Buscar

FISIO - Sistema Endócrino (parte 1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
 
Fisiologia: Sistema Endócrino 
parte 1 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
 
Muitos órgãos são controlados por mensageiros 
químicos, dos quais são subdivididos em algumas 
classes. Alguns mensageiros se ligam a locais de 
recepção específicos por estruturas como os 
axônios de neurônio (neurotransmissores). Outros 
são jogados na corrente sanguínea e percorrem o 
capilar até chegar ao(s) órgão(s) que tem 
receptores específicos para esse mensageiro 
químico ou hormônio. 
Na sinalização extracelular endócrina, a célula 
libera o mensageiro químico na corrente 
sanguínea. Na sinalização extracelular parácrina, o 
mensageiro é liberado no meio extracelular. 
Hormônios Endócrinos: 
Existem três classes gerais dos hormônios 
endócrinos: 
• Proteínas e polipeptídios: são a maioria. 
Secretados pela hipófise anterior e 
posterior, pelo pâncreas (insulina e 
glucagon), pela paratireoide 
(paratormônio), entre outros. São 
hidrossolúveis e armazenados em 
vesículas. 
• Esteroides: Secretados pelo córtex 
adrenal (cortisol e aldosterona), pelos 
ovários (estrogênio e progesterona), pelos 
 
testículos (testosterona) e pela placenta 
(estrogênio e progesterona). São 
lipossolúveis e derivados do colesterol. 
Para que o embrião se desenvolva, a placenta 
precisa estar bem aderida ao endométrio, e por 
isso é preciso que haja uma continuidade das 
secreções – principalmente de progesterona, mas 
também de estrogênio. 
Se há placenta, não há folículo ovariano em 
desenvolvimento. 
• Derivados do aminoácido tirosina: A 
tireoide secreta T3 e T4 – trioxina e 
triiodotironina. A medula adrenal secreta 
epinefrina e norepinefrina – são 
armazenados em grânulos secretores 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
 
Síntese e secreção dos hormônios proteicos e 
peptídicos: 
Um RNA mensageiro sintetiza um pré-pró-
hormônio (não ativo), que é quebrado ainda 
dentro do retículo granular se tornando um pró 
hormônio. Este pró hormônio se encaminha para 
o Golgi onde, por meio de ações enzimáticas, será 
quebrado em moléculas menores e se tornará um 
hormônio ativo armazenado dentro de vesículas. 
Quando houver alguma alteração – ↑ Ca2+ e 
AMPc – ocorrerá a exocitose do hormônio 
sintetizado. 
Feedback negativo – exerce o controle da secreção 
hormonal: 
Depois da liberação do hormônio, condições ou 
produtos decorrentes da ação hormonal no 
tecido-alvo cessam sua liberação. O fator 
controlador não costuma ser a secreção do 
hormônio, mas o grau de atividade no tecido alvo 
– A variável controlada não costuma ser a 
secreção do hormônio, mas o grau de atividade no 
tecido-alvo. Portanto, somente quando a 
atividade no tecido-alvo se eleva até nível 
apropriado, os sinais de feedback para a glândula 
endócrina serão suficientemente potentes para 
 
lentificar a secreção do hormônio. A regulação dos 
hormônios por feedback pode ocorrer em todos 
os níveis, incluindo a transcrição gênica e as etapas 
de tradução envolvidas na síntese de hormônios e 
etapas envolvidas no processamento de 
hormônios ou na liberação dos hormônios 
armazenados. 
Feedback Positivo: 
Ocorre quando a ação biológica de um hormônio 
causa sua secreção adicional. 
• Hormônio Luteinizante (LH): Estrogênio 
(ovários) –estimula hipófise –secreta LH –
estimula mais secreção de estrogênio –
mais LH ... Até atingir o pico de LH e, 
então, ocorrer o feedback negativo. 
Existem variações periódicas da liberação do 
hormônio sobrepostas ao controle por feedback 
negativo e positivo da secreção hormonal, e elas 
são influenciadas por alterações sazonais, várias 
etapas do desenvolvimento e do envelhecimento, 
ciclo circadiano (diário) e sono. Em muitos casos, 
essas variações cíclicas da secreção hormonal se 
devem às alterações da atividade das vias neurais, 
envolvidas no controle da liberação dos 
hormônios. 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
Transporte de Hormônios: 
Os hidrossolúveis são dissolvidos no plasma, 
transportados para os tecidos-alvo, se difundem 
para o líquido intersticial e chegam às células alvo. 
Os esteroides e os hormônios da tireoide circulam 
no sangue, em grande parte, ligados a proteínas 
plasmáticas. Só se tornam ativos quando se 
dissociam destas proteínas. 
Controle da concentração dos hormônios no 
sangue – dosagem sanguínea: 
A concentração de um hormônio no sangue 
depende da intensidade de produção, ou da 
intensidade ou interrupção da remoção do 
hormônio. 
Depuração hormonal: 
• Destruição metabólica pelos tecidos 
• Ligação com os tecidos 
• Excreção na bile pelo fígado 
• Excreção na urina pelos rins 
Mecanismos de ação dos hormônios: 
É necessário que haja uma ligação ao receptor 
específico na célula-alvo, que podem estar na 
membrana ou na sua superfície da célula 
(proteicos, peptídicos e catecolamínicos), no 
citoplasma celular (esteroides) ou no núcleo 
(tireoide). 
Os receptores são grandes proteínas e cada um, 
em geral, é bem específico para cada tipo de 
hormônio. O número e a sensibilidade dos 
receptores celulares são regulados. A ação do 
hormônio é diretamente relacionada à quantidade 
de receptores presentes na célula do tecido-alvo 
ao hormônio. O receptor é ativado pela ligação 
com seu hormônio específico e, assim, iniciam os 
efeitos hormonais. 
• Receptores ligados a canais iônicos: 
Quase todas as substâncias neurotransmissoras se 
ligam a receptores na membrana pós sináptica e, 
a partir daí, há uma alteração na estrutura do 
receptor – abrindo ou fechando o canal para um 
ou mais íons. 
• Receptores ligados à proteína G: 
A ação também pode resultar na abertura ou 
fechamento de canais iônicos. Este receptor tem 
uma face voltada para o exterior da membrana e 
outra para dentro do citoplasma, ligada às 
proteínas G (estimuladoras ou inibitórias). 
Quando ocorre a ligação hormônio-receptor, as 
proteínas G são ativadas e resultam nas ações: 
abrem ou fecham os canais ou, mudam a atividade 
de uma enzima citoplasmática (estimulando ou 
inibindo). 
• Receptores ligados a enzimas: 
Alguns receptores, quando ativados, funcionam 
diretamente como enzimas ou se associam 
estreitamente a elas e atravessam a membrana 
apenas uma vez. Exemplo disso é o receptor da 
leptina. 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
• Receptores hormonais intracelulares e 
ativação de genes: 
Um hormônio com facilidade em atravessar a 
membrana celular pode encontrar seu receptor 
citoplasmático, desencadeando, assim, sua ação; 
ou pode penetrar no núcleo celular, se ligar ao 
receptor nuclear e, consequentemente, ativar 
uma parte da molécula de DNA e, então, começar 
a induzir uma síntese proteica, por exemplo. 
 
 
S. Nervoso e S. Endócrino: 
O sistema endócrino regula as atividades 
metabólicas de vários órgãos e tecidos do corpo – 
auxilia na homeostasia. Existe uma reação muito 
estreita entre o sistema nervoso e o sistema 
endócrino que, apesar de utilizarem vias 
diferente, ambos interagem de modo a modular e 
coordenar as atividades metabólicas do corpo. 
Muitos dos sistemas de mensageiros químicos do 
corpo interagem entre si, para manter a 
homeostasia. Por exemplo, a medula adrenal e a 
hipófise secretam em sua maior parte seus 
hormônios em resposta a estímulos neurais. As 
células neuroendócrinas, localizadas no 
hipotálamo, têm axônios que terminam na 
hipófise posterior e eminência mediana e 
secretam vários neuro-hormônios, incluindo o 
hormônio antidiurético, a ocitocina e os 
hormônios hipofisotrópicos, que controlam a 
secreção dos hormônios da hipófise anterior. 
O hipotálamo é uma região do encéfalo que 
também têm neurônios secretores que agirão 
sobre a hipófise. 
Os órgãos do sistema endócrino consistem em 
órgãos propriamente ditos que são glândulas sem 
ductos (tireoide), além de grupos de células 
distintas que podem se apresentardentro de 
determinados órgãos (pâncreas – ilhotas 
pancreáticas), e células endócrinas isoladas (trato 
digestório – células SNED). 
As glândulas em si são avasculares, mas 
encontram-se mergulhadas em um tecido 
conjuntivo altamente vascularizado. Portanto, a 
secreção dessas glândulas pode ser liberada 
nesses espaços do tecido conjuntivo, entre as 
células e os capilares, podendo, assim, alcançar a 
corrente sanguínea. 
 
 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
 
Hipotálamo: 
Consiste em uma região encefálica que se conecta 
com a hipófise. Apesar de ser relativamente 
pequeno, é uma região encefálica importante na 
homeostase corporal – temperatura corporal, o 
apetite e o balanço de água, além de ser o 
principal centro de expressão emocional e do 
comportamento sexual. 
 
Fatores psicológicos podem influenciar 
diretamente no metabolismo que envolve os 
hormônios da tireoide, que envolve a relação 
imunológica, a suprarrenal, entre outros. 
O hipotálamo é um tecido nervoso composto por 
neurônios sintetizadores de hormônios tróficos, 
os quais são liberados nos capilares do sistema de 
vasos porta-hipotalâmico para chegar na adeno-
hipófise (hipófise anterior), onde controla quase 
toda secreção hipofisária através de hormônios 
liberadores e hormônios hipotalâmicos inibidores 
(adeno-hipófise) e nervosos (neuro-hipófise ou 
hipófise posterior). 
Além disso, recebe sinais vindos de diversas fontes 
do sistema nervoso, como dor, pensamentos 
depressivos ou excitantes, odores que trazem 
memórias, além de concentrar nutrientes, 
eletrólitos, água e diversos hormônios. O 
hipotálamo é o centro coletor de informações 
relativas ao bem estar interno do organismo – 
grande parte dessas informações servem para 
controlar as secreções hormonais hipofisárias. 
 
 
 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
Hormônios Hipotalâmicos: 
A adeno-hipófise é controlada pelos hormônios 
hipotalâmicos liberadores e inibidores, os quais se 
originam de diversas áreas do hipotálamo e 
enviarão suas fibras nervosas para a iminência 
mediana e para o tuber cinéreo – extensão do 
tecido hipotalâmico no infundíbulo. O tecido que 
forma o hipotálamo são neurônios secretores. 
Hormônio Liberador de Tireotropina (TRH) – 
liberado pelo hipotálamo com atuação na hipófise 
anterior 
Estimula a liberação do TSH 
Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH) – 
atua na hipófise anterior por meio dos estímulos 
às células corticotrópos 
Estimula a liberação do hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH) 
Hormônio Liberador do Hormônio do Crescimento 
(GH) – atua nas células somatotropos da hipófise 
anterior 
Estimula a liberação do GH e do hormônio 
inibidor do crescimento (somatostatina) – 
inibe o GH 
Hormônio Liberador da Gonadotrofina (GnRH) – 
liberado pelo hipotálamo com atuação na hipófise 
anterior 
Estimula a liberação de hormônios 
gonadotróficos (LH e FSH) 
Hormônio Inibidor da Prolactina 
Inibe a secreção de prolactina pelas 
células lactotropos 
 
 
Neuro-hipófise: 
Corresponde a região posterior da hipófise. 
 
Entre as regiões anterior e posterior existe uma 
pequena região avascular chamada parte 
intermediária e é muito pouco desenvolvida nos 
humanos. 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
Enquanto a adeno hipófise se origina do 
ectoderma oral, a neuro-hipófise se origina do 
neuroectoderma. Essa origem a partir do 
neuroectoderma explica a presença de células 
nervosas no tecido epitelial da hipófise posterior. 
A neuro-hipófise é composta por células chamas 
ptuicitos e prolongamentos de axônio – os quais 
irão depositar substâncias produzidas dentro do 
corpo do neurônio (hipotálamo) no terminal 
axional. Entre os ptuicitos e axônios existe uma 
vasta rede de capilares que irão transportar os 
hormônios dessa porção hipofisiaria para o resto 
do corpo. 
Os corpos dos neurônios estão localizados no 
hipotálamo, principalmente, em dois núcleos – 
paraventricular e supra-óptico. Os ptuicitos não 
secretam hormônio, mas atuam apenas como 
suporte, sustentação (atuam como as células da 
glia do sistema nervoso). 
Esses hormônios sintetizados nos neurônios 
hipotalâmicos são transportados do axônio para a 
neuro-hipofise associados a proteínas 
neurofisinas, as quais irão liberar os hormônios 
(que estão em vesículas), por exocitose, para estes 
seguirem na corrente sanguínea até se ligarem a 
sus receptores específicos. 
• Hormônio Antidiurético (ADH) ou 
Vasopressina 
• Ocitocina 
 
 
O hormônio ocitocina atua das glândulas 
mamárias estimulando a ejeção do leite, e atua no 
nas células musculares lisas do miométrio 
aumentando a contração – importante função nas 
fases do trabalho de parto, no aleitamento e no 
retorno do útero ao formato original após a 
gestação (involução uterina durante o puerpério). 
Com a contração uterina, os vasos sanguíneos se 
contraem diminuindo muito o sangramento, o que 
é de extrema importância após a gestação. Do 
mesmo modo, a cólica menstrual se dá pela 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
contração do útero de modo que haja a eliminação 
do endométrio. 
Além disso, o processo de sucção durante o 
aleitamento proporciona a produção e 
transmissão de sinais por nervos sensoriais para 
nervos paraventricular e supra-ótico no 
hipotálamo, induzindo, assim, a liberação de 
ocitocina por exocitose na neuro-hipófise e, 
posteriormente, na corrente sanguínea até as 
glândulas mamárias. 
O hormônio antidiurético (ou vasopressina) atua 
principalmente nos rins e sua principal função é a 
diminuição do volume de urinário – 
consequentemente, aumenta-se a volemia pois 
como há um menor volume de urina sendo 
excretado, e aumenta-se o volume de líquido 
circulando pelo sangue. 
A ↑ permeabilidade à água dos ductos e túbulos 
coletores permite que a maior parte da água seja 
reabsorvida, logo, a urina ficará mais concentrada 
– urina ↑ osmolaridade / plasma ↓ osmolaridade. 
 Com a ↓ da diurese, e o ↑ da volemia, tem-se o 
↑ da pressão arterial. 
A regulação da produção de ADH é feita a partir 
das seguintes ações: 
1. Osmolaridade do plasma – regulada por 
osmorreceptores 
A solução concentrada no plasma aumenta a 
osmolaridade e promove a liberação de ADH, 
o qual aumenta a reabsorção de água pelos 
rins e, consequentemente, diminui a 
osmolaridade. 
De modo contrário, ao se infundir uma 
solução diluída no plasma, ocorre uma 
diminuição da osmolaridade, o que diminui os 
impulsos que levam à liberação de ADH. Com 
isso, há a diminuição da reabsorção de água e 
o aumento da diurese, o que aumenta a 
osmolaridade. 
 
 
2. Baixo volume sanguíneo 
Uma baixa volemia acarreta numa intensa 
secreção de ADH, o qual tem um efeito 
vasoconstritor sobre as arteríolas 
aumentando, assim, a pressão arterial. 
Os fatores que atuam nessa regulação são 
receptores de distensão presentes nos átrios, 
os quais são excitados pelo enchimento 
excessivo. Quando excitados, esses 
receptores enviam sinais para o cérebro inibir 
a secreção de ADH. 
Enquanto o enchimento é insuficiente, os 
receptores não serão excitados, mas a 
liberação de sinais para estimular a ADH 
continua. 
3. Baixa pressão sanguínea 
A diminuição da PA acarreta na diminuição da 
diurese e, consequentemente, no aumento da 
volemia de modo que a PA aumente. A ↓ 
pressão arterial acarreta a diminuição da 
distensibilidade dos barorreceptores (das 
artérias carótidas, aórtica e pulmonar), o que 
estimula a secreção de ADH – por isso esse 
hormônio também é chamado de 
vasopressina, pois aumenta a pressão do vaso 
a fim de normalizar a PA. 
Doença relacionada ao ADH: 
Diabetes insipidus 
Causa neurogênica – lesão hipotálamo-hipófise 
(lesão alta) onde os neurônios não produzem ADH 
Causa nefrogênica – lesão renal onde as células 
renais não respondem ao ADH – níveis altos de 
ADH 
• Sem ADH: 
o Aumento da diurese 
o Urina diluída 
o Hipovolemiao Hipotensão 
o Desidratação 
o Plasma hiperosmolar 
 
 
 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
Adeno-hipófise: 
Também chamada de hipófise anterior, tem 
origem do ectoderma oral e, histologicamente, é 
classificada como glândula endócrina cordonal. 
Secreta os seguintes hormônios: 
• H. do crescimento (GH) 
• Adrenocorticotropina (ACTH) 
• H. Estimulante da Tereoide (tireotropina 
ou TSH) 
• Prolactina (PRL) 
• H. Folículo Estimulante (FSH) 
• H. Luteinizante (LH) 
 
Tipos celulares encontrados na adeno-hipófise: 
• Somatotropos – produzem GH – são 
maioria 
• Corticotropos – produzem ACTH – 
segundo tipo mais presente 
• Tireotropos – produzem TSH – cerca de 
5% 
• Gonadotropos – produzem FSH e LH – 
cerca de 5% 
• Lactotropos – produzem prolactina – 
cerca de 5% 
As células somatotróficas são acidófilas e, por isso, 
quanto se tem um tumor hipofisário (↑ secreção 
de GH) estes são chamados de tumor acidofílicos. 
O controle da secreção dos hormônios da adeno-
hipófise é feito pelo hipotálamo, o qual irá 
produzir hormônios liberadores e hormônios 
hipotalâmicos inibidores, que são levados pelos 
vasos porta hipotalâmico-hipofisários até a adeno-
hipófise. Esta, por sua vez, será estimulada a 
liberar seus hormônios específicos. 
 
 
 
Na neuro-hipófise, (1) sinais neuronais (sensoriais 
ou emocionais, por exemplo) estimulam 
neurônios dos núcleos supra-óptico e 
paraventricular (localizados do hipotálamo) a 
sintetizar os hormônios ocitocina e ADH. Esses 
hormônios, em vesículas, serão associados a 
proteínas neurofisinas e (2) transportados pelos 
neurônios até a (3) neuro-hipófise, onde, por 
exocitose, serão eliminados por exocitose na 
corrente sanguínea. 
Na adeno-hipófise, (4) sinais nervosos chegam ao 
hipotálamo e neurônios hipotalâmicos de diversas 
áreas sintetizam hormônios estimuladores 
(liberadores) e inibidores, (5) os quais liberados 
nos vasos da região inferior do hipotálamo – vasos 
porta hipotalâmicos-hipofisários da eminência 
mediana. A partir saí, (6) o sangue flui dos vasos 
PHH até a região anterior da hipófise – sangue 
venoso rico em hormônios. (7) Esses hormônios 
hipotalâmicos irão estimular ou inibir as células da 
adeno-hipófise, fazendo com que estas liberem 
seus hormônios na corrente sanguínea. 
 
 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
Os hormônios da adeno-hipófise têm ação em 
glândulas, com exceção do GH que atua mais na 
musculatura e nos ossos. 
Hormônio do Crescimento (GH): 
Também chamado de hormônio somatotrópico ou 
somatotropina. Sua função cabe no crescimento 
de quase todos os tecidos do corpo, aumentando 
o tamanho da célula, bem como o número de 
mitose celular, aumentando, portanto, 
quantitativamente as células. Esse processo 
promove a multiplicação e a diferenciação 
específica de alguns tipos celulares, tal como 
ocorre com as células do disco epifisário (zona de 
conjugação). 
 
Nessa zona há um tecido cartilaginoso que, ao 
sofrer a ação do GH, multiplica suas células. Com 
isso, começa a surgir a substituição de células de 
cartilagem em células de tecido ósseo. Uma fez 
que essa zona de conjunção transita totalmente 
para tecido ósseo, não há mais ação do GH sobre 
esses discos epifisários. 
Além do crescimento em altura, o GH aumenta a 
síntese proteica, o que está diretamente 
relacionado ao aumento da produção de 
colágeno, de fibras elásticas, de proteínas de 
contração das células musculares. Além disso, o 
Gh aumenta a mobilização de ácido graxo 
(gordura) tanto do sangue quanto na utilização 
como fonte de energia (preservando a proteína – 
diminui o catabolismo proteico). Do mesmo 
modo, o GH também reduz a utilização da glicose. 
No metabolismo proteico, o GH atua da seguinte 
maneira: 
• Aumenta o transporte de aminoácidos 
através das membranas celulares 
• Aumenta a tradução do RNA para 
provocar a síntese de proteínas pelos 
ribossomos 
• Aumenta a transcrição nuclear de DNA 
para formar RNA 
• Reduz o catabolismo das proteínas e 
aminoácidos 
No metabolismo das gorduras, o GH aumenta a 
conservação de ácido graxo em acetilcoenzima A 
e sua utilização, preferencialmente, como fonte 
de energia (ATP). Além disso, aumenta a produção 
de ácido acético pelo fígado – podendo levar a um 
quadro de cetose – e pode provocar o aumento de 
gordura no fígado (esteatose hepática). 
No metabolismo dos carboidratos, o GH diminui a 
captação de glicose pelos tecidos, aumenta a 
produção de glicose pelo fígado e aumenta a 
secreção de insulina – por conseguinte, haverá 
uma alta concentração de glicose no sangue, o que 
provocará resistência insulínica do GH e resultará 
em efeitos diabetogênicos. 
O GH exerce grande parte dos seus efeitos através 
de substâncias intermediárias chamadas 
somatomedinas (ou IGFs – fatores de crescimento 
semelhantes à insulina). O GH leva o fígado e 
outros tecidos a formar diversas proteínas 
pequenas chamadas somatomedinas, a mais 
importante destas proteínas é a somatomedina C 
ou IGF-1. 
Os pigmeus africanos apresentam GH sérico 
normal e incapacidade genética de sintetizar a 
somatomedina C em quantidades adequadas. 
 
O (1) hipotálamo atua como o centro regulador da 
liberação do hormônio do crescimento, enviando 
sinal para a adeno-hipófise liberar o GH nos 
tecidos ósseos, (2) além de sinalizar a atuação do 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
 
GH nas células do fígado a produzirem as IGF-1, as 
quais (4) atuarão em conjunto do GH no 
desenvolvimento ósseo. 
 
 
A região do hipotálamo onde ocorre a origem da 
secreção do GHRH (hormônio liberador do 
hormônio do crescimento) é o núcleo 
ventromedial; essa é a mesma área do hipotálamo 
sensível à concentração de glicose no sangue, 
levando à saciedade, nos estados hiperglicêmicos, 
e à sensação de fome, nos estados hipoglicêmicos. 
A secreção da somatostatina (hormônio inibidor 
do hormônio do crescimento) é controlada por 
outras áreas próximas do hipotálamo. 
Consequentemente, é razoável acreditar que 
alguns dos mesmos sinais que modificam os 
impulsos alimentares comportamentais de um 
indivíduo também alteram a secreção do 
hormônio do crescimento. 
De modo semelhante, os sinais hipotalâmicos que 
representam emoções, estresses e traumas são 
capazes de afetar o controle hipotalâmico da 
secreção do hormônio do cresci mento. 
(Guyton) 
Ao passar da fase de crescimento a produção de 
GH diminui e vai caindo gradativamente com o 
avançar da idade. 
Doenças hipofisárias (Guyton): 
Hipersecreção hormonal hipofisária 
• Tumores de hipersecretantes de GH 
o Gigantismo – antes da puberdade, 
antes da fusão das epífises dos 
ossos 
o Acromegalia – pós puberdade, 
depois da fusão das epífises dos 
ossos (cresce em diâmetro) 
Deficiência hormonal hipofisiária 
(hipopituitarismo) 
• Comprometimento do GH antes da 
puberdade 
o Nanismo hipofisário 
Pan-hipopituitarismo – falha na secreção de todos 
os hormônios hipofisários anteriores 
• GH – nanismo e distúrbios metabólicos 
• TSH – atrofia da tireoide – hipotireoidismo 
• FSH/LH – atrofia gonadal – redução dos 
hormônios sexuais e infertilidade 
• ACTH – atrofia cortical adrenal – 
hipocortisolismo – redução da resposta 
metabólica ao estresse 
• Prolactina – impedimento de lactação

Continue navegando

Outros materiais