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“ ” A OBRA “OLGA” ABORDADA DIVERSAS QUESTÕES SOBRE VARIADOS TEMAS E PODE SER EXPLORADA A PARTIR DIVERSOS ASPECTOS, COMO: Nazifascismo Um dos contextos abordados pelo filme e pela história da protagonista é o momento em que a Alemanha vivia sob o comendo do regime Nazista e na Europa os fascismos se expandiam. Tais ideologias ganharam força após a Primeira Guerra Mundial, pois a Alemanha estava arrasada e enfrentava uma profunda crise econômica, sobretudo em razão das punições imposta a ela pelo Tratado de Versalhes, que declarava oficialmente a nação como derrotada na guerra e impunha duras sanções ao país, como perda de territórios e proibição de qualquer produção de armas pesadas, além de obrigá-la a pagar uma indenização aos países vitoriosos. Nesse contexto de crise e profundo sentimento de revanchismo nutrido contra os países vitoriosos foi que se fortaleceu o nacionalismo extremado no país. Assim, se abriu espaço para o crescimento do partido nazista. Hitler foi indicado a chanceler e posteriormente assumiu o cargo de presidente, além de se autonomear “o Führer”. Ao longo da trajetória de Olga após sua deportação e prisão nos campos de concentração é mostrado o horror e as condições desumanas a que os judeus e demais pessoas perseguidas pelos nazistas eram submetidas. Intolerância Outro aspecto abordado ao longo da história é a intolerância à diversidade religiosa que foi alimentada pelo nazismo daquela época, mas que ainda está presente na sociedade mesmo nos dias atuais. As principais características do nazismo são apresentadas na obra Mein Kampf, escrita por Hitler. Uma das suas mais conhecidas medidas foi o antissemitismo, marcado pela visão racista e eugenista da superioridade do homem branco germânico, a chamada raça ariana. Essa visão resultou na morte de mais de seis milhões de pessoas em campos de concentração, a grande maioria formada por judeus. Governo de Vargas Getúlio Vargas era o então presidente brasileiro no período retratado no filme. Ele iniciou seu governo no ano de 1930 e conduziu o país durante uma época marcada pelo desenvolvimento industrial e pela ampliação dos direitos trabalhistas. Com isso, Vargas agradava tanto a elite industrialista detentora dos meios de produção quanto a camada de proletários. Seu governo, que durou até 1945, foi marcado ainda pelo Estado Novo, período de forte autoritarismo, calcado na personificação quase mítica da figura do presidente, que ficou conhecido como o “pai dos pobres”. Getúlio usava da propaganda de massa para persuadir a população, além do usa da força como forma de repressão àqueles que eram contrários aos seus ideais, como é o caso da caçada ao comunista Luís Carlos Prestes, marido de Olga, e do uso da violência e torturas feitas aos demais membros do Partido Comunista Brasileiro. A justificativa dada por Vargas para a instituição do regime foi a necessidade de impedir um “complô comunista”, que ameaçava tomar conta do país, o chamado Plano Cohen, que foi depois desmascarado como uma fraude. Essa característica autoritária vigente no governo Vargas se perpetuou e intensificou ainda mais quando foi instaurada a Ditadura Militar, em 1964. Um exemplo de tamanha repressão e violência empregada nesse período foi a criação do Ato Institucional nº 5, conhecido usualmente como AI-5, emitido durante o governo de Artur da Costa e Silva no dia 13 de dezembro de 1968. Direitos Humanos Segundo a definição estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) os direitos humanos são “direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição”. Em “Olga” são retratados inúmeros momentos em que os direitos humanos são extremamente desrespeitados. Apesar de eles terem sido estabelecidos em 1948, antes dos fatos retratados no longa. Seja por causa de ideais políticos ou escolhas religiosas, pessoas foram torturadas e privadas de seus direitos mais básicos nessa época. Movimentos revolucionários brasileiros Antes da Intentona Comunista, Luís Carlos Prestes havia liderado outra empreitada política de caráter antifascista e anticapitalista conhecida como Coluna Prestes, durante a qual centenas de militantes andaram por 25.000 km pelos sertões do Brasil denunciando as injustiças e desigualdades cometidas pelo governo e pelo modo de produção capitalista. A Intentona Comunista de novembro de 1935 foi uma tentativa fracassada de golpe contra o governo de Getúlio Vargas feita pelo PCB (na época, Partido Comunista do Brasil) em nome da Aliança Nacional Libertadora. Revoltosos e simpatizantes foram perseguidos, presos ou mortos, e o movimento abriu caminho para Vargas endurecer o regime. O levante veio ao encontro dos planos do presidente, que usou o pretexto do perigo comunista para decretar estado de sítio, abolindo as garantias constitucionais. Tudo estava preparado para o golpe que o deixaria no poder por mais oito anos.
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