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Anatomia do Recém - Nascido Sistema Respiratório Cavidades nasais · São mais baixas, largas e relativamente longas (sentido sagital); · Elas são mais largas devido ao palato, que é o assoalho das cavidades nasais e sua configuração permite que ocorra essa diferenciação; · No adulto, ele possui uma concavidade aumentada, sendo praticamente plano no recém-nascido. Assim, quanto maior a concavidade, menor será o tamanho da cavidade nasal pela maior proximidade das margens; · As conchas nasais estão todas diferenciadas, e os meatos também; · A margem inferior da concha nasal inferior está frequentemente em contato com o assoalho da cavidade nasal, de forma que, o meato nasal inferior é praticamente inexistente; · O septo nasal é sempre alinhado e sua porção superior (lâmina perpendicular do etmoide) é cartilagínea e ossifica-se durante o 1º ano de vida. O osso vômer ainda é presente e constitui a parte óssea do septo nasal; · O desvio de septo, nos indivíduos, ocorre quase sempre para direita, pela articulação do osso vômer com a lâmina perpendicular o etmoide, sendo esta condição impossível no recém-nascido; · Normalmente preenchidas por líquido amniótico ao nascimento. Seios paranasais · Ao nascimento existem apenas os seios maxilares; · Esfenoidal e etmoidal: desenvolvimento entre o 1º e 2º ano de vida extrauterina. Os primeiros a serem visualizados com relativa facilidade são as células etmoidais, seguidas pelo seio esfenoidal; · Os seios frontal e maxilares são bem visíveis a partir do 7º ano de vida; · Desenvolvimento: · Puberdade: desenvolvimento completo; · Os seios frontal e maxilar tendem a expandir suas cavidades para dentro dos ossos correspondentes na idade adulta; · O seio maxilar pode continuar sua expansão mesmo no envelhecimento adulto. Faringe · Limite superior: base do crânio; · Limite inferior: entre as vértebras CV– CVI, com crescimento proporcional ao adulto, acompanhando o crescimento da coluna vertebral; · Ela é subdividida em: parte nasal da faringe, parte oral da faringe e parte laríngea da faringe; · Os coános (aberturas que limitam a parte anterior da cavidade nasal e a parte nasal da faringe posteriormente) são mais estreitos e são menores, assim, existe uma maior facilidade de obstrução pelo tecido linfoide, chamado de tonsila faríngea ou adenoide, que ao aumentar de tamanho, adquire o nome da carne esponjosa; · O recém-nascido quando tem seus coános obstruídos pela adenoide em meio a um processo infeccioso não consegue respirar pelo nariz, então, ocorre um condicionamento de respiração pela boca. Tuba auditiva · Possui cerca de 1,7cm de comprimento, representando metade do comprimento do adulto; · A tuba auditiva é mais horizontal quando comparada a do adulto, que é mais oblíqua; · O toro tubário é menos volumoso. Tuba auditiva (adulto): · Estabelece comunicação entre a parte nasal da faringe e a orelha média; · Equalização dos níveis de pressão entre o ambiente externo e a orelha média; · Aproximadamente 3,6cm de comprimento; · Possui uma parte óssea com 1,2cm relacionada com o canal carótico, e sua parte cartilagínea com 2,4cm, que se projeta na parte nasal da faringe; · Istmo da tuba auditiva: união das partes óssea e cartilagínea; · É aberta pela ação dos músculos tensor e levantador do véu palatino, que estão inseridos na parede externa da tuba; · São relacionadas a deglutição e ao bocejo. Vias aéreas superiores · Os recém-nascidos, até a idade de cerca de 6 meses de vida extrauterina, possuem a capacidade de inspirar e expirar ao mesmo tempo que deglutem, de forma que, ele não precisa parar de se amamentar para respirar; · Respiração silenciosa: boca fechada → ar entra pelas narinas → cavidade nasal → parte nasal da faringe → parte oral da faringe → ádito da laringe → laringe → traqueia → brônquios → pulmões; · O ar passa da cavidade nasal diretamente para a laringe e vias aéreas inferiores; · A passagem do ar inspirado e expirado é a mesma; · No recém-nascido a faringe é mais curta e o palato mole e a epiglote sobrepõem-se entre si durante a amamentação, permitindo o mecanismo de respirar e deglutir ao mesmo tempo; · A sobreposição epiglote em relação a úvula palatina permite a formação 3 canais, sendo 2 deles laterais, para a passagem de alimento e 1 mediano para a passagem de ar · A comida é desviada para os canais laterais de cada lado do palato mole e da epiglote sendo direcionada para o esôfago, passando lateralmente a laringe e segue diretamente para o esôfago e o estômago; · Os canais são formados pela subida da laringe + sobreposição da epiglote e da úvula; · Conforme a faringe cresce, ocorre um afastamento da epiglote com a úvula palatina, que impede a sobreposição das duas estruturas e não ocorre a formação dos canais; · No adulto a faringe é mais longa e a parte oral da faringe é uma cavidade comum para a passagem do alimento e do ar, resultando na chamada encruzilhada aerodigestiva, em que, apenas passa ou ar ou alimento, não permitindo a passagem dos dois juntos. Laringe · Mede aproximadamente 2cm de comprimento; · As dimensões absolutas são de aproximadamente 1/3 quando comparadas com a do adulto; · Laringe mais superior: glote no mesmo plano horizontal do corpo CIII–CIV, em uma altura mais alta para permitir a sobreposição. No adulto, representada entre CIV–CV, em uma altura mais baixa; · Epiglote: mais longa, menos flexível e mais horizontalizada, contribuindo para a formação dos canais comuns (laterais e medianos). Está no mesmo plano horizontal do dente do Áxis. No adulto, está na altura do corpo de CIII; · As diferenças sexuais surgem por volta do 3º ano, em que: · Ela é maior e mais longa nos meninos; · O ângulo entre as lâminas da cartilagem tireóidea é maior nas meninas, equivalendo a 120º (obtuso) nas meninas, enquanto nos meninos tem valor de 90º (agudo, causando uma proeminência laríngea visível no pescoço do indivíduo masculino); · Quanto maior o ângulo, maior a tendência de uma voz mais aguda. Quanto menor o ângulo maior a tendência de uma voz mais grave; · A mucosa é mais fina, com uma lesão mais fácil e uma tendência maior de edema, principalmente em casos de intubação; · A estimulação mecânica da laringe pode desencadear estimulação vagal (ela é inervada por ramos do nervo vago, atingindo os nervos laríngeos superior e recorrentes), resultando em bradicardia pela estimulação simpática. Traqueia · Possui 4cm de comprimento e 3,5mm de diâmetro, sendo mais calibrosa na porção superior. No adulto, tem cerca de 12cm; · Durante o crescimento há um aumento proporcional em todos os eixos. No adulto, 12/2,5/16 a 20 arcos de cartilagem, possuindo a mesma quantidade no recém-nascido, aumentando apenas em comprimento; · Diâmetro: é calculado em mm proporcional à idade em 25 anos; à 4 anos = 4mm/10 anos = 10mm/20 anos = 20 mm e, no adulto, o diâmetro é cerca de 2,5cm · A bifurcação da traqueia ocorre num plano horizontal mais superior (TIII–TIV), enquanto no adulto ocorre na margem inferior de TV; · As cartilagens traqueais do recém-nascido estão mais próximas, causada pelo menor tamanho dos ligamentos anulares, estes que possuem um maior crescimento na puberdade. Pulmões · Possuem frequência respiratória de 40/44RPM, enquanto nos adultos em repouso equivalem a 12/15RPM; · Sua sintopia óssea sofre poucas mudanças ao longo do crescimento, ou seja, o contato dos pulmões com as costelas não tem tanta mudança durante o crescimento, sendo mudanças mais expressivas no alongamento do tórax e do abdome (= tronco); · O peso dos pulmões é 20 vezes menor que no adulto, sendo mais curtos e largos quando comparados com o período adulto, que tem o eixo longitudinal mais alongado. Seu peso é de 30g, quando nos adultos equivale a 600g; · O tórax e o abdome de um recém-nascido têm um eixo longitudinal menor que o do adulto, principalmente por influência do diâmetro do fígado, que possui, proporcionalmente, um tamanho maior que o do adulto, exercendo influência na disposição das vísceras.Brônquios e alvéolos: · As características dos brônquios principais têm mesmos critérios anatômicos do adulto; · Assim, o brônquio principal direito é mais curto, calibroso e vertical enquanto o brônquio principal esquerdo é mais longo, horizontalizado e com calibre menor; · Ao nascimento, existem cerca de 25 milhões de alvéolos em cada pulmão, valor que atinge 300 a 350 milhões de alvéolos em cada pulmão no adulto; · O crescimento do pulmão em tamanho decorre do aumento dos números de alvéolos em cada um deles, o contrário que ocorre em músculos, que tem seu aumento causado pelo aumento de volume de cada fibra muscular, que não aumentam em número; · A área de superfície de troca gasosa no recém-nascido equivale a 2,8m2 , com 8 anos equivale a 32m2 e no adulto, o valor cresce para 75m2 · As vias aéreas de menor calibre apresentam um crescimento mais lento, predispondo a uma inflamação das vias aéreas inferiores. Períodos de desenvolvimento pulmonar · Glandular ou pseudoglandular: 6ª até a 16ª semana; · Canalicular: 16ª à 26ª semana; · Sacular: 26ª semana ao nascimento; · Alveolar: final do período fetal até 8 anos. Período glandular ou pseudoglandular: · 6ª até a 16ª semana de vida intrauterina; · Ele recebe esse nome por ter um desenvolvimento semelhante a uma glândula endócrina ou exócrina; · No final do período todos os elementos principais do pulmão já aparecem, exceto os alvéolos, ou seja, possui a traqueia, brônquios principais, brônquios lobares (superior, médio e inferior) e brônquios segmentares bem desenvolvidos; · Em corte histológico, é possível observar os bronquíolos terminais e os capilares sanguíneos, não possuindo os bronquíolos respiratórios, além do epitélio coloidal; · Na 6ª semana, já são presentes as pleuras visceral, parietal e a cavidade pleural; · A respiração não é possível, sendo esta uma característica morfofuncional incompatível com a vida extrauterina, por não acontecer a troca gasosa. Período canalicular: · 16ª até a 26ª semana de vida intrauterina; · Aumenta consideravelmente a vascularização do tecido pulmonar; · A luz dos brônquios e bronquíolos torna-se maior; · Os bronquíolos respiratórios e ductos alveolares se desenvolvem a partir dos bronquíolos terminais (24 semanas – 6 meses); · Apesar da possibilidade de funcionamento no mecanismo respiratório, torna-se muito baixo o índice de sobrevivência, já que os sistemas orgânicos estão relativamente imaturos (fígado ou rins, por exemplo), ou seja, não é viável com a vida, ainda com a administração do surfactante exógeno para evitar o colabamento do alvéolo; · Para que ocorre a troca gasosa é preciso que haja uma fina camada no epitélio no alvéolo, assim, para que haja interface alvéolo-capilar, é importante que tenham células alveolares do tipo 1; · Com 16 semanas o alvéolo é coberto pelo chamado epitélio coloidal, que não permite a ocorrência dessa interface alvéolo-capilar · Na 24ª semana os capilares possuem maior contato com alvéolo, permitindo a difusão e trocas gasosas; · O início do período tem o feto como inviável e o final dele o feto torna-se compatível com a vida; · O nascimento feto é viável a partir de 22 semanas, equivalente a 5 meses e meio. Período sacular: · 26ª semana até o nascimento; · Surgem células especializadas do epitélio respiratório; · Células alveolares do tipo I: onde ocorrem as trocas gasosas; · Células alveolares do tipo II ou pneumócitos: secretam surfactante pulmonar; · O surfactante diminui a tensão superficial na interface alvéolo-ar, aumentando a complacência pulmonar e diminuindo o trabalho inspiratório; · Sua produção varia em fetos de diferentes idades de gestação, aumentando, principalmente, durante as 2 últimas semanas de gestação; · Durante a 26ª-27ª semanas, caso ocorra o nascimento, é necessária a administração de surfactante exógeno, para permitir a viabilidade do feto; · Fatores importantes para o desenvolvimento pulmonar: · Espaço torácico adequando para o crescimento pulmonar; · Movimentos respiratórios fetais. Durante o período fetal, o feto realiza movimentos respiratórios, com entrada do líquido amniótico e permitindo o condicionamento dos músculos respiratórios, que exercem força suficiente e auxiliam o desenvolvimento pulmonar; · Volume adequado de líquido amniótico; · Movimentos respiratórios na vida intrauterina: · Exercem força suficiente para aspirar pequena quantidade de líquido amniótico pelos pulmões, fundamentais para o desenvolvimento pulmonar; · Condicionamento dos músculos da respiração; · A transição de dependência da placenta para as trocas gasosas requer adaptações: · Produção adequada de surfactante; · Transformação dos pulmões de órgãos secretores em órgãos de trocas de gases. Os pulmões secretam bradicina, que é importante para o fechamento das aberturas existentes no sistema circulatório; · Estabelecimento da circulação pulmonar em sincronismo com a sistêmica; · Os alvéolos maduros característicos somente se formam depois do nascimento. Período alveolar: · Nascimento aos 8 anos de idade; · Ao nascimento, os pulmões estão preenchidos pela metade de líquido amniótico. A eliminação desse líquido ocorre por 3 vias: · Boca e nariz, influenciada pela pressão no tórax durante o parto normal, pela compressão que ocorre ao passar pelas aberturas pélvicas e pela vagina; · Capilares venosos pulmonares; · Capilares linfáticos; · Nas vias aéreas superiores, é realizada uma sucção para retirada do líquido amniótico; · Ao final do período fetal, os pulmões são capazes de respiração porque a membrana alvéolo capilar, uma barreira de difusão respiratória ou membrana respiratória, é suficientemente fina para permitir as trocas de gases; · Há um aumento do número de ductos alveolares e alvéolos, até os 8 anos de vida; · A maior parte do crescimento dos pulmões resulta do aumento do número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos, e não do aumento do tamanho dos alvéolos; · Do 3º ao 8º ano de vida, aproximadamente, o número de alvéolos imaturos continua a aumentar; · Os alvéolos imaturos possuem o potencial de formar alvéolos adicionais e, quando estes aumentam de tamanho, tornam-se alvéolos maduros; · Quantidade de alvéolos: · Recém-nascido a termo: 25 milhões de alvéolos em cada pulmão; · 8 anos: 300 milhões de alvéolos em cada pulmão; · Adulto: 350 milhões de alvéolos em cada pulmão; · Novos bronquíolos respiratórios e novos alvéolos são originados de bronquíolos terminais, principalmente no período alveolar. Músculos da respiração · Os músculos da respiração são pouco resistentes à fadiga; · O músculo diafragma é o principal músculo na determinação do volume e expansibilidade pulmonar; · Os músculos intercostais internos e externos possuem pouca ação como inspiratórios e expiratório, agindo mais como fixadores dos arcos costais. Sistema Digestório Cavidade oral e língua · Palato duro: 5 a 6 pregas transversais, importantes no atrito com as mamas da mãe durante a sucção na amamentação. Podem desaparecer no adulto; · O palato duro é mais curto, largo (menor concavidade = maior distância entre os arcos dentais) e ligeiramente arqueado, sendo, no adulto, profundamente arqueado; · Língua: curta e larga, com 4cm de comprimento, 2,5cm de largura e 1cm de espessura; · Dentes decíduos: · 6 meses: incisivos centrais inferiores; · 7 meses: incisivos laterais inferiores; · 7 meses e meio: incisivos centrais superiores; · 9 meses: incisivos laterais superiores; · 12 meses: primeiros molares inferiores; · 14 meses: primeiros molares superiores; · 16 meses: caninos inferiores; · 18 meses: caninos superiores; · 20 meses: segundos molares inferiores; · 24 meses: segundos molares superiores; · Total: 20 dentes (8 incisivos, 4 caninos e 8 molares); · A substituição pelos permanentes tem início aos 8 anos, pelos incisivos e seguindo a mesma ordem de erupção dos dentes decíduos. Totalizam 32 dentes (8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares). Glândulas salivares· Possuem peso relativo proporcional com o adulto; · Parótida: 1,8g, sendo mais arredondada quando comparada com a do adulto; · Submandibular: 0,84g; · Sublingual: 0,42g; · Elas adquirem características histológicas do adulto com 2 anos após o nascimento. Esôfago · Limitado da cartilagem cricóidea até a cárdia, tendo cerca de 8–10cm de comprimento. No adulto, equivale a 23– 30cm; · Possui um diâmetro de 0,5cm, este que é medido com um cateter. Cavidade abdominopélvica · O esqueleto costal do recém-nascido oferece menos proteção à cavidade abdominal quando comparada com o adulto; · O tronco de recém-nascido tem um eixo longitudinal menor tanto do tórax quanto do abdome e um tórax mais volumoso, no formato de tonel (= mais arredondado, sendo patológico em adulto); · Com o crescimento longitudinal, as costelas acabam por proteger os órgãos torácicos e abdominais, · O rebordo costal protege apenas parte do fígado no recém-nascido, enquanto no adulto é totalmente protegido pelas costelas. Estômago · Todas as subdivisões do estômago adulto já estão presentes no recém-nascido, ou seja, ele já é dividido em cárdia, corpo, fundo e piloro; · No total, ao nascimento, existem 2 milhões de glândulas gástricas, enquanto no adulto esse valor equivale a 25 milhões; · Possui seu eixo longitudinal mais horizontalizado, devido a influência da grande proporção do fígado quando comparada às outras vísceras; · Capacidade: varia de acordo com os hábitos do indivíduo ao longo da vida; · Nascimento: 30mL; · 2ª semana de vida extrauterina: 75 mL; · 8ª semana de vida extrauterina: 100mL; · Adulto: 1000–1500mL. Intestino delgado · O duodeno, jejuno e íleo possuem cerca de 3m a 3,5m de comprimento; · Duodeno: 7,5–10cm de comprimento; · Jejuno: 2/5 proximais, ou seja, 1,2m; · Íleo: 3/5 distais, ou seja, 1,8m; · Ele aumenta cerca de 50% durante o 1º ano; · O mesentério é tão fino que é praticamente transparente; · Os linfonodos mesentérios são conhecidos como Placas de Peyer, que é o conjunto dos linfonodos que são responsáveis pela · No adulto, possui pouco mais de 6 metros. Intestino grosso · Comprimento do recém-nascido: equivale a 66cm. No adulto, o valor é de 1,5m; · O ceco se afunila no apêndice vermiforme, formando a terminação cecal cônica. No adulto, ele possui um formato mais arredondado; · O apêndice vermiforme é proporcionalmente maior quando comparado ao adulto; · As tênias do ceco estão presentes ao nascimento (livres, omental e mesocólica) nas paredes do intestino grosso; · As saculações do colo (haustrações) ainda ausentes ao nascimento, assim, a parede do intestino é lisa. Seu surgimento ocorre aos 6 meses e melhor definição apenas com 3 ou 4 anos. Fígado · No adulto pesa 1500g e representa aproximadamente 2,5% do peso corporal; · No recém-nascido pesa 140g e equivale à 4% do peso corporal, ocupando cerca de 2/5 do abdome, proporcionalmente, no recém-nascido, tem o dobro do peso quando comparado ao adulto; · Durante o período fetal, o fígado tem uma função imunológica, produzindo linfócitos juntamente com os linfonodos e no timo, função que é perdida ao nascimento; · Digestão de gorduras é limitada · Origem mesodérmica · Vesícula biliar: possui comprimento de 2cm e largura 1cm. Pâncreas · Peso: · Recém-nascido: 3 a 5g; · 6 meses: 10g; · Adulto: 120g; · Comprimento: 4 a 6m; · Espessura: 1 a 2cm. Sistema Urinário Rins · A função renal tem início desde o período fetal, de forma que, até a 12ª semana de gestação o líquido amniótico é produzido a partir do plasma da mãe; · A partir do 1º trimestre, o rim passa a ser responsável pela produção do líquido amniótico. O feto deglute o líquido amniótico, que é reciclado no rim e liberado com a urina; · Quantidade de urina: 30mL por micção; · Aspecto da urina: é pálida, transparente e de densidade baixa, adquirindo característica semelhante com a do adulto a partir do 3º mês de vida extrauterina; · São lobulados ao nascimento e desaparecem por volta do 4º ou 5º ano; · Funcionamento pleno a partir 2º mês; · Dimensões: 4 a 5cm de comprimento, 2cm de largura, 1,4cm de espessura e o peso ambos os rins equivale a 20–35g; · No adulto, 10 a 12cm de comprimento, 5 a 7cm de largura, 2,5cm de espessura e o peso ambos os rins equivale a 170g. Ureteres · Possui de 6,5–7cm de comprimento; · Eles são mais calibrosos no recém-nascido, característica que permite o refluxo vesico-ureteral, por isso, possuem maiores possibilidades de infecções urinárias. · O RN não consegue controlar o esfíncter externo da uretra, além de ter o calibre maior dos ureteres, propiciando a saída involuntária de urina Bexiga urinária · Localizada na cavidade abdominal do recém-nascido e na infância; · Ocupa a cavidade pélvica na puberdade, em razão do aumento do eixo longitudinal pelo crescimento; · Está numa posição intermediária entre a cicatriz umbigo e a sínfise púbica, podendo ser palpada em caso de exame físico; · Uraco: canal que liga o ápice da bexiga ao alantoide da placenta, drenando parte da urina que o feto não utiliza na reciclagem em líquido amniótico. O uraco tende a ser fechado e, caso não ocorra esse fechamento, ocorre um refluxo da urina pela cicatriz umbilical quando o feto chora, comprimindo o abdome e resultando nesse fenômeno chamado de uraco-patente; · Ao nascimento contém uma pequena quantidade de urina. Glândulas suprarrenais · 1/3 do peso do rim (33%); · No adulto: 1/20 (5%) do peso do rim; · Dimensões: 2,5cm de comprimento, 3cm de largura e 0,9cm de espessura; · No adulto, 3cm de comprimento, 4,5cm de largura e 1cm de espessura. Sistema Genital Genitais masculinos externos · Uretra masculina do recém-nascido 6,2cm e triplica de comprimento no adulto; · Pênis: o prepúcio costuma estar aderido a glande e é estreito; · Fimose: ocorre quando não é possível retrair o prepúcio para observar a glande. Genitais femininos externos: · Os lábios maiores do pudendo são relativamente grandes do recém-nascido, de forma que, praticamente recobrem os lábios menores; · O clitóris é relativamente maior. Genitais masculinos internos · Ambos os testículos do recém-nascido pesam 0,85g e no adulto pesam 45g; · No início da 9ª semana de desenvolvimento tem início a diferenciação dos genitais; · Não há produção de espermatozoides ao nascimento; · Em 90% dos recém-nascidos a termo os testículos já completaram sua migração para o escroto, visto que eles são formados no abdome, tendo início a migração na 11ª semana; · Criptorquidia: 3 a 4% dos recém-nascidos. Ocorre quando há uma interrupção da migração do testículo do abdome para o saco escrotal, ficando preso no canal inguinal; · Próstata: proporcionalmente maior (por influência hormonal materna – ocitocina). A cavidade pélvica do recém-nascido é ocupada apenas por ela e pelo reto, pesando 82g; · Dimensões do recém-nascido: 1,4cm de largura, 1,4cm de comprimento vertical e 0,7cm de espessura anteroposterior; · Dimensões do adulto: 4,0cm de largura, 3,0cm de comprimento vertical e 2,0cm de espessura anteroposterior; · As glândulas seminais são relativamente grandes. Genitais femininos internos: · Ovários: crescem rapidamente durante o último período fetal (a partir da 31ª semana). Relativamente grandes ao nascimento; · Peso: 0,3g; · Útero: até a puberdade a sua localização abdominal, depois pélvica, possuindo seu peso de 4g; · Dimensões do recém-nascido: 3,5cm de comprimento, 2,0cm de largura entre as tubas e 1,3cm de espessura; · Dimensões do adulto: 7,5cm de comprimento, 5,0cm de largura entre as tubas e 2,5cm de espessura; • Vagina: é curta no recém-nascido; - Dimensões do recém-nascido: 3,5cm de comprimento e 1,5cm diâmetro; - Dimensões do adulto: 7,5cm de comprimento da parede anterior e 9,0cm de comprimento da parede posterior. Canal inguinal: Canal inguinal masculino: · Gubernáculo masculino: cordão fibroso que une o testículo primordial à parede anterolateral do abdome no local do futuro anel inguinal profundo; · Começa a atravessaro canal durante a 28ª semana (7 meses) e leva aproximadamente 3 dias; · Aproximadamente 32ª semana o testículo entra no escroto; · Ao nascimento, deve ser palpável no escroto. Gubernáculo feminino: · Trata-se de um cordão fibroso que une o ovário e o útero primordial ao lábio maior do pudendo; · Ele é representado no período pós-natal pelos ligamentos útero-ovários e redondos no útero; · Os ligamentos útero-ovários impedem a descida dos ovários em direção ao canal inguinal. Desenvolvimento: · Os canais inguinais são mais estreitos no sexo feminino, visto que, nele passam apenas o ligamento do útero e o ramo genital do nervo genitofemoral, enquanto no sexo masculino passam ducto deferente, artéria gonadal, veia gonadal e ramo genital do nervo genitofemoral, sendo mais espesso; · Nos lactentes de ambos os sexos são mais curtos e muito menos oblíquos em relação aos adultos; · Os anéis inguinais superficiais em lactentes situam-se quase diretamente anteriores aos anéis inguinais profundos. Adulto: · Formado pela descida do testículo (período fetal); · O sentido inferomedial na parede anterolateral do abdome; · Possui aproximadamente 4cm de comprimento nos adultos; · Ele é paralelo e superior à metade medial do ligamento inguinal; · Ele é revestido, internamente, por uma projeção da fáscia transversal (fáscia interna do canal inguinal)
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