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SEMIOLOGIA DO OUVIDO, NARIZ E BOCA O ouvido é o órgão responsável pela captação de vibrações no ar (sons) e transformação desses, em impulsos nervosos que o cérebro “codifica”. Além dessa função, este órgão também está relacionado com o equilíbrio do corpo. Ele é dividido em três partes: Ouvido externo é a parte que recebe as ondas sonoras; Ouvido médio, onde há a transformação dessas ondas em vibrações mecânicas que será transmitida para a próxima parte; Ouvido interno, onde as vibrações estimulam os receptores e sofrem transdução para impulsos nervosos que vão alcançar o sistema nervoso central, via nervo acústico. Detalhando: Ouvido externo Compreende o pavilhão auricular (ou orelha), o meato acústico externo e a membrana do tímpano. O pavilhão auricular participa na captação do som, possui forma irregular e é constituído essencialmente por uma placa de cartilagem elástica coberta por uma fina camada de pele dos dois lados, onde são encontradas glândulas sebáceas e poucas glândulas sudoríparas. O meato acústico externo vai desde o pavilhão até a membrana do tímpano. Apresenta-se como um canal achatado, de paredes rígidas, que o mantém constantemente aberto. O terço externo desse canal apresenta cartilagem elástica, que é continuação da cartilagem do pavilhão auricular. O arcabouço dos dois terços internos é formado pelo osso temporal. O meato acústico é revestido internamente por pele rica em pêlos e glândulas sebáceas e ceruminosas (glândulas sudoríparas modificadas). Ao produto resultante da secreção dos dois tipos glandulares, dá-se o nome de cerúmen (substância pastosa de coloração marrom). Tanto o cerúmen quanto o pelos do meato possuem função protetora, dificultando a penetração de objetos estranhos. No fundo do meato está presente a membrana timpânica (ou tímpano), de formato oval. Essa membrana é externamente recoberta por uma fina camada de pele e internamente por epitélio cuboide simples. Entre as duas camadas epiteliais, são encontradas duas camadas de fibras colágenas e fibroblastos. Na camada externa, estas fibras orientam-se radialmente, de modo que na cama interna são circulares. Além do colágeno, encontra-se também uma fina rede de fibras elásticas. No quadrante superior anterossuperior do tímpano não há a presença de fibras, sendo, portanto, flácida essa região, recebendo o nome de membrana de Shrapnell. A membrana timpânica é a estrutura que transmite as ondas sonoras para os ossículos do ouvido médio. Ouvido Médio Localiza-se na espessura do osso temporal, como uma cavidade que separa a membrana timpânica da superfície óssea do ouvido interno. Em sua porção anterior, se comunica com a faringe pela tuba auditiva (ou Trompa de Eustáquio). Em sua porção posterior, se comunica com as cavidades cheias de ar do processo mastóide do osso temporal. O ouvido médio é revestido por epitélio simples pavimentoso, cuja lâmina própria se apresenta aderida ao periósteo. Próximo ao orifício da tuba auditiva, o epitélio torna-se prismático ciliado e, ao passo que se aproxima da faringe, observa-se a sua gradual transição para epitélio pseudo-estratificado ciliado. Normalmente, a tuba auditiva encontra-se fechada, abrindo-se durante o ato de deglutição, para que haja o equilíbrio da pressão externa com o ouvido médio. Na parede medial, existem duas regiões sem osso, recobertas apenas por uma membrana conjuntivo-epitelial, são as janelas oval e redonda. Unindo a janela oval ao tímpano existe um sistema de três ossículos articulados, formado pelo martelo, bigorna e estribo, que transmitem as vibrações mecânicas geradas na membrana timpânica até o ouvido interno. O martelo http://www.infoescola.com/fisica/ondas-sonoras/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/ http://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/ http://www.infoescola.com/audicao/timpano/ http://www.infoescola.com/sistema-exocrino/glandulas-sebaceas/ http://www.infoescola.com/sistema-exocrino/glandulas-sudoriparas/ http://www.infoescola.com/citologia/fibroblastos/ http://www.infoescola.com/histologia/colageno/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/faringe/ http://www.infoescola.com/audicao/tuba-auditiva/ insere-se na membrana timpânica e o estribo na janela oval, sendo a bigorna encontrada entre esses dois ossículos. No ouvido médio são encontrados dois pequenos músculos estriados esqueléticos, o tensor do tímpano e o tensor do estribo, que se inserem no martelo e no estribo, respectivamente. Esses músculos participam da regulação da condução do estímulo sonoro. Ouvido Interno Recebe também o nome de labirinto. É uma estrutura complexa formada por sacos membranosos, cheios de líquido, que estão alojados dentro de cavidades na porção pétrea do osso temporal. Ao conjunto de cavidades e canais limitados por tecido ósseo, denomina-se labirinto ósseo. Dentro deste, encontram-se estruturas membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas, seguindo, normalmente, a sua forma. Recebe o nome de labirinto membranoso, que, apesar de se ligar à parede óssea em certas regiões, na maior parte de sua extensão está separado do osso. Existe, pois, um espaço entre o labirinto ósseo e o membranoso, que é uma continuação do espaço subaracnóideo das meninges, que se apresentam cheios de líquido, a perilinfa (composição semelhante ao líquido cefalorraquidiano). Além da perilinfa, também são encontradas finas traves de tecido conjuntivo contendo vasos, que unem o periósteo que reveste o labirinto ósseo às estruturas membranosas. O interior dessas estruturas é repleto de endolinfa (líquido de composição e origem diferentes da perilinfa). O labirinto membranoso é composto principalmente por epitélio de revestimento pavimentoso, circundado por uma fina camada de tecido conjuntivo. No entanto, na região mais profunda, o epitélio do labirinto membranoso tem origem ectodérmica, pois se origina de uma invaginação ectodérmica da parede lateral do esboço cefálico do embrião. Esta invaginação transforma-se gradualmente em uma vesícula, denominada vesícula óptica. Esta, por sua vez, prolifera e cresce irregularmente, dando origem a diversos compartimentos do labirinto membranoso no adulto. O epitélio de suas paredes, em determinadas regiões, estabelece contato com os nervos vestibular e coclear, espessando-se e diferenciando-se em órgãos especiais, os receptores, que são: as máculas, as cristas e o órgão de Corti. O labirinto ósseo é constituído por uma cavidade central de forma irregular, o vestíbulo, onde desembocam, de um lado, os canais semicirculares e, de outro, a cóclea. O vestíbulo contém duas estruturas: o sacúolo e o utrículo. Neste último desembocam os canais semicirculares. Cada canal apresenta uma dilatação numa das suas extremidades, denominadas ampolas. Já o sacúolo une o utrículo à cóclea por meio de estreitos canais. Exame dos Ouvidos 1. Anamnese: a. Otalgia: é um sintoma de dor no ouvido, englobando a dor originada na orelha (externa, média ou interna) ou secundária, quando a etiologia não está na orelha. Às vezes é uma dor referida ou reflexa, outras vezes é produzida por lesões locais. Pode ser devido à cárie dentária, sinusite, amigdalite e faringite aguda. Tais irradiações são favorecidas pelo grande número de anastomoses nervosas da região. b. Otorréia: corrimento mucoso ou purulento pela orelha. Podem ser claros como água, serosos, mucosos, purulentos ou sanguinolentos. Os líquidos claros são constituídos pelo liquido cefalorraquidiano, proveniente de fraturas da base do crânio. Os sanguinolentos são devidos a pólipos neoplásicos, à otite gripal, neoplasias ulceradas e traumatismos. Os serosos, mucocatarrais, ou purulentos têm origem em alterações da orelha externa, como eczemas, otites externas, furúnculos; em otites médias agudas ou crônicas e em mastoidites crônicas. http://www.infoescola.com/sistema-muscular/musculo-estriado-esqueletico/ http://www.infoescola.com/histologia/tecido-osseo/ http://www.infoescola.com/sistema-nervoso/liquido-cefalorraquidiano/ http://www.infoescola.com/audicao/coclea/ c. Otorragia:é um tipo de hemorragia interna exteriorizada que acomete o canal auditivo. Esta expectoração sanguinolenta pode ser ocasionada por uma variedade de fatores tais como lesão no ouvido, por fratura craniana, trauma no canal auditivo, infecções graves, aneurismas, por tumores e pela ruptura dos tímpanos. Decorre de traumatismo do meato acústico externo, ruptura da membrana do tímpano, ou por fraturas da base do crânio, que podem ser longitudinais ou transversais. As longitudinais são as que mais frequentemente acarretam otorragia. Otorraqueia d. Prurido: A coceira no ouvido pode ser provocada por fungos (especialmente nos casos agudos), mas na maior parte das vezes é uma dermatite crônica, ou seja, uma inflamação na pele do canal do ouvido. A dermatite seborreica, por exemplo, é uma condição semelhante à caspa do couro cabeludo. A cera é seca, escamosa e abundante. Pode ser causada ainda por eczema no canal auditivo, mas pode também aparecer em doenças sistêmicas, como diabetes, hepatite crônica e linfomas. e. Zumbidos: são sensações auditivas subjetivos que atribuem-se à irritação de células sensoriais do órgão de Corti. As causas são diversas, podendo ser óticas ou não-óticas. Entre as óticas, encontram-se o tampão de cerume obturante, corpo estranho, otite externa, inflamações da orelha médica, timpanosclerose, otosclerose, ototoxicoses, trauma sonoro e neuroma do acústico. Entre as não óticas encontramos a hipertensão, o angiospasmo, o hipertireoidismo e a menopausa. De modo geral, aumentam de intensidade com tensão nervosa, preocupações ou aborrecimentos, noites mal dormidas, e fadiga física ou psíquica. f. Vertigem: sensação subjetiva em que o paciente acredita estar girando em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou os objetos estarem girando em torno dele (vertigem objetiva). Geralmente é acompanhada de perda do equilíbrio, náuseas, vômitos e zumbidos auriculares. É sempre de origem labiríntica. Em geral, a vertigem surge subitamente, sob a forma aguda, mas também pode instalar-se insidiosamente. As crises podem apresentar-se em caráter intermitente, com períodos de acalmia, assim como sob forma quase contínua. São acompanhadas de perturbações do equilíbrio e desvio de marcha (vertigem de posição é aquela que só surge em determinada posição da cabeça). Além disso, possui relação com o nistagmo (são oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos os olhos conjugadamente, nos sentidos horizontal, vertical ou rotatório que podem dificultar muito a focalização das imagens), sendo positivo quando periférico e negativo quando central. Vertigem é muitas vezes causado por um problema de ouvido interno. Algumas das causas mais comuns incluem Vertigem Posicional Paroxística Benigna, VPPB, e Doença de Meniere e Labirintite. g. Distúrbios da audição (Disacusias): estado mórbido em que certos sons produzem distúrbio da audição, dor ou mal-estar. i. Hipoacusia: mais conhecida como perda auditiva ou surdez, consiste na perda parcial ou total da audição, de caráter passageiro ou definitivo, estacionária ou progressiva, unilateral ou bilateral. Esta condição pode estar presente já ao nascer, ou pode ser ocasionada posteriormente por doenças. Existem diferentes tipos de hipoacusia. São eles: -Transmissiva: resulta de problemas de condução do ouvido externo, médio para o ouvido interno. Deste modo, indivíduos com este tipo de hipoacusia escutam os sons em baixo volume, independente da frequência. Tipicamente é causado por excesso de cerúmen, umidade no ouvido ou perfuração do tímpano, sendo o tratamento feito de acordo com a causa. -Neurossensorial: acomete o ouvido interno e nervo auditivo, havendo uma degeneração das células ciliadas, levando à perda da capacidade de transformar as vibrações sonoras em impulsos nervosos. Tem diferentes causas, como vírus, exposição a ruídos ou problemas de circulação. Neste caso, recomenda-se o uso de aparelho auditivo. -Mista: é a combinação da perda de condução e da audição neurossensorial. Normalmente trata-se este tipo de hipoacusia com medicamentos e/ou cirurgia, em associação com o uso de aparelhos auditivos. -Central: decorrente de alterações no processamento auditivo central (tronco cerebral ou córtex auditivo). ii. Surdez: ausência, perda ou diminuição considerável do sentido da audição. iii. Anacusia ou Cofose: Surdez completa ou parcial; incapacidade de escutar. -Anacusia bilateral: Surdez que ataca os dois ouvidos. -Anacusia unilateral: Surdez que só ataca um dos ouvidos. h. Promoção da saúde. Uso de aparelhos auditivos; exposição a ruídos ambientais; uso de equipamentos de proteção individual (EPI); limpeza do pavilhão auditivo (cotonetes, outros objetos, pelo médico). http://www.infoescola.com/medicina/hemorragia/ http://www.infoescola.com/audicao/ouvido/ https://biosom.com.br/blog/fono/a-importancia-da-coclea-na-nossa-audicao/ https://biosom.com.br/blog/saude/vertigem-causas-sintomas-e-tratamento/ https://biosom.com.br/blog/outros/as-causas-da-labirintite-e-dicas-caseiras-para-tratar-em-casa/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/audicao/ São chamados de CIC, mini-canal, intra-canal, intra-auricular, mini-retro, retro e open fit. Protetor auricular tipo plug: Protetor auricular tipo concha: Protetor auricular tipo concha: 2. Exame físico: a. Inspeção simples i. Alterações do pavilhão auricular 1. Anomalias congênitas na forma e implantação das orelhas: Anotia/microtia: malformação congênita caracterizada por partes ausentes do pavilhão (com ou sem atresia do canal auditivo) comumente descrita em graus (I-IV) dos quais a forma grave (grau IV) é a anotia, ausência do pavilhão. Exclui orelhas pequenas de forma normal, meato auditivo imperfurado com pavilhão normal, orelhas displásicas e de implantação baixa Microtia I: reconhecem-se todas as partes Microtia II: só resta um cordão (a borda da hélice) Microtia III: só há pedaços soltos não identificáveis Microtia IV: Anotia: ausência da orelha Microtia, tipo NE Orelhas constritas: Poderemos definir as chamadas orelhas constritas como orelhas ‘fechadas em si mesmas’, apresentando um constrição variável do polo superior associada por vezes a uma presença exagerada do componente da concha. Classificamos as orelhas contritas em leve, moderada e grave. A orelha contrita leve seria a chamada orelha de lobo que apresenta apenas uma constrição discreta do polo superior. A constrição leve e grave seriam graus mais intensos de constrição da orelha (‘orelha em taça’) com comprometimento estético de sua forma. A orelha constrita grave pode ser confundida com a microtia do tipo conchal maior, diferenciamos estas deformidades, quanto a ausência de segmentos anatômicos. Se ausente algum segmento, classificamos como microtia. Orelhas protuosas: O diagnóstico da protusão da orelha externa, também chamada leigamente de ‘orelha em abano’, envolve dois componentes, do ângulo determinado pela concha em relação ao crânio, ângulo crânio-conchal , e o aumento do ângulo entre a concha e a escafa, ângulo escafo-conchal. Estas medidas revelam a presença de uma distância aumentada da orelha em relação ao crânio, devido a presença de um excesso de projeção da região da concha; outro componente seria uma projeção inadequada da antihélix, levando esta projeção ao aspecto de orelha protusa clássica . ORELHA EM STHAL : A alteração em ‘sthal’, designa a presença de uma anomalia da conformação da antihélix que não apresenta sua forma habitual, apresentando um ramo extra mais horizontalizado, devido a anomalia de função ou mesmo a ausência do músculo auricular intrínseco oblíquo. Sua presença se associa a síndrome da contratura aracnoidactiliforme, apesar de ser comum sua presença isolada. O tratamento consiste na correção não cirúrgica em idade precoce ou na correção cirúrgica consistindo na ressecção conservadora da alteração cartilaginosa e reposicionamento da forma da antihélix. CRIPTOTIA: Criptotia é uma alteração rara da orelha externa caracterizada por uma orelha que apresenta uma separação incompletado segmento superior da hélix e o crânio. Orelhas mal posicionadas: quando não estão em simetria em relação a cabeça ou uma a outra. -Macrotia: orelhas maiores que o normal. -Microtia: orelhas menores que o normal. As seguintes condições podem incluir implantação baixa e má-formação das orelhas: Síndrome de Treacher Collins, trissomia do 18, síndrome de Beckwith-Wiedeman, síndrome de Turner, trissomia do 13, síndrome de Down, síndrome de Rubinstein-Tayby, síndrome de Smith-Lemli-Opitz, tumor associado à Aniridia-Wilms 2.Tofos gotosos: Tofos são nódulos abaixo da pele ao redor das articulações ou em outros lugares, como as pontas dos dedos e orelhas. Tofos podem se desenvolver depois que uma pessoa tem a gota por muitos anos. Esses nódulos podem drenar o material “leitoso” que é produzido na região da gota. 3. Nódulos reumatoides: Os nódulos reumatoides correspondem à manifestação extra-articular mais comum da artrite reumatoide, ocorrendo em cerca de 20-25% dos pacientes. A etiologia é desconhecida. Apesar de os nódulospoderem apresentar remissão espontânea durante o tratamento, eles, em geral, representam um desafio terapêutico. 4. Alterações da cor: exemplo, hiperemia 5. Protrusão do tragus: avaliar se o tragus esta muito a frente do local correto. Piercing no tragus, por exemplo. 6. Presença de secreções 7. Eczema e lesões micóticas do ouvido externo: 8. Tumorações e lesões destrutivas: 9. Pápulas e nodulações na hanseníase: 10. Herpes Zoster 11. Ptiríase versicolor 12. Câncer de pele 13. Orelha partida 14. Lúpus eritematoso sistêmico 15. Hanseníase 16. Queloide 17. Hipertricose 18. Sinal de Battle (trauma de base de crânio) b. Palpação i. Comprovação de pontos dolorosos c. Otoscopia (ausculta da orelha com otoscópio) i. Aparelho: Otoscópio Elétrico ii. Exame do meato acústico externo e da membrana timpânica d. Testes da capacidade auditiva: i. Teste de Rinne e ii. Teste de Weber SEMIOTÉCNICA: ✓ Teste de Weber – O diapasão de 512 cps (ciclos por segundo) é colocado no vértice da abóbada craniana. Normalmente, sua vibração é percebida igualmente por ambos os ouvidos (Weber "indiferente"). Quando há surdez unilateral, entretanto, as vibrações são bem mais audíveis por um dos ouvidos. Quando se trata de surdez unilateral por lesão da orelha interna (surdez neurossensorial), a vibração sonora é mais bem percebida pelo ouvido normal; quando, porém, há lesão da orelha média ou do ouvido externo (surdez de transmissão), a vibração sonora é mais audível pelo ouvido surdo. Diz-se, então, que o Weber está lateralizado, para a esquerda ou para a direita. ✓ Teste de Rinne (comparação da condução aérea com a óssea) – que consiste em aplicar o diapasão na região mastóide. Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa deficiência auditiva de condução. Anatomia do Nariz e Seios Paranasais Nariz O nariz é uma cavidade de esqueleto em parte ósseo, em parte cartilaginoso, dividida por um septo em duas fossas. Cada fossa nasal tem uma abertura anterior, ou narina, e uma abertura posterior, comunicante com a faringe, a coana. O teto da fossa nasal é formado pela lâmina crivada do etmóide. A parede interna é o próprio septo nasal, de separação com a fossa vizinha: a parede externa é irregular, pela presença de três lâminas ósseas enroladas — os cartuchos superior e médio, dependência do etmóide, e o cartucho inferior — os quais dividem as fossas em três andares, ou meatos; a parede inferior, ou assoalho da fossa nasal, mais ou menos côncava como uma telha invertida, é formada pelo maxilar superior, e, atrás, pelo osso palatino. Reveste a cavidade nasal urna mucosa, a pituitária, cujo epitélio é cilíndrico-ciliado. Essa mucosa, profusamente irrigada pelo sangue, produz o muco nasal. Nas narinas veem-se pêlos curtos, as vibrissas, protetoras da fossa nasal. Ao nariz incumbem duas funções: a de órgão do olfato, desempenhada por uma parte da pituitária, e a de via respiratória. Para o exercício desta última função, está o nariz perfeitamente aparelhado: a) as vibrissas das narinas retêm corpúsculos estranhos, do ar que se inspira; b) o muco nasal prende, por aderência, boa quantidade das partículas microscópicas, inclusive micróbios, que escapam às vibrissas, e que se destroem pelo próprio muco, ou, aos poucos, pelos cílios do epitélio, são expulsos; c) a rica vascularização da mucosa permite que o ar inspirado se aqueça antes de chegar às vias respiratórias inferiores. Estas circunstâncias servem de fundamento ao preceito de higiene pessoal, que manda respirar sempre pelo nariz, e não pela boca. -Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. Seios Paranasais Assim denominados de preferência a seios da face (porque nem todos estão na face), são cavidades situadas ao lado das fossas nasais, que comunicam-se com estas por intermédio de canais e óstios. São cavidades simétricas, distribuídas em numero de quatro de cada lado: maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal. Os chamados seios anteriores (frontal, maxilar e etmóide anterior) desembocam ao nível do meato médio, e os denominados seios posteriores (etmóide posterior e esfenóide) desembocam no meato superior. Seio Maxilar São os maiores dos seios paranasais, estão localizados no interior do osso maxilar, sendo normalmente segmentados por septos ósseos. Apresentam-se como cavidades preenchidas por ar, que se comunicam com a cavidade nasal através do óstio sinusal maxilar no meato nasal médio, um segundo orifício, o acessório, está em geral presente no meato nasal médio, posterior ao primeiro. Aparecem como uma pequena canaleta no quarto mês de vida fetal; ao nascimento são pequenos e limitados à porção medial do osso maxilar, com o crescimento, expandem-se e ocupam larga extensão da maxila, alcançando seu máximo desenvolvimento após a segunda dentição. Variam em relação à forma e ao tamanho, podendo, também, apresentar variações entre os lados direito e esquerdo, em um mesmo indivíduo. A capacidade do seio maxilar é em média de 30 ml no adulto. Ao nascimento o seio maxilar apresenta em média as dimensões 2x1x1 centímetros. O seu crescimento médio anual é de cerca de 2 mm em todos os sentidos. Por volta dos 12 anos o pavimento do seio maxilar está ao nível do pavimento nasal. Com o avançar da idade, o pavimento nasal vai se colocando cada vez mais baixo, dificultando a drenagem do muco produzido no interior do seio através do óstio sinusal. No adulto as dimensões do seio maxilar dependem de inúmeros fatores como idade, sexo, grupo étnico e condições individuais. Quanto às variações em relação à forma, encontramos extensões do seio maxilar para o rebordo alveolar, região anterior, tuberosidade da maxila, palato duro, osso zigomático e região orbitária. As três primeiras são visibilizadas nas radiografias periapicais. A extensão alveolar é observada quando o crescimento se desenvolve no sentido do osso alveolar. Os casos mais frequentes são aqueles em que o primeiro molar é extraído e essa área passa a ser ocupada pelo seio maxilar. Em pacientes desdentados a extensão pode ser tal que o assoalho do mesmo constitui o próprio limite do rebordo alveolar. Quando o primeiro molar está presente é possível haver extensões entre a trifurcação das raízes. Seio Frontal Estão localizados no osso frontal, atrás dosarcos superciliares, raramente são simétricos; quase sempre o septo entre eles está desviado para um ou outro lado da linha mediana. Estão ausentes, ao nascimento; e começam a se desenvolver após os dois anos. A pneumatização do seio frontal ocorre com maior intensidade entre os sete e doze anos, o que aumenta a suscetibilidade da região frontal às fraturas, de tal modo que só começam a ser visibilizados em radiografias a partir dos 7 anos de idade. Cessam seu crescimento aos 20 anos, permanecendo inalterados durante toda a vida adulta. No entanto existem fatores que podem modificar sua morfologia, por exemplo, aumento da ventilação durante os exercícios físicos em atletas, devido ao aumento da pressão interna das cavidades, promovendo uma hiperpneumatização dos seios. Outra forma de alterar a forma desses seios seriam infecções graves, tumores, fraturas etc. A formação dos seios frontais esta intimamente ligada a formação do osso frontal. Ao nascimento, as faces (lâminas) interna e externa do osso frontal são paralelas e não existe o seio frontal. Posteriormente a lâmina externa da região supra-orbitária cresce mais rapidamente que a lâmina interna, pela aposição de osso na superfície externa. A lâmina externa parece afastar-se progressivamente da lâmina interna, formando uma crista acima do bordo superior da entrada da órbita. No início o espaço entre as duas lâminas do osso frontal é ocupado por osso esponjoso e depois pelo seio frontal. É provável que a lâmina externa nesta região seja uma resposta às crescentes forças mastigatórias, que são transmitidas para a parte mais anterior da base do crânio pela apófise frontal do maxilar e pelo osso zigomático. O seio frontal começa a se desenvolver da extremidade anterior superior do infundíbulo, ficando inicialmente na parte medial do arco supraciliar. Se o seio frontal é amplo, ele se estende para cima e lateralmente entre as lâminas interna e externa, e pode prolongar-se até a parte anterior do teto da órbita. O sépto entre os dois seios frontais tambem é assimétrico. As paredes do seio frontal raramente são lisas, pois habitualmente encontram-se cristas em forma de foice, principalmente na parede superior. Cada seio frontal drena para o meato nasal médio. Seio Esfenoidal São de número variado, estão contidos dentro do corpo do esfenóide, variam em forma e tamanho, e geralmente não são simétricos. Quando excepcionalmente grandes podem extender-se pelos tetos dos processos pterigóides ou pelas asas maiores, podendo inclusive invadir a porção basilar do osso occipital. São rudimentares ao nascimento e aparecem como pequenas evaginações das cavidades nasais. A partir dos dois anos de vida são bem visíveis, ampliam-se para trás e parecem ser formados a partir das células etmoidais mais posteriores. Alcançam seu tamanho definitivo na adolescência e podem aumentar na velhice. Cada seio esfenoidal drena para o interior do recesso esfenoetmoidal por um óstio geralmente localizado na parte superior de sua parede anterior. Seio Etmoidal Os seios etmoidais (também denominados de células ou vesículas etmoidais) já existem ao nascimento como pequenas cavidades cujo conjunto formam um labirinto. Aparecem como escavações em forma de vesículas na porção lateral do osso etmoide e abrem-se nos meatos médio e superior. O número de células é variável, podendo ser de 5 a 16 sendo a média de 7 a 9. São pequenas antes dos dois anos de idade, e apresentam desenvolvimento rápido entre o sexto e oitavo ano. As células etmoidais estão localizadas entre as partes superiores das cavidades nasais e orbitárias, separadas destas por delgada lâmina óssea. De cada lado estão distribuídos em três grandes grupos: anterior, médio e posterior. Os grupos anterior e médio abrem-se no meato médio do nariz através do infundíbulo. As células posteriores abrem-se no meato superior, cobertas pela concha superior, algumas vezes abrem-se no seio esfenoidal. Exame do Nariz e Seios Paranasais 1. Anamnese a. Dor: principalmente nos processos inflamatórios e nas neoplasias nasosinusais. A localização depende do seio paranasal comprometido. b. Espirros: aparece na fase inicial da rinite catarral aguda do resfriado comum e exprime reação local de defesa. Possui características das rinopatiasaléricas, sendo acompanhados de prurido nasal, que pode estender-se à mucosa da conjuntiva, da nasofaringe, da trompa de Eustáquio e, até mesmo, à pelo do lábio superior. c. Obstrução nasal: presente em quase todas as enfermidades das fossas nasais, como rinites, manifestações alérgicas, pólipos, neoplasias benignas e malignas e imperfuração coanal congênita. A obstrução nasal crônica determina respiração bucal. d. Ronco: decorre de obstáculo à livre passagem da corrente aérea pelas fossas nasais e faringe. A úvula e o véu palatino entram em vibração durante a passagem do ar inspiratório e provocam o ronco. A síndrome de apneia do sono são pausas respiratórias de 10seg a 1min, ocorrendo cerca de 8 a 10 vezes por hora. As causas mais frequentes são de origem nasal ou faríngea (desvios acentuados do septo nasal, pólipos alérgicos ou infecciosos) e a obesidade. e. Epistaxe: é a mais frequente das hemorragias. Pode ser classificada em anterior (sangramento origina-se na área de Kisselbach) e posterior (o sangramento origina-se na parte posterior da cavidade nasal ou da nasofaringe). A epistaxe é, em geral, de pequena intensidade; no entanto, notadamente após os 45 anos, pode apresenta-se em alto grau de intensidade de natureza arterial. Os ramos terminais das artérias esfenopalatina e etmoidais anterior e posterior encontram-se e se anastomosam na porção anterior e inferior do septo nasal, na área denominada de zona de Kisselbach. -Causas locais :traumatismos acidentais ou cirúrgicos. Outras causas seriam a rinite aguda simples, as ulcerações tuberculosas ou sifilíticas, a mifase nasal, os rinólitos, algumas neoplasias benignas como o pólipo sangrante do septo e o fibroma da nasofaringe, e as neoplasias malignas do nariz. -Causas gerais : sintoma comum nos estados febris, na pneumonia, na gripe, na febre tifoide, na nefrite aguda, na congestão passiva produzida pelas obliterações da VCS ou nos acessos de tosse da coqueluche. O abaixamento da pressão atmosférica também facilita a hemorragia, assim como a arteriosclerose, a hipertensão arterial e as nefrites crônicas (nessas três últimas, a epistaxe é muito frequente). Além disso, as hemorragias nasais podem resultar de várias desordens do aparelho circulatório, de doenças do fígado (por insuficiência de vitamina K), dos rins e do sangue. f. Rinorreia (Corrimento nasal): Escoamento abundante de fluido pelo nariz, com ausência de fenômeno inflamatório. g. Alterações da fonação: as fossas nasais atuam como caixa de ressonância durante a fonação, de modo que certas afecções nasobucofaríngeas podem alterar a emissão vocal, dando origem à voz anasalada ou rinolalia. Algumas dessas causas são: véu palatino curto ou paralítico, vegetações adenoides hipertrofiadas, destruições do septo nasal, obstrução nasal aguda ou crônica e fenda palatina. i. Rinolalia: Caracteriza-se por uma ressonância nasal (voz anasalada) maior ou menor que a do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais, vegetação adenóide, lábio leporino ou fissura palatina. h. Alterações do Olfato: i. Hiposmia/ ii. Anosmia - A hiposmia (diminuição) ou anosmia (abolição) pode ser devido a uma causa intranasal que impede a passagem das partículas odoríferas até a zona olfatória (pólipos, edema da rinite alérgica crônica), a uma atrofia da mucosa pituitária (ozena), a lesões das terminações nervosas olfatórias ou a processos intracranianos que alcançam diretamente o bulbo olfatório (tumores e traumatismos). iii. Hiperosmia - A hiperosmia (aumento) surge, às vezes, na gravidez, no hipertireoidismo e nas neuroses. Pode decorrer também de lesões da ponta do lobo temporal ou pode instalar-se como aura epilética (sintomas que surgem antes da crise). iv. Parosmia - Já a parosmia consistena interpretação errônea de uma sensação olfatória; é a perversão do olfato. Pode surgir em neuropatas ou em portadores da neurite gripal além de, também, poder instalar-se como aura epilética. v. Cacosmia -Por fim, a cacosmia consiste em sentir mau odores, podendo ser subjetiva ou objetiva. Na subjetiva, somente o indivíduo percebe o mau cheiro, como acontece na sinusite purulenta crônica; na objetiva, tanto o indivíduo como as pessoas que dele se aproximam sente o mau cheiro. A cacosmia objetiva pode ser devida à sífilis nasal com sequestros, tumores e corpos estranho. Na rinite atrófica ozenosa, a cacosmia é, também, objetiva e percebida pelas pessoas que rodeiam o paciente, mas não por ele mesmo devido a uma atrofia das terminações do nervo olfativo ou a uma fadiga deste. 2. Exame físco: a. Inspeção simples i. Nariz em sela: Nariz em sela é uma deformação nasal em que a ponte do nariz (sua parte superior) é achatada, muitas vezes bem próxima do resto da face. ii. Desvio de septo nasal: O septo nasal é uma estrutura formada por ossos (na sua parte posterior) e cartilagem (na porção anterior),que divide o nariz em duas narinas. Ele é revestido pelo mesmo tipo de tecido que forra internamente o nariz, conhecido por mucosa nasal. Quando ele está torto para um dos lados, chamamos de desvio. Assim, a narina que contém o desvio torna-se mais estreita à passagem do ar, dificultando a respiração. iii. Destruição de septo nasal iv. Rinofima: hipertrofia do nariz caracterizada por fibrose e dilatação dos vasos sanguíneos, das glândulas sebáceas e do tecido conjuntivo, típica de estágios avançados da acne rosácea. v. Batimento de asas do nariz (BAN): O batimento das asas do nariz consiste no alargamento e na abertura das narinas durante a respiração. b. Palpação i. Crepitações: ou estertores são sons descontínuos, apresentada de forma curta e explosiva, usualmente associada com desordens cardiopulmonares. ii. Pontos dolorosos iii. Desnivelamentos iv. Obstrução nasal: presente em quase todas as enfermidades das fossas nasais, como rinites, manifestações alérgicas, pólipos, neoplasias benignas e malignas e imperfuraçãocoanal congênita. A obstrução nasal crônica determina respiração bucal. v. Hipersensibilidade da ponta ou asas do nariz: sugere infecção nasal, como no caso de furúnculos e é particularmente percebida após discreta compressão da ponta do nariz. vi. Sinusite: Condição na qual as cavidades ao redor das vias nasais inflamam. A sinusite aguda pode ser desencadeada por um resfriado ou por alergias e pode desaparecer por conta própria. A sinusite crônica dura até oito semanas e pode ser causada por uma infecção ou por tumores.Os sintomas incluem dor de cabeça, dor facial, corrimento nasal e congestão nasal. A sinusite aguda geralmente não requer nenhum tratamento além do alívio sintomático com medicamentos para a dor, descongestionantes nasais e soro para lavagem nasal. Sinal de Ewing (Seio frontal): dor despertada quando se pressiona o ângulo superior interno da órbita quando existe obstrução do seio frontal 2. Sinal de Grunwald (Seio etmoidal): Na sinusite, a pressão digital na área de saída do nervo infra-orbitário, assim como a pressão na região geniana pode ser dolorosa. A pressão digital pode ser dolorosa na área de saída do nervo supra-orbitário (sinal de Grunwald) e no ângulo interno da órbita (sinal de Ewing). A pressão digital da área inter-ocular também pode ser dolorosa. Quando a percussão e palpação desencadeiam considerável desconforto nas crianças, deve-se pensar em quadros infecciosos sinusais mais severos. c. Rinoscopia (exame das fossas nasais, feito pelas narinas ou pela faringe, com auxílio de um espelho introduzido atrás do véu do palato.) i. Aparelho: Espéculo Nasal ii. Rinoscopia anterior: Inicialmente é feita uma inspeção simples da pirâmide nasal, narinas e vestíbulo, cuja finalidade é a procura de desvios da linha média, sinais inflamatórios externos, luxações do subsepto, deformidades da porção do septo nasal. A palpação, em seguida, pode detectar pontos dolorosos. Com o espéculo nasal, o examinador afasta a asa do nariz para ter visão do interior da fossa nasal, e as válvulas do espéculo são introduzidas no vestíbulo. Esse exame deve ser feito em duas posições. A primeira posição, onde a cabeça do paciente está em ortostática, permite observar: - para baixo, o soalho da fossa nasal; para dentro, o septo nasal; para fora, a cabeça do corneto nasal inferior e a entrada, no meato inferior. O examinador deve estar atento quanto à presença de congestão, hipertrofia ou mesmo degenerações polipóides no corneto inferior, deformidades no septo nasal, e, principalmente, sua relação com o corneto inferior, para se ter uma idéia da permeabilidade nasal. A mucosa que reveste os cornetos pode se apresentar rósea pálida, em processos alérgicos, ou vermelho vivo, em processos infecciosos, agudos. É fundamental o uso de vasoconstrictores nos casos de congestão do corneto inferior. Para tanto uma mecha de algodão, embebida em solução de efedrina (0,25% para crianças e 1% para adultos) é deixada na fossa nasal por 10 minutos. Com isso, a retração do corneto permitirá um exame mais correto e minucioso. No meato inferior, procuramos exsudatos e corpos estranhos que aí se localizam com frequência. A segunda posição, onde a cabeça do paciente está em extensão permite observar: - para fora, a cabeça do corneto médio; para dentro, a porção alta do septo nasal. Entre as duas, há uma pequena fenda, a fenda olfativa que conduz à abóboda da fossa nasal, onde está a lâmina crivosa, que dá passagem aos filetes do nervo olfativo. Os desvios do septo, ou mesmo a hipertrofia dos cornetos podem exigir, também, a vasoconstricção para melhorar a visualização do corneto médio, ou meato médio, cuja inspeção tem grande importância na identificação de exsudatos ou formações poliposas, vindas das cavidades paranasais anteriores. Pode se fazer necessário o uso de estiletes para determinar a consistência, o volume e a origem dos pólipos ou outras lesões. iii. Rinoscopia posterior: Esse é o exame da rinofaringe, através de um espelho introduzido pela cavidade bucal (Figura 2) Quase sempre é necessária anestesia tópica, no palato mole e parede posterior da faringe, para impedir que reflexos nauseosos dificultem o exame. Com o abaixador de língua, o examinador afasta a língua do palato e instrui o paciente para respirar, pausadamente, pelo nariz, provocando assim, um afastamento do palato mole da parede posterior da rinofaringe. Um pequeno espelho, previamente, aquecido é introduzido na orofaringe de um lado e de outro da úvula, refletindo a imagem do cavum e da coana. Observamos então, cuidadosamente, a cauda dos cornetos, a borda posterior do septo nasal, o teto do cavum com o tecido linfóide adenoideano, a tuba auditiva na parede lateral, a presença de pólipo, exsudatos ou degeneração da cauda dos cornetos, massas ou outras lesões. Anatomia da Cavidade Oral e Faringe Cavidade Oral A cavidade da boca ou cavidade oral é a parte inicial do sistema digestório. Localiza-se no terço inferior da face e comunica-se com o exterior pela abertura oral e com a parte oral da faringe (orofaringe) através de uma abertura ampla denominada istmo da garganta (das fauces). Quando totalmente fechada, é dividida pelos arcos dentais em duas porções: uma anterior anterolateral, menor, o vestíbulo da boca, e a outra posterior e maior, a cavidade própria da boca que apresenta uma forma ovalada. Com os dentes em oclusão, estas duas partes comunicam-se pelo espaço entre os últimos molares e a borda anterior do ramo da mandíbula. A cavidade da boca tem como limites: anterior e lateralmente os lábios e bochechas, posteriormente o istmo da garganta, superiormente o palato e inferiormente o soalho da boca, onde encontramos fixada a língua. São formações limitantes da cavidade da boca: os lábios, bochechas, palato, soalho e istmo da garganta. O palato ou teto da cavidade oral é divido em uma porção anterior ou palato duro e outraposterior ou palato mole (véu palatino). A mucosa que reveste o palato duro é espessa e unida ao periósteo (mucoperiósteo). O vestíbulo oral é delimitado externamente pelos lábios e bochechas e internamente pelos dentes e processos alveolares recobertos pela mucosa. A mucosa interna, tanto dos lábios como das bochechas, continua para cima e para baixo e forma um sulco que os une, que é o fórnice do vestíbulo. Após a mucosa, se dobrar no fórnice, esta passa a recobrir o osso alveolar e recebe o nome de mucosa alveolar. Esta comunica-se com uma mucosa bastante especializada, espessa e mais clara chamada de gengiva. A língua é um órgão muscular, localizada na cavidade própria da boca, presa por sua base ao soalho da cavidade oral. Está constituída por músculos extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos a prendem à mandíbula, ao osso hioide, ao processo estiloide e ao palato. Quando estes músculos se contraem, movimentam a língua em todas as direções. Os músculos intrínsecos, por sua vez, estão contidos inteiramente na língua, com origem e inserção nela e são responsáveis pela alteração de sua forma. Exame da Cavidade Oral e Faringe 1. Anamnese a. Dor b. Alterações do apetite c. Disfagia: Dificuldade de deglutir; sensação de parada do bolo alimentar; não há localização precisa do nível obstruído; pode ser inicial (logo quando tenta engolir) ou baixa (deglutição e, em seguida, a sensação de parada); acentuada redução da luz esofagiana. A inicial, ou bucofaríngea, é facilmente reconhecida, pois o alimento permanece no todo ou em parte na cavidade bucal após a tentativa de deglutição, podendo haver aspiração seguida de tosse ou regurgitação nasal; as principais causas são: mecânicas (processos inflamatórios, compressões extrínsecas, divertículo ou anel esofagiano), miopatias (mixedema ou miastenia grave); doenças do SNC, distúrbio funcional; e disfagia psicogênica. Na baixa, ou esofagiana, o paciente tem a sensação de parada do alimento no esôfago, embora não possa localizar precisamente o nível da obstrução; suas principais causas são: mecânicas (neoplasias, estenoses ou anel esofagiano inferior), motoras(esofagopatia chagásica, distrofia muscular e neuropatia do SNA). d. Sialose: Fluxo de saliva ou salivação. e. Pigarro: decorre de hipersecreção de muco, que se acumula e adere à parede posterior da faringe. Comum nos tabagistas crônicos, principalmente pela manha. f. Ulcerações/sangramentos: g. Tosse: A tosse é a expulsão brusca e barulhenta, reflexa ou voluntária, que assegura a expulsão do ar (a rapidez da expulsão pode atingir 900 km/h), contido nos pulmões, trata-se de uma reação do corpo a uma irritação, é um reflexo vital. A tosse é quase sempre um processo patológico. A tosse é um mal necessário que permite a expulsão de substâncias indesejáveis (poeira, corpos estranhos), ou a expressão de uma doença grave. Todavia, a tosse não é uma doença, mas o sintoma de outras doenças ou infecções. A tosse também visa proteger os pulmões. Uma tosse contínua pode se tornar irritante para o organismo e deve ser tratada. Uma pessoa com tosse de repetição pode ter o diâmetro de seus brônquios diminuídos. h. Halitose: A halitose é uma alteração do hálito que o torna desagradável, podendo significar ou não uma mudança patológica. É um sinal indicativo de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que requer apenas orientação), esteja acontecendo. A halitose não significa apenas uma doença, mas também, uma alteração das condições fisiológicas como por exemplo a halitose matinal, que a maioria das pessoas têm. A halitose em geral é um problema de saúde com consequências sociais e econômicas, morais e psicoativas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial. A halitose também é conhecida como hálito fétido, mau hálito, fedor da boca. ✓ Causas: 1. Locais: Gengivite e inflamações bucais - A mais comum das doenças denunciadas pelo bafo e causada pela falta de higiene mesmo. As gengivas ficam inflamadas pela falta de escovação. O mau cheiro vem das bactérias que se alimentam de restos de comida e liberam gases. 2. Respiratórias: Trato respiratório superior: Mais uma vez a culpa é das bactérias. Laringite, amidalite, sinusite e renite geram mau cheiro por causa do catarro que acumulam devido à inflamação. Trato Respiratório Inferior: A traqueia, os pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares acumulam secreções bacterianas. O exemplo mais clássico é a bronquite e o odor ruim vem dos gases criados pelas bactérias. Mas o cigarro é um agravante para isso. 3. Digestivas: Gastrite e Refluxo também geram mal hálito. No caso da primeira o problema está na demora para esvaziamento do estômago que é tomado por bactérias fedorantes e na segunda o cheiro desagradável é causado pela volta dos alimentos do estômago para boca. Eles deixam resíduos no caminho. Câncer de estômago: Essa doença gravíssima provoca a “putrefação” do tecido canceroso, é a morte para esses tecidos. O odor liberado pelo processo se denomina hálito necrótico. A intensidade depende do grau da doença. 4. Metabólicas: Doenças hepáticas: Nesse caso a Cirrose é a principal causa do mau hálito. Outras doenças que afetam o fígado também podem causar halitose. O fígado faz a síntese de substâncias e quando por deficiência não as absorve acontece sua liberação pelas vias aéreas. Essas substâncias deveriam ser excretadas, por isso o odor é bastante desagradável. Doenças renais: Quando os rins estão afetados ocorre o acúmulo de ureia e o hálito do pessoa passa a exalar amônia. Nos casos mais graves o cheiro nas vias aéreas é de urina. 5. Psicogênicas: Certos estados psicológicos relacionados com o stress ou com a ansiedade podem gerar halitose verdadeira. Deve-se sobretudo ao facto de que as glândulas salivares (estimuladas por fibras nervosas ligadas ao Sistema Nervoso Autónomo) provocam a diminuição da secreção salivar nestas condições. A estagnação de saliva residual na boca resulta num aumento de produção de Compostos Orgânicos Voláteis e Compostos Sulfurados Voláteis. ✓ Hálitos característicos 1. Hálito cetônico: A acetona, dificilmente oxidada e volátil é eliminada pela urina (cetonúria) e expelida pela boca, conferindo um odor característico, bastante similar ao de frutas envelhecidas, denominado hálito cetônico. 2. Hálito urêmico: Quando há insuficiência renal, a função do rim de filtrar o sangue e eliminar resíduos tóxicos ao organismo fica comprometida e substâncias como a ureia e a creatinina se acumulam na corrente sanguínea. “Tais compostos são transportados pelo sangue e acabam sendo eliminados via pulmonar junto com o ar expirado tanto pela boca quanto pelas narinas. Esse ar tem um odor descrito como “hálito urêmico”, ou seja, hálito com cheiro característico de urina, amônia ou peixe. 3. Hálito hepático: é um odor desagradável que exala na respiração devido à presença de substâncias voláteis (mercaptanos) formadas nas fezes por ação das bactérias. Esses gases não removidos pelo fígado doente são excretados pelo pulmão e aparecem na respiração. 4. Hálito pútrido: A fome também contribui para o aparecimento de odor pútrido, mas a principal origem é dos pulmões, por eliminação de produtos da quebra de gorduras e proteínas. 5. Hálito alcoólico: As bebidas alcoólicas aumentam a descamação dos tecidos da boca e essa descamação alimenta as bactérias que se acumulam principalmente na saburra (placa esbranquiçada que fica sobre a língua), e daí pode surgir rapidamente o mau hálito. 6. Hálito tabagista: Fumantes em geral podem apresentar alterações nas papilas da língua o que diminue o paladar e passam a reter mais partículas de alimentos e restos de células epiteliais descamadas causando o mau hálito. i. Promoção da saúde: Escovação de dentes e língua (vezes/dia); último exame odontológico. Cuidados com a voz (gargarejos, produtos utilizados). http://www.minhavida.com.br/saude/temas/mau-halito 2. Exame dos Lábios (inspeção e palpação) a. Alteraçõesda coloração Lábios descorados nas anemias. Lábios cianóticos (coloração arroxeada) nos problemas respiratórios e cardiovasculares. Lábios vermelho cereja nas acidoses ou intoxicação por monóxido de carbono. b. Alterações de volume c. Deformidades anatômicas d. Lesões ulceradas: e. Cancro Sifilítico: f. Herpes Labial: Infecção pelo vírus herpes simplex próxima à borda dos lábios. A herpes labial é transmitida por meio de contato pessoal direto, como o beijo. A herpes oral provoca pequenas lesões cheias de líquido chamadas de feridas frias ou bolhas de febre, que podem se repetir. Medicamentos podem acelerar a cicatrização e reduzir a reincidência. g. Angioedema (Edema de Quinke): O edema de Quincke, chamado também de angioedema, edema angioneurótico ou urticária gigante, é uma desordem caracterizada por um edema (inchaço) do tecido subcutâneo, que afeta preferencialmente os tecidos moles do organismo (lábios, pálpebras, genitália, língua, laringe, etc.), embora possa acontecer em qualquer parte do corpo. Surge inesperadamente afetando os tecidos subcutâneos, as mucosas, podendo afetar a laringe e causar uma asfixia grave, o que constitui uma urgência que necessita tratamento imediato. h. Carcinoma labial i. Queilite actínica: queilite actínica é uma alteraçäo dos lábios causada pela exposiçäo crônica aos raios solares ultravioleta (UV), em especial aos raios UVB, que têm menor comprimento de onda e, portanto, maior potencial de penetração se comparados aos raios UVA. Nos casos agudos, o lábio fica inchado e a vítima sente queimação e formação de bolhas, mas a cicatrização é espontânea. Já no tipo crônico, a queilite permanece na pele e piora conforme a exposição ao sol, podendo levar ao câncer. j. Queilite angular: ou Quelite angular é a inflamação de uma ou, mais comumente, ambas comissuras (ângulos) da boca. É um tipo de queilite (inflamação dos lábios) e representa a segunda principal causa de infecção dos lábios. As lesões costumam ser simétricas, mas podem aparecer em um só lado. Em alguns casos estão confinadas apenas à muscosa labial e em outros podem afetar pele adjacente aos lábios. Inicialmente há um engrossamento branco-acinzentado e eritema. Posteriormente, a https://pt.wikipedia.org/wiki/Boca https://pt.wikipedia.org/wiki/Simetria https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Muscosa&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Eritema aparência da lesão é triangular, com eritema, edema e fissura dos cantos da boca. Pode haver ulceração, crostas e atrofia, mas geralmente não sangra. Raramente a lesão se estende até o queixo ou bochechas. k. Síndrome de Peutz-Jehers (polipose gastrointestinal): é uma doença genética caracterizada pelo desenvolvimento de pólipos hamartomosos no aparelho digestivo e manchas escuras nos lábios e na mucosa da boca. l. Síndrome de Osler-Weber-Rendu (Teleangectasia Hemorrágica Hereditária): Este síndrome caracteriza-se clinicamente pela tríade: telangiectasias, epistaxe recorrente e história familiar. Os sintomas iniciais são: irritações na pele e sangramentos no nariz. 3.Exame da Mucosa Oral Inspecionar a mucosa oral, pedindo ao paciente para abrir a boca, afastar a bochecha com uma gaze num dedo enluvado ou uma espátula e, olhar toda a superfície da direita para a esquerda e de cima para baixo. Usar lanterna para visualizar as regiões posteriores. a. Condições normais: coloração característica (rosa brilhante, macia, lisa, íntegra e úmida) b. Estomatites: Pequena lesão superficial no interior da boca ou na base das gengivas. c. Manchas de Koplik (Sinal do Céu Estrelado): pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema. d. Manchas de Fordyce (Granulações de Fordyce): São glândulas sebáceas que se desenvolvem na mucosa oral. Estas glândulas são consideradas estruturas anexas típicas da pele e as que têm sido encontradas na cavidade oral passaram a ser chamadas de ectópicas. Entretanto, como os grânulos de Fordyce são bastante relatados em toda a população mundial, seu surgimento já é tratado como uma variação anatômica casual. Estas glândulas apresentam-se como lesões papulares múltiplas, amareladas ou esbranquiçadas, comunmente localizadas no lábio superior ou na mucosa jugal. Podem também aparecer na área retromolar e na pilar https://pt.wikipedia.org/wiki/%2525C3%25259Alcera https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%2525C3%2525A7a_gen%2525C3%2525A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%2525C3%2525A7a_gen%2525C3%2525A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/P%2525C3%2525B3lipo_(medicina) https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamartoma https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_digestivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_digestivo https://pt.wikipedia.org/wiki/S%2525C3%2525ADndrome https://pt.wikipedia.org/wiki/Telangiectasia https://pt.wikipedia.org/wiki/Epistaxe https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatite_de_contato https://pt.wikipedia.org/wiki/Dermatite_de_contato https://pt.wikipedia.org/wiki/Epistaxe amigdaliano anterior. e. Petéquias: Uma petéquia é um pequeno ponto vermelho no corpo (na pele ou mucosas), causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos. Em contraste com outras manchas na pele, as petéquias não somem ou clareiam quando são pressionadas. f. Leucoplasias: É uma das lesões cancerizáveis mais frequentes da cavidade bucal, desenvolvendo-se em qualquer região, sendo a mucosa jugal, o lábio inferior e rebordo lateral de língua as áreas mais afetadas. Clinicamente aparece como uma placa (para o leigo pode parecer uma mancha) esbranquiçada que não cede à raspagem, sua superfície pode ser rugosa, courácea (aspecto de couro) ou lisa. K. Granulações de fordyce 4. Exames das gengivas e dentes: -Coloração característica: tom rosa levemente pontilhado, úmidas, lisas, sem lesões, margem ajustada em cada dente -Números de dentes e estado de conservação, presença ou não de próteses: O ser humano possui entre 28 a 32 dentes. 32 dentes, se uma pessoa apresenta todos os 4 dentes do siso (terceiros molares) e 28 dentes, caso ela não os possua. No total, temos 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares (contando os 4 dentes do siso). Os dentes são lisos, brancos e brilhantes. Dentes amarelados ou escurecidos podem resultar do uso de chá, café ou tabaco. Exame físico: Palpar a bochecha com um dedo (enluvado) ao longo da mucosa interna e o polegar ao longo do revestimento externo em busca de nódulos profundos ou ulcerações. Retrair as bochechas para inspecionar as gengivas , verificando cor, se há edema, retração, sangramento ou lesões. Não deve haver sensibilidade a palpação. Testar cada dente, tocando-os delicadamente com o abaixador de língua, devem estar firmes. Pedir ao paciente para trincar os dentes e sorrir, avaliando a oclusão dentária. Os molares superiores ficam diretamente sobre os molares inferiores, e os incisivos superiores ligeiramente a frente dos inferiores. a. Palidez gengival b. Cianose gengival c. Icterícia gengival d. Edema gengival: A gengiva inchada, também chamada de edema gengival, pode ficar sensível e/ou dolorosa. Se pode perceber que as gengivas sangram mais facilmente ao escovar ou usar fio dental. e. Hiperplasia gengival: O termo hiperplasia é usado quando se quer mencionar o aumento do número de células num órgão ou num tecido. Pode ocorrer devido a anormalidades congênitas, anormalidades hormonais ou pouca higiene oral por muito tempo. Uma afecção preexistente de inflamação gengival predispõe o paciente à hiperplasia. A hiperplasia gengival também pode ser decorrente de medicação prescrita para outras enfermidades. f. Gengivite: Doença que causa inflamação das gengivas. A causa é a má higiene oral. A gengivite não tratada pode levar à perda do dente e a outros problemas graves. Os sintomas incluem gengivas inchadas, retraídas e, às vezes, sensíveis ou que sangram com facilidade. O tratamento envolve uma limpeza profissional, bem como enxaguantes bucais. g. Periodontite: A periodontite é a fase da doença periodontal que teve início no processo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mucosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragia https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasos_sangu%2525C3%2525ADneos https://pt.wikipedia.org/wiki/C%2525C3%2525A9lula https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido inflamatório na gengiva (gengivite), e que se estendeu para os tecidos de suporte do dente. Além dos sinais da gengivite, como o sangramento, na periodontite inicial o principal sinal é o rompimento das fibras que unem a gengiva, o dente e o osso de suporte. Forma-se então a bolsa periodontal, ou seja, um espaço entre o dente e a gengiva maior que 3 mm na sondagem, o que indica a perda das estruturas ao redor do dente, como o osso de suporte e as fibras do ligamento. h. Linha Plumbea (Orla Saturnina): i. Sarcoma de Kaposi: j. Dentes Cariados: As cáries são orifícios e lesões estruturais nos dentes, sinais de deterioração. A placa começa a se acumular nos dentes dentro de 20 minutos após comer (o período em que a maior parte da atividade bacteriana acontece). Se a placa não for removida de forma cuidadosa e rotineira, as cáries não só aparecem, como se proliferam. k. Hipoplasia do esmalte: A hipoplasia de esmalte se define como uma alteração na estrutura do tecido dentário, onde tem como origem alguma “falha” na mineralização do esmalte do dente. Fatores de ordem sistêmica ou hereditária podem ocasionar este defeito. l. Desgaste da superfície mastigatória: m. Dentes de Hutchinson: n. Bruxismo 5. Exame do Palato e Faringe (Inspeção) a. Petéquias palatinas: b. Toro palatino c. Amigdalite (Angina): Inflamação dos dois blocos ovais de tecido na parte traseira da garganta. Normalmente, a amidalite é causada por uma infecção viral, mas pode resultar de uma infecção bacteriana. Os sintomas incluem dor de garganta, dificuldade em engolir e sensibilidade nos gânglios linfáticos. d. Sinal de Muller: é a presença de pulsações sistólicas da úvula, característica de insuficiência aórtica. Vermelhidão e inchaço do véu palatino e das tonsilas também são associados ao sinal segundo algumas fontes e. Faringite f. Faringite https://pt.wikipedia.org/wiki/S%2525C3%2525ADstole https://pt.wikipedia.org/wiki/%2525C3%25259Avula https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%2525C3%2525AAncia_a%2525C3%2525B3rtica https://pt.wikipedia.org/wiki/V%2525C3%2525A9u_palatino https://pt.wikipedia.org/wiki/Tonsila 6. Exame da Língua: a. Macroglossia: b. Língua saburrosa: c. Língua escrotal (Fissurada): d. Língua geográfica: também conhecida como glossite migratória benigna, é uma condição inflamatória que afecta a língua. Os nomes coloquiais devem-se ao fato de as línguas afetadas lembrarem os aspectos de um mapa. A parte superior da língua é coberta por pequenas saliências chamadas papilas. Na superfície de uma língua afetada por essa condição, surgem manchas vermelhas cercadas por destaques em relevo de cor acizentada-branca. As pequenas manchas podem desaparecer e reaparecer em um curto período de tempo (horas ou dias), e variar em formato e https://pt.wikipedia.org/wiki/L%2525C3%2525ADngua https://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa https://pt.wikipedia.org/wiki/Papila https://pt.wikipedia.org/wiki/Mancha tamanho. Embora geralmente não cause dor, pode causar sensação de queimação ou ardor, especialmente após o contato com certos alimentos, especialmente picantes e cítricos. Esta condição inflamatória pode também causar dormência, e ainda a coexistência de fissuras na língua. Compostos químicos, como enxaguantes bucais e clareadores de dentes podem agravar a condição. e. Língua lisa (careca): A glossite é inflamação ou infecção na língua. Glossite faz com que a língua inche e mude de cor. Projeções na superfície da língua chamadas papilas podem ser perdidas, dando aparência lisa à língua. f. Língua Negra Pilosa: consiste no alongamento das papilas gustativas (até 15 vezes o normal) existentes na língua, conferindo a mesma um aspecto peludo. Já a coloração escura (preta, marrom, verde ou amarela) resulta do acúmulo de detritos, bactérias ou leveduras. g. Língua Branca Pilosa (Leucoplasia pilosa):. ✓ Escarlatina (Doença bacteriana que se desenvolve em algumas pessoas que têm faringite estreptocócica. Os sintomas incluem uma erupção cutânea vermelha brilhante que cobre a maior parte do corpo, dor de garganta e febre alta.) 1. Língua em framboesa: Hiperemiada 2. Língua em morango: Língua inchada e vermelha ✓ Candidíase (infecção por fungos do gên. Candida, esp. C. albicans, que acometem ger. a comissura labial, a boca, a orofaringe, a vagina e o trato gastrintestinal). http://www.infoescola.com/paladar/papilas-gustativas/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/lingua/ 3. Veias varicosas 4. Emangioma 5. Tumor de língua 6. Câncer bucal
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