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Anatomia Forense

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Trabalho de Anatomia Animal e Humana
Aluno: Alisson Pereira Vanzela
Professor: Hélder
Qual a relação da anatomia com a antropologia forense (cite exemplos reais)?
Para conseguirmos relacionar ambas as ciências vamos definir cada uma delas. Anatomia é uma ciência que estuda a estrutura física dos seres vivos. Os órgãos internos e externos, suas interações, funcionamento, localização e disposição são os principais aspectos estudados pela Anatomia. 
Já a Antropologia forense é o ramo da medicina legal, da antropologia social e do direito, que tem como principal objetivo a identidade e identificação do ser humano através de um processo técnico cientifico sistematizado. Utilizando conhecimentos da antropologia geral, com clara importância na esfera penal, ou seja, utiliza principalmente dos conceitos vistos sobre anatomia humana em seus ramos de pesquisa.
A antropologia forense é uma subespecialidade da antropologia biológica que utiliza os conhecimentos da biologia do esqueleto humano e de outras ciências forenses na identificação de cadáveres em avançado estado de decomposição, carbonizados ou gravemente mutilados e restos esqueléticos e no esclarecimento da causa e circunstâncias da morte dos indivíduos. O antropólogo forense analisará os restos esqueléticos com o intuito de obter evidências que lhe permitam esclarecer a causa da morte e as circunstâncias em que a morte possa ter ocorrido.
O antropólogo forense é um profissional com capacidades técnicas e científicas muito especializadas, capaz de fornecer respostas em situações em que os cadáveres se apresentam em condições extremas e o seu conhecimento da biologia do esqueleto permite-lhe obter respostas onde outros profissionais não as encontram. Este é um ramo da ciência composto por profissionais com competências acima da média, com profundos conhecimentos em áreas científicas tão díspares como antropologia, medicina, anatomia, entomologia, geologia, geofísica, botânica, química, balística, entre outras áreas científicas ainda mais espetaculares. Contudo, podemos perceber que apesar de todas as áreas envolvidas na antropologia forense, a Anatomia é essencial em todos os casos para ajudar a identificar as características de muitas vítimas principalmente por seus ossos, por isso essas duas ciências vivem relacionadas uma com a outra.
São exemplos claros da ação dessa ciência forense as situações extremas, como cadáveres em adiantado estado de decomposição, cadáveres carbonizados ou gravemente mutilados ou em situações de desastres de massa, os conhecimentos, o treino, a experiência do antropólogo forense poderá fazer a diferença entre a identificação de um cadáver e o esclarecimento da causa e circunstâncias da morte ou o arquivamento de um caso.
A reconstrução da face de uma pessoa pode ser considerada um exemplo real de todo esse estudo, sendo baseada em tabelas de espessura de tecidos moles, de acordo com a população de cada país. No caso do Brasil, são realizados estudos populacionais para saber qual é a espessura da face do brasileiro em dezenas de pontos pré-concebidos. Sabemos que cada ponto tem uma certa espessura e, a partir disso, se coloca essa espessura em cada ponto, fazendo as reconstruções faciais científicas.
Antigamente era muito comum durante a ditadura as pessoas desaparecerem e anos depois eram encontradas mortas, muitas vezes em cemitérios ilegais. Dimas Casemiro foi morto aos 25 anos de idade, vítima de tortura, ao longo da Ditadura Militar (1964-1985). Ele foi militante da Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares (VAR-Palmares) e do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT). Desde os anos 1990, quando foi descoberto um cemitério ilegal, apenas quatro corpos foram identificados. Há também o Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA), em que se busca identificar as ossadas dos guerrilheiros comunistas mortos ao longo do mesmo período.

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