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Introdução a Literat Brasil 1

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Literatura Brasileira I
Margarete Louzano
AULA 01 – Introdução 
à Literatura Brasileira
TÓPICOS
• Literatura Brasileira: uma visão panorâmica (Brasil
no mundo)
• Revendo o contexto histórico da formação do
Brasil
• Surgimento da Literatura Brasileira e a influência
de Portugal: O Barroco Português
INTRODUÇÃO
Nosso objetivo é iniciar este trabalho oferecendo uma
visão geral e sistemática do panorama histórico-
cultural onde o Brasil foi forjado com as relações e
conflitos entre a cultura dos povos nativos e os
colonizadores portugueses. Assim, o estudante de
Letras terá uma introdução à Literatura brasileira
embasado numa reflexão histórica da formação do
Brasil. Em seguida, veremos os primeiros documentos
escritos sobre o Brasil e seus autores, destacando
Pero Vaz Caminha, Pero Magalhães Gondova e Pero
Lopes de Sousa.
Literatura Brasileira: uma visão panorâmica 
Segundo Alfredo Bosi, é importante conhecer alguns
dados do complexo colonial de vida e de pensamento
estrangeiro que se deu no Brasil a partir de 1500. “Nos
primeiros séculos, os ciclos de ocupação e de
exploração formaram ilhas sociais (Bahia, Pernambuco,
Minas, Rio de janeiro e São Paulo) que deram à colônia
a fisionomia de arquipélago cultural. E não só no facies
geográfico: as ilhas devem ser vistas também na
dimensão temporal (...) de um lado houve a dispersão do
país em subsistemas regionais,(...); de outro, a sequencia
de influxos da Europa” (BOSI, p. 11 e 12, 2001)
Justamente por essas características geográficas e
culturais da colonização, o Brasil recebe influências
marcantes tanto étnicas quanto culturais de diferentes
culturas, a princípio dos portugueses, mas também dos
ingleses, franceses, espanhóis e dos africanos. Os
primeiros como colonizadores e conquistadores e este
último chega às terras brasileiras de forma abrupta e
contrária a sua vontade, uma vez que é de
conhecimento, foram brutalmente arrancados de suas
terra natal e escravizados pelos colonizadores no
Brasil. Relevante destacar que os africanos pertenciam
a diferentes regiões do continente Africano e,
portanto, sua contribuição cultural fora ainda maior.
Panorama sócio-histórico
“Em 1578, quando Dom Sebastião desaparece na
batalha de Alcácer-Quibir é chegado o fim
melancólico das grandezas arduamente conquistadas a
partir da tomada de Ceuta(1415) através do caminho
marítimo para as Índias (1498), da descoberta do
Brasil (1500) e de outros cometimentos
semelhantes...”(MOISÉS, p. 71, 2003)
O povo nativo, indígena brasileiro, como sabemos, foi
subjugado e desvalorizados por séculos em nossa
história e, sua cultura, abarcava uma forma de
literatura oral, a exemplo dos povos e civilizações
primitivas e da Antiguidade. As mitologias gregas,
romanas, egípcias, indus, barbaras, incas, maias,
astecas etc, influenciaram decisivamente a história
Literária mundial. Da mesma forma, a literatura dos
povos nativos brasileiros, marcam evidências na
história da literatura brasileira. Não obscura, a
importância do Pe. Antônio Vieira nesta ‘gestação’.
Panorama socio-histórico 
Desta forma, a Literatura Brasileira passa a existir
oficialmente na fase Barroca, considerando que os
povos nativos não possuíam uma forma de escrita.
Segundo Massaud Moisés, o movimento Barroco
originou-se na Espanha, por isso rapidamente refletiu
em Portugal. Em 1580, quando o território de Portugal
foi anexado à Espanha pelo rei Filipe II, herdeiro mais
próximo de D. Sebastião, rei morto de Portugal. Desta
forma, explica-se que a Literatura brasileira tenha seu
surgimento atribuído à fase Barroca.
O Rei Filipe II da Espanha herdou a coroa portuguesa,
em 1581, tornando-se rei Filipe I de Portugal. Filipe era
o próximo herdeiro do jovem rei D. Sebastião morto
/desaparecido na batalha de Alcácer-Quibir (1578).
Sendo rei de Espanha e assumindo o trono de Portugal,
obviamente anexou-o à Espanha. Assim, o Brasil, como
colônia portuguesa, passa a ser uma subcolônia, sofrendo
influências culturais dessa anexação.
O Barroco foi de 1580 até 1640. A fase é tratada, nos 
estudos acadêmicos, como ‘Quinhentismo’. 
e
Barroco Brasileiro 
“Resta, porém, o dado de um processo colonial, que se
desenvolveu nos três primeiros séculos da vida
brasileira e condicionou, como nenhum outro , a
totalização de nossas reações de ordem intelectual: e
se se prescindir da sua análise, creio que não poderá
ser compreendido na sua inteira dinâmica nem o
próprio fenômeno da mestiçagem, núcleo do nosso
mais fecundo ensaísmo social de Silvio Romero a
Euclides, de oliveira Viana a Gilberto Freyre.” (BOSI,
p. 13, 2001).
Os primeiros escritos: Textos Informativos 
Os primeiros escritos que foram realizados no Brasil,
ou eram documentos ou relatos de viagem, feitos por
estrangeiros, viajantes e missionários europeus.
“Enquanto informação, não pertencem à categoria do
literário, mas à pura história crônica e, por isso, há
quem as omita por escrúpulos estéticos (José
Veríssimo, por exemplo, na sua História da Literatura
Brasileira)” (BOSI, p.13, 2001)
Os primeiros escritos
Paralelamente e sucessivamente à Carta de Caminha de
1500, temos outros documentos deste cunho, como: o Diário
de navegação de Pero Lopes de Sousa, 1530, o Tratado da
terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz de
Pero Magalhães Gândavo, 1576, a narrativa do Tratado da
Terra e da Gente do Brasil do jesuíta Fernão Cardim, 1583,
o Tratado descritivo do Brasil de Gabriel Soares de Souza,
1587, os Diálogos das Grandezas do brasil de Ambrósio
Fernandes Brandão, 1618, as cartas dos missionários
jesuítas, nos dois primeiros séc., o Diálogo sobre a
Convenção dos Gentios do Pe. Manuel da Nóbrega e a
História do Brasil do Fr. Vicente do Salvador, 1627.
O Barroco no Brasil
“É na estufa da nobreza e do clero espanhol, português
e romano que se incuba a maneira Barroco-jesuítica:
trata-se de um mundo já em defensiva, organicamente
presa à Contra-Reforma e ao Império filipino e em luta
com as áreas liberais do Protestantismo e do
racionalismo crescente na Inglaterra, na holanda e na
França.” (BOSI, p. 29, 2001)
Bosi ressalta ainda a relevância de observarmos que o 
Barroco-jesuítico não apresenta fronteiras temporais ou 
espaciais, mas sim ideológicas. No Brasil, estes ecos 
vão do século XVII ao XVIII. 
O Quinhentismo Brasileiro refere-se às manifestações
literárias brasileiras que tiveram início no ano de
1500, com a chegada dos conquistadores Portugueses.
Como vimos, em 1500 não havia produção literária do
povo brasileiro nativo, ao menos nos moldes adotados
pelo mundo a partir do desenvolvimento da escrita.
Desta forma, o primeiro registro que se tem escrito
sobre o Brasil, trata-se, não da cultura dos povos
nativos, mas de um europeu, que descreveu sobre o
que viu deste povo. Trata-se da Carta de Pero Vaz
Caminha a D. Manuel, rei de Portugal neste período.
A Carta de Caminha
A Carta de Pero Vaz,
considerada por muitos
historiadores, como a
certidão de nascimento do
brasil, enquadra-se à
categoria de Literatura de
Viagem, assim definida
nos estudos Literários
Europeus.
“...Insere-se em um gênero copiosamente representado
durante o século XV em Portugal e Espanha: a
literatura de viagem. Espírito observador, ingenuidade
(no sentido de um realismo sem pregas) mercantilista,
batizada pelo zelo missionário de uma cristandade
ainda medieval: eis os caracteres que saltam à primeira
leitura da Carta e dão sua medida como documento
histórico.” (BOSI, p. 14, 2001)
Pero Vaz de Caminha 
Pero Vaz de Caminha nasceu em Porto no ano de 1450
e faleceu em 1500. Filho de Vasco Fernandes de
Caminha, cavaleiro do duque de Bragança. Foi
político e ocupou cargo de importância em Portugal.
Em 1500, foi nomeado escrivão da feitoria a ser
erguida em Calecute, na Índia (isso aconteceu, nem o
escrivão da armada chegou a ocupar o cargo). Por essa
razão Caminha se encontrava na nau capitânia da
armada de Pedro Álvares Cabral, não como escrivão
oficial, mas como passageiro que desembarcaria na
Índia, destino de Cabral.
A Carta de Caminha“Senhor: 
Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os
outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do
achamento desta vossa terra nova, que ora nesta
navegação se achou, não deixarei também de dar disso
minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor
puder, ainda que — para o bem contar e falar — o
saiba pior que todos fazer. Tome Vossa Alteza, porém,
minha ignorância por boa vontade, e creia bem por
certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui
mais do que aquilo que vi e me pareceu.”(Min.Cult. 2010)
Bosi ressalta a descrição dos indígenas, segundo
Caminha:
“Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra
de sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos,
por chegarem primeiro (...) ao chegar o batel à boca do
rio, já ali havia dezoito ou vinte homens. Eram pardos,
todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas
vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas.
Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho
lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os
pousaram.” (Min. Cult., 2010)
Descrição detalhada
“A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados,
de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem
nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar
suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em
mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados
e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de
comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de
algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos
pela parte de dentro do beiço;” (Min. Cult., 2010)
O interesse mercantilista dos conquistadores
“O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma
cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande
ao pescoço, e aos pés uma alcatifa por estrado (...)
Acenderam-se tochas. Entraram. Mas não fizeram sinal
de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém.
Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e
começou de acenar com a mão para a terra e depois para
o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro.
Também olhou para um castiçal de prata assim mesmo
acenava para a terra e novamente para o castiçal como se
lá também houvesse prata.”(Min. Cult. 2010)
Estratégia de Caminha para induzir ao agrado, o rei
Caminha, segundo análise de Alfredo Bosi (2001),
utiliza-se de boas estratégias de escriba para amenizar
as impressões que tais descrições dos ‘selvagens’
pudessem suscitar ao rei.
“Eles porém contudo andam muito bem curados e
muito limpos e naquilo me parecem ainda mais que
são como aves ou alimárias monteses que lhes faz o ar
melhor pena e melhor cabelo que as mansas, porque os
corpos seus são tão limpos e tão gordos e tão fremosos
que não pode mais ser.” (Min. Cult., 2010)
Finalizando a carta
“Atenuando a impressão de selvageria que certas
descrições poderiam dar (...) A conclusão é edificante”
(BOSI, p.15, 2001)
“Esta terra, Senhor, me parece que(...) será tamanha
que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por
costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes
barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por
cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.”
(Min. Cult. 2010)
“De ponta a ponta, é toda praia... muito chã e muito
formosa. (...) Nela, até agora, não pudemos saber que haja
ouro, nem prata... Porém a terra em si é de muito bons ares,
assim frios e temperados como os de Entre Douro e
Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como
os de lá. Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é
graciosa que, querendo-aproveitar, dar-se-á nela tudo, por
bem das águas que tem, porém o melhor fruto, que nela se
pode fazer, me parece que será salvar esta gente e esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve
lançar.”(A Carta in BOSI, p.15, (2001)
Pêro de Magalhães Gandavo
Gandavo nasceu em Braga em data incerta, por volta de
1540, provavelmente. Foi professor de Latim e Português
no norte de Portugal, autor do primeiro manual ortográfico
da língua portuguesa e moço de câmara do rei D.
Sebastião. Trabalhou na Torre do Tombo, em Lisboa, na
transcrição de documentos. Veio ao Brasil entre 1558 e
1565. Foi nomeado provedor da Fazenda na Bahia, ali
permaneceu por cerca de cinco anos (1565-1570). Esteve
em outras partes do Brasil e registrou seus artigos em
manuscritos que se perderam, porém cópias de dois destes
foram preservadas.
Pero de Magalhães Gandavo
Os dois textos de Pero de Magalhães Gandavo, foram
reunidos no famoso livro ‘História da Província Santa
Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil’, editado em
Lisboa, por Antônio Gonçalves, em 1576.
“Ambos os textos são, no dizer de Capistrano de
Abreu, ‘uma propaganda da imigração’, pois cifram-se
em arrolar os bens e o clima da colônia, encarecendo
as possibilidades de os reinóis (especialmente aqueles
que vivem na pobreza’) virem a desfrutá-la.”(BOSI,
p.15, 2001)
O primeiro livro publicado sobre o Brasil
‘História da Província Santa Cruz a que vulgarmente
chamamos Brasil’, foi o primeiro livro publicado sobre
o Brasil. Apareceu em Lisboa, impresso na oficina de
Antônio Gonçalves, em 1576. É um canto de louvor às
riquezas do Brasil, que arrancou elogios de Capistrano
de Abreu "seus livros são uma propaganda de
imigração". Dos seus 14 capítulos, três são dedicados a
descrever o “gentio”, seus usos e seus costumes,
enfatizando a vida guerreira e o polêmico ritual
antropofágico. Retrata ainda a fauna e a flora da
colônia e a presença portuguesa no Brasil desde a
descoberta oficial, no ano de 1500.
Pero Lopes de Sousa
Pero Lopes de Sousa nasceu em Lisboa, 1497 e
morreu Madagascar, 1539. Foi um fidalgo navegador
e militar. Irmão de Martim Afonso de Sousa. Escreveu
o Diário da Navegação, considerado o mais importante
relato sobre a expedição de seu irmão ao Brasil, entre
1530 e 1532. O manuscrito foi redescoberto pelo
brasileiro Varnhagen, que o publicou em 1839, em
Lisboa. Varnhagen utilizou três manuscritos apógrafos:
o primeiro, que possuía; o segundo, pertencente ao bispo
-conde D. Francisco de São Luís; o terceiro, o mais
antigo, com letra da segunda metade do século XVI,
pertencente à Biblioteca Nacional da Ajuda, em Lisboa.
As informações dos Jesuítas
Somando valor aos importantes nomes até aqui
destacados, a tempo temos ainda os Jesuítas que muito
contribuíram no sentido literário da inserção dos
escritos, propriamente ditos, à história do Brasil. Os
primeiros jesuítas que se instalaram, (1549-1553), foram
responsáveis pela fundação do primeiro colégio
estabelecido no Brasil, em Salvador. Em 1554, Anchieta
participou da fundação do Colégio São Paulo, que
posteriormente deu nome à cidade.
Pe. José de Anchieta 
Nasceu em 1534 nas Ilhas Canárias (arquipélago
Espanhol). Filho de mãe judia, mudou-se para Coimbra,
em Portugal, aos 14 anos e aos 17 ingressou na
Companhia de Jesus, cuja principal missão era a difusão
do cristianismo no então recém descoberto Ao chegar
em terras brasileiras, foi acolhido pelo Pe. Manoel da
Nóbrega. Falece no ano de 1597. Compôs o Poema à
Virgem, de 4.172 versos, enquanto estava no cativeiro
dos tamoios e, diz a lenda, que o havia escrito nas areias
da praia e que, graças a sua memória excepcional, mais
tarde teria transcrito o poema para o papel.
Principais obras de Anchieta
• De Gestis Mendi de Saa, 1563, poema épico em
homenagem ao governador Mem de Sá.
• A arte de gramática da língua mais usada na costa
do Brasil, 1595, o primeiro registro dos fundamentos
da língua tupi. Seus poemas, mostram um Anchieta
empenhado no louvor à religião católica. Suas peças
de teatro (autos), de cunho pedagógico, para a
catequização dos indígenas, escritos ora em português,
ora em tupi, transformando o imaginário e os
costumes deles em entidades “do Mal”, contrárias às
imagens do cristianismo, que representam “o Bem”.
Considerações finais
Vimos que se faz necessário a análise do contexto
histórico do Brasil e de seus colonizadores, para
compreendermos melhor a Literatura Brasileira. As
influências dos povos migraram para as novas terras,
pois cada qual nos deixou seu legadocomo herança
cultural. Portanto, esta primeira aula baseou-se em um
conteúdo que servirá de sólido alicerce aos conteúdos
que seguirão. A competência de análise e reflexões
críticas dos estudos literários de obras que marcaram a
história de uma nação exige, de seu estudante, um olhar
cuidadoso e crítico para além do senso comum.
Referências Bibliográficas
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura
Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2001.
CÂNDIDO, Antônio . Formação da Literatura
Brasileira. São Paulo: Martins fonte. 1969
____________. Presença da Literatura Brasileira. Das
origens ao Realismo. História e a Antologia. 11ª Ed.
Rio de janeiro. Bertrand Brasil, 2003.
COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no
Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.1978.
https://www.google.com.br/search?q=a+carta+de+per
o+vaz
Referências Bibliográficas
COUTINHO, Afrânio (dir.) e COUTINHO, Eduardo 
de Faria (co-dir.). A literatura no Brasil. 4.ed. São 
Paulo: Global, 1997. Vols. I, II, III, IV, V e VI. 
CULTURA , Ministério da. A Carta de Pero Vaz
Caminha. Fundação Biblioteca Nacional
Departamento Nacional do Livro. 2010.
EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura: uma
Introdução. Trad. Waltensir Dutra. 6ª Ed. São Paulo,
Martins Fonte, 2006.
MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. 32ª ed. 
São Paulo. Cultrix, 2003.
	Literatura Brasileira I
	Número do slide 2
	TÓPICOS
	INTRODUÇÃO
	Literatura Brasileira: uma visão panorâmica 
	Número do slide 6
	Panorama sócio-histórico
	Número do slide 8
	Panorama socio-histórico 
	Número do slide 10
	Barroco Brasileiro 
	Os primeiros escritos: Textos Informativos 
	Os primeiros escritos
	O Barroco no Brasil
	Número do slide 15
	A Carta de Caminha
	Número do slide 17
	Pero Vaz de Caminha 
	A Carta de Caminha
	Número do slide 20
	Descrição detalhada
	O interesse mercantilista dos conquistadores
	Estratégia de Caminha para induzir ao agrado, o rei
	Finalizando a carta
	Número do slide 25
	 Pêro de Magalhães Gandavo
	Pero de Magalhães Gandavo
	O primeiro livro publicado sobre o Brasil
	Pero Lopes de Sousa
	As informações dos Jesuítas
	Pe. José de Anchieta 
	Principais obras de Anchieta�
	Considerações finais
	Referências Bibliográficas
	Referências Bibliográficas

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