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APX1 Espaços Sociais Formação Humana_2021-1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação Presencial 1 (APX1) – 2021.1
DATA LIMITE DE ENTREGA – 25/04 - 19h
Disciplina: Espaços Sociais de Formação Humana	
Coordenadora: Sônia Beatriz dos Santos
Aluno (a): NOTA 9,0
1. Em seu texto Machado (2008) busca fazer um resgate histórico do conceito e da prática da Pedagogia Social e demonstra como ela está organizada e concebida em vários países. Com base na leitura do texto, indique qual a relação de Paulo Freire com a Pedagogia Social? E discuta que aspectos deste modelo de pedagogia a autora considera importante para a constituição e atuação de um Educador Social nos diversos espaços sociais de formação humana?
 (3,0)
Paulo Freire é o representante nacional da Pedagogia Social e reconhecida internacionalmente nesta perspectiva, e os modelos de educação escolar popular com abordagem teórica desenvolvida por ele para a educação de adultos na década de 60, difundiu-se e influenciou nas campanhas de alfabetização e na educação em geral. Com uma pedagogia não autoritária, a Pedagogia do Oprimido tem como objetivo central a conscientização como condição para transformação social, implicações políticas que transcendem a educação escolar. A necessidade de aprofundar discussões, ampliar domínio de conhecimentos teóricos e investir em pesquisas na área da Pedagogia Social, um dos desafios à formação profissional. Como alternativa à superação de práticas e intervenções socioeducacionais determinadas pelo senso comum e apenas pela cultura escolar. O mais relevante é o compromisso que se possa assumir na busca da utopia da construção de uma sociedade includente mais humana ética e justa política e socialmente. Dessa forma a estrutura social e envolvimento de pessoas em projetos educacionais, como programas a população indígenas; programas de pesquisa participativa em ação ao resgate à cultura; programas de participação comunitária; programas de educação popular relacionadas a questão de terra, rural e agrária; programas de formação política por meio de recursos e atividades educacionais, alfabetização e necessidades de classes marginalizadas, para organização e mobilização na contestação de estruturas sociais e o poder do Estado. 
					
1. Moura e Zuchetti (2006) problematizam o conceito de Pedagogia Social, fazendo uma comparação entre o seu emprego em países da Europa e as práticas de educação não escolar construídas e consolidadas no Brasil. A partir deste exercício de comparação, as autoras puderam identificar e problematizar o que nomearam como convergências e/ou divergências existentes entre os pressupostos teórico-filosóficos e metodológicos da Pedagogia Social e das práticas de educação não escolar construídas e consolidadas no Brasil. Com base no texto descreva e discuta esses aspectos explorados pelas autoras.
(3,0)
As autoras problematizam e comparam o texto o termo Pedagogia Social utilizado na Europa (Espanha e Portugal) com as práticas de educação não escolar presentes no Brasil. Elas defendem a Pedagogia Social como um campo de conhecimentos transversais às práticas de educação não escolar e apontam que na Europa a Pedagogia Social tem origem na educação social, voltada para aqueles que viviam em situação de vulnerabilidade. Neste contexto, as experiências obtidas nestas ações tornaram-se base para a construção de uma teoria filosófico metodológica, tornando esta prática uma profissão direcionada para educação de adultos, a educação especial, a educação na terceira idade, a educação para sujeitos em dificuldades de adaptação social, tendo como meta dar respostas educativas aos desafios sociais, define-se pela atuação em caráter socioeducativo de intervenção primária, secundária e terapêutica. Elas concluem que a pedagogia social na Europa, como ciência prática e orienta-se por valores, sustentada pelos princípios de uma sociedade democrática, dispondo sua orientação para a ação socioeducativa na perspectiva da integração social. Quanto à educação não escolar no Brasil as autoras tomam como base inicialmente, a reflexão sobre o que cabe ou não ser definido como educação e seus espaços de atuação, destacando a imagem recorrente de falha, de ausência, de hiatos na educação, impelindo a uma ação assistencial, compensando essas carências. Apontam que atualmente, as práticas de educação não escolar no Brasil têm perdido as características de transformação social e de parceria com o povo e tem assumido uma conduta de educação para o povo, com ações pontuais sem a real participação daqueles para os quais se destina a educação social. São ações de inclusão, de resposta instantânea a carência e não levam em consideração os estudos necessários para uma prática efetiva de educação social. Destacam que a postura do educador social também tem se transformado, sendo atualmente pessoas sem engajamento social, estagiários e voluntários que estão nestes espaços profissionalmente, exercendo uma função pré-determinada, pouco reflexiva sobre as concepções sociais presentes neste contexto de atuação. Estes pontos demonstram a fragilidade do espaço de educação não escolar na atualidade, sendo necessário o desenvolvimento de uma visão mais ampliada da educação, reconhecendo-a e valorizando-a em seus diversos espaços de atuação. Encerram destacando a importância de estabelecer bases teóricas para a ação de educação não escolar, que reflitam diariamente sobre a sociedade, suas mudanças e sobre os fatores determinantes dos quadros sociais vistos atualmente.
1. O estudo de Santana, Doninelli, Frosi e Koller (2004) teve como propósito descrever instituições de atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua da cidade de Porto Alegre por meio da análise de documentos escritos produzidos por estes locais e das respostas de um questionário aplicado aos dirigentes institucionais. A partir desta análise, foi possível uma melhor compreensão dos serviços de atendimento, que são importantes contextos desenvolvimentais para os meninos e meninas em situação de rua. Os resultados demonstram haver contradições entre os documentos e a realidade institucional, quais as razões apontadas pelas autoras para a ocorrência desta situação? Discuta como as instituições devem se organizar para lidar com a questão das crianças e dos adolescentes em situação de rua e qual deve ser a atuação da(o) pedagoga(o) nestes espaços. E qual a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990 neste processo de organização dos serviços destas instituições e de seus profissionais educadoras(es) para lida com esta população infanto-juvenil?
 (4,0)
O texto relata que as instituições de atendimento para crianças e adolescentes em situação de rua atuam em resposta a transferência de responsabilidade da sociedade de forma a resolver esta consequência gerada por problemas sociais. As instituições foram criadas com o intuito de retirar esses sujeitos da exposição nas ruas, assumindo o papel de “depósito” dessas pessoas, para detê-las e corrigi-las. Com a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, essas características foram alteradas, mas até hoje não atingem plenamente as exigências do estatuto. O texto aponta criticamente a ideia que permeia a função destas instituições pretendida pela sociedade, a de esconder estas crianças e adolescentes em um espaço longe dos olhos da sociedade, diminuindo assim suas responsabilidades diante desta situação. Sob o ponto de vista dos assistidos estas instituições apresentam uma importância ímpar no apoio social e afetivo. São espaços em que há um envolvimento entre os jovens e os funcionários que os acompanham, formando uma rede de apoio social e afetivo dos atendidos. O objetivodestas instituições é a promoção da cidadania, “superação da condição de violação de direitos e deveres”, “reconstrução de identidade social” e “ingresso na comunidade”. Cabe aos educadores conhecerem amplamente os objetivos dessas instituições, compreender como estes podem e devem ser transformados em ação diária, estabelecer um diálogo constante com toda a equipe de maneira a promover um espaço para avaliação crítica dos caminhos tomados, estabelecimento novas metas e construção de registros e documentos de toda trajetória. É imprescindível que este profissional conheça o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), atuando na promoção da cidadania e na defesa dos direitos e deveres das crianças e adolescentes. Para tanto, torna-se fundamental o enfrentamento de problemas como a rotatividade dos dirigentes, a descontinuidade do trabalho, as diversas formas de atendimento, a inadequação da estrutura física dos espaços, a incompatibilidade de horários de atendimento com as necessidades dos sujeitos, a ausência de registro do trabalho realizado, entre outros.
Referências
MACHADO, Evelcy Monteiro. A pedagogia social: diálogos e fronteiras com a educação não formal e educação sócio comunitária. Cidade_seminformação, 2008. 
MOURA, Eliana e ZUCHETTI, Dinora Tereza. Explorando outros cenários: educação não escolar e pedagogia social. Educação Unisinos, vol. 10 (3): 228-236, set./dez, 2006. 
SANTANA, Juliana Prates; DONINELLI, Thaís Mesquita; FROSI, Raquel Valiente; KOLLER, Sílvia Helena. Instituições de atendimento a crianças e adolescentes de rua. Psicologia & Sociedade; 16 (2): 59-70; maio/ago. 2004.

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