Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2018 1 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada ANATOMIA VETERINARIA – VET 101 – P2 Livro – Anatomia dos Animais Domésticos e Atlas Colorido – KONIG INTRODUÇÃO AXIAL CRÂNIO Os ossos individuais do crânio são unidos firmemente por su- turas, enquanto a mandíbula e o aparelho hioideo são liga- dos ao crânio por articulações. Poucos ossos da cabeça têm origem embrionária no esq. axial (ossificação endocondral -> foram a base do crânio e partes do crânio fácil), a maioria consiste em estruturas ossi- ficadas de um esq. desmal (ossificação desmal ->cobrem as faces lateral e dorsal do encéfalo). Os ossos individuais se formam a partir de centros de ossificação -> separados por faixas de tecido fibroso ou cartilaginoso -> confere adaptabi- lidade ao crânio para o crescimento pós-natal. COLUNA VERTEBRAL Os componentes ósseos dos corpos vertebrais derivam da região axial, pericondral e mesenquimal dos esclerótomos (céls. que dão origem as vértebras). Os discos interverte- brais são considerados resíduos desse tecido original. As vértebras individuais são unidas por processos articulares e ligamentos. A coluna vertebral como um todo consiste em uma série de ossos separados, as vértebras, que se prolon- gam do crânio à extremidade da cauda. Com início no forame magno no crânio e término no canal sacral. Os forames vertebrais de cada vértebra constituem o canal vertebral => abrange a medula espinhal, suas meninges, os nervos espinhais, os vasos sanguíneos e o tecido conectivo. As vértebras apresentam espaços entre si, para a passagem dos nervos espinhais. . Curvatura convexa dorsal entre a cabeça e o pescoço; . Curvatura côncavo-dorsal entre a cervical e a coluna torá- cica; . Curvatura convexo-dorsal entre a coluna torácica e a lom- bar. A col.ver. sustenta o corpo e assume a função central como parte do sist. Locomotor. As vértebras torácicas craniais são sustentadas pelas costelas -> propicia estabilidade e mobili- dade para a col.ver. Na região da pelve, a col.ver. está fixada ao membro pélvico pela articu- lação das asas do sacro ao ílio -> a força de propulsão do membro pélvico, gerada pelos músculos e pela articulação coxofemoral, é transmitida dire- tamente p/ o resto do corpo. A menor unidade funcional consiste em duas vértebras su- cessivas, o disco intervertebral, suas articulações, ligamentos e músculos. A mobilidade da col.ver. varia em segmentos di- ferentes: desde a quase imobilidade na região do sacro, até a flexibilidade das vértebras caudais. A coluna vertebral na região torácica e lombar => movimentos -> flexão dorsal, ventral e lateral. TÓRAX A caixa torácica é composta dorsalmente por vértebras torá- cicas, lateralmente por costelas e ventralmente por esterno -> ossos da parede torácica -> são unidos por ligamentos, conexões condrais e articulações verdadeiras ESQUELETO DA CABEÇA Crânio, neurocrânio . O assoalho é composto por: parte basilar do osso esfe- noide ímpar, ossos ímpares basisfenoide e pré-esfenoide. . A parede nucal é composta por: Osso ímpar escama do occipital, partes laterais do occipital. . As paredes laterais são compostas por: Ossos pares temporais. . O teto é composto por: ossos pares frontais, ossos pares parietais, osso ímpar interparietal. . A parede nasal é composta por: osso ímpar etmoide - OSSO OCCIPITAL Forma a parede nucal do crânio, é dividido em: parte basal (corpo), parte escamosa e partes laterais. . Parte basal caudal, rostral ao forame magno, se co- necta ao basisfenoide através de uma sutura cartilaginosa. Na face ventral encontram-se os tubérculos musculares fixação dos flexores da cabeça e do pescoço. Forame jugular situa-se nas duas laterais da parte basal, adjacente à bula timpânica. No suíno e equino, as boras la- terais agudas e finas da parte basal formam a fissura petro- occipital profunda, juntamente com a parte petrosa do osso temporal onde se forma o forame lacero. 2018 2 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada . Parte escamosa dorsal às partes laterais e aos côn- dilos occipitais, completando dorsalmente o forame magno. Crista nucal (em ruminantes é linha nucal) é facilmente pal- pável e pode ser usada como ponto de referência, juntamente com as asas do atlas, para coletar liq. cerebrospinal. O sulco mediano bem-definido, a crista sagital externa, surge a par- tir da crista nucal em Carn. e Equ. A protu- berância occiptal externa constitui projeções triangulares medianas com a base voltada para a base do crânio e propi- cia fixação para o ligamento nucal não tem em Suin e gatos. . Partes laterais formam os limites laterais do forame magno. Incluem os côndilos occipitais que se unem ao atlas p/ formar a articulação-occipital. Os processos paracondila- res propiciam fixação aos músculos específicos da cabeça (são alongados nos Suin, mais curtos nos Rum e Equi e for- mato de botão nos Carn). A fossa condilar ventral, a qual forma a extremidade do canal do nervo hipoglosso (que vai p/ língua) - OSSO ESFENOIDE Forma a parte rostral da base do neurocrânio e é composto por dois segmentos semelhantes: pré-esfenoide na parte rostral e o basisfenoide na parte caudal. Cada osso é com- posto por um corpo mediano e asas lateralmente. Em mamíf. domést. adolesc. eles são separados por uma sutura cartila- ginosa, que se ossifica no adulto. PRÉ-ESFENOIDE => Corpo oco e envolve os seios esfenoidais pares que são se- parados por um septo incomp. Na direção caudal há uma de- pressão transversal sobre a qual se assenta o quiasma óp- tico. O canal óptico ósseo se prolonga de cada extremidade dessa fenda sobreas asas do pré, onde atravessa o nervo óptico. Face externa das asas contribui p/ formação da órbita e do canal óptico, face interna forma parte da cavidade crani- ana. BASISFENOIDE => Cada asa do basisf. contribui p/ a passagem de nervos e va- sos sanguíneos, com variações específicas para diferentes espécies. . No Equi, a margem caudal de cada asa forma o limite do forame lacerado com 3 sulcos: a fossa carótica (equi e suin) situada medialmente -> passagem da artéria carótida interna; a incisura oval (equi e suin) / forame oval (carn e rum) -> passagem nervo mandibular; a incisura espinhosa (equi e suin) / forame espinhoso (carn) situada lateralmente -> passagem artéria meníngea intermediária. O forame lace- rado não existe em carn e rum, suas funções são executadas pelo form.oval, form. espin. e pelo canal carótico em Carn e pelo form.oval em Rum. Os processos pterigoides surgem da margem rostral do basisf. Eles se projetam ventrorrostralmente e formam os limites das coanas, juntamente c/ os ossos palat. e pte- rig. A base é perfurada pelo canal alar, por onde atravessa a artéria maxilar. Ele se ini- cia com o form.alar caudal e termina c/ o form.alar rostral. - OSSO TEMPORAL Partes: 1)escamosa várias lâminas sobrepostas 2)petrosa osso mais maçudo -> pedra 3)tipânica ar no interior. Em Carn e Rum parte pirâmide (petrosa e tipânica) estão fu- sionadas à parte escamosa. 1) A face cerebral da parte escamosa se une aos ossos frontal, parietal e esfenoide em suturas ósseas firmes. O longo processo zigomático surge da face temporal parte es- cam. Ele se prolonga lateral e rostralmente até se unir com o processo temporal do osso zigomático -> arco zigomático. Face articular da articulação temporomandibular tubér- culo articular alongado transversalmente na direção rostral e na fossa mandibular, posicionada na direção caudal. Carn não são dotados de tubérculo articular.A porção caudal da parte escamosa forma o processo occi- pital. 2) A parte petrosa é a porção caudoventral do osso temporal, ela envolve a orelha interna e os canais semicirculares. O segmento caudal da parte petrosa se projeta além do crânio, formando o processo mastoide, que é uma projeção forte em forma de botão no Equi e menor nos outros. A fixação p/ o aparelho hióideo se origina do processo es- tiloide (ausente carn e suin), o qual se posiciona rostroven- tralmente ao meato acústico externo. Em Carn o aparelho hi- oideo ser articula c/ procs. mastoide e o proces. nucal no Suin. A abertura externa do canal facial, de onde surge o nervo fácil, o forame estilomastóideo (rum, equi e suin). 3) Parte ventral do osso temporal. Sua saliência bulbosa, a bula timpânica envolve a cavidade timpânica da orelha mé- dia. A parte dorsal da cavidade timpânica encerra os ossículos da audição, o estribo, o martelo e a bigorna. O processo mus- cular se prolonga da bula timpânica (rum). - OSSO FRONTAL Ossos pares unidos na sutura interfrontal. Com base sua localização pode ser dividido em: 1)escama frontal; 2)parte orbital; 3)face temporal; 4)parte nasal. 1) A escama frontal faz limite c/ ossos nasal e lacrimal -> animais de grande porte, e se restringe à parede da cavidade orbital em carn. Ela se prolonga lateralmente para formar o processo zigomático. Em Rum ele forma uma união óssea com o processo frontal do osso zigomático; em Equi, com o proces. zig. do osso temporal; em Carn, a margem su- praorbital superior é formada pelo ligamento orbital. A órbita óssea é recortada pela gla. lacrimal, que se situa sob o pro- ces. zig. ou sob o ligam. orbital. A escama frontal separa-se da face temporal pela linha temporal, a qual se prolonga caudalmente como crista sagital externa. Em rum cornuados, a terminação caudal da escama frontal é Orbita ocular -> é um cone de tec. conj. fibr. Tem cerca de 3 forames em que passa va- sos Vascularizar (nutrir) ou enervar a órbita ocular 2018 3 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada onde se localiza as bases ósseas p/ os processos cornuais, que sustentam os cornos. 4) A parte nasal é a extensão rostral do osso frontal e é cer- cada rostralmente pelo osso nasal e lateralmente pelo osso lacrimal. 2) A parte orbital forma parede medial da cavidade orbital, que recebe a incisão ventral do forame etmoidal (passagem de vasos sanguíneos). No Equi esse forame se abre na jun- ção entre os ossos frontal e esfenoide. - OSSO PARIETAL Osso par. A face externa pode ser divindade em: plano pari- etal, plano temporal, e no bovino plano nucal. A face interna se caracteriza por sulcos vasculares e diversas depressões e elevações. OSSO INTERPARIETAL O interparietal localiza-se centralmente entre o osso occipi- tal e o osso parietal, c/ o qual se fusiona durante a idade adulta (exceto no gato). ESQUELETO DA CABEÇA Crânio, porção facial O assoalho e as paredes laterais da cavidade oral são com- pletados pela mandíbula e sustentadas pelo osso hioide ventralmente. . Parede laterais da cavidade nasal: ossos lacrimais pares; ossos zigomáticos pares; osso maxilar par; ossos incisivos pares. . Assoalho da cavidade nasal/teto da cavidade bucal: os- sos palatinos pares; osso maxilar par; ossos incisivos pares; vômer. . Teto da cavidade nasal: ossos frontais pares; ossos nasais pares. . Teto ou paredes laterais da cavidade faríngea: ossos pte- rigoides pares; segmentos do vômer ímpar; ossos palatinos pares; ossos esfenoides pares. - OSSO NASAL Os ossos nasais pares unem-se medialmente em margem rombuda, através de uma sutura plana. Os processos ros- trais formam o ápice do osso nasal. O processo rostral se projeta além dos ossos que se localizam ventralmente em re- lação a ele, e assim forma a incisura nasoincisiva entre o osso nasal e o osso incisivo. - OSSO LACRIMAL Localizado ao ângulo medial do olho, formando segmentos da órbita e da parede lateral da face. Ele se articula com o osso frontal, zig. e maxila em todos os mamíf. domest; em Rum e no Equi ele tbm se articula com o osso nasal; em Carn com o osso palatino. Próximo à margem da face orbital há uma fossa em forma de funil, que é ocupada pela origem di- latada do ducto lacrimonasal -> lagrima desce para cavi- dade nasal p/ umedecer o ar que respira. A face nasal forma os limites rostrais do seios frontal e maxilar e é atravessada quase horizontalmente pelo canal lacrimo- nasal. - OSSO ZIGOMÁTICO Forma segmentos da órbita óssea e do arco zigomático. O arco zigomático forma-se pela união do processo temporal do osso zigomático e o processo zigomático do osso temporal. Em carn e suin, o proces. frontal do osso zigomá- tico se une ao proces. zig. do osso frontal por meio do liga- mento orbital (costuma se ossificar no gato). O osso zigomático envolve cavidades repletas de ar em algu- mas espécies domésticas e, desse modo, participa do sis- tema de seios paranasais. - OSSO MAXILAR Maior osso da face, que se articula com todos os ossos faci- ais. Pode ser dividido em vários segmentos: . Corpo: face facial externa; face nasal interna; face pterigo- palatina; face orbital. . Processo alveolar . Processo palatino da maxila . Processo frontal . Processo zigomático A parede lateral do corpo da maxila forma a face externa da face, que se caracteriza por uma ondulação horizontal, a cris- tal facial -> evidente no Rum, particularmente evidente nos Equi e Suin, e insignificante em Carn. O forame infraorbital saliente se abre dorsal e rostralmente à extremidade rostral da crista facial. Essa é a abertura ex- terna do canal infraorbital, que atravessa do forame da ma- xila pela fossa pterigopalatina ventral à órbita. Por esse ca- nal passam a artéria, a veia e o nervo infraorbitais, esse úl- timo é derivado do nervo facial. O forame infraorbital pode ser usado como um ponto de re- ferência palpável para anestesia perineural do nervo infraor- bital. O processo alveolar do osso maxilar encerra as cavidades p/ os dentes, os alvéolos dentários e, em sua margem livre, a margem alveolar. A margem interalveolar se estende en- tre o canino e o primeiro molar. A face facial inferior da maxila apresenta elevações lisas produzidas pelas raízes do dente. O processo palatino é uma lâmina óssea transversal que emerge do proces. alveolar e encontra seu par contralateral na sutura palatina mediana. Ele forma o palato duro ósseo juntamente com o osso palatino, com o qual se articula cau- dalmente. No sentido rostral, ele se articula com partes do osso incisivo na formação da fissura palatina óssea. A face nasal do processo palatino forma a crista nasal, à qual o vô- mer se fixa. Na face oral encontra-se o forame palatino maior, cuja localização varia entre as espécies domésticas. - OSSO INCISIVO Os ossos incisivos pares compõem-se de corpo e dos pro- cessos nasal, palatino e alveolar. 2018 4 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada Os ossos compõem parte da abertura para a cavidade nasal e o teto do palato duro. O corpo do osso incisivo apresenta duas faces, a face pala- tina côncava e a face labial convexa. Ele se prolonga rostral- mente para formar o proces. alveolar. O processo alveolar forma entradas cônicas, os alvéolos dentários p/ o 3 dentes incisivos de cada lado (Rum não tem esses 3 e nem os cani- nos superiores). O processo palatino do osso incisivo encon- tra seu par contralateral na linha média; eles podem estar so- lidamente fusionados no canal interincisivo (cão e equi) ou deixar uma fissura interincisiva (bovino e suin). - OSSO PALATINO Os ossos palatinospares situam-se entre os ossos maxilar, esfenoide e pterigoide. Eles se dividem em uma lâmina ho- rizontal a qual forma parte do palato duro, e uma lâmia per- pendicular, a qual forma parte das paredes lateral e dorsal do meato nasofaríngeo, e as coanas. O canal palatino segue através da lâmina horizontal e per- mite a passagem da artéria, da veia e do nervo palatinos mai- ores. - OSSO VÔMER Osso ímpar que se prolonga da região das coanas até a ca- vidade nasal, onde se fixa à crista nasal mediana no assoalho da cavidade nasal. - OSSO PTERIGOIDE O osso pterigoide par é uma placa óssea delgada entre o os- sos esfenoide e a lâmina horizontal do osso palatino que forma parte das paredes dorsal e lateral da cavidade nasofa- ríngea. Sua margem livre forma uma pequeno processo no formato de gancho hámulo pterigoideo, que se projeta além da margem das coanas, é bastante desenvolvido nos equinos. - MANDÍBULA A mandíbula consiste de duas metades que são derivadas de parte dos primeiros arcos branquiais. Encontram-se uni- das na linha mediana por uma sincondrose*, que posterior- mente torna-se a sutura intermandibular. Em todas as espé- cies ocorre esta fusão, exceto nos Rum onde a sincondrose permanece, nos Carn talvez. *Articulação na qual os ossos são unidos por cartilagem hialina. Corpo: contém os dentes; e pode ser dividido em: a) Parte incisiva: contém os dentes incisivos. b) Parte molar caudal: contém os dentes molares. A parte incisiva compõe-se de uma lâmina horizontal com a face convexa em direção aos lábios e uma face côncava em direção à língua, as quais se encontram no arco alveolar. O arco alveolar é denteado por 6 cavidades cônicas para as ra- ízes dos dentes incisivos. A parte caudal da margem alve- olar dorsal forma as entradas que contêm as raízes dos den- tes molares, 3 no gato, 7 cão e suin, 6 rum e 6 ou 7 equi. Obs: há o dente canino (olhar livrinho). A parte rostral onde não há dentes da margem dorsal entre o canino e o primeiro molar se chama margem interalveolar ou diastema, mais longa em Equi e Rum. O corpo da mandí- bula contém o canal mandibular, por onde passam artéria e a veia mandibulares e o nervo alveolar mandibular. A abertura caudal do canal mandibular é o forame mandibular na face medial na mandíbula; ele atravessa rostralmente, ventral aos alvéolos dentários, e termina no forame mentoniano na face lateral da margem interalveolar. O forame mentoniano con- siste em uma única abertura em Rum e Equi, 2 ou 3 em Carn e até 5 em Suin. Os forames mentoniano e mandibular podem ser usados como ponto de referência para anestesia perineu- ral. Ramo: prolonga do corpo da mandíbula em direção ao arco zigomático. Sua face lateral se caracteriza pela fossa mas- setérica, a qual é o local de fixação do músculo masseter; e sua face medial pela fossa pterigoideo, que é o local de fi- xação do músculo pterigoidea medial. A parte caudoventral do ramo mandibular forma o ângulo alveolar, o qual projeta um processo em forma de ganho em Carn, o processo an- gular. A extremidade livre do ramo da mandíbula compõe-se do processo condilar. Rostralmente, ele se prolonga para for- mar o processo coronóideo, onde o músculo temporal se insere. Esses dois processos são separados pela incisura mandibular. - OSSO HIÓIDE O osso hióide, assim como a mandíbula, é parte do esqueleto da cabeça e surge de parte do segundo e terceiro arcos bran- quiais. Está situado entre os ramos da mandíbula e compre- ende vários elementos que articulam entre si. Rostralmente está inserido na raiz da língua, caudalmente está conectado à laringe, enquanto dorsalmente se articula com o osso tem- poral. Atuam como um mecanismo de suspensão para a língua e a laringe. Aparelho hióideo: conecta com a língua e laringe. Aparelho de sustentação: articula-se com o osso temporal. O corpo do basióide é um osso transverso ímpar curto situ- ado na musculatura da base da língua. Sua margem rostral encerra medialmente o processo lingual (animais de grane porte), o qual é longo no Equi e mais curto nos Rum (carn e suin não tem). O osso tireoióde se projeta caudalmente a partir do corpo do basióide, com o qual se fusiona em Rum e Equi, em dire- ção à cartilagem tireóidea da laringe, com a qual forma uma articulação móvel. O osso queratoióde (ou caratoióde) se articula com o basióide e o tireoióde caudalmente e com o epióide proximalmente e, dessa forma, conecta o hióide com o aparelho de sustentação. O aparelho de sust. Une os ossos hioides ao crânio de modos diferentes para cada espécie: Rum e Equi, hioide se articula com o processo estiloide da parte timpânica do osso tempo- ral; em Carn com o processo mastoide do osso temporal pe- troso; em Suin com o processo nucal do osso temporal esca- moso. O osso estiloióde é um cilindro achatado lateralmente em Rum e Equi; o corpo distal permanece cartilaginoso em Suin e Carn. Osso timpanoióde (olhar livrinho). 2018 5 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada 2018 6 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada 2018 7 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada COLUNA VERTEBRAL - INTRODUÇÃO É composta por um conjunto de ossos irregurales, as vértebras, cada uma dasquais apresenta centralmente o forame vertebral, formando, em conjunto, o canal vertebral, que é ocupado pela medula espinhal. Todas as vértebras apresentam uma forma básica comum (pág 19 livrinho), as quais demonstram adaptações de acordo com a sua localização na coluna vertebral. A coluna vertebral compreende as seguintes regiões: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Série de ossos ímpares -> vértebras. Cada vértebra apresenta: corpo, arco, processos. O corpo é a parte ventral prismática ou cilíndrica de uma vértebra sobre a qual se assentam as outras partes. Cada corpo vertebral apresenta uma extremidade cranial convexa e uma extremidade caudal côncava. Os discos intervertebrais cartilaginosos se interpõem entre as vértebras contíguas. A face dorsal do corpo da vértbera é marcada por sulcos longitudinais, forames nutrícios e uma ondulação mediana para a fixação de ligamentos. A face ventral possui a crista ventral (no atlas, e somente crista nas outras), que varia em tamanho dependendo da região da coluna vertebral. O arco veterbral (ou arco neural) se forma sobre a face dorsal do corpo verteb. e, desse modo, delimita uma forame vertebral. Cada arco é composto por dois pedículos laterais e uma lâmina dorsal. Os forames vertebrais correspondem aos forames das vértebras contíguas para formar o canal vertebral, que circunda a medula espinhal, suas meninges, nervos espinhais, vasos sanguíneos, ligamentos, tecido adiposo e tecido conectivo. O canal atinge seu maior diâmetro na 1ª e 2ª verteb cervicais, sua largura diminui ao longo da col. cervical, aumenta novamente na regiao torácica cranial e se estreita na região torácaica caudal. Diâmetro alarga novamente na região lombare fica mais estreiro na altura da regiao da 1ª vert. caudal. A base do pedículo apresenta incisura vertebral cranial e incisura vertebral caudal quando vertb sucessivas se articulam, as incisuras de cada um dos lados da vertb adjacentes delineiam os forames inervertebrais por onde passam os nervos espinhas. Mp sentido dorsal, a maior parte dos arcos vertebrais se encaixa sem deixar espaços, mas há 3 locais na coluna verteb onde se forma um espaço interarcos possibilitam acesso ao cansal vertb para injeções ou p/ obter amostrar do liq cereborespinhal. Cada vertb apresenta uma determinada qtd de processos p/ fixação de músculos e ligamentos e para articulação com as vertb adjacentes:-> processo espinhoso; -> processo articular cranial e processo articular caudal; -> processos transversos (se projetam lateralmente a partir da base do arco vertb.); -> processos mamilares (entre vértebras torácicas e lombares). - VÉRTEBRAS CERVICAIS Todas as espécies de mamif apresentm o mesmo número de vertb cervicais 7. Atlas => 1ª. É uma vértebra incomum, em que seus processos transversos se modificaram em asas, e seu corpo tornou-se muito reduzido. Seu pequeno corpo é unido por um arco dorsal e um arco ventral. O tubérculo dorsal situa-se na extremindade cranial do arco dorsal e o tubérculo ventral, na extremidade caudal do arco ventral. As asas propiciam a fixação para a musculatura dorsal e ventral -> a qual é responsável pela movimentação da cabeça para cima e para baixo, e compoe a conexão muscular entre a coluna e a face nucal do osso occipital. As laterais das asas propcia a fixação de musculos responsáveis pelo movimento de rotação da cabeça. A face ventral da asa é escavado para formar a fossa do atlas. Sua base é perfurada pelo forame alar ( ou incisura alar -> Carn) passagem de vasos p/ nutrir tudo que existe dentro do canal vertebral. O forame vertebral lateral se abre na parte craniodorsal do arco vertebral, passagem dos nervos espinhais. O forame transverso (não tem em bovinos) é um canal curto que atravessa a parte caudal da sala do atlas passagem da artéria vertebral -> leva sangue para cabeça, como em bovinos não existe o forame transverso, a artéria passa em volta das asas do atlas. A face cranial do arco ventral do atlas é escavado para se articular com os côndilos occipitais do osso occipital. A face dorsal do arco ventra apresenta uma face articular côncava tranversa caudal, a fóvea para o dente do áxis. A fóvea do dente se mistura com áreas articulares pouco profundas na face caudal das massas laterais fóvea articular caudal, que se articulam c/ os processos articulares craniais da segunda vértebra cervical. Atlas => 2ª. Apresenta em sua extremidade cranial um processo único entre as vértebras, conhecido como dente do axis ou processo odontóide (em carn parece um bastão, nos outros parece um bico). O dente articular como uma fossa caudal no atlas, permitindo um movimento rotacional superior ao que ocorre entre as outras vértebras cervicais. Seu corpo apresenta uma crista ventral bem desenvolvida. Crista -> tubérculo ventral -> ligamento => ao longo de toda coluna vertebral. O arco do áxis possui o processo espinhoso alongado e protuberante, o qual se projeta sobre a extremidade cranial e caudal do corpo vertebral em Carn e apenas extremidade caudal do Suin. Ele é uma lâmina óssea retangular em Rum e se bifurca caudalmente no Equi. A incisura vertebral caudal que corresponde ao processo espinhoso é grande. O proces. espinhoso conflui c/ os processos articulares caudais em Carn e Equi, mas permanece separado em Rum e Suin. Os processos tranversos pares são perfurado na direção da base pelo forame transverso. O forame vertebral cranial (em Carn incisura vert. cranial) serve de passagem para nervos espinhais -> são formados caudalemente, exceto no axis. 2018 8 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada O dente do áxis forma, juntamente com a fóvea do atlas artiular correspondente, uma articulação trocóidea (pivô) ao redor da qual o atlas e a cabeça giram. As faces articulares em casa lado do processo espinhoso formam a inserção de ligamentos (especialmente o ligamento nucal) e de músculos. Vértebras cervicais restantes => As faces ventrais da 3ª para 5ª vertb cerv possuem uma crista ventral firma, a qual se torna indistindo ou ausente na 6ª e 7ª vertb. A extremidade cranial é convexa e a extremidade caudal é côncova, exceto em Carn e Suin. Os processos espinhosos são relativamente mais curtos, mas seu comprimento aumenta gradualmente em direção à parte torácica da coluna. No Equi, apenas a 7ª vert cerv possui um processo espinhoso distindo. O processo transverso e o processo articular são bem de- senvolvidos em todas as vert cerv, o processo articular cranial se encaixa com o proc. artic. caudal da anterior e assim por diante. Da 3ª à 6ª vert cerv o proc. transverso é perfurado pelo forame transverso -> passagem do nervo vertebral, da arté- ria e veia vertebrais. Na 6ª -> processo costal (costela) um dia foi uma costela no vertebrados inferiores Na 7ª -> o primeiro par de costela se articula c/ a 7ª vert cerv e com a 1ª torácica por isso que a 7ª vert não tem processo costal. A 7ª vert cerv tem um processo espinhoso elevado e pequenos processos transversos. Fóvea articulares superfí- cie caudal que articula com a cabeça da primeira costela. - VÉRTEBRAS TORÁCICAS Caracterizam-se por possuir fóveas costais, para a articulação com as costelas, e processos espinhosos bastante desenvolvidos. O conjunto de vert torácicas formam, parcialmente justapostas, um bastão ósseo ligeiramente dorsoconvexo, o qual se caracteriza por sua flexibilidade. O longo processo espinhoso é para a fixação da forte musculatura da cabeça e do pescoço em Suin e herbívoros 2ª, 3ª e 4ª -> mais longos, a partir da 5ª vai diminuindo. Dorsalmente os proces epinhosos são asperos por causa do ligamento superespinhoso -> lig. da nuca (no cachorro ele começa no proc esp do axis). As vert torac craniais desempenham uma função adicional como parte da coluna vertebral completa ao transmitir o peso do corpo para os membros torácicos e, justamente com as costelas, propiciam fixação para os músculos das costelas, do tórax e do ombro. -> corpos curtos com extremidades planas; -> processos articulares curtos; -> arcos vertebrais de encaixe muito próximo; -> processos espinhosos bastante longos; -> fóveas costais nas duas extremidades para as cabeças da costela e nos processos transversos para os tubérculos da costela. Os corpos vertebrais são curtos na região torácica cranial, mas aumental de comprimento gradualmente no sentido caudal, onde tbm há uma crista ventral. As extremidaes cranial e caudal são achatadas para se ajustarem aos discos intervertebrais gera uma gama limitada de movimentos entre as duas vert vizinhas. Enquanto as incisuras vertebrais craniais são superficiais, as incisuras caudais são mais profundas. Em Carn, o comprimento dos proc espi diminui gradualmente ao longo de toda a região torácica; no Suin e Rum são elevados 2ª à 4ª e se tornam progressivamente mais curtos até a 11ª no suine 12ª ou 13ª rum. No Equi as primeiras 4 amentam e se tornam mais curtos ate 13ª ou 14ª. Os processos mais elevados das 3 ou 4 primeiras vert torac compõem a base óssea para a cernelha. Os proc espi das vert torc craniais tem orientação caudodorsal, proc espi caudais e vertebras lombates são inclinadas cranialmente. A vértebra diafragmática ou anticlinal processo espinhoso quase que perpendicular ao eixo longo do osso -> 10ª cao, 12ª suin, 13ª bov e 16ª equi. Processos mamilares estão presentes apenas nas vert troc e lombares; se situam no sentido imdeiatamente cranial aos processos transversos nas vértebras posicionadas em sentido cranial à vert anticlinal, e estão unidos com os procs articulares para formar os processos mamilares articulares. Os cursto e firmes processos transversos apresentam fóveas costais transversas para a articulação com o tubérculo da costela. - VÉRTEBRAS LOMBARES Caracterizam-se pelo processo transverso muito desenvolvido e pelo corpo longo e arqueado ventralmente e mais largo nas extremidades. São em número de 6 nos Bov e Equi;6 ou 7 Sun e 7 Carn. Não existe fóveas costais, processos espinhosos são mais curtos e voltado craniodorslamente. As extremidades cranial e caudal dos corpos apresentam faces articulares planos. Os arcos da vertebra formam um forame vertebral mais largo para acomodar o inchamento da medula espinhal na regiao lombar intumescência lombar. Processos tranversos: A 1ª vert lomb apresenta os proces transversos mais curtos. A vert lomb mais longa costuma ser a 3ª ou 4ª, exceto nos carn -> 5ª ou 6ª. Nos Equi os proces tranversos das dias últimas vert lomb e os proces transv da ultima vertb lombar e 1ª sacral se articulam uns com os outros, o que resulta na divisão do forame intervertebral m um abertura dorsal e outra ventral. Os processos transversos e espinhosos, bem como a crista ventral pronunciada, fornecem amplas superfícies praa a fixação dos músculos lombares internos e da musculatura abdominal, axial e pélvica. A orientaçaão sagital dos processos articulares permite movimentação apenas na direção ventral e dorsal, e é quase impossível produzir movimentos lateais. Os processos articulares se unem com os processos mamilares para formar o processo mamilar articular em formato de clava. B) encurvadas cranialmente; C) p/ baixo -> ventral; D) crânio ventramente 2018 9 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada - SACRO conjunto de vert que se fundem O sacro delimita uma região completamente imóvel, resultante da ossificação das vértebras sacrais. São em número de 5 no Bov e Equi; 4 no Suin e 3 no Carn. A 1ª vértebra sacral com suas asas prolongadas forma uma articulação firme com a cintura pélvica, através da qual o impulso dos membros pélvicos se transmite ao tronco. As partes mais caudais do sacro não participam diretamente dessa articulação, mas compõem a parte principal do teto da civadade pélvica. A variedade limitada de funções das vértebras sacrais se reflete na aruqietetura simplificada do sacro. O sacro é um quadriláero em carnívoros, mas triangular em outros mamif. Ele se divide em uma base ampla cranialmente, duas partes laterai, aumentadas pelas asas do sacro e uma extremidade caudal. Sua face dorsal (facea glutea) apresenta processos espinhosos, que podem estar presentes apenas em forma residual em algumas espécies, e várias ondulações. A face ventral (face sacropélvica), voltada para a cavidade pélvica, se caracteriza por linhas tranversais, que indica os limites anteriores das vértebras individuais. A face dorsal fixação para a musculatura ilíaca, da garupa e do membro pélvico. A face ventral é lisa e ligairamente côncava, com forames sacrais pélvicos para as ramificações dos nervos espinhais. O canal vertebral é muito mais estreito na região sacral. A extremidade cranial se articula com a ultima vert lombar (nos Equi há a estrutura chamada de face articular, nos outros não) e aprenseta incisura para formar a incisura vertebral cranial. Sai margem ventral apresenta uma projeção cranioventral, o promotório; dorsalmente ela apresenta processos articulares craniais. Na face dorsal de cada asa encontra-se uma áera oval, recoberta com cartilagem, para a articulação com a asa do ílio, com a qual ela forma uma articulação rígida. A margem dorsal da asa do sacro é rugosa para a fixação dos ligamentos sacroilíacos. A face dorsal possui processos espinhosos inclinados caudalemte, em Carn e Equi, as terminações libres dos proces espin permanecem separadas, enquanto as bases são unidas. Em Rum, as espinhas dorsais se unem para formar a crista sacral mediana. No Suin o proec espin são substituídos por uma crista não definida. Uma crista sacral intermediária encontra-se nos Rum e representa os rudimentos unidos dos proces articulares. Os nervos do plexo lombossacral deixam o canal vertebral através dos forames sacreais ventral e dorsal. -VÉRTEBRAS COCCÍGEAS Tamanho diminui gradualmente Não varia entre espécies; 4/5 primeiras formato básico geral; na 6ª não exite o arco completo, forame praticamente tbm não e nem o processo espinhoso; 7ª pra frente tem o formato cilíndrico. Saliência rugosa da superfície ventral mais visível 1---> 5ª sulcos; função: passagem de vasos sanguíneos => artéria e veia coccígea encontro de uma saliência (forame) com a outra em que ocorre o fechamento arco hemal -> quando não fecha é chamado de sutura. É possível sentir o batimento cardíaco na cauda na superfícia iguinal em animais de grande porte. Corte de cauda Cães -> não pode por causa das glândulas e da exposição do ânus. Suíno -> corta para evitar o canibalismo na suínocultura. ESQUELETO TORÁCICO O esqueleto torácico compreende as vértebras torácicas, as costelas e o esterno. O tórax envolve a cavidade torácica, a qual é acessível cranialmente através da abertura cranial ou do recesso entre as primeiras costelas. A abertura caudal po- siciona entre os arcos costais. A parede torácica compõe-se do arco costal, dos espaços intercostais e do ângulo entre os arcos costais esquerdo e direito. O tórax ósseo é compri- mido lateralmente em sua parte cranial e se alarga caudal- mente em herbívoros, porém é mais volumoso e profundo ventralmente em carnívoros. - COSTELAS As costelas são ossos longos que formam o arcabouço da parede torácica e conferem proteção aos órgãos da cavidade torácica e parte dos órgãos abdominais. Estão dispostas se- rialmente em pares e são intercaladas pelos espaços inter- costais. As costelas articulam-se dorsalmente com as vérte- bras correspondentes e ventralmente com as cartilagens cos- tais, por intermédio das junções costocondrais. Ventralmente as primeiras 7 a 9 costelas se articulam direta- mente com o esterno e, portando, são denominadas ester- nais ou “costelas verdadeiras”. As costelas caudais rema- nescentes ser articulam indiretamente com o esterno ao se unirem com a cartilagem da costela em frente para formar o arco costal. Essas costelas são denominadas asternais ou “costelas falsas”. As costelas no final da série, cuja cartila- gem termina livre na musculatura sem ligação a uma cartila- gem adjacente, são denominadas “costelas flutuantes”. No cão e no gato, o último par de costelas é sempre flutuante. A quantidade de pares de costelas corresponde à quantidade de vert torácicas. A proporção entre costelas esternais e as- ternais é de 9:4 Carn; 7:7 (8) Suin; 8:5 Rum e 8:10 Equi. Arquitetura das costelas: cabeça: com faces articulares; colo; tubérculos: com sua face articular; 2018 10 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada corpo ou haste; extremidade esternal. A extremidade possui uma cabeça arredondada que apre- senta uma face cranial e outra caudal para a articulação com a reentrância, formada pelas fóveas costais cranial e caudal dos corpos de duas vértebras adjacentes. As duas faces arti- culares são separadas por um sulco, área rugosa, para a fi- xação do ligamento intra-articular da cabeça da costela. A ca- beça é ligada ao corpo da costela por um colo distinto, o qual possui um tubérculo na união do corpo. O tubérculo da cos- tela apresenta uma fóvea para a articulação com o processo transverso da mesma vértebra. Como os colos das costelas se tornam cada vez mais curtos na direção caudal (exceto no bovino), as fóveas articulares da cabeça e do tubérculo ficam mais próximas até confluírem, o que resulta em aumento da mobilidade dos últimos pares de costelas. O corpo ou haste da costela é distal em relação ao tubérculo da costela. A re- gião onde a curva do corpo da costela é mais pronunciada é denominada ângulo da costela. Suas faces e margens for- necem pontos de fixação para os músculos do tronco,espe- cialmente para a musculatura respiratória. Sua margem cau- dal é sulcada para propiciar proteção aos vasos intercostais e aos nervos espinhais. As costelas do cão são mais curvadas. Os comprimentos das costelas aumentam gradualmente nas primeiras 10 e então passa a encurtar no sentido caudal. A face cranial é achatada, e a caudal arredondada. O formato do corpo é circular ao todo de toda extensão do tórax ósseo. No suíno, o 2º, 3º e o 4º corpos costais são evidentemente largos e planos, e ficam mais delgados no sentido caudal. A cartilagem costal da 1ª costela é bastante curta e se une à cartilagem correspondente do outro lado para formar uma face articular comum em direção ao externo. As costelas dos ruminantes são planas com margens vem definidas e se prolongam em direção ao esterno. As primeiras 6 ou 8 são as mais largas, e mais longas da 7ª à 10ª. No equino, a curvatura das costelas aumenta até a 11ª. As costelas caudais à 11ª são menos curvadas, tendem a se tor- nas planas, mas apresentam um aumento na angulação. En- quanto a largura diminui no sentido cranial a caudal, a espes- sura aumenta. A extremidade distal do corpo se une à cartilagem costal, formando uma sínfise, a junção costocondral. As costelas apresentam um ângulo agudo com o esterno na altura da jun- ção costocondral. Em Carn, esse ângulo é formado apenas pelas cartilagens costais. A extremidade cilíndrica da cartila- gem costal das costelas esternais se articula com esterno. Cada par de costelas se une ao esterno entre segmentos es- ternais sucessivos, com exceção do primeiro par, o qual se articula com a primeira estérnebra (manúbrio). As cartila- gens costais das costelas asternais fixam-se às suas vizinhas por meio do tec. conectivo para formar o arco costal. A articu- lação dos arcos costais de cada lado forma um ângulo, no qual se projeta a cartilagem xifóidea. - ESTERNO O esterno é um osso plano que constitui a parede óssea ven- tral do tórax. Ele é formado por segmentos ósseos, denomi- nados esternebras, que são unidos por cartilagens interester- nebrais. São 6 esternebras nos Equi e Suin, 7 nos Rum e 8 nos Carn. manúbrio; corpo; processo xifoide. O manúbrio compõe a maior parte cranial do esterno e se projeta na frente da segunda junção intercostal. Como a cla- vícula é rudimentar em todos os mamíf domésticos, o manú- brio é pouco desenvolvido. Ele possui as fóveas articulares para o primeiro par de costelas e pode ser palpado na base do pescoço em alguns animais. Sua extremidade cranial é prolongada por cartilagem, a qual apresenta o formato de um cilindro curto e boleado em Carn, e uma projeção longa, con- vexa no sentido dorsal, e lateralmente comprimida no Equi. Em Rum, essa cartilagem é representada apenas por uma fina camada ou é totalmente inexistente. O corpo do esterno é cilíndrico em Carn, largo e plano em Rum, e possui uma crista ventral no Equi. Ele é retangular em cão, cuja altura é maior que a largura. Em rum e no suin, é comprido dorsoventralmente, enquanto no equi é compri- mido lateralmente e prolongado ventralmente. A margem dor- solateral é marcada por uma série de incisuras, as quais re- cebem as cartilagens costais das costelas esternais para ar- ticulação. O processo xifoide é a última estérnebra, a qual se prolonga em um processo cartilaginoso caudalmente. Ela se projeta entre as partes ventrais dos arcos costais. Embora a cartila- gem xifóidea seja larga e prolongada em rum e em equi, ela é fina e estreita em outros mamíf domésticos. Ela sustenta a parte cranial da parede abdominal ventral. . Tipo de união entre as esternebras -> sincondrose (cartila- gem hialina). . Cartilagem costal ligada a cartilagem costal -> sindesmose. . 1ª costela articulação sinovial (em qualquer espécie) se liga direto ao externo. . Cartilagem costal com a estérnebra articulação plana -> Rum e Sui; demais animais -> sínfise => vai contar com o movimento ligeiro de giro -> tórax só amplia por causa desse mov. -> ocorre essa movimentação por causa do diafragma. UNIÕES DO CRÂNIO E TRONCO UNIÕES DO CRÂNIO . Em animais jovens os ossos do crânio são unidos por jun- ções cartilaginosas maioria se ossificam mais tarde sutura ósseas articulações imóveis. . Art. Intermandibular união óssea mediana unindo os corpos mandibulares no Suin e Equi assume forma de uma sinostose. Uma pequena área articular permanece cartilagi- nosa -> sincondrose. . Art. temporo-hióidea une a parte de sustentação do aparelho hióideo à base do crânio. 2018 11 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada . Art. temporomandibular união sinovial entre o ramo mandibular e a parte escamosa do osso temporal -> art. con- dilar -> faces não correspondem totalmente umas às outras, logo precisa de um disco fibrocartilaginoso. Cabeça do processo condilar da mandíbula e pela área articular do osso temporal, a qual consiste no tubérculo articular. A camada fibrosa externa da cápsula articular (membrana fi- brosa) é reforçada pelo ligamento lateral e pelo ligamento caudal, os quais se prolongam entre o processo retroarticular e a base do processo coronoide. O ligamento caudal está ausente em Carn e Suin. UNIÕES DA COLUNA VERTEBRAL, DO TÓ- RAX E DO CRÂNIO As uniões entre o crânio e a coluna vertebral são responsá- veis pelo movimento da cabeça. Os ligamentos laterais formam uma ponte sobre o espaço articular entre a vista medial dos processos paracondilares do occipital e a base da asa do atlas. Os lados dorsal e ventral da cápsula articular são reforçados por lâminas individuais e prolongadas de tecido fibroso. Elas cobrem o amplo espaço articular entre o occipital e o atlas. O formato da face articular restringe o movimento entre o altas e o crânio para flexão e extensão apenas no plano sagital. Em Suin e Carn, o ligamento transverso do atlas amarra o dente ao atlas, o que impede movimentos inadequados do dente em relação ao canal vertebral. ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS Duas vértebras adjacentes com disco cartilaginoso inter- posto, as articulações entre eles e os ligamentos de susten- tação formam uma unidade funcional, qual é responsável por transmitir o impulso dos membros para o corpo durante a locomoção. Essas unidades funcionais são completadas pe- los nervos e vasos sanguíneos que deixam o canal vertebral através dos forames intervertebrais e dos músculos que co- brem as regiões cervical, torácica, lombar e sacral. As articu- lações intervertebrais combinam sínfises entre os corpos vertebrais e as articulações sinoviais entre as faces articula- res. As extremidades cranial e caudal de duas vértebras adjacentes são conectadas por discos intervertebrais. As vértebras individuais são unidas por ligamentos curtos e lon- gos, bem como pelo ligamento nucal contínuo, exceto Suin, e pelo ligamento supraespinhal em todas as espécies. A espessura dos discos diminui ao longo da região torácica e lombar até alcançar a espessura mínima na coluna lombar. - Ligamentos da coluna vertebral Os ligamentos podem ser agrupados em ligamentos curtos, que formam uma pinte entre vértebras sucessivas, e ligamen- tos longos, que alcançam várias vértebras, formando unida- des funcionais. Ligamento nucal sustenta grande parte do peso da ca- beça quando ela está ereta. Se fixa nos processos espinho- sos das vértebras torácicas. Não tem no Suin. ARTICULAÇÕES DAS COSTELAS COM A COLUNA VERTEBRAL Auxiliam na expansão e na retração do tórax. Quanto mais próximas estiveram as articulações, maior a mobilidade, sendo que a mobilidade máxima é alcançada nas costelas caudais. ARTICULAÇÕES DA PAREDE TORÁCICA As articulações costocondrais são art entre as costelas e as cartilagenscostais. Elas são sínfises em Carn e no Equi, mas articulações firmes em Suin e Rum. Enquanto as cartila- gens costais craniais unem-se diretamente ao esterno, for- mando as articulações esterocostais (art. condilares arti- culações em dobradiça), as cartilagens costais das costelas asternais unem-se por meio de um tecido mole elástico que forma o arco costal. No Suin e no Equi, a primeira costela de ambos os lados apre- senta uma cavidade articular comum no manúbrio do esterno, enquanto as faces articulares das outras c telas esternais es- tão posicionadas lateralmente na junção das esternebras, re- cobertas por cápsulas articulares justas. A COLUNA VERTEBRAL COMO UM TODO A mobilidade da coluna vertebral varia conforme a região. Ela é mais livre na coluna cervical. Nas regiões torácicas e lombar da coluna, a mobilidade diminui no sentido cranial a caudal. Enquanto a rotação é possível na região torácica cranial, na região caudal, o movimento é parcialmente restrito à flexão dorsal e ventral. 2018 12 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada MEMBRO APENDICULAR ESQUELETO DO MEMBRO TORÁCICO - CINTURA ESCAPULAR A cintura ou cinturão escapular compreende o osso cora- coide, a clavícula e a escápula e une o membro torácico ao tronco. Nos mamíf domésticos, o coracoide reduz-se a um processo cilíndrico fusionando-se ao lado media da escápula. A claví- cula não existe, ou reduz-se a um pequeno rudimento embu- tido no músculo braquiocefálico. - ESCÁPULA É um osso plano em forma de placa irregular triangular, cujo eixo longitudinal é dirigido cranioventralmente no corpo ani- mal. A escápula é mantida na porção cranial do tórax por te- cido fibromuscular e articula-se distalmente com o úmero. A margem dorsal é voltada para a coluna vertebral e se pro- longa até a cartilagem da escápula, que apresenta forma de meia-lua e aumenta a área de fixação para os músculos da escápula e absorve choques. Essa cartilagem se torna cada vez mais calcificada e frágil com a idade. No Equi, a cartila- gem da escápula se prolonga sobre o ângulo caudal e al- cança a altura da cernelha; em Carn ela é uma pequena faixa. A face lateral da escápula concentra estruturas ósseas pro- eminentes, enquanto a face medial ou costal é escavada por uma fossa subescapular rasa para a fixação muscular. A face lateral é dividida pela espinha da escápula saliente na fossa supra-espinhosa cranial menor e na fossa infra-es- pinhal maior caudalmente. A espinha da escápula se pro- longa desde a margem dorsal até o ângulo ventral, aumen- tando em altura (distância da escápula) dorsoventralmente. A espinha termina com uma saliência bem definida (acrômio) próxima do ângulo ventral em Carn e Rum (ausente em Equi e Suin). Essa saliência prolonga-se para formar um processo distinto no cão. A tuberosidade da espinha da escápula está presente no sentido dorsal à sua metade em todos os mamíf domésticos, com exceção dos Carn. Na face costal da escápula, proximal a fossa subescapular, há uma área rugosa bem definida, face serrata, onde se fixa o músculo serrátil ventral. O contorno da escápula pode ser definido por diferentes ân- gulos. O ângulo cranial une a fina e ligeiramente margem cranial em ângulo reto. A margem cranial forma a incisura escapular na altura do colo da escápula, onde se situa o nervo escapular. O ângulo ventral concentra a cavidade glenoidal, de pouca profundidade, para a articulação da es- cápula com o úmero. No sentido cranial à cavidade glenoidal, há uma proeminên- cia grande, o tubérculo supragleinodal, o qual dá origem ao músculo bíceps branquial. O processo coracoide se projeta da face medial do tubérculo supragleinodal. - ÚMERO O úmero é um osso longo, constituído de uma extremidade proximal e distal, ou epífises, ricas em detalhes ósseos, e um corpo ou diáfise. Articula-se proximalmente com a escápula e distalmente com o rádio e a ulna. O úmero tem a função fun- damental no movimento no membro torácico. A parte caudal da extremidade proximal concentra a ca- beça do úmero, a qual forma uma face articular convexa cir- cular para a articulação com a cavidade glenoidal da escá- pula, cujo tamanho é consideravelmente menor. A cabeça do úmero separa-se do corpo do úmero por um colo bem definido, o qual é mais pronunciado no cão e no gato. O tubérculo maior situa-se no lado craniolateral da ca- beça do úmero e o tubérculo menor (se divide em duas par- tes em Equi e Rum) no sentido craniomedial. Eles são sepa- rados pelo sulco intertubercular, por onde corre o tendão de origem do músculo bíceps braquial. O sulco intertubercular é dividido por uma protuberância plana em Rum e uma crista proeminente, tubérculo intermédio, no Equi. Os tubérculos maior e menor propiciam inserção para os músculos da escápula, os quais fortalecem e sustentam a ar- ticulação do ombro. O corpo do úmero é a parte média (diáfise), O amplo sulco radial, que forma uma espiral sobre a face lateral do corpo, confere uma aparência característica ao corpo do úmero, ao redor do qual passam músculo braquial e o nervo radial. A tuberosidade deltóidea localiza-se na face lateral do corpo do úmero, proximal à sua metade, e se prolonga distal- mente como a crista do úmero. Ela forma a inserção para o músculo deltoideo. Uma linha rugosa, que propicia a fixação para o músculo trí- ceps braquial, se curva desde a tuberosidade deltóidea pro- ximalmente para a inserção do músculo redondo menor dis- talmente. Em Rum e no Equi, a tuberosidade redonda maior localiza-se na face medial do corpo do úmero, proximal ao seu ponto mediando. Na extremidade distal está o côndilo do úmero, o qual se posiciona em ângulo reto com o eixo do corpo do úmero. O côndilo se articula com os ossos do antebraço, o rádio e a ulna, formando a articulação do cotovelo. Nos dois lados do côndilo há protuberâncias espessas, os epicôndilos, que originam a musculatura da parte distal do membro torácico. O epicôndilo lateral de tamanho menor, se projeta caudolateralmente, e o epicôndilo medial, mais proeminente, se projeta caudomedialmente. O epicôndilo la- teral origina os músculos extensores, e o medial dá origem aos músculos flexores do carpo e dos dedos: ambos propi- ciam fixação para os ligamentos colaterais correspondentes da articulação do cotovelo. Os epicôndilos são separados por um sulco profundo, a fossa do olécrano, que entra em con- tato com uma parte do olécrano. A fossa radial situa-se na face cranial do côndilo. No cão, a fossa do olécrano e a fossa radial se comunicam através do forame supratroclear. No gato, a face medial da extremidade distal do úmero é perfu- rado pelo forame supracondilar. - ESQUELETO DO ANTEBRAÇO (rádio e ulna) Nos ruminantes e equinos, estes dois ossos se fundem, já no carn e suin, não são fundidos, permitindo assim alguém mo- vimento de pronação e supinação. Articulam-se proximal- mente com o úmero e distalmente com os ossos do carpo (fileira proximal). 2018 13 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada A ulna situa-se na direção caudal/caudolateral em relação ao rádio na parte proximal do antebraço e lateral na parte distal. Os ossos do antebraço permitem uma supinação de 45º no cão, o qual aumenta substancialmente com a capacidade ro- tacional do carpo. No supino, o movimento rotacional é impe- dido pelo tecido mole firme que conecta o espaço interós- seo; no Equi e bovino, os dois ossos são fusionados. No bo- vino há dois espaços interósseo: proximal e distal. RÁDIO O rádio é um osso cilíndrico relativamente mais forte em un- gulados do que em carn. A extremidade proximal contém a cabeça do rádio, a qual é ampliada transversalmente para apresentar a fóvea articular do rádio. A fóvea articular do rádio e a incisura troclear da ulna se articulam como côn- dilo do úmero, formando a articulação do cotovelo de forma específica para cada espécie: em ungulados apenas o rádio se articula com o úmero, enquanto em carn o rádio é complementado medialmente pela ulna. Duas eminências se projetam no sentido lateral e medial à fóvea articular da cabeça do rádio para propiciar fixação aos ligamentos da articulação. Na face dorsomedial da cabeça do rádio está a tuberosidade do rádio, à qual se insere o ten- dão do músculo bíceps braquial. A face caudal do rádio pro- ximal apresenta a incisura troclear para a articulação com a ulna a fim de facilitar a supinação em carnívoros. Essa inci- sura troclear não tem função no esquino e no bovino. O corpo do rádio é comprimido em uma direção craniocau- dal e ligeiramente curvado em seu comprimento. Sua face cranial é lisa, sua face caudal ou é rugosa ou está fusionada à ulna. A face medial não é coberto pela musculatura e é fa- cilmente palpável através da pele. A extremidade distal forma uma tróclea qual se posiciona em ângulos retos com relação ao eixo longo do rádio e apre- senta a face articular em direção ao carpo. Proximal à face articular do carpo do rádio corre uma crista transversa. O rádio se prolonga na face medial para formar o processo es- tiloide do rádio (no Equi é processo estiloide medial) para a inserção de ligamentos; no cão e no suíno há um processo estiloide da ulna na face lateral. No bovino a parte distal da ulna está completamente fusionada com o rádio, mas mesmo assim tem o processo estiloide da ulna; no Equi, a parte distal da ulna está totalmente incorporada dentro do rádio para se tornar o processo estiloide lateral. ULNA O olécrano e seu túber (tuberosidade) prolongam a ulna para além da extremidade distal do úmero. Ele forma o ponto bastante proeminente do cotovelo e propicia a inserção para o forte músculo tríceps braquial. Na base do olécrano está a incisura troclear, a qual apoia a articulação com o úmero. Sobra a incisura troclear no sentido cranial está o processo ancôneo na forma de bico, que se encaixa na fossa do olécrano do úmero. De cada lado do processo ancôneo se projetam os processos coronoide la- teral e medial, divididos pela incisura radial, a qual se arti- cula com a incisura troclear do rádio. O corpo apresenta três lados e é mais fino que o corpo do rádio e nos equi é menor tbm. Ele corre no sentido caudal ao rádio e está fixada a ele ou por memb de tecido mole ou por fusão óssea. Entre os corpos dos dois ossos há um ou mais espaços interósseo. - ESQUELETO DA MÃO Carpo, metacarpo e falanges Como a quantidade de ossos é reduzida, aumenta resistência dos ossos remanescentes. Nos mamíf domésticos, apenas os Carn apresentam o padrão original de cinco dígitos; no Suin os dígitos se reduzem a quatro (2-5); no Bov restam dois dígitos (3 e 4) e no Equi apenas o terceiro dedo permanece. OSSOS CARPAIS O carpo é constituído de pequenos ossos dispostos em duas fileiras, proximal e distal. A fileira proximal articula-se com o ´radio e a ulna e a fileira distal, com os ossos metacárpicos. O número de ossos que compõem a região do carpo varia entre as espécies: 7 Carn; 8 Suin; 6 Rum e 7/8 Equi. Dispostos em duas fileiras, proximal e distal, cada uma das quais contendo tipicamente 4 ossos. Fileira proximal: Osso radial do carpo, osso intermédio do carpo, osso ulnar do carpo e osso acessório do carpo. Fileira distal: Osso cárpico i, osso cárpico ii, osso cárpico iii, osso cárpico iv. Nos humanos e no suíno, a quantidade original de 8 ossos carpais permanece; o Equi apresenta 7; nos Carn apresenta 7; os Rum apresentam 6. OSSOS METACARPAIS O metacarpo é constituído por ossos longos, que apresentam uma base ou extremidade proximal, um corpo e uma cabeça ou extremidade distal. O número de ossos que compõem o metacarpo varia entre as espécies: 5 Carn; 4 Suin; 2 Rum e apenas 1 no Equi. Em sequência mediolateral apresentam os mesmos segmen- tos: extremidade proximal com uma face articular para fileira distal dos ossos carpais e fóveas adicionais voltadas para os ossos metacarpais vizinhos. corpo extremidade distal com um tróclea para a articulação com a falange proximal e diversas áreas rugosas para fixações li- gamentosas nas duas extremidades. A redução filogenética na quantidade de ossos metacarpais é compensada por um aumento na solidez dos ossos rema- nescentes. Esse processo culmina no Equi, onde apenas o terceiro dígito permanece funcional. Seu eixo coincide com o eixo do membro e sustenta o peso do equino. Os ossos me- tacarpais II e IV do Equi são muito reduzidos e não sustentam o peso. No cão o osso metacárpico I é mantido com um resquício di- gital. Os ossos metacarpais estão próximos em oposição e encerram fóveas articulares planas voltadas uma para outra na extremidade proximal. Em secção transversal, os ossos metacarpais III e IV são quadrangulares, e o II e o V triangu- lares. 2018 14 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada O número de dedos tbm varia entre as espécies: 5 nos Carn, 4 Suin, 2 completamente desenvolvidos nos Rum e apenas 1 nos Equi. Normalmente cada dedo é constituído por três fa- langes: proximal, media e distal. MEMBRO PÉLVICO O cíngulo pélvico consiste em dois ossos coxais que se en- contram ventralmente na sínfise pélvica e se articulam fir- memente com o sacro na direção dorsal. Juntamente com o sacro e as primeiras vértebras caudais, eles formam a pelve óssea, a qual delimita a cavidade pélvica. - COXAL Cada osso coxal compõe-se de três partes com centros de ossificação distintos e serve de conexão entre o membro pél- vico e a coluna vertebral. Em animais jovens, cada osso é delimitado por margens cartilaginosas, as quais permitem o crescimento. No adulto, os ossos se encontram completa- mente fusionados e seus corpos formam a cavidade para a articulação com o fêmur, o acetábulo. Cada osso coxal com- põe-se de: ílio, púbis e ísquio. O púbis e o ísquio de cada lado se unem ventralmente na sínfise pélvica cartilaginosa, uma articulação firme, mas não rígida, que permite que as duas metades se separam sob in- fluência hormonal para a dilatação do canal vaginal em pre- paração para o parto. A sínfise pode ser dividida em uma parte púbica cranial e uma parte isquiática caudal. ÍLIO O ílio forma a parte dorsocranial do osso coxal e se prolonga em sentido oblíquo desde o acetábulo até o sacro. O osso ílio é constituído por uma parte cranial que se estende por uma grande superfície, a asa, e uma caudal, mostrando uma co- luna arredondada, o corpo. O corpo do ílio contribui para a formação do acetábulo, o qual é complementado pelos cor- pos do ísquio e do púbis. A orientação das asas do ílio varia conforme a espécie, influenciando significativamente o for- mato da pelve. No Equi e no Bom, elas se orientam vertical- mente, no Suin e em Carn, elas são quase sagitais. Um ponto de referência importante em todos os mamíf do- mésticos é a tuberosidade coxal (túber coxal) no ângulo lateral do osso coxal, formando um ponto visível no Equi e no Bov e palpável no cão. Em Carn, a tuberosidade coxal apre- senta duas proeminências, as espinhas ilíacas ventrais cra- nial e caudal. O ângulo mediodorsal da asa ilíaca é mais es- pesso e forma a tuberosidade sacral (túber sacral). Em Carn e no Bov a tuberosidade sacral tbm apresenta duas emi- nências, as espinhas ilíacas dorsais cranial e caudal. A crista ilíaca conecta a tuberosidade coxal e a tuberosidade sacral. Ela é convexa e espessa em Carn e no Suin, mas fina e côn- cava em animais de grande porte. O ílio exibe uma face lateral ou glútea e umaface medial. A face lateral côncava é cruzada por três linhas glúteas em Carn e uma linha glútea nos outros mamíf domésticos, origi- nando os músculos glúteos. A face medial se divide em duas partes. A parte lateroventral da face medial faz emergir as inserções de vários músculos pélvicos. A parte mediodorsal da face medial é formada pela parte auricular rugosa e pela tuberosidade ilíaca, a qual se articula com o sacro para formar a articulação sacroilíaca estreita. A margem dorsomedial da asa ilíaca é acentuadamente côn- cava para formar a incisura isquiática maior na intersecção com o corpo ilíaco sobre a qual corre o nervo isquiático. PÚBIS O púbis apresenta formato de “L” e compõe-se do corpo, do ramo cranial do púbis transverso e do ramo caudal do pú- bis. No púbis se encontra mais da metade da margem do fo- rame obturado, uma ampla abertura no assoalho pélvico por onde atravessa o nervo obturatório. Ele é fechado pela mus- culatura e por tecido mole. A borda cranial do ramo acetabular é denominada pécten do púbis e forma a eminência iliopú- bica para a fixação de músculos abdominais. O púbis de cada lado se fusiona na sínfise púbica, a parte cranial da sínfise pélvica. Na face ventral da sínfise púbica se projeta o tubérculo público ventral. No garanhão tam- bém há um tubérculo púbico dorsal. ÍSQUIO O ísquio pode ser dividido em corpo, tábua do ísquio e o ramo medial. A tábua se prolonga cranialmente e se divide em dois ramos, um sifisiário e outro acetabular, os quais for- mam a circunferência caudal do forame obturado. Os ramos mediais dos ísquios formam a parte caudal da sínfise pélvica. O corpo do ísquio forma parte do acetábulo enquanto sua margem dorsal prossegue com a margem dorsal do ílio para formar a espinha isquiática, a qual se afunila em direção à incisura isquiática menor, a margem denteada entre a tu- berosidade isquiática e a borda caudal do acetábulo. A parte caudolateral da tábua isquiática caudal se espessa para formar a tuberosidade isquiática, a qual consiste em um espessamento linear no cão e no Equi, e uma eminência triangular no Bov e Suin. A tuberosidade isquiática é um ponto de referência visível na maioria dos mamíf domésticos. As margens caudais das tábuas isquiáticas se encontram no arco isquiático côncavo. Essa incisura costuma ser ampla e profunda, exceto no Equi, no qual é rasa e irregular. ACETÁBULO O acetábulo é inverso à cabeça do fêmur, com a qual forma uma articulação esferoide, a articulação coxofemoral 2018 15 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada - FÊMUR O fêmur é o osso longo do esqueleto da coxa, constituído de uma corpo e duas extremidades. É relativamente mais curo nos Rum que nos outros animais domésticos. É o mais forte dos ossos longos. Pode-se encontrar até quatro ossos se- samoides nos tecidos femorais moles. O maior osso sesa- moide é a patela, a qual está fixada no tendão da inserção do músculo quadríceps femoral. O fêmur é essencial para postura e locomoção. Assim como ocorre com o úmero, sua superfície é caracterizada pela ori- gem e pela fixação de músculos fortes e seus tendões, pro- tuberâncias ósseas proeminentes e sulcos. A extremidade proximal se curva medialmente e contém a proeminente cabeça do fêmur, que se desloca ligeiramente do eixo longo do osso. A cabeça do fêmur apresenta uma face articular hemisférica para a articulação com o acetábulo, interrompida por uma fóvea, à qual se fixa o ligamento intra- capsular da cabeça do fêmur. Essa fóvea é circular e se loca- liza no centro no cão, enquanto no Equi ela tem formato de cunha e é aberta medialmente em direção à periferia. A ca- beça do fêmur se separa do corpo do fêmur por um colo dis- tinto em Carn e no Suin. Lateralmente à cabeça se projeta um processo grande, o trocanter maior, que se prolonga para além do limite dorsal da cabeça do fêmur em animais de grande porte, mas permanece na mesma altura da cabeça em animais de pequeno porte e no Suin. O trocanter maior propicia a fixação para os músculos glúteos, atuando como uma alavanca para esses extensores da articulação coxofe- moral. Um processo menor, o trocanter menor está presente na face medial e propicia fixação para o músculo iliopsoas. No Equi, um outro processo, o terceiro trocanter, posiciona-se na face lateral do terço proximal do corpo e propicia inserção para o músculo glúteo superficial A diáfise é formada pelo corpo. A face caudodistal recebe a fossa supracondilar (tuberosidade supracondilar), que aumenta a área de origem do músculo flexor superficial dos dedos. Na extremidade distal, encontram-se os côndilos lateral e medial caudalmente e uma tróclea cranialmente. Os côndi- los se articulam com a extremidade proximal da tíbia e os me- niscos para formar a articulação femorotibial. Entre os côn- dilos lateral e medial, situa-se a fossa intercondilar pro- funda, que se separa da face poplítea por meio da linha in- tercondilar horizontal. As faces abaxiais dos dois côndilos são rugosas para a fixação dos ligamentos colaterais da arti- culação coxotibiofemoral. O côndilo lateral exibe duas de- pressões: a depressão cranial é a fossa extensora, da qual emergem o músculo extensor longo dos dedos e o terceiro músculo fibular (a caudal não importa). A tróclea do fêmur consiste em duas cristas separadas por um sulco que se articulam com a patela para formar a articu- lação femoropatelar. Essas cristas são acentuadamente as- simétricas em animais de grande porte, sendo que a crista troclear media é a maior. No equino há uma protuberância na crista medial que se projeta proximalmente. - PATELA A patela é um grande osso sesamoide situado no tendão de inserção do músculo quadríceps femoral. É ovoide no canino e prismática no Equi e bov. Sua face articular se volta cau- dalmente em direção ao fêmur; a face livre se volta cranial- mente e é palpável sob a pele. A base da patela se direciona proximalmente e é rugosa para a fixação muscular; a ponta está voltada para a direção distal. - ESQUELETO DA PERNA (Tíbia e fíbula) A tíbia é o osso longo da perna. Está fundida à fíbula em bo- vinos e Equi, o que não acontece nos Suin e Carn. Nos Rum domésticos encontra-se o osso maleolar, que é extremidade distal da fíbula que não se fundiu à tíbia. A tíbia é muito mais resistente que a fíbula. A fíbula percorre a margem lateral da tíbia e não se articula com o fêmur proximalmente; portanto, apenas a tíbia sustenta o peso animal, o que se reflete no aumento de sua robustez. A redução da fíbula é maior do que a redução da ulna no membro torácico: no bovino, a fíbula é quase completamente reduzida; no Equi, a parte proximal ainda é um osso distinto, enquanto a parte distal está incor- porada à tíbia. Nos Carn, a redução da fíbula se manifesta no diâmetro, mas não no comprimento. TÍBIA A tíbia contribui com a maior parte da formação da articulação femorotibiopatelas, o que se reflete na sua extremidade pro- ximal expandida. Essa extremidade apresenta face articula- res para os côndilos femorais para fixação ligamentosa. A extremidade proximal possui três faces e concentra dois côndilos (côndilo lateral e côndilo medial), os quais são se- parados caudalmente pela incisura poplítea. Cada côndilo apresenta uma face articular para a articulação com o côndilo femoral correspondente ou a face fibrocartilaginosa do me- nisco. Entre as faces articulares dos côndilos se projeta a eminência intercondilar, com tubérculos intercondilar medial (parte mais alta) e lateral (parte mais baixa) próxima à área intercondilar central. No sentido cranial e caudal à eminência intercondilar encontram-se depressões para fixa- ção ligamentosa. A face lateral do côndilo exibe uma fóvea articular para a articulação com a extremidade proximal da fíbula. Em Rum, os vestígios da fíbula estãofusionados a essa face articular. Uma incisura profunda na face craniolate- ral, o sulco extensor, dá passagem para o músculo extensor longo dos dedos. O corpo da tíbia é comprimido craniocaudalemte e exibe duas estruturas ósseas proeminentes. A tuberosidade da tí- bia é um processo grande que se projeta na face cranial da parte proximal do corpo da tíbia e representa um ponto de referência importante. A outra parte não importa. Na extremidade distal, encontra-se a cóclea, que consiste em uma crista intermediária margeada por dois sulcos. A crista central orienta-se em uma direção sagital na maioria das espécies domésticas, mas no Equi ela se orienta cranio- lateralmente. A cóclea recebe as cristas trocleares do tálus para a articulação. O lado medial da cóclea é aumentado por uma protuberância óssea, o maléolo medial. A face lateral da cóclea exibe vari- ações conforme a espécie. Em Carn e no Suin, a cóclea apre- 2018 16 Resumo 2ª prova – VET18 Julia Louzada senta uma incisura lateral para a articulação com a extremi- dade distal da fíbula. No Bov, a face lateral da cóclea possui uma fóvea articular para a articulação com o restante da fí- bula distal, o osso maleolar isolado. No Equi, o maléolo la- teral é formado pela fusão da extremidade distal da fíbula com a tíbia. FÍBULA A fíbula pode ser dividida em uma cabeça proximal, um colo, um corpo e uma extremidade distal ou maléolo lateral. A fíbula separa-se da tíbia por meio de um longo espaço in- terósseo, conectado por tecido mole. Embora o espaço inte- rósseo se prolongue por todo o comprimento da perna no Suin, ele se limita à parte proximal em Carn. A fíbula situa-se lateralmente à tíbia e divide os músculos da perna em um grupo cranial e outro caudal. - ESQUELETO DO PÉ TARSO Os ossos do tarso estão dispostos em duas fileiras: proximal, e distal. A fileira proximal se articula com a tíbia formando a articulação trasocrural, e a fileira distal se articula com os ossos do metatarso para formar a articulação tarsometatar- sal. Os ossos tarsais vizinhos se articulam um com o outro de modo complexo. Nos Carn e no Suin, a quantidade original de 7 se mantém. Rum 5, o osso central do tarso e o tarsal IV e os ossos tarsais I e II estão fusionados. No Equi, 6, os ossos tarsais I e II se fusionam. Tálus Pode ser dividido em um corpo compacto, uma tróclea com cristas sagitais proeminentes dersoproximalmente, e uma ca- beça cilíndrica como base do osso. A tróclea do tálus se articula com os sulcos sagitais e a crista intermediária da ex- tremidade distal da tíbia. As cristas sagitais da tróclea são menos proeminentes e se prolongam mais distalmente em Carn que nos outros, e respondem pelo aumento de mobili- dade do tarso. Os lados da tróclea se articulam com a extre- midade distal da fíbula e com o maléolo medial. No Equi, as cristas trocleares se orientam obliquamente em uma direção mediolateral, e desse modo, causam um movimento cranial e caudal do dedo durante a flexão do tarso. A cabeça do tálus forma uma tróclea distal menor para a ar- ticulação com o osso central do tarso em todas as espécies domesticas, com exceção do Equi, o qual exibe uma face ar- ticular relativamente plana em direção ao osso central do tarso. Calcâneo A tuberosidade calcânea projeta o calcâneo proximalmente para além do tálus a fim de formar a ponta proeminente do jarrete, a qual é o ponto de referência importante. Ela funci- ona como uma alavanca para os músculos que realizam a extensão da articulação tibiotarsal. Nos Rum, a tuberosidade calcânea se expande e a face pro- ximal rugoso é escavada por um sulco profundo. No Equi, a tuberosidade calcânea é bastante pronunciada e sua face proximal é marcada por um sulco. Um processo coracoide estreito se situa na base do calcâneo. METATARSO Apresentam grande semelhança com seus correspondentes no membro torácico. Os ossos do metatarso tendem a ser mais longos e delgados com um córtex mais resistente. O osso metatarsal III no Equi apresenta uma secção transver- sal circular, enquanto o osso metacarpal III do membro torá- cico é oval. No bovino pode-se encontrar um osso sesamoide adicional imediatamente proximal ao osso metatarsal III. Os ossos sesamoides e falângicos do membro pélvico são quase idênticos aos do membro torácico. A falange distal do mem- bro pélvico é mais estreito que o do membro torácico, com um dedo mais longo e um ângulo mais íngreme na parede da falange distal.
Compartilhar