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Brasil Republicano 3 encontro

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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO 3º ENCONTRO 
1
O BRASIL ENTRE A DITADURA E A
DEMOCRACIA (1964-2010)
Objetivos do encontro
• compreender as relações políticas do Brasil nas últimas cinco décadas;
• analisar as distintas políticas econômicas dos governos autoritários e democráticos;
• refletir sobre a produção cultural, as vivências e as distintas formas de participação política dos brasileiros;
3º encontro /Temas mediados
 AS QUESTÕES POLÍTICAS
– A GESTÃO ECONÔMICA DO BRASIL
 – CULTURA & SOCIEDADE: MOVIMENTOS ARTÍSTICOS,
SOCIAIS 
INTRODUÇÃO....
Analisaremos as diferenças entre os governos
do ciclo autoritário e do ciclo democrático, como também as similaridades entre
os dois períodos da história nacional. A ênfase será cronológica e irá abordar os diferentes personagens que ocuparam a cadeira da Presidência da República Brasileira.
 Começaremos pelo presidente Castelo Branco, o primeiro militar do
ciclo autoritário, e terminaremos analisando os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva.
A POLÍTICA NO CICLO AUTORITÁRIO
Ditadura militar brasileira ou Quinta República Brasileira foi o regime instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares. ... Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos.
Linha Histórica
Pimeira República- (1889-1930)
Governo Provisório e Constitucional de Vargas (1930-1937)
Estado Novo (1937-1945)
Quarta República (1945-1964)
Ditadura Militar (1964-1985)
Nova República 1985
Quarta República (1945-1964)
No caso da Quarta República, é muito complicado fazer a definição de características abrangentes a respeito de todo o período, uma vez que cada governo possuía interesses diversos e até mesmo uma plataforma ideológica distinta. De toda forma, muitos definem esse período como a fase do populismo na política brasileira.
A Quarta República pode ser caracterizada por ser um período minimamente democrático na história do nosso país. O número de eleitores cresceu consideravelmente por causa da Constituição de 1946, que dava sufrágio universal para homens e mulheres maiores de 18 anos e alfabetizados. A vida partidária também cresceu de maneira considerável, e surgiram partidos de grande alcance nacional, como o PTB, PSD e UDN.
Além disso, destaca-se também o crescimento das demandas populares, que apresentavam grandes exigências em torno de melhorias no sistema educacional do país, da realização da reforma agrária e de uma política econômica que trouxesse ganhos para o estilo de vida do trabalhador. Essa experiência democrática foi interrompida com o Golpe Militar de 1964
Presidentes da Quarta República (República Populista)
O Brasil possuiu uma série de presidentes ao longo do período da Quarta República, no qual aconteceram quatro eleições presidenciais: em 1945, 1950, 1955 e 1960. Observe abaixo a lista dos presidentes desse período:
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
Getúlio Vargas (1951-1954)
Café Filho (1954-1955)
Carlos Luz (1955)
Nereu Ramos (1955-1956)
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Jânio Quadro (1961)
Ranieri Mazzilli (1961)-GOVERNOU POR 2 DIAS
João Goulart (1961-1964)
Principais acontecimentos da Quarta República (República Populista)
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente pela chapa PSD/PTB, derrotando Eduardo Gomes, da UDN, e Iedo Fiúza, do PCB. Dutra elegeu-se escorando no apoio tímido que lhe foi dado por Getúlio Vargas e também em virtude de deslizes cometidos por seu principal adversário, Eduardo Gomes. Dutra assumiu a presidência em 31 de janeiro de 1946, anunciando que seria “o presidente de todos os brasileiros”1.
Em relação à economia, destacaram-se em seu governo dois momentos distintos: no primeiro, foi aplicada uma política econômica liberal que, depois de queimar as reservas cambiais do país, foi substituída por uma política intervencionista que resultou em grande crescimento econômico. Em questões de política externa, o país aliou-se incondicionalmente aos Estados Unidos.
Em decorrência dessa aliança, o governo rompeu relações diplomáticas com a União Soviética e passou a perseguir fortemente sindicatos, organizações de trabalhadores e partidos de esquerda. Com isso, o PCB foi colocado na ilegalidade, e seus políticos foram cassados.
Getúlio Vargas (1951-1954)
Getúlio Vargas retornou à presidência do Brasil após vencer as eleições de 1950, quando derrotou o udenista Eduardo Gomes e o candidato do PSD Cristiano Machado. O segundo governo de Vargas ficou marcado por uma forte crise política que abalou a sustentação de seu governo e por inúmeras polêmicas em torno da política econômica adotada.
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Juscelino kubitschek, vinculado à chapa PSD/PTB, foi eleito presidente após derrotar seus adversários: Juarez Távora, da UDN, e Ademar de Barros, do PSP. Seu governo ficou marcado pelo desenvolvimentismo, ou seja, por posturas econômicas que buscavam o crescimento da economia e da indústria no país. Para alcançar esse desenvolvimento, foi criado o Plano de Metas, que estipulava investimentos em áreas cruciais do país, como energia e transporte.
Jânio Quadros (1961)
O governo de Jânio foi curto, com duração de quase sete meses. Nesse período, o presidente acumulou polêmicas com a população e com seu partido, a UDN. Na economia tomou medidas que aumentaram o preço dos combustíveis e do pão. Outras medidas polêmicas foram a proibição do uso de biquíni e a condecoração de Che Guevara, líder da luta revolucionária na América.
Esse último fato enfureceu seu partido, que era ideologicamente conservador, isolando politicamente o presidente. A saída encontrada por Jânio foi renunciar à presidência no dia 25 de agosto de 1961. Sua renúncia é interpreta pelos historiadores como uma tentativa fracassada de autogolpe. Dessa forma, o país foi jogado em uma crise política sobre a sucessão presidencial.
João Goulart (1961-1964)
O governo de Jango (apelido de João Goulart) foi um dos mais atribulados da história do país. Sua posse aconteceu em meio a uma campanha política conhecida como “campanha da legalidade”, a qual defendia que Jango, vice de Jânio, fosse empossado presidente do Brasil. A luta entre legalistas e golpistas quase arrastou o país para uma guerra civil.
Jango assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961 em um regime parlamentarista. Apesar de os poderes políticos presidenciais estarem minados pelo parlamentarismo, a partir de janeiro de 1963, o presidencialismo teve seus poderes recuperados por meio de um plebiscito votado pela população.
Assim, Jango teve poderes para tentar implantar a Reforma de Base, um conjunto de reformas estruturais em áreas vitais do país, como sistemas tributário e eleitoral, ocupação urbana, etc. A reforma agrária e a forma como ela seria conduzida no país representaram o grande debate das Reformas de Base, o qual desgastou e isolou politicamente João Goulart. Em virtude disso, seu partido, o PTB, perdeu o apoio do PSD, que se bandeou para o lado dos udenistas.
Enquanto as tentativas de reforma eram debatidas, organizava-se secretamente no país um golpe contra o presidente. Essa conspiração contava com a participação de militares, civis e, principalmente, do grande empresariado.
Essa conspiração golpista recebeu apoio financeiro dos EUA, que inclusive injetou dinheiro em candidaturas conservadoras na eleição de 1962. Formaram-se, então, dois grupos que passaram a organizar o golpe e a difundir um discurso para desestruturar a base do governo com a população: o Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e o Ipes (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais).
O perfil de Jango logo preocupou as elites, que temiam uma alteração social que ameaçasse seu poder econômico. Entre as medidas adotadas para enfraquecer o então presidente está a adoção do parlamentarismo, que, em 1961 e 1962, atribuiu funções do Executivo ao Congresso, dominado na época por representantes das elites.O regime presidencialista foi restabelecido em 1963 após um plebiscito.
Em 1964, dois momentos-chave aconteceram:
Em 13 de março de 1964, o presidente realizou o discurso da Central do Brasil, no qual reassumiu seu compromisso em realizar, a todo custo, as Reformas de Base.
Em 19 de março de 1964, em São Paulo, aconteceu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, uma resposta ao discurso de Jango. Esse evento evidenciou a existência de uma parcela numerosa do país que se alinhava às pautas conservadoras e lutava contra o governo.
Contexto Histórico
Após a Segunda Guerra Mundial, a conjuntura global viveu anos de tensão com a chamada Guerra Fria. O conflito girou em torno das disputas entre os modelos socialista e capitalista, representados concomitantemente pela União Soviética e pelos Estados Unidos. A Guerra Fria criou uma extrema bipolaridade no contexto mundial.
A resistência da União Soviética e a força do projeto socialista geraram um enorme temor quanto a possibilidade do comunismo em vários países, inclusive entre uma parcela da população no Brasil.
O Golpe teve como principal justificativa a reação a uma possível “ameaça comunista”, resultado da interpretação sobre as políticas de João Goulart e influenciada pelo temor de que algo como a Revolução Cubana acontecesse no país
Contexto interno nacional: O Governo Jango
Foi nesse contexto que João Goulart, o Jango, assumiu a presidência da República no ano de 1961, após a renúncia de Jânio Quadros. Na época da renúncia de Jânio, o até então vice-presidente João Goulart estava em visita à República Democrática da China, uma ditadura comunista.
A aproximação de Jango com projetos comunistas gerou um grande temor entre políticos e militares brasileiros. Alguns desses fizeram uma investida na tentativa de impedir a posse de Jango em 1961. Entretanto, não obtiveram sucesso principalmente pela intervenção de Leonel Brizola e alguns militares que eram favoráveis à sua posse.
O governo de João Goulart foi alvo de muitas críticas de políticos como Carlos Lacerda, de esferas civis - como a classe média paulista - e militares da população, que acusavam uma tendência “esquerdista” do Presidente da República.   
Uma das principais marcas do governo de Jango foi a tentativa de uma série de reformas de base, entre elas, a Reforma Agrária e a criação de leis trabalhistas para os trabalhadores do campo. Essa política foi mais uma vez interpretada como fruto de uma tendência para esquerda do então presidente, gerando insatisfação entre as classes médias e entre os militares nacionais
CASTELO BRANCO
Em 9 de abril, foi editado o AI-1 (Ato Institucional número 1), decreto militar que depôs o presidente e iniciou as cassações dos mandatos políticos. No mesmo mês, o marechal Castello Branco (Arena) foi empossado. No governo Castelo Branco foi instituído o Ato Institucional número 1
Humberto de Alencar Castelo Branco foi o primeiro militar escolhido
para ser o presidente dos Estados Unidos do Brasil. Cearense, por tradição
familiar pertencia à Arma de Infantaria, como grande parte dos nordestinos que
ingressavam na então Escola Militar do Brasil, localizada no Realengo, um bairro
do subúrbio carioca. Castelo Branco teve uma carreira militar de grande destaque como soldado legalista. Isto é, ele se opôs aos principais eventos revolucionários.
Responsável por cassar diversos direitos políticos de cidadãos brasileiros.
Muitos políticos, inclusive personalidades que apoiaram a candidatura de Castelo no colégio eleitoral, como o ex-presidente Juscelino, foram perseguidos.
 Membros de partidos com forte ligação ao governo Goulart, como Leonel Brizola e Miguel Arraes,então governador de Pernambuco, além de Celso Furtado, líder na SUDENE, foram cassados pelo regime.
 Uma das primeiras medidas foi o expurgo no interior das forças armadas. Os legalistas e democratas, que haviam garantido a posse de JK em 1955 e a de Jango em 1961, foram os derrotados de 1964 e pagaram um alto preço por isso. Entre os cassados e expurgados.
O marechal enfrentou a reorganização política dos setores oposicionistas, greves e a eclosão de movimentos sociais de protesto, entre eles o movimento estudantil universitário.
 Também neste período os grupos e organizações políticas de esquerda organizaram guerrilhas urbanas e passaram a enfrentar a ditadura, empunhando armas, realizando sequestros e atos terroristas.
 O governo, então, radicalizou as medidas repressivas, com a justificativa de enfrentar os movimentos de oposição.... 
- Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/ditadura-militar-1964-1985-breve-historia-do-regime-militar.htm?cmpid=copiaecola
O golpe civil e militar de 1964
Segundo Boris Fausto (2008, p.257), a Constituição de 1946 não deixava dúvidas que o sucessor de Jânio Quadros deveria ser o seu vice-presidente, João Goulart. Contudo, os setores militares “viam nele a reencarnação da república sindicalista e uma brecha por onde os comunistas chegariam ao poder”.
Sendo assim, podemos afirmar que o golpe de 1964 está diretamente relacionado ao medo do avanço do comunismo e ao contexto internacional da disputa política entre EUA e URSS - União Soviética pelo domínio do mundo, durante a Guerra Fria. 
Apesar do conjunto das reformas de base não ter um caráter socialista, assustou a elite conservadora, a burguesia industrial e os investidores estrangeiros.
A classe dominante, os latifundiários e os investidores estrangeiros também entenderam que acabariam sofrendo perdas econômicas e financeiras caso a distribuição de renda se concretizasse e diminuísse a desigualdade entre ricos e pobres e trataram de se afastar do governo, sendo que alguns setores se tornaram oposição e contribuíram para o golpe.
Por esse motivo, consideramos que o acontecimento histórico de 1964 foi um golpe civil e militar.
De acordo com o historiador Boris Fausto “o movimento de 31 de março de 1964 tinha sido lançado, aparentemente para livrar o país da corrupção e para restaurar a democracia”. 
Para Boris Fausto (2008, p.257) “uma das medidas do governo militar foi a mudança das instituições através dos chamados “Atos Institucionais” justificado como decorrência do exercício do Poder Constituinte, inerente a todos as revoluções”. 
O principal objetivo do Ato Institucional número 1 era fortalecer o Poder Executivo, ou seja, o poder do Presidente Castelo Branco e reduzir a atuação do Poder Legislativo que continuou em funcionamento, exceto por pequenos períodos. 
Durante a ditadura militar, o Congresso ficou praticamente impossibilitado de participar das decisões políticas e propor mudanças para o país.
Além disso, cabe salientar que a prerrogativa da imunidade parlamentar foi suspensa por meio do Ato Institucional.
Em resumo, os membros do poder legislativo perderam as garantias de liberdade e independência no exercício de suas atividades políticas, podendo ser processados judicialmente e ter seus direitos políticos suspensos por 10 anos, pelo Presidente da República. 
Naquele contexto também seria muito arriscado fiscalizar as ações e as contas do Poder Executivo ou ainda, autorizar um processo contra o Presidente da República.
Conforme Boris Fausto, um mecanismo eficiente utilizado pelos militares a partir junho de 1964 para o controle dos cidadãos foi o SNI - Serviço Nacional de Informações. Desde então pairou um clima de medo no país e “as delações foram gradativamente se instalando”.
... 
Castelo Branco deveria governar até 31 de janeiro de 1966. Porém, posteriormente, seu mandato foi prorrogado e foram suspensas as eleições presidenciais diretas previstas para 3 de outubro de 1965.
Atos Institucionais
Em seu governo promulgou vários decretos-leis, e quatro atos institucionais: o primeiro, o "Ato Institucional" não era numerado, pois seria único, passou a receber o número 1 (AI-1), quando foi baixado o AI-2, que criou o bipartidarismo no Brasil, o AI-3 e o AI-4. Todos estes atos vigoraram até a entrada em vigor da novaconstituição do Brasil, em 15 de março de 1967. Reprimiu as manifestações contrárias às atitudes do governo com severidade
Atos Institucionais
Em seu governo promulgou vários decretos-leis, e quatro atos institucionais: o primeiro, o "Ato Institucional" não era numerado, pois seria único, passou a receber o número 1 (AI-1), quando foi baixado o AI-2, que criou o bipartidarismo no Brasil, o AI-3 e o AI-4. Todos estes atos vigoraram até a entrada em vigor da nova constituição do Brasil, em 15 de março de 1967. Reprimiu as manifestações contrárias às atitudes do governo com severidade
24
O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.
A promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968, representou o fechamento completo do sistema político e a implantação da ditadura. O AI-5 restringiu drasticamente a cidadania e permitiu a ampliação da repressão policial-militar. Um ato institucional era um decreto utilizado pelos militares para legitimarem suas decisões.... 
O AI-5 possibilitou a prisão de vários
suspeitos de ações terroristas contra a ditadura, independentemente de qualquer
prova empírica de atos de violência por iniciativa dos indivíduos, possibilitando
injustiças por parte dos agentes do Estado, que em vários momentos utilizaram da
tortura como meio de obter informações dos agentes de grupos armados de esquerda
(GASPARI, 2005).
Ao término do governo emergencial, que durou de agosto a outubro de 1969, o general Emílio Garrastazu Médici (Arena) foi escolhido pela Junta Militar para assumir a presidência da República.... 
Médici teve de enfrentar desafios para a manutenção da ordem política em uma ditadura já instalada, e sua figura auxiliou na elaboração de instituições especializadas na repressão aos perseguidos políticos do regime.
Uma das principais características do governo foi a perseguição implacável à
denominada guerra contrarrevolucionária, na qual os centros de repressão do
Exército tiveram maior ênfase na perseguição a grupos opositores à ditadura
militar. Durante seu governo, os órgãos de repressão cometeram graves abusos
de poder, sendo por várias vezes desrespeitados os direitos humanos
Emílio Garrastazu Médici foi o 28º presidente da República do Brasil e governou o País entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974. O governo de Médici entrou para a história como um mais repressores do regime militar e foi chamado de "Anos de Chumbo".
A ação governamental também se mostrou forte com o objetivo de promover
políticas de reafirmação de valores sociais machistas, como o patrocínio que a
ditadura ofertou a filmes pornográficos, as pornochanchadas.
Em relação à educação:
 No governo Médici foi promulgada uma nova Lei
de Diretrizes e Bases. A LDB de 1972 teve como grande novidade a exclusão de
disciplinas humanísticas dos currículos escolares, sendo substituídas por matérias
que buscavam fazer a divulgação, entre a juventude, dos ideais do regime. Assim,
disciplinas como História, Geografia, Filosofia e Sociologia eram substituídas por
disciplinas ideológicas em relação aos ideais do governo, que acompanhavam
os valores propostos pelo regime, como Educação Moral e Cívica, Organização
Social e Política do Brasil, Preparação Para o Trabalho, e Estudos de Problemas
Brasileiros. 
Na economia:
O "milagre econômico"... 
"Milagre econômico" é uma referência ao elevado crescimento da economia do País neste período. A expressão fazia referência à euforia da prosperidade econômica, que teria acontecido sem planejamento.
No entanto, o crescimento era embasado em pesados empréstimos contraídos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, o que elevou substancialmente a dívida externa brasileira.
Da mesma forma, durante o governo de Médici foram criados vários órgãos para ocupar e explorar a Amazônia. Destes, se destacam o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Projeto Rondon. Também foram iniciadas a construção das rodovias Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Manaus-Porto Velho
Além disso, foram inauguradas a hidrelétrica de Ilha Solteira, a maior da América Latina, a refinaria de Paulínia (SP) e a ponte ligando a cidade do Rio de Janeiro a Niterói. Todas essas grandes obras eram usadas para transmitir a ideia de um país em progresso e unido.
O desenvolvimento e crescimento econômico advindos da estabilização da economia contribuíram para estabilidade governamental. O governo Médici entrou para a história como o período em que se registraram os maiores índices de desenvolvimento e crescimento econômico do país. Entre 1969 e 1973, a economia brasileira registrou taxas de crescimento que variavam entre 7% e 13% ao ano. O setor industrial se expandia e as exportações agrícolas aumentaram significativamente, gerando milhões de novos postos de trabalho.
 A oferta de emprego aumentou de tal modo que os setores industriais mais dinâmicos concorriam na contratação de trabalhadores assalariados. 
Do ponto de vista sociopolítico, o ano de 1973 foi um dos marcos de um dos
primeiros desgastes do regime militar.
 A crise internacional do petróleo alterou a
dinâmica econômica interna, gerando o fim do denominado Milagre Econômico
Brasileiro
 15/3/1974 a 15/3/1979
Ernesto Geisel
A escolha de Ernesto Geisel para a Presidência da República pode ser
explicada por questões econômicas e patrimonialistas. Em relação às questões
econômicas, a principal crise que o mundo capitalista viveu teve como causa a crise
internacional do petróleo em 1973. Em relação ao patrimonialismo (confusão entre
o direito público e o privado), Ernesto Geisel era o presidente da Petrobras e irmão
mais novo do ministro da Guerra do governo Médici, Orlando Geisel.
Durante seu governo, Geisel enfrentou o fim da chamado "milagre brasileiro", com a redução do crescimento econômico e a alta da inflação. Para superar esse quadro desfavorável, agravado pela vitória expressiva da oposição nas eleições parlamentares de 1974, apresentou seu projeto de abertura política "lenta, gradual e segura com vistas à reimplantação do sistema democrático no país".
O período foi marcado por conflitos políticos e sociais, já que o processo de redemocratização entrava em choque com interesses dos militares. Num processo gradual, o governo permitiu a realização, em 1974, da propaganda eleitoral pela primeira vez desde a instituição do AI-5 (Ato Institucional número 5). Os candidatos do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido da oposição, à Câmara dos Deputados e ao Senado obtiveram vitória nos principais Estados do país, aumentando consideravelmente a bancada oposicionista nos dois órgãos governamentais.
A área econômica do governo Geisel ficou conhecida por meio do II Plano Nacional de Desenvolvimento, elaborado pelo ministro da época, Mário Henrique Simonsen.
A ideia era conter a alta da inflação, buscando alternativas para incentivar o crescimento econômico.
Entre as medidas que foram tomadas, estão:
fortalecimento das empresas estatais;
aumento das taxas de juros;
emissão de títulos resgatáveis.
Houve investimentos na indústria com o objetivo de gerar empregos, tendo em vista que o Brasil enfrentava os reflexos da crise do petróleo de 1973.
No entanto, houve ampliação da dívida externa e a inflação continuou subindo, causando um período de recessão econômica e crise política.
Outros Marcos;
‘Apesar das ações de grupos radicais, os avanços democráticos foram
grandes no Brasil nos últimos anos da década de 70 e em toda a década de 1980.
Três marcos importantes no processo de abertura política foram o fim da censura
prévia à imprensa, a anistia aos perseguidos políticos eo fim do bipartidarismo
(FAUSTO, 2002).
Em 1978 foi declarado o fim da censura prévia à imprensa. O fato das
principais notícias serem censuradas dava à população uma falsa impressão de
segurança, apesar do aumento da violência urbana no período militar, com a
presença de grupos de extermínio em regiões pobres das cidades brasileiras, como
ocorreu na Baixada Fluminense nos anos 1970, com os esquadrões da morte.
No ano seguinte, em 1979, o Brasil passou por um processo de anistiar
os perseguidos políticos. Assim, a palavra de ordem era Anistia Ampla, Geral e
Irrestrita. A anistia tinha um duplo componente político. Ela tanto anistiou os jovens
que tinham se envolvido em ações armadas terroristas e violentas, assim como
também perdoou as ações dos militares que agiram contra os Direitos Humanos
e a Convenção de Genebra, ao torturar presos políticos
Outros Marcos;
32
DAS “DIRETAS JÁ” AO GOVERNO LULA
É no governo de Figueiredo que a sociedade monta um movimento civil reivindicando eleições diretas para a Presidência da República, popularmente conhecido como Diretas Já, em março de 1983.
O movimento foi liderado por Tancredo Neves, Leonel Brizola e Miguel Arraes, entre muitas outras personalidades, sendo consolidado com a eleição de Tancredo de forma indireta. Porém, ele acabou falecendo antes de assumir, deixando a vaga para seu vice, José Sarney.
Assim, foram encerrados 21 anos de ditadura militar no Brasil, tendo como principal vitória a promulgação da Constituição de 1988, que vigora até hoje.
 Governo marcado pelos primeiros sinais de abertura do Brasil para a democracia por meio das eleições diretas, garantindo direitos que, ao longo da ditadura militar, foram deixando de existir.
Entre eles, podemos citar:
liberdade de expressão e de imprensa;
maior participação popular nas decisões políticas;
combate à corrupção.
Manifestações pelas eleições diretas para a presidência da República. Abril de 1984. Fonte: Arquivo da Agência Brasil.
A campanha pelas eleições diretas para a Presidência da República tomou
as ruas das principais cidades brasileiras. Pois a base ideológica de sustentação
do regime militar, como as igrejas cristãs e a classe média, já não mais apoiavam o
regime de exceção, em grande parte pela perseguição a membros do clero, o que
deixou padres e pastores insatisfeitos, além da inflação, que corroía o poder de
compra das camadas médias urbanas. Assim, multidões saíam às ruas clamando
pelo direito de votar para presidente da República. Muitos homens e mulheres,
mães e pais de família, na faixa dos 20 e 30 anos de idade, em meados dos anos
1980, jamais tinham votado para presidente da República, pois eram crianças
quando se deu a instauração do golpe militar. Assim, podemos compreender que
muitos brasileiros estavam insatisfeitos com os rumos que o país tomou nos anos
de ditadura militar (FAUSTO, 2002).
A candidatura de Maluf foi esvaziada, quando membros
do partido da ditadura, o PDS, aderiram à candidatura do governador mineiro
Tancredo Neves. O vice-presidente de Figueiredo, Aureliano Chaves, em conjunto
com o líder do PDS, José Sarney, formaram a denominada Frente Liberal, cujo um dos
ideólogos foi o pensador conservador José Guilherme Melchior, e germe do Partido
da Frente Liberal, que teve em Antônio Carlos Magalhães e Jorge Bornhausen os seus
principais líderes. Porém, o cabeça de chapa e vice deveriam pertencer ao mesmo
partido. Assim, o presidente do partido do governo foi o candidato a vice na chapa
da oposição, composta por Tancredo e José Sarney. A chapa oposicionista, contando
com ampla maioria no colégio eleitoral, ganhou o pleito.
A vitória de Tancredo Neves para a Presidência do Brasil foi uma grande
esperança para a população brasileira, que tinha anseio por liberdade após 21
anos de governo autoritário
O Governo Sarney
 Ficou marcado por ter sido o primeiro governo civil a assumir o Brasil após 21 anos de Ditadura Militar. José Sarney assumiu a presidência após a trágica morte de Tancredo Neves, o presidente eleito em 1985. Sarney foi o responsável por conduzir o retorno do país à normalidade democrática.
Um dos grandes marcos desse governo foi a formação de uma Assembleia Constituinte que redigiu e promulgou a Constituição de 1988. O governo de José Sarney também ficou conhecido por fracassar no combate à crise econômica que assolava o país. O político maranhense governou o país entre 1985 e 1990.
Ulysses Guimarães anunciando a promulgação da Constituição de 1988
Constituição de 1989
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A Assembleia Constituinte foi um momento ímpar na história brasileira, uma vez que mobilizou nossa sociedade para a construção de uma carta democrática que respeitasse direitos de todos, incluindo grupos marginalizados, como os negros, índios e as mulheres. O envolvimento popular de maneira direta na produção de uma nova constituição resultou na elaboração da constituição mais democrática da história do Brasil.
A Constituinte era formada por 559 congressistas que tomaram posse em 1º de fevereiro de 1987 e os trabalhos para elaboração da Constituição estendeu-se durante mais de um ano. A Constituição de 1988 foi um enorme avanço para o Brasil na questão dos direitos civis
FORA COLLOR
Quando se afirma que o governo Collor caiu pelo clamor das ruas, se
faz uma referência direta ao denominado Movimento dos Caras Pintadas. Por
este nome ficou conhecida grande parte da juventude brasileira, que tinha como
principal porta-voz o então presidente da União Brasileira dos Estudantes,
Lindberg Farias, e que saiu às ruas das principais cidades brasileiras clamando
pela destituição de Collor do cargo de Presidente da República. Tal clamor era
motivado por um grande sentimento de indignação da opinião pública sobre tal
evento. Não apenas estudantes se manifestaram nas ruas com as caras pintadas.
Havia um sentimento grande de indignação da grande massa da população
brasileira contra o governo federal. Após Collor abandonar a Presidência, o
movimento se dispersou.
O líder político que assumiu o poder após a queda de Collor foi Itamar
Augusto Cautiero Franco
Governo de Itamar Franco
Esse governo ficou marcado por ter realizado um dos grandes feitos da história recente do país: a estabilização da economia e o controle da inflação. Isso ocorreu por meio da nomeação de Fernando Henrique Cardoso ao Ministério da Fazenda. O trabalho dele e de sua equipe de economistas na estabilização da inflação no Brasil efetivou-se por meio do Plano Real
Foi o trabalho de FHC e sua equipe de economistas à frente do Plano Real que resolveu os problemas econômicos de nosso país e estabilizou a inflação. Esse foi o grande legado do governo de Itamar Franco.
Na gestão de Itamar Franco, esses economistas puderam corrigir seus erros e criar um plano diferente do que até então havia sido feito.
As três etapas incluíram a estabilização das contas públicas, com redução de gastos e aumento da arrecadação; lançamento de uma moeda virtual para preparar a transição do cruzeiro real para o real e, por fim, o lançamento da nova moeda, o real.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo durante o primeiro mandato foi o combate à inflação
Algumas reformas no setor da Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
O governo Lula continuou a política econômica do seu antecessor, o presidente Fernando Henrique Cardoso.Manter a inflação controlada e o real estável seguiu sendo a prioridade do governo.
Lula também contou com o cenário exterior favorável quando a China e a Índia começaram a crescer, abrir seus mercados e consumir mais. Isto gerou o aumento de exportação de matérias-primas e das commodities brasileiras.
Igualmente, quando a crise econômica começou em 2008 nos Estados Unidos e na Europa, o Brasil não foi tão atingido. O governo diminuiu certos impostos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que tributa sobre os eletrodomésticos, por exemplo.
Educação no Governo Lula
Para a educação, o governo Lula preparou um plano onde se buscava democratizar o acesso à escola em todos os níveis e em todo território nacional. Foi instituído o Fundeb (2007) a fim de auxiliar o financiamento e a expansão da educação básica.
No ensino superior promoveu a ampliação de bolsas para o mestrado e o doutorado, com o intuito de aumentar em 5% o número de professores qualificados das universidades.
O acesso das camadas mais pobres da população ao ensino superior foi ampliado através do sistema de cotas sociais e raciais adotado por 20 universidades federais de 14 Estados.
Em 2009, foi criado o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que escolhe alunos para vagas em universidades federais através da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
A economia brasileira passou por grandes transformações com os governos
de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck na década de 1950. Presidentes que
traçaram os novos rumos do Brasil, uma nação que de agrário-exportadora se
transformou em uma nação industrial. Com o advento dos militares no poder, a
gestão da economia brasileira se alterou de forma radical. Em especial, observamos
um aumento da dependência do Brasil ao grande capital internacional, e a
concentração de renda crescendo de forma exponencial (PRADO JÚNIOR, 1987).
 
O setor industrial nacional passou por profundas transformações nos anos
1990. Isto porque as transformações globais do sistema capitalista permitiram
uma mutação das formas de relação entre o Estado e o capital, denominado
como processo de globalização. Este pode ser definido como as transformações
realizadas na estrutura do sistema, no qual a presença do Estado na economia
é menor. No caso brasileiro, as transformações foram profundas, pois grande
parte do processo de industrialização brasileiro foi estimulada pela ação direta
do governo, criando multinacionais, e protegendo as empresas nacionais ou
multinacionais aqui instaladas, com uma forte carga de impostos e tarifas aos
produtos importados.
No governo FHC, como também no de Lula, foram instaladas no Brasil
algumas empresas, como a Peugeot, a Renault, além de algumas montadoras
coreanas, como a Hyundai.
Alguns setores, que antes eram estatais, passaram a ser privatizados.
Um dos setores foi o da telefonia. Assim, as antigas estatais do sistema Telebras
foram substituídas pelas companhias multinacionais. O principal mercado que se
expandiu foi o da telefonia móvel
Um dos aspectos importantes a se ressaltar nos últimos 50 anos, é que a
economia ocidental viveu profundas alterações. Dentre estas, podem ser citados
a criação de blocos econômicos e o deslocamento do eixo econômico do mundo,
que antes se concentrava no Atlântico e hoje se encontra no Pacífico, sendo a China
uma das principais economias emergentes
Os setores de transporte e energia passaram pelas mesmas alterações que
os demais da economia nacional. Isto é, de uma concepção de Estado interventor
para o de Estado regulador ou gerenciador das relações econômicas (BRESSERPEREIRA,
2001).
BREVE PANORAMA ARTISTICO-CULTURAL
A arte demonstrou profundo engajamento social e político no Brasil das
últimas cinco décadas, sendo destaques a Arte Contemporânea e o Movimento
Concretista.
• A cultura de massa ganhou grande destaque com o advento da televisão,
responsável por vincular movimentos musicais da juventude, como a Jovem
Guarda, o Tropicalismo e o Rock brasileiro da década de 1980.
• Amplos setores da imprensa se opuseram à ditadura militar. Por isso, muitos
jornalistas passaram, naquele período, a dura condição de presos políticos.
• O movimento estudantil foi uma das mais importantes forças políticas do
Brasil entre os anos 1960 e 1990.
• Novos movimentos sociais surgiram com a redemocratização, como o
movimento de mulheres, o movimento negro, o movimento gay e o novo
sindicalismo.
As artes brasileiras foram perseguidas durante a ditadura militar através
do instrumento da censura. Tanto artistas intelectualizados, como os universitários
Chico Buarque e Gilberto Gil, assim como os artistas populares, como Waldick
Soriano e Odair José, eram censurados, tanto por questões políticas, como por
propor uma nova moral longe dos valores patriarcais (ARAÚJO, 2002).
Além da imprensa, o movimento estudantil foi um dos símbolos da luta
contra a ditadura. O movimento estudantil contou, durante o regime autoritário,
com duas lideranças principais: José Dirceu e Wladimir Palmeira. Uma das
principais ações do movimento estudantil foi articular melhores condições de
vida e estudo para os universitários brasileiros. Luta por moradias estudantis,
além de restaurantes universitários, melhores bibliotecas e ampliação do acesso
ao ensino superior. Todavia, tais lutas por melhoria das condições cotidianas
dos estudantes eram interpretadas como luta comunista. Assim, os estudantes
universitários foram duramente perseguidos.
A oposição à ditadura permeou os principais estamentos da sociedade
brasileira. Em grande parte, grupos sociais de origem e imaginários sociais
completamente distintos, como comunistas, católicos, artistas plásticos, militares e
operários fabris. Todos unidos contra um inimigo comum: a ditadura militar. Porém,
com a redemocratização, observamos uma pluralidade de novos movimentos sociais,
nos quais se destacaram: o novo sindicalismo, o movimento feminista, o movimento
negro, o movimento gay e o movimento ecologista são alguns dos mais importantes.
Canais de contato:
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