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• Primeira Semana • Fecundação Assim que ocorre a oocitação (“ovulação”) o óvulo é guiado pelas fímbrias para a região conhecida como Ampola da Tuba Uterina, onde ocorre a fecundação. Quanto aos espermatozoides eles locomovem pela região uterina em maior parte pelas contrações da camada muscular. Ao alcançarem o Istmo a mobilidade para e só recomeça quando ocorre a oocitação (acredita-se que é devido a quimiotáticos liberados) contudo eles não podem fecundar imediatamente quando chegam ao trato genital e devem passar por dois processos para tanto, a capacitação (7hrs, interação entre as células epiteliais dos espermatozoides e da mucosa feminina, retirada de uma camada de glicoproteínas e proteínas seminais são retiradas, somente os capacitados fecundam) e a reação acrossemia (induzida pelas proteínas da zona pelúcida e liberam enzimas necessárias para a penetração da zona). A fecundação pode ser dividida em 3 fazes: • Penetração da coroa radiada: Os espermatozoides que foram capacitados atravessam livremente as células da coroa, acredita-se que os demais o ajudam a atravessar as barreiras uterinas. • Penetração da zona pelúcida: Essa zona é uma camada de glicoproteínas que circunda o óvulo e facilita a reação acrossemia (mediada pela proteína ZP3), a liberação de enzimas acrossôicas (acrosina) põe o espermatozoide em contato com a membrana do óvulo. O contato libera enzimas lisossomais dos Grânulos Corticais que promovem a reação da zona e a torna impermeável inativando os sítios de receptores específicos. • Fusão entre as membranas: Como o acrossomo desaparece na reação acrossômica a membrana plasmática do espermatozoide tem contato com a membrana no óvulo, que permite a fusão das duas. Nos humanos a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no óvulo, mas a membrana plasmática permanece na superfície. Assim q o espermatozoide penetra do óvulo correm três reações: 1. Reação cortical e da zona: a liberação de grânulos contendo enzimas lisossômicas que altera a estrutura da membranosa e deixe o óvulo impermeável a outros espermatozoides. 2. Continuação da Meiose II: Quando o espermatozoide penetra no óocito ele termina o processo de metáfase II que estava parado, surge então o óvulo e o segundo corpúsculo residual. 3. Ativação metabólica do óvulo: fator carregado, provavelmente, pelo espermatozoide. Quando o espermatozoide penetra o óocito os pros núcleos haploides perdem seus envoltórios nucleares e se fundem. Ocorre a replicação do material genético durante o crescimento dos dois núcleos, o zigoto então começa a mitose. As principais consequências da fecundação é a restauração da diploidia, determinação sexual e início da clivagem, caso a fecundação não ocorra o oócito degenera em 24 horas. • Clivagem Três dias após o estágio de duas células as divisões continuam ocorrendo, as células chamadas blastômero, prosseguem até a terceira clivagem normalmente, na terceira elas se unem por junções de oclusão, na próxima divisão surge a Mórula, constituídas da massa interna (forma embrião) e pela massa externa (origina trofoblasto que influencia na placenta). Assim que a mórula entra na cavidade uterina um fluído penetra em seu interior e cria uma cavidade (blastocele), o embrião é denominado Blastocisto e as células da massa interna é denominada embrioblasto enquanto a massa externa é o trofoblasto. No sexto dia aproximadamente as células começam a penetrar na mucosa uterina (mediado pela selectina L) • Útero durante a implantação: Parede do útero possui três camadas: endométrio, Miotério e Perimétrio. A fase proliferativa começa no final do ciclo menstrual, está sob influência do estrogênio e acompanha o crescimento dos folículos ovarianos. A fase secretória aproximadamente dois dias ou três após a oocitação, em resposta à progesterona produzida pelo corpo lúteo. Se a fertilização não ocorrer, o sangramento do endométrio (camada compacta e esponjosa) marca o início da fase menstrual. Caso haja fecundação o endométrio ajuda na fixação e formação da placenta (futuramente e placenta adquire função hormonal e substitui o corpo lúteo). A mucosa uterina possui três fases: Folicular (proliferativa), Secretória (progestacional) e menstrual. A implantação ocorre na fase secretória, período em que as glândulas e arteríolas se tornam espiraladas e o tecido se espessa. O blastocisto se instala na abertura das glândulas. Se o óvulo não é fecundado o sangue escapa das artérias e as glândulas e o estroma (tecido de fixação de um órgão) fragmentam, se inicia a fase menstrual, onde a camada compacta e esponjosa são expelidas, ficando a camada basal que servira para regenerar a estrutura no próximo fluxo. • Segunda Semana Começando no oitavo dia o trofoblasto diferencia em duas camadas, uma interna formada de células mononucleadas chamada citotrofoblasto e uma externa, multinucleada sem delimitações celulares chamadas sinciciotrofoblasto, as células mitóticas estão no citotrofoblasto e as células filhas migram para o sinciciotrofoblasto depois da divisão. A massa interna (embrioblasto) também se divide formando dois folhetos, um inferior de células cuboides chamados camada hipoblástica e uma superior de células colunares chamada camada epiblástica. Ambas as camadas juntas formam um disco com cavidade amniótica. As glândulas ao redor do sítio de implantação continuam a secretar muco e glicogênio. Um coagulo de fibrina fecha a superfície do endométrio em que o blastócito se alojou. Enquanto isso células do hipoblasto formam uma membrana fina alinhada ao citotrofoblasto, a Membrana Exocelômica que delimita a cavidade exocelômica. As células do sinciciotrofoblasto penetram no estroma e alcança os vasos sanguíneos e abre suas paredes, esses vasos são conhecidos como sinusoides, em seguida as lacunas trofoblásticas se tornam contínuas com os sinusoides e o sangue materno permeia seu interior. Estabelece se a circulação uteroplacentária. Uma proliferação de tecido conjuntivo frouxo e delicado origina o mesoderma extraembrionário entre o trofoblasto e a membrana exocêlomica, nessa estrutura surge em seguida lacunas que convergem para formar a cavidade extraembrionária (ou coriônica). Esse espaço circunda o saco vitelínico, exceto onde o disco germinativo se conecta ao trofoblasto. No 12º dia observa-se a reação tecidual (acúmulo de glicogênio e lipídios, as células se tornam poliédricas e os espaços intercelulares são preenchidos por material extravasado). No 13º dia pode haver sangramento decorrente da implantação do embrião e regeneração do tecido naquela área, confunde se com a menstruação por estar perto 28º dia do ciclo menstrual. Surgem as vilosidades primárias no trofoblasto, O hipoblasto produz células que formam a vesícula vitelina secundária (uma segunda cavidade no interior da cavidade coriônica). O mesoderma embrionário que reveste a cavidade extraembrionária numa região denominada pedículo embrionário que irá formar o cordão umbilical. • Terceira Semana O evento mais característico é a Gástrula, o processo que estabelece três folhetos germinativos no embrião (endoderma, ectoderma e mosoderma). A gastrulação começa com a formação da linha primitiva, as células epiblásticas migram para a linha primitiva e soltam-se, deslizando para dentro dele, um movimento conhecido como evaginação. Após esse processo é criado o mesoderma embrionário enquanto as células do epiblasto são descoladas por essas células que migraram e originaram o ectoderma e o hipoblasto forma o endoderma. Ou seja, o epiblasto é a origem de todos os folhetos. • Formação da notocorda https://www.youtube.com/watch?v=AhZoRxb01qY • Estabelecimento dos eixos corporais O principal fator organizador dos eixos corporais (direito-esquerdo, anteroposterior e dorso-ventral) é coordenado pelo nó primitivo, sendo os genes OTX2, LIM1 e HESX1que inibem a ação nodal na região cranial. • Crescimento do disco embrionário Inicialmente o embrião possui um formato circular, mas devido a migração de células sentido a região cranial essa se torna mais desenvolvida. A linha primitiva recolhe e desaparece na 4º semana. O desenvolvimento da região cefálica se https://www.youtube.com/watch?v=AhZoRxb01qY inicia na terceira semana enquanto na região caudal inicia no fim da quarta semana, disse-se que o desenvolvimento é cefalocaudal. • Desenvolvimento do trofoblasto As vilosidades primárias se desenvolvem em vilosidades secundárias à medida que as células mesodérmicas penetram o centro das vilosidades primárias. Por volta da terceira semana o tecido começa a diferenciar em vasos sanguíneos formando o sistema capilar da vilosidade, agora denominada vilosidade terciária. Ref: Embriologia Médica. Langman. 12º edição. Guanabara Koogan.
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