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Resenha texto O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS CAPITALISTAS, de Ângela Santana do Amaral e Monica de Jesus Cesar, 2009.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
HELENA SILVA CUNHA
Prof.ª NAIRES RAIMUNDA GOMES FARIA
FUNDAMENTOS HISTÓRICO E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO S.S III
Resenha texto O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS CAPITALISTAS, de Ângela Santana do Amaral e Monica de Jesus Cesar, 2009.
	O sistema capitalista se desenvolve de maneiras diferentes ao longo do tempo. Isso por que há a necessidade de adequações do sistema, baseadas na conjuntura e elementos em seu entorno. Estas mudanças, podem ser encontradas, “seja na organização da produção, nos processos de trabalho, seja nas formas de intervenção estatal que dão amparo a essas mudanças” (CESAR e AMARAL, 2009, pg.1). Com base nisso, o texto apresenta que a partir da década de 80, inúmeras transformações passam a ser percebidas relacionadas ao trabalho, como o aumento da terceirização, margem para uma mais expressiva precarização no trabalho e nas leis trabalhistas, entre outros. Estabelece estas questões visando atingir o fim primordial do capitalismo: um maior lucro. É neste cenário que “parece surgir um conjunto diverso de frentes de trabalho para o assistente social nas empresas” (CESAR e AMARAL, 2009, pg.2), atuando diretamente em questões relacionadas aos seus trabalhadores, como na área de recursos humanos, relacionadas ao desenvolvimento deste trabalho, etc., inseridas em processos macrossociais.
	O período em que houve mais visível incidência de assistentes sociais em empresas, na década de 80, não se deu pelo acaso. Este período foi marcado por uma maior mobilização por parte dos trabalhadores, ocasionando em manifestações, na criação de sindicatos e partidos que apresentavam as insatisfações destes e expressavam demandas, etc. Atrelado a isto, tem-se no serviço social eventos, como o Congresso da Virada, que ansiavam pela ruptura do conservadorismo na profissão e alterações em suas práticas, e que culminaram com alterações importantes no modo de se fazer a profissão, “organicamente articulado às necessidades sociais das classes subalternas” (CESAR e AMARAL, 2009, pg. 3).
As contradições geradas pelo capitalismo, que desencadeia conflitos, fizeram da profissão figura de protagonismo para a mediação destes conflitos. Logo, por um lado atenderia as demandas do capitalismo, e por outro lado, as dos trabalhadores, simultaneamente. Vale ressaltar que estes objetivos se davam para haver um maior controle social, controlar as insatisfações, e possibilitar uma maior produtividade, e não por um desejo por parte das empresas de melhorar a qualidade de vida de seus funcionários. Deste modo, “ao final dos anos 80 e início dos anos 90[...]parte do setor industrial brasileiro já tinha realizado os ajustes e reformas organizacionais como parte das estratégias de integração econômica à dinâmica capitalista” (CESAR e AMARAL, 2009, pg.5). O texto aponta também que após o entendimento de quais eram as demandas, as respostas a estas viriam internamente, de comissões.
É a partir dos anos 90, principalmente, que “o processo de reestruturação produtiva inflexiona as políticas de recursos humanos” (CESAR e AMARAL, 2009, pg.9). Dentro das empresas, os profissionais ainda desenvolvem o caráter educativo, relacionadas a questões que possibilitem uma adequação aos processos de trabalho e melhorem a produção. Desta forma, percebe-se uma linearidade no ‘velho’ com o ‘novo’, ou do ‘ tradicional’ com o ‘moderno’. Dentro disto, programas passam a ser desenvolvidos, como o programa de qualidade de vida e os programas participativos.
Mediante tudo isso, o trabalho do assistente social nas empresas “é requisitado para atuar nas situações de trabalho que interferem na produtividade das empresas e nas suas necessidades de reprodução material e de sua família” (CESAR e AMARAL, 2009, pg.16), ocorrendo também a atuação em projetos. Levando em consideração que se por um lado o assistente social é encarado como trabalhador liberal, já que possui certa autonomia, deve-se compreender igualmente que este não é detentor das ferramentas necessárias para o seu exercício. E possui conhecimento necessário para a realização da pratica, mas encontra-se subordinado ao local que o emprega. Neste caso, a empresa privada. Concomitantemente, entende-se que este age conforme as normas e diretrizes de seu empregador. Porém, há profissionais que não se atem apenas a isto, “vários profissionais formulam críticas às ações e programas desenvolvidos pelas empresas” (CESAR e AMARAL, 2009, pg. 17), onde analisam e denunciam exploração, alienação, rivalidade, manipulação, entre outros. Logo, pode-se dizer que embora inseridos na empresa capitalista, “é possível direcionar o exercício profissional para os interesses fundamentais dos trabalhadores, em contraposição aos interesses de lucratividade e rentabilidade dos empresários” (CESAR e AMARAL, 2009, pg.18).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CESAR, Monica e AMARAL, Ângela. O Trabalho do Assistente Social nas Fundações Empresariais. In: Curso de Especialização: direitos sociais e competências profissionais – UNB/CEFESS/ABEPSS. Brasília, 2009
	 
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