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Redação Nota 1000 no ENEM - E-book

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Prévia do material em texto

Autor 
Laércio Ferreira 
 
Revisão 
Laércio Ferreira 
 
Diagramação 
Vinicius Mattos (Propostas de Redação) 
 
Foto da capa 
Pixabay (https://pixabay.com) 
 
 
 
 
2019 
Todos os direitos reservados para Laércio Ferreira 
 
 
 
 
 
 
Então, decidi escrever este livro – no modelo de guia prático – para 
ajudá-los a construir redações de excelência. O diferencial deste material é 
que utilizaremos uma linguagem acessível, descontraída e bastante didática 
para que você não tenha dificuldades durante a leitura de todos os 
capítulos. 
Outro aspecto muito legal deste material é que, para além de 
discutirmos questões relacionadas à teoria, você terá diversos espaços 
(folhas de redação em branco + textos motivadores) para praticar a sua 
escrita, afinal, não tem como conseguir 1000 pontos na redação do ENEM 
sem praticar, concorda? 
Antes de iniciarmos essa prazerosa aventura nessas 73 páginas, 
gostaria de apresentar-me... 
Sou o professor Laércio Ferreira, formado em Letras – Língua 
Portuguesa e Literatura, especialista em Educação de Jovens e Adultos, 
Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de 
Brasília – FE/UnB, professor concursado da Secretaria de Educação do 
Distrito Federal e professor do curso de Pedagogia da Universidade Católica 
de Brasília – UCB, com vasta experiência em redação para concursos, 
vestibulares e ENEM. 
Essa minha experiência com redações fez-me refletir sobre a 
possibilidade de construir um material acessível, o qual possa atender a 
todos, seja aquele aluno que já tem bastante experiência em redações, seja 
aquele estudante que ainda está engatinhando no que se refere à produção 
de textos. 
 Esse material está organizado em 5 capítulos teóricos e mais 10 
propostas de temas de redação, no estilo ENEM, com os textos motivadores 
e folhas em branco para você praticar. 
 
 
 
VAMOS INICIAR NOSSOS ESTUDOS? 
Ah, eu estava esquecendo, qualquer dúvida que surgir durante a leitura desse 
material, você pode enviar-me uma mensagem via direct no Instagram (@laercio_prof) 
assim poderemos manter contato e trocar várias ideias sobre o conteúdo deste livro, 
isso vai ser muito divertido! 
 
 
Parte I 
 Só aprende a escrever quem escreve 
 A importância da leitura na formação do escritor 
 O que é um texto dissertativo/argumentativo? 
 As 5 competências avaliadas na redação 
 Dominar a norma culta 
 Compreender o que está sendo solicitado e escrever um texto 
 dissertativo/argumentativo 
 Coerência textual 
 Coesão textual 
 Proposta de intervenção 
 
Parte II 
 
 
 Combate às violências nas escolas brasileiras 
 Consequências do cyberbullying na sociedade digital 
 Medidas para combater o preconceito linguístico no Brasil 
 A precariedade da saúde pública no Brasil 
 Violência Homofóbica no Brasil 
 Caminhos para combater o analfabetismo no Brasil 
 Mobilidade Urbana no Brasil 
 O uso excessivo das tecnologias digitais por jovens brasileiros 
 O aumento da depressão entre os jovens no Brasil 
 A importância da ciência na sociedade brasileira: desafios para o século XXI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas são as principais frases que escuto quando o assunto é redação. Muitos 
estudantes afirmam que têm dificuldades ou que não dão conta de escrever uma 
boa redação. Mas a verdade é que ninguém nasce sabendo, e para escrever bem 
tem que praticar bastante. Você não nasce sabendo andar de bicicleta, nadar, 
dirigir, e muito menos escrever. E para aprender tudo isso é necessário o que? 
PRATICAR! 
 No início do processo de alfabetização, quando você está aprendendo o 
seu nome, por exemplo, existe uma lógica linguística para que cada letrinha 
tenha sentido em seu devido lugar. E quando você aprende a escrever o seu 
nome, você também começa a compreender como a lógica do código linguístico 
funciona. Isso também acontece quando produzimos textos maiores. No início 
pode parecer complicado, e às vezes você pode achar que o seu texto está muito 
confuso, desorganizado, com erros gramaticais e com diversos outros 
problemas. CALMA, ISSO É NORMAL! 
 
“Professor, eu não sei por onde começar minha redação” 
“Tenho muita dificuldade em língua portuguesa” 
“Escrever não é minha praia” 
“Eu sempre vou mal nas provas de redação” 
“Professor, me ajuda, não sei nada de redação” 
“Acho que minha redação ficou muito ruim’’ 
 
 
 Esse discurso que muitos alunos utilizam, afirmando que não conseguem 
escrever uma boa redação, muitas vezes surge pelo fato de terem experiências 
ruins nos ambientes escolares. Talvez você já tenha recebido, do seu professor 
de língua portuguesa, a sua redação cheia de marcações em vermelho, com 
aqueles inúmeros errinhos gramaticais (concordância, acentuação, uso 
indicativo de crase, regência etc.) e isso fez com que você, de certa forma, 
interiorizasse que realmente não sabe escrever. Porém, temos que entender que 
existe um processo de maturação no que se refere ao amadurecimento da 
escrita. Ou seja, a medida que você vai escrevendo e praticando, as suas 
habilidades com a linguagem escrita vão tomando forma, e, com esse processo, 
você começa a desenvolver bons textos. 
 Pensando nisso, no final deste livro, você vai encontrar 10 temas de 
redações para praticar. É recomendável que você tenha um professor ou um 
colega com experiência para que leia os seus textos, pois assim ele poderá 
comentar com você sobre suas redações e você poderá analisar em qual parte 
está cometendo mais descuidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já vi vários casos em que, muitos alunos, um dia antes da prova de redação do 
ENEM, tentam decorar algumas citações na tentativa de demonstrar, na redação, 
que possuem repertório e têm leitura de mundo. Só que essa atitude, muitas 
vezes, não funciona muito bem! 
 Por isso é recomendável que você construa um repertório sociocultural por 
meio da leitura de livros de diversas áreas, de artigos em bases de dados 
cadastrados no portal CAPES, de textos publicados em sites de confiança e de 
jornais e revistas. 
 Quando você apenas “decora” algumas frases de alguns autores para 
tentar encaixar no seu texto, você pode correr o risco de utilizar uma referência 
que não fique muito bem articulada com o resto do texto, o que pode 
comprometer bastante a sua redação. 
 Dessa forma, sabendo que a leitura é de extrema importância na formação 
de qualquer escritor, segue, abaixo, uma lista com 60 livros – de diversas áreas – 
que podem lhe ajudar a construir um repertório sociocultural para construção 
de argumentos consistentes. 
 
 
 
 
 
 
 
Indicação de livros 
 
Livros de literatura 
brasileira 
Livros de Filosofia Livros de sociologia 
Memórias póstumas de 
Brás Cubas - Machado de 
Assis 
A metamorfose - Franz 
Kafka 
Vigiar e punir - Michel 
Foucault 
O Cortiço - Aluísio de 
Azevedo 
O mundo de Sofia - Jostein 
Gaarder 
Batismo de Sangue - Frei 
Betto 
Romanceiro da 
Inconfidência - Cecília 
Meireles 
O livro das virtudes - 
William J. Bennett 
Pele Negra Máscaras 
Brancas - Frantz Fanon 
A paixão segundo G.H - 
Clarice Lispector 
Além do Bem e do Mal - 
Friedrich Nietzsche 
Sejamos todos Feministas - 
Chimamanda Ngozi Adichie 
O tempo e o Vento - Érico 
Veríssimo 
Assim falou Zaratustra - 
Friedrich Nietzsche 
Amor Líquido - Zygmunt 
Bauman 
Os Sertões - Euclides da 
Cunha 
A política - Aristóteles 
A Ética Protestante e o 
Espírito do Capitalismo - 
Max Weber 
O encontro marcado - 
Fernando Sabino 
Crítica da razão pura - 
Immanuel Kant 
Discurso da Servidão 
Voluntária - Etienne de La 
Boetie 
Vidas Secas - Graciliano 
Ramos 
Discurso do método - René 
Descartes 
A Tolice da Inteligência 
Brasileira - Jesse Souza 
O grande sertão:veredas - 
Guimarães RosaMicrofísica do poder - 
Michel Foucault 
Os condenados da Terra - 
Frantz Fanon 
Morte e vida Severina - João 
Cabral de Melo Neto 
Guia Politicamente 
Incorreto da filosofia - Luiz 
Felipe Pondré 
Leviatã - Thomas Hobbes 
O Guarani - José de Alencar 
O Jardim das aflições - 
Olavo de Carvalho 
Quem tem medo do 
feminismo negro? - Ribeiro, 
Djamila 
Triste fim de Policarpo 
Quaresma - Lima Barreto 
A ordem do Discurso - 
Michel Foucault 
Pode o subalterno falar? - 
Gayatri Chakravorty Spivak 
Memórias de um sargento 
de milícias - Manuel 
Antônio de Almeida 
Confissões - Santo 
Agostinho 
Modernidade Líquida - 
Zygmunt Bauman 
Macunaíma - Mário de 
Andrade 
A condição Humana - 
Hannah Arendt 
A identidade cultural na Pós 
- modernidade - Stuart Hall 
Viva o povo brasileiro - João 
Ubaldo Ribeiro 
O mundo como vontade e 
representação - Arthur 
Schopenhauer 
Mulheres, raça e classe - 
Angela Davis 
 
 
Obra poética - Gregório de 
Matos 
Quando Nietzsche chorou - 
Irvin D. Yalom 
O que é fascismo? E outros 
ensaios - George Orwell 
Vestido de noiva - Nelson 
Rodrigues 
A sociedade do espetáculo - 
Guy Debord 
A condição Humana - 
Hannah Arendt 
São Bernardo - Graciliano 
Ramos 
Memórias do subsolo - 
Fiodor Dostoiévski 
As origens do fascismo - 
Robert Paris 
A moreninha - Joaquim 
Manuel de Macedo 
A utopia - Thomas More 
O livro da Psicologia - Globo 
Livros 
Fogo Morto - José Lins do 
Rego 
Aprendendo a viver - 
Sêneca 
O ódio e a democracia - 
Jacques Rancière 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Querido aluno, antes de falar do texto dissertativo/argumentativo, é 
interessante você lembrar de dois conceitos: gêneros textuais e tipologia textual. 
Gostaria de resgatar esses conceitos porque é comum os estudantes 
confundirem gêneros com tipologia. Então vamos lá: 
 
O que são gêneros textuais? 
São os diversos tipos de textos construídos para estabelecer comunicações 
em determinados contextos, promovendo interações específicas. São exemplos 
de gêneros textuais: conto, piada, romance, carta, propaganda, notícia, receita, 
diário, ensaio, resenha, palestra, conferência, relatório científico, regulamento, 
edital, carta ao leitor, carta de solicitação, artigo de opinião, autobiografia etc. 
Isto é, existe uma rica diversidade de gêneros textuais. 
 
O que é tipologia textual? 
A tipologia textual é a maneira como os textos se apresentam e se 
organizam, e a sua classificação é bem menor do que a dos gêneros textuais. Os 
tipos de textos mais conhecidos são: Narrativo, descritivo, expositivo, 
dissertativo e injuntivo. 
Para você saber o que é cada um desses 5 tipos de textos, montei esse 
esqueminha bem simples para você, olha só... 
 
 
 
 
 
 
 
 
Narrativo É quando há uma história/enredo. 
Descritivo É quando descrevemos algo. 
Expositivo/ Argumentativo É quando apresenta informações sobre algo. 
Dissertativo É quanto o texto apresenta uma opinião sobre algo. 
Injuntivo É quando o texto tem um caráter instrucional. 
 
No Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, o texto solicitado é o 
Argumentativo/dissertativo. Ou seja, é a junção de dois tipos de textos. Para ficar 
mais claro, vamos analisar o que a Cartilha do Participante de 2018, publicada 
pelo INEP diz sobre o texto dissertativo/argumentativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos aqueles 60 livros (de literatura, filosofia e literatura) que indiquei no 
capítulo anterior são obras que você pode ler para lhe ajudar na construção do 
texto dissertativo argumentativo, pois nesse tipo de construção textual você 
precisa fundamentar - COM ARGUMENTOS CONSISTENTES - suas informações, 
fatos e opiniões. Por esta razão, quanto mais bagagem e leitura de mundo você 
tiver, mais facilidade vai ter em construir seus argumentos. 
“O texto dissertativo-argumentativo se organiza na defesa de um 
ponto de vista sobre determinado assunto. É fundamentado com 
argumentos, para influenciar a opinião do leitor, tentando 
convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, 
portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é 
argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é 
dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. O 
objetivo desse texto é, em última análise, convencer o leitor de 
que o ponto de vista em relação à tese apresentada é acertado 
e relevante. Para tanto, mobiliza informações, fatos e opiniões, à 
luz de um raciocínio coerente e consistente.” 
 
 
 Pensando na redação do ENEM, o seu texto dissertativo/argumentativo 
tem que apresentar 3 partes muito importantes: TESE + ARGUMENTOS + 
PROPOSTA INTERVENTIVA. 
 Para você entender bem como funciona essas 3 partes do texto, separei 
duas redações que conseguiram nota máxima no ENEM 2017 para identificarmos 
a tese, os argumentos e a proposta interventiva articulada com o tema. Essas 
duas redações estão disponíveis na Cartilha do Participante de 2018 publicada 
pelo INEP. 
 
Texto 1 
 
Na antiga Esparta , crianças com deficiência eram assassinadas, pois não 
poderiam ser guerreiras, profissão mais valorizada na época. Na contemporaneidade 
, tal barbárie não ocorre mais, porém há grandes dificuldades para garantir aos 
deficientes – em especial os surdos – o acesso à educação, devido ao preconceito ainda 
existente na sociedade e à falta de atenção do Estado à questão. 
Inicialmente , um entrave é a mentalidade retrógrada de parte da população, 
que age como se os deficientes auditivos fossem incapazes de estudar e , posteriormente 
, exercer uma profissão. De fato, tal atitude se relaciona ao conceito de banalidade 
do mal , trazido pela socióloga Hannah Arendt: quando uma atitude agressiva ocorre 
constantemente , as pessoas param de vê-la como errada. Um exemplo disso é a 
discriminação contra os surdos nas escolas e faculdades – seja por olhares maldosos 
ou pela falta de recursos para garantir seu aprendizado. Nessa situação, o medo do 
preconceito, que pode ser praticado mesmo pelos educadores, possivelmente leva à 
desistência do estudo, mantendo o deficiente à margem dos seus direitos – fato que é 
tão grave e excludente quanto os homicídios praticados em Esparta , apenas mais 
dissimulado. 
Outro desafio enfrentado pelos portadores de deficiência auditiva é a 
inobservância estatal , uma vez que o governo nem sempre cobra das instituições de 
ensino a existência de aulas especializadas para esse grupo – ministradas em Libras – 
além da avaliação do português escrito como segunda língua. De acordo com 
Habermas, incluir não é só trazer para perto, mas também respeitar e crescer junto 
com o outro. A frase do filósofo alemão mostra que , enquanto o Estado e a escola não 
garantirem direitos iguais na educação dos surdos – com respeito por parte dos 
professores e colegas – tal minoria ainda estará sofrendo práticas discriminatórias. 
 
 
 Destarte , para que as pessoas com deficiência na audição consigam o acesso 
pleno ao sistema educacional , é preciso que o Ministério da Educação, em parceria 
com as instituições de ensino, promova cursos de Libras para os professores, por meio 
de oficinas de especialização à noite – horário livre para a maioria dos profissionais 
– de maneira a garantir que as escolas e universidades possam ter turmas para surdos, 
facilitando o acesso desse grupo ao estudo. Em adição, o Estado deve divulgar 
propagandas institucionais ratificando a importância do respeito aos deficientes 
auditivos, com postagens nas redes sociais, para que a discriminação dessa minoria 
seja reduzida , levando à maior inclusão. 
Mariana Camelier Mascarenhas 
 
TESE 
(...) há grandes dificuldades para garantir aos deficientes 
– em especial os surdos – o acesso à educação (...). 
ARGUMENTOS 
Argumento 01 - (...) preconceito ainda existente na 
sociedade (...) 
 
Argumento 02 - (...) à falta de atenção do Estado à 
questão. 
PROPOSTAINTERVENTIVA 
Destarte , para que as pessoas com deficiência na 
audição consigam o acesso pleno ao sistema educacional 
, é preciso que o Ministério da Educação, em parceria 
com as instituições de ensino, promova cursos de Libras 
para os professores, por meio de oficinas de 
especialização à noite – horário livre para a maioria dos 
profissionais – de maneira a garantir que as escolas e 
universidades possam ter turmas para surdos, facilitando 
o acesso desse grupo ao estudo. Em adição, o Estado 
deve divulgar propagandas institucionais ratificando a 
importância do respeito aos deficientes auditivos, com 
postagens nas redes sociais, para que a discriminação 
dessa minoria seja reduzida , levando à maior inclusão. 
 
 
 
 
 
 
Texto 2 
 
Durante o século XIX, a vinda da Família Real ao Brasil trouxe consigo a 
modernização do país, com a construção de escolas e universidades. Também, na 
época, foi inaugurada a primeira escola voltada para a inclusão social de surdos. 
Não se vê, entretanto, na sociedade atual, tal valorização educacional relacionada 
à comunidade surda, posto que os embates que impedem sua evolução tornam-se cada 
vez mais evidentes. Desse modo, os entraves para a educação de deficientes auditivos 
denotam um país desestruturado e uma sociedade desinformada sobre sua 
composição bilíngue. 
A princípio, a falta de profissionais qualificados dificulta o contato do portador 
de surdez com a base educacional necessária para a evolução social. O Estado e a 
sociedade hodierna têm negligenciado os direitos da comunidade surda, pois a falta 
de intérpretes capacitados para a tradução educativa e a inexistência de vagas em 
escolas inclusivas perpetuam a disparidade entre surdos e ouvintes, condenando os 
detentores da surdez aos menores cargos da hierarquia social. Vê-se, pois, o paradoxo 
que, em um Estado Democrático, ainda haja o ferimento de um direito previsto 
constitucionalmente: o direito à educação de qualidade. 
Além disso, a ignorância social frente à conjuntura bilíngue do país é uma 
barreira para a capacitação pedagógica do surdo. Helen Keller – primeira mulher 
surdo-cega a se formar e tornar-se escritora – definia a tolerância como o maior 
presente de uma boa educação. O pensamento de Helen não tem se aplicado à 
sociedade brasileira, haja vista que não se tem utilizado a educação para que se torne 
comum ao cidadão a proximidade com portadores de deficiência auditiva, como 
aulas de LIBRAS, segunda língua oficial do Brasil. Dessa forma, torna-se evidente o 
distanciamento causado pela inexperiência dos indivíduos em lidar com a mescla que 
forma o corpo social a que possuem. 
Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios para a 
capacitação educacional dos surdos. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação 
e Cultura deve viabilizar a inserção de deficientes auditivos nas escolas, por meio da 
contratação de intérpretes e disponibilização de vagas em instituições inclusivas, com 
o objetivo de efetivar a inclusão social dos indivíduos surdos, haja vista que a escola é 
a máquina socializadora do Estado. Ademais, a escola deve preparar surdos e ouvintes 
para uma convivência harmoniosa, com a introdução de aulas de LIBRAS na grade 
 
 
curricular, a fim de uniformizar o corpo social e, também, cumprir com a máxima de 
Nelson Mandela que constitui a educação como o segredo para transformar o mundo. 
Poder-se-á, assim, visar a uma educação, de fato, inclusiva no Brasil. 
Beatriz Albino Servilha 
 
TESE 
(...) Não se vê, entretanto, na sociedade atual, tal 
valorização educacional relacionada à comunidade 
surda, posto que os embates que impedem sua evolução 
tornam-se cada vez mais evidentes. 
ARGUMENTOS 
Argumento 01 - (...) os entraves para a educação de 
deficientes auditivos denotam um país desestruturado 
(...) 
 
Argumento 02 - uma sociedade desinformada sobre sua 
composição bilíngue. 
PROPOSTA INTERVENTIVA 
Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos 
desafios para a capacitação educacional dos surdos. Para 
que isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura deve 
viabilizar a inserção de deficientes auditivos nas escolas, 
por meio da contratação de intérpretes e 
disponibilização de vagas em instituições inclusivas, com 
o objetivo de efetivar a inclusão social dos indivíduos 
surdos, haja vista que a escola é a máquina socializadora 
do Estado. Ademais, a escola deve preparar surdos e 
ouvintes para uma convivência harmoniosa, com a 
introdução de aulas de LIBRAS na grade curricular, a fim 
de uniformizar o corpo social e, também, cumprir com a 
máxima de Nelson Mandela que constitui a educação 
como o segredo para transformar o mundo. Poder-se-á, 
assim, visar a uma educação, de fato, inclusiva no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que você já entendeu como funciona a estrutura de um texto dissertativo 
argumentativo, gostaria que você continuasse o texto que iniciei. Note que 
elaborei uma introdução com CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA (parte roxa) + 
TESE (parte verde) + ARGUMENTO 01 (parte amarela) + ARGUMENTO 02 (parte 
azul). 
 
Você vai elaborar os próximos 3 parágrafos deste texto, ok? 
❖ No primeiro parágrafo do desenvolvimento (2º parágrafo do texto) você 
vai desenvolver o argumento 01 (de amarelo); 
❖ No segundo parágrafo do desenvolvimento (3º parágrafo do texto) você 
vai desenvolver o argumento 02 (de azul); 
❖ Por último (quarto parágrafo) você vai elaborar uma proposta interventiva 
(conclusão) bem articulada com todo o seu texto, ok? 
 
A Declaração de Salamanca, de 1994, é considerada uma das principais 
publicações responsáveis por enxergar, em uma visão holística, a necessidade 
de incluir as pessoas com deficiência nos diversos setores da sociedade. Nesta 
regulamentação há um conjunto de recomendações e propostas para que as 
pessoas com deficiências - com suas subjetividades - tenham acesso, de 
maneira inclusiva e integral, aos ambientes acadêmicos. Contudo, apesar de 
alguns avanços no que tange à educação especial no Brasil, ainda existem 
diversas problemáticas no atendimento às pessoas com deficiência, 
principalmente em relação ao processo de ensino e aprendizagem dos sujeitos 
surdas. Dentro dessas problemáticas podemos citar a falta de preparação de 
professores e a falta da efetivação das políticas públicas voltadas para a 
educação inclusiva. 
 
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Competência 1 
Querido estudante, preste atenção! 
 Na competência 1 da redação do Enem são avaliadas as suas habilidades 
em relação à utilização da norma culta da língua portuguesa. 
O que isso quer dizer? 
Quer dizer que seu texto será avaliado, nesta competência, de acordo com a 
modalidade formal da língua portuguesa. Nada de utilizar gírias, chavões ou 
palavras informais no seu texto. 
Sabe aquelas palavras que você utiliza no dia a dia com seus amigos, sem se 
preocupar com as regras gramaticais da Língua Portuguesa? Pois é, na sua 
redação você deve evitar esse tipo de expressão! 
A competência 01 vai avaliar sua desenvoltura em relação ao uso das normas 
gramaticais, isto é, vai avaliar seu desempenho nos seguintes aspectos: 
❖ Acentuação gráfica; 
❖ Ortografia; 
❖ Uso do hífen; 
❖ Separação silábica e translineação; 
❖ Uso de letras maiúsculas de minúsculas; 
 
 
❖ Regência verbal; 
❖ Regência nominal; 
❖ Concordância verbal; 
❖ Concordância Nominal 
❖ Pontuação; 
❖ Paralelismo sintático; 
❖ Uso de pronomes; 
 
Perceba que todos aqueles conteúdos que você estudou na disciplina de Língua 
Portuguesa, durante o ensino fundamental e médio, vão ser cobrados na 
competência 01. 
Para que você consiga uma ótima nota na competência 01, eu vou indicar 
algumas gramáticas para você ficar afiado em relação à gramática da Língua 
Portuguesa, ok? 
 
Gramáticas Autores 
Gramática: Teoria e Atividades (2009) 
 
 
Maria Aparecida Paschoalin 
Neuza Terezinha Spadoto 
Novíssima Gramática da Língua 
Portuguesa – 2008 
 
 
Domingos Paschoal Cegalla 
 
 
Gramática Fácil da Língua 
Portuguesa (2014) 
 
 
Evanildo Bechara 
Moderna Gramática Portuguesa (2015) 
 
 
Evanildo Bechara 
Nova Gramática do Português 
Contemporâneo 
 
 
Celso Cunha 
Lindley Cintra 
Gramática Metódica da 
Língua Portuguesa 
 
 
Napoleão Mendes de Almeida 
 
 
 
Querido estudante, se você for a uma biblioteca e analisar algumas 
gramáticas, você vai perceber que algumas são mais complexas que outras, por 
isso é interessante você escolher aquela que esteja de acordo com o seu nível de 
compreensão em relação aos aspectos gramaticais da nossa língua. 
Bom, se você tem dificuldades e quer uma gramática mais simples e com 
bastante exercícios para praticar, indico a primeira da nossa lista: Gramática 
Teoria e Atividades, Paschoalin e Spadoto, mas se você quer uma gramática que 
discute os aspectos gramaticais da Língua Portuguesa de maneira mais profunda, 
neste caso indico a Moderna Gramática Portuguesa, do Evanildo Bechara e a 
Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Cunha e Cintra. 
Se você tiver muitas dificuldades em relação aos conteúdos e explicações 
dessas gramáticas, pode enviar mensagem para mim quando quiser, lembrando 
que o meu instagram é: @laercio_prof. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@laercio_prof 
https://www.instagram.com/laercio_prof
 
 
Competência 2 
Compreender o que está sendo solicitado e escrever 
um texto dissertativo/argumentativo 
 Bom, nesta competência, para conseguir os sonhados 200 pontos, você 
deve aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o 
tema solicitado na prova discursiva. Além disso, você deve respeitar bem a 
estrutura dissertativa argumentativa. 
Nós já conversamos sobre isso no capítulo 3 (O que é um texto 
dissertativo/argumentativo?) Lembra? 
Nesta competência é comum os estudantes perderem pontos por não 
demonstrarem repertório sociocultural diversificado, englobando várias áreas 
do conhecimento. 
Você lembra daquela lista de 60 livros que indiquei para leitura? Então, se 
você criar o hábito da leitura e trazer os conhecimentos adquiridos por meio 
desses livros para a sua redação, você com certeza vai conseguir demonstrar um 
rico repertório sociocultural. Citando autores e pensamentos de diversas áreas 
para enriquecer seus argumentos. 
Vou lhe dar algumas dicas para você conseguir 200 pontos nessa 
competência: 
❖ Fique atento à tipologia textual, isto é, cuidado para não escrever um 
texto descritivo ou narrativo; 
❖ Antes de começar o seu texto, faça um projeto de texto. Projeto de 
texto é um rascunho em que você organiza suas ideias, rascunhando o 
que vai ficar na introdução, no desenvolvimento e na proposta 
interventiva; 
❖ Leia com atenção os textos motivadores e aproveite as informações de 
cada um deles, sem copiar fragmentos desses textos; 
❖ Cuidado com o tangenciamento do tema! Muitas vezes os candidatos 
escrevem parcialmente sobre o tema. Por isso fique atento a cada 
palavra que está no comando da prova (no tema); 
 
 
❖ Lembre-se de apresentar, de forma prática e objetiva, uma tese, 
argumentos, e uma solução para a problemática (proposta de 
intervenção articulada com todo o texto); 
❖ Tenha bastante atenção ao elaborar sua proposta interventiva para não 
ferir os direitos humanos. 
❖ Utilize exemplos, dados estatísticos, citações, passagens de livros, 
alusões históricas, comparações, e diversos outros recursos que 
demonstre que você tem conhecimento de mundo. 
 
Competência 3 
Coerência textual 
Na competência 3 você tem que demonstrar que consegue articular bem 
as partes do seu texto, mantendo coerência entre as ideias apresentadas entre 
os períodos e os parágrafos, sem entrar em contradição. 
 De acordo com a Cartilha do Participante do ENEM 2018, você tem que 
 
 
 
 
 
 
Nesta competência, então, você deve manter a coerência entre as partes 
do texto, selecionado os melhores argumentos e as melhores ideias de maneira 
lógica, pois isso vai fazer com que o seu texto tenha uma continuidade textual e 
uma progressividade lógica, sem embaraçar as ideias. Beleza? 
Basicamente, nesta competência você tem que demonstrar domínio da 
chamada coerência textual. 
 
 
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, 
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista (...). 
É preciso, então, elaborar um texto que apresente, claramente, 
uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a 
posição assumida por você em relação à temática da proposta 
de redação. 
 
 
Você sabe o que é isso? 
Olha só, de acordo com a professora Ingedore Koch, uma das linguistas 
mais importantes do Brasil, que foi professora de Linguística Textual no Instituto 
de Estudos da Linguagem da Unicamp – IEL/Unicamp, coerência textual é, 
basicamente, as relações lógicas entre as ideias do texto. Isso quer dizer que, 
para manter um texto coerente, você deve evitar contradições que prejudiquem 
o entendimento do texto por aqueles que vão ler sua redação. 
Vou lhe dar uma dica importante para não pecar nesta competência: 
❖ Sempre que terminar de escrever um parágrafo, leia-o atentamente 
afim de analisar se cometeu alguma contradição, pois desta forma vocêterá mais atenção na hora de continuar o seu texto e corre menos riscos 
de perder pontos na competência 03. 
 
 
Competência 4 
Coesão textual 
Para garantir uma boa nota na competência 4, você tem que utilizar 
elementos coesivos de forma diversificada durante todo o texto. Os principais 
elementos coesivos são as conjunções e as locuções conjuntivas, as quais têm a 
função de ligar os textos de uma oração e os parágrafos de um texto. O papel 
desses elementos é deixar o seu texto bem amarradinho. 
 Olha este texto que conseguiu nota 1000 na redação do ENEM de 2017, eu 
destaquei diversos elementos coesivos que o candidato utilizou na construção 
do seu texto. 
Em razão de seu caráter excessivamente militarizado, a sociedade que 
constituía a cidade de Esparta, na Grécia Antiga, mostrou-se extremamente 
intolerante com deficiências corpóreas ao longo da história, tornando constante 
inclusive o assassinato de bebês que as apresentassem, por exemplo. Passados mais de 
dois mil anos dessa prática tenebrosa, ainda é deploravelmente perceptível, sobretudo 
em países subdesenvolvidos como o Brasil, a existência de atos preconceituosos 
perpetrados contra essa parcela da sociedade, que são o motivo primordial para que 
 
 
se perpetue como difícil a escolarização plena de deficientes auditivos. Esse panorama 
nofasto suscita ações mais efetivas tanto do Poder Público quanto de instituições 
formadoras de opinião, com o escopo de mitigar os diversos empecilhos postos frente à 
educação dessa parcela social. 
É indubitável, de fato, que muitos avanços já foram conquistados no que tange 
à efetivação dos direitos constitucionais garantidos aos surdos brasileiros. Pode-se 
mencionar, por exemplo, a classificação da Libras – Língua Brasileira de Sinais – como 
segundo idioma oficial da nação em 2002, a existência de escolas especiais para 
surdos no território do Brasil e as iniciativas privadas que incluem esses cidadãos 
como partícipes de eventos – como no caso da plataforma do Youtube Educação, cujas 
aulas sempre apresentam um profissional que traduz a fala de um professor para a 
língua de sinais. Apenas medidas flagrantemente pontuais como essas, contudo, são 
incapazes de tornar a educação de surdos efetiva e acessível a todos que necessitam 
dela, visto que não só a maioria dos centros educacionais está mal distribuída no 
país, mas também a disponibilidade de professores específicos ainda é escassa, além de 
a linguagem de sinais ainda ser desconhecida por grande parte dos brasileiros. 
No que tange à sociedade civil, nota-se a existência de comportamentos e de 
ideologias altamente preconceituosos contra os surdos brasileiros. A título de 
ilustração, é comum que pais de estudantes ditos “normais” dificultem o ingresso de 
alunos portadores de deficiência auditiva em classes não específicas a eles, alegando 
que tal parcela tornará o “ritmo” da aula mais lento; que colegas de sala difundam 
piadas e atitudes maldosas e que empresas os considerem inaptos à comunicação com 
outros funcionários. Essas atitudes deploravelmente constantes no Brasil ratificam a 
máxima atribuída ao filósofo Voltaire: “Os preconceitos são a razão dos imbecis”. 
Urge, pois, a fim de tornar atitudes intolerantes restritas à história de Esparta, 
que o Estado construa mais escolas para deficientes auditivos em municípios mais 
afastados de grandes centros e promova cursos de Libras a professores da rede pública 
– por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Educação e da 
realização de palestras com especialistas na educação de surdos –, em prol de tornar 
a formação educacional deles mais fácil e mais inclusiva. Outrossim, é mister que 
instituições formadoras de opinião – como escolas, universidades e famílias 
socialmente engajadas – promovam debates amplos e constantes acerca da 
importância de garantir o respeito e a igualdade de oportunidades a essa parcela 
social, a partir de diálogos nos lares, de seminários e de feiras culturais em ambientes 
 
 
educacionais. Assim, reduzir-se-ão os empecilhos existentes hoje em relação à 
educação de surdos. 
Maria Juliana Bezerra Costa 
 
Perceba o quanto esses elementos coesivos são importantes para amarrar 
o texto e manter a coesão textual entre os períodos e os parágrafos. 
Para lhe ajudar, vou deixar uma tabelinha aqui com diversos conectivos 
para você utilizar em suas redações, ok? 
Cada conetivo tem um valor semântico e deve ser empregado de acordo 
com a ideia que você quer passar no seu texto. 
 
Tabela de conectivos para você utilizar em suas redações 
Conectivos que dão ideia de adição 
Além disso, demais, ademais, outrossim, 
como também, e, bem como etc. 
Conectivos que dão ideia de tempo 
Nesse interim, afinal, por fim, finalmente, 
em seguida, a princípio, por vezes, 
eventualmente etc. 
Conectivos que dão ideia de ênfase De certo, certamente, com certeza etc. 
Conectivos que dão ideia de conclusão 
Em suma, dessa maneira, desse modo, 
logo, pois, assim sendo etc. 
Conectivos que dão ideia de condição 
Se, caso, exceto se, a menos que, desde 
que etc. 
Conectivos que dão ideia de 
proporcionalidade 
Quanto mais, à medida que, ao passo que, 
à proporção que etc. 
Conectivos que dão ideia de conformidade Assim como, como, que, do que etc. 
Conectivos que dão ideia de finalidade 
Para que, a fim de que, de maneira que, de 
sorte que etc, 
Conectivos que dão ideia de contrariedade 
Embora, conquanto que, ainda que, mesmo 
que, posto que, se bem que, por menos 
que, apesar de que etc. 
Conectivos que dão ideia de causa 
Já que, porquanto, visto que, uma vez que, 
desde que etc. 
 
 
 
 
 
Competência 5 
Proposta de intervenção 
Na competência 5 você tem que elaborar uma proposta interventiva para 
solucionar o problema abordado. Mas, mais do que isso, sua proposta tem que 
ser bem detalhada e articulada com todo o texto. 
 Não adianta você elaborar uma rica proposta interventiva se o seu texto, 
como um todo, não tem argumentos consistentes ao longo dos parágrafos da 
introdução e do desenvolvimento. Sendo assim, para conseguir nota máxima na 
competência 5, você deve construir uma proposta interventiva detalhada 
relacionada ao tema e às discussões apontadas durante a construção de seus 
argumentos. 
Veja a diferença entre uma proposta interventiva que receberia uma nota 
baixa: 
 
Tema da redação: A falta de valorização dos professores na rede pública de 
ensino 
Proposta interventiva vaga: O governo deve investir em educação e melhorar o 
salário dos professores para a gente ter uma educação cada vez melhor 
 
Agora veja um exemplo de proposta interventiva que receberia nota alta: 
 
Tema da redação: A falta de valorização dos professores na rede pública de 
ensino 
Proposta interventiva detalhada: O Estado deve repensar não só a remuneração 
dos professores da educação básica da rede pública, como também nas 
condições de trabalho e na formação continuada dos profissionais da educação. 
Neste viés, é imprescindível que o Governo Federal cumpra, por exemplo, a meta 
15 do Plano Nacional de Educação – PDE, investindo na formação inicial e 
continuada dos professores. Além disso, em parceria com o MEC, o governo local 
deve promover conferências e mesas redondas para discutir melhorias nas 
condições de trabalho dos docentes que estão no chão da escola (sala de aula). 
E, por fim, em parceria com as Universidades Federais, com a sociedade e com 
 
 
outras diversas instituições sociais, o Ministério da Educação deve incentivar os 
jovens a seguir a carreira docente, além de promover debates, discussões e 
seminários sobre a indispensabilidade de termos professores com bons salários 
e boas condições de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte IICombate às violências nas escolas brasileiras 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
Muitos são os problemas das escolas públicas no 
país, e um dos principais é a falta de professores. Todo ano 
é o mesmo dilema, edital disso e daquilo nas paredes das 
escolas, alguns por afastamento de licença médica, outros 
por cargo vago. Já se percebe ao longo dos anos que não 
há muito interesse dos jovens em escolher a profissão 
professor, essa falta de interesse em tal profissão não é 
por que outras profissões exibem maior retorno financeiro, pode até ser, mas o fato é 
que ser professor hoje não é uma carreira cogitada pela maioria. A explicação para 
esse desmerecimento da profissão não é só, uma, podemos começar pelo salário, que 
pela carga de tarefas deveria ser pelo menos três vezes mais. 
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-desvalorizacao-do-/35994. 
Acesso em 07 de nov. 2018 (fragmento). 
 
Texto 2 
Um grande avanço para conter a violência contra professores entrou em vigor 
nesta sexta-feira. Foi sancionada pelo governador Fernando Pimentel a Lei 22.623, que 
estabelece medidas para conter atos contra educadores e demais servidores do 
quadro da Secretaria de Educação de Minas Gerais. A proposta estava incluída no 
Projeto de Lei 3.874/16, que foi aprovado no dia 21 na Assembleia Legislativa de Minas 
Gerais (ALMG). 
A lei estabelece medidas protetivas e procedimentos para casos de violência. É 
considera violência, pela norma, qualquer ação ou omissão que cause lesão corporal, 
dano patrimonial, dano psicológico/psiquiátrico ou morte, praticada direta ou 
indiretamente no exercício da profissão. A ameaça à integridade física e patrimonial 
do servidor também está incluída. 
Fonte:https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/07/28/interna_gerais,887460/lei-para-conter-violencia-contra-professores-e-
servidores-da-educacao.shtml. Acesso em 07 nov. 2018 (fragmento). 
 
Texto 3 
A violência na escola constitui-se em um grande problema social e pode ser vista 
como um comportamento agressivo que abrange os conflitos interpessoais, os danos 
ao patrimônio e os atos criminosos, podendo ter consequências negativas sobre os 
Tema 01 
 
 
resultados escolares dos alunos. Utilizando dados de escolas nos Estados Unidos, 
Grogger (1997) mostrou que a violência reduz a probabilidade de um aluno concluir o 
ensino médio em 5,1% (High School Graduation) e diminui em 6,9% a probabilidade de 
o aluno ingressar na faculdade. Com dados das escolas no Brasil, Sevenini e Firpo 
(2009) observaram que a ocorrência de um evento violento adicional em um. 
Além disso, em alguns casos, jovens com problemas de comportamento tornam-
se criminosos, o que não quer dizer necessariamente que um jovem com 
comportamento violento na escola se tornará um delinquente; porém, é de se esperar 
que um delinquente manifeste comportamento violento na escola. A evidência disso 
pode ser encontrada no estudo de Farrington (1990), que, mediante uma amostra de 
dados longitudinais, analisou a relação entre a agressividade manifestada na infância 
e os resultados na vida dos homens com 32 anos. O autor observou que 57% dos 
homens identificados como agressivos em idade entre 8 e 10 anos foram condenados 
por algum tipo de crime, ao passo que, entre os indivíduos que não apresentaram 
agressividade na infância, o percentual observado foi de 31%. 
A escola tem papel fundamental na identificação do indivíduo com tendência a 
apresentar comportamento violento, já que é nesse ambiente que a criança 
provavelmente manifesta tal comportamento. Conforme Jacob e Lefgren (2003), a 
escola pode ainda prevenir a agressividade dos alunos por meio do ensino e do 
monitoramento. Essa relação é chamada de “efeito capacitação” e sugere que manter 
os jovens ocupados e fora das ruas pode diminuir o engajamento em atividades 
violentas. Todavia, os autores acrescentam que, se o ambiente escolar for 
caracterizado pela presença da violência, a concentração dos estudantes aumenta a 
probabilidade dos conflitos agressivos, uma vez que a escola proporciona a 
concentração geográfica dos alunos e aumenta a interação entre eles. Tal relação é 
denominada de “efeito concentração”. 
Fonte: BECKER, Kalinca Léia and KASSOUF, Ana Lúcia. Violência nas escolas públicas brasileiras: uma análise da relação entre o 
comportamento agressivo dos alunos e o ambiente escolar. Nova econ. [online]. 2016. 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: COMBATE ÀS VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS BRASILEIRA. 
 
 
 
 
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Consequências do cyberbullying na sociedade digital 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
À medida que crianças e adolescentes intensificam sua interação com as novas 
tecnologias e aumentam sua participação em redes sociais, criando perfis públicos e 
compartilhando informações pessoais, novos dispositivos tecnológicos são criados em 
resposta a essa demanda. Nesse cenário de tecnologia e mundo globalizado, a 
violência moral e reacional não se limita mais ao espaço físico. Dessa forma, o bullying 
tradicional, frequentemente praticado nas escolas, ganha o ambiente virtual na forma 
de cyberbullying. 
Fonte: Rev. Saúde. Dig..Tec. Edu. Fortaleza, CE, v. 1, n. 1, p. 20-41, jan./jul. 2016 Acesso em: 13 de dezembro de 2018. 
 
Texto 2 
 
Fonte: Marcos Muniz San. 
 
Texto 3 
 
Fonte: http://i.imgur.com/CgZaTVq.png? acesso em: 13 de dezembro de 2018. 
 
 
 
Tema 02 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: CONSEQUÊNCIAS DO CYBERBULLYING NA SOCIEDADE DIGITAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Medidas para combater o preconceito linguístico no Brasil 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
O preconceito linguístico é um dos piores males impregnado na sociedade 
contemporânea principalmente quando parte das pessoas cultas que se dizem 
verdadeiros “donos” do português brasileiro. Dominar uma variante de prestígio, 
como a norma padrão de uma língua, não significa dizer que o outro seja rudimentar, 
pobre, incapaz e etc. Com isso, apesar de muitos graduandos saírem da universidade 
com uma visão diferenciada de como abordar a questão do preconceito linguístico, 
alguns acabam se limitando ao “sistema” político pedagógico implantado pela escola 
ocasionando diversos conflitos sociais, pois o público escolar é diversificado, cada 
discente tem seu próprio caráter cultural. 
Bagno (2007) sobre este aspecto compara a língua como um iceberg na qual a 
norma culta é aquela parte superficial que flutua na superfície do oceano e a língua é 
a parte que fica para as profundezas que justamente é a língua viva que não esta 
estática, parada no tempo, e que é utilizada pela maioria do povo brasileiro, enquanto 
que a gramática normativa é a menor parte, porém, tende ser autoritária, intolerante 
e repressiva com os alunos. Os PCN’s (1998) orientam que o preconceito linguístico, 
como qualquer outro preconceito, resulta de avaliações subjetivas dos grupos sociais 
e deve ser combatido com vigor e energia (BRASIL, 1998, p.82). 
Fonte:https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-preconceito-linguistico-relacao-alunos-ensino.htm. 
 
Texto 2 
Marcos Bagno fala sobre preconceito linguístico 
Marcos Bagno é graduado em Letras, com doutorado em Filologia e Língua 
Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrado em Letras pela 
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 
A discriminação com base no modo de falar dos indivíduos é encarada com 
muita naturalidade na sociedade brasileira. Os “erros” de português cometidos por 
analfabetos, semi-analfabetos, pobres e excluídos são criticados pela elite, que 
“disputa” quem sabe mais a nossa língua. Essa é uma das constatações do lingüista e 
professor do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) Marcos Bagno. 
Segundo o pesquisador, o conhecimento da gramática normativa tem sido usado como 
um instrumento de distinção e de dominação pela população culta. 
Tema 03 
 
 
“É que, de todos os instrumentos de controle e coerção social, a linguagem 
talvez seja o mais complexo e sutil”, afirma. “Para construir uma sociedade tolerante 
com as diferenças é preciso exigir que as diversidades nos comportamentos 
lingüísticos sejam respeitadas e valorizadas”, defende. 
O preconceito na língua faz com que os indivíduos se sintam humilhados ou 
intimidados com a possibilidade de cometer um erro de português. “Como se o fato 
de saber a regência ‘correta’ do verbo implicar gerasse algum tipo de vantagem, de 
superioridade, de senha secreta para o ingresso num círculo de privilegiados”, afirma 
o professor, que foi um dos convidados do seminário Universidade e Preconceitos – 
Discutindo e Enfrentando uma Realidade, ocorrido em setembro de 2006 na UnB. 
Mas Bagno assegura que esse tal erro, que tanto aterroriza, na realidade não 
existe. Na sua opinião o que há são variedades do português, como aquele falado no 
interior pelo caipira ou aquele falado por alguém que estudou e mora na capital. O que 
mais importa para Bagno é o contexto de quem diz o quê, a quem, como e visando que 
efeito. 
Fonte: http://www.stellabortoni.com.br/index.php/entrevistas/1414-maaios-bagoo-fala-sobai-paiiooiiito-lioguistiio-78894042. 
 
Texto 3 
O que é preconceito linguístico? 
Em 2016, um médico foi afastado do hospital em que trabalhava depois de publicar 
uma foto com os dizeres “Não existe peleumonia e nem raôxis”. Os erros foram 
cometidos naquele dia pelo paciente José Mauro, um mecânico de 42 anos. Ao ouvir 
o termo “peleumonia”, o médico caiu no riso. 
 
Fonte: https://medium.com/@niva/o-que-%C3%A9-preconceito-lingu%C3%ADstico-9a93c074d523. 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: MEDIDAS PARA COMBATER O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL. 
 
 
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A precariedade da saúde pública no Brasil 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
História da Saúde Pública no Brasil 
 
 
 
Durante o período da colonização e império do Brasil não existiam políticas 
públicas voltadas para a saúde. No início da colonização, muitos indígenas morreram 
em virtude das "doenças do homem branco", aquelas trazidas pelos europeus e para 
as quais a população indígena não tinha resistência. 
O acesso a saúde era determinado pela classe social do indivíduo. Os nobres 
tinham fácil acesso aos médicos, enquanto os pobres, escravos e indígenas não 
recebiam nenhum tipo de atenção médica. Essa parte da população era dependente 
da filantropia, caridade e crenças. 
Uma das formas de conseguir atendimento era através de centros médicos 
ligados as instituições religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia. Esses espaços 
eram mantidos por meio de doações da comunidade e por muito tempo representam 
a única opção para as pessoas sem condições financeiras. 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/saude-publica-no-brasil. 
 
Texto 2 
Saúde pública no Brasil ainda sofre com recursos insuficientes 
Gestão e financiamento são alguns dos principais problemas do SUS, segundo 
especialistas; proposta de iniciativa popular em tramitação na Câmara destina pelo 
Tema 04 
 
 
menos 10% das receitas correntes brutas para a saúde, o que teria representado R$ 41 
bilhões a mais em 2014. 
Saúde é uma das principais preocupações do brasileiro e também um dos 
maiores desafios dos governantes que assumiram em 1º de janeiro. Em um 
levantamento do Ministério da Saúde para atestar a qualidade do Sistema Único de 
Saúde (SUS), a média nacional ficou em 5,5, em uma escala de 0 a 10. 
O sistema de saúde pública que tem a pretensão de atender a todos os 
brasileiros, sem distinção, apresenta falhas em seus principais programas. Um 
exemplo é o Saúde da Família, que tem o objetivo de atuar na prevenção de doenças, 
alterando um modelo de saúde centrado nos hospitais. 
Em 20 anos, no entanto, nenhum estado alcançou cobertura completa. Apenas 
dois ultrapassaram os 90% de cobertura: Piauí e Paraíba. Na outra ponta, sete estados 
têm atendimento abaixo da metade: Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Rio 
Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, com 20%. 
A consequência dessa e de outras falhas são hospitais lotados. Dados do Tribunal 
de Contas da União (TCU) indicam que 64% dos hospitais estão sempre com 
superlotação. Apenas 6% nunca estão cheios. 
Outro problema nacional é a mão de obra. Não só faltam médicos no interior, 
mas também estrutura para o atendimento e oportunidades para a capacitação dos 
profissionais. A formação dos médicos também é questionada. 
“Os centros de formação formam profissionais para o mercado de saúde. O SUS 
é uma política pública de Estado, não é mercado. A saúde no SUS é vista como direito 
social, enquanto que no mercado é vista como mercadoria”, observa o consultor 
legislativo Geraldo Lucchese. 
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/480185-SAUDE-PUBLICA-NO-BRASIL-AINDA-SOFRE-COM-RECURSOS 
INSUFICIENTES.html. 
 
Texto 3 
O difícil acesso à saúde pública no Brasil – por Sandra Franco 
Em tempos de baixo crescimento econômica e crise política causada pela má 
administração (já secular) do dinheiro público, os problemas sempre presentes no país 
destacam-se em painéis luminosos e brilhantes, difíceis de se ignorar. O cidadão, não 
mais cego pelas luzes do crédito fácil, está sendo obrigado a discutir os problemas 
enraizados na sociedade. 
 
 
Certamente a saúde é um dos temas mais difíceis de debater. Bastante comum 
é que se coloque a responsabilidade na falta de recursos repassados aos Estados e 
Municípios. Seria mesmo? 
Outros sugerem que o dinheiro está disponível, mas a aplicação dele pelos 
gestores não se destina a políticas públicas a longo prazo, mas sim a manter uma 
estrutura mínima e a “apagar” incêndios. Ou seja, a realidade é a de pagar tratamentos 
caríssimos aos cidadãos que ingressam na Justiça para garantir seu direito 
constitucional a uma saúde integral. 
E em qualquer destes cenários fica claro e transparente que o acesso do 
brasileiro à saúde pública é difícil. 
Quando se trata de resolver problemas complexos, o ingresso na Justiça pode 
ser uma forma de solução necessária, mas não a adequada. 
Um exemplo é o de um grande hospital público de São Paulo que se encontra há 
meses com equipamento de radioterapia quebrado. Os pacientes com câncer que 
utilizariam o sistema SUS para tratamento, só o realizam ao provocar o Judiciário que 
obriga o Estado a pagar para serviços particulares, por um custo quatro vezes superior 
ao realizado pelo SUS. Não seria mais simples comprar nova máquina? Como os 
gestores podem evitaresses paradoxos nocivos à Saúde? 
De outro lado, são alarmantes os números de despesas do Ministério da Saúde 
geradas por ações judiciais requisitando medicamentos não disponíveis na rede 
pública, que vêm crescendo em ritmo cada vez maior. Nos últimos três anos, o valor 
pago na chamada Judicialização da saúde saltou de R$ 367 milhões em 2012 para R$ 
844 milhões em 2014. Um aumento expressivo de 129%. 
Essas ações são certamente motivadas pela falta de acesso a tratamentos no 
SUS, seja por falta de disponibilidade dos medicamentos ou porque eles não fazem 
parte da lista de tratamentos da rede pública. 
Fonte: http://saudeonline.grupomidia.com/healthcaremanagement/o-dificil-acesso-a-saude-publica-no-brasil-por-sandra-franco. 
 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: A PRECARIEDADE DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL. 
 
 
 
 
 
 
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Violência homofóbica no Brasil 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
Série de denúncias entre os anos de 2011 a 2017 no Brasil 
 
Fonte: http://dapp.fgv.br/dados-publicos-sobre-violencia-homofobica-no-brasil-28-anos-de-combate-ao-preconceito/ 
 
 
Textos 2 
O voto de Celso de Mello no julgamento sobre criminalização 
da LGBTfobia em cinco frases 
 "Essa visão de mundo, fundada na ideia artificialmente construída de que as 
diferenças biológicas entre o homem e a mulher devem determinar os seus papeis 
sociais, meninos vestem azul e meninas vestem rosa, (...) impõe notadamente em face 
dos integrantes da comunidade LGBT uma inaceitável restrição a suas liberdades 
fundamentais, submetendo tais pessoas a um padrão existencial heteronormativo 
incompatível com a diversidade e o pluralismo". 
- "Versões tóxicas da masculinidade e da feminilidade acabam gerando 
agressões a quem ousa delas se distanciar no seu exercício de direito fundamental e 
humano ao livre desenvolvimento da personalidade, sob o espantalho moral criado 
por fundamentalistas religiosos e reacionários morais com referência à chamada 
ideologia de gênero". 
- "Ninguém pode ser privado de direitos ou sofrer sanções de ordem jurídica em 
razão de sua identidade de gênero. (...) Os LGBTs têm o direito de receber a igual 
proteção das leis". 
Tema 05 
 
 
- "Nada é mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição 
sem a vontade de fazer executá-la integralmente". 
- "A omissão do Estado mediante a inércia do poder público também desrespeita 
a Constituição, ofende os direitos que nela se fundam e impede, por ausência ou 
insuficiência de medidas, a própria aplicabilidade dos postulados da lei fundamental". 
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/14/politica/1550152297_535331.html 
 
Texto 3 
 
Fonte: http://generoesexualidadenasescolas.blogspot.com/2016/08/escolas-brasileiras-estao-despreparadas.html 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO BRASIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Caminhos para combater o analfabetismo no Brasil 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
 
 
Fonte: https://www.oitomeia.com.br/noticias/educacao/2017/12/22/ibge-piaui-e-o-segundo-estado-com-maior-taxa-de-analfabetismo-do-brasil/ 
 
Texto 2 
5,2% dos eleitores brasileiros se declaram analfabetos 
 
Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/5-2-dos-eleitores-brasileiros-se-declaram-analfabetos/ 
 
Texto 3 
Grande desafio: erradicar analfabetismo entre adultos 
ainda é meta distante para os governos 
O combate ao analfabetismo entre adultos continua a ser uma das grandes 
metas para a educação no Brasil. Com 12,6 milhões de analfabetos, o país está entre 
as 144 nações signatárias do Marco de Ação de Belém – realizado pela Organização 
Tema 06 
 
 
das Nações Unidas (ONU) – que não elevaram os níveis de alfabetização da população 
adulta. 
A avaliação, que considerou o intervalo de 2009 a 2015, está no 3º Relatório 
Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, lançado ontem pela Unesco. Em 
Minas, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o 
Estado segue a tendência mundial: o número de analfabetos com mais de 20 anos de 
idade saiu de 1,3 milhão para 1,1 milhão de pessoas no mesmo período de 
comparação. Uma redução de apenas 13%. 
Recomeço 
Quem decide recuperar o tempo perdido e encarar novamente os estudos 
garante que o esforço é recompensado. É o caso de Eunice Gomes. Aos 58 anos, ela 
cursa o 9º ano do ensino fundamental em uma das turmas da Educação de Jovens e 
Adultos (EJA) do Colégio Nossa Senhora das Dores, na região Centro-Sul de Belo 
Horizonte. 
A mulher conta que abandonou os estudos quando se casou, aos 18 anos, 
desestimulada pela própria família conservadora. Hoje, Eunice comemora o retorno à 
sala de aula com empolgação. 
“Sinto que minha capacidade de entender melhor a minha realidade melhorou 
muito. Hoje, consigo dialogar melhor e entender o que está acontecendo na política 
brasileira, por exemplo”, explica. 
O aposentado Jander Alves, de 65 anos, também arregaçou as mangas para 
encarar uma pausa de 40 anos longe das salas de aula. No 3º ano do ensino médio, ele 
afirma que é um prazer adquirir novos conhecimentos e garante que não quer mais 
parar. 
Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/grande-desafio-erradicar-analfabetismo-entre-adultos-ainda-%C3%A9-meta-distante-para-os-
governos-1.446335 
 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: CAMINHOS PARA COMBATER O ANALFABETISMO NO BRASIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mobilidade urbana no Brasil 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
Mobilidade Urbana no Brasil - História 
Devido ao grande índice populacional, em algumas cidades brasileiras a 
mobilidade urbana é considerada um dos principais desafios de gestão das cidades na 
atualidade. 
O tema é alvo de debates e críticas devido à opção pelo transporte motorizado 
individual, que os especialistas chamam de "paradigma do automóvel". 
O paradigma do automóvel influenciou diretamente o traçado das cidades que 
surgiram nas décadas de 50 e 60. O exemplo mais notório, no país, é a construção de 
Brasília cujo deslocamento foi inteiramente pensado para ser feito em automóvel. 
Entre os fatores que demonstram o fracasso do privilégio ao transporte 
motorizado individual estão os engarrafamentos e a poluição do meio ambiente. Hoje, 
esses fatores são comuns nas principais cidades brasileiras. 
A frota de automóveis brasileira cresceu 400% em dez anos, conforme dados da 
FGV (Fundação Getúlio Vargas), numa pesquisa realizada em 2016. 
Já a construção de transportes alternativos e coletivos, como o metrô de 
superfície, não apresentou o mesmo índice de aumento no mesmo período.Fonte: https://www.todamateria.com.br/mobilidade-urbana/ 
 
Texto 2 
Mobilidade urbana 
Um tema que reaparece na mídia, especialmente na época das eleições, é a 
mobilidade urbana, que tem sido um dos grandes desafios para as cidades brasileiras 
e do mundo. 
Por mobilidade urbana entendemos toda a forma de locomoção dentro dos 
centros urbanos, incluindo aí a preocupação com a eficácia dos meios de transporte 
públicos, o grau de participação dos meios particulares de transporte, a acessibilidade 
das vias públicas e dos transportes para os portadores de necessidade especiais 
(rampas e elevadores para cadeirantes, piso tátil para deficientes visuais, etc), custos 
econômicos e ambientais dos transportes urbanos, entre outros. Em suma, todo o 
deslocamento de pessoas e cargas no espaço urbano está incluso na questão da 
mobilidade urbana. 
Tema 07 
 
 
Muitos fatores interferem na mobilidade urbana: qualidade e eficiência dos 
transportes públicos, priorização de um modelo rodoviarista ou a opção por estradas 
de ferro, impacto ambiental dos transportes adotados, viabilidade do uso de meios 
alternativos de transportes através da construção de ciclovias e ciclofaixas, opção por 
combustíveis que causem menos danos ambientais, entre outros. 
Atualmente, uma das grandes polêmicas envolvendo a mobilidade urbana está 
acompanhando o surgimento dos aplicativos de transporte executivo, tais como Uber, 
Cabify e outros, que concorrem não apenas com os táxis, mas em função do seu custo 
reduzido, por vezes disputam com os próprios transportes públicos quando os mesmos 
são caros e ineficientes. 
Fonte: https://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/ 
 
 
Texto 3 
Mobilidade urbana e o direito à cidade 
Com o crescimento das cidades brasileiras, principalmente a partir da década de 
1970, uma das principais dificuldades dos habitantes dos centros urbanos é a 
mobilidade urbana. A ênfase na utilização do automóvel como principal meio de 
locomoção, a precariedade, os altos preços dos transportes coletivos e a falta de 
investimentos satisfatórios em infraestrutura de trânsito têm colocado a questão da 
mobilidade urbana como caminho para a melhoria da qualidade de vida nas cidades. 
O presente texto tem por objetivo levantar alguns posicionamentos sobre a 
mobilidade urbana, um debate contemporâneo em muitas cidades, para que os 
professores possam desenvolver essa temática junto a seus alunos. 
Várias propostas têm surgido neste debate, que vão desde o incentivo à 
utilização de novos modais de transporte, como a bicicleta, até ações restritivas de 
utilização do automóvel, como a criação de pedágios urbanos e os rodízios de 
automóveis. Mas para além de uma discussão sobre os meios de transporte e as 
normatizações de seu uso, há no debate sobre a mobilidade urbana um pano de fundo 
que diz respeito ao direito à cidade, ao direito de se deslocar por ela e acessar os 
diversos serviços que ela oferece. 
Nesse sentido, o direito à cidade está ligado à possibilidade que os diversos 
grupos sociais têm de se deslocarem pelos centros urbanos. Os serviços públicos 
essenciais, como saúde e educação, bem como o lazer e a cultura, são direitos 
constitucionais. O acesso aos locais de trabalho aparece como uma necessidade 
fundamental dos trabalhadores. Pode-se perceber, assim, que a utilização desses 
 
 
serviços está ligada à possibilidade que essas pessoas têm de chegar aos locais em que 
são oferecidos. É necessário se deslocar à escola, ao centro de saúde, ao cinema, ao 
teatro, ao local de trabalho etc. O debate sobre a mobilidade urbana versa, dessa 
forma, sobre a garantia de condições necessárias à utilização dos serviços, como 
também sobre os obstáculos a essa utilização. 
Fone: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/mobilidade-urbana-direito-cidade.htm 
 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: MOBILIDADE URBANA NO BRASIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O uso excessivo das tecnologias digitais por jovens brasileiros 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
Uso excessivo de tecnologias causa doenças em jovens, diz médico 
O uso excessivo de computadores, videogames e celulares com internet já 
atingiu a saúde dos jovens. A afirmação é do médico ortopedista de Uberlândia, 
Leandro Cardoso Gomide. Apesar de não ter números, ele informou que o 
aparecimento das conhecidas Lesões por Esforço Repetitivo (LERs) tem causado danos 
na coluna e nas mãos dos usuários devido à má postura e o tempo em que utilizam as 
tecnologias. 
“É difícil falar em números, mas com o aparecimento de novas tecnologias a 
frequência de pacientes no consultório com dores relacionadas ao esforço repetitivo 
cresceram nos últimos anos. E os danos mais comuns entre os jovens estão na coluna", 
explicou Leandro. 
Segundo ele, muitos adolescentes usam o notebook, por exemplo, por horas na 
cama, no sofá e até no chão, e acabam tendo complicações na coluna. “Geralmente 
não é o mau uso destes equipamentos, e sim o uso em excesso e em uma posição 
inadequada”, ressaltou. 
O estudante Marcel Obeid, de 19 anos, fica sentado na frente do computador 
por cerca de cinco horas por dia. Aos finais de semana, o jovem afirma que o tempo 
aumenta para, aproximadamente, sete horas. Ele contou que sente dores nas costas 
com frequência e acredita que o problema é decorrente da má postura durante o 
tempo em que usa o computador. 
“Ainda não procurei um médico. Acho que essas dores aparecem porque às 
vezes fico em posições prejudiciais à minha coluna, mas que me deixam mais 
confortável. Também gosto de jogar videogame, porém, em menor frequência do que 
o computador”, relatou o estudante. 
A estudante Caroline Carrijo, que também tem 19 anos, contou que usa o celular 
sempre que está longe do computador. “Às vezes não estou com o celular 
propriamente na mão, mas sempre o tenho perto de mim e raramente fico longe dele. 
Mas é fato que eu uso muito o aparelho para sms e internet, mais que para falar”, 
contou. 
Com isso, Caroline passou a sentir alguns incômodos devido ao tempo em que 
utiliza o telefone. “Eu sinto dor nos dedos de vez enquanto por causa de digitar demais 
Tema 08 
 
 
ou jogar. Também já senti dor no braço de ficar muito tempo segurando o celular para 
falar”, disse. 
A jovem disse que ainda não foi diagnosticada com LER, mas afirmou que tem 
consciência de que pode vir a ter a doença. "Tenho consciência de que posso 
desenvolver. Mas não consigo ficar sem celular, principalmente por causa da internet”, 
completou. 
Como evitar lesões 
De acordo com o médico Leandro Gomide, alguns procedimentos são essenciais 
para evitar as leões provenientes dos excessos. “Limitar o tempo de uso é o primeiro 
passo. Manter uma postura correta, fortalecer a musculatura dos membros superiores 
e inferiores, e fortalecer a musculatura paravertebral e abdominal”, recomendou. 
Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/04/uso-excessivo-de-tecnologias-causa-doencas-em-jovens-diz-
medico.html 
 
Texto 2 
3 consequências do uso precoce e excessivo da tecnologia 
O corpo fora da ação 
Para uma criança conhecer o mundo e se desenvolver, sua motricidade precisa 
estar engajada nesse projeto: de modo concreto, implica deslocamentos, 
movimentações, coordenações sensoriais, manipulações. É a inteligência sensório-
motora. Até 2 anos, a pura imagem, além de não lhe ensinar nada (pois se traduz 
unicamente pormovimentos em frente aos seus olhos) dificulta-lhe a aprendizagem 
quando economiza ou evita o engajamento do corpo no projeto de conhecer o mundo, 
começar a movimentar o corpo, engatinhar, andar, tocar objetos e alcançar com suas 
pernas e braços o mundo ao redor. 
 
O corpo fica sem sentir 
Para um Corpo sentir e o psiquismo poder representar o mundo que entra pelas 
sensações, é preciso que todas as sensações (visão, audição, olfato, paladar, vestibular, 
propriocepção, tato) sejam percebidas, organizadas e interpretadas. Se a visão e a 
audição, se sobrepõem às demais, haverá um processamento deficitário e que poderá 
desenvolver sérios problemas para integrar todas essas sensações, e portanto, 
dificuldades em se desenvolver de modo integral, a seguir. 
 
 
 
 
 
A vida lá fora 
Os hábitos familiares ligados aos aspectos cotidianos como dormir, comer, 
passear, estão sofrendo modificações a partir do uso das mídias digitais. A cena de 
encontrar em restaurantes as crianças com um tablet ou celular, ambos usados como 
entretenimento na hora da refeição, ou mesmo sendo usados quando os pais se 
deslocam no trânsito para que a criança não tenha qualquer incômodo, são alguns 
exemplos do que estamos vendo atualmente. 
Em relação à alimentação, sem sentir fome ou saciedade, os alimentos 
penetram na boca da criança sem que o gosto, o sabor, o cheiro, o olhar, as pausas, as 
conversas ocorram e sem desejos ou vontades, como se tudo fosse no “automático” 
ou com distorções de imagens dos alimentos vistos nas telas. 
A criança vidrada na tela durante esses acontecimentos cotidianos, faz com que 
não haja espaço entre a demanda e a satisfação, portanto, também para desenvolver 
a criatividade nesse espaço (o que faço nesse momento de espera, de tédio, de 
buraco?), consequentemente, nessa impossibilidade de administrar o tempo e as 
realidades à volta, ocorrem desequilíbrios entre as frustrações e a tolerância 
necessária que as relações exigem, tanto com o “outro” e consigo mesma. 
Fonte: https://ciclovivo.com.br/vida-sustentavel/equilibrio/consequencias-precoce-excessivo-tecnologia/ 
 
Texto 3 
Os efeitos do mau uso da tecnologia entre jovens 
Sem dúvida a humanidade vem passando por um avanço tecnológico jamais 
visto, a cada dia que se passa somos metralhados por novas tecnologias e novas 
invenções. Porém a grande pergunta que fica no ar é: Tudo isso nos faz bem? 
Em uma breve análise podemos fazer uma avaliação não sobre o avanço da 
tecnologia, mas sim pela forma que a mesma está sendo utilizada. Nesse post enfoco 
sobre os jovens e as alterações diretas e indiretas sofridas pelo abuso da nova 
tecnologia. 
Qual adolescente hoje em dia não tem seu Smartphone, seu Tablet ou seu 
Notebook? A invasão da tecnologia nessa faixa etária está cada dia mais alta, é comum 
crianças de oito anos já terem acesso total a esses dispositivos, de fato eles são uma 
peça importante no ensino pela facilidade de acesso a informações, sejam elas de qual 
classe ou teor. O grande problema é que esses dispositivos estão abrindo portas a 
problemas Físicos e até mesmo psicológicos que antes não se viam. É totalmente 
normal hoje em dia um adolescente dizer que se deita a meia noite, ou ate mesmo as 
 
 
duas da madrugada por estarem conectados com esses aparelhos, seja com jogos, 
redes sociais ou ate mesmo estudando, alterando assim diretamente o ciclo do sono, 
ciclo esse que é de fundamental importância para o organismo, pois é o momento 
onde o corpo vai passar por uma restauração dos danos do dia-a-dia, assim como vai 
colocar em marcha os processos de crescimento dos ossos e maduração do Sistema 
Nervoso (principalmente a parte responsável pelo Psíquico e Intelecto), ou seja, vai 
“arrumar as coisas”. Os efeitos de uma noite mal dormida vem acompanhado com 
outros diversos problemas, um deles de suma importância é a disfunção do sistema 
hormonal, durante o sono são liberados substancias pelo cérebro que controlam a 
secreção de hormônios e os mantém em perfeito equilíbrio, com a falta da regulação 
dos mesmos as consequências são inúmeras, e muitas passam despercebidas ate 
causar grandes problemas como doenças reprodutivas, alterações no comportamento, 
falta de concentração, sono e indisposição durante o dia, alteração no ciclo social, 
predisposição a depressão e autismo, predisposição a obesidade, entre outras. 
Fonte: https://verdademundial.com.br/2015/08/os-efeitos-do-mau-uso-da-tecnologia-entre-jovens/ 
 
 
 
 
Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a 
modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o 
tema: O USO EXCESSIVO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS POR JOVENS BRASILEIROS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O aumento da depressão entre os jovens no Brasil 
 
Textos motivadores 
Texto 1 
Suicídios de adolescentes: como entender os motivos e 
lidar com o fato que preocupa pais e educadores 
No mundo todo estima-se que um dia aproximadamente 2.191 pessoas se 
suicidem. Isso significa 800.000 suicídios por ano. Estes números são alarmantes e 
desnudam uma outra situação correlata que também merece toda nossa atenção: a 
depressão, cujos índices também aumentam progressiva e preocupantemente em 
todos os continentes. 
Segundo a OMS aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo tem 
depressão. As crianças e os adolescentes estão incluídos nestas estatísticas. 
As causas para o aumento da depressão e do suicídio, especialmente entre 
adolescentes e adultos jovens ainda merece mais estudos especializados. Não há 
dúvida de que as razões são multifatoriais, envolvendo fatores de ordem social, 
biológica e psicológica. Para cada pessoa pode haver o predomínio de um destes 
fatores, especificamente. 
Cabe a nós todos, no entanto, estarmos atentos às pessoas – principalmente 
adolescentes - que estão à nossa volta. Muitas vezes emanam sinais silenciosos, que 
podem passar desapercebidos. As pessoas com depressão tendem a faltar com 
frequência e sem explicação ao trabalho ou faculdade; demonstram pouca capacidade 
de concentração nas atividades cotidianas, a autoestima fica mais baixa, pode haver 
descuido com a aparência pessoal, muitos perdem o apetite e emagrecem, o sono fica 
prejudicado e o cansaço é evidente. 
Disponibilizar-se para uma conversa calma e tranquila, onde mais se ouve do 
que se fala, sem julgamentos desnecessários, pode ser a primeira forma de ajudar 
quem precisa. Encaminhar para um tratamento especializado é essencial. 
Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/blog/ana-escobar/post/2018/09/24/depressao-e-suicidio-um-desafio-para-todos-nos.ghtml 
 
 
 
 
 
 
 
Tema 09 
 
 
Texto 2 
OMS registra aumento de casos de depressão em todo o 
mundo; no Brasil são 11,5 milhões de pessoas 
 
 
 
O número de pessoas que vivem com depressão aumentou 18% entre 2005 e 
2015. É o que aponta um novo relatório global lançado nesta quinta-feira (23) pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de 
pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade afetam 
mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população). 
O relatório “Depressão e outros distúrbios mentais comuns: estimativas globais 
de saúde” aponta que 322 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com este 
transtorno mental, a maioria mulheres. 
A cada ano, os baixos níveis de informação e a falta de acesso a tratamentos 
para depressão e ansiedade levam a uma perda econômica global estimada em mais 
de um trilhão de dólares. O estigma associado a esses transtornos

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