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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE 
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA 
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
DISCIPLINA: Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço 
Social III Manhã 
PROFESSORA: Virgínia Assunção 
ALUNA: Maria Grinalria Santos Da Silva 
HORÁRIO: Segunda Feira ABCD PERÍODO: 2020.1 CARGA HORÁRIA: 102 
h/a 
 
DOSSIÊ 
 
CRISE DA ÁGUA NO RIO DE JANEIRO 
11 de Janeiro de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
Desde janeiro de 2020, moradores do Rio de Janeiro vem reclamando da 
qualidade da água que abastece parte de região metropolitana, eles dizem que 
a água tem chegado turva, com cheiro e sabor alterados. Quase nove milhões 
de moradores fluminenses têm suas casas abastecidas pelo o rio Guandu. 
De acordo com a (Cedae) Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de 
Janeiro, afirma que o problema foi detectado na primeira semana do mês de 
janeiro, e se deve a presença de uma substância orgânica, chamada de 
geosmina, confirmada em amostras coletadas. Essa substância é produzida por 
um tipo de alga, responsável na mudança das características do recurso. 
A companhia Cedae garante que é seguro o consumo da água, porém os 
moradores ainda têm grande receio, pois, a qualidade da água que chega as 
suas casas é bem duvidosa. 
Enquanto isso várias indagações gira em torno do assunto, no entanto sem 
respostas definitivas. A Cedae tenta explicar a extensão do problema e a origem 
da proliferação da geosmina. A companhia na tentativa de tirar as suas 
responsabilidades cria pretextos e culpabiliza ás pessoas, as chuvas e as altas 
temperaturas. Já os especialistas, garantem que faltam políticas efetivas de 
combate ao problema. 
No momento nem mesmo a companhia, sabe quando a água do rio Guandu 
chegará com condições ideais para o consumo. A população fluminense, por sua 
vez, perguntam se devem seguir consumindo a água ou não. Muitos desses 
moradores mesmo sem condições financeiras são obrigados á comprarem nos 
supermercados, água potável para o consumo de suas famílias. 
O ambientalista Mário Moscatelli ressalta que a origem do problema se dá pelo 
despejo de lixo nos rios que desembocam no rio Guandu e a falta de saneamento 
nas comunidades ribeirinhas. 
“Da maneira com que as autoridades falam, parece que o problema 
se resume em resolver a tal geosmina da água, que chega ao 
consumidor final. 
 Essa é simplesmente a ’ponta do iceberg’. Nada se falou sobre a 
neutralização da fonte do problema que são os rios que despejam 
esgoto no ponto da captação da água da estação do rio Guandu” 
A opinião do ambientalista é endossada por cientistas da Universidade do Rio 
de Janeiro (UFRJ) especializados em ecologia aquática, recursos hídricos, 
saneamento e saúde pública. 
 
 
No ano de 2010 foi reconhecida pela assembléia geral da ONU que “O direito a 
água potável própria de qualidade e as instalações sanitárias é um direito do 
homem, indispensável para o pleno gozo do direito à vida”. Portanto, o direito 
humano determina que todos tenham o direito a água e ao esgotamento sanitário 
financeiramente acessível, de qualidade para todos, sem nenhuma forma de 
discriminação. E obrigatoriamente os Estados devem eliminar qualquer tipo de 
desigualdade de acesso tanto a água como também o esgoto. 
Segundo os dados do ministério das cidades no Brasil, indicam que mais de 35 
milhões de brasileiros são desassistidos ao direito ao acesso a água potável e 
mais da metade da população ainda não tem acesso á coleta de esgoto, e 
infelizmente apenas 39% dos esgotos são tratados. 
Sem falar que 70% da população que compõe o déficit de acesso ao 
abastecimento de água, têm a renda mensal apenas de meio salário mínimo por 
pessoa, portanto, possuindo baixa capacidade de pagamento colocando em 
pauta o tema saneamento financeiramente acessível. 
Desde a criação do Ministério das Cidades no ano de 2007 foi identificado 
importantes avanços na busca de diminuir o déficit que se arrasta ao longo do 
tempo em saneamento, e hoje caminham alguns passos no sentido de garantir 
o acesso a esses serviços como o direito social. Podemos destacar dentro do 
Ministério, a criação da secretaria de saneamento; As conferências das cidades 
e o conselho nacional das cidades, que deram a política urbana uma base de 
participação e controle social. 
Também podemos citar a ampliação de recursos para esse setor até 2014 a 
partir do PAC1, PAC2; A instituição de um marco regulatório da (Lei 
11.445/2007). E seu decreto de regulamentação. 
A lei articula ainda a necessidade e sustentabilidade econômica, vinculada com 
a instituição de tarifas. Com a perspectiva de saneamento como um direito, 
oferecendo acesso aos mais pobres a serviços e atendimento das funções 
essenciais relacionada à saúde pública. 
Apesar de um primeiro olhar não parecer uma questão social, ao analisar os 
fatos, ela está presente em diversos sentido no texto, pois destacamos a 
desigualdade social, a poluição, a miséria e de certa forma a omissão do direito 
ao recurso da água de qualidade por parte da companhia. 
É indiscutível que os Estados de todo o país precisam dar garantias e aumentar 
seus investimentos em saneamento mesmo em contexto de “pandemia e crise 
econômica”. Os governantes precisam ter uma visão ampla, não somente de 
gasto público, mas, também, no investimento da saúde da população e na 
qualidade ambiental. Essa é uma opção política que devemos cobrar dos nossos 
representantes tanto na esfera municipal bem como Estadual. 
 
 
Por que o Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo 
20 fevereiro de 2020 
 
A baiana Erika Aline Oliveira, 20 anos, trabalha como diarista em Palmeiras, 
cidade com cerca de nove mil habitantes na região da chapada Diamantina (BA). 
A mãe da pequena Aylla, de três anos, ela recebe mensalmente o valor de R$ 
180 reais por meio do programa Bolsa família. 
Para ela, o benefício é determinante para a renda mensal da casa. Seu 
companheiro, Tamilo Novais Silva, 27 anos, também trabalha como diarista. 
Ambos recebem R$ 70 por faxina realizada, “com o dinheiro que recebo á uns 
anos e oito meses do governo eu consigo cobrir os gastos com leite e merenda 
da minha filha”. Afirma. 
O programa de transferência de renda criado em 2003 se consolidou como uma 
importante ferramenta de combate a desigualdade no país. 
No entanto, nesta quinta-feira dia (20), dia da justiça social, Erika acordou em 
um cenário no qual os cortes cada vez mais comuns do programa Bolsa família, 
à população mais vulnerável impulsionaram O aumento da extrema pobreza no 
Brasil, segundo estudo divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). 
Entre 2014 e 2018, a renda de 5% mais pobres no Brasil caiu 59% nesse mesmo 
período, o país registrou um aumento de 67% na população que vive na extrema 
pobreza, segundo o levantamento. 
De acordo com José Antonio Moroni dirigente do Inesc (Instituto de Estudos 
Sócio econômicos) o programa Bolsa família dá um patamar mínimo para as 
famílias em vulnerabilidade social poderem acessar seus direitos como 
educação e saúde. Seu fim, portanto seria perigoso. 
 
 
“O ciclo de pobreza é uma coisa hereditária no Brasil. O avô foi extremamente 
pobre, a filha é e o neto vai ser. Sem programas como esse, jamais haverá o 
rompimento do ciclo”, explica. 
Desigualdade enraizada 
Histórias como essa nos torna o sétimo país mais desigual do mundo segundo 
dados do último relatório da PNUD (Programa das Nações Unidas para o 
desenvolvimento). 
Todo esse levantamento tem como base o coeficiente Gini, que mede 
desigualdade e distribuição de renda. 
Segundo a diretora da Oxfam Brasil. A desigualdade se fundamenta em uma 
série de fatores como o racismo, a questão do gênero e tributação de impostos, 
estacionando o Brasil na negatividade pelos próximos anos. 
“O Brasil vem de uma construção escravocrata, onde algumas pessoas valiam 
mais que as outras. Isso reflete até hoje”.Ela se refere ao racismo que ocorre de maneira estrutural e institucionalizada. 
Também destacamos a questão de gênero, pois, Erika se enquadra por ser 
mulher negra e por isso está na base da pirâmide da desigualdade. 
No Brasil a taxa de desemprego entre mulheres negras somam 16,6%, o dobro 
se compararmos aos homens brancos que é de 8,3%, a taxa comparadas a 
mulheres brancas também é alta 11% e 12,1% dos homens negros. Segundo a 
divulgação do PNAD (Pesquisa Nacional Por Amostras de Domicílios contínua 
do instituto brasileiro de geografia e estatísticas) divulgada em outubro de 2019. 
Para, além disso, ressaltamos o índice de feminicídios desse grupo que cresceu 
de 29,9% no mesmo período de 2007 a 2017 se comparados com o das 
mulheres brancas que cresceu 4,5%. 
Os impostos também é um quesito importante, assim é onde cresce a 
desigualdade mais ainda, pois, o pobre paga a taxa igual ao rico, sendo que para 
o rico não faz tanta diferença, já para o pobre cada centavo significa muito. 
Podemos pegar como exemplo para explicar melhor, uma beneficiária do 
Programa Bolsa família que ganha R$ 100, ela paga R$ 45 só de impostos que 
volta para os cofres públicos após seu consumo, esta taxa é muito alta e 
desigual. 
Cadastro único 
O Cadúnico como é conhecido popularmente ele é responsável pela coleta de 
dados e informações com o objetivo de identificar todas as famílias de baixa 
 
 
renda por todo o Brasil. Ele é responsável pela inclusão das famílias por meio de 
programas de assistência sociais e redistribuição de renda. 
Esse programa social é de suma importância para os mais pobres, pois, é por 
meio dele que muitas famílias tiram seu sustento, porém ele está na mira do 
atual governo e sua conjuntura, onde tentam esconder o desmonte do programa, 
prejudicando milhares de família por todo o país. No entanto esse desgoverno 
tenta ludibriar as pessoas mascarando a real intenção que nada mais é, a 
exclusão do benefício parcial ou total do benefício. O pior de tudo é que ele não 
se importa com esse contexto de crise econômica e sanitária, onde as pessoas 
de baixa renda estão muito vulneráveis mais ainda pelo o desemprego e/ou 
ganhando pouco. Com o corte dos beneficiários, a desigualdade aumenta 
rapidamente, deixando milhares de famílias no estágio de extrema pobreza. 
Lamentamos, pois, o presidente Jair Bolsonaro demonstra não se importar com 
o povo brasileiro. 
Desemprego vai explodir no Brasil com o Coronavírus. A dúvida é o 
tamanho da bomba. 
 
 
 
 
Entrevista: 27/03/2020 
 
 
 
A covid-19 é um novo problema e, isso já sabemos. Mas a desigualdade social 
é bem antiga e conhecida pela população trabalhadora a qual sofre com todas 
essas demandas que vem surgindo junto com a pandemia. Uma dessas 
demandas é o desemprego que se evidencia nesse trimestre, e que também 
impacta negativamente no PIB (Produto Interno Bruto). 
Especialistas afirmam que o desemprego vem aumentando significantemente 
com o isolamento social, pois ás empresas não tem como pagar os salários 
tendo que demitir seus funcionários. 
Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras domicílios contínua), 
divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) afirmam 
que a taxa de desemprego vinha caindo lentamente e nos últimos meses teve 
um aumento significativo de 11,2%. 
A expectativa dos economistas era alta, em ver a economia do Brasil, crescer 
em ritmo acelerado, até que surgiu o Coronavírus trazendo incertezas e virando 
de pernas pro ar o mercado de trabalho e a economia. 
Entre os mais afetados pelo desemprego estão os trabalhadores informais, os 
que representam 40,7% da força de trabalho em todo o país, pois somam quase 
metade de trabalhadores afetados pela pandemia. Incertos de quando voltarão 
a suas atividades para poderem levar o sustento de suas famílias, seguem na 
espera de dias melhores. 
Segundo Juan Jensen, sócio da 4E consultoria, diz que os meses de março, abril 
e maio vai ser impactado com o aumento do desemprego principalmente em 
maio e junho, pois, a taxa chegará a 14,5% Milhões de demitidos, e até 
dezembro a taxa diminua para 13,8 milhões de desempregados. 
“A interrupção da atividade econômica mais forte será nos próximos 75 dias. O 
desemprego vai aumentar nesse período e vai recuar em seguida, quando a 
economia começar a voltar á normalidade, mas se tivermos um período de 
restrição de circulação maior o desemprego se estenderá mais”. 
Portanto, a evolução econômica dependerá de política pública de confinamento. 
A expectativa é que as atividades venham retomar a partir de junho, porém com 
várias perdas e falências de empresas. 
Quais medidas podemos esperar do governo para tentar conter o 
desemprego? 
• Uma medida que gerou muita crítica foi a implementação da suspensão 
de contrato de trabalho e do salário durante quatro meses. 
• Possibilidade de teletrabalho 
• Antecipação de férias 
• Concessão de férias coletivas 
 
 
• Uso de bancos de horas 
Também foi concedido um auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais e R$ 
1.200 para chefes de família durante três meses na tentativa de amenizar o 
desemprego, porém faltam medidas importantes e bem amplas muito 
necessárias para ajudar essas pessoas a superar as dificuldades enfrentadas 
durante essa pandemia. 
O governo na tentativa de implementar a suspensão do contrato e do salário por 
quatro meses, com essa medida ele incentivaria os empresários a demitir e jogar 
todo custo para os trabalhadores causando ainda mais o aumento do 
desemprego. 
Em fim o que esperamos é um ponto de equilíbrio tanto dos patrões como para 
os trabalhadores, mas até chegar a esse ponto levará algum tempo, deixando 
um canteiro de desemprego e sucessivamente um cenário devastado pela 
desigualdade e pela miséria. 
 
 As Desigualdades Sociais que a pandemia da Covid-19 nos mostra 
 Entrevista: 04 de abril de 2020 
 
O complexo da Maré localizado na zona Norte do Rio de Janeiro é uma das 
regiões mais vulneráveis a contaminação pela a covid-19. 
O pesquisador Huri Paz da Universidade Federal Fluminense (UFF) Rio de 
Janeiro afirma, que são mais de um milhão de pessoas contaminadas pelo o 
coronavírus em todo o mundo. Segundo os cálculos da Universidade de Johns 
 
 
Hopikim referência no mapeamento mundial da covid-19, afirma que o número 
de mortes pelo o vírus já ultrapassa 51 mil pessoas vítimas fatais. 
A preocupação expressa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é com a 
rápida propagação do vírus nessas cidades, que são marcados pelos altos 
índices de desigualdade social e, a consequência seja pelo precário acesso ao 
saneamento básico local. 
Para o diretor geral da OMS Tedros Adhmom, os governantes desses países 
latino-americanos, terão de desenvolver medidas eficazes no combate ao vírus, 
para que a população mais pobre não sejam as principais vítimas por falta de 
acessos aos recursos públicos. 
No entanto para verificarmos os casos na América Latina não precisamos ir até 
lá, pois ao redor do mundo o vírus tem se alastrado de maneira ampla e fatal 
como em alguns países europeus e outros continentes. Podemos destacar os 
Estados Unidos como o país com maior número de casos precisamente na 
cidade de Nova Iorque que contabiliza 49.707 de infectados, 10.590 
hospitalizados e mais de 1.562 mortos. Estes dados são oficiais e publicado no 
dia 02/04/2020. Ao analisar esses óbitos concluímos que os mais atingidos foram 
ás cidades com a maior concentração de negros como mostra o mapa abaixo. 
 
Isso: se comparamos ao distrito de Manhatan ao Bronx podemos verificar a 
tamanha disparidade não só nos números de mortos, mas, também nos 
diferentes moradores como negros, brancos, asiáticos, latinos e de origem 
indígena. Assim podemos observar o outro mapa da cidade do Rio de Janeiro 
 
 
nas zonas que não tem o acesso ao abastecimento de água, que tem como 
responsável a CEDAE.Inclusive já citei-la no começo do Dossiê. 
 
 
Neste gráfico o censo nos mostra as áreas mais vulneráveis de contaminação 
pela a covid-19 das zonas Oeste e Norte da cidade do Rio de Janeiro, afetadas 
pela a falta do abastecimento de água. A qual é um direito firmado em lei. 
O governo brasileiro teve como aprendizado ao que se revelava em torno da 
Itália e China como a organização de políticas transversais para o controle da 
pandemia no país, porém ele quis fazer do seu jeito para demonstrar sua 
autoridade, pondo milhões de brasileiros ao risco de perderem suas vidas, pelo 
simples fato de satisfazer seu ego e mostrar seu poder. A falta de amparo do 
Estado fez que muitos brasileiros tivessem suas vidas ceifadas enquanto ele 
assistia tudo de braços cruzados. Esse cenário vai contribuir com o aumento das 
desigualdades em todos os sentidos, racial, econômico em fim em toda a 
camada da sociedade como foi o caso da cidade de Nova Iorque nos Estados 
Unidos. 
 
“Vale ressaltar que os mapas acima só puderam ser desenvolvidos por conta de 
dados livres, disponibilizados por diferentes estâncias do Estado, tanto dos 
Estados Unidos, como do Brasil, entretanto, o atual Governo de Jair Bolsonaro 
tem demonstrado que prefere seguir o caminho contrário, como o 
estabelecimento da Medida Provisória 928/2020 que suspenderia o prazo de 
resposta sobre informações públicas durante a pandemia. Medida que logo 
depois foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal 
Federal, a pedido do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
(OAB). Através de dados abertos e informações públicas, conseguiremos 
 
 
pressionar Estados e Governos e termos um termômetro da atual pandemia que 
assola a população brasileira.” Edição: Mauro Ramos. 
 
O agravamento de doenças mentais durante a pandemia 
Entrevista 12/05/2020 
Pesquisa realizada em maio pela associação brasileira de psiquiatria (ABP) com 
cerca de 400 médicos de 23 estados e do Distrito Federal mostra que 89,2% dos 
especialistas entrevistados destacaram o agravamento de quadros em seus 
pacientes devido a pandemia da covid-19. 
 
 
 “O isolamento social mexe muito com a cabeça das pessoas”, em entrevista 
à Agência Brasil comentou o presidente da ABP Antonio Geraldo da Silva. 
De acordo com o levantamento divulgado nessa segunda-feira 11/05/2020, o 
aumento de paciente com sintomas de doenças mentais expandiu-se em 25% a 
mais desde o início da pandemia, comparado ao mesmo período do ano de 2019. 
Segundo relatos dos médicos psiquiatras entrevistados. Eles falaram também 
que os atendimentos vêm caindo nesses meses por conta do medo por parte 
dos pacientes pelo alto contágio do vírus. 
Mais da metade dos médicos salientam que além da demanda de novos 
pacientes que nunca apresentaram sintomas de doenças mentais antes, 
atendem também os pacientes que já tiveram alta médica, mas, que tiveram 
novamente os mesmos sintomas. 
 
 
Antonio Geraldo da Silva presidente da ABP já tinha alertado ao governo através 
de seu artigo o qual foi escrito em torno de uns quarenta dias antes, sobre um 
possível surgimento de uma quarta onda que seria as doenças mentais. 
Levando em consideração tais fatores epidemiológicos supracitados e coagidos 
pela imprensa gerada pelas notícias em torno da crise causada pela covid-19, 
tem havido uma diligência aprimorada, uma pesquisa minuciosa para a redução 
da transmissão homem a homem, priorizando populações de risco, gerando 
anseios e impactos em contextos de saúde da população, principalmente na 
saúde mental. 
Nesse sentido para além das patologias específicas causada pela covid-19 é 
importante considerar as condições de saúde mental da população diante das 
multiplicidades indireta que essa pandemia tem causado, uma vez que estudos 
recentes apontaram mudanças significativas no quadro de saúde mental da 
população em todo o mundo. Assim é preciso uma atenção especial as 
demandas psicológicas que pode se manifestar em decorrência do momento 
atual que o mundo enfrenta, salientando a necessidade de um olhar em especial, 
no sentido de preservar ao máximo possível a saúde psíquica. 
 
Estudo cita bairros de Fortaleza e diz que a pandemia tem “face mais cruel” 
em periferias. 
Entrevista publicada em 04 junho de 2020 
 
Análise publicada em forma de ensaio científico nos Cadernos de Saúde Pública 
da Fundação Oswaldo Cruz (Fio Cruz) e assinado por pesquisadoras de 
unidades da fundação e do Núcleo de Pesquisas Urbanas da Universidade do 
 
 
Estado do Rio de Janeiro (UERJ) dizem que a desigualdade no acesso 
a direitos básicos como saúde, saneamento e trabalho tornou a população 
negra e periférica mais vulnerável à pandemia de Covid-19, desmentindo ideia 
inicial de que as consequências da doença seriam igualmente sentidas na 
sociedade. 
O texto acrescenta que "a pandemia apresenta sua face mais cruel" nas 
periferias e favelas, e cita como um dos exemplos o bairro de Brasilândia, em 
São Paulo, onde taxas de contaminação e óbitos superaram as regiões centrais 
da cidade no fim de maio. Já em Fortaleza, no Ceará, a dinâmica de contágio 
se intensificou em bairros pobres como, Grande Pirambu e Barra do Ceará, 
depois da disseminação em bairros ricos turísticos. 
Destacamos a principal autora do ensaio pesquisadora Roberta Gondim, da 
Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da autarquia Fio Cruz, e suas 
parceiras às pesquisadoras Ana Paula da Cunha, Ana Giselle dos Santos 
Gadelha, Christiane Goulart Carpio, Rachel Barros de Oliveira e Roseane Maria 
Corrêa. Com a análise de dados de abril e maio, o texto cita o mito da democracia 
racial para comparar que uma ideia semelhante circulou quando foi repetido nos 
primeiros meses que a pandemia seria "democrática", dizendo que o vírus não 
escolhe entre ricos e pobres, os que não fizessem parte dos grupos em que a 
doença tem mais chances de apresentar suas formas mais graves, como idosos 
e doentes crônicos. 
 
"Ocorre que a realidade da classe trabalhadora de baixa renda, majoritariamente 
negra e moradora de territórios vulnerabilizados, é outra. São 
predominantemente trabalhadores precarizados, que não têm o privilégio de ficar 
em casa, em regime de trabalho remoto; que utilizam os transportes públicos 
superlotados; têm acesso precário ao saneamento básico; e estão na linha de 
frente do atendimento ao público no setor de serviços, incluindo os de saúde", 
descreve o ensaio. 
O resultado dessa análise exibe que, depois do vírus chegar ao Brasil por meio 
dos indivíduos de classe média e alta, ele se alastrou atingindo principalmente a 
população negra. Na Semana Epidemiológica 15 no período de 4 a 10 de abril, 
a população branca representava 73% das internações e 62,9% dos óbitos. 
Cerca de 45 dias depois, na Semana Epidemiológica 21, os dados mostram que 
brancos e negros a porcentagem era semelhantes em relação às 
 
 
hospitalizações. Já nos óbitos, a população negra passa a representar 57%, 
enquanto a branca representa 41%. 
O ensaio alerta que o fato de a proporção de negros ser mais significativa entre 
os óbitos que entre as hospitalizações "reforça a análise sobre a dificuldade de 
acesso dessa população aos serviços de saúde, principalmente os de maior 
complexidade, como os leitos de cuidados intensivos". Além disso, a pesquisa 
também mostra que há um alto índice de falta de registro racial e cor nos casos 
confirmados e óbitos por covid-19, embora de ser estabelecida a Portaria de n° 
344 de 2017 do Ministério da Saúde, determina que essas informações devem 
ser preenchidas obrigatoriamente, nos atendimentos em serviços de saúde. "A 
ausência do registro dessa variável também revela o racismo, nos moldes 
institucionais, pois impede que vejamos a verdadeira magnitude da exclusão da 
população negra". 
Cenário 
Esse cenário as pesquisadoras relacionam com o enfrentado pela população 
negra nos EstadosUnidos, que também teve uma história marcada pela 
escravização de povos africanos. O estudo menciona a cidade de Chicago, onde 
29% eram representados por povos negros e o percentual das mortes por covid-
19 eram bastante elevadas chegando a 70% até a primeira semana de abril. 
"A população negra norte-americana, em comparação à branca, tem os piores 
indicadores de saúde: menor expectativa de vida ao nascer, maior proporção de 
pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, maiores taxas de mortalidade 
infantil, maior taxa de mortalidade relacionada à diabetes, dentre outros", cita o 
ensaio, que aponta uma diferença: "O Brasil conta com um sistema universal de 
saúde, com o pressuposto de cobrir as necessidades de saúde de toda a 
população. Entretanto, também apresenta grandes disparidades nos indicadores 
sociais, em face das desigualdades sociorraciais". 
O ensaio também traz dados coletados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) que mostram a crescente desigualdade social e econômica 
entre negros e brancos no Brasil, como o acesso ao saneamento básico, com o 
percentual de 12,5% dos negros e 6% dos brancos que vivem em locais sem 
coleta de lixo no país; 17,9% dos negros e, 11,5% dos brancos não que têm 
abastecimento de água por rede geral; e 42,8% dos negros e 26,5% dos brancos 
que não possuem esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial em casa. 
 
 
Esses dados chegam ser vergonhosos, fica evidente o preconceito, o racismo e 
a desigualdade sofrida pela população negra no nosso país e no mundo. 
O aprofundamento das desigualdades sociais e, a má redistribuição de renda 
tem contribuído muito para a dimensão da miséria, impossibilitando a população 
o acesso aos serviços essenciais para a manutenção á vida. A pobreza, a 
desigualdade, o preconceito entre outras questões sociais, são assuntos 
amplamente discutidos nos âmbitos acadêmicos, instituições, órgãos entre 
outras diversas áreas na busca de entendimentos, resoluções e soluções para 
essas demandas da questão social. 
 
Desigualdade social cai no Brasil, mas continua vergonhosa 
Entrevista 07/07/2020 
 
 
A PNAD Contínua constata que índice de GINI teve discreta melhoria, de 2018 
para 2019, mas outros dados sobre a população ainda mostram uma mesma 
distância entre ricos e pobres, que vão pagar a pesada conta a ser trazida pela 
pandemia. 
Apesar dessa notícia anunciar uma leve queda na desigualdade social, o Brasil 
precisa melhorar e muito na esfera econômica, pois a desigualdade financeira é 
a que mais afeta a camada da sociedade mais pobre do Brasil. A recuperação 
da economia em termos de renda, vem perdendo a força com o surgimento da 
pandemia. 
Segundo as pesquisas da PNAD a desigualdade vinha caindo aproximadamente 
um terço em 2019 se comparado ao ano de 2018. 
 
 
O diretor da FGV social, Marcelo Neri afirma que apesar do declínio da 
desigualdade social, ela ainda é muito grande seu efeito pesa na saúde e na 
educação. “Temos uma série de custos sociais causados por ela.” Uma boa 
ilustração disso tudo é a pandemia do coronavírus que veio com força total 
afetando principalmente os grupos sociais mais pobres, deixando-os cada vez 
mais vulneráveis, dentro deste contexto sócio-econômico que o país esta 
passando. 
A analista do IBGE Alessandra Brito também da sua colaboração na entrevista, 
onde explica que o Brasil é um dos países com o índice de GINI mais alto do 
mundo segundo as pesquisas. Ela ainda complementa que apesar dessa 
simples melhora na desigualdade, o índice do país sempre foi muito alto, diz 
também que esse “cenário é resultado de um país historicamente desigual.” 
Essa desigualdade entre as camadas sociais podem ser percebida na má 
distribuição de renda, enquanto metade da população recebe R$ 820,00 
mensalmente para suprir suas necessidades, apenas 1% têm o rendimento 
médio de quase R$ 30.000 reais mensais, deixando nítida a má distribuição de 
renda e a falta de infra-estrutura, o preconceito racial, de gênero entre outros 
que agrava ainda mais essa situação. 
Em números alarmantes estão inseridos neste contexto os poucos instruídos e 
analfabetos. Apesar de acharem que a educação não influencia na vida das 
pessoas, as pesquisas estão aí para mostrar que esse pensamento não é 
legítimo, pois os índices comprovam que indivíduos com pouca ou sem nenhuma 
instrução, recebe cerca de R$ 980,00 mensalmente que é equivalente a um 
salário mínimo, enquanto indivíduos que possuem ensino superior recebem 
cerca de R$ 5.108 mensais. Deixando claro que a educação faz uma enorme 
diferença, possibilitando o acesso as pessoas a terem uma vida financeira 
tranqüila. 
 
 
 
Gratidão por tudo!

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