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Prova Clínica Médica

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Giulia Pacheco Souza 
QUESTÃO 01: 
Paciente de 32 anos, masculino, IMC = 27 kg/m2 com quadro de ronco alto, sem outras 
comorbidades. A polissonografia revelou IAH = 17 eventos/hora de sono, saturação 
mínima = 85%. A oroscopia revelou amígdalas grau 4. Trabalha durante o dia e estuda à 
noite. Epworth = 11. DESCREVER os passos do cuidado integral para este paciente. 
 RESPOSTA: 
Este paciente, possivelmente, apresenta uma síndrome da apneia obstrutiva do sono. 
Segundo a polissonografia, ele apresenta uma apneia moderada (entre 16 e 30 
eventos/hora), assim, o tratamento inicialmente seria mudanças do estilo de vida, por 
exemplo, evitar o consumo de álcool e sedativos, como os benzodiazepínicos, perda de 
peso (paciente está com sobrepeso conforme o IMC), deitar em decúbito lateral e com a 
cabeceira elevada. Além disso, devido ao grau de obstrução na oroscopia, ele pode ser 
beneficiado com a cirurgia de retirada de amígdalas. Ademais, é recomendado a prática 
de uma terapia cognitivo-comportamental que iria auxiliar na mudança de hábitos e até 
do seu planejamento de rotina, visto que trabalha durante o dia e estuda à noite. Caso 
essas medidas não sejam suficientes, pode-se pensar no uso do CPAP. 
QUESTÃO 02: 
Paciente do sexo feminino, 38 anos, com IMC de 36 kg/m2 comparece em consulta 
durante tratamento para controle de peso. Atualmente, ela está fazendo uma dieta 
hipocalórica e conseguiu perder 12% do seu peso corporal nos últimos 5 meses. Ela está 
motivada e aderente ao programa de mudança de estilo de vida, mas está experimentando 
um aumento da fome que dificulta sua adesão à dieta. ESQUEMATIZAR mecanismos 
biológicos subjacentes que podem explicar seu aumento da fome. 
 RESPOSTA: 
Como a paciente ainda apresenta um IMC elevado (obesidade grau II), seu tecido adiposo 
está aumentado, com isso observa-se uma grande circulação de leptina (visto que é um 
hormônio produzido pelo tecido adiposo), no entanto, o hipotálamo (centro regulador 
energético) está inflamado, logo, ele torna-se resistente à ação da leptina, que é 
responsável pela saciedade. Dessa forma, seria uma das explicações para a manutenção 
da fome da paciente. Ademais, devido ao seu peso, necessita-se de um maior ganho 
energético, estimulando a sua fome. 
QUESTÃO 03: 
Mulher de 50 anos queixa-se de ganho de peso nos últimos dois anos e associa com a 
perimenopausa. Apresenta IMC de 38 kg/m2, com distribuição de gordura corporal 
predominantemente central. Nega diabetes ou HAS. Apresenta dificuldade de perda de 
peso com medidas de mudança de estilo de vida. Em relação ao tratamento farmacológico 
da obesidade, PLANEJAR e DESCREVER a prescrição para esta paciente. 
Giulia Pacheco Souza 
 RESPOSTA: 
A paciente apresenta uma obesidade grau II e mesmo com o início de medidas 
farmacológicas deve orientar quanto a manutenção das mudanças do estilo de vida, como 
dieta hipocalórica e prática de exercícios físicos. Inicialmente, poderia iniciar a terapia 
com um análogo de GLP-1, como a liraglutida, visto que alguns estudos demonstram um 
maior benefício dessas drogas em mulheres e a paciente está no período de 
perimenopausa. Com o início, deve solicitar a paciente que retorne ao consultório e avalie 
se no período de 02 semanas, ela perdeu 5% do seu peso inicial, caso positivo mantém a 
terapia. Caso esse resultado não tenha sido atingido, recomenda-se orientação para a 
suspensão da droga e a troca por outra, que nesse caso, uma opção poderia ser o orlistate 
devendo prosseguir um acompanhamento constante. Além disso, deve alertar e orientar a 
paciente a respeito dos efeitos colaterais que cada droga pode vir a produzir. 
QUESTÃO 04: 
DJ, uma mulher de 70 kg, 23 anos, acha que seu pescoço ficou mais “alargado” nos 
últimos 3 a 4 meses. Ela ganhou 20 quilos, refere se sentir mentalmente lenta e se cansa 
facilmente. Ao exame físico, ela apresenta o rosto inchado, reflexos profundos tendinosos 
atrasados e uma tireoide firme e aumentada. Os dados laboratoriais revelam T4L de 1 ng/ 
dL e TSH de 20 mU/mL. A captação tireóidea de radioiodo RAIU encontra-se diminuída. 
DESCREVER a conduta adequada para DJ. 
 RESPOSTA: 
DJ apresenta possivelmente um hipotireoidismo subclínico, visto que apresenta um TSH 
elevado e um T4 livre normal, indicando que a tireoide ainda está conseguindo compensar 
devido à elevação do TSH. Devido ao alto nível de hormônio TSH e a presença de sinais 
e sintomas característicos deve iniciar a terapêutica com o uso de levotiroxina, e seguir 
um acompanhamento clínico e laboratorial constante, a fim de avaliar a dosagem da droga 
corretamente. 
QUESTÃO 05: 
Mulher de 60 anos, diabética há 10 anos, está internada há três dias por coma 
hiperosmolar, desencadeado por infecção urinária. Foi hidratada, recebeu insulina regular 
em bomba de infusão por dois dias e ceftriaxona. Em casa usava metformina 850 mg nas 
três refeições e empagliflozina, 25 mg/dia. Hoje, está em uso de insulina NPH 12 U/dia 
(em duas doses) e insulina regular conforme glicemia capilar pré-refeições. Exames de 
hoje: glicemia de jejum = 120 mg/dL, ureia = 50 mg/dL, creatinina = 1,6 mg/dL, peptídeo 
C elevado, HbA1c = 11%. Foi decidido por alta hoje, com seguimento ambulatorial. 
ORIENTAR o tratamento hipoglicemiante mais adequado para esta paciente. 
 RESPOSTA: 
A paciente apresenta, provavelmente, uma doença renal, visto que a ureia, creatinina e 
peptídeo C encontram-se elevado. Logo, é uma informação que deve pesar na hora de 
Giulia Pacheco Souza 
estabelecer a terapêutica, visto que a depender do clearence de creatina, evita-se o uso de 
metformina. Assim, o tratamento hipoglicemiante mais adequado seria manter a 
insulinoterapia (HbA1c > 9% já recomenda) e o uso da empaglifozina (inibidor de SGLT-
2), e caso não controle uma alternativa poderia ser os inibidores de dpp4. 
QUESTÃO 06: 
Homem de 45 anos, afrodescendente, vem em acompanhamento por hipertensão arterial 
de difícil controle há seis meses. É assintomático e, desde o início do tratamento, passou 
a fazer caminhadas diárias e adequou sua dieta, tendo perdido 06 Kg no período. Foram 
afastadas causas secundárias e não há evidências de má aderência. Exame clínico: PA 
150/94 mmHg, FC = 78 bpm, peso = 88 kg, altura = 1,80 m, IMC = 27,2 kg/m2, restante 
sem alterações. Está em uso de enalapril 20 mg duas vezes ao dia, amlodipina 10 mg à 
noite e hidroclorotiazida 25 mg pela manhã. DESCREVER a conduta mais adequada no 
manejo do cuidado deste paciente. 
 RESPOSTA: 
O paciente apresenta uma HAS resistente (03 medicações anti-hipertensivas em doses 
otimizadas, sendo um diurético e com PA não controlada). Dessa forma, indica a troca de 
hidroclorotiazida por clortalidona. Além disso, deve manter as mudanças do estilo de vida 
(como, controle do peso e dieta adequada) e recomendar o paciente para retornar ao 
consultório, a fim de verificar a resposta terapêutica. Caso não melhore, indica a 
associação com espirolactona. 
QUESTÃO 07: 
Homem de 52 anos, branco, faz acompanhamento ambulatorial por miocardiopatia 
hipertensiva há seis meses. Faz uso de furosemida 40 mg e espironolactona 25 mg pela 
manhã, além de enalapril 20 mg e carvedilol 25 mg duas vezes ao dia. Desde o último 
retorno há dois meses, deixou de melhorar e persiste com dispneia ao caminhar pela casa, 
no plano. Exame clínico: PA = 108 x 86 mmHg, corado, hidratado, eupneico em repouso, 
bulhas rítmicas e sopro sistólico ++/4+ em área mitral, com irradiação para axila, pulmões 
sem alterações e membros inferiores sem edema. Hemograma, eletrólitos, ureia e 
creatinina normais. Ecocardiograma: fração de ejeção = 0,3; hipocontratilidade difusa. 
Um eletrocardiograma do momento da consulta é mostrado. DESCREVER o cuidado 
integral para este paciente. 
 
 
 
 
 
 
Giulia Pacheco Souza 
 RESPOSTA: 
O paciente apresenta uma insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Comoo 
paciente não está apresentando sintomas de congestão (sem edemas e diminuição da PA), 
pode reduzir a furosemida do paciente ou até retirar de forma cautelosa, monitorando. 
Além disso, o paciente apresenta NYHA II devendo fazer uma modificação no tratamento 
farmacológico, nesse caso, deve introduzir o sacubitril-valsartana (lembrando de retirar o 
enalapril, devido interação medicamentosa) e associar um inibidor de SLGT2, devendo 
reavaliar o paciente em 3 a 6 meses. Além disso, deve recomendar mudanças do estilo de 
vida do paciente, como dieta pobre em gorduras e ricas em fibras, monitoramento do peso 
diariamente e controle da ingesta de sal e água. 
QUESTÃO 08: 
Paciente do sexo feminino, com 58 anos, diabética tipo 2, apresentou acidente vascular 
encefálico isquêmico há 3 meses. Retorna para consulta em uso de sinvastatina 40 mg dia 
e entre os exames laboratoriais apresenta o seguinte perfil lipídico: Colesterol total: 269 
mg/dl, LDL: 164 mg/dl, HDL: 71 mg/dl, Triglicerídeos: 171 mg /dl, Colesterol não-HDL: 
198 mg/dl. De acordo com as mais recentes recomendações da American Heart 
Association (AHA). DESCREVER o cuidado terapêutico para esta paciente. 
 RESPOSTA: 
Como a paciente apresenta um risco elevado deve continuar o tratamento farmacológico 
da dislipidemia. Como já faz uso de estatina (sinvastatina) e não houve tanto resultado 
em seu lipidograma, recomenda-se a associação com ezetimibe. Caso ainda não obtenha 
resposta, ponderar sobre a introdução de um inibidor de PCSK9. Além disso, deve 
orientar quando ao controle de peso e do diabetes, dieta pobre em gorduras, prática de 
atividade física respeitando a sua capacidade.

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