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Português p/ INSS - 2015 
Prof. Ludimila Lamounier, 
AULA 06
ATENÇÂO!
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expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS 2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 06 
 
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AULA 06 
 
 
Sintaxe: relações de coordenação e subordinação. Análise 
morfossintática. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Sintaxe 03 
1. Conceitos Introdutórios 03 
 1.1 Frase 04 
 1.2 Oração 06 
 1.3 Período 09 
 1.4 Discurso 10 
2. Termos essenciais da oração 13 
 2.1 Sujeito 14 
2.1.1 Núcleo 14 
2.1.2 Classificação do sujeito 15 
2.2 Predicado 22 
2.2.1 Predicativo 22 
2.2.2 Núcleo 23 
2.2.3 Predicação ou transitividade verbal 25 
3. Termos integrantes da oração 30 
 3.1 Objeto Direto 31 
 3.2 Objeto Indireto 37 
 3.3 Complemento Nominal 40 
 3.4 Agente da Passiva 42 
4. Termos acessórios da oração 44 
 4.1 Adjunto Adnominal 44 
 4.1.1 Adjunto Adnominal x Complemento Nominal 45 
 4.1.2 Adjunto Adnominal x Predicativo do Objeto 49 
 4.2 Adjunto Adverbial 50 
 4.3 Aposto 52 
 4.4 Vocativo 55 
Classificação das Orações no Período Composto 57 
1. Aspectos Gerais 57 
2. Orações Coordenadas 60 
 2.1 Conjunções Coordenativas Aditivas 60 
 2.2 Conjunções Coordenativas Adversativas 62 
 2.3 Conjunções Coordenativas Alternativas 63 
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS 2015 
Teoria e questões comentadas 
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 2.4 Conjunções Coordenativas Conclusivas 64 
 2.5 Conjunções Coordenativas Explicativas 65 
 3. Orações Subordinadas 66 
3.1 Orações Subordinadas Substantivas 67 
 3.1.1 Substantivas Subjetivas 70 
 3.1.2 Substantivas Objetivas Diretas 73 
 3.1.3 Substantivas Objetivas Indiretas 74 
 3.1.4 Substantivas Completivas Nominais 74 
 3.1.5 Substantivas Predicativas 75 
 3.1.6 Substantivas Apositivas 75 
 3.1.7 Substantivas Agente da Passiva 76 
 3.1.8 Omissão da Conjunção Integrante 76 
 4. Orações Subordinadas Adjetivas 77 
 4.1 Classificação 77 
 4.2 Uso da vírgula – explicação e restrição 81 
 4.3 Função sintática dos pronomes relativos 82 
 5. Orações Subordinadas Adverbiais 84 
 5.1 Classificações 84 
 6. Orações reduzidas 92 
 6.1 Orações Reduzidas de Gerúndio 93 
 6.2 Orações Reduzidas de Infinitivo 94 
 6.3 Orações Reduzidas de Particípio 94 
 7. Correlação 96 
 8. Contagem de orações 97 
Questões Propostas 100 
Gabarito 113 
Questões Comentadas 113 
 
Olá, concurseiro fiscal! 
Vamos começar a nossa Aula 06 de Língua Portuguesa para o 
concurso INSS/2015 (Técnico do Seguro Social)? Sei que cada 
vez mais os assuntos são mais densos e exigem de você maior 
dedicação e atenção. Mas acredite, todo o esforço será compensado 
diante da sua aprovação! Então, vamos iniciar? 
 
DICA DA VEZ – DIFICULDADE COM UMA MATÉRIA 
 
Muitos concurseiros reclamam sobre a dificuldade em estudar algumas 
matérias para as provas de concursos públicos. É claro que a predileção 
varia de pessoa para pessoa. Uns gostarão mais de raciocínio lógico, 
outros terão mais facilidade com as matérias de direito e assim por diante. 
Não há como fugir disso: o processo de aprendizado e de ensino dialoga 
com as preferências pessoais e por elas é influenciado. Assim, você 
precisa identificar quais as matérias que apresentam maior dificuldade 
para você, geralmente o aluno diante de um assunto pouco familiar cria 
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uma aversão e adia o estudo do tópico ao máximo. 
Nessas situações entenda que é o melhor é ir com calma. Não adianta 
colocar essas matérias para o final, quanto mais cedo você começar a 
estudá-las, melhor será. Desse modo, dentro do seu cronograma de 
estudo preveja, pelo menos, um encontro semanal com aquele assunto 
mais difícil. Não fique com preguiça, no início poderá ser custoso, mas isso 
passará, assim que você começar a se habituar com o tema. 
O ideal é ler o assunto de modo completo pela primeira vez, destacando o 
que for mais importante e mais difícil de ser assimilado. Na outra semana, 
quando você voltar ao estudo da matéria, antes de começar um novo 
tópico, revise o que foi estudado e faça alguns exercícios. Em breve, você 
verá como nada é muito difícil depois que começamos a nos familiarizar! O 
mais importante é nunca desistir. 
 
Esta aula trata de: Sintaxe - relações de coordenação e 
subordinação. Análise morfossintática. O assunto é bastante 
extenso, mas fundamental para o seu sucesso em qualquer prova de 
Português em concursos públicos. O assunto de sintaxe pode parecer 
um pouco complexo no início, mas garanto que, estudando cada 
ponto com calma, revisando e realizando questões, logo você 
dominará o tema. 
Dito isso, é hora de iniciar! Vamos lá? 
 
 
Sintaxe 
 
 
1. Conceitos Introdutórios 
 
Antes de iniciarmos a análise do conceito de Sintaxe, é importante 
relembrar como o estudo gramatical da Língua Portuguesa é 
realizado. Didaticamente, a gramática se divide em três 
grandes grupos de assuntos: a Fonética, a Morfologia e a 
Sintaxe. 
A Fonética é responsável por estudar o sistema fônico, ou seja, 
investigar a formação e as características dos sons de uma língua 
(fonemas). Por sua vez, a Morfologia foca o seu estudo na estrutura 
e classificação das classes de palavras, bem como na função dessas 
classes na língua. 
Por fim, a Sintaxe é a parte gramatical responsável por 
investigar como as palavras se organizam em uma oração, 
como as relações lógicas entre as orações se estabelecem e 
qual a correlação entre essas estruturas oracionais e o 
discurso. 
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É muito interessante o que revela a etimologia da palavra Sintaxe, 
que deriva do latim sintaxis e quer dizer “coordenação”. Assim, a 
Sintaxe está ligada ao estudo da combinação das palavras para 
formar frases, orações e períodos, ou seja, exprimir conceitos e 
pensamentos. 
Vale alertar que os assuntos de Concordância Nominal e Verbal e 
Regência Nominal e Verbal também são englobados pela Sintaxe, 
mas serão conteúdo das Aulas 07 e 08, respectivamente. 
Agora, vamos nos familiarizar com conceitos básicos de Sintaxe: a 
frase, a oração e o período. Na sequência, apresentarei noções 
importantesacerca do discurso. 
 
1.1 Frase 
A frase é uma declaração, é todo enunciado que possui sentido 
completo e, assim, consegue realizar uma comunicação. Veja: 
 
Amanhã irei ao cinema. 
Boa noite. 
É importante, ao sair, sempre levar um guarda-chuva, pois a 
qualquer momento pode chover. 
Silêncio. 
 
Note que o mais importante para existir uma frase é haver a 
expressão verbal de um pensamento. Assim, deve existir um processo 
comunicativo satisfatório, ou seja, o receptor consegue, 
independentemente do tamanho da frase, receber a informação a ele 
destinada pelo emissor. Nesse processo, o contexto pode ser 
fundamental para que o sentido de uma frase seja completamente 
transmitido. 
De acordo com a construção, as frases podem ser classificadas em 
dois tipos: 
Frases nominais: não apresentam verbo em sua constituição. 
Exemplos: 
 
Que tarde agradável. 
Atenção! 
 
Frases verbais: há a presença de um ou mais verbos. Exemplos: 
 
 
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Ela saiu. 
O rapaz foi embora e a moça ficou triste. 
 
De acordo com o sentido transmitido, as frases podem ser 
classificadas em diversos tipos: 
Declarativa ou Expositiva: faz uma declaração, exprime uma 
constatação sobre algum acontecimento. Pode ser afirmativa ou 
negativa. Exemplos: 
 
As manifestações pelo Brasil revelam um problema maior sobre 
a política brasileira. (afirmativa) 
O cachorro não saiu da casinha hoje. (negativa) 
 
Exclamativa: declara um sentimento como alegria, raiva, surpresa, 
etc. Exemplos: 
 
 
Que susto! 
Parabéns! 
Que prova fácil! 
 
Imperativa: emite um pedido, um conselho, uma ordem. Aqui, o 
verbo aparecerá no modo imperativo, conceito visto na última aula, 
lembra? Pode ser afirmativa ou negativa. Exemplos: 
 
Vá estudar. (afirmativa) 
Não me ouse desafiar. (negativa) 
 
Interrogativa: apresenta uma pergunta, um questionamento, é 
empregada quando alguma informação precisa ser obtida. A 
interrogação pode ser direta ou indireta. Exemplos: 
 
Você vem? (interrogação direta) 
Quero saber se você não vem. (interrogação indireta) 
 
Optativa: exprime um desejo. Exemplo: 
 
Deus te guie. 
 
 
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1.2 Oração 
A frase verbal pode ser classificada também como oração desde que o 
enunciado contenha um verbo ou locução verbal e o seu 
sentido seja completo. Veja os exemplos: 
 
Ela estudou a tarde inteira. (uma oração) 
Fui ao cinema e depois almocei naquele restaurante. (duas orações) 
 
Veremos, no decorrer da aula, que a oração se estrutura em torno 
da combinação de sujeito + predicado. Pode haver oração sem a 
presença do sujeito, contudo não se pode pensar em uma estrutura 
oracional sem o predicado, mesmo quando ele estiver omitido e só 
possa ser subentendido pelo contexto. Exemplos: 
 
Nevou ontem. (oração sem sujeito) 
Você por aqui? (oração com o verbo elíptico “está” – Você está por aqui?) 
 
É valioso destacar que, para fins de análise gramatical, a oração é a 
estrutura linguística mais favorável, uma vez que permite que seus 
componentes se relacionem entre si, como partes de um conjunto 
funcional. Assim, a oração é composta de termos ou unidades 
que desempenham uma função sintática em sua estrutura. 
Esses termos serão apresentados ao longo desta aula. 
 
OBSERVAÇÃO 1: As frases nominais, caracterizadas pela presença 
de um sentido e pela ausência do verbo na sua estrutura, não são 
orações. Observe: 
 
Boa tarde. (é frase e não é oração) 
Silêncio na biblioteca. (é frase e não é oração) 
 
Dessa forma, nem toda frase é oração, mas toda oração é uma 
frase. E, dentro de uma frase, a quantidade de orações será 
determinada pelo número de verbos ou locuções verbais. 
 
Atenção! 
Tradicionalmente aprendemos que basta contar os verbos em um 
período para identificarmos a quantidade de orações, mas deve-se ter 
cuidado com os verbos elípticos: verbos que estão subentendidos pelo 
contexto ou omitidos para evitar repetições. Assim, é fundamental 
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identificar a presença da elipse verbal para contar exatamente a 
quantidade de orações. Veja o exemplo: 
 
As indústrias automobilísticas poluem mais do que as indústrias alimentícias. 
As indústrias automobilísticas poluem mais do que as indústrias alimentícias 
(poluem). 
 
Observe que, no primeiro período, a segunda ocorrência do verbo 
“poluem” foi omitida por estar subentendida. Mas isso não impede a 
sua contagem, dessa forma, o período possui duas orações. 
 
OBSERVAÇÃO 2: Muitas questões de concurso, ao perguntarem 
quantas orações há em um determinado trecho do texto, podem 
induzir o aluno a cair nas famosas “pegadinhas”. Por isso, é 
fundamental que o candidato domine o conceito de partícula 
expletiva ou de realce: termo de uma oração que pode ser 
retirado sem qualquer prejuízo semântico ou sintático (apenas 
desaparece o realce). 
Exemplos: 
 
 Cá, lá, só, que, etc. 
 Olha só que presente lindo. 
 Tenho cá minhas manias. 
 
Essas palavras não geram dúvidas porque não formam nenhuma 
estrutura verbal. Contudo, as expressões formadas pela estrutura “ser 
+ que” e os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos) quando 
ligados a verbos intransitivos que possuam sujeito, também, são 
considerados partículas expletivas. Observe: 
 
 
Foi-se embora para sempre. 
É com um estudo correto que vamos passar no concurso. 
 
Atencão! Esses verbos que compõem as partículas expletivas não 
devem ser contados para determinação do número de orações de um 
período. 
 
 
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 COLOCAÇÃO DOS TERMOS NA ORAÇÃO 
Na Língua Portuguesa, os termos da oração são dispostos em 
respeito a uma ordem sintática específica. Essa ordem é 
determinada pela própria função sintática exercida por esses termos e 
pode ser fundamental para a produção de sentido no texto. 
 
 Ordem Direta: caracteriza a ordem natural dos elementos em uma 
oração (sujeito + predicado + complemento). Essa é a ordem 
predominante na Língua Portuguesa. Note: 
 
Eu estudei a aula semana passada. 
 
- Ordem inversa ou indireta: qualquer alteração na ordem dos 
elementos apresentada acima (sujeito + verbo + complemento) é 
suficiente para caracterizar a inversão da ordem da oração. Não há 
uma regra que determine especificamente a colocação dos termos na 
ordem indireta, essa construção é livre, desde que respeitada a norma 
culta gramatical. Perceba: 
 
O motorista se aproximou da cidade, ansiosamente, antes de escurecer. 
(ordem direta) 
Antes de escurecer, o motorista se aproximou, ansiosamente, da cidade. 
(ordem indireta) 
 
 
O objetivo do uso da ordem inversa pode ter natureza 
estilística. Nesse caso, o objetivo é criar um efeito de ênfase ou 
eufonia. Exemplos: 
 
Ele pediu desculpas por consideração.(ordem direta) 
Por consideração, ele pediu desculpas. (ordem indireta) 
 
Em outras ocasiões, o equilíbrio e o ritmo da estrutura linguística são 
os fatores preponderantes. Veja este poema de Vinícius de Moraes: 
 
 “De tudo ao meu amor serei atento 
 Antes e com tal zelo e sempre e tanto 
 Que mesmo em face do maior encanto 
 Dele se encante mais meu pensamento.” 
 
Se colocarmos o primeiro verso na ordem direta, teremos: “Serei 
atento ao meu amor antes de tudo”. Claramente, perde-se o impacto 
do ritmo e do estilo do poema. Aqui, temos um exemplo magistral de 
uso da ordem inversa de natureza estilística. 
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Ademais, o objetivo do uso da ordem inversa pode ter natureza 
gramatical. Nesse caso, o intuito é destacar um termo da oração. 
Vamos ver alguns exemplos: 
 
 - Inversão verbo + sujeito 
 
Ex: Onde está você? 
 Dize-me tu se é cedo. 
 
 - Inversão predicativo + verbo 
 
Ex: Que atrevida era ela! 
 Abençoados sejam os nossos deuses. 
 
 
1.3 Período 
O período é a frase constituída por uma ou mais orações. 
Período simples é formado apenas por uma oração. Dessa forma, 
quando o período for simples haverá a ocorrência de apenas um verbo 
ou locução verbal. Note: 
 
Atirei o pau no gato. 
 
Por sua vez, o período composto é formado por duas ou mais 
orações, ou seja, haverá dois ou mais verbos (ou locuções verbais) 
na sua estrutura. Observe: 
 
Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu e Dona Chica admirou-se do 
berro que o gato deu. (período composto por quatro orações = quatro 
verbos) 
 
A partir dessas noções sobre período, podemos classificar as orações 
da seguinte maneira: 
Oração Absoluta: única oração do período simples. Exemplo: 
 
 Eu acordei muito feliz hoje. 
 
Orações Coordenadas: são orações autônomas, têm a sua 
existência independente de outra oração, não constituem termos de 
outra oração ou são referentes a eles. Aqui, o que deve ficar claro é 
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que a independência entre essas orações coordenadas é de cunho 
sintático, uma vez que pode uma oração coordenada enriquecer o 
sentido de outra. O período formado por orações coordenadas é 
conhecido como período composto por coordenação. Voltaremos 
de maneira mais aprofundada a esse assunto ao longo desta aula. 
Exemplo: 
 
 Eu quero passar no concurso, trabalhar e ser independente. 
 
Oração Principal: tem autonomia gramatical. É a oração que não 
exerce nenhuma função sintática em outra oração e dela dependerá 
outra oração do período. Voltaremos de maneira mais aprofundada a 
esse assunto ao longo desta aula. Exemplo: 
 
 Eu sinto que você não me quer mais. 
 
Atenção! 
Não há oração principal em um período composto por coordenação. 
 
Oração Subordinada: não possui autonomia gramatical e tem a 
sua existência dependente de outra oração (oração principal), 
com a qual constitui o período composto por subordinação. 
Voltaremos de maneira mais aprofundada a esse assunto ao longo 
desta aula. Exemplo: 
 
 Eu sinto que você não me quer mais. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Período misto ou complexo é aquele composto de orações 
coordenadas, principal e subordinadas. 
 
1.4 Discurso 
O discurso é o modo como os falantes de uma língua 
estruturam os seus textos, sejam eles orais ou verbais. Na 
análise do discurso, poderemos perceber o uso de três tipos de 
discursos pelo interlocutor (direto, indireto e indireto livre), que 
poderão coexistir dentro de um mesmo texto. 
 
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- Discurso direto: é a reprodução fiel e literal do que alguém 
disse. É muito comum em diálogos, quando se busca citar ou 
transcrever exatamente o que foi dito por alguém. O seu uso, no 
texto narrativo, pode ser um bom recurso para expor os traços 
da fala e da personalidade dos personagens. 
Alguns verbos podem ser utilizados para introduzir esse tipo de 
discurso, como: falar, afirmar, responder, dizer, perguntar, retrucar, 
gritar, entre outros. Esses verbos dicendi (relacionados com o dizer) 
são chamados de verbos de elocução por indicar a fala de 
personagens. É comum o uso de sinais de pontuação para auxiliar na 
reprodução dos diálogos, como: travessão, dois ponto, interrogação, 
exclamação, aspas, etc. Perceba: 
 
 
"— Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação. 
 — Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - Nós estávamos 
aqui esperando Cezimbra." 
Mário Quintana, Coisas Incríveis no céu e na terra. 
 
- Discurso indireto: é escrito em terceira pessoa, o interlocutor 
se utiliza de suas próprias palavras para transmitir a fala e as 
reações dos personagens. Há uma mistura de vozes e não há uma 
pontuação específica que marca esse tipo de discurso. Geralmente, a 
estrutura desse discurso é construída por meio de um verbo de 
elocução (núcleo do predicado da oração principal), seguido por uma 
oração subordinada (fala do personagem), comumente introduzida 
por algum conectivo (que, se, quem, qual, quando, como, por que, 
etc). Exemplos: 
 
O réu confessou que matou a vítima de modo cruel. 
Questionou se almoçaria hoje. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Na transposição do discurso direto para o indireto, os sinais de 
pontuação desaparecem, o uso dos conectivos faz-se 
necessário e o verbo de elocução é mantido. Atente-se para o 
fato de que o verbo, no discurso indireto, estará sempre em algum 
tempo verbal passado em relação ao tempo verbal do discurso direto, 
por meio da seguinte correspondência: 
 
 
 
 
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 Discurso Direto Discurso Indireto 
Tempo verbal Presente do indicativo Pretérito imperfeito do 
indicativo 
Tempo verbal Pretérito perfeito do 
indicativo 
Pretérito mais-que-
perfeito do indicativo 
Tempo verbal Futuro do indicativo Futuro do pretérito 
Tempo/Modo 
verbal 
Imperativo Pretérito imperfeito do 
subjuntivo 
 
Vamos ver um exemplo. 
 
Não gosto dessa cor – disse o rapaz. (discurso direto) 
O rapaz disse que não gostava daquela cor. (discurso indireto) 
 
- Discurso indireto livre: é um discurso misto escrito em 
terceira pessoa, no qual o narrador insere a fala do 
personagem no meio da sua fala. A personagem ganha voz própria 
e, assim, os dois outros tipos de discursos se misturam e as vozes se 
embaralham. Desse modo, é fundamental ter atenção para não 
confundir o que é fala do narrador e o que é fala do personagem. Vale 
destacar que, diferentemente do discurso indireto, aqui os sinais de 
pontuação do discurso direto (interrogação, exclamação, etc.) podem 
ser mantidos. Exemplo: 
 
 “Em que estariam pensando?, zumbiu sinha Vitória. Fabiano estranhou a 
pergunta e rosnou uma objeção. Menino é bicho miúdo, não pensa. Mas 
sinha Vitória renovou a pergunta – e a certeza do marido abalou-se. Ela 
devia ter razão. Tinha sempre razão.Agora desejava saber que iriam fazer 
os filhos quando crescessem. 
– Vaquejar, opinou Fabiano.” 
 Graciliano Ramos, Vidas Secas. 
 
Vamos ver uma questão sobre o assunto. 
 
 
 
 
 
 
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Questão – (FGV) Advogado – CODESP-SP/2010 
 
Em relação à passagem da fala do primeiro quadrinho do 
discurso direto para o indireto, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) Ela disse ao coração dele que ele não liga mais para ela. 
b) Ela lhe disse que ele não liga mais para ela. 
c) Ela disse-lhe que ele, coração, não liga mais para ela. 
d) Ela disse-lhe que ele, coração, não ligaria mais para ela. 
e) Ela lhe disse que ele não ligava mais para ela. 
 
Comentários 
O enunciado da questão solicita que o candidato 
transponha o discurso direto do primeiro quadrinho 
(“Coração, você não liga mais pra mim!”) para o discurso 
indireto. Como vimos, para efetuar essa passagem, vamos 
manter o verbo de elocução, fazer uso de um conectivo e 
colocar o verbo do discurso indireto em um tempo passado em 
relação ao verbo do discurso direto, seguindo as 
correspondências apresentadas no quadro da página 12. 
No discurso direto, temos o verbo no presente do indicativo 
“liga”, dessa forma, o tempo verbal para a construção do 
discurso indireto será o pretérito imperfeito do indicativo. Veja 
como ficaria a frase transposta: “Ela lhe disse que ele não 
ligava mais para ela”. 
GABARITO: E 
 
2. Termos essenciais da oração 
 
Os termos essenciais da oração são os elementos básicos de 
significação de uma oração. Podemos dizer que são dois os termos 
essenciais da oração: sujeito e predicado. 
Mas, cabe observar que há orações sem sujeito e, portanto, o 
predicado contém certa primazia sobre o sujeito. 
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O sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração, ou seja, a 
respeito do qual se diz alguma coisa. 
O predicado é tudo aquilo que se diz do sujeito. O predicado é o 
responsável por dar a informação completa a respeito do sujeito. 
 
2.1 Sujeito 
 
Como vimos acima, o sujeito é o termo da oração que retrata o ser a 
respeito do qual afirmamos ou negamos algo. 
Atencão! A correta identificação do sujeito é peça-chave na análise 
sintática. Por isso, tenha bastante atenção a fim de identificá-lo 
corretamente. 
 
2.1.1 Núcleo 
 
É importante dar destaque para o núcleo do sujeito, que é o termo 
de maior importância semântica dentro de um conjunto de elementos 
que compõem o sujeito. 
Exemplos: A menina ganhou uma boneca. (sujeito = “a menina”; núcleo 
do sujeito = ”menina”) 
 Meninos, meninas e adultos participaram da festa de 
aniversário da cidade. (sujeito = ”meninos, meninas e 
adultos”; núcleo do sujeito 1 = ”meninos”; núcleo do sujeito 2 
= ”meninas”; núcleo do sujeito 3 = ”adultos”) 
Várias são as classes de palavras que podem exercer a função de 
núcleo do sujeito, tais como: substantivo, palavras com função de 
substantivo, numeral, pronomes pessoais do caso reto, alguns 
pronomes pessoais oblíquos, pronomes pessoais de tratamento. 
A respeito do emprego de pronomes pessoais oblíquos como sujeito, 
chamo atenção para o seguinte: como sujeito não é sua função 
típica, eles geralmente são usados como sujeito dos chamados 
verbos “causativos” e “sensitivos” (mandar, deixar, ver, fazer, ouvir, 
etc.). 
Exemplo: Mandei-o entrar para que seja iniciada a aplicação da prova. 
Observe que o pronome “o” é o sujeito do verbo no infinitivo 
“entrar”. 
 
 
 
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2.1.2 Classificação do sujeito 
 
Neste tópico, vamos estudar a classificação do sujeito, que pode ser 
feita segundo critérios diversos. Vamos ver? 
 
O sujeito pode ser classificado em sujeito simples ou composto. O 
sujeito simples apresenta apenas um núcleo e o composto possui 
mais de um núcleo. 
Exemplos: 
Participaram da reunião todos os condôminos. (sujeito simples = ”todos os 
condôminos” – núcleo = ”condôminos”) 
Ninguém me procurou. (sujeito simples = ”Ninguém” – núcleo = ”Ninguém”) 
Participaram da reunião Pedro e Paulo. (sujeito composto = ”Pedro e Paulo” 
– núcleos = ”Pedro” e “Paulo”) 
 
O sujeito também pode ser determinado ou indeterminado. 
O sujeito determinado é aquele identificado por algum elemento na 
oração. Tenha cuidado com o sujeito desinencial (ou elíptico, ou 
oculto), pois, apesar de não estar expresso (ele está subentendido) 
na oração, encontra-se determinado pela desinência verbal. 
Exemplos: 
Márcia estuda em São Paulo. (sujeito simples, expresso e determinado = 
”Márcia” – núcleo = ”Márcia”) 
Márcia e sua irmã estudam em São Paulo. (sujeito composto, expresso e 
determinado = ”Márcia e sua irmã – núcleos = ”Márcia” e “irmã”) 
Nascemos em Belo Horizonte no século passado. (sujeito simples, 
desinencial, não expresso e determinado = ”Nós” – identificado por meio da 
desinência verbal “mos” – núcleo = ”Nós”) 
O sujeito indeterminado ocorre quando a afirmação expressa pelo 
predicado encontra-se em um elemento que não pode ser 
determinado dentro de um conjunto. Dessa forma, não se consegue 
identificar o sujeito, apesar de sabermos que ele existe. Observe os 
exemplos a seguir: 
Exemplos: 
Fala-se em novo pacote econômico. 
Fizeram uma manifestação ontem. 
 
Há dois casos de indeterminação do sujeito: 
a) Verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito expresso ou sem 
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referência a algum termo anterior. Temos apenas uma ideia 
vaga e imprecisa do sujeito. 
Exemplos: 
Disseram que você não viria trabalhar hoje. 
Fizeram uma manifestação ontem. 
b) Verbo na 3ª pessoa do singular e acompanhado do pronome 
“se”. Note que a ação está sendo praticada, mas não 
conseguimos especificar claramente quem pratica essa ação. 
 Exemplos: 
 Precisa-se de vendedores. (verbo transitivo indireto) 
 Lá se está sempre feliz. (verbo de ligação) 
 Aqui se come muito. (verbo intransitivo) 
 
OBSERVAÇÃO: 
a) Quando a indeterminação do sujeito é ocasionada pelo pronome 
“se”, esse pronome é chamado índice de indeterminação do 
sujeito. 
 
b) A indeterminação do sujeito pelo pronome “se” ocorre com 
verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação. 
 
Atenção! 
Quando ocorre verbo na 3ª pessoa do singular e ele é acompanhado 
pelo “se”, podemos ter três possibilidades: 
a) Sujeito simples expresso (caso de voz passiva sintética) 
 
Exemplo: Matou-se uma mulher. 
 
Observe, no exemplo acima, que há a presença de verbo 
transitivo direto “matou” e que o sujeito (sobre quem se fala) é 
o termo “uma mulher”. O sujeito nunca vem regido por 
preposição (observe isso em “uma mulher”), diferente do que 
acontece com o exemplo anterior “Precisa-se de vendedores.” 
(voz ativa), no qual o termo “de vendedores”não pode ser 
sujeito por causa da ocorrência da preposição “de”. Em 
“Precisa-se de vendedores.”, o “se” é índice de 
indeterminação do sujeito. 
 
Se a dúvida persistir, converta a voz passiva sintética na voz 
passiva analítica para facilitar a identificação. Assim, teríamos: 
“Uma mulher foi morta.” 
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b) Sujeito simples expresso ou não (caso de voz reflexiva) 
 
Exemplo: Penteou-se no banheiro. (sujeito simples, desinencial e 
determinado = ”ele”) 
 
Observe, no exemplo acima, que o sujeito simples não expresso 
é “ele” e o “se” é pronome reflexivo. Exemplo, então, de voz 
reflexiva. 
 
c) Sujeito indeterminado (caso de voz ativa) 
Explicado acima. 
 
Atenção! 
Quando aparece verbo na 3ª pessoa do plural, podemos ter três 
possibilidades: 
a) Sujeito indeterminado (não expresso e não identificável) 
 
Exemplo: Mandaram-me para outra escola. 
 
b) Sujeito simples ou composto (expresso) 
 
Exemplos: 
Aconteceram ontem muitas explosões na fábrica. (sujeito simples = 
“muitas explosões”) 
Aconteceram ontem brigas e discussões na fábrica. (sujeito composto 
com dois núcleos = “brigas e discussões”) 
 
Outra possibilidade é a ocorrência de sujeito inexistente (oração 
sem sujeito) quando há apenas o enunciado de um fato, sem que 
ele seja atribuído a algum ser. Dessa forma, a oração é constituída 
apenas pelo predicado, apesar de o sujeito ser um termo 
essencial da oração. 
 
Temos três casos de sujeito inexistente: 
a) Verbo “haver” no sentido de existir ou com referência a 
tempo. Neste caso, o verbo “haver” é chamado verbo 
impessoal e é usado na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
 
Havia muitas flores no jardim. (verbo “haver” no sentido de “existir”). 
 
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Estive em Belo Horizonte há quatro anos. (verbo “haver” com 
referência a tempo) 
 
Perceba que, nas duas orações acima, o predicado é a oração 
inteira, não há sujeito. 
 
b) Verbos “fazer”, “ser”, “estar” com referência a tempo. 
Neste caso, os verbos são chamados verbos impessoais e são 
usados apenas na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
Faz muitos anos que ele ganhou o prêmio. 
Já é tarde. 
Está calor em Belo Horizonte. 
 
Perceba que, nas três orações acima, o predicado é a oração 
inteira, não há sujeito. 
 
c) Verbos que expressam fenômenos da natureza – chover, 
ventar, nevar, gear, anoitecer, etc. Neste caso, os verbos são 
chamados verbos impessoais e são usados apenas na 3ª 
pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
Choveu pouco mês passado. 
Anoiteceu rapidamente. 
 
Perceba que, nas duas orações acima, o predicado é a oração 
inteira, não há sujeito. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
a) Algumas expressões populares não possuem sujeito. 
Exemplos: 
Já passava de quatro anos. 
Vai para dois anos que ele foi embora. 
Basta de trabalho. 
 
b) O verbo “ser” na indicação de horas, datas e distância é 
impessoal e a sua impessoalidade pode acontecer também na 
3ª pessoa do plural. 
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Exemplos: 
São quatro horas. (concorda com a palavra “hora”) 
Era uma hora. (concorda com a palavra “hora”) 
 
Hoje são cinco de março. (são decorridos cinco dias de março) 
Hoje é cinco de março. (igual a “é dia cinco de março”, ou seja, 
concorda com a palavra “dia”) 
 
Até a esquina são cinco metros. (concorda com a palavra “distância”) 
Até ali é um metro. (concorda com a palavra “distância”) 
 
c) Os verbos que indicam fenômeno da natureza, se usados em 
sentido figurado, deixam de ser impessoais. 
 Exemplos: 
 Choveram palavrões na reunião. (sujeito simples = ”palavrões”) 
 Joana amanhece radiante. (sujeito simples = ”Joana”) 
 
d) A impessoalidade verbal também ocorre com as locuções 
verbais. Assim, os verbos auxiliares são empregados na 3ª 
pessoa do singular. 
Exemplos: 
Deve chover amanhã. 
Vai fazer um ano que ele se casou. 
 
Veja, logo em seguida, uma questão que trata de índice de 
indeterminação do sujeito. 
 
Questão – (CESPE) Técnico em Regulação – 
Telecomunicações - ANATEL/2009 
(Adaptada) 
Até meados do século XX, prevalecia, entre os antropólogos, a 
ideia de que a família nuclear era uma instituição apenas 
cultural. Hoje se acredita que a família nuclear tenha-se 
estabelecido por trazer vantagens evolutivas. Várias hipóteses 
apontam nesse sentido. A relação estável também ganhou 
espaço porque, entre humanos, criar um filho não é fácil. O 
bebê exige cuidados especiais por mais tempo que outros 
primatas. Sob a ótica do pai, estar por perto, para arranjar 
comida, manter as onças afastadas e garantir a sobrevivência 
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da prole, representava uma superioridade evolutiva. Estima-se 
que a consolidação da família nuclear tenha deixado marcas até 
mesmo na anatomia e na fisiologia humanas. 
Veja, 10/12/2008 (com adaptações). 
 
Julgue o seguinte item, a respeito da organização das 
ideias no texto acima. 
O pronome “se”, tanto em “se acredita” (sublinhado no texto) 
como em “tenha-se estabelecido” (sublinhado no texto), tem 
função de marcar a indeterminação do sujeito da oração. 
 
Comentários 
Esta questão trata do emprego do pronome “se”. O comando 
solicita que o aluno analise a afirmativa e julgue se as duas 
ocorrências do pronome “se” indicam indeterminação do 
sujeito. 
Vimos que o pronome “se” pode ser empregado de outras 
formas, além de “índice de indeterminação do sujeito”. 
Temos que analisar o seguinte trecho: 
Hoje se acredita que a família nuclear tenha-se estabelecido por 
trazer vantagens evolutivas. 
A primeira ocorrência do pronome “se” (“se acredita”) é 
índice de indeterminação do sujeito. Observe que a ação 
está sendo praticada, mas não conseguimos determinar de 
forma clara “quem” pratica a ação. 
Por sua vez, a segunda ocorrência do pronome “se” (“tenha-se 
estabelecido”) não é índice de indeterminação do sujeito. 
Perceba, assim, que há a presença clara de sujeito (“a família 
nuclear”). 
Dessa forma, concluímos que apenas a primeira ocorrência 
marca a indeterminação do sujeito da oração. 
Gabarito: ERRADO 
 
Por último, quero destacar classificações usadas por algumas 
bancas examinadoras. É bom ter cuidado com certas denominações 
empregadas por elas para que você não erre a questão na prova. Dê 
uma olhada: 
a) Sujeito explícito e sujeito implícito 
Sujeito explícito é o sujeito expresso, ou seja, o termo está 
explícito na oração. De outro modo, o sujeito implícito é aquele que 
não foi expressamente declarado na oração. Dessa forma, 
concluímos que o sujeito explícito pode ser o sujeito simples ou 
composto expressos na oração. Por sua vez, o sujeito implícito é o 
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sujeito oculto ou o sujeito indeterminado, uma vez que ambos não 
são declarados na oração. 
 Exemplos: 
 Não faremos a festa de confraternização. (sujeito implícito = ”nós”) 
 Ontem chegaram as novas empregadas. (sujeito explícito = ”as novas 
empregadas”) 
 
b) Sujeito complexo (total ou ampliado) e sujeito 
incomplexo (nuclear, gramatical ou inampliado) 
Sujeito complexo é aquele que sofre modificação por meio de 
complementos, adjuntos ou atributos. Por sua vez, o sujeito 
incomplexo não possui modificação complementar. 
 Exemplos: 
 O diretor da Construtora Tema irá para a Europa. (sujeito complexo = ”O 
diretor da Construtora Tema” e sujeito incomplexo = ”diretor”) 
 Joana viajará para a Europa. (sujeito incomplexo = ”Joana”) 
 
c) Sujeito agente (ativo), sujeito paciente (passivo) e 
sujeito agente e paciente 
Sujeito agente é aquele que pratica a ação verbal. Por sua vez, o 
sujeito paciente sofre a ação verbal. E, assim, o sujeito que pratica 
e recebe a ação, ao mesmo tempo, é denominado sujeito agente e 
paciente. Vale nós lembrarmos, aqui, da voz ativa, da passiva e da 
reflexiva. Caso você esteja inseguro, volte à Aula 05. 
 Exemplos: 
 Maria comprou uma casa. (sujeito agente = ”Maria”) 
 Uma casa foi comprada por Maria. (sujeito paciente = ”Uma casa”) 
 Maria se feriu com uma faca de cozinha. (sujeito agente e paciente = 
“Maria”) 
 
d) Sujeito lógico ou contextual 
Sujeito lógico ou contextual é aquele que é retirado da lógica ou do 
contexto de uma sentença ou um texto. Esse tipo de sujeito é um 
sujeito oculto, mas que necessita de uma análise do contexto para 
que seja corretamente identificado. 
 Exemplo: No atual mundo em que vivemos, dentistas, médicos e 
fisioterapeutas precisam entender mais sobre finanças e 
negócios. Caso isso não aconteça, terão problemas na 
gerência de seus consultórios. 
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 Perceba que o sujeito (oculto) do verbo “ter” é o termo composto, 
extraído do contexto: “dentistas, médicos e fisioterapeutas”. 
 
2.2 Predicado 
 
O predicado é o termo essencial da oração que contém aquilo que se 
diz a respeito do sujeito. 
 
2.2.1 Predicativo 
 
O predicativo é o termo que representa o núcleo nominal de um 
predicado. Ele é dividido em: predicativo do sujeito e predicativo do 
objeto. 
 
Predicativo do sujeito 
O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal e 
expressa um estado, uma qualidade ou uma classificação a respeito 
do sujeito. 
Exemplos: 
Maria anda cansada. (estado) 
Esta casa parece ótima. (qualidade) 
França e Bélgica são países. (classificação) 
O predicativo do sujeito pode ser representado por: substantivo, 
adjetivo, pronome, locução, expressão ou oração. Veja os exemplos 
abaixo. 
Exemplos: 
Maria é vendedora. (substantivo) 
Esta casa parece bonita. (adjetivo) 
José é ninguém. (pronome) 
Marina está em prantos. (locução) 
A poupança é meu pé-de-meia. (expressão) 
O fato é que você está triste. (oração) 
 
Predicativo do objeto 
O predicativo do objeto é o termo que se refere ao objeto por meio 
de um verbo de ligação não expresso na oração. 
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Exemplo: Pedro achou seus cabelos bonitos. (“bonitos” é o predicativo do 
objeto direto “seus cabelos”) 
Assim, “Pedro achou que seus cabelos são (verbo de ligação implícito) 
bonitos.” 
 
O predicativo do objeto ocorre, geralmente, com verbos transitivos 
diretos (objeto direto). Como exceção, temos casos de predicativo de 
objeto indireto ao usarmos o verbo “chamar” com significado de 
“cognominar, apelidar, tachar, alcunhar”. 
Exemplo: Pedro chamou ao seu chefe incompetente. (“incompetente” é o 
predicativo do objeto indireto “ao seu chefe”) 
 
Atenção! 
O predicativo pode vir deslocado na oração. Tenha bastante 
cuidado, então, para não fazer confusão. Como o predicativo faz parte 
do predicado, nesses casos, então, ele obrigatoriamente deve vir 
acompanhado de vírgula para marcar sua inversão. 
Exemplos: 
Pedro foi levado ao hospital com dores fortes. (sem deslocamento) 
Pedro, com dores fortes, foi levado ao hospital. 
Com dores fortes, Pedro foi levado ao hospital. 
 
2.2.2 Núcleo 
 
De acordo com o tipo de seu núcleo, o predicado apresenta 
variações. O núcleo é o elemento mais importante do predicado. 
Assim, a depender do núcleo, podemos ter o predicado nominal, o 
verbal e o verbo-nominal. 
 
Predicado nominal 
Neste tipo de predicado, o núcleo está representado por um nome 
e pode declarar estado, qualidade ou classificação acerca do sujeito. 
Aqui, o verbo tem apenas a função de ligar o sujeito a esse nome. O 
núcleo se encontra no predicativo do sujeito. 
Dessa forma, o predicado nominal é composto por verbo de 
ligação e predicativo do sujeito. 
Exemplos: 
Maria está cansada. (estado) 
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Maria é médica. (classificação) 
Maria é ótima aluna. (qualidade) 
O verbo de ligação não possui significação precisa, pois, como 
mencionado, somente liga o sujeito ao predicativo, assim como 
aconteceu com os verbos “ser” e “estar” nos três exemplos acima. 
Note que, se retirarmos o verbo das orações, não há muito prejuízo 
ao sentido delas. 
Devemos observar que, apesar de existirem verbos bastante usados 
como verbo de ligação (ser e estar), qualquer verbo que for 
empregado em um predicado nominal será denominado verbo de 
ligação. Desse modo, podemos citar alguns mais comuns: ficar, 
parecer, permanecer, continuar, tornar-se, acabar, virar, andar, cair, 
viver. 
Exemplos: 
Maria acabou mendiga. (estado) 
A tristeza virou alegria. (estado) 
 
Predicado verbal 
Neste tipo de predicado, o núcleo está representado por um 
verbo ou locução verbal que apresenta significação e pode 
expressar ação, fenômeno, movimento, situação. Desse modo, o 
predicado demonstra o que o sujeito faz ou sofre e o verbo é o 
responsável por possuir a informação mais relevante da oração. 
Exemplos: 
Maria observava as montanhas. (ação) 
Chove pouco em Brasília. (fenômeno) 
José foi ao parque ontem. (movimento) 
Marina está morando em Brasília. (situação) 
Do predicado verbal, fazem parte os verbos transitivos e intransitivos, 
os quais estudaremos no próximo tópico. 
 
Predicado verbo-nominal 
Este tipo de predicado possui dois núcleos: o verbo e o nome. Ao 
mesmo tempo, expressa a ação praticada e o estado relativo ao 
sujeito (predicativo do sujeito) ou ao complemento verbal (predicativo 
do objeto). O núcleo “nome” exerce a função de predicativo. 
Exemplos: 
Os jogadores brasileiros entraram no Mineirão apreensivos. (predicativo do 
sujeito = “Os jogadores brasileiros”) 
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Marina achou suas palavras bonitas. (predicativo do objeto direto = “suas 
palavras”) 
 
2.2.3 Predicação ou transitividade verbal 
 
A transitividade ou predicação verbal é o modo como o verbo 
forma o predicado, isto é, se o verbo exige ou não 
complementos. A classificação de um verbo só pode ser definida na 
sentença em que ele está colocado, bem como acontece com as 
outras classes de palavras, não é mesmo? Um mesmo verbo, a 
depender do sentido em que for empregado, pode necessitar ou não 
de complemento (preposicionado ou não). 
Dessa forma, os verbos podem ser classificados em intransitivos, 
transitivos e de ligação. 
Verbos intransitivos 
O verbo intransitivo, por si só, apresenta sentido completo e, 
assim, não exige complemento. Dessa maneira, o verbo pode 
constituir sozinho o predicado. Entretanto, pode vir acompanhado de 
termos acessórios (adjunto adverbial) ou integrantes (predicativo), os 
quais são usados apenas para especificar as circunstâncias da ação ou 
estado. 
Exemplos: 
O famoso poeta morreu ontem. 
A criança chorou. 
Marina trabalha em silêncio. 
 
O verbo intransitivo, geralmente, indica movimento, fenômeno ou 
situação. 
Exemplos: 
Resido na rua Serranos. (situação) 
Choveu ontem. (fenômeno) 
Marina anda depressa. (movimento) 
 
Atenção! Tenha cuidado com as observações a seguir. 
O verbo intransitivo, eventualmente, pode aparecer 
complementado por objeto direto. Isso ocorre em construções nas 
quais o objeto (objeto direto interno) pertence à mesma família 
vocabular do verbo. 
Exemplos: 
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José viveu uma vida tranquila. (objeto direto interno = ”uma vida 
tranquila”) 
Paulo cantou uma canção linda. (objeto direto interno = ”uma canção 
linda”) 
O verbo intransitivo não necessita especificamente de 
complemento verbal, entretanto a presença de adjunto 
adverbial é essencial em alguns casos, por causa do sentido. 
Dessa forma, podemos notar que o verbo “ir” (de movimento) e o 
verbo “morar” (de situação), sem a presença de adjunto adverbial, 
apresentam uma situação vaga e indeterminada. 
Exemplos: 
Paula foi ao cinema. 
Moro em Brasília. 
 
Verbos transitivos 
O verbo transitivo não apresenta sentido completo e, assim, 
exige complemento (objeto) que integre o sentido do 
predicado. Dessa maneira, o verbo não consegue constituir sozinho o 
predicado. O verbo transitivo se divide em transitivo direto, transitivo 
indireto e transitivo direto e indireto (ou bitransitivo). 
 
Verbos transitivos diretos 
O verbo transitivo direto necessita de um complemento sem 
preposição obrigatória (objeto direto). 
Exemplos: 
Marina comprou um apartamento. (objeto direto = ”um apartamento” – 
predicado verbal = ”comprou um apartamento”) 
A criança beberá desta água. (objeto direto preposicionado = ”desta água” 
– predicado verbal = ”beberá desta água”). Observe que a preposição “de” 
não é obrigatória - A criança beberá esta água. 
 
Normalmente, o verbo transitivo direto indica ação. Sua principal 
característica é admitir a voz passiva. Você se lembra da conversão 
de voz ativa para voz passiva vista na aula passada? Caso não se 
lembre, sugiro que volte lá e estude. 
Exemplos: 
Marina comprou um apartamento. (voz ativa – objeto direto = ”um 
apartamento”) 
Um apartamento foi comprado por Marina. (voz passiva – sujeito passivo 
= ”Um apartamento” – agente da passiva = ”por Marina”) 
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Verbos transitivos indiretos 
O verbo transitivo indireto necessita de um complemento com 
preposição obrigatória (objeto indireto). 
Exemplos: 
Marina necessita de um emprego. (objeto indireto = ”de um emprego” – 
predicado verbal = ”necessita de um emprego”) 
A criança obedecerá às minhas ordens. (objeto indireto = ”às minhas 
ordens” – predicado verbal = ”obedecerá às minhas ordens”). Observe que o 
verbo transitivo indireto também expressa ação. 
 
Atenção! O verbo transitivo indireto não admite a voz passiva. 
 
Verbos transitivos diretos e indiretos 
O verbo transitivo direto e indireto, para ter sentido completo, 
necessita de dois complementos, um sem preposição e outro 
preposicionado obrigatoriamente. (objeto direto e indireto). 
Exemplos: 
Os alemães ofereceram cerveja aos turistas. (objeto direto = ”cerveja” – 
objeto indireto = ”aos turistas” – predicado verbal = ”ofereceram cerveja 
aos turistas”) 
O paciente apresentou ao médico os documentos pessoais. (objeto indireto 
= ”ao médico” – objeto direto = ”os documentos pessoais” – predicado 
verbal = ”apresentou ao médico os documentos pessoais”). 
 
A maioria dos verbos transitivos diretos e indiretos são sinônimos ou 
antônimos dos verbos “dar” e “avisar”, tais como: oferecer, 
apresentar, entregar, doar, ceder, pedir, legar, receber, tomar, 
informar, participar, cientificar, propor, comunicar, etc. 
É importante observar que o verbo “avisar” e seus correlacionados 
apresentam duas estruturas corretas, veja a seguir. 
Exemplo: 
João avisou Ana sobre a festa. (objeto direto = ”Ana” – objeto indireto = 
”sobre a festa” – predicado verbal = ”avisou Ana sobre a festa”) 
João avisou à Ana a festa. (objeto direto = ”a festa” – objeto indireto = ”à 
Ana” – predicado verbal = ”avisou à Ana a festa”) 
 
O verbo transitivo direto e indireto aceita voz passiva: 
Exemplos: 
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Cerveja foi oferecida aos turistas pelos alemães. (sujeito = ” cerveja” – 
objeto indireto = ”aos turistas” – agente da passiva = ”pelos alemães”) 
Os documentos pessoais foram apresentados ao médico pelo paciente. 
(objeto indireto = ”ao médico” – sujeito = ”os documentos pessoais” – 
agente da passiva = ”pelo paciente”). 
 
Verbos de ligação 
O verbo de ligação não possui conteúdo próprio e serve apenas 
como elemento de ligação entre o sujeito e um atributo do 
sujeito (predicativo). 
Exemplo: 
Marina era infeliz. (predicativo do sujeito = ”infeliz” – sujeito = ”Marina” – 
predicado nominal = ”era infeliz”) 
 
OBSERVAÇÃO 1: 
A transitividade de um verbo pode ser comprovada do seguinte modo: 
Transitivo direto – Ana recebeu uma carta. 
Faça assim: quem recebe, recebe alguma coisa. Então, o verbo 
“receber” não necessita de objeto com preposição (objeto direto). 
Assim, concluímos que “receber” é um verbo transitivo direto. 
Transitivo indireto – Ana gosta de chocolate. 
Faça assim: quem gosta, gosta de alguma coisa. Então, o verbo 
“gostar” necessita de objeto com preposição (objeto indireto). Assim, 
concluímos que “gostar” é um verbo transitivo indireto. 
 
OBSERVAÇÃO 2: 
Existem verbos transitivos diretos que necessitam de um qualificador 
para o objeto direto que os complementa. Assim, esses verbos 
exigem um predicativo para o seu objeto (predicativo do objeto). São 
denominados verbos transobjetivos. 
Exemplo: Marina considerou João inocente.Observe que “considerar” é um verbo transobjetivo, pois ele é um 
verbo transitivo direto que necessita de um objeto direto que venha 
acompanhado de um predicativo (“inocente”). 
 
OBSERVAÇÃO 3: 
É muito importante que você não se esqueça de que a predicação 
verbal depende do contexto em que o verbo está inserido. Para 
classificar um verbo como intransitivo, transitivo ou de ligação, 
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precisamos verificar a função que ele exerce na oração. Assim, um 
mesmo verbo pode ser intransitivo em uma oração, transitivo direto 
em outra, etc. 
Exemplo: 
Marina anda rápido. (verbo intransitivo – ação de “andar”) 
Marina anda preocupada com a saúde do marido. (verbo de ligação – 
estado de preocupação) 
 
A seguir, analisaremos uma questão que aborda o assunto 
visto acima. 
 
Questão – (FCC) Analista Judiciário – Área 
Administrativa – TRT 19ª Região (AL)/2014 
(Adaptada) 
 
(...) Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da 
arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje 
famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro 
Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. 
(...) 
 
(Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, São 
Paulo: Imprensa Oficial, 2007) 
 
O segmento cujo verbo possui, no contexto, o mesmo tipo 
de complemento do grifado acima é: 
 
a) ...sua visão da doença mental diferia da aceita por seus 
companheiros... 
b) ...em que os problemas insolúveis arrefeciam. 
c) ...a loucura era um processo progressivo de 
degenerescência. 
d) ...e inventou outro caminho... 
e) ...o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre... 
 
Comentários 
Esta questão trata do assunto transitividade verbal. A 
transitividade ou predicação verbal é o modo como o 
verbo forma o predicado, isto é, se o verbo exige ou não 
complementos. 
Dessa forma, os verbos podem ser classificados em 
intransitivos, transitivos (diretos, indiretos, e diretos e 
indiretos) e de ligação. 
Acabamos de estudar que a predicação verbal depende do 
contexto em que o verbo está inserido. Para classificar um 
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verbo como intransitivo, transitivo ou de ligação, precisamos 
verificar a função que ele exerce na oração, ou seja, em qual 
contexto está inserido e se exige complemento. Também, 
precisamos observar se o eventual complemento necessita 
obrigatoriamente de preposição. 
Vamos, então, analisar o trecho constante do comando da 
questão e verificar qual o comportamento do verbo na 
sentença. 
Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte 
brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo 
Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico 
Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. 
Observa-se que o verbo “sair” foi empregado no sentido de 
“surgir”, “provir”. Ele necessitou de complemento com a 
preposição “de’ (“desses ateliês”). É um verbo transitivo 
indireto. 
Desse modo, temos que examinar as alternativas e marcar 
aquela que apresente um verbo também transitivo indireto, ou 
seja, que exija o mesmo tipo de complemento de “sair”. 
Notamos que a alternativa A é a resposta. Ela apresenta o 
verbo “diferir” com complemento preposicionado pela 
preposição “de” (“diferia da aceita”). 
Gabarito: A 
 
3. Termos Integrantes da Oração 
 
Alguns verbos e nomes da oração não conseguem, por si mesmos, 
expressar uma significação completa, de modo que necessitam de 
outros termos, denominados termos integrantes. 
Os termos integrantes, portanto, são aqueles que completam 
(integram) o sentido de outros termos. 
 
São os seguintes: 
 
- Complementos Verbais: Objeto Direto e Objeto Indireto; 
- Complemento Nominal; 
- Agente da Passiva. 
 
Os termos integrantes são fundamentais para o perfeito entendimento 
da frase, motivo pelo qual merecem ser analisados separadamente, 
conforme faremos agora. 
 
 
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3.1 Objeto Direto 
 
O Objeto Direto é o termo que completa o sentido do verbo 
transitivo direto (e também de verbo bitransitivo), sem que seja 
necessária (obrigatória) a presença de preposição. 
 
Eles fizeram as atividades. 
 OBJETO DIRETO 
 
 
A transitividade dos verbos será estudada com mais afinco na Aula 08 
(Regência Verbal). Esse assunto é extremamente importante para que 
você saiba identificar qual o complemento verbal da frase (se objeto 
direto ou se objeto indireto). Na aula de hoje, iremos apenas nos 
familiarizar com alguns desses conceitos, relacionados ao tema ora 
em comento (“Termos Integrantes da Oração”). 
Na frase acima, vemos que “as atividades” completa a significação 
da forma verbal “fizeram” sem o auxílio de preposição; trata-se, 
portanto, de objeto direto. 
Perceba que o objeto direto é o termo para o qual se dirige a 
ação verbal. Em regra, ele torna-se o sujeito quando a frase é 
convertida para a voz passiva. 
Assim, note que, ao passar a oração da voz ativa para a voz passiva, 
o objeto direto deixará de ser complemento verbal e passará a 
ser sujeito da passiva: 
 
 
VOZ ATIVA: Eles fizeram as atividades. 
 OBJETO DIRETO 
VOZ PASSIVA: As atividades foram feitas por eles. 
 SUJEITO 
 
Vale dizer, ainda, que é possível substituir o objeto direto pelos 
pronomes pessoais oblíquos átonos “O, A, OS e AS”, os quais só 
podem funcionar como objeto direto, nunca como objeto indireto. 
Essa substituição já foi tema de nossa Aula 04. Exemplo: 
 
Eles fizeram as atividades. 
 OD 
Eles fizeram-nas. 
 OD 
 
Os pronomes oblíquos átonos “ME, TE, SE, NOS, VOS” também 
podem exercer função de objeto direto. Para identificá-lo, será 
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necessário analisar a regência do verbo por ele completado, ou seja, 
será fundamental saber se o verbo é transitivo direto. 
 
Meus filhos me amam. Eles te amam. 
 OD OD 
 
Nas frases acima, identificamos que o “ME” e o “TE” são objetos 
diretos porque sabemos que “amar” é verbo transitivo direto (quem 
ama, ama algo, sem auxílio de preposição). 
 
Já aprendemos que uma oração pode estruturar-se tanto na ordem 
direta (sujeito + verbo + complemento) quanto na ordem indireta 
(em que esses elementos são ordenados de forma diversa). É 
importante prestar muita atenção nas orações estruturadas na 
ordem indireta em que o objeto direto (complemento) é posto 
antes do verbo, para não confundir o objeto direto com sujeito. 
 
 
As cartas escreveram eles com muito esmero. 
 OD SUJ. 
Eles escreveram as cartas com muito esmero. 
 SUJ. OD 
 
Nem tempo tive de lavar os pratos. (sujeito oculto “eu”) 
 OD 
Nem tive tempo de lavar os pratos. (sujeito oculto “eu”) 
 OD 
 
A confusão entre objetodireto e sujeito é frequente, mesmo se a 
oração estiver estruturada na ordem direta. Vamos aprender algumas 
dicas para que você não incorra nesse equívoco. 
 
Hoje cedo, partiram os visitantes. 
Hoje cedo, entrevistaram os visitantes. 
 
Observe o termo “os visitantes”, destacado nas duas frases acima. 
Qual a função sintática que ele exerce em cada frase? Sujeito ou 
objeto direto? Para responder a essa pergunta, aconselho que você 
tente passar a oração para a voz passiva; caso consiga, o 
termo provavelmente será objeto direto. Observe: 
 
 
 
 
 
 
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Hoje cedo, partiram os visitantes. 
(voz passiva impossível) 
Hoje cedo, entrevistaram os visitantes. 
Hoje cedo, os visitantes foram entrevistados. (voz passiva possível) 
 
 
No primeiro exemplo, note que não foi possível transformar a 
voz ativa em voz passiva. Isso porque o termo “os visitantes” 
exerce, na frase, função sintática de sujeito. Observe a frase na 
ordem direta: “Os visitantes partiram hoje cedo”. 
No segundo exemplo, foi possível colocar a oração na voz 
passiva, pois o termo “os visitantes” possui função sintática de 
objeto direto. O sujeito, nesse caso, é indeterminado. 
 
Outra dica importante, na hora de diferenciar sujeito e objeto direto, é 
lembrar que o objeto direto possui carga passiva, enquanto o sujeito 
possui carga ativa (pois executa a ação verbal). 
 
Atenção! 
Ainda sobre a distinção “sujeito x objeto direto”, importa conhecermos 
o sujeito acusativo ou sujeito de infinitivo. Observe: 
 
Eu deixei-a voltar tarde para casa. 
 
No exemplo acima, o pronome oblíquo átono “A” não exerce 
função sintática de objeto direto, como em geral ocorre, mas sim 
função de sujeito (denominado sujeito acusativo ou sujeito de 
infinitivo). Veja por que isso acontece: 
 
Eu deixei Maria voltar tarde para casa. 
Eu deixei-a voltar tarde para casa. 
 
Perceba que o pronome oblíquo átono “A”, destacado na primeira 
frase, está substituindo “Maria”. O termo “Maria” atua como 
sujeito do verbo “voltar”. Assim, o pronome “A”, ao substituir 
“Maria”, também funciona como sujeito (sujeito acusativo ou 
sujeito de infinitivo). 
É importante conhecer esse tipo de sujeito para saber diferenciá-lo 
dos casos em que o pronome oblíquo atua como objeto direto (a 
maioria dos casos). 
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Dito isso, é hora de fazermos algumas observações acerca dos 
objetos diretos. 
 
OBSERVAÇÃO 1: 
Em alguns casos, uma oração inteira pode funcionar como 
objeto direto. Ainda nesta aula, aprenderemos mais sobre esse tipo 
de oração (chamada oração subordinada substantiva objetiva direta), 
exemplificada a seguir: 
 
Eles não notaram que o cachorro sumiu. 
 OD 
 
 
OBSERVAÇÃO 2: 
Outra observação importante a se fazer diz respeito a orações com o 
verbo “HAVER”. Você já deve saber que esse verbo não possui 
sujeito, se empregado no sentido de “existir”. Nesses casos, 
portanto, o termo relacionado ao verbo será objeto direto. Veja: 
 
Havia muitas pessoas nas manifestações contra a copa. 
 OD 
 
Perceba que, no exemplo acima, embora se trate de objeto direto, 
não será possível a transformação para a voz passiva, em razão da 
peculiaridade do verbo “haver”. 
 
 
OBSERVAÇÃO 3: 
Quando o pronome relativo “QUE” (já estudado por nós na Aula 
04) retomar um termo e colocá-lo como complemento de verbo 
transitivo direto, ele será objeto direto. Observe: 
 
O bolo que você fez estava delicioso. 
 OD 
Equivale a dizer: O bolo estava delicioso. / Você fez o bolo. 
 OD 
 
Agora, que já fizemos os comentários gerais sobre o assunto, convém 
conhecermos algumas espécies peculiares de objetos diretos: 
 
 
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OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO 
OBJETO DIRETO INTERNO OU COGNATO 
 
Vamos analisar cada um deles, a seguir. 
 
 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
 
Para compreender este tipo peculiar de objeto direto, você deve ter 
em mente a seguinte informação: será sempre a regência do 
verbo (e não a presença da preposição) que ditará se o 
complemento é objeto direto ou objeto indireto. Ou seja, verbos 
que exigem o uso obrigatório da preposição são transitivos 
indiretos, de modo que seus complementos serão objetos 
indiretos. Por outro lado, verbos que não exigem a presença 
obrigatória da preposição são transitivos diretos, de modo que seus 
complementos serão objetos diretos. 
A afirmação acima parece óbvia, mas você verá que não é bem assim. 
Isso porque, em alguns casos, o objeto direto pode vir 
acompanhado de preposição. Ou seja, embora o verbo seja 
transitivo direto, você poderá (ou até deverá) utilizar a preposição, 
em alguns casos, para dar ênfase ou conferir clareza à frase. 
Peguemos, por exemplo, o verbo transitivo direto “enganar”, cuja 
regência não exige preposição obrigatória (ex: Ele enganou Maria 
por muitos anos.). Seu complemento será sempre objeto direto, 
pois quem engana, engana alguém (sem necessidade de preposição). 
Há casos, no entanto, em que a preposição poderá ser empregada, 
atipicamente, após um verbo transitivo direto, acompanhando o 
objeto direto, para fins de clareza. Quando isso ocorrer, o 
complemento do verbo continuará sendo objeto direto, porém 
será chamado de objeto direto preposicionado (utilizaremos a sigla 
“ODPrep” para identificá-lo). 
Vamos entender alguns desses casos em que verbos transitivos 
diretos podem ser completados por objeto direto preposicionado. 
Abaixo de cada caso, darei exemplos de frases, em geral com o verbo 
“enganar”, para ilustrar a transitividade direta. 
 
→ Quando o objeto direto for um pronome pessoal oblíquo 
tônico (“MIM, TI, SI, NÓS, VÓS, ELE, ELES, ELA, ELAS”). 
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Ex: Ele pode até enganar a si mesmo, mas não a mim. 
 ODPrep ODPrep 
→ Quando o objeto direto for o pronome relativo “QUEM”. 
Ex: A quem ele pensa que engana com essas histórias? 
 ODPrep 
→ Quando o objeto direto for o numeral “AMBOS”. 
Ex: Minha mãe e minha irmã, ele enganou a ambas. 
 ODPrep 
→ Quando o objeto direto for pronome indefinido. 
Ex: Ele enganou a todos com suas mentiras. 
 ODPrep 
→ Quando o objeto direto for pronome demonstrativo. 
Ex: Ele enganou a esta pobre garota. 
 ODPrep 
→ Quando o objeto direto for uma expressão que indique 
reciprocidade. 
Ex: Eles enganaram-se uns aos outros. 
 ODPrep 
 
→ Para evitar que se confunda o objeto direto com o sujeito 
da oração. 
Ex: Enganou José a Maria. 
 SUJ. ODPrep 
→ Com verbos que exprimem sentimentos: 
Ex: Ame ao próximo. 
 ODPrep 
→ Para dar ênfase ao objeto direto: 
Ex: A médico, professore letrado nunca enganes. 
 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
 OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO 
 
Outro tipo peculiar de objeto direto é o objeto direto pleonástico. 
Ocorre quando o objeto direto, já expresso na frase, é 
retomado (repetido) por um pronome oblíquo para reforçar a 
informação contida no objeto direto. 
Ex: Os amigos, perdi-os ao longo da vida. 
 Objeto Direto Objeto Direto 
 Pleonástico 
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Agora, observe o exemplo a seguir, no qual há tanto o objeto direto 
preposicionado quanto o objeto direto pleonástico: 
Ex: A mim, ele jamais me enganará. 
 Objeto Direto Objeto Direto 
 Preposicionado Pleonástico 
 
 OBJETO DIRETO INTERNO OU COGNATO 
 
Para encerrar nosso estudo sobre objeto direto, falta falarmos do 
objeto direto interno ou cognato. Ele ocorre quando o verbo e o 
complemento (objeto direto) possuem o mesmo radical ou 
estão no mesmo campo semântico. Veja: 
Ex: Sonhou os sonhos mais tranquilos. 
 OD cognato 
Embora a maioria dos gramáticos considere-os sinônimos, há quem 
diferencie o objeto direto interno do objeto direto cognato, da 
seguinte maneira: 
- OBJETO DIRETO COGNATO: quando o verbo e o complemento 
possuem o mesmo radical (como no exemplo acima). 
- OBJETO DIRETO INTERNO: o verbo e o complemento estão no 
mesmo campo semântico (de significação). Ex: Dormiu o sono dos 
justos. 
Agora sim, podemos passar ao estudo do próximo termo integrante 
da oração: o objeto indireto. 
 
3.2 Objeto Indireto 
 
O Objeto Indireto é o termo que completa o sentido do verbo 
transitivo indireto (ou do verbo transitivo bitransitivo) com auxílio 
obrigatório de uma preposição. 
 
Ele pensava em Joana o dia todo. 
 OBJETO INDIRETO 
 
 
Na frase acima, vemos que “em Joana” completa a significação da 
forma verbal “pensava” com o auxílio de preposição. Isso porque o 
verbo “pensar” é transitivo indireto (quem pensa, pensa em algo 
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ou em alguém), de modo que seu complemento será, sempre, objeto 
indireto. 
 
No caso dos verbos bitransitivos (aqueles que possuem dois 
complementos verbais), o objeto indireto representa o ser a 
quem o objeto direto se destina. Perceba, abaixo, frases com os 
verbos bitransitivos “dizer” e “enviar”: 
 
Ele disse bobagens a Joana. 
 OD OI 
Enviavam cartas aos parentes. 
 OD OI 
 
 
 
É possível substituir o objeto indireto pelos pronomes pessoais 
oblíquos “LHE(s), A ELE(s), A ELA(s), DELE(s), DELA(s), 
NELE(s), NELA(s)”. Essa substituição também já foi tema de nossa 
Aula 04, reveja: 
 
Ofereceram um presente a João. 
 OI 
Ofereceram um presente a ele. 
 OI 
Ofereceram-lhe um presente. 
 OI 
 
Outros exemplos: 
 
Necessitamos dos amigos. / Necessitamos deles. 
 OI OI 
Acreditamos nas pessoas. / Acreditamos nelas. 
 OI OI 
 
 
Aprendemos, também na Aula 04, que os pronomes oblíquos “ME”, 
“TE”, “SE”, “NOS” e “VOS” funcionam tanto como objeto direto 
quanto como objeto indireto. Para identificar a qual complemento 
verbal o pronome equivale (objeto direto ou objeto indireto), 
aconselho que você o substitua por um nome qualquer (de 
preferência um nome próprio), a fim de descobrir a transitividade do 
verbo. Veja: 
 
 
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Ex: Ninguém nos contou a verdade. (objeto indireto, pois equivale a dizer 
“Ninguém contou a verdade para Maria”, com uso de preposição) 
Ex: Todos te abandonaram. (objeto direto, pois equivale a dizer “Todos 
abandonaram Maria”, sem uso de preposição) 
 
 
Dito isso, é hora de fazermos algumas observações acerca dos 
objetos indiretos. 
 
OBSERVAÇÃO 1: 
Assim, como aprendemos com relação ao objeto direto, também 
poderá acontecer que uma oração inteira funcione como objeto 
indireto (caso em que será denominada de oração subordinada 
substantiva objetiva indireta), exemplificada a seguir: 
 
Eu nunca precisei de que outros realizassem meus sonhos. 
 OI 
 
 
OBSERVAÇÃO 2: 
As formas tônicas “MIM, TI, NÓS, VÓS” não aceitam ser precedidas 
da preposição “COM” (não existe, portanto, “com mim”, “com ti”, 
“com nós” e “com vós”). Assim, quando o verbo transitivo indireto 
exigir o uso da preposição “COM”, correto será dizer “COMIGO, 
CONTIGO, CONOSCO e CONVOSCO”. Observe: 
 
 
Eles competirão conosco. 
 OI 
Acho que ele brigou comigo. 
 OI 
 
 
 OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO 
 
Tal qual aprendemos acerca do Objeto Direto Pleonástico, existe 
também o Objeto Indireto Pleonástico. 
Ele ocorre quando o objeto indireto, já expresso na frase, é 
retomado (repetido) por um pronome oblíquo para reforçar a 
informação contida no objeto indireto. Observe: 
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Ex: Aos amigos, disse-lhes bonitas palavras. 
 Objeto Indireto Objeto Indireto 
 Pleonástico 
 
Encerramos, assim, o estudo dos complementos verbais Objeto Direto 
e Objeto Indireto. O próximo termo integrante da oração, a ser 
analisado por nós, é o Complemento Nominal. 
 
3.3 Complemento Nominal 
 
O Complemento Nominal é aquele termo integrante que completa 
o sentido de alguns nomes. Esses nomes (que serão completados 
pelo complemento nominal) podem ser substantivo, adjetivo e 
advérbio. 
Com essa informação, é possível diferenciar o complemento nominal 
dos complementos verbais (objeto direto e objeto indireto). 
Enquanto o complemento verbal completa o sentido do verbo, 
o complemento nominal completa o sentido do nome 
(substantivo, adjetivo e advérbio). 
 
Veja os exemplos a seguir: 
 
 
Eu tenho muita consideração por você. 
 SUBSTANTIVO C. NOMINAL 
Ele é fiel ao time do coração. 
 ADJETIVO C.NOMINAL 
Estávamos longe da cidade maravilhosa. 
 ADVÉRBIO C. NOMINAL 
 
 
Da análise dos exemplos acima, podemos inferir que o complemento 
nominal é sempre iniciado por preposição (por você; ao time; da 
cidade maravilhosa). 
Outro aspecto importante é a possibilidade de substituir-se o 
complemento nominal por pronomes pessoais oblíquos. Leia, 
com atenção, as frases abaixo, em que o termo com função de 
complemento nominal é substituído por pronome. 
 
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Ele não teve consideração por mim. / Ele não me teve consideração.

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