapulares. BASE DA AXILA: • Pele: Presença de muitas glândulas sebáceas. • Tela subcutânea: Presença de muitas glândulas sudoríparas. • Fáscia axilar: formada pela: ➢ Fáscia do Redondo Maior. ➢ Fáscia do Latíssimo do Dorso. ➢ Fáscia do Serrátil Anterior. ➢ Fáscia Braquial. ➢ Porção superficial da lâmina peitoral superficial. ARTÉRIA AXILAR: REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 • Começa na margem lateral da I costela como a continuação da artéria subclávia e termina na margem inferior do músculo redondo maior. • Segue posteriormente ao músculo peitoral menor até o braço e torna-se a artéria braquial quando passa pela margem inferior do músculo redondo maior, geralmente tendo chegado ao úmero. • É dividida em três partes pelo músculo peitoral menor ( o número da parte também indica o número de seus ramos ): ➢ A primeira parte da artéria axilar está situada entre a margem lateral da costela I e a margem medial do músculo peitoral menor. É envolvida pela bainha axilar e tem um ramo- a artéria torácica superior. ➢ A segunda parte da artéria axilar situa-se posteriormente ao músculo peitoral menor e tem dois ramos- as artérias toracoacromial e torácica lateral- que seguem medial e lateralmente ao músculo, respectivamente. ➢ A terceira parte da artéria axilar estende-se da margem lateral do músculo peitoral menor até a margem inferior do músculo redondo maior e tem três ramos. A artéria subescapular é o maior ramo da artéria axilar. Distalmente à origem dessa artéria, se originam as artérias circunflexa anterior posterior do úmero, às vezes por meio de um tronco comum. ARTÉRIA TORÁCICA SUPERIOR: • Segue em sentido inferomedial posteriormente à veia axilar e irriga o músculo subclávio, músculos no 1 e 2 espaços intercostais alças superiores do músculo serrátil anterior e músculos peitorais sobrejacentes. • Anastomosa-se com as artérias intercostal e/ou torácica interna. ARTÉRIA TORACOACROMIAL: • Perfura a membrana costacoracoide e divide-se em quatro ramos: acromial, deltóideo, peitoral e clavicular, profundamente à parte clavicular do músculo peitoral maior. OBS: O ramo peitoral da artéria toracoacromial irriga a mama. ARTÉRIA TORÁCICA LATERAL: • Tem origem variável. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 • Irriga os músculos peitoral, serrátil anterior e intercostal, os linfonodos axilares e a face lateral da mama. ARTÉRIA SUBESCAPULAR: • É o ramo de maior diâmetro e de menor comprimento. • Desce ao longo da margem lateral do músculo subescapular na parede posterior da axila. • Divide-se nas artérias circunflexa da escápula e toracodorsal. ARTÉRIA CIRCUNFLEXA DA ESCÁPULA: • Segue posteriormente entre os músculos subescapular e redondo maior para irrigar os músculos no dorso da escápula. • Participa das anastomoses ao redor da escápula. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 ARTÉRIA TORACODORSAL: • Continua o trajeto geral da artéria subescapular até o ângulo inferior da escápula e irriga os músculos adjacentes, sobretudo o latíssimo do dorso. • Participa das anastomoses arteriais ao redor da escápula. VEIA AXILAR: • Situa-se inicialmente ( distalmente ) na face anteromedial da artéria axilar, e sua parte terminal está posicionada anteroinferiormente à artéria. • Essa grande veia é formada pela união da veia braquial ( as veias acompanhantes da artéria braquial ) e da veia basílica na margem inferior do músculo redondo maior. • Tem três partes que correspondem às três partes da artéria axilar. Assim, a extremidade inicial distal é a terceira parte, enquanto a extremidade proximal terminal é a primeira. • A veia axilar ( primeira parte ) termina na margem lateral da costela I, onde se torna a veia subclávia. • A veia axilar recebe, direta ou indiretamente, as veias toracoepigástricas, que são formadas pelas anastomoses das veias superficiais da região inguinal com tributárias REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 da veia axilar ( geralmente a veia torácica lateral ). Essas veias constituem uma via colateral que permite o retorno venoso em caso de obstrução da veia cava inferior. • A veia axilar recebe a veia cefálica em seu final. LINFONODOS AXILARES: • O tecido conjuntivo fibroadiposo da axila ( gordura axilar ) contém muitos linfonodos. • Os linfonodos são organizados em cinco grupos principais: peitoral, subescapular, umeral, central e apical. • Os grupos estão dispostos de um modo que reflete o formato piramidal da axila. • Os linfonodos peitorais ( anteriores ) consistem de três a cinco linfonodos situados ao longo da parede medial da axila: os linfonodos peitorais recebem linfa principalmente da parede torácica anterior, aí incluída a maior parte da mama. • Os linfonodos subescapulares ( posteriores ) consistem em seis ou sete linfonodos situados ao longo da prega axilar posterior e vasos sanguíneos subescapulares. Esses linfonodos recebem linfa da face posterior da parede torácica e região escapular. • Os linfonodos umerais ( laterais ) consistem em quatro a seis linfonodos situados ao longo da parede lateral da axila, mediais e posteriores à veia axilar. Esses linfonodos recebem quase toda a linfa do membro superior, com exceção daquela conduzida por vasos linfáticos que acompanham a veia cefálica. • Os vasos linfáticos eferentes desses três grupos seguem até os linfonodos centrais, cujos vasos eferentes seguem até os linfonodos apicais, localizados no ápice da axila, ao longo da veia axilar. • Por fim, esses vasos eferentes unem-se para formar o tronco linfático subclávio, embora alguns vasos podem drenar através dos linfonodos claviculares ( infraclaviculares e supraclaviculares ). Uma vez formado, o tronco subclávio pode receber os troncos jugular e broncomediastinal no lado direito para formar o ducto linfático direito. No lado esquerdo, o tronco subclávio une-se com maior frequência ao ducto torácico. CONTEÚDO NERVOSO: • Fascículos do plexo braquial: ➢ Envolvem a artéria axilar. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 CIRCULAÇÃO COLATERAL ( ANASTOMOSES PERIESCAPULARES ): • A importância da circulação colateral propiciada por essas anastomoses torna-se aparente quando é necessário ligar uma artéria subclávia ou axilar lacerada. • Formada por: ➢ Artéria dorsal da escápula. ➢ Artéria supraescapular. ➢ Artéria subescapular: através da artéria circunflexa da escápula ou com a circunflexo posterior do úmero. • A oclusão súbita geralmente não dá tempo suficiente para o desenvolvimento de circulação colateral adequada. ➢ Ela é mais eficiente em casos de oclusão lenta das artérias. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 Ligamento suspensor: continuação da fáscia clavipeitoral. Parede posterior: Trígono dos redondos: na parede posterior, devido a relação com os músculos redondos: Delimimitalçao: úmero Espaço quadrangular e espaço triangular. REGIÃO AXILAR Resumo de Bárbara Behrens 20.1 Forame supraescapular: incisura e kugamento superior da escápula: por ele passa o nervo supraescapular, mas não passa a artéria supraescapular. Parede medial Parede lateral: músculo bíceos vraquail, coracobraquial e Pele, subcutânea com platisma, vasos: artérias e veias tributarias da veia axilar e nervos: ramos de 2 plexos e nervos intercostais. Plexo braquial: ramos terminais, peitoral lateral, peitoral medial, subescapulares, cutâneo medial do braço e cutâneo medial do antebraço. Fascículo medial e fascículo lateral. Disecção posterior: trígono dos redondos: entre o subescapular e redondo Trígono deltopeitoral: formado pela clavícula, peitoral maior e deltoidee por ele passa a veia cefálica: ramo deltoideo. Espaço triangular ( medial ) e quadrangular ( lateral ): M: ponto de reparo da dessecção da axila: nervo musculocutâneo, mediano e ulnar. Músculo peitoral menor: PORTA DE ENTRADA PARA VASOS AXILARES. Região axilar tem gânglios, que podem ser biopsiada. Trígono clavipeitoral: Clavícula e musculo subclávio, margem d peitoral menor e deltoide Trígono Deltopeitoral: entre o deltoideo e o peitoral Linfonodo sentinela
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