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Repertórios - Saúde

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DESAFIOS PARA CONSOLIDAR O PROCESSO DE 
ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
DESAFIOS PARA CONSOLIDAR O PROCESSO DE 
ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
• DESAFIO: dificuldades, empecilhos
• CONSOLIDAR : solidificar, estabelecer, fortalecer, 
• PROCESSO: ação continuada, seguimento, decurso, método, sistema, maneira de 
agir ou conjunto de medidas tomadas para atingir algum objetivo.
• ALFABETIZAÇÃO: definição da UNESCO mostra como ela imprescindível.
Segundo a Organização, a alfabetização é um processo de aquisição de
habilidades cognitivas básicas responsáveis por contribuir para o
desenvolvimento socioeconômico da capacidade de conscientização social e da
reflexão crítica como base de mudança pessoal e social.
• Alfabetização: uma habilidade de aquisição cognitiva básica
• Quando nos referimos à alfabetização, consideramo-la como a habilidade de
aquisição cognitiva básica; e estamos falando, portanto, da habilidade de
leitura e escrita. Ainda, de acordo com a UNESCO existem ao todo quatro
eixos de compreensão do que é alfabetização:
1) Ela é resultado de um processo de aquisição de habilidades específicas.
2) É aplicada, praticada e situada de acordo com o contexto.
3) É composta por um processo de aprendizagem e aquisição de habilidades
básicas. Ela precisa ter início, meio e fim, pois servirá de base para o
aprendizado da criança. Primeiro é preciso aprender a ler, para depois ler
para escrever.
4) Ela compreende o domínio do texto, compreensão.
DESAFIOS PARA CONSOLIDAR O PROCESSO 
DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
1- Crianças :
– Entre 2 e 3 anos de idade – os pequenos são estimulados com cores, sons, 
letras e outros itens de forma lúdica. 
– Entre 6 e 7 anos – a partir dessa fase, os alunos já estão prontos e 
preparados para ser alfabetizados, tendo como resultado o estímulo recebido 
lá trás.
2- Jovens e adultos: modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos)
3- alfabetização e letramento indígena
4- Alfabetização Quilombola
5- Alfabetização – minorias 
Tipos de analfabetismo
• O analfabetismo absoluto ou total: o indivíduo recebeu pouca ou nenhuma 
orientação para ler e escrever.A maioria não consegue nem mesmo assinar o 
próprio nome;
O iletrismo: não há compreensão do que lê. Geralmente ligado a um ensino com 
defasagem na escola. No Brasil, a falta de incentivo aos sistemas educacionais é 
um dos causadores do iletrismo;
O analfabetismo funcional: o indivíduo consegue ler e escrever frases curtas, mas 
não compreende seu significado. Sabe decodificar os símbolos, mas não o que eles 
querem dizer.
O analfabetismo tecnológico: o indivíduo não possui informações necessárias para 
operar computadores, celulares, aparelhos eletrônicos e outras ferramentas 
tecnológicas.
1. Formação específica e continuada de
professores: .
2. Materiais pedagógicos
3. Apoio técnico e pedagógico
4. Aproximação entre família e escola
5. Educação inclusiva
6. Educação de jovens e adultos
7- visão limitada da alfabetização (
codificar e decodificar)
8- dificuldades de Caracterizar do
Alunado quanto aos níveis de escrita
Infantil - Atividades Diferenciadas
9- A Ludicidade no Processo de
Alfabetização
10- Não valorizar os saberes natos das
crianças (ponto de partida do processo
de alfabetização.)
11- A Ludicidade no Processo de Alfabetização
12- Não valorizar os saberes natos das crianças
(ponto de partida do processo de alfabetização.)
13- falta de oportunidade de não ter um contato,
desde cedo, com bons livros, boas histórias,
conviver com pessoas leitoras e escritoras, começa
seu processo de letramento muito cedo e com
mais qualidade
14 - especificidades da leitura e da escrita
em ambientes digitais – multiletramento novos
gêneros (como chats, tuítes, posts, e-zines etc.) e
a textos multissemióticos e multimidiáticos, que
consideram, além do escrito, imagens estáticas
(fotos, pinturas, ilustrações, infográficos, desenho)
ou em movimento (vídeos, filmes etc.) e som
(áudios, música) – componentes que também
atribuem significado à mensagem
15- carência de um ambiente alfabetizador (
espaço físico, método utilizado, espaço para as
relações, diferentes formatos de textos, alfabetos,
números, atividades lúdicas, cantinho da leitura,
banco de palavras, mural dos alunos, educador
motivado .......)
Eixo Saúde
1- Doação de órgãos
2- humanização da saúde
3- desafios do SUS
4- DEPRESSÃO PÓS-PARTO
5- ALZHEIMER: CAUSAS, SINTOMAS, 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
6-Tabagismo
7-Alcoolismo
8-Suicídio
9-Depressão
10-Ansiedade
11-Estresse
12-Comportamentos saudáveis
13-Alimentação saudável
14-epidemias 
15-Pandemia 
16-Obesidade
17-expectativa de vida
18-Saúde e a qualidade de vida
19-HIV
20-Vacinação
21-Sedentarismo
22-Estética e Saúde
23-Envelhecimento da população 
(saúde do idoso)
24-O LEGADO DA VIOLÊNCIA URBANA 
PARA A SAÚDE DO BRASILEIRO
25-Drogas psicoativas
26-Cuidados paliativos
27-Aborto
28-Infecções sexualmente 
transmissíveis (IST)
29-Sexualidade
30-Acidentes de trabalho
31-EFEITOS DA GRAVIDEZ PRECOCE
32-OS AVANÇOS DA MEDICINA E SEU 
LEGADO PARA POPULAÇÃO 
BRASILEIRA
33-Nutrição e envelhecimento
34-Violência obstétrica
35-Proteção à maternidade
36-Saúde e responsabilidade social
37-Saúde e comportamento
38-saúde da família
39-Dieta e emagrecimentos
40-Autoexame
41- Câncer de mama
42-Hábitos de consumo
43-Saúde bucal
44-Saúde do homem
45-Saúde da mulher
46-Saúde do adolescente
47-Saúde da criança
48-Nutrição e envelhecimento
49-Qualidade do sono
50- Robótica na medicina
51-Telemedicina 
52-Doação de sangue
53- Automedicação
54-Saúde em um mercado competitivo
55-Mau desempenho escolar ou 
acadêmico- saúde
56-Desnutrição
57-Transgeracionalidade
58-Abuso sexual
59-Aleitamento materno
60-As Emoções e a Saúde Mental
61-Autoconhecimento e 
autocuidado
62-Dengue e saúde
63- Lixo e saúde
64- Meio ambiente e saúde
65- vacinação
Eixo Saúde
O Dia Mundial da Saúde que é comemorado em 7 de 
abril, foi criado pela OMS, em 1948.
•
• O Sistema Único de Saúde (SUS) é um modelo de assistência
à saúde que implica numa nova formulação política e num
desenho organizacional distinto dos serviços e das ações de
saúde, com o objetivo de promoção, proteção e
recuperação da saúde. Entretanto, ainda está em fase de
implantação e construção.
• O SUS é definido como ÚNICO porque segue os mesmos
princípios em todo o território nacional; está sob a
responsabilidade dos governos federal, estadual e
municipal.
Três princípios norteiam o SUS:
1 - Universalidade: a saúde é concebida como direito de
todo e qualquer cidadão e como um dever do Estado.
2 - Equidade: as diferenças individuais (econômicas e
sociais) não podem apresentar impedimentos para o
consumo de bens e serviços de saúde.
• 3 - Integralidade: o homem deve ser visto como um ser
integral, portanto as ações de saúde não podem ser
compartimentalizadas, mas sim conjugadas de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Eixo Saúde
Eixo Saúde
Eixo Saúde
• Byung-Chul Han é um filósofo sul-
coreano que se dedicou a analisar as
estruturas da sociedade do século XXI
para entender como o modelo de
produção da última fase do
capitalismo tem interferido diretamente
na vida psicológica das pessoas. Partindo
da psicanálise, da filosofia
existencialista e de análises sociológicas,
Han tenta entender o vínculo entre
os distúrbios psiquiátricos comuns em
nossos tempos, como a síndrome de
burnout, a depressão e o transtorno de
deficit de atenção e
hiperatividade (TDAH), com o ritmo de
vida que a nossa sociedade cobra das
pessoas.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fases-do-capitalismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/existencialismo-sartre.htm
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/sindrome-burnout.htm
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/depressao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/transtorno-deficit-atencao.htm
Eixo Saúde
• o capitalismo do século XXI aboliu as diferenças
individuais. Todo mundo é capaz de fazer e agir. Todo
mundo é capaz de mudar a sua realidade e a realidadea sua
volta. Todo mundo é empreendedor de si e é capaz de fazer
o que quer que seja, sendo, assim, artífice de si mesmo.
• O problema é que as oportunidades não são iguais para
todos no sistema capitalista neoliberal e nem todo mundo
tem a mesma energia para fazer acontecer, de modo que
sempre existirão excluídos. A ideologia da sociedade do
cansaço, que faz crer que o único responsável pelo
“sucesso” é o indivíduo, cria a necessidade de que as
pessoas estejam sempre ativas, buscando modos de agir, de
empreender, descansando cada vez menos e ficando cada
vez mais fissuradas pela busca do sucesso.
• O ritmo estressante e a busca implacável pelo
empreendimento levam ao adoecimento psicológico.
• Por isso, argumenta Han, são comuns em nossa sociedade a
depressão e a síndrome de burnout, uma condição que
afeta as pessoas que se submetem ao estresse constante e
ao cansaço contínuo.
• São sintomas recorrentes em que é acometido pela
síndrome de burnout a insônia (ou o excesso de sono sem
descanso) e o estresse contínuo, sintomas que também são
recorrentes na depressão e na síndrome do pânico.
• Desse modo, o indivíduo não possui mais amarras que o
prendem fisicamente, mas um sistema em que ele perde a
sua liberdade sem que perceba.
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doencas-psicologicas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/insonia.htm
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/sindrome-panico.htm
Eixo Saúde
• Com argumentação semelhante à
desenvolvida em Sociedade do Cansaço,
Han faz notar a busca incessante pelo
desempenho em nossa sociedade.
• Somos criados para sermos os melhores
em tudo, estabelecendo um ambiente
competitivo que leva o indivíduo a
querer sempre mais e a buscar sempre
uma superação de si, algo que o leva
ao estresse e ao adoecimento.
• Uma característica marcante dessa nova
sociedade é o foco na quantidade.
Quanto mais um indivíduo consegue
produzir, mais destaque ele consegue.
Isso é o imperativo do faça você mesmo,
regido pela lógica de que todos nós
podemos fazer tudo.
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/estresse.htm
• O exercício do direito à saúde está relacionado ao que Michael
Foucault conceitua como biopoder.
• Se, antes, o Estado tinha o poder de causar a morte pela guerra
ou pela pena capital, a partir do século XVII o poder político
assumiu a tarefa de gerir a vida por meio da disciplina dos corpos
ou dos controles reguladores das populações.
• Esses são os dois polos em torno dos quais se desenvolveu a
organização do poder estatal sobre a vida: a disciplina dos corpos
individuais e a regulação biopolítica das populações. Dessa forma,
o nascimento da medicina social e a consequente preocupação
do Estado pela Saúde Pública responderam a esse objetivo. A
função do poder não é mais matar, mas investir na vida.
• Para Foucault, a organização do biopoder foi necessária ao
desenvolvimento do Capitalismo, porque era preciso, por um
lado, inserir os corpos disciplinados dos trabalhadores no
aparelho da produção e, por outro, regular e ajustar as pessoas
aos processos econômicos.
• A saúde, então, torna-se uma mercadoria: a proliferação de
tecnologias médicas sempre mais sofisticadas cria e alimenta a
utopia da saúde perfeita, que se transforma, aos poucos, em uma
ideologia de consumo.
• Portanto, o biopoder apresenta o direito à saúde simplesmente
como o acesso e o consumo de tecnologias, esquecendo-se das
garantias constitucionais que o definem como um direito
individual e um dever do Estado.
• Torna-se, então, imprescindível o investimento em políticas que
garantam a integralidade do direito e não somente o
desenvolvimento do consumo de mercadorias e tecnologias de
saúde.
• Considerando o conceito Biopolítica, abordado por
Michel Foucault, as questões que envolvem a
regulação de determinadas substâncias químicas
estão diretamente vinculadas ao que o autor
chama de disciplinarização da vida.
• O surgimento de uma série de normas regulatórias
funciona como um mecanismo de controle da
sociedade. No entanto, Foucault relata que o
poder soberano sempre defendeu o direito à vida
apenas para as populações sob seu domínio.
• Dessa forma, haveria um controle voltado apenas
para grupos específicos. Nesse contexto, a
epidemia tabagística, consequência de um
capitalismo que pouco valoriza a vida, está
diminuindo nos países desenvolvidos, com as
ações educacionais e programas de controle, e,
simultaneamente, expandindo-se nos países
subdesenvolvidos. Tal análise reflete a
complexidade que é lidar com os movimentos do
capital que preserva a vida de uns em detrimento
da vida de outros.
• O curandeirismo é uma arte ou técnica na qual o praticante — o
curandeiro ou curador — afirma ter o poder de curar, quer
recorrendo a forças misteriosas de que pretensamente disporia,
quer pela pretendida colaboração regular de deuses, espíritos de
luz, de mortos, de animais, etc., que lhe serviriam ou ele
dominaria. Nesse sentido, envolve todo um conjunto de "rezas" e
práticas de sacerdotes/terapeutas, benzedores, xamãs, pajés,
médiums, babalorixás, pais de santo, entre outros nomes como
tais praticantes são designados a depender da região e cultura
local.
• Na história da medicina, desenvolveu-se paulatinamente uma
série de práticas de controle e monopólio do saber médico e
exercício da profissão. Há, portanto, a necessidade de
reconhecimento do saber médico e da eficácia de terapêuticas a
partir de estudos específicos, seja do âmbito da antropologia da
saúde, avaliando o bem estar psicológico, espiritual e social, seja
da clínica médica, havendo também o reconhecimento da prática
como integrante de uma religião reconhecida como tal nos
contexto histórico e geográfico onde se insere.
• Tais processos, tanto podem ser compreendidos como uma forma
de legitimação social, na medida em que não mais se constituem
como um saber popular de amplo domínio das comunidades (ou
de grupos específicos) e requerem uma iniciação/formação e
prática/teórica — a medicina tradicional, até o saber reconhecido
na comunidade científica do atual paradigma, que constitui a
medicina cosmopolita pós-renascentista, alopatia para alguns,
atualmente fundamentada na epidemiologia clínica e revisões
sistemáticas da literatura denominadas por medicina baseada em
evidências.
• O período que se segue ao fim do Império Romano foi marcado pela forte
presença da expansão e consolidação do cristianismo pela Europa. A
medicina, como outros setores da vidas das pessoas, foi influenciada pelo
Cristianismo. Segundo Faith Wallis, o Cristianismo ajudou a definir doença
e cura, a partir da perspectiva de que a religião cristã é a cura, ou seja, a
salvação das pessoas. Assim, o papel de curar era muito relacionado a
representantes da fé cristã.
• A Regra de São Bento, escrito pelo monge Bento de Núrsia (480-547), por
exemplo, descreve a disciplina e organização numa comunidade monástica
cristã, e dentre as funções dos monges, cuidar os doentes era uma delas.
Neste livro, a cura efetuada no monastério era a de doenças espirituais,
nas quais o tratamento incluía banhos, sauna e massagens que limpavam a
corrupção dos humores, o que denota a influência da Medicina Grega
Antiga, com o uso da teoria humoral de Hipócrates. A compreensão dos
monastérios cristãos variava de acordo com as influências sofridas pelas
ordens religiosas nas regiões geográficas e temporalidades em que se
encontravam.
• O livro Lorsch Leechbook, escrito em 795, na Abadia Beneditina de Lorsch,
reforça que a cura verdadeira pode ser feita através de Deus, e que o
médico deve prognosticar a condição da saúde das pessoas. Já o
Leechbook de Bald, também conhecido como Medicinale Anglicum,
escrito no século IX, possui tratamentos de doenças e algumas das
enfermidades, atribuindo suas causas a elfos e goblins. Durante século X,
algumas das vertentes cristãs acreditavam que o fim do milênio traria o
apocalipse, e estes que acreditavam nisto foram denominados de
milenaristas. Estes acontecimentos, então, somados à peste negrae
doenças epidêmicas, eram doenças promovidas pelo Juízo Final.
• A medicina, a partir do século XI, torna-se sinônimo de physica
(em latim quer dizer estudo da natureza). Este período que foi
marcado pela expansão do Império Árabe-Islâmico para Europa, os
quais trazem alguns tratados médicos e filosóficos dos gregos,
bizantinos e indianos, e também seus próprios tratados e
comentários sobre os tratados gregos. O pioneiro que introduziu
os escritos e traduções médicos árabes, na Europa, foi
Constantino, o Africano (1020-1087), de acordo com Lidiane Alves
de Souza.
• A presença árabe influenciou a retomada do estudo da anatomia,
e conectar conhecimentos sobre teoria humoral, astronômia e
fisiologia.
• A Escola de Salerno foi a primeira Universidade de Medicina, na
Europa, que teve seu apogeu durante do século XI até o XIII,
segundo Green. A cidade de Salerno era geograficamente próxima
ao Mar Mediterrâneo, e sofreu várias conquistas neste período, e
contava com comércio muito próximo entre judeus e árabes.
• Em 1070, Constantino, o Africano foi a Salerno e iniciou o primeiro
contato dos escritos traduzidos por ele, nos quais contribuiu para
formação do repertório e estudos desenvolvidos na Escola de
Salerno. Dentre os temas mais pesquisados na Escola de Salerno
estão a medicina feminina, que foi explorado em vários livros
médicos produzidos nesta Universidade. Estes assimilavam várias
contribuições teóricas e práticas da medicina árabe, e da medicina
antiga grega e latina, que foram testadas de forma empírica neste
espaço.
• Cientificismo é a tendência
intelectual ou concepção filosófica
de matriz positivista que afirma a
superioridade da ciência sobre
todas as outras formas de
compreensão humana da
realidade (religião, filosofia,
metafísica, etc.), por ser a única
capaz de apresentar benefícios
práticos e alcançar autêntico rigor
cognitivo. Assim, preconiza o uso
do método científico, tal como é
aplicado às ciências naturais, em
todas as áreas do saber (filosofia,
ciências humanas, artes etc.)
• A Peste Negra (também conhecida como
Grande Peste, Peste ou Praga) foi a
pandemia mais devastadora registada na
história humana, tendo resultado na
morte de 75 a 200 milhões de pessoas
na Eurásia, atingindo o pico na Europa
entre os anos de 1347 e 1351. Acredita-
se que a bactéria Yersinia pestis, que
resulta em várias formas de peste
(septicémica, pneumónica e, a mais
comum, bubónica), tenha sido a causa. A
Peste Negra foi o primeiro grande surto
europeu de peste e a segunda pandemia
da doença. A praga criou uma série de
convulsões religiosas, sociais e
económicas, com efeitos profundos no
curso da história da Europa.
• A Peste Negra provavelmente teve a sua
origem na Ásia Central ou na Ásia
Oriental, de onde viajou ao longo da Rota
da Seda, atingindo a Crimeia em 1343. De
lá, era provavelmente transportada por
pulgas que viviam nos ratos que viajavam
em navios mercantes genoveses,
espalhando-se por toda a bacia do
Mediterrâneo, atingindo o resto da
Europa através da península italiana.
Estima-se que a Peste Negra tenha
matado entre 30% a 60% da população da
Europa. No total, a peste pode ter
reduzido a população mundial de 475
milhões para 350–375 milhões no século
XIV. A população da Europa demorou
cerca de 200 anos a recuperar o nível
anterior e algumas regiões (como
Florença) recuperaram apenas no século
XIX. A peste retornou várias vezes como
surtos até ao início do século XX.
• A gripe espanhola, também conhecida como
gripe de 1918, foi uma vasta e mortal
pandemia do vírus influenza. De janeiro de
1918 a dezembro de 1920, infectou uma
estimativa de 500 milhões de pessoas, cerca de
um quarto da população mundial na época.
Estima-se que o número de mortos esteja
entre 17 milhões e 50 milhões, e
possivelmente até 100 milhões, tornando-a
uma das epidemias mais mortais da história da
humanidade. A gripe espanhola foi a primeira
de duas pandemias causadas pelo
influenzavirus H1N1, sendo a segunda ocorrida
em 2009. Para manter o ânimo, os censores da
Primeira Guerra Mundial minimizaram os
primeiros relatos de doenças e sua
mortalidade na Alemanha, Reino Unido, França
e Estados Unidos. Os artigos eram livres para
relatar os efeitos da pandemia na Espanha,
que se manteve neutra, como a grave
enfermidade que acometeu o rei Afonso XIII.
Tais artigos criaram a falsa impressão que a
Espanha estava sendo especialmente atingida.
Consequentemente, a pandemia se tornou
conhecida como "gripe espanhola."
• Os dados históricos e epidemiológicos são
inadequados para identificar com segurança a
origem geográfica da pandemia, com diferentes
pontos de vista sobre sua origem. A maioria dos
surtos de gripe mata desproporcionalmente os
mais jovens e os mais velhos, com uma taxa de
sobrevivência mais alta entre os dois, mas a
pandemia de gripe espanhola resultou em uma
taxa de mortalidade acima do esperado para
adultos jovens. Os cientistas ofereceram várias
explicações possíveis para esta alta taxa de
mortalidade de 2 a 3%. Algumas análises
mostraram que o vírus foi particularmente
mortal por desencadear uma tempestade de
citocinas, que destrói o sistema imunológico
mais forte de adultos jovens. Por outro lado,
uma análise de 2007 de revistas médicas do
período da pandemia descobriu que a infecção
viral não era mais agressiva que as estirpes
anteriores de influenza. Em vez disso,
asseveraram que a desnutrição, falta de higiene
e os acampamentos médicos e hospitais
superlotados promoveram uma superinfecção
bacteriana, responsável pela alta mortalidade.
• A Revolta da Vacina foi um motim popular ocorrido entre
10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de
Janeiro, então capital do Brasil. Seu pretexto imediato foi
uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação
contra a varíola, mas também é associada a causas mais
profundas, como as reformas urbanas que estavam
sendo realizadas pelo prefeito Pereira Passos e as
campanhas de saneamento lideradas pelo médico
Oswaldo Cruz. No início do século XX, o planejamento
urbano da cidade do Rio de Janeiro, herdado do período
colonial e do Império, não condizia mais com a condição
de capital e centro das atividades econômicas. Além
disso, a cidade sofria com sérios problemas de saúde
pública. Doenças como a varíola, a peste bubônica e a
febre amarela assolavam a população e preocupavam as
autoridades. No intuito de modernizar a cidade e
controlar tais epidemias, o presidente Rodrigues Alves
iniciou uma série de reformas urbanas e sanitárias que
mudaram a geografia da cidade e o cotidiano de sua
população. As mudanças arquitetônicas da cidade
ficaram a cargo do engenheiro Pereira Passos, nomeado
prefeito do Distrito Federal. Ruas foram alargadas,
cortiços foram destruídos e a população pobre foi
removida de suas antigas moradias. Ao médico Oswaldo
Cruz, que assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública em
1903, coube a campanha de saneamento da cidade, que
visava erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a
varíola. Com este intuito, em junho de 1904, o governo
fez uma proposta de lei que tornava obrigatória a
vacinação da população. A lei gerou debates exaltados
entre os legisladores e a população, e, apesar da forte
campanha de oposição, foi aprovada no dia 31 de
outubro.
• O estopim da revolta foi a publicação de um projeto de
regulamentação da aplicação da vacina obrigatória no
jornal A Notícia, em 9 de janeiro de 1904. O projeto
exigia comprovantes de vacinação para a realização de
matrículas nas escolas, para obtenção de empregos,
viagens, hospedagens e casamentos. Previa-se também
o pagamento de multas para quem resistisse à
vacinação. Quando a proposta vazou para a imprensa, o
povo indignado e contrariado iniciou uma série de
conflitos e manifestações que se estenderam por cerca
de uma semana. Embora a vacinação obrigatória tenha
sido o deflagador da revolta, logo os protestos passaram
a se dirigir aos serviços públicos em geral e aos
representantes do governo, em especial contra as forças
repressivas. Um grupo de militares florianistas e
positivistas,com o apoio de alguns setores civis, tentou
se aproveitar do descontentamento popular para
realizar um golpe de Estado na madrugada do dia 14
para o dia 15 de novembro, que, no entanto, foi
derrotado. No dia 16 de novembro, foi decretado o
estado de sítio e a suspensão da vacinação obrigatória.
Dada a repressão sistemática e extinta a causa
deflagradora, o movimento foi refluindo. Na repressão
que se seguiu à revolta, as forças policiais prenderam
uma série de suspeitos e indivíduos considerados
desordeiros, tivessem eles relação com a revolta ou
não. O saldo total foi de 945 pessoas presas na Ilha das
Cobras, 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o
estado do Acre.
• As novas gerações não imaginam que durante bastante
tempo a doença mais fatal no mundo inspirasse a produção
de poetas e escritores, o enaltecimento deles à beleza das
tísicas e a aparências doentes e miseráveis oriundas do
autoabandono. A tuberculose, causadora da morte de 1,5
milhão de pessoas por ano, segundo a OMS, infernizou a
vida de muitos deles no século 19 e mais da metade do
século 20, pois muitos a contraíram a ponto de morrer ou
terem a saúde devastada. A tendência deles à depressão
profunda surtia, na grande maioria dos casos, em vida
desregrada, sem condições de higiene, regada a álcool,
encafifada no fumo e carente de alimentação. Um quadro
de vulnerabilidade extrema, típico para o Mycobacterium
tuberculosis – bacilo motivador da tuberculose – realizar
estragos. A lista de poetas e escritores famosos que tiveram
tuberculose é imensa, como Nelson Rodrigues, Manuel
Bandeira, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Cruz e Sousa,
Álvares de Azevedo, Emily Brontë, John Keats, Lord Byron e
Friedrich Schiller. Fora dela, outros expressaram seus
sentimentos em relação a seus amores, parentes e amigos
portadores da doença. Os versos e relatos geralmente
transmitiam sofreguidão, mas vários encontraram espaços
para expor fina ironia. A riqueza de detalhes serve também
para marcar historicamente tempos em que as alternativas
de terapêutica eram restritas a sanatórios distantes e
próximos da natureza, a alimentação era à base, sobretudo,
de feijão, os doentes eram submetidos a terríveis exames e
procedimentos, no início dos anos 20, como o
pneumotórax, no qual uma agulha penetrava entre os vãos
da costela para injetar ar, a toracoplastia, para afastamento
ou extração cirúrgica de costelas, e a hemoptise, a fim de
expulsar o sangue pela boca.
• O período literário com maior exaltação à
tuberculose foi o do Romantismo no século
18, principalmente pelo movimento
conhecido como Mal do Século, originário da
região anglo-saxônica, e idealizado no Brasil
por diversos poetas considerados mórbido-
pessimistas. Com base no culto do eu,
expressavam, segundo o “Dicionário de
Termos Literários”, de Moisés Massaud,
extremo pessimismo, sensação de perda de
suporte, apatia moral, melancolia difusa,
tristeza, culto do mistério, do sonho, da
inquietude mórbida, tédio irremissível, sem
causa, sofrimento cósmico, ausência da
alegria de viver, fantasia desmesurada,
atração pelo infinito, desencanto em face do
cotidiano, desilusão amorosa, nostalgia, falta
de sentimento vital, depressão profunda,
abulia, resultando em males físicos, mentais
ou imaginários que levam à morte precoce ou
ao suicídio. Imagine esses ingredientes
somados à tuberculose, casos dos poetas
mórbido-pessimistas Castro Alves, Álvares de
Azevedo e Casimiro de Abreu, mortos quando
ainda estavam na fase dos 20 anos por causa
da enfermidade.
• História da Loucura
• Neste livro, o autor põe em xeque concepções
firmadas sob o rótulo de possíveis verdades
científicas, como no campo da medicina
psiquiátrica, em que sua análise crítica atingiu
a operacionalidade terapêutica das noções
tradicionais de sanidade e loucura. Este livro
de Michel Foucault, já um 'clássico' da
filosofia moderna, não pretende fazer a
história dos loucos ao lado, em presença ou
no convívio das pessoas 'normais'; nem a
história da razão em oposição à da loucura.
Trata-se de levantar a história dessa divisão
incessante, porém sempre modificada -
divisão que se produz através de muitas
outras, como as definidas por produção,
trabalho, riqueza, estrutura familiar,
penalidade, coações morais etc. Não é, de
modo algum, a medicina quem definiu os
limites entre a razão e a loucura; no entanto,
desde o século XIX, foram os médicos que se
encarregaram de vigiar a fronteira e montar
guarda na sua cancela. Afixaram nela o rótulo
'doença mental', indicação que vale como
interdição.
• Drauzio Varella é médico cancerologista formado pela USP.
Nasceu em São Paulo, em 1943. Foi um dos fundadores do
Curso Objetivo, onde lecionou química durante muitos
anos. No início dos anos 1970, trabalhou com o professor
Vicente Amato Neto, na área de moléstias infecciosas do
Hospital do Servidor Público de São Paulo. Durante 20 anos,
dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer (SP)
e, de 1990 a 1992, o serviço de Câncer no Hospital do
Ipiranga, na época pertencente ao Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Foi um
dos pioneiros no tratamento da aids, especialmente do
sarcoma de Kaposi, no Brasil. Em 1986, sob a orientação do
jornalista Fernando Vieira de Melo, iniciou campanhas que
visavam ao esclarecimento da população sobre a prevenção
à aids, primeiro pela rádio Jovem Pan AM e depois pela 89
FM de São Paulo. Na Rede Globo, dr. Drauzio participou das
séries sobre o corpo humano, primeiros socorros, gravidez,
combate ao tabagismo, planejamento familiar, transplantes
e diversas outras, exibidas no Fantástico. Em 1989, iniciou
um trabalho de pesquisa sobre a prevalência do vírus HIV
na população carcerária da Casa de Detenção do Carandiru.
Desse ano, até a desativação do presídio, em setembro de
2002, trabalhou como médico voluntário. Atualmente, faz o
mesmo trabalho na Penitenciária Feminina de São Paulo.
Na Amazônia, região do baixo rio Negro, Drauzio Varella
dirige um projeto de bioprospecção de plantas brasileiras
com o intuito de obter extratos para testá-los
experimentalmente em células tumorais malignas e
bactérias resistentes aos antibióticos. Esse projeto, apoiado
pela FAPESP, é realizado nos laboratórios da UNIP
(Universidade Paulista) em colaboração com o Hospital
Sírio-Libanês.
• Sob Pressão
• Sob Pressão mostra a realidade dos hospitais
públicos brasileiros e traz à tona o desafio que
é para os médicos operar nas condições
existentes. A série é protagonizada por
Marjorie Estiano, com sua Drª. Carolina
Alencar, que trabalha em um hospital público
carioca com Dr. Evandro Moreira, personagem
de Júlio Andrade. Ambos precisam lidar não só
com os desafios da Medicina, mas com
escassez de produtos, excesso de pacientes,
corrupção da gestão hospitalar pública, além
da crise de segurança pública brasileira. De
enorme sucesso, a quarta temporada já está
encomendada para ser produzida e deve
chegar em 2020. Além disso, ano passado teve
sua primeira indicação ao Emmy Internacional,
maior premiação da televisão para Marjorie
Estiano como melhor atriz. A trama é exibida
na TV aberta Rede Globo, mas também está
disponível em seu serviço streaming, Globo
Play.
• Dr. House
• Se você gosta de séries médicas com casos
inacreditáveis, Dr. House é uma excelente
pedida. Ela mostra o relacionamento de um
médico que precisa lidar com situações e
momentos desafiadores e, ao mesmo tempo,
com sua própria personalidade, que, em um
primeiro momento, não é nada fácil. O
personagem principal e que leva o título da
série, Dr. Gregory House (Hugh Laurie), é um
famoso médico de Nova Jersey, EUA, que,
apesar de ter um dom brilhante para a área
da Medicina, muitas vezes é questionado por
sua personalidade mal humorada, sarcástica e
narcisista. Isso faz com que, muitas vezes, seu
talento seja colocado em dúvida. A série foi
finalizada em 2012, mas teve 8 temporadas;
foi marcada por grande audiência e
repercussão ao longo do mundo inteiro. É
possível assistir a Dr. House no Amazon Prive e
na televisão aberta,pela Rede Bandeirantes.
• Grey’s Anatomy
• É praticamente impossível falar de séries para
profissionais da saúde e essa não estar no topo da
nossa lista. Quem é apaixonado por um bom roteiro,
com enredos de grandes reviravoltas e muita emoção,
a história protagonizada por Meredith Grey (Ellen
Pompeo) é uma grande recomendação. A série, que
está ao ar há mais de 15 temporadas, acompanha a
personagem desde sua entrada no programa de
residência com outros quatro jovens. Com passar do
tempo, ela enfrenta uma série de desafios da profissão,
com pacientes e familiares que precisam de atenção
necessária de um médico. Quem trabalha na área
médica, principalmente em emergências e cirurgias,
necessita ter um lado mais humano e emocional para
lidar com diferentes momentos, sejam eles, mortes,
doenças severas, acidentes e até mesmo problemas
familiares. Grey’s Anatomy é um pacote cheio para
ensinar o papel do médico nesses momentos. A trama
ainda fica mais forte com a morte de muitos
personagens, na maioria das vezes, personagens
principais. Ela foi criada por Shonda Rhimes e, no ano
de 2020, vai para sua 17ª temporada e com potencial
para muitas outras. Com a compra da ABC pela Disney,
ela estará hoje no serviço streaming Disney+.
• The Good Doctor
• A história do Dr. Shaun Murphy (Freddie
Highmore) é também bem parecida com
a da protagonista de Grey’s Anatomy,
sempre com grandes desafios para
superar seu crescimento profissional, mas
com um grande diferencial: o
personagem é autista. Por esse motivo,
ele é, a todo momento, cobrado de forma
agressiva, principalmente por colegas, e
necessita provar constantemente seu
talento. Hoje, em sua terceira temporada,
The Good Doctor é de grande audiência
para o canal CBS e no Brasil, transmitido
pelo serviço streaming Globo Play.
• Um Estranho no Ninho
• Dirigido por Milos Forman e
adaptado do romance homônimo
de Ken Kesey, o filme é ambientado
em uma clínica psiquiátrica e conta
a história de Randall McMurphy, um
indivíduo de espírito livre que
termina lá fugindo da prisão e lidera
os pacientes em uma rebelião
contra a equipe opressivai, chefiada
pela enfermeira Ratched.
• Clube de Compras Dallas
• Ron Woodroof, um eletricista
heterossexual de Dallas, foi
diagnosticado com AIDS em 1986,
durante uma das épocas mais obscuras
da doença. Embora os médicos tenham
lhe dado apenas alguns meses de vida,
Woodroof se recusou a aceitar o
prognóstico e, procurando tratamentos
alternativos, ele passa a contrabandear
drogas ilegais do México.
• Patch Adams
• Em 1969, após tentar se suicidar,
Hunter Adams (Robin Williams)
voluntariamente se interna em um
sanatório. Ao ajudar outros internos,
descobre que deseja ser médico, para
poder ajudar as pessoas. Deste modo,
sai da instituição e entra na faculdade
de medicina. Seus métodos poucos
convencionais causam inicialmente
espanto, mas aos poucos vai
conquistando todos, com exceção do
reitor, que quer arrumar um motivo
para expulsá-lo, apesar dele ser o
primeiro da turma.

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