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Resumo - saúde coletiva (1)

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RESUMO - SAÚDE COLETIVA PRIMEIRO SEMESTRE PSICOLOGIA AV1
Assuntos:
● O que tinha antes do SUS
● Criação do SUS
● As leis orgânicas do SUS
● Pacto pela vida, pacto de gestão e pacto em defesa do SUS
● Rede de atenção à saúde
I. O QUE TINHA ANTES DO SUS
- organização sanitária no Br -
1. Período Colonial
● A solicitação de serviços médicos era feita mediante cartas ao rei.
● Primeira Santa Casa = Em 1543 (em Santos SP)
- depois foram criadas em Olinda, Bahia, RJ, Belém e São Paulo
● A assistência em saúde se dava por meio de caridade.
● A partir de 1828 as responsabilidades da saúde pública foram atribuídas às
municipalidades.
2. Período Imperial
● Inspetoria Geral de Higiene, Inspetoria Geral de Saúde nos Portos, Conselho
Superior de Saúde Pública.
● Medidas de Higiene voltadas para crianças e adolescentes - escolas e fábricas.
● Dificuldades na condução de epidemias com ações equânimes.
3. República
● O estado só intervinha nas situações em saúde quando o caso era extremo, ou seja,
quando o indivíduo e a iniciativa priv. não conseguiam resolver.
● PERIODO MARCADO POR - separação das ações em saúde pública e assistência
médico-hospitalar.
● Criação do departamento nacional de saúde pública (DNSP) - movimento por
mudanças na organização sanitária.
Campanhas Sanitárias:
● Oswaldo Cruz -
● Carlos Chagas -
● Emílio Ribas -
1910:
● Ações periódicas voltadas para doenças específicas e/ou vacinação.
● Não existia Ministério da Saúde
● As questões em saúde pública vinculavam-se ao ministério da justiça e
Negócios Interiores.
● 1923 - Lei Elói Chaves
● 1934 - IAPs
● 1967 - INPS
● 1977 - INAMPS
● Caixas de aposentadoria e pensões - CAP's
- Saúde, medicina preventiva e medicina do trabalho
- Instituto nacional da previdência social (INPS)
● Financiamento de hospitais privados ;
● Credenciamento de hospitais para a compra de serviços pelo INPS;
● Convênio com empresas, através do qual o INPS lhes devolvia parte da contribuição
previdenciária desde que elas assumissem os encargos de assistência médica e
seus empregados.
- INAMPS
● O Instituto Nacional de Assistência Médica da previdência social se constitui como a
política pública de saúde que vigorava antes da criação do SUS e foi extinta pela lei
federal 8.689, em 1993.
● O antigo instituto era responsável pela assistência médica aos trabalhadores que
contribuem com a previdência social.
● Os setores da população que não faziam esta contribuição não podiam acessar
estes serviços.
II. A CRIAÇÃO DO SUS
"A proposta do SUS está vinculada a uma ideia central: todas as pessoas têm direito a
saúde"
1. VIII conferência nacional de saúde.
- 5 dias de debates, mais de 4 mil participantes, 135 grupos de trabalho e objetivos
muito claros: contribuir para a formulação de um novo sistema de saúde e subsidiar
as discussões sobre o setor na futura constituinte. A oitava conferência nacional de
saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos momentos mais
importantes na definição do sistema único de saúde (SUS) e debateu 3 temas
principais:
● A saúde como dever do estado e direito do cidadão.
● A reformulação do sistema nacional de saúde.
● O financiamento setorial.
- Constituição de 1988 -
- Conhecida como "constituição cidadã, pelo seu caráter democratico, participativo e
voltado para o reforço de cidadania."
- fundamental princípio = dignidade humana.
● Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas
sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
● Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
● Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
- I. descentralização, com direção única em cada esfera de governo.
- II. atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços.
- III. Participação da comunidade.
● Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
- I. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema
único de saúde.
- II. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
- III. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros
na assistência à saúde no país, salvo nos casos previstos em lei.
- IV. A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de
órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
● Art. 200. Ao SUS compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
- I. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse
para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos.
- II. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as
de saúde do trabalhador.
- III. Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
- IV. Participar da formulação da política e da execução das ações de
saneamento básico.
- V. Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e
tecnológico.
- VI. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendendo o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.
- VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
- VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.
III. AS LEIS ORGÂNICAS DO SUS
1. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
- Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde,
bem como sobre a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
- Explica que a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
2. Princípios do SUS
● Doutrinas:
- Universalidade
- Equidade
- Integralidade
● Organizativos - Regionalização, descentralização, hierarquização, participação
popular.
3. Lei 8.142 de 28 de Dez. de 1990
- Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá
outras providências.
● Participação da comunidade - conselhos de saúde: a responsabilidade do controle
social democratico do SUS.
● Conferências de saúde.
● Plano nacional de saúde - plano estadual de saúde e plano municipal de saúde.
● Para receber o repasse financeiro - conselho de saúde, fundo de saúde, plano de
saúde, relatórios de gestão.
IV. PACTO PELA VIDA - PACTO DE GESTÃO E PACTO EM DEFESA DO SUS.
1. Pacto pela vida
● O pacto pela vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de
prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população
brasileira.
● A definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais,
estaduais, regionais ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser
agregadas às prioridades nacionais, conforme pactuação local.
- Saúde do idoso
- controle do câncer de colo de útero e de mama.
- Redução da mortalidade infantil e materna.
- Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e
endemias.
- promoção da saúde.
- Fortalecimento da atenção básica.
2. Pacto em defesa do SUS
● Diretrizes:
- Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto
com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o SUS comopolítica pública.
● Iniciativas:
- Repolitização da saúde, como um movimento que retoma a reforma sanitária
brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS.
- Promoção da cidadania como estratégia de mobilização social tendo a
questão da saúde como um direito.
- Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema.
● Ações: \
- Articulação e apoio a mobilização social pela promoção e desenvolvimento
da cidadania, tendo a questão da saúde como um direito.
- Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais
do SUS.
- Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em
especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania.
- Elaboração e publicação da carta dos direitos dos Usuários do SUS.
3. Pacto de Gestão
● Diretrizes:
- Descentralização
- Programação pactuada integrada (ppi)
- Regionalização
- Regulação da atenção à saúde.
- Educação em saúde
- Financiamento
- participação e controle social
- planejamento
- gestão do trabalho.
V. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
4. Redes de atenção à saúde (RAS)
● Definição - São redes de atenção à saúde poliárquicas de conjuntos de serviços de
saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma
ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e
integral a determinada população.
RESUMO SAÚDE COLETIVA - AV2
Assuntos:
● PNH - política nacional de humanização.
● Saúde/ doença/ cuidado.
● DSS - determinantes sociais de saúde.
● Gestão em saúde.
● Atributos para a gestão.
● Processo de trabalho em saúde.
I. PNH - POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO.
- Lançado em 2003, a PNH busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano
dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar.
- A partir desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos de ação
para promover e disseminar inovações nos modos de fazer saúde.
- A partir da análise de problemas e dificuldades em cada serviço de saúde e tomando
por referência experiências bem sucedidas de humanização, a PNH tem sido
experimentada em todo o país. Existe um SUS que dá certo, e dele partem as
orientações da PNH, traduzidas em seu método, princípios, diretrizes e dispositivos.
● PNH - método.
- Produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho.
(Trabalhadores-Gestores-usuarios)
- comunicação.
- Inclusão para estimular a produção de novos modos de cuidar e novas
formas de organizar o trabalho.
● Como incluir os diversos segmentos?
- Rodas de conversa.
- Incentivo às redes.
- movimentos sociais
- gestão de conflitos.
● PNH - Princípios.
- Transversalidade
- indissociabilidade entre atenção e gestão.
- Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos.
● PNH - Diretrizes.
- Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular
necessidade de saúde.
- Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades
do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuários a
tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das
práticas de saúde.
● Gestão participativa e cogestão.
- Congestão expressa tanto a inconclusão de novos sujeitos nos processos de
análise e decisão quanto a amplificação das tarefas de gestão - que se
transforma também em espaço de realização de análise dos contextos, da
política em geral e de saúde em particular, em lugar de formulação e de
pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo.
● Ambiência.
- Criar espaços saudáveis, acolhedores, e confortáveis, que respeitem a
privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares
de encontro entre as pessoas.
● Clínica ampliada e compartilhada.
- A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é
contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que
considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo
saúde-doença.
● Valorização do trabalhador.
- É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na
tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e
qualificar os processos de trabalho.
● Defesa dos direitos dos usuários.
- Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado
sobre sua saúde, e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e
alegria com sua rede social.
II. SAÚDE - DOENÇA - CUIDADO
- compreensão da totalidade.
1. Modelo holístico.
● Vem da medicina hindu e chinesa (antiguidade)
● noção de equilíbrio = origem da medicina holística.
● saúde = entendida como o equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o
organismo humano.
● Um desequilíbrio desses elementos permitiria o aparecimento da doença.
● A causa do desequilíbrio estaria relacionada ao ambiente físico, tais como os astros,
o clima, os insetos e etc.
● Cuidado significa a busca pela saúde que, nesse caso, está relacionada a busca do
equilíbrio do corpo com os elementos internos e externos.
2. Modelo empírico - racional (hipocrático)
● A tentativa dos primeiros filósofos (séc. VI a.c) era encontrar explicações não
sobrenaturais para as origens do universo e da vida, bem como para a saúde e
doença. Hipócrates (séc. VI a.c) estabeleceu a relação homem/meio com o
desenvolvimento de sua teoria dos humores, teria que defendia que os elementos
água, terra, fogo, e ar estavam subjacentes a explicação sobre a saude e doença .
● Saúde, na concepção hipocrática, é fruto do equilíbrio dos humores; a doença é
resultante do desequilíbrio deles, e o cuidado depende de uma compreensão desses
desequilíbrios para buscar atingir o equilíbrio.
3. Modelo de medicina científica ocidental (biomédico)
- Descartes= verificar, analisar, sintetizar, enumerar.
● Este modelo entende a doença como:
- Desajuste ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou ausência
de reação aos estímulos cuja ação está exposta (...), processos que
conduzem a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um
sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais.
4. Modelo Sistêmico.
● A noção de sistemas incorpora a ideia de todo, de contribuição de diferentes
elementos do ecossistema no processo de saúde-doença, fazendo assim um
contraponto à visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico.
5. Modelo Processual ( modelo da história natural das doenças).
● O modelo HND visa ao acompanhamento do processo saúde-doença em sua
regularidade compreendendo as inter relações do agente causador da doença, do
hospedeiro da doença e do meio ambiente e o processo de desenvolvimento de uma
doença. Esta forma de sistematização ajuda a compreender os diferentes métodos
de prevenção e controle das doenças.
● O sistema de história natural das doenças.
- Pré-patogênicos: Interação entre os fatores do agente, do hospedeiro e do
meio ambiente.
- Patogênico: Interação com um estímulo externo, apresenta sinais e sintomas
e submete-se a um tratamento.
● Determinação do processo saúde-doença.
- Processo dinâmico, complexo e multifatorial.
- Engloba dimensões biológicas, psicológicas, socioculturais, econômicas,
ambientais e políticas. (Processo complexo)
6. Cuidado em saúde.
● Se baseia no uso de tecnologias duras e leves. As tecnologias duras correspondem
às máquinas/ tecnologias, e as leves = construção de relações.
● Espaços intercessores = vínculos com os pacientes - vínculo/ cuidado.
● O cuidado em saúde é uma ação integral fruto do entre-relações de pessoas, ou
seja, ação integral como efeitos e repercussões de interações positivas entre
usuários, profissionais e instituições, que são traduzidas em atitudes, tidas como:
Tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo.
- O cuidar em saúde é uma atitude interativa que inclui o envolvimento e o
relacionamento entre o envolvimento e o relacionamento entre as partes,
compreendendo o acolhimento com escuta do sujeito, respeito pelo seu
sofrimento e história de vida.
- Cuidar é mais que um ato, é uma atitude. Portanto, abrange maisque um
momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação,
de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.
III. DSS - DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE.
1. Estudo sobre o DSS.
- Saúde do ponto de vista socioeconômico - mecanismo de produção das iniquidades
= contrário à equidade.
● O principal desafio dos estudos sobre as relações entre determinantes sociais e
saúde consiste em estabelecer uma hierarquia de determinações entre os fatores
mais gerais de natureza social, econômica, política e as mediações através das
quais esses fatores incidem sobre a situação de saúde de grupos e pessoas, já que
a relação de determinação não é uma simples relação direta de causa e efeito.
- Não basta somar os determinantes de saúde identificados em estudos com
indivíduos para conhecer os determinantes de saúde no nível da sociedade.
- Fatores: Individuais e coletivos.
2. O que entendemos por DSS.
- São fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/ raciais, psicológicos, e
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus
fatores de risco na população.
- A comissão homônima da Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma
definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as
pessoas vivem e trabalham.
- Nancy Krieger (2001) introduz um elemento de intervenção ao defini-los como os
fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que
potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação.
- Tarlov (1996) Propõe, finalmente, uma definição bastante sintética ao entendê-los
como as características sociais dentro das quais a vida transcorre.
3. Modelo de Diderichsen e Hallqvist.
- O outro modelo, proposto por Diderichsen et al, permite também identificar alguns
pontos de incidência de políticas que atuem sobre mecanismos de estratificação
social e sobre os diferenciais de exposição de vulnerabilidade e de suas
consequências.
● De que maneira o conhecimento dos DSS contribuem para o planejamento e
realização de intervenções em saúde?
4. A comissão nacional sobre os DSS (CNDSS)
- Compromissos: Com a ação, com a equidade, com a evidência.
● Os principais objetivos da CNDSS são:
- Produzir conhecimentos e informações sobre os DSS no Brasil.
- Apoiar o desenvolvimento de políticas e programas para a promoção da
equidade em saúde.
- Promover atividades de mobilização da sociedade civil para a tomada de
consciência e atuação sobre os DSS.
IV. GESTÃO EM SAÚDE.
1. A gestão.
- Necessidades de saúde: Problemáticas, desafios, tomada de decisão.
● Para que o sistema funcione como deve:
- Administrar recursos.
- Comprar
- Contratar.
- Construir
- Reformar
- Trabalho em equipe
- Planejar
- Avaliar
- Executar
- Monitorar
● Fazer gestão significa, em essência, ter foco em resultados, considerando objetivos
e metas preestabelecidas.
● Fazemos gestão com base em todos os processos já enunciados além de outros,
em decorrência de problemas para resolver, problemas que a sociedade tem e para
os quais demanda soluções. Fazemos gestão em função de expectativas de um
futuro melhor do que o presente.
● Fazemos gestão porque é preciso transformar a realidade, as condições materiais,
inclusive simbólicas.
● Fazemos gestão porque queremos um mundo diferente. A sociedade se move e
pretendemos que seja na direção de melhores condições de vida, em todos os
campos.
● Prioridades:
- Políticas públicas
- Demandas em saúde
- tecnologias
- complexidades
- Solucionar problemas sanitários.
● Tarefa da Gestão: Propiciar e facilitar a organização da sociedade para que
possamos enfrentar os desafios e superar os problemas que nos impedem de viver
mais e melhor.
2. Atributos da Gestão.
● Governança: Compreende um conjunto de dispositivos e práticas inerentes ao
modelo, que é capaz tanto de empoderar o sistema como de permitir que ele seja
responsável perante demandas da sociedade e dos organismos superiores à gestão.
● Profissionalização: A profissionalização da gestão compreende que esta deva ser
configurada com dispositivos técnicos suficientes e adequados aos objetivos
organizacionais, operando tanto os meios/ recursos, quanto à gestão de resultados.
● Financiamento: Este atributo refere-se a toda a dimensão econômico-financeira da
gestão. Deve ser compreendido tanto no que concerne a dimensão do financiamento
adequado (volume de recursos aplicados a saúde e em bases de equidade -
recursos em volume suficiente para o funcionamento dos hospitais), quanto às
fontes e as origens desses recursos (se públicas ou privadas e para quais itens
exatamente), e ainda as modalidades de pagamento aplicáveis aos serviços.
● Gestão dos recursos humanos: Natureza da organização de saúde impõe que a
gestão do trabalho seja fortemente dependente dos profissionais, pois estes são os
mais responsáveis pela eficiência e a qualidade dos processos e resultados
alcançados. Os mecanismos de gestão de recursos humanos, são, portanto,
altamente críticos e cruciais para o sucesso do trabalho organizacional; logo, essa
gestão deve ser entendida como parte da própria gestão do trabalho.
● Tecnologia de Informação: É compreendida como suporte tecnológico, por meio do
qual os sistemas de informação são operados de modo a registrar, processar e gerar
informações confiáveis, integradas, em tempo oportuno, adequadas às
necessidades e de fácil alcance e compreensão dos seus distintos usuários. Tem por
objetivo subsidiar os processos de tomada de decisão de natureza estratégica,
tática, ou operacional nas áreas clínica e administrativo-financeira. Esse processo
deve contribuir para a integração informativa, ocupando um papel estratégico como
veículo para o processo de comunicação organizacional.
● Organização do cuidado: Como atributo do modelo de gestão, deve ser
compreendida como aquela que melhor medeia o modelo propriamente dito de
gestão, com os atributos relacionados à missão da organização. A organização do
cuidado trata, portanto, dos mecanismos, instrumentos e das práticas de atenção
que viabilizem o cumprimento dos objetivos assistenciais do hospital, em
conformidade com padrões, mais uma vez, de eficiência e qualidade. Esse atributo
compreende o próprio perfil assistencial do serviço, incluindo objetivos e metas de
produção pactuados no sistema.
3. Qualidade do desempenho do sistema de saúde.
● Efetividade: Grau com que a assistência, os serviços e as ações atingem os
resultados esperados
● Acesso: Capacidade das pessoas para obter os serviços necessários no lugar e no
momento certos.
● Eficiência: Relação entre o ponto da intervenção de saúde e os recursos utilizados.
● Respeito ao Direito das Pessoas: Capacidade do sistema de saúde para assegurar
que os serviços respeitem o indivíduo e a comunidade e estejam orientados às
pessoas.
● Aceitabilidade: Grau com que os serviços de saúde ofertados estão de acordo com
os valores e as expectativas dos usuários e da população.
● Continuidade: Capacidade do sistema de saúde para prestar serviços de forma
ininterrupta e coordenada entre diferentes níveis de atenção.
● Adequação: Grau com que os cuidados prestados às pessoas estão baseados no
conhecimento técnico-científico existente.
V. PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE.
1. Quais os sentidos atribuídos ao trabalho?
● O trabalho vivo em ato: a produção na saúde realiza-se, sobretudo, por meio do
trabalho vivo em ato, isto é, o trabalho humano no exato momento em que é
executado e que determina a produção do cuidado.
● O processo de trabalho em saúde é a forma como os trabalhadores de saúde
realizam a produção dos serviços.
● O indivíduo que se insere direta ou indiretamente na prestação de serviços de
saúde, no interior dos estabelecimentos de saúde ou em atividades de saúde,
podendo deter, ou não, formação específica para o desempenho de funções
atinentes ao setor. O mais importante na definição de trabalhador de saúde é a
ligação com o trabalho no setor ou atividade de saúde, independente da formação
profissional ou capacitaçãodo indivíduo.
2. Trabalho em equipe.
● Diferenças entre trabalho em grupo X trabalho em equipe.
- Liderança é forte, clara e concentrada X liderança é compartilhada
- Disponibilidade individual X Disponibilidade individual e mútua
- O propósito do grupo é o mesmo que a missão da organização. X O
propósito é específico e a equipe mesma formula ou cria.
- Os produtos do trabalho são individuais. X Os produtos do trabalho são
coletivos.
- Manejo de reuniões mais eficientes X Manejo de discussões abertas e
reuniões de resolução ativa de problemas.
- Mede sua efetividade de forma indireta por meio da influência sobre os
outros. X Mede seu desempenho de forma direta por meio da avaliação dos
produtos coletivos.
- Discute, decide e delega X Discute, decide e realiza o trabalho de forma
conjunta.
● Equipe de agrupamento.
- As ações são realizadas de forma paralela, sem interação e articulação entre
seus componentes.
● Equipe de integração.
- Há interação e articulação entre os componentes.
- O trabalho realizado pelas equipes interativas produz resultados mais
significativos para todos os envolvidos no processo de produção do cuidado,
com melhores resultados em especial para os usuários.
3. Força de trabalho em saúde.
● 2º Conferência nacional de recursos humanos - 1993.
- Foi na 2º conferência que se deu a criação de câmaras técnicas de recursos
humanos, vinculadas aos conselhos de saúde e que, anos após, elaborou a
proposta Norma Operacional Básica de Recursos Humanos para o SUS, que orienta
as questões relativas aos recursos humanos para o SUS.
● 3º Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
- Gestão do trabalho: Desprecarização dos vínculos de trabalho no SUS;
planos de carreira, cargos e salários para o SUS; negociação e regularização
do trabalho em saúde.
- Gestão da educação na saúde: Formação para o SUS.
● CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimento de saúde
4. Gestão do trabalho em saúde.
- I) O trabalhador é percebido como sujeito e agente transformador de seu ambiente e
não apenas um mero recurso humano realizador de tarefas previamente
estabelecidas pela administração local.
- II) Nessa abordagem, o trabalho é visto como um processo de trocas, de
criatividade, com participação e corresponsabilização, de enriquecimento e
comprometimento mútuos.
- III) Essa política pressupõe a garantia de requisitos básicos para a valorização do
trabalhador da saúde e do seu trabalho com proteção social; Espaços de discussão
e negociação das relações de trabalho em saúde, com mesas de negociação
permanente e comissões locais de negociação de condições de trabalho;
capacitação e educação permanente dos trabalhadores; humanização da qualidade
do trabalho, dentre outros.
5. Gestão da educação em saúde.
● Fomento à educação.
- Basica
- Técnica
- Superior
- Lato sensu.
● Educação continuada.
- A educação continuada caracteriza-se por alternativas educacionais mais
centradas no desenvolvimento de grupos profissionais, seja por meio de
cursos de caráter seriado, seja específicos em determinado campo.
● Educação permanente em saúde.
- Educação permanente consiste em ações educativas embasadas na
problematização do processo de trabalho em saúde e que tenham como
objetivo a transformação das práticas profissionais e da própria organização
do trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das
pessoas e das populações, a reorganização da gestão setorial e a ampliação
dos laços da formação com o exercício do controle social em saúde.
- O desafio da educação permanente é estimular o desenvolvimento da
consciência nos profissionais sobre o seu contexto, pela sua
responsabilidade em seu processo permanente de capacitação.
- É necessário que os serviços de saúde revejam os métodos utilizados em
educação permanente, de forma que este seja um processo participativo
para todos.
- Cenário, o próprio espaço de trabalho, no qual o pensar e o fazer são
insumos fundamentais do aprender e do trabalhar.
- Essa seria uma educação muito mais voltada para a transformação do que
para a transmissão cultural.

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