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Método Pilates e manobras de liberação miofascial(2)

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Método Pilates e 
manobras de liberação 
miofascial 
/​PilatesQC 
A ​fáscia​ é um tipo de tecido conjuntivo que envolve todo nosso corpo, como 
se fosse um grande macacão sem costura. Este tecido envolve cada célula e 
inclusive nossos órgãos e tem a função de nos dar forma e sustentação. 
Apesar de ter um certo grau de elasticidade, é essencialmente um ​tecido 
plástico​, por isso técnicas de alongamentos rápidos e vigorosos podem até 
mesmo romper este tecido. 
 
Em regiões muito exigidas este tecido tende a se tornar mais espesso e 
rígido, até mesmo impedindo que nossos movimentos tenham liberdade, 
fluidez e harmonia. 
É muito comum em nossas aulas de ​PILATES​, percebermos que nossos 
alunos não conseguem mover determinado segmento da coluna, por 
exemplo, apesar de todos os nossos esforços, chega um ponto em que o 
aluno não consegue evoluir. 
Na prática clínica do instrutor de Pilates, cuja formação de base é a 
Fisioterapia, não é pouco comum o quadro de desordens neuromusculares 
entre aqueles que buscam pela prática do método. 
/​PilatesQC 
Embora popular em muitos países, o método criado por Joseph Pilates ainda 
se encontra engatinhando, no que se refere a estudos científicos fidedignos, 
os quais provam e documentam o que de fato pode ser conquistado com a 
prática regular dos ensinamentos de Joseph Pilates. No entanto, é fato a 
crescente busca pela prática com algum objetivo relacionado à reabilitação 
física. 
Dentre os mais populares estudos científicos, destacam-se aqueles que 
avaliaram e quantificaram o efeito do Pilates em relação a parâmetros do 
desempenho motor, tais como: força muscular, da flexibilidade, do equilíbrio 
dinâmico e da postura. E, por fim, capacidade funcional em geral. Estes 
estudos oferecem subsídios científicos para o incentivo ao uso do método 
como forma de atividade física para o condicionamento físico e para 
reabilitação clínica de patologias do aparelho locomotor. 
Diversas condições que afetam o aparelho motor influenciam diretamente o 
componente neuromuscular, gerando quadros complexos de dores 
localizadas e irradiadas para outras regiões. Quadros como os de hérnia 
discal lombar, por exemplo, provocam sintomas locais e irradiados ao longo 
de membros inferiores. Como consequência, encontra-se o envolvimento de 
nervos, músculos e fáscias nesse trajeto. Logo, estima-se que a completa 
reabilitação desse quadro, consiste no tratamento das estruturas envolvidas, 
diretas ou indiretamente. 
 
Diante dessa situação, pode-se compreender a importância da escolha certa 
da técnica para a reabilitação plena. Com base em estudos, entende-se que o 
método Pilates consiste em uma filosofia baseada no uso da consciência 
corporal para a realização do movimento de forma harmoniosa, promovendo 
/​PilatesQC 
associação com a respiração, gerando movimentos fluídos, com menor gasto 
de energia e menor risco de lesões. Com base nos princípios do método, 
observou-se que é possível aliviar quadros álgicos da coluna vertebral, 
melhorar desequilíbrios musculares e, por fim, a postura. 
 
No entanto, algumas patologias se desenvolvem com comprometimento 
miofascial, ocasionando dores locais, pontos de gatilho, irradiação pelo tecido 
conjuntivo, entre outras, que, de maneira geral, não são tratadas pelo 
alongamento muscular, mas, sim, pelo tratamento específico do tecido 
conjuntivo que envolve os músculos, tendões e ligamentos: a fáscia. 
A fáscia compreende uma camada de tecido conjuntivo, frouxo ou denso, que 
envolve estruturas corporais. A fáscia superficial ou frouxa localiza-se na 
camada interna da pele, onde se encontram vasos e nervos. Já a fáscia 
profunda, é encontrada delimitando segmentos do corpo, como músculos ou 
/​PilatesQC 
a cavidade abdominal. Em termos patológicos tem suma importância a 
miofáscia, que designa a fáscia profunda que envolve os músculos. 
As miofáscias são tecidos maleáveis e elásticos, com função de proteger, 
evitar atrito e promover o desempenho muscular. A ausência de dor e perfeita 
realização do movimento dependem da integridade do tecido conjuntivo 
envolvente. 
As lesões às miofáscias são comuns e podem ocorrer pelos mais diversos 
fatores, tais como: movimentos repetitivos, má postura, desequilíbrios 
musculares, traumatismos, leões musculares por contratura ou estiramento, 
rupturas, reações emocionais e estresse. Nesse caso, o tecido conjuntivo 
perde as propriedades de expansibilidade, se retraindo, gerando o quadro 
identificado por dor miofascial, que pode ser local ou irradiada a partir do 
ponto de lesão. 
É conhecida no meio clínico como síndrome miofascial, o conjunto de 
sintomas consequentes a lesão miofascial. Esse quadro requer tratamento 
específico, uma vez que o grupo muscular cuja fáscia encontra-se 
comprometida terá sua função comprometida, pois não haverá amplitude de 
movimento ou forção total para a realização da função. 
O alongamento convencional, muscular, como o realizado na prática do 
método Pilates, não é suficiente para que haja o reparo da fáscia, já que por 
si só a lesão já limita a capacidade de se alongar do músculo, além de que, o 
alongamento não repara o tecido conjuntivo. 
O tratamento da dor miofascial é baseado em “técnicas de liberação 
miofascial”, que compreendem um conjunto de técnicas de terapia manual, 
influenciadas por princípios osteopáticos – onde a forma afeta a função – e 
outras técnicas, tendo como essência a visão global do ser humano, assim 
como no método Pilates. 
Essas técnicas têm como base a compressão, microrolamentos, 
deslizamentos, pinçamentos, fricção, alongamento e mobilização de tecidos 
moles, tendo como fim a liberação de pontos de gatilho, melhora da 
/​PilatesQC 
extensibilidade, da circulação sanguínea e harmonia da organização das 
fibras do tecido conjuntivo. 
Por consequência, a aplicação das técnicas deliberação miofascial terá ação 
importante sobre os fusos musculares, o que gera trabalho proprioceptivo 
respeitável e fundamental, com repercussões positivas na consciência 
corporal e no bem estar. É nesse ponto que a liberação miofascial se 
aproxima do método Pilates. 
Conforme visto, o método Pilates tem como um de seus objetivos a 
consciência corporal, obtida através do respeito aos princípios de precisão, 
concentração e fluidez de movimento. Para que se chegue ao ponto de se 
obter um movimento fluído, com menor gasto de energia e ausência total de 
dor, é necessário que haja a integridade anatômica e fisiólogica das 
estruturas corporais, no caso, os músculos. 
Dessa forma, observa-se clinicamente que a integração entre as manobras de 
liberação miofascial e a prática de Pilates tende a gerar potenciais benefícios 
àqueles cidadãos que buscam estúdios de Pilates para tratamentos de 
distúrbios ósteo-mio-articulares. Essa integração é bem compreendida 
quando se leva em consideração que ambas as técnicas primam por uma 
mecânica corporal perfeita. 
 
/​PilatesQC 
A execução de técnicas de liberação miofascial previamente a sessão de 
Pilates têm por objetivo a preparação sensório-motora do corpo. Isto é, ao ser 
submetido aos estímulos táteis e verbais do terapeuta, o sujeito passa a 
perceber conscientemente aquilo que está sendo realizado no corpo e 
interpreta os estímulos que lhe trazem algum tipo de conforto, como, por 
exemplo, o alívio da dor. Logo, sua consciência corporal foi previamente 
ativada, suas miofáscias comprometidas foram liberadas total ou parcialmente 
(de acordo com o grau de comprometimento) e, então, o sujeito encontra-se 
preparado para a sessão de Pilates. 
A liberação miofascial dos pontos dolorosos devolve a integridade ao músculo 
ou grupamento muscular, de forma a potencializar tudo aquilo que pode ser 
conquistado, dentro das variáveis biomecânicas do desempenho motor: força, 
potência, resistência, flexibilidade. Portanto, ao iniciar o tratamento com 
Pilates, o sujeito se encontra com a sensibilidade cinestésica ativada, de 
forma a perceber e executaros movimentos de Pilates de forma mais 
harmoniosa, centrada, possivelmente com menor grau de dor e dificuldade, o 
que lhe proporcionará atingir padrões mais desejáveis de movimento. 
Entende-se, então, que os músculos envolvidos poderão ser alongados sem 
a interferência da dor do ponto de gatilho, favorecendo a melhora da 
flexibilidade e mobilidade articular. Podem ser também adequadamente 
submetidos ao trabalho de fortalecimento local e global; por consequência, 
podem promover o reequilíbrio entre agonistas e antagonistas, através da 
correção de seus desequilíbrios de força e comprimento e. Por fim, 
influenciando positivamente na postura. 
Conclui-se, consequentemente, que é interessante a associação entre as 
técnicas de terapia manual utilizadas na fisioterapia, com o intuito de 
promover a liberação das miofáscias, à filosofia do método Pilates, quando o 
objetivo e o tratamento de distúrbios músculos-esqueléticos ou para o 
aprimoramento do condicionamento físico. 
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