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Curso_Auxiliar_Veterinário_Apostila_Módulo_II

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1 
 
 
 
2 
 
Conteúdo 
Módulo II – Curso Auxiliar Veterinário 
 
 
Anatomia e Fisiologia Animal ................................................................................................ 
Parâmetros fisiológicos em cães e gatos .............................................................................. 
Anatomia Descritiva .............................................................................................................. 
 
 
 
Planos e eixos ........................................................................................................................ 
Planos de Secção ou de Construção dos Animais ................................................................. 
Termos Indicativos de Posição e Direção .............................................................................. 
Partes do Corpo ..................................................................................................................... 
Osteologia Veterinária .......................................................................................................... 
Esqueleto ............................................................................................................................... 
Classificação dos ossos .......................................................................................................... 
Patologias do aparelho locomotor ........................................................................................ 
Artrose ................................................................................................................................... 
Artrites .................................................................................................................................. 
Luxação de patela .................................................................................................................. 
Fraturas ................................................................................................................................. 
 
 
Sistema Nervoso .................................................................................................................... 
Desenvolvimento do sistema nervoso .................................................................................. 
Patologias do Sistema Nervoso ............................................................................................. 
Doenças Infecciosas .............................................................................................................. 
Doenças neurológicas não infecciosas .................................................................................. 
 
 
Sistema cardiovascular .......................................................................................................... 
Veias e Artérias ..................................................................................................................... 
Patologias do sistema circulatório ........................................................................................ 
Sinais clínicos de doença cardíaca ......................................................................................... 
Insuficiência cardíaca congestiva .......................................................................................... 
Dirofilariose ........................................................................................................................... 
 
 
 
Sistema Linfático ................................................................................................................... 
Sistema Hematopoiético ....................................................................................................... 
AULA 1 
AULA 3 
AULA 4 
AULA 2 
AULA 5 
 
3 
 
 
Sistema respiratório .............................................................................................................. 55 
 
Sistema Respiratório 
Patologia do Sistema Respiratório 
Doenças respiratórias ............................................................................................................ 
 
 
 
Sistema digestivo .................................................................................................................. 
Patologias do Sistema digestivo ............................................................................................ 
Regurgitação em cães e gatos ............................................................................................... 
Torção estômago ................................................................................................................... 
Vômitos e diarreias ............................................................................................................... 
Parvovirose ............................................................................................................................ 
Panleucopenia felina ............................................................................................................. 
 
 
 
Sistema Urinário .................................................................................................................... 
Patologias do Sistema Urinário ............................................................................................. 
 
 
 
Sistema reprodutor Masculino e Feminino ........................................................................... 
Patologias do sistema reprodutor Masculino ....................................................................... 
Patologias do sistema reprodutor Feminino ......................................................................... 
 
 
Avaliação Final 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 6
AULA 10 
AULA 7
AULA 8
AULA 9
 
4 
 
Aula 1 
Anatomia e Fisiologia Animal 
Parâmetros fisiológicos em cães e gatos 
Os seres vivos possuem parâmetros vitais, ou seja, 
valores de temperatura, taxa de oxigênio no sangue, 
frequência respiratória e cardíaca ideais para o bom 
funcionamento do organismo. É a partir desses 
parâmetros que os veterinários se guiam para saber se 
está tudo normal com o pet ou não. Os sinais vitais são 
muito importantes e podem dizer muito sobre a saúde 
do animal. 
Temperatura retal - Os cães e gatos possuem uma 
temperatura corporal levemente mais alta do que nós 
humanos. Pode ser medida por via retal com a ajuda 
de um termômetro desses comuns que usamos 
quando estamos doentes. Quando o cão tem febre, o mais comum é que ela seja 
causada por algum tipo de infecção. 
Como aferir a temperatura do cão e gato: 
1.Balance o termômetro até que a leitura esteja 35ºC ou menos. 
2. Lubrifique o termômetro com vaselina 
ou gel lubrificante à base de água 
3. Segure a cauda do seu animal na base e 
levante-a. Segure-a firmemente para que 
ele não sente. Tranquilize e converse 
calmamente com o animal durante todo o 
processo. Isso irá ajudar a mantê-lo calmo, 
relaxado e seguro. 
4. Gentilmente insira o bulbo do termômetro no ânus do animal. Funciona melhor se 
você usar um movimento de torção. Insira o termômetro cerca de 2 centímetros em 
gatos e cães de pequeno porte, e até 3 centímetros para raça gigantes de cães. 
5. Deixe o termômetro no lugar durante 1 ou 2 minutos. Em seguida, retire-o e limpe-o 
com gaze ou uma bola de algodão. Leia a temperatura no final da coluna de mercúrio. 
6. Limpe o termômetro com álcool e 
guarde-o em lugar seguro. 
 
5 
 
Frequência respiratória: (FR) - Pode variar de acordo com alguns fatores como o peso, 
a idade e durante os exercícios físicos. Filhotes possuem uma FR mais rápida. Já os cães 
de pequeno porte possuem uma frequência mais acelerada do que os cães de grande 
porte. Saber em quanto está a respiração do cão é fácil: basta colocar a mão sobre a 
caixa torácica e contar quantas respirações ele realiza num intervalo de tempo igual a 
um minuto.Frequência cardíaca: (FC) - A FR e a FC estão intimamente interligadas e uma pode 
interferir na outra. A frequência cardíaca de um cão adulto é menor do que a do 
filhote. Cães de grande porte costumam ter uma FC menor do que os de pequeno. Um 
cansaço extremo e respiração acelerada são sinais que podem indicar algum problema 
no coração. 
Como fazer: 
1.Deite o cão de lado. 
2.Coloque seu polegar na parte externa da 
coxa do cão. 
3.Deslize os dedos para a parte interna da 
perna do cão, posicionando os dedos 
indicador e médio sobre o vinco entre a 
perna e o corpo do animal. 
4.Sinta a pulsação femoral e conte as batidas durante um minuto para determinar a 
frequência cardíaca do cão. Em um animal adulto, a frequência normal é entre 70 e 
120 batimentos por minuto. Quanto maior for o cão, mais lenta ela será. Para um 
filhote, uma frequência cardíaca normal pode chegar a 220 batimentos por minuto. 
Parâmetros fisiológicos Cão Gato 
Temperatura retal 37,5 a 39,5ºC 37,5 a 39,5ºC 
Frequência respiratória por minuto 10 a 40 10 a 40 
Pulsação cardíaca 80 a 120 160 a 240 
 
 
 
6 
 
Anatomia Descritiva 
Planos e eixos 
 
Posição anatômica – Com o objetivo de descrever determinada estrutura anatômica, 
convencionou-se adotar uma posição padrão para os animais. A posição padrão é 
chamada de Posição Anatômica em que os quatro membros se encontram apoiados no 
solo e a cabeça e o olhar dirigidos para a frente, desse modo, independentemente da 
posição em que o animal se encontra, a descrição da localização, posição ou direção de 
determinada estrutura anatômica serão sempre as mesmas. 
Planos 
Existem seis planos imaginários que delimitam o corpo do animal em Posição 
Anatômica, formando uma figura geométrica em forma de paralelepípedo e que são 
tangentes à superfície corporal. Auxiliam a localização de órgãos e estruturas. São 
conhecidos como planos de delimitação pois são eles que limitam o corpo do animal. 
Entre os planos de delimitação temos: 
Plano ventral: tangência o ventre do animal. Toda estrutura anatômica que estiver 
mais próxima ou voltada para esse plano terá uma direção ou posição chamada de 
ventral. 
Plano Dorsal: é um plano horizontal que tangencia o dorso do animal e é oposto ao 
plano ventral. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para esse 
plano terá uma direção ou posição chamada de dorsal. 
Planos Laterais direito e esquerdo: são planos verticais que tangenciam as faces 
laterais do corpo. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para 
esses planos terá uma direção ou posição chamada de lateral direita ou lateral 
esquerda. 
Plano Cranial: é um plano vertical situado na frente do animal e constituinte da face 
anterior do paralelepípedo. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou 
voltada para esse plano terá uma direção ou posição chamada de cranial. 
 
7 
 
Plano Caudal: é o plano vertical que tangencia a cauda em posição anatômica e oposto 
ao plano cranial. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para 
esse plano terá uma direção ou posição chamada de caudal. 
Abaixo, temos a figura de um equino indicando os planos de delimitação, que são os 
mesmos dos cães e gatos. 
 
Eixos de Secção e Construção dos Animais 
Há três grandes eixos que são linhas imaginarias que dividem o corpo do animal após 
passar pelo seu interior. Os três eixos são importantes referenciais para localizar as 
estruturas no interior do corpo do animal. Os eixos são: 
Eixo Crâniocaudal: no sentido horizontal, unindo o plano cranial ao plano caudal. 
Sentido horizontal. 
Eixo Dorsoventral: no sentido vertical, unindo o plano dorsal ao plano ventral. 
Eixo Laterolateral: no sentido horizontal unindo os planos laterais direito e esquerdo 
 
 
8 
 
Planos de Secção ou de Construção dos Animais 
Três planos são obtidos pelos deslizamentos dos eixos de secção e são utilizados para a 
localização das estruturas anatômicas localizadas no interior do corpo. 
Plano Mediano: é obtido pelo deslizamento do eixo crâniocaudal sobre o eixo 
dorsoventral. Divide o corpo do animal em duas partes semelhantes, sendo uma 
direita e uma esquerda. Cada parte recebe o nome de antímero (anti = oposto \ meros 
= divisão). Planos paralelos ao plano mediano são chamados de paramedianos ou de 
sagitais. 
Plano Transversal ou Vertical: é obtido deslizando-se o eixo laterolateral sobre o eixo 
dorsoventral, divide o corpo do animal em duas partes, sendo uma cranial e outra 
caudal. As partes recebem o nome de metâmeros, sendo um cranial e outro caudal. 
Plano Horizontal ou Frontal (Mentocaudal): é obtido deslizando-se o eixo laterolateral 
sobre o eixo crâniocaudal. Divide o corpo do animal em duas partes, sendo uma dorsal 
e outra ventral. As partes recebem o nome de paquímeros. 
 
Termos Indicativos de Posição e Direção: 
São termos utilizados para localizar a direção e a posição dos órgãos (estruturas 
anatômicas) e seus componentes (partes de um órgão). Para o estudos dos órgãos, 
deve-se compará-los a uma figura geométrica sólida. Dessa forma, os órgãos passam a 
ter faces ou superfícies, extremidades, bordos ou margens e ângulos), deve-se utilizar 
os mesmos termos para que ocorra uma padronização. 
Lateral: é um termo utilizado quando um órgão ou parte dele estiver mais próximo ou 
voltado para o plano lateral, neste caso, apresentará uma direção ou posição chamada 
de lateral direita ou lateral esquerda. 
Medial: quando um órgão ou parte de um órgão estiver mais próximo ou voltado para 
o plano mediano, e por isso, terá uma direção ou posição chamada de medial. 
 
9 
 
Intermédio ou Médio: quando a estrutura de interesse não apresentar uma 
localização nem lateral nem medial, nem caso, terá uma posição chamada de 
intermédia ou média. Ex: osso intermédio do corpo. 
Cranial: quando um órgão ou parte de uma órgão se encontrar próximo ou voltado 
para o plano cranial, neste caso, sua direção ou posição será chamada de cranial. 
Rostral: termo utilizado somente para estruturas localizadas na cabeça e ainda para as 
estruturas mais próximas ou direcionadas para o plano cranial, na cabeça não se deve 
empregar o termo cranial que é substituído por rostral. 
Caudal: quando um órgão ou parte dele se encontrar mais próximo ou voltado para o 
plano caudal. Sua posição e direção serão denominadas caudais. 
Dorsal: quando um órgão ou parte dele se encontrar mais próximo ou voltado para o 
plano dorsal e com isso, apresentará uma direção ou posição denominada dorsal. 
Ventral: quando um órgão ou parte dele se encontrar mais próximo ou voltado para o 
plano ventral, terá uma direção ou posição dita ventral. 
Palmar: termo utilizado somente para a mão e para as faces da mão que se 
encontrarem mais próximas ou voltadas para o plano ventral. A mão possui quatro 
faces: lateral, medial, palmar e dorsal. 
Plantar: termo utilizado somente para os pés e para as faces dos pés mais próximas ou 
voltadas para o plano ventral. O pé possui quatro faces: lateral, medial, plantar e 
dorsal. 
Interno e externo: geralmente para designarem cavidades, órgãos ocos, com suas 
respectivas cavidades voltadas para o exterior ou interior. 
 
 
 
10 
 
 
Aula 2 
Partes do corpo 
 
Osteologia Veterinária 
Definição: A osteologia é o ramo da anatomia que estuda a estrutura, forma e 
desenvolvimento dos ossos e das articulações. 
Esqueleto 
Formado pelo conjunto de todos os ossos do corpo animal. 
Suas funções são: 
 Sustentar e proteger tecidos moles. 
 Auxiliar na locomoção. 
 Servir como reserva de minerais. 
Divisões do esqueleto 
O esqueleto é dividido em três grandes partes, que são: 
Axial – é formado pelos ossos do crânio, coluna vertebral, costela e esterno. 
Apendicular – é representado pelos 
ossos dos membros torácicos e pélvicos. 
Escápula; Úmero; Rádio e Ulna; Carpo, 
Metacarpo e ossos dos dedos (Falanges 
eSesamóides). 
Visceral – é constituído por alguns ossos 
situados em vísceras de algumas 
espécies, como o osso do pênis do cão e 
do gato e os ossos do coração do boi. 
 
11 
 
 
 
 
Número de ossos no esqueleto 
A quantidade de ossos no corpo dos animais varia de espécie para espécie e também 
de acordo com a idade. O animal adulto apresenta um menor número de unidades 
 
12 
 
ósseas, devido a fusão de alguns ossos ou partes, diferente dos jovens, que os 
possuem separados. 
 
Classificação dos ossos 
Os ossos são classificados de acordo com sua forma: 
 Ossos Longos 
 Ossos Planos ou Chatos 
 Ossos Curtos 
 Ossos Sesamóides 
 Ossos Irregulares 
 Ossos Pneumáticos 
 Ossos Alongados (classificação não oficial) 
Ossos Longos 
São encontrados nos membros torácicos e 
pélvicos. Apresentam comprimento maior que 
largura e espessura. 
Possuem um eixo cilíndrico denominado corpo ou 
diáfise. Possuem duas extremidades denominadas 
epífise proximal e epífise distal. 
O animal jovem apresenta uma área de cartilagem 
entre a diáfise e as epífises chamada de metáfise. 
A metáfise permite o crescimento dos ossos longos e desaparece ao longo dos anos. 
EX: fêmur, úmero, ulna. 
 
 
13 
 
As funções dos ossos longos são: 
 Atuar como alavancas. 
 Auxiliar na sustentação de tecidos moles. 
 Auxiliar na locomoção. 
 Servir como reserva de minerais. 
 Abrigar a medula óssea 
Ossos Planos ou Chatos 
São encontrados na cabeça, nos membros torácicos e nos membros pélvicos. 
Apresentam largura maior que espessura e 
comprimento. Possuem duas lâminas de tecido 
ósseas compactas separadas por uma lâmina de 
tecido ósseo trabecular. EX: escápula. 
As funções dos ossos planos são: 
 Proteção de tecidos moles. 
 Área para fixação de músculos. 
 Servir como reserva de minerais. 
 Abrigam medula óssea 
 
 
Ossos Curtos 
São encontrados principalmente nas mãos e pés. Apresentam as três dimensões 
relativamente equivalentes. Não apresentam cavidade medular. 
São formados externamente por delgada 
camada de tecido ósseo compacto e 
internamente por pequena massa de 
tecido ósseo trabecular. EX: ossos do 
carpo e tarso. 
Sua principal função é a de absorção de 
choques. 
 
 
 
 
 
14 
 
Ossos Sesamóides 
São um tipo especial de ossos curtos. O nome tem origem da semelhança de sua forma 
com a semente de sésamo (gergelim). São encontrados na articulações. 
As funções dos ossos sesamóides são: 
 Redução do atrito entre tendões e ossos. 
 Redirecionamento de tendões. 
 Alteram angulo de tração dos músculos. 
Menor trabalho com maior eficiência mecânica. 
 
Ossos Irregulares 
Não se enquadram em nenhuma classificação anterior. São representados pelas 
vértebras e os ossos da base do crânio. 
As funções dos ossos irregulares são: 
 Sustentar e proteger tecidos moles. 
 Área para fixação de músculos. 
 Servir como reserva de minerais. 
 
Ossos Pneumáticos 
São ossos que apresentam cavidades no seu interior. Estas cavidades são revestidas 
por membrana mucosa e apresentam uma comunicação com o exterior, por onde 
ocorre entrada de ar. Estas cavidades são denominadas seios. São representados por 
alguns ossos da cabeça. 
As funções dos ossos pneumáticos são: 
 Diminuir o peso da cabeça. 
 Dar maior resistência aos ossos. 
 Sustentar e proteger tecidos moles. 
 Área para fixação de músculos. 
 Servir como reserva de minerais. 
 
 
15 
 
Ossos Alongados 
Apresentam comprimento maior que espessura e largura. São formados externamente 
por tecido ósseo compacto e internamente por tecido ósseo trabecular. Esta 
classificação foi criada para compreender as costelas, que por definição pertencem ao 
grupo dos ossos planos, porém sua forma não é coerente com o padrão desses ossos. 
Não possuem canal medular. 
 
As funções dos ossos alongados são: 
 Sustentar e proteger tecidos moles. 
 Área para fixação de músculos. 
 Servir como reserva de minerais. 
 
 
Ossos que constituem o esqueleto de cães e gatos 
Veremos agora o nome dos ossos que constituem o esqueleto de cães e gatos. 
Crânio – O crânio dos vertebrados constitui uma complexa estrutura que sustenta e 
protege os órgãos sensoriais, encéfalo e parte do sistema digestivo e respiratório. 
O crânio de um cachorro compreende o maxilar inferior (mandíbula) e contém órbitas 
onde ficam os olhos. Ele possui uma construção forte para proteger o cérebro e 
contém 42 dentes. 
Vista lateral do crânio de cão 
 
 
16 
 
Ossos da coluna vertebral 
É a parte fundamental do esqueleto, bem como o eixo de estruturação do corpo. 
Consiste em uma cadeia de ossos irregulares, ímpares (vértebras) que se estendem 
desde o crânio até a extremidade da cauda e possuem mobilidade restrita. Constituída 
por sete vértebras cervicais, treze torácicas, sete lombares, três sacrais e de número 
variado entre as espécies, as coccígeas. 
 
Vertebras cervicais – São em número de sete (7). A primeira é chamada de ATLAS e a 
segunda de ÁXIS. As demais são chamadas de C3 ...........C7 
 
Vertebras torácicas – É formada por treze vértebras que se articulam com as costelas e 
que constituem a parte superior do tórax. São chamadas de T1 ............T13 
 
 
17 
 
Vertebras lombares – Constituída por sete vértebras que servem de inserção para a 
musculatura dos membros posteriores. Normalmente apresenta uma leve curvatura 
dorsal na sua linha superior. 
 
Vertebras sacrais – quando fundidas, formam o sacro. Região da cauda do animal. O 
sacro é um grande osso vertebral triangular conectado à última vértebra lombar para 
ligar a coluna à pélvis. 
 
Vertebras coccígeas - É formada por um número variável de vértebras de raça para 
raça, sendo de vinte a vinte e três vértebras nos cães de cauda longa. 
Tórax - É uma “caixa” óssea no interior da qual estão dispostos o coração e os 
pulmões; sua parte superior é constituída pela região dorsal da coluna vertebral; a 
inferior, pelo esterno; e, lateralmente, pelas costelas. 
 
 
18 
 
Costelas - São ossos curvos, alongados, com a extremidade cartilaginosa e dispostos 
em pares, que correspondem ao número de vértebras da região torácica, portanto 
treze. 
Os dez primeiros pares articulam-se com duas vértebras de cada vez: o 1° par articula-
se com a 7a vértebra cervical e com a 1a torácica; o 2° com a 1a e 2a vértebras 
torácicas, e assim por diante, até o 10° par que se articula com a 9ª e 10ª vértebras; já 
o 11°, 12° e 13° pares articulam-se, respectivamente, com a 11ª, 12ª e 13ª vértebras 
torácicas. 
A porção inferior das costelas é cartilaginosa e articula-se com o esterno, com exceção 
dos quatro últimos pares, que ficam com as extremidades “livres” (ou seja, não estão 
coaptadas ao esterno): o 10°, 11° e 12° pares, que constituem as chamadas costelas 
falsas; e o 13° par, as denominadas costelas flutuantes. 
O arqueamento da caixa torácica é devido ao arqueamento das costelas; já o destas, à 
porção cartilaginosa dos ossos. 
 
Esterno - É um osso composto por oito segmentos e relativamente paralelos ao solo. 
Possui uma extremidade anterior conhecida como ponta do peito ou ponta do esterno, 
e uma posterior com apêndice xifoide. 
 
 
19 
 
 
Membros Torácicos 
São dois: direito e esquerdo. 
Cada um deles é constituído por quatro segmentos: ombro, braço, antebraço e mão 
(também denominado pé ou pata dianteira). Constituem as duas colunas de 
sustentação anterior, mantendo o equilíbrio e o direcionamento durante a 
movimentação. 
Ombro - Constituído por um único osso, a escápula, que faz a conexão do membro 
propriamente dito com o corpo, com o qual não se articula, unindo-se a ele através de 
músculos e ligamentos. A escápula é um osso chato, em forma de raquete, que se situa 
nas paredes do tórax, inclinando-se a fim de acomodar-se ao arqueamento das 
costelas. Está situado a partir da 4ª vértebra torácica, descendo aproximadamente em 
direção à ponta do esterno. 
Braço - É constituído por um únicoosso longo, o úmero, que é de forma helicoidal. 
Articula-se em sua extremidade superior com a escápula e inferior com os ossos do 
antebraço, formando uma junta e uma angulação que se denomina ângulo do 
cotovelo. Realiza os movimentos do membro anterior e descreve arcos de 90°. 
Antebraço - Constituído por dois ossos longos, retos e paralelos, que formam o 
conjunto rádioulna; articulam-se na parte superior com o úmero. O cotovelo 
propriamente dito é uma projeção da ulna e tem por função impedir a abertura da 
articulação para trás. Articula-se, na sua parte inferior, com os ossos do carpo. 
Punho ou Carpo - Constituído por sete ossos curtos, dispostos em duas camadas, dos 
quais o de maior interesse é o carpo-ulnar, que possui uma projeção que impede a 
verticalidade da munheca; e, exteriormente, é denominado boleto. A função do carpo 
é conferir maior mobilidade à extremidade do membro, bem como amortecer e 
absorver parte dos impactos nos membros torácicos. 
Metacarpos - Formados por cinco pequenos ossos longos denominados, de dentro 
para fora: 1°, 2°, 3°, 4° e 5° metacarpianos. Articulam-se na parte superior com os 
ossos do carpo, e na inferior, cada um com a falange (dedo) que lhe corresponde. O 
conjunto do carpo e do metacarpo denomina-se munheca. 
 
20 
 
Falanges - Cada um dos dedos (2°, 3°, 4° e 5°) é constituído por pequenos ossos 
chamados falanges e que se denominam 1ª, 2ª e 3ª falanges, respectivamente, 
falanges proximal, média e distal. 
A 3a falange, na sua extremidade livre, possui uma formação queratinizada que vai 
constituir a unha ou garra. Entre a 1ª falange e o metacarpiano correspondente, 
existem pequenos ossos curtos denominados sesamóides e cuja função é a de servir 
de inserção para ligamentos, ajudar na absorção de impactos e, também, direcionar as 
falanges. 
Membros Pélvicos 
Coxa - É constituída por um osso longo (fêmur), que é o mais volumoso do esqueleto. 
Possui comprimento mais ou menos igual ao da tíbia-fíbula (nos demais quadrúpedes é 
menor). Sua parte superior, denominada cabeça do fêmur, articula-se com o coxal no 
acetábulo. Sua parte inferior articula-se com a tíbia-fíbula, formando a articulação do 
joelho ou simplesmente joelho. Nesta extremidade possui três sesamóides que servem 
para a inserção de músculos e ligamentos: um anterior, denominado patela, e dois 
posteriores (fabelas), que servem para inserção do tendão que aciona o jarrete, 
denominado de tendão do gastrocnêmio ou de Aquiles. 
 
Perna - Constituída pela tíbia e fíbula que são dois ossos longos, paralelos e 
parcialmente fundidos, próximo ao jarrete. Articula-se com o fêmur, formando o 
joelho, e com o tarso, formando a articulação ou junta do jarrete 
Tarso - É formado por sete ossos curtos, com função idêntica aos do carpo. O de maior 
interesse é o tarso-fibular, que constitui a chamada ponta do jarrete e local de 
inserção do músculo gastrocnêmio. 
Metatarsos - São compostos por quatro pequenos ossos longos: 1°, 2°, 3° e 4° 
metatarsianos. O conjunto do tarso e do metatarso constitui o que se denomina de 
jarrete. 
Falanges - Como nos torácicos, cada um dos dedos (2°, 3°, 4° e 5°) é constituído por 
pequenos ossos chamados falanges e que se denominam 1ª, 2ª e 3ª falanges, 
respectivamente, falanges proximal, média e distal. A 3a falange, na sua extremidade 
 
21 
 
livre, possui uma formação queratinizada que vai constituir a unha ou garra. Entre a 1ª 
falange e o metatarsiano correspondente, existem pequenos ossos curtos 
denominados sesamóides e cuja função é a de servir de inserção para ligamentos, 
ajudar na absorção de impactos e, também, direcionar as falanges. 
Sistema muscular 
O Sistema Muscular é formado por músculos que são órgãos responsáveis pelo 
movimento tanto internamente quanto externamente, voluntariamente e 
involuntariamente. 
O movimento deve-se a contração executada pela célula ou fibra muscular de 
determinado músculo. 
Os músculos são classificados em: liso, cardíaco e esquelético. 
 
Músculo liso: constitui uma das camadas da maioria das vísceras ocas e dos vasos 
sanguíneos. O movimento resultante da contração das fibras musculares lisas é lento e 
escapa ao controle voluntário do animal. EX: parede dos órgãos ocos: vasos 
sanguíneos, útero, bexiga e trato intestinal. 
Músculo cardíaco: o movimento resultante é rítmico, vigoroso e involuntário. EX: 
coração 
Músculo esquelético: a contração do músculo esquelético é rápida, vigorosa e está sob 
a vontade do indivíduo. Possui terminações nervosas para dor e proprioceptores que 
são responsáveis pelos movimentos e manutenção da postura. 
 
22 
 
 
A movimentação dos músculos é controlada pelo Sistema Nervoso Central. 
 
 
23 
 
Patologias do aparelho locomotor 
Artrose 
Doença degenerativa das articulações, sendo a causa de 
dor crônica mais comum nos cães. Ocorre na maioria das 
vezes em cães mais velhos embora a obesidade, faz com 
que os cães mais jovens também possam desenvolver 
esta doença. 
A patologia se desenvolve devido ao desgaste da 
cartilagem que cobre o interior das articulações e dos 
ossos, gerando perda de elasticidade que, por sua vez, 
gera dor e impedimento da mobilidade normal do cão. 
Deve ser tratada de maneira imediata e um diagnóstico 
precoce é determinante na qualidade de vida do cão. 
Diagnóstico 
Pode ser difícil na sua etapa inicial, principalmente porque os cães tendem a deslocar o 
peso de um uma articulação doente para uma saudável, evitando fazer pressão sobre a 
primeira. Por isso, é muito complicado perceber que o cão está sentindo dor, inclusive 
para um veterinário. 
Em muitos casos, os cães desenvolvem claudicação ou qualquer alteração no apoio 
(como por exemplo, manter uma pata levantada, se forem machos começam a urinar 
sentados, etc.) será feita de forma intermitente, ele poderá jogar e correr 
normalmente, por isso não será causa de alarme em um primeiro momento. 
Entretanto, na medida em que a doença avança e deteriora a articulação, a 
claudicação irá se tornar contínua e, dependendo do grau de degeneração arterial, o 
cão irá evitar o movimento e mostrará sintomas de dor frente a um simples toque na 
articulação afetada. 
Outros sintomas que nos ajudam a detectar a artrose: 
 O animal acometido, se mexe de forma lenta, mostram resistentes para sair; 
 Têm dificuldade para se levantar ou se sentar, fazem isso muito lentamente, se 
posicionam de forma pouco usual; 
 Inapetência; 
 Irritabilidade, agressividade, nervosismo, estresse ou insônia; o cão não quer 
ser tocado nas áreas que estão sendo afetadas pela doença. 
Tratamento 
A artrose não tem cura assim sendo, é tratada a dor e pode-se deter o processo de 
deterioração das articulações. Cabe ao veterinário, avaliar a situação do animal e 
determinar um plano de controle da doença, evitando-se assim o seu avanço. 
Em casos graves, recorre-se a intervenção cirúrgica. 
Prevenção 
 
24 
 
Alguns cuidados deverão ser tomados durante a vida do animal: 
1. Alimentação 
O cão deve se alimentar adequadamente, especialmente para evitar o sobrepeso. Cães 
obesos tendem a submeter suas articulações a um esforço redobrado por conta do 
peso do seu corpo, acelerando assim o desgaste das mesmas. A superalimentação 
também pode trazer outros problemas, como deficiências renais e cardíacas. 
É importante alimentar o pet de acordo com as suas necessidades e consumo 
energético, tendo em conta sua idade, raça e tamanho. É recomendável a 
complementação da alimentação de cães mais velhos com vitaminas, para evitar que 
eles desenvolvam problemas derivados da falta de assimilação de nutrientes, perda de 
musculatura, entre outros. 
2. Exercício 
Os cães devem realizar exercícios diariamente de acordo com a sua condição física e as 
exigências da sua raça. São sugeridos exercícios que buscam tonificar e aumentar sua 
musculatura para manter as articulações ágeis e saudáveis. 
O ideal é que o cão desenvolva uma rotina levede exercícios diários. 
3. Visitas ao veterinário 
Devem ser realizados controles permanentes do veterinário para que ele avalie a 
saúde do pet. Desta forma, ele pode exercer um plano de controle e supervisão de 
diferentes problemas que o cão pode desenvolver a medida em que envelhece. 
Artrites 
É uma inflamação de uma ou várias articulações 
do corpo do animal, sendo uma das principais 
causas de entrada de animais, principalmente os 
idosos, nas clínicas veterinárias. 
Cabe salientar que não é uma alteração só 
ocorre em animais mais velhos, podendo 
acometer cães novos. 
As artrites em sua maioria são causadas por 
fatores desencadeantes, como: peso, idade, traumatismo em articulação e erro 
nutricional. 
Artrite Reumatoide: É uma das mais comumente encontradas. É uma doença com 
origem auto-imune, de caráter crônico, causando bastante desconforto e sofrimento 
ao animal, quando é necessária a movimentação. Acomete principalmente os 
membros posteriores. 
Artrite Séptica: Cães jovens são os mais acometidos. Causada por invasão de agentes: 
bactéria, fungo ou vírus. Nesse caso, ocorre uma severa inflamação na articulação, 
causando assim dificuldades em desempenhar tarefas rotineiras. 
 
25 
 
Osteoartrite: Ocorre degeneração na cartilagem articular do pet. Geralmente a 
osteoartrite é devido a uma causa secundária, como por exemplo um traumatismo, 
inflamação, obesidade ou exercício físico intenso e excessivo. No entanto, algumas 
raças como o Pastor Alemão ou o Labrador apresentam uma predisposição genética. O 
tratamento da osteoartrite em cães deve ter o objetivo de aliviar a dor, melhorar a 
mobilidade e qualidade de vida e prevenir futuras degenerações da cartilagem, para 
isso utiliza-se um tratamento não apenas farmacológico, como também se incluem 
medidas higiênico-dietéticas. 
Artrite Gotosa: É desencadeada a inflamação devido a micro cristais minerais de urato. 
Nesse caso acomete cães de diferentes idades e porte, afetando principalmente as 
falanges do cão (dedos). 
 
Os principais sinais clínicos encontrados são: edema de uma ou várias articulações; dor 
ao tocar na perna ou na tentativa de se locomover; cães de pele clara, é visto 
vermelhidão na articulação afetada; ao tocar na articulação, pode ser notado 
temperatura mais elevada na região; prostração em casos mais severos; depressão; 
inapetência e perda de peso em casos graves. 
Diagnóstico: ideal que seja feito por um médico veterinário ortopedista. Nesse caso é 
feito o exame clínico do animal, podendo também, se o médico achar necessário, o 
uso do Raio-X. Dependendo, pode ser pedido até mesmo exames laboratoriais. 
Tratamento: deve ser feito com terapia medicamentosa específica para a causa. Além 
do protocolo medicamentoso escolhido pelo médico veterinário, pode ser indicado o 
uso de fisioterapia, tendo uma eficácia significativa na maioria dos pacientes. 
Prevenção: Controle do peso – nutrição equilibrada; animais idosos - 
acompanhamento rotineiro pelo médico veterinário. 
Displasia coxo femural 
Doença hereditária, sendo que tanto o pai quanto a mãe, necessariamente, precisam 
ser portadores destes genes. Fatores ambientais influenciam a evolução da doença: 
velocidade de crescimento, nutrição, tipo de exercícios praticados, obesidade, 
características do piso onde o animal costuma andar, etc. 
 
26 
 
 
É uma anormalidade das articulações coxofemurais, devido às alterações ósseas nas 
margens do acetábulo, na cabeça e colo do fêmur, gerando uma desarmonia ou 
instabilidade desta articulação. Afeta todas as raças, especialmente as de grande porte 
e crescimento acelerado, como por exemplo, Rottweillers, Pastores e Filas. 
 
Geralmente ocorre entre os 4 (quatro) meses de vida e um ano de idade. 
Sintomas: dificuldade para realizar movimentos como: caminhar, correr, levantar; 
pode haver uma maior dificuldade em pisos lisos; claudicação de um ou dos dois 
membros posteriores, passando a depositar o peso do corpo nos membros anteriores; 
ficam relutantes à realização de exercícios. O sinal clínico mais fácil de ser notado é a 
modificação no modo de sentar do animal, que passa a realizá-lo de lado. A displasia 
provoca uma dor constante. 
 
Diagnóstico: exame de Raio-x. 
Tratamento: Não existe cura para a displasia coxofemoral, mas existem alguns 
tratamentos, como: 
 Fisioterapia: que ajuda a fortalecer a musculatura, aumentando assim, a 
sustentação do quadril. 
 Tratamento alopático. 
 
27 
 
 Tratamento homeopático: é receitado não para a displasia, mas sim para os 
seus sintomas. 
 Cirurgia. 
Luxação de patela 
É a movimentação anormal da patela (placa óssea que fica “sobre” o joelho, também 
conhecida como rótula) causando dor e instabilidade no joelho. A luxação patelar 
congênita é muito comum em cães de pequeno porte, mas pode acometer cães de 
qualquer raça. As raças caninas mais acometidas pela luxação patelar são: York Shire, 
Poodle, Shih tzu, Lhasa Apso e Daschund. 
É a causa mais comum de claudicação (manqueira) dos membros traseiros em cães 
jovens de raças pequenas. Pode ocorrer em uma ou ambas patas e o grau de dor 
depende do animal e do grau de luxação. Existem cães que somente mancam e outros 
que realmente tem muita dor e dificuldade de locomoção. 
Causa: congênita (nasce com a predisposição) que é associada a uma deformidade 
óssea de crescimento, por isso pode aparecer de acordo com o crescimento; ou 
traumática (atropelamento, queda, fratura). 
 
Existem 4 graus de luxação de patela em cães mas a maioria, apresenta um grau mais 
leve com sinais de dor e claudicação (manqueira). 
Sintomas: os primeiros sintomas são a dor e a manqueira intermitente, principalmente 
durante caminhadas e exercícios. Cães que apresentam um grau leve de luxação 
patelar podem reduzir ou encaixar novamente a patela apenas com a extensão do 
membro. 
Diagnóstico: é clínico, ou seja, o médico veterinário treinado consegue através de uma 
simples manobra do joelho diagnosticar a luxação patelar. O exame radiográfico pode 
auxiliar para avaliar o grau da artrose. 
Tratamento: cirúrgico. Os resultados são muito satisfatórios. O período de 
recuperação ocorre dentro de 30 dias. Após a alta estes cães que apresentam luxação 
patelar, não vivem com restrições. 
 
 
28 
 
 
 
Osteomielite 
Inflamação em um ou mais ossos dos animais, que afeta mais precisamente a parte 
interna dos ossos (cavidade medular) e, se não tratada, pode levar o cão a óbito. A 
infecção nos ossos pode ser originada por fungos ou bactérias (mais comum). 
Causas: são diversas, porém na maioria dos casos, é decorrente a uma fratura óssea 
exposta, onde a bactéria ou fungo consegue entrar na medula óssea. As cirurgias 
ortopédicas também são fatores de risco para uma possível infecção, por isso todos os 
instrumentais e equipamentos devem estar estéreis. 
Sintomas: claudicação no membro afetado (Manqueira); dor na região ao ser tocado; 
febre; edema na região afetada; o animal pode apresentar apatia. Em casos de 
Osteomielite generalizada, o animal para de se alimentar; perda de peso; prostração, e 
em alguns casos, morte. Os sintomas podem ser facilmente passados despercebidos, já 
que alguns cães são mais fortes e não os demonstram totalmente, aparecendo 
somente em um grau mais avançado da doença. 
Diagnóstico deve ser feito unicamente por um médico veterinário. Além da anamnese 
e de um exame clínico minucioso, o profissional deverá requerer exames específicos 
para fechar o diagnóstico de uma forma mais segura e eficaz. O exame de sangue e o 
de imagem, como o raio X, são de imensa importância e, normalmente, são os 
primeiros a serem pedidos. A biópsia do osso não é tão utilizada, porém em casos mais 
complexos, pode ser necessária para fechar o diagnóstico. É importante esclarecer 
que, de todos os exames, a biópsia é a mais segura. 
Tratamento: depende do agente que ocasionou a infecção. O médico veterinárioé o 
único profissional que está habilitado a prescrever medicações para animais, por isso é 
importante recusar opiniões de leigos, pois o quadro pode ser ainda mais agravado se 
for administrado um medicamento de forma errada. No caso da infecção ser 
decorrente de uma cirurgia ortopédica, normalmente é realizada nova cirurgia para 
remoção de placas e pinos. Quem decidirá o melhor tratamento é o médico 
veterinário. 
A melhor prevenção para evitar a infecção é ter o cuidado de, no caso de um animal 
fraturar qualquer osso, fazer com que o mesmo seja levado imediatamente a uma 
clínica veterinária para a estabilização do quadro, para que, posteriormente, seja feita 
a cirurgia. Isso diminuirá as chances do surgimento de uma Osteomielite. Assim como 
qualquer outra doença, quando mais cedo for descoberta e tratada, mais chance o 
animal tem de recuperação. 
 
29 
 
 
Fraturas 
Popularmente chamada de osso quebrado, é uma das condições que mais aparece nas 
grandes clínicas veterinárias, não só do Brasil, mas de todo o mundo. Muitas vezes a 
fratura num animal pode assustar bastante o tutor, já que em alguns casos, o osso 
pode atravessar a pele e ficar posicionado externamente (fratura exposta), tornando-
se um visual bastante desconfortável para quem tem esse contato. Dentro da 
medicina, as fraturas ósseas são classificadas em diferentes tipos e gravidades, sendo 
importante a avaliação de um médico veterinário nessas horas. 
Nem toda fratura é resolvida com uma simples imobilização feita em casa ou em um 
consultório veterinário. Existem casos que só a intervenção cirúrgica é a opção, 
principalmente no caso do animal que apresenta múltiplas fraturas em um único osso. 
É de suma importância que o proprietário do cão ou gato, ao perceber uma fratura 
grave, leve o animal a um especialista da área. Existem pessoas que tentam resolver o 
problema na própria residência, fazendo imobilizações errôneas. Isso pode causar 
problemas graves futuros, pois quando a fratura calcificar, o membro pode ficar 
totalmente danificado. Outro ponto, que também é importante ressaltar, diz respeito 
às fraturas expostas, quando os tutores, por conta própria, tentam reposicionar o osso 
para a posição original. Isso já fez inúmeros cães perderem a vida, pois, na tentativa de 
pôr o osso para dentro novamente, pode-se romper artérias importantes. 
A maioria das fraturas ósseas é normalmente causada por atropelamentos. Os cães 
que fogem de casa, e não são acostumados a viver em meio ao trânsito, acabam se 
atravessando na pista e sendo atingidos pelos veículos. Outra causa que também 
ocorre com muita frequência, principalmente em cães pequenos, é o pisoteio. Cães 
filhotes e de raças muito pequenas, como: Pinscher, York Shire e etc., são propensos a 
serem lesionados acidentalmente. São encontrados também muitos cães com fraturas 
devido às brigas nas ruas. Normalmente, isso acontece em época de cio das cadelas 
das proximidades, onde ocorre a competição de machos. Os casos de fraturas em cães, 
mais difíceis de serem encontrados nas clínicas das cidades, são decorrentes de 
disparo de arma de fogo. Essa causa ocorre mais em meio rural, principalmente em 
cães usados pra caça. 
Sintomas: são bem amplos - o animal suspende o membro afetado pela lesão; 
sensibilidade ao ser tocado na região; animal apresenta uma conduta depressiva, 
procurando um local para ficar isolado, pode apresentar agressividade. Normalmente, 
 
30 
 
os cães domésticos, comparados com os seres humanos, são mais resistentes à 
condição dolorosa. Por conta disso, os sinais que o animal irá apresentar, dependerá 
da localidade onde foi lesionado. De qualquer forma, no caso de um atropelamento, 
fica difícil diagnosticar os lugares e a quantidade de fraturas que sofreu o animal sem 
que sejam feitos exames complementares. 
Fraturas nas costelas: respiração difícil; dor ao ser tocado na região dos flancos; 
anorexia (não se alimenta); prostração; tende a apresentar cifose (desvio da coluna, 
assemelhando-se a um arco). 
Fraturas na coluna vertebral: normalmente são os casos de mais fácil diagnóstico, pois 
apresentam sinais clínicos bem característicos: membros posteriores flácidos, 
arrastando os mesmos; cauda do animal não permanece em pé, e sim flácida e sem 
movimentação; membros posteriores não apresentam sensibilidade à dor. 
Classificação das fraturas: classificadas dependendo do seu tipos e gravidade. 
 Fratura completa: é quando o osso quebra por completo, ou seja, há a separação 
total, ocorrendo o afastamento do osso. Nesse caso é de fácil percepção, já que o 
membro fica totalmente solto, sendo segurado apenas pelos tendões, músculos e 
pele. Nesse caso é indicado a intervenção cirúrgica de emergência. Dentro da 
classificação da fratura completa, existe a diferenciação de fratura aberta e 
fechada. 
 Fratura aberta: também chamada de exposta. O osso fraturado atravessa a pele 
do animal ficando no meio externo. É nesse caso que de maneira nenhuma deve-
se tentar recolocar o osso na posição normal, pois pode romper vasos 
importantes. Na fratura fechada, o osso não atravessa a pele, não aparentando 
nenhuma lesão pelo meio externo. 
 Fratura incompleta: menos grave, pois não há o rompimento total do osso. 
Normalmente ocorre apenas uma fissura, causando dor e suspensão do membro 
pelo animal, porém é percebido que o membro não fica solto como na fratura 
completa. Nesse caso o médico veterinário pode optar pela imobilização com 
gesso. 
 
31 
 
 
Diagnóstico: para as fraturas ósseas são simples, porém só devem ser feitas por um 
médico veterinário: anamnese; exame clínico; Raio X. No caso dos animais que vão 
passar por cirurgia para a fixação óssea, é necessário que se façam exames 
laboratoriais para uma boa segurança cirúrgica. 
Tratamento: de acordo da gravidade da lesão. Pode ir apenas de uma imobilização 
simples, até uma cirurgia complexa. Na cirurgia, normalmente são usados pinos e 
placas para uma boa fixação dos ossos. As lesões na coluna vertebral, normalmente 
são de prognóstico ruim, sendo necessário o uso de cadeiras de rodas especiais. As 
fraturas de costelas devem ter uma atenção especial, pois trazem o risco da perfuração 
de órgãos internos. Isso tudo deve ser examinado pelo clínico. 
Prevenção: consiste em não permitir que os cães fiquem na rua, próximo ao trânsito. 
Deixe o animal em um local seguro, longe de vândalos, marginais, cães de rua, carros, 
armas de fogo e outros perigos. Em caso de qualquer suspeita de fratura óssea, o 
animal dever ser levado a uma clínica veterinária, imobilizado. Não é indicado que o 
pet seja muito manipulado, para que não ocorram lesões mais graves. 
Aula 3 
Sistema Nervoso 
O sistema nervoso dos mamíferos divide-se em várias partes: 
 
32 
 
Sistema nervoso central - O sistema nervoso central (SNC) está localizado dentro do 
esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral). Constituído pelo cérebro, ponte 
cerebral e medula espinhal. 
 
 Sistema nervoso periférico - inclui os nervos que saem do cérebro para o 
pescoço e cabeça e também os outros nervos que saem e entram na medula 
espinhal. Estes nervos transportam mensagens do Sistema Nervoso Central 
para outras partes do corpo, como os membros ou a cauda. Os impulsos 
nervosos viajam do cérebro para a medula espinhal, saem através dos nervos 
periféricos para os tecidos, e fazem o caminho inverso de volta até ao cérebro. 
Nervos motores - Nervos periféricos que partem do cérebro e da medula espinhal. 
 Controlam o movimento dos músculos, a postura e os reflexos. 
Nervos sensoriais - Nervos periféricos que retornam ao cérebro. 
 Transmitem informação (ex: sensação de dor) desde as estruturas do corpo de 
volta para o sistema nervoso central. 
 
33 
 
 
Sistema nervoso autônomo - compreende um outro grupo de nervos. 
 Estes nervos, que também partem do sistema nervoso central, controlam os 
movimentosinvoluntários de órgãos como os intestinos, o coração, os vasos 
sanguíneos, a bexiga, etc. Os cães e os gatos não têm qualquer controle 
voluntário sobre o sistema nervoso autônomo, este funciona 
automaticamente. 
Desenvolvimento do sistema nervoso 
Quando os cães e gatos nascem, não possuem sistema nervoso totalmente 
desenvolvido. O cérebro, a medula espinhal e os nervos associados, estão presentes no 
nascimento, mas não têm capacidade de transmitir adequadamente impulsos 
eléctricos de forma coordenada. A medida que o sistema nervoso se desenvolve, nas 
primeiras semanas de vida, uma série de movimentos controlados tornam-se 
evidentes. Após três semanas de idade, os cães e gatos, já desenvolveram a 
capacidade de se levantar, e até de andar pequenas distâncias. 
A visão surge por volta das 3 ou 4 semanas, mas só está totalmente desenvolvida após 
as dez semanas de vida. 
A audição está já bastante desenvolvida após as quatro semanas de vida. 
Todos os desenvolvimentos acima descritos, o andar, a visão e a audição são 
controlados pelo sistema nervoso. A idade exata em que estas capacidades se 
desenvolvem é variável, sendo os tempos referido, apenas indicativo. 
 
34 
 
 
Patologias do Sistema Nervoso 
Pequenos animais podem apresentar alterações neurológicas em qualquer fase da 
vida. Essas alterações podem se manifestar de forma aguda ou sutil, progredindo 
lentamente durante vários meses. Existem algumas raças que são mais predispostas a 
certas alterações neurológicas que outras. Os animais com sintomas neurológicos 
podem apresentar lesão primária no sistema nervoso ou apresentar uma doença 
metabólica ou sistêmica que afeta o sistema nervoso de forma secundária, sendo 
nesses casos importante a avaliação por um médico veterinário. Animais com lesão 
cerebral podem mostrar uma série de alterações, que em muitas vezes é 
erroneamente associadas à idade avançada, tais como andar sem parar, trombar em 
objetos, alteração no comportamento e de personalidade, agressividade, dormir de dia 
e ficar acordado durante toda noite, perseguição de cauda, ficar parado ou preso nos 
cantos, latir ou miar excessivamente. 
Os com sintomatologia neurológica também podem apresentar dor, claudicação 
(mancar), impotência do membro (não apoiar a pata), arrastar a pata no chão, quedas, 
incoordenação (não andar em linha reta ou andar apoiando na parede) ou até 
paralisia, de um ou todos os membros. Podem apresentar convulsão (ataque, crise), 
ficar todo esticado, tremendo, salivando, com olhar estranho (pupilas dilatadas), 
gritando, perder controle das fezes e da urina. Podem ainda apresentar cegueira 
súbita, corrida histérica, perder o movimento de um lado da face ou do corpo, ficar 
 
35 
 
com a cabeça pendendo ou torta (inclinada ou torcida) para um lado, dificuldade para 
respirar ou deglutir (engolir), insônia, presença de algum tipo de movimento 
involuntário (“tique”, “movimentos de mastigar chicletes”). 
Os proprietários de animais com alteração neurológica devem levar seus animais para 
ser avaliados por um médico veterinário o quanto antes e evitar qualquer forma de 
tratamento por conta própria, devido ao risco de complicar ainda mais o problema. 
Os sintomas podem ser mais ou menos evidentes dependendo da localização e da 
extensão da lesão. Diferentes doenças podem causar alterações clínicas muito 
semelhantes. Em muitos casos além da obtenção do histórico e exame físico completo, 
é necessária a realização de exames complementares específicos na obtenção do 
diagnóstico, seleção da melhor forma de tratamento e determinação do prognóstico. 
Dentre os exames complementares atualmente disponíveis somente em alguns 
centros especializados, a miografia e a tomografia apresentam grande importância, 
pois permitem a visibilizarão de estruturas anatômicas contidas no crânio (no caso da 
tomografia) e na coluna vertebral (miografia e tomografia). 
Nos animais mais jovens, a incidência de má formação e de doenças infecciosas é 
grande. A má formação mais frequente em cães é a hidrocefalia, principalmente nas 
raças de pequeno porte, tais como Poodle Toy, York Shire e maltês. Animais 
acometidos podem ou não apresentar alteração na conformação da cabeça associada 
a alterações de comportamento. Embora intoxicação e traumas possam ocorrer em 
qualquer idade, filhotes, devido sua curiosidade, estão mais sujeitos a apresentar tais 
alterações. Principalmente nesse período, as orientações fornecidas pelo médico 
veterinário quanto ao manejo e realização do esquema da vacinação correto são 
fundamentais, reduzindo a incidência de doenças infecciosas e de acidentes. 
Nos animais adultos, doenças infecciosas (principalmente a cinomose em cães e a 
peritonite infecciosa em gatos) e inflamatórias são frequentes. Doenças degenerativas 
do disco intervertebral (tais como hérnia de disco) são frequentes, principalmente nas 
raças condrodistróficas (por exemplo, Dachshund, Beagle e Cocker). Nos cães adultos, 
a epilepsia idiopática (animal apresenta somente convulsões recorrentes) é bem 
frequente, especialmente em algumas raças, tais como pastor alemão e poodle. 
Animais epilépticos, principalmente os de grande porte, apresentam com frequência o 
chamado “estado epiléptico” (convulsões seguidas por mais de cinco minutos, sem 
retorno de consciência). 
Nos animais idosos, a incidência de doenças metabólicas, neoplásicas primárias ou 
metástases, vasculares (AVC – Acidente Vascular Cerebral), degenerativas aumenta. 
Tanto cães quanto gatos de qualquer raça e sem definição racial podem apresentar 
tumores cerebrais, sendo o mesmo especialmente frequente em certas raças, por 
exemplo, Boxer. 
 
 
 
36 
 
Doenças Infecciosas 
Cinomose 
A cinomose, também conhecida como 
esgana ou doença de Carré, é uma doença 
provocada pelo vírus CDV (Canine 
Distemper Vírus) e é uma das mais graves 
doenças infeciosas que podem afetar os 
cães — apenas a raiva possui uma taxa de 
mortalidade superior. 
Os cães mais suscetíveis a serem infetados 
são os mais jovens (até um ano de vida) e 
adultos que por algum motivo não tenham sido vacinados, ou seja imunodeprimidos. 
O vírus da cinomose costuma atingir os animais de maneira bastante intensa e, como a 
evolução da doença é rápida, em alguns casos pode ser fatal para os cães acometidos. 
Embora haja países em que a doença já é praticamente erradicada, o Brasil não se 
encaixa nesse perfil – já que apenas uma pequena parcela dos pets caninos do País são 
vacinados; aumentando muito as chances de contaminação. 
O vírus da cinomose é capaz de afetar todo o organismo do animal (doença 
considerada sistêmica), em especial os pulmões, o trato intestinal e o sistema nervoso. 
O vírus pode sobreviver por muito tempo em ambiente seco e frio. O microorganismo 
é muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, durando em média três 
meses no ambiente após a retirada do animal doente. 
Transmissão: Contato direto com outros animais já infectados: pelas vias respiratórias, 
ar contaminado ou por objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e 
transportar organismos contagiantes ou infecciosos (de germes a parasitas), de um 
indivíduo a outro, que tiveram contato com o portador da cinomose. 
Sintomas: Os primeiros sintomas costumam ser respiratórios, com o aparecimento de 
secreções nasais purulentas, dificuldade em respirar e até pneumonias. Nos olhos, 
também aparecem secreções purulentas, as conhecidas remelas, em quantidade 
excessiva. Outros sintomas incluem perda de apetite, vômitos, diarreia, febre e nos 
casos mais graves, alterações no sistema nervoso, como convulsões, ataques 
epiléticos, fraqueza dos membros, paralisias e perda de coordenação. 
Tanto a evolução de sintomas neurológicos como o surgimento de qualquer tipo de 
sinal da cinomose, varia muito de um caso para o outro e, portanto, não há como 
prever que tipo de consequências queo problema pode causar e nem se a doença irá 
desencadear sinais perceptíveis até chegar a um nível bastante avançado. 
Um dos sinais neurológicos mais característicos da cinomose é a mioclonia – que 
promove a contração involuntária dos músculos do animal – considerada um sintoma 
específico da doença e que também pode ocorrer em função de outros problemas 
causados pelo paramixovírus. 
 
37 
 
Quando a cinomose chega a afetar o sistema neurológico dos cachorros o quadro já 
pode ser considerado bem grave, e consequências como meningite, paraplegia e 
tetraplegia podem ocorrer, assim como um quadro de coma (que, na maioria dos 
casos, evolui para a morte do animal em pouco tempo). Além destes, sintomas mais 
variados também podem ocorrer em casos específicos, incluindo abortos e partos 
prematuros em cadelas, lesões ósseas, alterações no esmalte dentário do cão e 
infecções diversas. 
Tratamento: Não existe, por ser uma doença viral. 
Prevenção: A melhor forma de prevenir é a vacinação - filhotes devem receber três 
doses desta vacina na primeira fase da vida. Posteriormente, devem receber uma dose 
da vacina anualmente. Não deixar o filhote ter contato com cães desconhecidos que 
podem não ter sido vacinados. Não levar seu filhote para locais públicos, e quando for 
levá-lo ao veterinário para receber as doses de vacina, não permita que ele saia do seu 
colo, ou que ele entre em contato direto com outros animais. Evitar ao máximo 
contato de pessoas estranhas durante o período de vacinação. Manter a higiene 
regular na sua casa, e em todos os objetos que seu filhote tenha contato. Lavar sempre 
muito bem as mãos e limpar os sapatos sempre que chegar em casa. 
Raíva 
A raiva é uma das doenças mais conhecidas 
e temidas pelas pessoas, que atinge não 
apenas os cães como todos os mamíferos, 
particularmente raposas, furões, coiotes, 
guaxinins, morcegos, doninhas e seres 
humanos. 
Apesar de ser uma doença erradicada em 
vários países, é incurável e tem um 
prognóstico muito grave, que na 
esmagadora maioria dos casos se revela 
fatal. Aliás, é a doença com a mais elevada taxa de mortalidade nos cães. 
A raiva é uma doença provocada por um vírus da família Rhabdoviridae, que atinge o 
sistema nervoso. 
Tipos de raiva em animais domésticos: 
 Furiosa – Comum em cães e gatos. Provoca alterações de comportamento e 
agressividade. 
Sintomas: Mudança de comportamento - escondem-se em locais escuros ou mostram 
uma agitação inusitada. Excitação - O cão se torna agressivo, com tendência a morder 
objetos, outros animais, o homem, inclusive o seu proprietário, e morde-se a si 
mesmo, muitas vezes provocando graves ferimentos. Salivação abundante, uma vez 
que o animal é incapaz de deglutir sua saliva, em virtude da paralisia dos músculos da 
deglutição. Alteração do latido - rouco ou bitonal, em virtude da paralisia parcial das 
 
38 
 
cordas vocais. Convulsões generalizadas - incoordenação motora e paralisia do tronco 
e dos membros e morte. 
 Paralítica – Comum em bovinos e equinos. 
Sintomas: Perda de apetite. Inquietação e mudança de hábitos (procuram esconder-
se, mantêm-se imóveis ou deitados em um só local). Dificuldade em se deslocar, 
devido à paralisia dos membros posteriores. Paralisia da mandíbula e dificuldade de 
deglutição. Tremores musculares. Diminuição dos movimentos ruminais e altera-se o 
mugido. Defecação difícil - fezes apresentam-se secas, escuras, cobertas de muco e 
sangue. Fase final - animal permanece em decúbito ventral ou lateral, não consegue 
levantar-se, apresenta contrações musculares, opistótono e movimentos de 
pedalagem. Os bovinos geralmente morrem entre 4 e 6 dias após o início dos 
sintomas. 
Nunca se deve aproveitar para consumo a carne de animais com suspeita de raiva. 
Partículas virais foram encontradas em níveis detectáveis no coração, pulmão, rim, 
fígado, testículo, glândulas salivares, músculo esquelético, gordura marrom, etc. de 
diferentes animais domésticos e silvestres. 
Transmissão: No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva ao ser 
humano continua sendo o cão, embora os morcegos estejam cada vez mais 
aumentando a sua participação, podendo ser os principais responsáveis pela 
manutenção de vírus no ambiente silvestre. Identificações positivas de vírus da raiva já 
foram descritas em animais silvestres da fauna brasileira, tais como as raposas 
(Dusicyon vetulus), jaritatacas (Conepatus sp), guaxinins (Procyon cancrivorous), sagüis 
(Callithrix jachus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), morcegos hematófagos e não 
hematófagos. A transmissão ocorre por meio da saliva de um animal infectado para 
outro, embora outras vias sejam relatadas (membranas mucosas: olhos, nariz, boca), 
aerossóis e transplante de córnea. 
 
 
39 
 
Sintomas: Afetando o sistema nervoso, a raiva provoca uma alteração profunda no 
comportamento do animal. Os cães ficam extremamente agitados, com espasmos 
intensos nos músculos, não respondem aos donos e procuram locais escuros e 
escondidos para ficar. 
Em poucos dias, evolui para um quadro de agressividade, com muita salivação, o 
animal deixa de comer e de beber, até chegar a um estado paralisia que leva o animal 
à morte. 
Em alguns casos, os cães não ficam agitados mas sim depressivos e sonolentos (a 
chamada raiva muda). 
Diagnóstico: 
Clínico – A observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os 
sinais da doença não são característicos e podem variar de um animal a outro ou entre 
indivíduos da mesma espécie. 
Laboratorial - Não existe, até o momento, um teste diagnóstico laboratorial conclusivo 
antes da morte do animal doente que expresse resultados absolutos. No entanto, 
existem procedimentos laboratoriais padronizados internacionalmente, para amostras 
obtidas post mortem de animais ou humanos suspeitos de raiva. As técnicas 
laboratoriais são aplicadas preferencialmente nos tecidos removidos do SNC. 
Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula 
oblongata são tidos tradicionalmente como materiais de escolha. 
Tratamento: Não há tratamento e a doença é invariavelmente fatal, uma vez iniciados 
os sinais clínicos. Somente para o ser humano, as vacinas antirrábicas são indicadas 
para tratamento pós-exposição. Há também o recurso da aplicação de soro antirrábico 
homólogo (HRIG) ou heterólogo. A imunidade passiva, conferida pela imunoglobulina 
antirrábica, persiste, no máximo, por apenas 21 dias. 
Manejo de animais suspeitos: 
Cães ou gatos sadios que morderam pessoas deverão ser confinados e observados por 
um período de 10 dias, e avaliados por um veterinário, diariamente. Se houver o 
desenvolvimento de sinais sugestivos de Raiva, o animal poderá, a critério da 
autoridade sanitária, ser sacrificado, anteriormente a sua morte natural, e sua cabeça 
removida e mantida sob refrigeração, para exame a ser realizado posteriormente num 
laboratório credenciado junto aos órgãos de vigilância sanitária. Qualquer animal vadio 
que morda uma pessoa poderá ser mantido em observação por 10 dias, ou ser 
sacrificado imediatamente e sua cabeça ser submetida aos procedimentos acima 
descritos para diagnóstico de Raiva. 
Prevenção: feita através do programa de vacinação, tanto nos animais como em 
humanos. A primo vacinação é recomendada para cães e gatos a partir do quarto mês 
de vida. 
Complicações vacinais: 
 
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As infecções pós-vacinais são mais frequentes em gatos do que em cães; gato possui 
uma maior sensibilidade. Maioria dos casos os gatos apresentam: paralisia 
característica do membro onde a vacina foi inoculada, 2 a 3 semanas após a inoculação 
→ paralisia bilateral ascendente, que se torna generalizada. Os casos de complicações 
pós vacinais com vacinas inativadas são extremamente raros. 
 
Doenças neurológicas não infecciosas 
 Acidente Vascular Cerebral (AVC) - ou derrame cerebral, ocorre quando há um 
entupimentoou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a 
paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. 
Cães - O AVC (Acidente Vascular 
Cerebral) é mais comum em cães do que 
podemos imaginar e é preciso conhecer 
bem os sintomas para tomar os cuidados 
certos. 
Pode ocorrer em qualquer cão mas, os 
idosos ou aqueles que estão mais acima 
do peso são os mais predispostos. Assim 
sendo, é necessário o controle da 
alimentação do cão e a pratica de 
atividades físicas diárias. O cão que fica o dia todo deitado pode até ser bonitinho e 
não dar trabalho, mas está muito mais propenso a ter um derrame. 
Sintomas: variam muito, sendo que o animal pode perder o equilíbrio de repente, ter 
alterações na consciência, entre outros. A fraqueza repentina do pet, pode indicar que 
os nervos pararam de funcionar. Outro sinal que pode ser observado é “nistagmo” que 
é quando os olhos do cachorro ficam indo de um lado para o outro, assim como 
acontece com alguém assistindo a uma partida de tênis, só que bem mais rápido. Este 
é um dos principais sinais de que o cão sofreu um AVC. 
Tomar cuidado para não confundir os sintomas, pois o derrame cerebral é de repente: 
o cão está bem agora e daqui a pouco começa a apresentar os sintomas, podendo ser 
mesmo o AVC. Há casos que os sintomas surgem e desaparecem depois de alguns 
minutos e neste caso se trata de alguma outra coisa que precisará ser averiguada. 
O Acidente Vascular Cerebral canino pode ser Isquêmico ou Hemorrágico: 
 Isquêmico - causado quando ocorre a falta de fluxo sanguíneo no cérebro por 
causa de uma artéria bloqueada e quase sempre é associado a uma doença 
cardíaca, doença renal, diabetes e até mesmo a hipertensão. 
 Hemorrágico - sangramento no cérebro e pode ser devido a várias causas: 
doenças do coração, renal, da tiroide, entre outros motivos. 
 
41 
 
Os sintomas podem ser diferentes do que já foram citados acima, confira alguns: cão 
fica com a cabeça inclinada, erra o prato de comida quando vai fazer sua refeição, fica 
perdendo o equilíbrio, cegueira, depressão, confusão, etc. 
Diagnóstico: só pode ser feito pelo veterinário. Serão feitos exames físicos, uma 
análise criteriosa dos sintomas, além da análise da urina, do sangue e até mesmo uma 
tomografia computadorizada que mostrará os danos causados ao cérebro. No caso do 
AVC, não existe ainda um tratamento que repare o dano ocorrido ao cérebro, sendo 
que em boa parte das vezes os cachorros acabam recuperando quase todas as funções 
motoras e em algumas semanas já conseguem ter os principais controles, tudo vai 
depender da gravidade do problema e principalmente dos danos que o cérebro sofreu. 
Prevenção: alimentação equilibrada e se perceber os sintomas, encaminha-lo ao 
veterinário. 
Gatos - Essa condição não é comum em 
felinos mas, é importante reconhecer os 
sintomas, a fim de obter a intervenção 
médica. 
Tipos e causas: 
Acidente vascular cerebral isquêmico - 
envolve uma diminuição do oxigênio do 
cérebro, devido à falta de fornecimento de 
sangue suficiente. 
Acidente vascular cerebral hemorrágico - causado por uma ruptura na veia da cabeça 
do animal. 
Sintomas - frequentemente podem confundir com outras doenças: depressão, 
inclinação da cabeça (dificuldade de mover a cabeça para o outro lado), agressividade, 
desorientação, perda de equilíbrio e coordenação. Alguns outros sintomas que indicam 
um possível acidente vascular cerebral são convulsões, cegueira e maior vocalização. 
Estes sinais são de início repentinos. 
Diagnóstico e tratamento precoce aumentam a chance de uma recuperação completa. 
O veterinário irá trabalhar para minimizar qualquer inchaço do cérebro e danos nos 
tecidos, tentativa de tratar a causa se conhecida, e reabilitar o animal. O veterinário 
também irá recomendar a terapia física e aconselhá-lo sobre o que isso implica. 
Síndrome da Disfunção Cognitiva 
É um sinal que aparece na grande maioria em 
cães idosos, independentemente da raça ou 
sexo. É causada por uma perda do 
funcionamento ou da estrutura dos neurônios 
(neurodegeneração), ocasionando, algumas 
vezes, mudança de comportamento 
repentina, como: dificuldades de percepção e 
 
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de exercer funções rotineiras simples. 
Causa: ainda é de origem desconhecida. Alguns autores afirmam, que o surgimento da 
síndrome é devido às mudanças que ocorrem no âmbito cerebral conforme o animal 
vai envelhecendo. É relativamente comum em cães com idade superior a 10 anos. 
Existem animais que apresentam um quadro bem crítico, não podendo levar uma vida 
sem ser assistida pelos tutores, sendo totalmente dependentes do proprietário. Em 
outros casos, animais apresentam uma sintomatologia mais leve, podendo viver sem 
muita dependência. 
Sintomas: dependendo do caso, podem aparecer com uma sintomatologia clássica ou 
apresentar apenas um sintoma, por isso, deve ficar bem atento ao comportamento 
diário do cão. Os sinais clínicos são: 
 Ausência de sono, ou em alguns casos, sono excessivo. Normalmente troca o 
dia pela noite. (Desequilíbrio no padrão do sono); 
 Animal pode ficar desorientado e perdido mesmo dentro da sua residência; 
 O cão costuma chorar com frequência; 
 Animal vagueia pela casa com olhar perdido; 
 Dificuldade em reconhecer pessoas conhecidas; 
 Não atende mais a voz de comando; 
 Late com frequência; 
 Não consegue mais receber adestramento; 
 O cão fica bastante impaciente; 
 Em alguns casos, apresenta agressividade com membros da casa; 
 Não brinca mais com tanta frequência; 
 Defecam e urinam em locais inapropriados; 
 Em alguns casos, o animal apresenta falta de apetite. 
Não existe tratamento que cure a síndrome da disfunção cognitiva em cães, porém 
existem terapias medicamentosas que aliviam os sinais clínicos que o animal 
apresenta. O mais indicado é que o tratamento de apoio comece assim que o animal 
apresentar os sintomas. Na maioria das vezes, a terapia só é indicada para animais que 
tenham um quadro bem crítico que possa atrapalhar tanto a vida do animal quanto a 
do tutor. Não medique o animal sem um médico veterinário. 
É importante que o proprietário saiba lidar com o animal com a síndrome. O cão 
necessita de apoio e cuidados especiais nessa condição. Evitar forçar brincadeiras, pois 
ele pode reagir com agressividade. Deixar sempre água e alimento disponível. 
IMPORTANTE: O cão necessita de apoio e cuidados especiais nessa condição. Evitar 
também forçar brincadeiras, pois ele pode reagir com agressividade. Espere ele 
mesmo começar a brincar. Deixar sempre água e alimento disponível. Deixar o 
animal em um lugar que ele possa se abrigar em casos de chuva e sol. O animal 
deverá ser levado a consultas rotineiras para que a sua saúde possa ser avaliada 
sempre. 
Síndrome Vestibular Canina 
 
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Afeta principalmente cães mais velhos que 
estão acima de 10 anos de idade. Por isso, é 
também referida como a doença de cão 
velho. 
Não há nenhuma razão específica que são 
conhecidas por provocar síndrome vestibular 
canina. 
Às vezes, os sinais de doença vestibular 
desenvolvem-se subitamente. Recorrência é bastante provável com este tipo de 
síndrome vestibular. 
Sintomas: perda repentina da coordenação corporal e equilíbrio. Outro sintoma 
perceptível da doença vestibular canina é inclinação da cabeça para um lado. Estes 
sinais e sintomas podem durar cerca de 3 semanas. 
Diagnóstico: exame neurológico, exame do conduto auditivo, exame de sangue e 
análise de urina. 
Tratamento: depende dos resultados dos exames realizados e sintomatologia. 
A maioria dos cães se recuperam de doença sem complicações graves. Se o cão não 
melhorar com a intervenção terapêutica adequada, torna-se necessário fazer um 
exame minucioso para verificar a existência de: infecções do ouvido interno, câncer do 
cerebelo, traumatismo craniano e lesões cerebrais. 
Hidrocefalia 
É o acúmulo excessivo de liquidocerebrospinal nos ventrículos do cérebro e 
normalmente é observada em filhotes jovens das raças Pinscher, Chihuahua, Maltes, 
Lhasa Apso, Shi Tsu entre outros. 
Nesses animais jovens, o liquido acumula-
se no cérebro distendendo os ossos ainda 
moles do crânio, observando um 
aumento da parte frontal da cabeça. Essa 
compressão faz com que os olhos fiquem 
mais saltados, mostrando inclusive a 
parte branca (esclera) dos olhos. 
Causas: defeitos congênitos, infecções, 
trauma perinatal (quedas e pancadas na 
cabeça), e tumores do sistema nervoso central. A causa mais comum de hidrocefalia 
em animais jovens é defeito congênito ou seja, ele já nasce com esse problema que vai 
se agravando já nos primeiros meses de vida. 
Sintomas: 
 Estado mental alterado. 
 Vocalização (fica chorando o tempo todo). 
 Hiperexcitabilidade alternado com apatia extrema. 
 
44 
 
 Deficiência visual. 
 Convulsões. 
 Andar desajeitado e cambaleante. 
 Inclinação da cabeça. 
 Movimentos anormais dos olhos (nistagmo), além dos olhos “saltados”. 
Diagnóstico: Pode ser feito avaliando a conformação anormal da cabeça, seguida de 
ultra som e RX de crânio e confirmando com exame de tomografia. Uma avaliação 
neurológica com o Veterinário Neurologista vai confirmar as alterações descritas 
acima. 
Tratamento: tem como objetivo minimizar ou evitar danos no cérebro e vai depender 
da severidade dos sintomas apresentados e da causa da hidrocefalia. 
Prognóstico: hidrocefalia congênita grave tem um prognóstico ruim e geralmente 
resulta em morte. Embora a eficácia da terapia não possa ser avaliada sem tentar o 
tratamento, a severidade dos sinais clínicos se correlaciona com o sucesso do 
tratamento. 
Alguns animais com hidrocefalia congênita têm uma resposta imediata a um 
tratamento médico e pode ficar estável durante um longo período de tempo. 
Epilepsia 
É uma pequena disfunção cerebral, que faz com que o cachorro tenha diversas 
convulsões de maneira incontrolável. Além de outros malefícios, a doenças pode 
ocasionar a perda da consciência, perda de controle das funções do intestino e bexiga 
e ainda a salivação excessiva. Independente de qual seja o número de convulsões do 
cão, seja a primeira ou a última, as ações que forem tomadas fazem toda a diferença. É 
mais comum do que se pode imaginar e o cão pode levar uma vida normal sendo que 
torna-se necessário os cuidados do dono. 
Esta condição pode ser genética, que é aquela que o cão já nasce possuindo. 
Geralmente se manifesta após os 3 anos de idade. É rara e os casos mais comuns são 
em animais de raça pura, que tem tendência maior a manifestarem essa doença 
devido à consanguinidade. 
A epilepsia secundária, ou adquirida, pode ocorrer em qualquer cão, e pode ser 
consequência de algum trauma físico ou até uma batida forte na cabeça. Pode 
acontecer em qualquer idade. 
Sintomas: pode variar de intensidade e em número de convulsões, de acordo com a 
resposta do animal à doença. Em determinados casos pode se mostrar “fraca”, e 
quando ocorre essa manifestação, o animal se mostra desatento, não focando a 
atenção em nada, mesmo aquilo que anteriormente lhe interessava, nem mesmo em 
brincadeiras e situações que ocorrem a seu redor. Ele apresenta um comportamento 
estranho, totalmente a parte do ambiente normal. 
Caso o cão apresente a epilepsia em um grau mais elevado, o animal pode sofrer 
diversos problemas especialmente alucinações, fazendo com que ele tenha um 
comportamento totalmente diferente dos demais cachorros. A epilepsia pode causar 
 
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desmaios, além de contrações musculares diferenciadas por todo o corpo do animal, 
sendo que durante as contrações o animal pode se jogar no chão e sofrer espasmos 
corporais violentos, levando ao desespero toda a família. 
Causas: Existem diversas doenças que podem afetar o sistema nervoso do animal, 
podendo causar a epilepsia: 
 Intoxicação ou envenenamento por produtos químicos. 
 Doenças cerebrais como os tumores, por vezes também podem causar as 
convulsões em cachorros. 
 Batidas fortes na cabeça, como os traumatismos cranianos, podem causar 
ataques epilépticos e convulsões. 
 Doenças relacionadas ao fígado, também chamadas de hepáticas. 
 
Procedimentos a serem seguidos: 
1) A primeira coisa a ser feita é tentar a todo o custo ficar calmo, isso é muito 
importante para poder socorrer o animal adequadamente, mesmo que isso seja um 
tanto difícil. O cão depende exclusivamente de você para se cuidar, então, tenha com 
ele o mesmo procedimento que teria com uma criança pequena. 
2) Perceba qual o tamanho da convulsão. Isso só pode ser medido através do tempo 
que ela demorar para terminar. Esse tempo é muito importante que seja medido. 
Desde a primeira vez em que seu cachorro tiver a convulsão, ele deve receber um 
exame clínico completo que compreende a parte física e um específico de sangue, 
tudo com a maior rapidez possível. Isso deverá ocorrer para que logo se possa 
descobrir qual a causa de tal manifestação, não sendo necessário que o cão volte ao 
veterinário a cada vez que apresentar o sintoma, somente se o caso se agravar e ele 
tiver várias convulsões em sequência. 
3) Sempre que o animal tiver uma convulsão limpe a área onde ele estava e todo o seu 
redor, já que a higiene é um fator que pode ajudar e muito no tratamento dele. Além 
disso, certifique-se de que não haja nada próximo a ele com o que possa se machucar 
durante a convulsão, como vasos, vasilhas, vassouras e outros itens. 
4) Quando o animal estiver convulsionando, coloque uma toalha sob a sua cabeça, pois 
isso pode prevenir que ele bata com força a cabeça no piso ou em outros lugares. 
5) Tome cuidado para que o cão não inale algo pois, ele pode entrar em choque e 
ainda sofrer mais 
danos. 
IMPORTANTE: Os cachorros não engolem suas próprias línguas, ao contrário do que 
acontece com os humanos. 
Desmaios (Síncope) 
É a perda momentânea da consciência com relaxamento dos músculos do animal, que 
recupera espontaneamente o seu estado normal sem alterações na contratura 
muscular. 
 
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Causa: a mais comum em cães e gatos, ocorre em função de 
falhas no coração – seja por alguma arritmia ou por uma 
doença do músculo do cardíaco - que faz com que a pressão 
sanguínea do animal fique baixa, causando a falta de 
oxigênio no cérebro. Algumas raças de cães como 
Schnauzer, Poodle, Pastor Alemão, Boxer, Dogue Alemão, 
São Bernardo e Dobermann, entre outras, podem ter uma 
predisposição maior para esse tipo de episódio - enquanto, 
entre os felinos, as raças de origem asiática tendem a ser 
mais afetadas. 
 Outras causas: doenças neurológicas; hipoglicemia; 
anemias; distrição respiratória (ocorre quando o oxigênio necessário para que o 
organismo tenha a ventilação adequada, ultrapassa a capacidade que ele tem a 
oferecer; gerando, assim, uma respiração visivelmente anormal). 
O que fazer em caso de desmaio 
1) Verificar se o animal respira normalmente e se o coração está batendo; 
2) Afrouxar coleira ou enforcador; 
3) Verificar se nada está obstruindo a garganta; 
4) Massagear vigorosamente o corpo para estimular a circulação; 
5) Se o animal não voltar - levantar a parte traseira para que a cabeça fique mais 
baixa que o restante do corpo; não utilizar substâncias com odor forte. 
Terminada a crise, o animal deverá ser encaminhado ao veterinário para diagnosticar 
as prováveis causas. 
Aula 4 
Sistema cardiovascular 
O sistema circulatório é composto por artérias, vasos que levam sangue do coração 
aos órgãos e tecidos; veias, vasos que trazem o sangue dos tecidos e órgãos ao 
coração; capilares, que são vasos finíssimos onde ocorrem trocas metabólicas entre o 
sangue e o tecido irrigado, sendo a conexão entre as menores veias e artérias do 
organismo. Além disso, tem uma “bomba”, o coração, composta por quatro câmaras 
(átrio esquerdo e direito, e ventrículos esquerdo e direito). 
Coração 
Órgão muscular

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