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EntreFrases - Redação_VOLUME3

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1
Caro aluno 
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe-
ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos 
de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto 
contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de 
material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A 
seguir, apresentamos cada seção:
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidadosa 
seleção de conteúdos multimídia para complementar o repertório 
do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreensão, com 
indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc. Tudo isso é en-
contrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos 
temas estudados – há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até 
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, com conteúdos 
essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, 
em uma seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais 
o conhecimento do nosso aluno.
multimídia
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu 
distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão 
de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas 
para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para 
evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida 
a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma 
preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre 
aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em 
seu dia a dia.
vivenciando
Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao 
fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o 
aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas 
na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm, 
a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de 
Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são 
apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva 
e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia. 
Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a 
apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resolvê-
-las com tranquilidade.
áreas de conhecimento do Enem
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria-
mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los 
em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de Ideias”, para aque-
les que aprendem visualmente os conteúdos e processos por meio 
de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas.
Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo 
da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos 
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organiza-
ção dos estudos e até a resolução dos exercícios.
diagrama de ideias
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é ela-
borada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que trata 
de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares atuais não 
exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos 
conteúdos de cada área, de cada disciplina.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem 
conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como Bio-
logia e Química, História e Geografia, Biologia e Matemática, entre 
outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato com essa realidade 
por meio de explicações que relacionam a aula do dia com aulas 
de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizan-
do temas da atualidade. Assim, o aluno consegue entender que 
cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz parte de uma 
grande engrenagem no mundo em que ele vive.
conexão entre disciplinas
Herlan Fellini
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol-
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos 
principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo 
o território nacional.
incidência do tema nas principais provas
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção 
tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques-
tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com-
pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas 
que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua-
dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados 
e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno 
que vai se dedicar à rotina intensa de estudos.
teoria
Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem 
parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compilados, 
deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e comenta-
dos, fazendo com que aquilo que pareça abstrato e de difícil com-
preensão torne-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos 
do aluno. Por meio dessas resoluções, é possível rever, a qualquer 
momento, as explicações dadas em sala de aula.
aplicação do conteúdo
2
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.
Autores
Emily Cristina dos Ouros
Murilo de Almeida Gonçalves
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista 
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica 
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Imagens
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
ISBN: 978-65-88825-03-7
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo 
o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos 
direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
sentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2020
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
3
SUMÁRIO
ENTRE FRASES
Aula 18: Interdisciplinaridade na redação 4
Aula 19: Inadequações na linguagem I 8
Aula 20: Inadequações na linguagem II 11
Aula 21: Imprecisões comuns em redações de vestibular: proposta temática e coletânea 15
Aula 22: Imprecisões comuns em redações de vestibular: estrutura 18
Redações extras 22
4
 InterdIscIplInarIdade na redaçãoAULA 
18
InterdIscIplInarIdade na redação
A interdisciplinaridade costuma ser definida como a tentativa do homem de propor a interação entre dois ou mais 
campos do conhecimento, através da relação de saberes que podem ser aproximados. Nesse sentido, ao pensarmos na inter-
disciplinaridade na prova de redação, tratamos das referências a outros campos do conhecimento que podem ser utilizadas 
para fortalecer os argumentos desenvolvidos ao longo do texto ou ainda para realizar a introdução do tema.
Em se tratando da prova do ENEM, essa dimensão ganha ainda mais proeminência, já que que a competência 2 exige que 
os alunos demonstrem capacidade de “aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema”. Emoutras palavras, a prova requer que os alunos relacionem a discussão temática com informações de outros campos do saber, 
buscando articular essas informações com posicionamento adotado pelo candidato.
Portanto, para ter um bom desempenho na redação e conseguir pontuação máxima nos critérios de repertório e interdis-
ciplinaridade, é fundamental que o aluno seja interessado em compreender o mundo atual a partir de diferentes campos 
do conhecimento. A leitura constante de periódicos de referência e de textos literários e o contato frequente com conceitos 
sociológicos, filosóficos e históricos garantem uma excelente articulação entre a vida social cotidiana e outras áreas do saber. 
Desse modo, fique atento: procure sempre estabelecer relações entre os temas que você discute nas aulas de redação e o 
conhecimento teórico ou repertório cultural que você já possui. Veja se esses cruzamentos podem reforçar os argumentos 
que você quer defender. 
1. Como utilizar as referências? 
É sempre preciso lembrar que os conhecimentos das outras áreas – embora importantes para atingir a pontuação máxima 
nos exames – não dever determinar quais argumentos você discutirá em seu texto. Em outras palavras: é o argumento que 
seleciona a referência e não a referência que seleciona o argumento. Você incluirá uma citação ou uma analogia na redação 
apenas se elas estiverem relacionadas aos argumentos discutidos ou à temática proposta (uso de referências na introdução).
Cuide para que seu texto não se torne um amontoado de informações desconexas de suas ideias, conforme ressalta o ma-
nual do ENEM:
Utilize informações de várias áreas do conhecimento, demonstrando que você está atualizado em relação ao que acontece no 
mundo. Essas informações devem ser usadas de modo produtivo no seu texto, evidenciando que elas servem a um propósito 
muito bem definido: ajudá-lo a validar seu ponto de vista. Isso significa que essas informações devem estar articuladas à dis-
cussão desenvolvida em sua redação. Informações soltas no texto, por mais variadas e interessantes, perdem sua relevância 
quando não associadas à defesa do ponto de vista desenvolvido em seu texto. 
Redação no enem 2018 - CaRtilha do paRtiCipante
2. Qual é o critério para selecionar as referências?
Observe se a relação estabelecida, de fato, possui semelhanças com o tema ou argumento discutido: Lem-
bre-se de que não vale “forçar a barra”, isto é, realizar uma aproximação simples e gratuita da temática discutida e a 
referência citada.
Dê preferência a autores com maior visibilidade em suas áreas: A validade dos seus argumentos também consi-
dera a qualidade e pertinência do repertório utilizado. Na dúvida, lembre-se sempre dos autores e conceitos abordados nas 
outras disciplinas do vestibular, como: geografia, física, filosofia, sociologia, história, literatura etc. 
5
Tenha certeza do nome do autor/obra/conceito que deseja utilizar: Caso decida tecer a comparação, esteja seguro 
das informações apresentadas. Cuidado para não confundir os nomes dos autores, como “Álvares de Azevedo” (2ª geração 
da poesia romântica) com “Aluísio Azevedo” (escritor naturalista); ou ainda, atribuir incorretamente a autoria de discursos: 
a oração “Governar é construir estradas”, por exemplo, é de Washington Luís, e não de Juscelino Kubistchek como muitos 
costumam afirmar. 
Fuja de citações “guarda-chuva”: Os bons alunos devem estabelecer relações, comparar os textos e não adequar o 
discurso para “caber” num repertório.
3. Áreas do saber comuns nas redações de vestibular
1.Literatura
 Não é preciso mostrar ao corretor que você leu os romances ou poesias aos quais você faz referência. Mencione apenas 
aquilo que é necessário para tecer a comparação. E cuidado: deixe claro que se trata de uma obra de ficção. 
George Orwell, em sua célebre obra “1984”, descreve uma distopia na qual os meios de comunicação são controlados 
e manipulados para garantir a alienação da população frente a um governo totalitário. Entretanto, apesar de se tratar de 
uma ficção, o livro de Orwell parece refletir, em parte, a realidade do século XXI, uma vez que, na atualidade, usuários da 
internet são constantemente e influenciados por informações previamente selecionadas, de acordo com seus próprios dados. 
Nesse contexto, questões econômicas e sociais devem ser postas em vigor, a fim de serem devidamente compreendidas e 
combatidas.
tReCho extRaído de Redação nota mil do enem 2018. Fonte: CaRtilha Redação a mil.
2. Sociologia/ filosofia
Ao sustentar seus argumentos por meio de um repertório sociológico ou filosófico, não se esqueça de relacioná-los ao con-
texto que você está estabelecendo. Não deixa a informação solta, e cuide que sua relação não seja tão distante da temática 
abordada.
Em primeiro plano, urge analisar a falta de criticismo dos usuários mediante a internet. Nesse contexto, a falta de per-
cepção crítica acerca das informações adquiridas nas redes por parte dos indivíduos implica uma falsa ideia de liberdade 
de escolha, já que os meios de comunicação definem a noção de mundo dos seus usuários. Com efeito, tal conjuntura 
é análoga a “menoridade intelectual”, proposta por Kant, a qual caracteriza a falta de autonomia dos indivíduos sobre 
seus intelectos, uma vez que a sociedade torna-se refém da manipulação de dados da internet e, consequentemente, tem 
seu comportamento moldado.
tReCho extRaído de Redação nota mil do enem 2018. Fonte: CaRtilha Redação a mil.
3. História
Ao se valer de dados históricos na redação, procure estabelecer relações temporais próximas. Evite temporalidades muito 
distantes, ou ainda contextos muito diferentes, como comparar a pré-história com a atualidade. Sempre busque relações 
possíveis em que, realmente, haja uma semelhança com o contexto/argumento discutido.
Em meados do século XX, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi desenvolvida a internet. A princípio, tal fer-
ramenta tinha como objetivo facilitar a comunicação bélica e, por isso, era restrita a um determinado grupo de pessoas. 
Entretanto, após o término da guerra a internet foi difundida e alcançou novos públicos. Além disso, foram atribuídas novas 
funções à ferramenta que contribuíram para sua popularização. Atualmente, a tecnologia virtual faz parte da vida da maior 
parte da população brasileira, seja para lazer, seja para trabalho. Contudo, embora a internet ofereça acesso a todo tipo de 
conteúdo, ela se vale de mecanismos de controle de dados que manipulam a disposição das informações. Dessa maneira, 
em razão do Capitalismo e do ensino tradicionalista, a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados 
da internet torna-se evidente e problemático.
tReCho extRaído de Redação nota mil do enem 2018. Fonte: CaRtilha Redação a mil.
6
4. Estratégias para o emprego das citações
Além de entender os critérios de seleção das referências e também as áreas mais comuns de serem abordadas na redação, é 
importante conhecer estratégias textuais que poderão garantir um bom uso de citações dentro do texto. Para isso, é preciso 
diferenciar os tipos de citação que são feitas nas redações:
Citação direta
Trata-se do ato de inserir dentro do texto a reprodução exata das frases escritas ou ditas pelo autor citado. Ao empre-
gá-la, é fundamental usar as aspas para marcar a abertura e o fechamento dessa citação, além de mencionar – antes 
ou depois da referência – o nome do autor e, se possível, outro detalhe sobre o contexto, como o nome do conceito, 
da obra, ano de publicação, etc. 
Decerto, o processo de urbanização brasileiro ocorreu de forma acelerada e desorganizada, provocando o surgimento 
de aglomerados no entorno dos centros urbanos. Diante dessa conjuntura, essas periferias sofrem, de modo geral, his-
tóricas negligências governamentais, como a escassez de infraestrutura básica, de escolas e de hospitais. Não obstante, 
tais regiões também carecem de espaços de lazer, como os cinemas, que, majoritariamente, concentram-se nas áreas 
centraise de alta renda das cidades. Assim, corrobora-se a teoria descrita pelo filósofo francês Pierre Lévy 
de que “toda nova tecnologia gera seus excluídos”. Portanto, o cinema, sendo uma i novação técnica, promove 
a segregação dos indivíduos marginalizados geograficamente. 
tReCho extRaído de Redação nota 1000 disponível na CaRtilha Redação a mil 2.0
Citação Indireta
A citação indireta é caraterizada pela paráfrase de conceitos, ideias ou frases de outros autores. Nesse caso, esses 
conceitos devem ser mencionados a partir das próprias palavras do aluno, e, portanto, não requerem o uso de 
aspas.
Ademais, uma análise dos métodos da educação nacional é necessária. Nesse sentido, observa-se uma insuficiência de 
conteúdos relativos à aproximação do indivíduo com a cultura desde os primeiros anos escolares, fruto de uma educa-
ção tecnicista e pouco voltada para a formação cidadã do aluno. Dessa forma, com aulas voltadas para memorização 
teórica, o sistema educacional vigente pouco estimula o contato do estudante com as diversas formas de expressão 
cultural e artística, como o cinema, negligenciando, também, o seu potencial didático, notável pela sua inerente na-
tureza estimulante. Tal cenário reforça a ideia da teórica Vera Maria Candau, que afirma que o sistema 
educacional atual está preso nos moldes do século XIX e não oferece propostas significativas para as 
inquietudes hodiernas. Assim, com a carência de um ensino que desperte o interesse dos alunos pelo cinema, a es-
cola contribui para um afastamento desses indivíduos em relação ao cinema, o que constitui um entrave para que eles, 
durante a vida, tornem-se espectadores ativos das produções cinematográficas brasileiras e internacionais.
tReCho extRaído de Redação nota 1000 disponível na CaRtilha Redação a mil 2.0
Há outro detalhe importante na hora de fazer citações e de articulá-las ao texto que você está escrevendo: existem alguns 
elementos textuais que aparecem com frequência nessas apresentações. Conhecer tais recursos pode te ajudar a fazer as 
citações e a integrá-las a seu texto de modo mais eficaz. Observe a lista abaixo: ela contém sugestões de escrita de cita-
ções que auxiliam na escrita da introdução ou do desenvolvimento do parágrafo de argumentação.
APRESENTE A IDEIA DO AUTOR... ... E CONECTE ESSA IDEIA À SUA DISCUSSÃO
A filósofa X aborda.. Essa mesma relação ocorre, atualmente, quando...
O autor Y ressalta... Todo esse processo também está presente na sociedade...
A socióloga Y aponta...
O conceito da autora pode ser aplicado à 
sociedade contemporânea ao se pensar nas...
7
O historiador Z afirma... A ideia defendida pelo autor pode ser relacionada ao...
OU
APRESENTE SUA IDEIA CONECTE SUA IDEIA ÀS IDEIAS DO AUTOR 
Isso porque a população negra, pobre e periférica 
possui poucas oportunidades de cursar o ensino 
superior e de ingressar no mercado de trabalho formal 
brasileiro, sendo impedida, assim, de ocupar cargos 
e posições sociais de destaque na sociedade.
Essa condição torna evidente o quanto o país 
ainda exclui esse grupo social e nega a ele direitos 
mínimos, o que corrobora a tese do sociólogo 
Florestan Fernandes de que tal população jamais 
foi devidamente integrada à sociedade brasileira.
Deve-se a isso o fato de a internet também ter dado voz a 
grupos que – sem formação ou embasamento científico – 
passam a utilizar excelentes recursos digitais e acessíveis 
para disseminar informações falsas ou discursos de ódio. 
Tal cenário confirma o pressuposto do sociólogo 
Edgar Morin ao mencionar que “a forma como produzimos 
saber também produz ignorância ”, pois ao tentar se 
ampliar o conhecimento, as redes também intensificam...
Isso porque, muitas vezes, parte dos usuários 
compartilha comportamentos engajados com objetivo 
de receber “curtidas”, sem necessariamente estar 
atento a tais questões na prática. Um exemplo disso 
é a grande quantidade de pessoas que – nas redes 
sociais – postam imagens do próprio perfil em apoio 
determinadas causas, mostrando interesse em evidenciar 
seu posicionamento e serem reconhecidas por isso.
Essa situação corrobora a concepção do filósofo francês 
Guy Debord de que na sociedade contemporânea “tudo o 
que era vivido diretamente tornou-se uma representação”, 
já que, neste caso, o real engajamento permanece 
restrito ao ambiente virtual, funcionando apenas como 
forma de moldar a aparência desejada pelos sujeitos. 
8
 Inadequações na lInguagem IAULA 
19
Inadequações na lInguagem I
Esta e a próxima aula têm o objetivo de descrever algumas das principais inadequações no uso da língua portuguesa em 
textos de vestibular. Esses usos, apesar de comuns, precisam ser evitados, já que destoam do emprego culto da escrita exigi-
do na maioria dos exames. Portanto, fique atento à sua redação e releia-a sempre, supervisionando com atenção e cuidado 
as escolhas lexicais da composição do texto. 
1. Linguagem coloquial
Durante a escrita da redação, seja pelo nervosismo ou pela falta de vocabulário em mente, muitos alunos constroem senten-
ças recheadas de coloquialismos, isto é, uso de termos da modalidade informal, geralmente associados à língua 
falada. Para evitar essas construções, é preciso aprender a reconhecer o uso da coloquialidade dentro do texto e possuir 
bom repertório lexical capaz de substituir tais inadequações.
Observe os usos empregados abaixo e suas respectivas possibilidades de correção.
INADEQUADO ADEQUADO
O problema se dá porque ... O problema ocorre em virtude
Um dos grandes desafios é que muitas pessoas são 
preconceituosas ...
Um dos grandes desafios é o fato de muitas pessoas 
reproduzirem preconceitos...
O Estado tem que elaborar propostas... O Estado deve elaborar propostas...
Muitos alunos se deixam levar pelas propagandas... Muitos alunos são induzidos pelas ...
Essa situação acaba acontecendo... Essa situação ocorre...
A manipulação, cada vez mais, está sendo baseada... A manipulação, cada vez mais, é baseada...
A medicina alternativa irá ser uma medida positiva... A medicina alternativa é/será uma medida positiva...
Boa parte dos professores desiste de lecionar, coisa que 
tem ocorrido com certa frequência...
Boa parte dos professores desiste de lecionar, o que 
ocorre com certa frequência...
Está mais do que comprovado que as empresas ignoram... Muitas empresas ignoram...
A nível de esporte, o futebol é ... Em se tratando de esporte, o futebol é... 
Em outros tópicos desta e da outra aula, você verá mais casos da coloquialidade. 
2. Clichês
O clichê é uma palavra ou expressão que apresenta um senso comum em uma língua. Nas redações de vestibular, tais cons-
truções surgem com o intuito de impressionar o corretor e causar um efeito positivo na leitura do texto. No entanto, elas ape-
nas o depreciam, já que o uso constante e cristalizado não surpreende e nem inova a ideia construída ao longo da redação. 
Exemplos de clichês comuns no vestibular:
É fundamental que a sociedade reúna todas as suas forças e combata a desigualdade...
Só assim, a sociedade poderá viver cheia de esperanças...
É preciso pensar positivo nas questões
Portanto, ainda há uma luz no fim do túnel. Basta que o governo federal atue... 
9
Essa relação é extremamente importante para a ....
É preciso criar coragem, e enfrentar os problemas... 
3. Adjetivos inadequados
Muitas vezes, no momento da construção das opiniões dentro de uma redação, alguns alunos empregam adjetivos inade-
quados ao texto dissertativo-argumentativo exigido nos exames. Essas palavras denotam apenas a emoção do autor, sem 
cumprir sua função de atribuir uma avaliação, a ser comprovada pelos argumentos apresentados. 
Adjetivos a serem evitados nas construções argumentativas:
É absurda a negligência por parte do Estado...
Essas situações são fruto do puro descaso das empresas... 
Essa tragédia trouxe prejuízos incalculáveis e inestimáveis para a população....
É incrível a capacidade dos sujeitos de fingir em determinadas situações...
Essa é a tristesituação em que vivem milhares de moradores da...
Grande parte dos trabalhadores são submetidos a terríveis condições de vida... 
O cenário do tráfico humano, no Brasil, é cruel...
Adjetivos bons para o texto as construções argumentativas
Boa parte do Estado é negligente ao negar o direito...
Isso ocorre em virtude de políticas públicas ineficazes...
Parte da sociedade é conivente com as ações...
As ações vinculadas à cultura são inexpressivas...
A adoção de uma postura crítica é essencial aos sujeitos...
Há uma publicidade abusiva que leva milhares de consumidores a...
Esse problema permanece em virtude da saúde pública deficitária...
A sociedade brasileira está estruturada por ideais moralistas e por atitudes antiéticas.
O consumo consciente no Brasil ocorre de modo insipiente.
4. Generalizações
Sabe-se que a generalização é uma ferramenta problemática para construir ideias em diferentes âmbitos da vida social. Isso 
porque, ao generalizar, apaga-se as heterogeneidades existentes nos sujeitos, nos grupos sociais, nos conceitos, etc. No entanto, 
ao escrever a redação, muitos alunos tendem a se valer dessas construções para expor seu posicionamento e seus argumentos. 
Assim, fique atento às formas de generalização mais comuns nas redações e supervisione seu texto sempre, evitando que 
elas apareçam.
EVITE OS TERMOS PARA EVITAR AS GENERALIZAÇÕES, EMPREGUE AS 
EXPRESSÕES PARTITIVAS COM MUITA CAUTELA.
Todos os alunos são... Parte significativa dos alunos...
Nenhum político é capaz de... Poucos políticos...
As pessoas sempre excluem... Muitas vezes, as pessoas...
As políticas públicas nunca funcionam... As políticas públicas raramente funcionam...
Apenas os brasileiros reproduzem essa diretriz... Há uma parte dos brasileiros que reproduz essa...
EXPRESSÕES PARTITIVAS
BOA PARTE...
UMA PARCELA EXPRESSIVA...
PARTE...
10
*A MAIOR PARTE ...
*A MAIORIA...
*MUITOS...
*MUITAS...
* OBSERVE SE, DE FATO, ESSAS PARCELAS SÃO VERÍDICAS OU COMPROVÁVEIS...
5. Excesso de verbos
Nos textos de redação, é fundamental prezar pela objetividade e pela clareza das ideias. Essas diretrizes também são obser-
vadas pelos avaliadores no emprego que os alunos fazem dos verbos na redação. Muitas vezes, o uso de locuções verbais, 
ou de construções verbais acompanhadas de substantivos poderiam ser substituídas por apenas um verbo, deixando o texto 
mais objetivo e preciso.
Portanto, sempre que possível, prefira sempre as formas simples. Deixe as locuções apenas para os momentos em que elas 
forem essenciais ao sentido do texto. 
A decisão estará prejudicando... A decisão prejudicará...
Cabe ao governo realizar uma avaliação... Cabe ao governo avaliar...
Parte da população tem desconfiança das medidas... Parte da população desconfia...
Esse cenário vai de encontro à definição do filósofo ... Esse cenário contraria a definição do filósofo... 
As redes sociais tornaram mais simples a vida dos usuários... As redes sociais simplificaram a vida...
Desse modo, a sociedade vai estar mais informada... Desse modo, a sociedade estará mais informada...
6. Uso excessivo de palavras negativas
Para garantir a objetividade e clareza em seu texto, também é essencial prezar pelas formas positivas ao redigir alguns ver-
bos. Em outras palavras, trata-se de evitar o uso do adverbio “não” vinculado a alguns verbos. 
Veja os exemplos abaixo e observe como a supressão da partícula negativa aprimora a compreensão do período:
Boa parte das verbas não chegam na hora nos institutos... Boa parte das verbas chegam atrasadas aos institutos... 
Muitos professores dizem que não são responsáveis... Muitos professores negam a responsabilidade...
A políticas públicas não são eficazes... As políticas públicas são ineficazes...
Parte da população não conhece as leis... Parte da população desconhece as leis...
Essas medidas não incluem a população... Essas medidas excluem a população...
As empresas não aprovam candidatos que não são ca-
pazes de escrever um texto simples.
As empresas reprovam candidatos incapazes de escre-
ver um texto simples...
11
 Inadequações na lInguagem IIAULA 
20
Inadequações na lInguagem II
Nesta aula, continuaremos a conhecer as inadequações na linguagem mais comuns em textos escritos para o vestibular. No-
vamente, trazemos sugestões de aprimoramento para que você possa obter pontuação máxima em todas as competências 
ligadas à língua, à coesão e à coerência de seu texto.
1. Queísmo
O vocábulo que, na língua portuguesa, assume diferentes classes gramaticais. Ele pode funcionar como pronome relativo 
(Alunos que trabalham...), conjunção coordenativa (Onde está, que não a vejo), conjunção integrante (É fundamental que a 
população...),substantivo (Ela apresenta um quê de intelectual ), e ainda está presente em uma série de locuções conjuntivas 
muito usadas nas redações de vestibular(já que, para que, ainda que, tão...que). Esse leque de funções leva os candidatos a 
reproduzir a palavra “que” em grande quantidade, depreciando a qualidade do texto.
Diante disso, é fundamental aprender formas de evitá-lo em sua redação. Os tópicos abaixo apresentam exemplos de como 
reconhecê-lo e suprimi-lo de seu texto.
A) Trocar orações adjetivas por adjetivos:
Há pessoas que não sabem ler nem escrever... Há pessoas analfabetas...
Isso ocorre com pessoas que se dedicam ao trabalho... Isso ocorre com pessoas dedicadas ao trabalho...
Alunos que tem curiosidade... Alunos curiosos...
Parte do Estado elabora políticas que não são eficientes... Parte do Estado elabora políticas ineficientes...
B) Trocar oração adjetiva por um aposto:
Pedro Gouveia, que é coordenador do projeto em 
Brasília, afirma... 
Pedro Gouveia, coordenador do projeto em Brasília, 
afirma...
Ana Flavia Caldeira, que supervisiona o trabalho dos 
engenheiros, descreve a dificuldade...
Ana Flavia Caldeira, supervisora do trabalho dos en-
genheiros, descreve a dificuldade...
Os alunos da Escola João Pessoa, que participam do 
projeto Aluno Nota Dez, estudam ...
Os alunos da Escola João Pessoa, participantes do pro-
jeto Aluno Nota Dez, estudam ...
C) Substituir uma oração inteira por um termo nominal correspondente:
É fundamental que medidas sejam criadas... É fundamental a criação de medidas...
Não se pode admitir que esses profissionais sejam re-
sponsabilizados...
Não se pode admitir a responsabilização desses fun-
cionários...
É necessário torcer para que se construa uma nova política... É necessário torcer pela construção de uma nova política...
Muitos cidadãos têm medo que os direitos sejam revogados... Muitos cidadãos temem a revogação dos direitos...
Um exemplo que comprova essa situação é... Um exemplo dessa situação é...
D) Reduzir as orações (INFINITIVO ou PARTICÍPIO)
É fundamental que o crescimento do desemprego seja 
acompanhado mensalmente.
É fundamental acompanhar o crescimento do desem-
prego mensalmente.
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 As pessoas precisam que as políticas sejam estabeleci-
das de modo justo.
As pessoas precisam das políticas estabelecidas de 
modo justo.
É injusto que novas vítimas sejam criminalizadas por 
essa razão.
É injusto criminalizar novas vítimas por essa razão.
2. Desvios de concordância verbal e nominal
Outra dificuldade muito presente nas redações é a concordância de nomes e verbos. É comum encontrar esses desvios 
gramaticais mesmo em redações avaliadas com nota máxima, já que muitos deles são dificilmente perceptíveis. Portanto, 
é preciso atenção. Sempre releia o rascunho de seu texto procurando por quaisquer problemas de construção gramatical. 
Erros comuns:
VERBO HAVER
No sentido de “existir”, é 
sempre singular.
Embora houvessem muitos prob-
lemas, ...
Embora houvesse muitos problemas, ...
SUJEITO POSPOSTO AO 
VERBO
Como consequência, surge as difi-
culdades de se relacionar em difer-
entes âmbitos da vida social.
Como consequência, surgem as dificul-
dades de se relacionar em diferentes âm-
bitos da vida social.
NÚCLEO DO SUJEITO 
DISTANTE DO VERBO
Embora o sujeito seja 
extenso,ele sempre deverá 
concordar com o verbo em 
pessoa e número.
As dificuldades surgidas durantes os 
primeiros meses de gestação – so-
bretudo quando se trata de uma 
gravidez de risco – revela o quanto... 
As dificuldades surgidas durantes os pri-
meiros meses de gestação – sobretudo 
quando se trata de uma gravidez de risco 
– revelam o quanto...
NÚCLEO DO SUJEITO DIS-
TANTE DO PREDICATIVO 
DO SUJEITO
A invisibilidade desse grupo social – 
excluído da escola, da família e do 
trabalho – é reforçada a cada dia...
A invisibilidade desse grupo social – ex-
cluído da escola, da família e do trabalho 
– é reforçada a cada dia...
VERBO TER (PLURAL)
O presente, na 3ª pessoa do 
plural, leva acento diferencial. 
As vítimas tem medo de denunciar... As vítimas têm medo de denunciar...
VERBO VIR (PLURAL)
O presente, na 3ª pessoa do 
plural, leva acento diferencial.
Nesses casos, a família e a escola 
vem em segundo plano.
Nesses casos, a família e a escola vêm em 
segundo plano.
ADJETIVOS NÃO 
FLEXIONADOS
Muitas vezes, não existem políticas 
de desenvolvimento urbano, ca-
paz de promover o acesso efetivo à 
moradia digna...
Muitas vezes, não existem políticas de 
desenvolvimento urbano, capazes de pro-
mover o acesso efetivo à moradia digna...
ADJETIVOS NÃO 
FLEXIONADOS
É necessário a adoção de novas 
políticas...
É necessária a adoção de políticas...
3. Uso excessivo de advérbios
Embora os advérbios sejam importantes em muitas situações na escrita da redação – seja para marcar o tempo, o espaço 
ou o modo dos verbos – seu emprego precisa ser comedido. O excesso ou mau uso de advérbios torna o texto poluído e 
prolixo. A dica é usar apenas quando houver necessidade. Os advérbios de oração, por exemplo, podem ficar fora do texto.
Felizmente, há pessoas que pensam diferente. Há pessoas que pensam diferente.
Os gestores da educação, certamente, conhecem os 
problemas das instituições públicas.
Os gestores da educação conhecem os problemas das 
instituições públicas.
É importante valorizar os profissionais realmente dis-
postos a combater esse preconceito. 
É importante valorizar os profissionais dispostos a com-
bater esse preconceito. 
13
Logo, sem dúvida nenhuma, é preciso criar alternativas 
no combate à exploração sexual.
Logo, é preciso criar alternativas no combate à ex-
ploração sexual.
4. Desvios de regência verbal e nominal
Ao se valer do uso de verbos transitivos indiretos e de alguns nomes, o aluno precisa estar atento à regência de cada um 
deles. Assim como os desvios de concordância, as inadequações referentes à regência são por vezes imperceptíveis aos olhos 
dos candidatos. Logo, vale apena apostar em bastante treino e em muita atenção.
Observe abaixo os principais desvios à norma:
VERBO ASSISTIR
No sentido de “dar assistên-
cia”, ele é transitivo direto.
Boa parte da iniciativa privada não as-
siste a seus colaboradores...
Boa parte da iniciativa privada não as-
siste seus colaboradores...
VERBO REFERIR-SE
Exige preposição “a”
A proposta refere-se as instituições 
privadas, bancos públicos e terceiro setor. 
A proposta refere-se às instituições privadas, 
aos bancos públicos e ao terceiro setor. *
VERBO TRANSITIVO 
INDIRETO POSTERIOR 
AO OBJETO.
Os problemas na saúde pública os quais 
a população está habituada a lidar...
Os problemas na saúde pública com os 
quais a população está habituada a lidar...
A formação educacional que a população 
necessita passa por graves problemas...
A formação educacional da qual a popu-
lação necessita passa por graves problemas...
A reforma trabalhista que o Brasil pas-
sou recentemente...
A reforma trabalhista pela qual o Brasil 
passou recentemente...
* lembRe-se de manteR o paRalelismo sintátiCo RepRoduzindo a pReposição a Cada entRada do Complemento veRbal.
ATENTE-SE À REGÊNCIA NOMINAL
a) Substantivos: 
acesso a, de, para
alusão a, de
atenção a, com, para com
aversão a, para, por
capacidade de, para
obediência a
respeito a, com, para com 
b) Adjetivos:
acessível a, para
acostumado a, com
análogo a
apto a, para
capaz de, para
certo de
comum a, de
contente com, de, em, por
contrário a 
dedicado a
desfavorável a
digno de
habituado a
impossível de
impróprio para
imune a
independente de, em
inerente a
inexorável a
insensível a
necessário a
negligente em
possível de
prejudicial a
responsável por
situado a, em, entre.
5. Uso inadeqUado dos pronomes relativos
Para garantir a coesão e a coerência dentro do texto, os candidatos devem utilizar pronomes relativos ao longo da redação. 
No entanto, é fundamental estar atento aos usos e funções de cada um deles. Abaixo, selecionamos as inadequações mais 
comuns no vestibular.
ONDE – Refere-se apenas a lugares físicos. Em outros casos, pode ser substituído por “no qual/na 
qual/em que”
14
A população desalentada vive uma situação onde a esperança de conseguir um emprego não existe mais.
A população desalentada vive uma situação na qual a esperança de conseguir um emprego não existe mais.
Essa produção começou numa época onde as pessoas não tinham tanta escolaridade. 
Essa produção começou numa época em que as pessoas não tinham tanta escolaridade. 
CUJO – Estabelece relação de posse. A concordância em gênero e número é feita com a palavra 
posterior ao pronome.
Os problemas que a responsabilidade pertence ao governo deixam de ser mencionados.
Os problemas cuja responsabilidade pertence ao governo deixam de ser mencionados.
Os projetos que os textos foram reprovados estão em análise.
Os projetos cujos textos foram alterados estão em análise.
6. Períodos longos
Muitas vezes, os alunos se esquecem de encerrar seus períodos com pontos finais, e, portanto, passam a subordinar as 
orações tornando a leitura da redação confusa. Portanto, lembre-se da dica: é melhor um texto coeso e coerente construído 
por períodos curtos que um texto recheado de períodos longos de difícil compreensão. Além do mais, os períodos curtos 
diminuem consideravelmente o risco de possíveis problemas com conjunções, vírgulas e concordâncias.
Observe os exemplos a seguir:
PERÍODO LONGO PERÍODO DIVIDIDO
O descaso do Estado com os moradores de rua leva 
estes a consequências graves, estando sujeitos a difer-
entes doenças e ainda correm risco de sofrer violência 
da sociedade civil ou de perder seus poucos bens nas 
apreensões feitas pela guarda civil dos municípios. 
O descaso do Estado em relação aos moradores de 
rua traz consequências graves para este grupo social. 
Isso porque, em primeiro lugar, eles continuam a cor-
rer risco de contraírem doenças e de serem vítimas da 
violência proveniente da sociedade civil. Além disso, 
muitos deles estão sujeitos a sofrer a apreensão de 
seus bens pela guarda civil dos municípios. 
A produção científica também não é valorizada pela 
sociedade civil brasileira, pois parte da população 
desconhece a importância das pesquisas científicas, 
como mostra uma pesquisa da Ministério da Ciência, 
tecnologia e Informação que revelou que 71% dos 
interessados na área não sabem o nome de cientistas 
ou instituições científicas do país.
A produção científica também não é valorizada pela 
sociedade civil. Isso ocorre porque parte da população 
desconhece a importância das pesquisas e até mesmo 
dos resultados produzidos no país. Uma pesquisa da 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação com-
prova tal situação ao revelar que 71% dos interessa-
dos na área não sabem o nome de personalidades ou 
de instituições científicas do país.
15
 ImprecIsões comuns em redações de 
vestIbular: proposta temátIca e coletânea
AULA 
21
ImprecIsões comuns em redações de vestIbular: 
proposta temátIca e coletânea 
1. Leitura do recorte temático
Uma das falhas mais graves e mais comuns das redações é a má interpretação do recorte temático proposto, o que leva à 
fuga ou ao tangenciamento do tema. Isso ocorre, muitas vezes, pela inexperiência do candidato ou por sua falta de atenção 
quanto à importância da leitura nessa etapa na prova.
O recorte temático, somado aostextos da coletânea, tem a função de delimitar quais são as diretrizes escolhidas pela 
banca para abordar o assunto. Dentre várias possibilidades de discussão, escolhe-se uma vertente, geralmente restrita, que 
determina as principais relações a serem estabelecidas pelos candidatos. Prova dessa delimitação pode ser vista nas reda-
ções nota mil do ENEM, em que boa parte dos autores escolhem argumentos muito parecidos e próximos produzidos a partir 
da leitura atenta do recorte temático e da coletânea.
Quando essa leitura atenta não é realizada, os alunos podem fugir ou tangenciar o tema. A fuga total do tema, 
que anula as redações em praticamente todos os exames, ocorre quando o candidato desenvolve uma ideia que 
não foi proposta pela banca, isto é, aborda um viés que não está proposto nem pelo recorte, e pouco ou nada 
proposto pela coletânea. A fuga parcial ocorre quando uma parte do recorte está contemplada, mas o texto ainda 
traz argumentos que sustentem outra direção de análise. Embora ela não anule a redação, o candidato tem sua 
nota seriamente comprometida.
Leia a observação que o prório INEP realiza a respeito da questão: 
O tema constitui o núcleo das ideias sobre as quais a tese se organiza e é caracterizado por ser a delimitação de um assunto 
mais abrangente. Por isso, é preciso atender ao recorte temático definido para evitar tangenciá-lo ou, ainda pior, 
desenvolver um tema distinto do determinado pela proposta.
Redação no enem 2018 - CaRtilha do paRtiCipante
Como resolver?
Para não fugir ao recorte temático proposto nos exames, é possível criar algumas estratégias:
1) TRANSFORMAR A PROPOSTA EM UMA OU MAIS PERGUNTAS;
Recorte temático Perguntas
Manipulação do comportamento do usuário 
pelo controle de dados na internet
Por que essa manipulação ocorre?
Como essa manipulação é feita?
Caminhos para combater o racismo no Brasil
Quais são os caminhos? Por que eles não funcionam? 
Por que ainda é preciso combater?
A persistência da violência contra a mulher na 
sociedade brasileira
Por que a violência persiste?
Por que a tentativa de resolver não adiantou?
Demarcação de terras indígenas: entre o direito 
dos povos indígenas e o desenvolvimento do 
agronegócio no Brasil
Como a demarcação das terras é vista pelos povos? E 
pelo agronegócio? Há um desequilibro na relação entre 
essas instâncias? 
16
2) IDENTIFICAR AS PALAVRAS-CHAVES DO RECORTE TEMÁTICO E REFLETIR A RESPEITO DELAS
Recorte temático Palavras-chave
Manipulação do comportamento do usuário 
pelo controle de dados na internet
 § Manipulação do comportamento (a mais importante)
 § Controle de dados (secundária)
Caminhos para combater o racismo no Brasil
 § Caminhos
 § Combate ao racismo
 § Brasil
A persistência da violência contra a mulher na 
sociedade brasileira
 § Persistência
 § Violência contra a mulher
 § Sociedade Brasileira
Demarcação de terras indígenas: entre o direito 
dos povos indígenas e o desenvolvimento do 
agronegócio no Brasil
 § Demarcação
 § Direito dos povos
 § Desenvolvimento do agronegócio
2. Leitura da coletânea
Outro erro comum cometido pelos alunos é deixar de ler a coletânea. Não se deve esquecer que a prova de redação pressu-
põe a leitura e a compreensão dos textos, o que torna esta etapa obrigatória. 
Além disso, erram também aqueles que optam apenas por trabalhar as ideias presentes em um dos textos, sem atentar às dis-
cussões abordadas pelos outros. Geralmente, as bancas separam os textos em mais ou menos fáceis de serem compreendidos, e, 
portanto, passam a avaliar melhor o candidato que conseguiu abordar as problemáticas desenvolvidas na maioria desses textos.
Como resolver?
 § Partindo da leitura do recorte temático, procure ler a coletânea respondendo às perguntas realizadas;
 § Destaque as informações mais relevantes (dados, exemplos, posicionamentos, leis, etc.)
 § Procure estabelecer relações entre eles; compare-os. Se possível, escreva algumas orações para organizar essa comparação. 
NÃO SE ESQUEÇA DAS ETAPAS:
A) Brainstorm – Anote seu repertório pessoal e outros exemplos que vierem à cabeça e defina sua tese;
B) Seleção das ideias que serão discutidas – Avalie criteriosamente quais informações entrarão no texto;
C) Criar uma lista organizada – Organize seu texto num planejamento separado por tópicos a serem transforma-
dos em parágrafos.
3. Citação da coletânea (paráfrase)
Ao se valer da coletânea para compor seus argumentos, os alunos precisam estar atentos ao modo como as informações 
ali presentes devem ser inseridas na redação. A maior parte das bancas examinadoras repudia a cópia integral dos textos, já 
que ela não apresenta uma compreensão e apropriação autoral das informações oferecidas. 
Convém ressaltar que não se deve fazer referências diretas à forma de exposição da coletânea, e sim citar o texto como se ele 
fosse uma informação proveniente do repertório de informações do próprio candidato. Cabe ao aluno compreender e interpretar 
os dados, inserindo-os em seu texto, caso julgue necessário. Uma boa dica para tal situação, é o emprego de paráfrases.
Veja os exemplos:
PROBLEMAS REFERÊNCIAS INADEQUADAS REFERÊNCIAS ADEQUADAS
REFERÊNCIA INCORRETA Segundo o texto 2...
De acordo com reportagem publica-
da no Jornal O Globo, ...
REFERÊNCIA INCORRETA
Conforme se observa no gráfico 
apresentado...
Segundo dados do IBGE, 40% da 
população...
17
CÓPIA INTEGRAL
Coletânea: "Nessa área de in-
formática são necessárias muitas 
certificações, além da graduação. 
Se você só tem o básico, eles ol-
ham com discriminação "Lucas 
de Oliveira Souza, graduado em 
redes de computadores
Lucas de Oliveira Souza, grad-
uado em redes de computado-
res, afirma: "Nessa área de in-
formática são necessárias muitas 
certificações, além da graduação. 
Se você só tem o básico, eles ol-
ham com discriminação"
Para Lucas de Oliveira Souza, forma-
do em redes de computadores, as 
empresas discriminam os que pos-
suem pouca formação.
4. Interpretações de dados estatísticos
Outro deslize comum nas redações do vestibular é a interpretação equivocada de gráficos e dados estatísticos. Às vezes, os 
alunos extrapolam as inferências possíveis de serem feitas e constroem informações impertinentes em relação aos textos 
apresentados. Portanto, é preciso cuidado ao analisar os dados disponíveis, cuidando em reproduzir apenas os elementos 
prováveis dentro de uma estatística.
OBS: Jamais invente dados estatísticos! Esse recurso – além de impertinente, dada a sua falsa natureza – é malvisto aos 
olhos do corretor. 
PROBLEMAS COLETÂNEA
INTERPRETAÇÃO 
INADEQUADA
INTERPRETAÇÃO 
ADEQUADA
GENERALIZAÇÃO 95% dos usuários... Todos os usuários... A maioria dos usuários...
EXTRAPOLAÇÃO
35 % dos eleitores admi-
ram a ação do prefeito 
65% não admiram a 
ação do prefeito...
Aproximadamente um terço 
dos eleitores admiram a ação 
do prefeito.
18
 ImprecIsões comuns em redações 
de vestIbular: estrutura
AULA 
22
ImprecIsões comuns em redações de vestIbular: estrutura 
1. Parágrafo expositivo 
A presença do parágrafo expositivo nas redações do vestibular é um dos entraves mais comuns e mais difíceis de serem 
solucionados. Esse fator ocorre em função da pouco experiência de muitos alunos em dissertar de modo argumentativo, isto 
é, evidenciado seu posicionamento a partir de opiniões. 
Para evitar esse deslize, é fundamental compreender e revisar a estrutura dissertativa-argumentativa. Vale lembrar que esse 
texto pressupõe um conjunto de posicionamentos, opiniões (ligados a persuasão), sustentado por dados, fatos e 
informações (ligados à exposição/comprovação das opiniões e posicionamentos). 
Assim, o fundamental é garantir o equilíbrio entre essas duas esferas em seu parágrafo, conforme os exemplos abaixo.
PARÁGRAFO EXPOSITIVO PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO
Países de todo o mundo estão vivendo o crescimento 
do envelhecimento populacional. Nas próximas déca-
das, a população mundial com mais de 60 anos vai pas-
sar de 841 milhões em 2014 para 2 bilhões até 2050, 
segundo aOrganização Mundial da Saúde (OMS).
https://joRnal.usp.bR
A princípio, a falta de profissionais qualificados 
dificulta o contato do portador de surdez com a 
base educacional necessária para a inserção so-
cial. O Estado e a sociedade moderna têm negligenciado 
os direitos da comunidade surda, pois a falta de intérpret-
es capacitados para a tradução educativa e a inexistência 
de vagas em escolas inclusivas perpetuam a disparidade 
entre surdos e ouvintes, condenando os detentores da sur-
dez aos menores cargos da hierarquia social. 
(tReCho RetiRado da Redação de beatRiz albino 
seRvilha– Redação nota mil – enem 2017)
Pelas estatísticas, nos países onde não há grandes 
diferenças sociais, mesmo que sejam muito pobres, 
a criminalidade é baixa. Em Gana, no oeste da África 
é eloquente, há 2,1 casos de homicídio para cada 
100 mil habitantes. No Brasil, segundo o Ministério 
da Saúde, a média de casos de homicídios, por ano, 
por grupo de 100 mil habitantes, é 19,4. 
https://www1.Folha.uol.Com.bR. (adaptado)
Deve-se pontuar, de início, que o aparato es-
tatal brasileiro é ineficiente no que diz respeito 
à formação educacional de surdos no país, bem 
como promoção da inclusão social desse grupo. 
Quanto a essa questão, é notório que o sistema capi-
talista vigente exige alto grau de instrução para que as 
pessoas consigam ascensão profissional. Assim, a falta 
de oferta do ensino de libras nas escolas brasileiras e 
de profissionais especializados na educação de surdos 
dificulta o acesso desse grupo ao mercado de trabalho. 
Além disso, há a falta de formas institucionalizadas de 
promover o uso de libras, o que contribui para a ex-
clusão de surdos na sociedade brasileira.
(tReCho RetiRado da Redação de laRissa FeRnandes silva 
de souza– Redação nota mil – enem 2017)
19
PARÁGRAFO EXPOSITIVO PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO
O telefone celular acompanha a maior parte dos 
cidadãos das metrópoles. Crianças, adolescentes e 
adultos passam horas do dia na frente do equipa-
mento. É comum observar – no metrô, nos restau-
rantes, nos ônibus e nas filas – homens e mulheres 
diretamente conectados a jogos, sites, aplicativos e 
redes sociais. Até mesmo algumas escolas já incor-
poraram o celular como parte do material a ser uti-
lizado durante as aulas. 
Primeiramente, é notável que o acesso a esse 
meio de comunicação ocorre de maneira, cada 
vez mais, precoce. Segundo pesquisa divulgada pelo 
IBGE, no ano de 2016, apenas 35% dos entrevista-
dos, que apresentavam idade igual ou superior a 10 
anos, nunca haviam utilizado a internet. Isso acontece 
porque, desde cedo, a criança tem contato com apa-
relhos tecnológicos que necessitam da disponibilidade 
de uma rede de navegação, que memoriza cada passo 
que esse jovem indivíduo dá para traçar um perfil de 
interesse dele e, assim, fornecer assuntos e produtos 
que tendem a agradar ao usuário. Dessa forma, o 
uso da internet torna-se uma imposição viciosa 
para relações sócio-econômicas. 
(tReCho RetiRado da Redação de ClaRa de jesus– 
Redação nota mil – enem 2018)
2. Ausência de coesão
Ao construir as orações, períodos e parágrafos do texto, o aluno precisa estar ciente da necessidade de conectar cada 
uma dessas estruturas. Os pontos descontados em razão da coesão costumam ser altos e, portanto, extremamente pre-
judiciais na somatória final da avaliação. 
É fundamental fiscalizar a todo o tempo a manutenção da conexão entre os trechos. É possível se valer de conectivos e ver-
bos cumprir tal função (coesão sequencial) e também de pronomes, sinônimos, hiperônimos, termos genéricos a fim de 
retomar termos já expressos, mantendo uma coesão lógica dos fatos apresentados (coesão referencial). Convém lembrar 
que os alunos são avaliados pela presença ou ausência dessas estruturas, conforme mostra o comentário da banca do INEP 
a respeito de uma das redações nota mil do ano de 2017:
Há também um uso diversificado de recursos coesivos que garantem a fluidez de sua argumentação por todo o texto, com a 
presença de articuladores tanto entre os parágrafos (“A princípio”, “Além disso”, “portanto”) quanto entre as ideias dentro de 
um mesmo parágrafo (“Também”, “Desse modo”, “pois”, “haja vista que”, “Ademais”; entre outros). 
Redação no enem 2018 - CaRtilha do paRtiCipante
SEM COESÃO BOM USO DA COESÃO
O ativismo digital aprimora o ativismo das ruas. Há 
uma rápida mobilização dos indivíduos, que passam 
a se organizar melhor e forma mais intensa. Em 
junho de 2013, em São Paulo, protestos foram or-
ganizados pela internet e, em poucos dias, o povo 
tomou conta das ruas, obrigando a prefeitura e o 
governo do estado a reduzirem as tarifas aumenta-
das na época. A internet não se substitui o ativismo 
das ruas, ao contrário, fortalece ele. 
Além disso, vale lembrar que o ativismo digital 
aprimora o ativismo das ruas. Isso porque a internet 
possibilita uma rápida mobilização dos indivíduos, que 
passam a se organizar melhor e de modo mais intenso. 
Um exemplo dessa eficiência pôde ser visto nas 
manifestações de junho de 2013 em São Paulo, situ-
ação em que os protestos organizados pelas redes so-
maram grande quantidade de pessoas e obrigaram as 
autoridades a reverem as políticas tarifárias de trans-
porte da época. Logo, é possível afirmar que o ativis-
mo digital não substitui o engajamento presencial, mas 
o amplia e o fortalece.
3. Ausência de coerência
A coerência nas redações do vestibular avalia a capacidade do texto em garantir a sequência lógica e do encadeamento 
correto das ideias. No entanto, a ausência de planejamento e de delimitação da tese e dos argumentos levam os alunos 
a construírem parágrafos incoerentes, com informações contraditórias e impertinentes na maior parte das vezes.
20
É comum encontrar casos em que os candidatos resolvem escrever um argumento para cada texto da coletânea, numa clara 
tentativa de recriar as informações apresentadas sem o menor objetivo argumentativo. Como resultado, cria-se um texto 
sem relação lógica, sem direcionamento, e que coloca numa sequência linear informações contraditórias, ou sem relação 
direta entre si.
Para evitar problemas de coerência em seu texto, lembre-se das estratégias abaixo:
 § SEMPRE faça um planejamento de texto;
 § Deixe sua tese muito clara para o leitor;
 § Observe se os argumentos apresentados realmente contribuem para a defesa dessa tese;
 § Verifique se os posicionamentos trabalhados em seu texto não estão em contradição;
 § Cuide para que seu título também esteja coerente em relação ao conjunto do texto.
4. Presença de lacunas
Um dos problemas que leva parte dos alunos a não atingirem a nota máxima em muitas avaliações é presença de lacunas 
na construção do texto. Lacunas são as ausências criadas ao longo do texto, a partir de ideias que foram apresentadas, mas 
não comprovadas ou discutidas. Para se ter uma ideia, a VUNESP estabelece a nota máxima no critério GÊNERO/TIPO DE 
TEXTO E COERÊNCIA a partir da capacidade do candidato de não deixar lacunas em seu texto: “Bom desenvolvimento dos 
argumentos: ainda que haja rara lacuna ou quebra, os argumentos são justificados/desenvolvidos de modo a convergir para 
o ponto de vista defendido e há progressão argumentativa (texto estratégico)”.
Observe as lacunas criadas no parágrafo abaixo e os comentários a respeito delas:
Outro aspecto que atesta o caráter inócuo dos votos nulos é o fato de eles, apesar de sinalizarem uma 
insatisfação social em relação à conjuntura política, não produzirem um incômodo efetivo sobre os gover-
nantes1. Ressalta-se que tal descontentamento, por se expressar de maneira pouco frutífera, pode ser interpretada pelos 
políticos como um sinal de apatia da sociedade2. Por conseguinte, reduz-se a pressão social que tais representantes sofrem. 
Essa cobrança, quando feita de forma equilibrada, é indispensável aos governos republicanos democráticos, visto que orienta 
os governantes a tomarem decisões em acordo com os interesses das sociedades que representam.
avaliação de Redações de vestibulaR:da teoRia à pRátiCa. aRtigo de maRCela FRanCo Fossey. disponível em: http://
www.sCielo.bR/sCielo.php?sCRipt=sCi_abstRaCt&pid=s0103-18132018000201015&lng=pt&nRm=iso
1. Não há uma informação que comprove/ateste esse incômodo
2. A apatia em questão não é comprovada ou discutida, já que, em seguida, aparece a uma consequência do fato.
O excerto acima foi retirado de um artigo científico, no qual a pesquisadora Marcela Franco Fossey comenta a presença e 
ausência das lacunas no vestibular. Na redação desse candidato, segundo a autora, “é possível identificar uma superficia-
lidade nos argumentos, exatamente pela falta de desenvolvimento dos dados, fatos e ideias apresentados nos segundo e 
terceiro parágrafos.”
5. Inexistência da tese/tese 
A inexistência da tese no texto dissertativo-argumentativo é um erro bastante grave para o gênero. Isso porque ele com-
promete toda a estrutura de desenvolvimento do texto, ao não apresentar um fio condutor que oriente a apresentação das 
ideias. A maior parte dos vestibulares exige em seus manuais a presença de tal elemento, e o avalia como fundamental para 
a construção da redação. A análise do próprio INEP feita para os textos nota mil revela essa preocupação: 
Nota-se também um pleno domínio do texto dissertativo-argumentativo, uma vez que a participante estrutura adequada-
mente sua redação, apresentando sua tese, argumentos que a corroboram e conclusão que encerra a discussão.
Redação no enem 2018 - CaRtilha do paRtiCipante
Em síntese, não caprichar na tese é comprometer a estrutura macro de todo o texto, e ainda correr o risco de perder pontos 
pelo não cumprimento do gênero. Portanto, lembre-se de seguir as dicas abaixo para a boa elaboração de sua tese: 
21
RECOMENDAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE UMA TESE
A tese é um posicionamento a respeito de um determinado tema e, portanto, pressupõe a explicitação de julgamentos ou 
juízos, o que a caracteriza como um período argumentativo. Portanto, convém empregar palavras que não sejam meramente 
descritivas, mas que carreguem em si um aspecto parcial acerca do tema desenvolvido.
Para facilitar a composição de sua tese, recomendamos algumas estratégias:
EXEMPLO
a) Compor definições próprias a partir do uso 
de verbos de ligação: 
A ciência passou a ser/transformou-se num ob-
jeto de controle da iniciativa a privada vincula-
da, exclusivamente, aos interesses dos grandes 
mercados consumidores.
b) Tecer julgamentos: 
Todo esse contexto revela que vivência escolar 
é essencial para a formação do indivíduo e pre-
cisa, portanto, ser defendida. 
c) Empregar adjetivos: 
Esse problema ainda ocorre em razão de políti-
cas públicas ineficazes do uso problemático das 
verbas privadas.
22
redações extras
propostas enem
PROPOSTA 1
TEXTO 1
O número de mulheres presas grávidas ou lactantes caiu de 740 em janeiro para 455 em maior, de acordo com dados do 
Cadastro Nacional de Presas Grávidas ou Lactantes, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgados nesta terça-feira (26). 
A diferença representa uma queda de 38,5%.
Para a juíza auxiliar da presidência do CNJ Andremara dos Santos, o cadastro facilitou o cumprimento de decisão da Segunda 
Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro. Na época, o colegiado concedeu um habeas corpus coletivo para 
converter a prisão preventiva de todas as presas grávidas e mães de crianças de até 12 anos em prisão domiciliar.
O cadastro é uma forma de aprimorar a qualidade dos dados, uma vez que as informações são muitas vezes descentralizadas 
e incompletas nos estados.
https://www.huFFpostbRasil.Com/2018/06/26/numeRo-de-pResas-gRavidas-ou-laCtantes-Cai-de-740-paRa-455-em-5-meses_a_23468280/
TEXTO 2
Em 2018, uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal e uma nova lei impuseram novos limites ao poder dos juízes 
de decretar prisão preventiva de mães e mulheres grávidas. A lei agora exige prisão domiciliar em vez de prisão preventiva 
para gestantes, mães de pessoas com deficiência e mães de crianças de até 12 anos, exceto quando acusadas de crimes 
praticados mediante violência ou grave ameaça, ou de crimes contra seus dependentes.
No entanto, dados de 2018 mostram que milhares de mulheres que aparentemente teriam direito a essas proteções per-
maneceram atrás das grades sob prisão preventiva. Dados mais recentes, somente sobre o Rio de Janeiro, indicam que o 
problema persistiu em 2019.
Em janeiro de 2019, por exemplo, um juiz do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de uma mãe que foi acusada de 
tráfico de drogas, argumentando que ela colocava em risco e prejudicava o desenvolvimento dos filhos devido a sua ativida-
de criminosa – embora essa atividade criminosa não tivesse sido provada no processo. O juiz concluiu que ela era um “mau 
exemplo” para as crianças.
https://bRasil.elpais.Com/bRasil/2019/05/12/politiCa/1557696833_169304.html (12.05.2019) 
TEXTO 3
A juíza auxiliar da presidência do CNJ Andremara dos Santos, que coordenou as visitas aos presídios, afirma ainda que, 
apesar de existir uma política pública de assistência à saúde no sistema prisional que administra as instalações de unidades 
básicas de saúde nos complexos penais e unidades materno-infantis, nem todas as unidades penitenciárias dispõe de recur-
sos. Mais uma vez observamos o não cumprimento dos direitos fundamentais dispostos na Constituição Federal.
Muitas detentas relatam casos de aborto após hemorragia, tortura contra bebês, sede e fome dentro do sistema prisional 
desumano em que se encontram. As celas com superlotação comportam duas vezes mais presas do que o ideal segundo um 
relatório do Ministério dos Direitos Humanos . O relatório também traz informações sobre detentas que pariram dentro da 
cela por conta da demora da escolta e até o caso de uma detenta grávida de dois meses que sangrou por sete dias, desde a 
23
sua chegada à prisão. Com o término do sangramento, as presas que partilhavam da mesma cela, afirmaram sentir um mau 
cheiro vindo do corpo dela – ela então descobriu depois de uns dias que tinha sofrido um aborto. 
http://www.justiFiCando.Com/2018/08/27/a-violaCao-dos-diReitos-humanos-das-mulheRes-gRavidas-no-CaRCeRe/ (27.08.2018)
TEXTO 4
 
Fonte: pesquisa “saúde mateRno-inFantil nas pRisões” Fundação oswaldo CRuz e ministéRio da saúde. www.Cnj.jus.bR 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A CONDIÇÃO 
DAS MÃES NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
PROPOSTA 02
TEXTO 1
A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de Palermo (2003), define tráfico de pessoas como “o recrutamento, 
o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou 
a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à 
entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre 
outra para fins de exploração”.
Segundo a ONU, o tráfico de pessoas movimenta anualmente 32 bilhões de dólares em todo o mundo. Desse valor, 85% 
provêm da exploração sexual.
http://www.Cnj.jus.bR/pRogRamas-e-aCoes/assuntos-FundiaRios-tRabalho-esCRavo-e-tRaFiCo-de-pessoas/tRaFiCo-de-pessoas (11.04.2019)
TEXTO 2
Para Livia Xerez Azevedo – coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP) do Ceará há sete 
anos – o tráfico de pessoas é um delito relacionado a ambições e desejos o que torna qualquer pessoa um alvo fácil para 
criminosos. “É um crime que vítima homens, mulheres, crianças, profissionais do sexo que querem ganhar em dólar e euro, 
e também aquela pessoa que sonha em fazer um intercâmbio pra estudar outroidioma. Todos nós podemos ser vítimas do 
tráfico de pessoas. Todos nós temos sonhos e necessidades”, defende. 
Ela explica que as vítimas, quando identificadas, têm dificuldade de se reconhecer como tal, por ter, em primeiro lugar, de 
assumir que foram ludibriadas. “Nesse momento do retorno, principalmente no tráfico internacional, são muitas as mulheres 
e os homens que chegam com seus sonhos destroçados completamente. Elas voltam com um sentimento de fracasso, de 
vergonha.”. Além disso, em alguns casos, conta ela, a negação da vítima pode levá-la a repetir a experiência de abuso. “Elas 
acham que foi uma grande oportunidade. Elas estão tão vulneráveis que elas acreditam que foi uma grande oportunidade 
de viver melhor que, com elas, infelizmente não deu certo, mas que, com outras pessoas, poderia ter dado, e que elas vão 
tentar novamente”.
http://agenCiabRasil.ebC.Com.bR/diReitos-humanos/notiCia/2018-11/espeCialista-diz-que-qualqueR-um-pode-seR-alvo-do-tRaFiCo-de (27.11.2018)
24
TEXTO 3
http://www.mt.gov.bR/-/Combate-ao-tRaFiCo-de-pessoas. (aCessado em 12.04.2018)
TEXTO 4
Esta Lei dispõe sobre o tráfico de pessoas cometido no território nacional contra vítima brasileira ou estrangeira e no exterior 
contra vítima brasileira. O enfrentamento ao tráfico de pessoas compreende a prevenção e a repressão desse delito, bem 
como a atenção às suas vítimas. 
Art. 2o O enfrentamento ao tráfico de pessoas atenderá aos seguintes princípios: 
I - respeito à dignidade da pessoa humana; 
II - promoção e garantia da cidadania e dos direitos humanos; 
III - universalidade, indivisibilidade e interdependência; 
IV - não discriminação por motivo de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, atuação 
profissional, raça, religião, faixa etária, situação migratória ou outro status; 
V - transversalidade das dimensões de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, raça e faixa etária 
nas políticas públicas; 
VI - atenção integral às vítimas diretas e indiretas, independentemente de nacionalidade e de colaboração em investigações 
ou processos judiciais; 
VII - proteção integral da criança e do adolescente.
http://www.planalto.gov.bR/CCivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13344.htm
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ENTRAVES 
NO COMBATE AO TRÁFICO HUMANO NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
25
PROPOSTA 03
TEXTO 01
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o TDAH é um transtorno neurobiológico de causa genética e que 
é passível de ser tratado com o uso de medicamentos. Entretanto, alguns estudiosos do assunto negam a existência do dis-
túrbio, alegando que até o presente momento não se conseguiu determinar a área do cérebro comprometida pelo problema 
nem os genes diretamente envolvidos com o seu surgimento. Creem esses estudiosos que crianças e adolescentes saudáveis 
que apresentam dificuldades no processo de escolarização estão sendo rotuladas indevidamente como portadoras de supos-
tas doenças neurológicas, sobretudo o TDAH, numa clara medicalização dos processos de aprendizagem e desenvolvimento.
Dentro do conceito da OMS, há de se pensar no TDAH em crianças impulsivas, exageradamente ativas e que apresentem 
déficit de concentração, além de serem incapazes de planejar e organizar tarefas e atividades rotineiras.
As crianças hiperativas na faixa de 3 e 4 anos seriam como o “rabo de lagartixa”: em contínuo movimento, incapazes de per-
manecer quietas por um só instante. Elas pulam, saltam, correm, se machucam e, quando sentadas, balançam as pernas ou 
batucam com os dedos na mesa. Também são desorganizadas, não terminam o que começaram, são loquazes, barulhentas, 
falam rápido e em voz alta e seus pais vivem ralhando com elas.
Já as impulsivas ou com déficit de inibição (entre 5 e 7 anos) agem e falam de supetão, ofendem e agridem as pessoas ao seu 
redor — se arrependendo em seguida —, cometem erros frequentes nas lições, já que não leem todo o enunciado dos exer-
cícios, e se machucam com facilidade por serem descuidadas e ignorarem perigos como atravessar a rua sem olhar os carros.
O tratamento preconizado quando existe o diagnóstico de TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando tanto 
intervenções psicossociais como farmacológicas. A medicação recomendada costuma ser o metilfenidato, que só deve ser 
prescrito por médicos experientes.
Ora, falamos de um remédio de difícil controle na dosagem e com muitas contraindicações e efeitos colaterais. As inter-
venções psicossociais devem envolver não só as crianças, mas também as famílias, as escolas e o entorno. Como método 
psicoterápico, a maioria dos estudiosos recomenda a terapia cognitiva comportamental, acompanhada de intervenções no 
âmbito familiar e escolar.
* dR. eduaRdo goldenstein é pediatRa, doutoR em psiCologia ClíniCa e membRo do depaRtamento de saúde mental da soCiedade de 
pediatRia de são paulo (spsp) https://saude.abRil.Com.bR/blog/expeRts-na-inFanCia/tdah-ha-uma-epidemia-poR-ai/ (30.03.2017) 
TEXTO 02
 
miligRamas poR vaga Como o vestibulaR está CRiando uma geRação movida a Remédios 
ContRolados https://tab.uol.Com.bR/Ritalina-vestibulaR#imagem-8 (29.03.2017)
26
TEXTO 03
TDA é um distúrbio neurológico, ou seja, não estamos falando de uma lesão ou defeito e sim de um funcionamento diferente 
do cérebro. Um TDA apresenta um menor fluxo sanguíneo na região frontal do cérebro, responsável pelo comportamento 
inibitório (freio), capacidade de planejamento, memória seletiva, regular o estado de vigília, “filtrar” os estímulos, entre 
outras funções.
Sabe-se também que a quantidade de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo controle motor e pelo poder de 
concentração é menor no cérebro destas pessoas. Porém, o diagnóstico de um TDA será dado a partir da análise cuidadosa 
da história de vida e do comportamento do sujeito.
O comportamento de um TDA apresenta um trio de sintomas significativos que são: alterações da atenção, impulsividade, e 
da velocidade da atividade mental e física podendo apresentar grau de hiperatividade.
Fonte: http://www.saude.sC.gov.bR/hijg/pedagogia/ambulatoRio/diCas.htm (aCessado em 08.04.2019)
TEXTO 04
 http://Redehumanizasus.net/88154-mediCaR-paRa-ContRolaR/ (aCessado em 08.04.2019)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A BANALIZAÇÃO DO 
DIAGNÓSTICO DE TDAH apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
PROPOSTA 04
TEXTO 1
Maria Isabel Wendling, psicóloga, terapeuta de família e professora do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do 
Rio Grande do Sul, afirma que é a partir das discordâncias que as pessoas começam a refletir mais. Se todos pensarem o tempo 
inteiro da mesma forma, não se acrescenta o novo, a dúvida, ocorrendo apenas a repetição indefinida dos mesmos padrões – 
estes, muitas vezes, disfuncionais. Discordar, destaca Maria Isabel, abre a possibilidade de se colocar no lugar do outro, de se 
abrir para uma ideia distinta, para algo que até então a pessoa não tinha pensado. A dissensão, enfim, abre caminho para a 
diversidade. — Com pontos de vista com os quais pode até não concordar, você vai estar ensinando o respeito ao diferente. De 
alguma forma, aquele outro pensamento desacomoda, faz repensar o seu posicionamento. Isso é fundamental. 
https://gauChazh.CliCRbs.Com.bR/CompoRtamento/notiCia/2019/04/seu-Filho-nao-ConCoRda-Com-voCe-otimo-Cjulelye8011q01p5mzkjlihd.html (18.04.2019)
TEXTO 2
“Quando não há atividades compartilhadas, há falta de tempo para conversas frequentes, os filhos têm dificuldade para de-
senvolver habilidades interpessoais e fortalecer a confiança – acabam ficando com a impressão de que conversar sobre algo 
mais difícil é trabalhoso e com pouca chance de dar certo. Acaba sendo mais fácil resolver problemas na internet e nas redes 
sociais. No entanto, comunicação e responsabilidade afetiva são as principais condições para um funcionamento familiar 
saudável e mais ainda para o desenvolvimento da autoestima dos filhos, principalmente na adolescência.”
entRevista Com a psiCóloga heloisa FleuRy, ”diálogo e Respeito são Chaves paRa uma boa Relação FamiliaR” https://www.
a12.Com/RedaCaoa12/bRasil/dialogo-e-Respeito-sao-Chaves-paRa-uma-boa-RelaCao-FamiliaR (05.01.2017)
27
TEXTO 3
https://www.aCidadeon.Com/gFot,0,3,13109,ChaRge+do+dia.aspx
TEXTO 4
Não é de hoje, então, que o conflito entre gerações faz os adultos imaginarem – equivocadamente – que os “adolescentes 
atuais” são “mais difíceis”, “indóceis” ou “agressivos” do que os de antes. Na adolescência, há uma transição em marcha, 
uma ruptura entre o filho idealizado pelos pais e o filho real. Essa transição causa choques, envolve enfrentamentos, mas é 
normal e precisa ser encarada com serenidade. Para tanto, a escola pode ser um espaço privilegiado na intermediação dessas 
tensões e colaborar com pais e filhos a fim de compreenderem melhor essa fase, buscando atuar como parceira da família.
Alguns pais creditam as mudanças de conduta e de temperamento pelas quais passam os filhos, na adolescência, a fatores 
externos – amizades, namoros, festas, internet, por exemplo. É como se os responsáveis sentissem que os filhos continuariam 
os mesmos se alguém ou alguma coisa não tivesse interferido. Mas não é o caso: a mudança parte do próprio adolescente, 
e das circunstâncias e dos estímulos aos quais estão expostos. A escola, nesse sentido, pode ajudar a família a compreender 
isso com mais clareza.
https://eduCaCao.estadao.Com.bR/blogs/albeRt-sabin/pais-e-Filhos-adolesCentes/ (07.03.2016)
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema AS IMPLICAÇÕES 
DA AUSÊNCIA DE DIÁLOGO NO AMBIENTE FAMILIAR, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
PROPOSTA 05
TEXTO 1
O presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), Arthur Guerra de Andrade, explica que o uso 
de bebida alcoólica por adolescente e jovens é frequente. Segundo o psiquiatra e especialista em dependência química, a 
realidade é preocupante, especialmente porque muitos começam a ingerir a substância ilícita com pouca idade. “O jovem 
acha que não vai ter problema e acredita que consegue lidar com a bebida. Os pais ficam mais preocupados com as drogas 
ilícitas do que com as drogas lícitas. O problema é que existe algo chamado pressão de grupo, ou seja, eles não bebem 
sozinhos, bebem porque os amigos também o fazem”, esclarece.
A presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Ana Cecília Marques, considera como 
problema a falta de fiscalização da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. “É necessária 
uma política voltada ao adolescente para que ele seja protegido desses fenômenos do mundo moderno onde o acesso à 
bebida é fácil. Parece que nada mais funciona. A lei só não basta. É preciso que ela venha acompanhada de outras coisas, 
que envolva a participação da família”, alega.
disponível em: http://www.Cisa.oRg.bR/useRFiles/2015/Cisa%20Como%20Fonte/CoRReiobRaziliense-290415.jpg (29.04.2015)
28
TEXTO 2
Nos bares, nas baladas e, muitas vezes, em casa, o álcool está sempre presente, mas o que é usado para diversão também 
pode ser preocupante.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) em 2016, 55% dos alunos do 9º ano, entre 13 e 14 anos, já experimentaram bebida alcoólica.
A pesquisa também revela que a proporção dos jovens que já experimentaram drogas ilícitas subiu de 230,2 mil para 236,8 
mil. E que 21,4% já sofreram algum episódio de embriaguez na vida.
O professor Erikson Felipe Furtado, do Departamento de Neurociências e Ciência do Comportamento da Faculdade de Me-
dicina em Ribeirão Preto (FMRP) da USP, fala sobre os efeitos do álcool nos jovens. 
Para ele, quanto mais cedo uma pessoa se envolve com consumo pesado de álcool, maior a probabilidade de que venha a 
ter complicações. Entre os problemas da ingestão, estão coma alcoólico, indisciplina com compromissos e envolvimento em 
acidentes de trânsito.
https://joRnal.usp.bR/atualidades/aumenta-Consumo-de-alCool-entRe-adolesCentes/ (04.12.2017)
TEXTO 3
 
pesquisa naCional de saúde do esColaR (pense-ibge)
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma-
ção, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema OS 
DESAFIOS PARA DIMINUIR O CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE MENORES, apresentando proposta de intervenção 
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista. 
PROPOSTA 06
TEXTO 1
O preconceito linguístico - o mais sutil de todos eles - atinge um dos mais nobres legados do homem, que é o domínio de 
uma língua. Exercer isso é retirar o direito de fala de milhares de pessoas que se exprimem em formas sem prestígio social. 
Não quero dizer com isso que não temos o direito de gostar mais, ou menos, do falar de uma região ou de outra, do falar 
29
de um grupo social ou de outro. O que afirmo e até enfatizo é que ninguém tem o direito de humilhar o outro pela forma 
de falar. Ninguém tem o direito de exercer assédio linguístico. Ninguém tem o direito de causar constrangimento ao seu 
semelhante pela forma de falar. 
A Constituição brasileira estabelece que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante’’. 
Sendo assim, interpreto eu que qualquer pessoa que for vítima de preconceito linguístico pode buscar a lei maior da nação 
para se defender. Até porque, sob essa ótica, o preconceito linguístico se configura como um tratamento desumano e degra-
dante - uma tortura moral. 
(maRta sCheRRe, linguista e pesquisadoRa do Cnpq)
 http://Revistagalileu.globo.Com/Revista/Common/0,,eRt110515-17774,00.html (aCessado em 07.06.2019)
TEXTO 2
Inguinorança 
Não, leitor, o título acima não está errado, segundo os padrões educacionais agora adotados pelo mal chamado Ministério de 
Educação. Você deve ter visto que o MEC deu aval a um livro que se diz didático no qual se ensina que falar “os livro” pode.
Não pode, não, está errado, é ignorância, pura ignorância, má formação educacional, preguiça do educador em corrigir erros. 
Afinal, é muito mais difícil ensinar o certo do que aceitar o errado com o qual o aluno chega à escola.
Os autores do crime linguístico aprovado pelo MEC usam um argumento delinquencial para dar licença para o assassinato 
da língua: dizem que quem usa “os livro” precisa ficar atento porque “corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”.
Absurdo total. Não se trata de preconceito linguístico. Trata-se, pura e simplesmente, de respeitar normas que custaram anos 
de evolução para que as pessoas pudessem se comunicar de uma maneira que umas entendam perfeitamente as outras.
Tal como matar alguém viola uma norma, matar o idioma viola outra. Condenar uma e outra violação está longe de ser 
preconceito. É um critério civilizatório.
Que professores prefiram

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