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Autor Laércio Ferreira Revisão Laércio Ferreira Diagramação Vinicius Mattos (Propostas de Redação) Foto da capa Pixabay (https://pixabay.com) 2019 Todos os direitos reservados para Laércio Ferreira Então, decidi escrever este livro – no modelo de guia prático – para ajudá-los a construir redações de excelência. O diferencial deste material é que utilizaremos uma linguagem acessível, descontraída e bastante didática para que você não tenha dificuldades durante a leitura de todos os capítulos. Outro aspecto muito legal deste material é que, para além de discutirmos questões relacionadas à teoria, você terá diversos espaços (folhas de redação em branco + textos motivadores) para praticar a sua escrita, afinal, não tem como conseguir 1000 pontos na redação do ENEM sem praticar, concorda? Antes de iniciarmos essa prazerosa aventura nessas 73 páginas, gostaria de apresentar-me... Sou o professor Laércio Ferreira, formado em Letras – Língua Portuguesa e Literatura, especialista em Educação de Jovens e Adultos, Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília – FE/UnB, professor concursado da Secretaria de Educação do Distrito Federal e professor do curso de Pedagogia da Universidade Católica de Brasília – UCB, com vasta experiência em redação para concursos, vestibulares e ENEM. Essa minha experiência com redações fez-me refletir sobre a possibilidade de construir um material acessível, o qual possa atender a todos, seja aquele aluno que já tem bastante experiência em redações, seja aquele estudante que ainda está engatinhando no que se refere à produção de textos. Esse material está organizado em 5 capítulos teóricos e mais 10 propostas de temas de redação, no estilo ENEM, com os textos motivadores e folhas em branco para você praticar. VAMOS INICIAR NOSSOS ESTUDOS? Ah, eu estava esquecendo, qualquer dúvida que surgir durante a leitura desse material, você pode enviar-me uma mensagem via direct no Instagram (@laercio_prof) assim poderemos manter contato e trocar várias ideias sobre o conteúdo deste livro, isso vai ser muito divertido! Parte I Só aprende a escrever quem escreve A importância da leitura na formação do escritor O que é um texto dissertativo/argumentativo? As 5 competências avaliadas na redação Dominar a norma culta Compreender o que está sendo solicitado e escrever um texto dissertativo/argumentativo Coerência textual Coesão textual Proposta de intervenção Parte II Combate às violências nas escolas brasileiras Consequências do cyberbullying na sociedade digital Medidas para combater o preconceito linguístico no Brasil A precariedade da saúde pública no Brasil Violência Homofóbica no Brasil Caminhos para combater o analfabetismo no Brasil Mobilidade Urbana no Brasil O uso excessivo das tecnologias digitais por jovens brasileiros O aumento da depressão entre os jovens no Brasil A importância da ciência na sociedade brasileira: desafios para o século XXI Parte I Essas são as principais frases que escuto quando o assunto é redação. Muitos estudantes afirmam que têm dificuldades ou que não dão conta de escrever uma boa redação. Mas a verdade é que ninguém nasce sabendo, e para escrever bem tem que praticar bastante. Você não nasce sabendo andar de bicicleta, nadar, dirigir, e muito menos escrever. E para aprender tudo isso é necessário o que? PRATICAR! No início do processo de alfabetização, quando você está aprendendo o seu nome, por exemplo, existe uma lógica linguística para que cada letrinha tenha sentido em seu devido lugar. E quando você aprende a escrever o seu nome, você também começa a compreender como a lógica do código linguístico funciona. Isso também acontece quando produzimos textos maiores. No início pode parecer complicado, e às vezes você pode achar que o seu texto está muito confuso, desorganizado, com erros gramaticais e com diversos outros problemas. CALMA, ISSO É NORMAL! “Professor, eu não sei por onde começar minha redação” “Tenho muita dificuldade em língua portuguesa” “Escrever não é minha praia” “Eu sempre vou mal nas provas de redação” “Professor, me ajuda, não sei nada de redação” “Acho que minha redação ficou muito ruim’’ Esse discurso que muitos alunos utilizam, afirmando que não conseguem escrever uma boa redação, muitas vezes surge pelo fato de terem experiências ruins nos ambientes escolares. Talvez você já tenha recebido, do seu professor de língua portuguesa, a sua redação cheia de marcações em vermelho, com aqueles inúmeros errinhos gramaticais (concordância, acentuação, uso indicativo de crase, regência etc.) e isso fez com que você, de certa forma, interiorizasse que realmente não sabe escrever. Porém, temos que entender que existe um processo de maturação no que se refere ao amadurecimento da escrita. Ou seja, a medida que você vai escrevendo e praticando, as suas habilidades com a linguagem escrita vão tomando forma, e, com esse processo, você começa a desenvolver bons textos. Pensando nisso, no final deste livro, você vai encontrar 10 temas de redações para praticar. É recomendável que você tenha um professor ou um colega com experiência para que leia os seus textos, pois assim ele poderá comentar com você sobre suas redações e você poderá analisar em qual parte está cometendo mais descuidos. Já vi vários casos em que, muitos alunos, um dia antes da prova de redação do ENEM, tentam decorar algumas citações na tentativa de demonstrar, na redação, que possuem repertório e têm leitura de mundo. Só que essa atitude, muitas vezes, não funciona muito bem! Por isso é recomendável que você construa um repertório sociocultural por meio da leitura de livros de diversas áreas, de artigos em bases de dados cadastrados no portal CAPES, de textos publicados em sites de confiança e de jornais e revistas. Quando você apenas “decora” algumas frases de alguns autores para tentar encaixar no seu texto, você pode correr o risco de utilizar uma referência que não fique muito bem articulada com o resto do texto, o que pode comprometer bastante a sua redação. Dessa forma, sabendo que a leitura é de extrema importância na formação de qualquer escritor, segue, abaixo, uma lista com 60 livros – de diversas áreas – que podem lhe ajudar a construir um repertório sociocultural para construção de argumentos consistentes. Indicação de livros Livros de literatura brasileira Livros de Filosofia Livros de sociologia Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis A metamorfose - Franz Kafka Vigiar e punir - Michel Foucault O Cortiço - Aluísio de Azevedo O mundo de Sofia - Jostein Gaarder Batismo de Sangue - Frei Betto Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles O livro das virtudes - William J. Bennett Pele Negra Máscaras Brancas - Frantz Fanon A paixão segundo G.H - Clarice Lispector Além do Bem e do Mal - Friedrich Nietzsche Sejamos todos Feministas - Chimamanda Ngozi Adichie O tempo e o Vento - Érico Veríssimo Assim falou Zaratustra - Friedrich Nietzsche Amor Líquido - Zygmunt Bauman Os Sertões - Euclides da Cunha A política - Aristóteles A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo - Max Weber O encontro marcado - Fernando Sabino Crítica da razão pura - Immanuel Kant Discurso da Servidão Voluntária - Etienne de La Boetie Vidas Secas - Graciliano Ramos Discurso do método - René Descartes A Tolice da Inteligência Brasileira - Jesse Souza O grande sertão:veredas - Guimarães RosaMicrofísica do poder - Michel Foucault Os condenados da Terra - Frantz Fanon Morte e vida Severina - João Cabral de Melo Neto Guia Politicamente Incorreto da filosofia - Luiz Felipe Pondré Leviatã - Thomas Hobbes O Guarani - José de Alencar O Jardim das aflições - Olavo de Carvalho Quem tem medo do feminismo negro? - Ribeiro, Djamila Triste fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto A ordem do Discurso - Michel Foucault Pode o subalterno falar? - Gayatri Chakravorty Spivak Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de Almeida Confissões - Santo Agostinho Modernidade Líquida - Zygmunt Bauman Macunaíma - Mário de Andrade A condição Humana - Hannah Arendt A identidade cultural na Pós - modernidade - Stuart Hall Viva o povo brasileiro - João Ubaldo Ribeiro O mundo como vontade e representação - Arthur Schopenhauer Mulheres, raça e classe - Angela Davis Obra poética - Gregório de Matos Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom O que é fascismo? E outros ensaios - George Orwell Vestido de noiva - Nelson Rodrigues A sociedade do espetáculo - Guy Debord A condição Humana - Hannah Arendt São Bernardo - Graciliano Ramos Memórias do subsolo - Fiodor Dostoiévski As origens do fascismo - Robert Paris A moreninha - Joaquim Manuel de Macedo A utopia - Thomas More O livro da Psicologia - Globo Livros Fogo Morto - José Lins do Rego Aprendendo a viver - Sêneca O ódio e a democracia - Jacques Rancière Querido aluno, antes de falar do texto dissertativo/argumentativo, é interessante você lembrar de dois conceitos: gêneros textuais e tipologia textual. Gostaria de resgatar esses conceitos porque é comum os estudantes confundirem gêneros com tipologia. Então vamos lá: O que são gêneros textuais? São os diversos tipos de textos construídos para estabelecer comunicações em determinados contextos, promovendo interações específicas. São exemplos de gêneros textuais: conto, piada, romance, carta, propaganda, notícia, receita, diário, ensaio, resenha, palestra, conferência, relatório científico, regulamento, edital, carta ao leitor, carta de solicitação, artigo de opinião, autobiografia etc. Isto é, existe uma rica diversidade de gêneros textuais. O que é tipologia textual? A tipologia textual é a maneira como os textos se apresentam e se organizam, e a sua classificação é bem menor do que a dos gêneros textuais. Os tipos de textos mais conhecidos são: Narrativo, descritivo, expositivo, dissertativo e injuntivo. Para você saber o que é cada um desses 5 tipos de textos, montei esse esqueminha bem simples para você, olha só... Narrativo É quando há uma história/enredo. Descritivo É quando descrevemos algo. Expositivo/ Argumentativo É quando apresenta informações sobre algo. Dissertativo É quanto o texto apresenta uma opinião sobre algo. Injuntivo É quando o texto tem um caráter instrucional. No Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, o texto solicitado é o Argumentativo/dissertativo. Ou seja, é a junção de dois tipos de textos. Para ficar mais claro, vamos analisar o que a Cartilha do Participante de 2018, publicada pelo INEP diz sobre o texto dissertativo/argumentativo Todos aqueles 60 livros (de literatura, filosofia e literatura) que indiquei no capítulo anterior são obras que você pode ler para lhe ajudar na construção do texto dissertativo argumentativo, pois nesse tipo de construção textual você precisa fundamentar - COM ARGUMENTOS CONSISTENTES - suas informações, fatos e opiniões. Por esta razão, quanto mais bagagem e leitura de mundo você tiver, mais facilidade vai ter em construir seus argumentos. “O texto dissertativo-argumentativo se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. É fundamentado com argumentos, para influenciar a opinião do leitor, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. O objetivo desse texto é, em última análise, convencer o leitor de que o ponto de vista em relação à tese apresentada é acertado e relevante. Para tanto, mobiliza informações, fatos e opiniões, à luz de um raciocínio coerente e consistente.” Pensando na redação do ENEM, o seu texto dissertativo/argumentativo tem que apresentar 3 partes muito importantes: TESE + ARGUMENTOS + PROPOSTA INTERVENTIVA. Para você entender bem como funciona essas 3 partes do texto, separei duas redações que conseguiram nota máxima no ENEM 2017 para identificarmos a tese, os argumentos e a proposta interventiva articulada com o tema. Essas duas redações estão disponíveis na Cartilha do Participante de 2018 publicada pelo INEP. Texto 1 Na antiga Esparta , crianças com deficiência eram assassinadas, pois não poderiam ser guerreiras, profissão mais valorizada na época. Na contemporaneidade , tal barbárie não ocorre mais, porém há grandes dificuldades para garantir aos deficientes – em especial os surdos – o acesso à educação, devido ao preconceito ainda existente na sociedade e à falta de atenção do Estado à questão. Inicialmente , um entrave é a mentalidade retrógrada de parte da população, que age como se os deficientes auditivos fossem incapazes de estudar e , posteriormente , exercer uma profissão. De fato, tal atitude se relaciona ao conceito de banalidade do mal , trazido pela socióloga Hannah Arendt: quando uma atitude agressiva ocorre constantemente , as pessoas param de vê-la como errada. Um exemplo disso é a discriminação contra os surdos nas escolas e faculdades – seja por olhares maldosos ou pela falta de recursos para garantir seu aprendizado. Nessa situação, o medo do preconceito, que pode ser praticado mesmo pelos educadores, possivelmente leva à desistência do estudo, mantendo o deficiente à margem dos seus direitos – fato que é tão grave e excludente quanto os homicídios praticados em Esparta , apenas mais dissimulado. Outro desafio enfrentado pelos portadores de deficiência auditiva é a inobservância estatal , uma vez que o governo nem sempre cobra das instituições de ensino a existência de aulas especializadas para esse grupo – ministradas em Libras – além da avaliação do português escrito como segunda língua. De acordo com Habermas, incluir não é só trazer para perto, mas também respeitar e crescer junto com o outro. A frase do filósofo alemão mostra que , enquanto o Estado e a escola não garantirem direitos iguais na educação dos surdos – com respeito por parte dos professores e colegas – tal minoria ainda estará sofrendo práticas discriminatórias. Destarte , para que as pessoas com deficiência na audição consigam o acesso pleno ao sistema educacional , é preciso que o Ministério da Educação, em parceria com as instituições de ensino, promova cursos de Libras para os professores, por meio de oficinas de especialização à noite – horário livre para a maioria dos profissionais – de maneira a garantir que as escolas e universidades possam ter turmas para surdos, facilitando o acesso desse grupo ao estudo. Em adição, o Estado deve divulgar propagandas institucionais ratificando a importância do respeito aos deficientes auditivos, com postagens nas redes sociais, para que a discriminação dessa minoria seja reduzida , levando à maior inclusão. Mariana Camelier Mascarenhas TESE (...) há grandes dificuldades para garantir aos deficientes – em especial os surdos – o acesso à educação (...). ARGUMENTOS Argumento 01 - (...) preconceito ainda existente na sociedade (...) Argumento 02 - (...) à falta de atenção do Estado à questão. PROPOSTAINTERVENTIVA Destarte , para que as pessoas com deficiência na audição consigam o acesso pleno ao sistema educacional , é preciso que o Ministério da Educação, em parceria com as instituições de ensino, promova cursos de Libras para os professores, por meio de oficinas de especialização à noite – horário livre para a maioria dos profissionais – de maneira a garantir que as escolas e universidades possam ter turmas para surdos, facilitando o acesso desse grupo ao estudo. Em adição, o Estado deve divulgar propagandas institucionais ratificando a importância do respeito aos deficientes auditivos, com postagens nas redes sociais, para que a discriminação dessa minoria seja reduzida , levando à maior inclusão. Texto 2 Durante o século XIX, a vinda da Família Real ao Brasil trouxe consigo a modernização do país, com a construção de escolas e universidades. Também, na época, foi inaugurada a primeira escola voltada para a inclusão social de surdos. Não se vê, entretanto, na sociedade atual, tal valorização educacional relacionada à comunidade surda, posto que os embates que impedem sua evolução tornam-se cada vez mais evidentes. Desse modo, os entraves para a educação de deficientes auditivos denotam um país desestruturado e uma sociedade desinformada sobre sua composição bilíngue. A princípio, a falta de profissionais qualificados dificulta o contato do portador de surdez com a base educacional necessária para a evolução social. O Estado e a sociedade hodierna têm negligenciado os direitos da comunidade surda, pois a falta de intérpretes capacitados para a tradução educativa e a inexistência de vagas em escolas inclusivas perpetuam a disparidade entre surdos e ouvintes, condenando os detentores da surdez aos menores cargos da hierarquia social. Vê-se, pois, o paradoxo que, em um Estado Democrático, ainda haja o ferimento de um direito previsto constitucionalmente: o direito à educação de qualidade. Além disso, a ignorância social frente à conjuntura bilíngue do país é uma barreira para a capacitação pedagógica do surdo. Helen Keller – primeira mulher surdo-cega a se formar e tornar-se escritora – definia a tolerância como o maior presente de uma boa educação. O pensamento de Helen não tem se aplicado à sociedade brasileira, haja vista que não se tem utilizado a educação para que se torne comum ao cidadão a proximidade com portadores de deficiência auditiva, como aulas de LIBRAS, segunda língua oficial do Brasil. Dessa forma, torna-se evidente o distanciamento causado pela inexperiência dos indivíduos em lidar com a mescla que forma o corpo social a que possuem. Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios para a capacitação educacional dos surdos. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura deve viabilizar a inserção de deficientes auditivos nas escolas, por meio da contratação de intérpretes e disponibilização de vagas em instituições inclusivas, com o objetivo de efetivar a inclusão social dos indivíduos surdos, haja vista que a escola é a máquina socializadora do Estado. Ademais, a escola deve preparar surdos e ouvintes para uma convivência harmoniosa, com a introdução de aulas de LIBRAS na grade curricular, a fim de uniformizar o corpo social e, também, cumprir com a máxima de Nelson Mandela que constitui a educação como o segredo para transformar o mundo. Poder-se-á, assim, visar a uma educação, de fato, inclusiva no Brasil. Beatriz Albino Servilha TESE (...) Não se vê, entretanto, na sociedade atual, tal valorização educacional relacionada à comunidade surda, posto que os embates que impedem sua evolução tornam-se cada vez mais evidentes. ARGUMENTOS Argumento 01 - (...) os entraves para a educação de deficientes auditivos denotam um país desestruturado (...) Argumento 02 - uma sociedade desinformada sobre sua composição bilíngue. PROPOSTA INTERVENTIVA Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios para a capacitação educacional dos surdos. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura deve viabilizar a inserção de deficientes auditivos nas escolas, por meio da contratação de intérpretes e disponibilização de vagas em instituições inclusivas, com o objetivo de efetivar a inclusão social dos indivíduos surdos, haja vista que a escola é a máquina socializadora do Estado. Ademais, a escola deve preparar surdos e ouvintes para uma convivência harmoniosa, com a introdução de aulas de LIBRAS na grade curricular, a fim de uniformizar o corpo social e, também, cumprir com a máxima de Nelson Mandela que constitui a educação como o segredo para transformar o mundo. Poder-se-á, assim, visar a uma educação, de fato, inclusiva no Brasil. Agora que você já entendeu como funciona a estrutura de um texto dissertativo argumentativo, gostaria que você continuasse o texto que iniciei. Note que elaborei uma introdução com CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA (parte roxa) + TESE (parte verde) + ARGUMENTO 01 (parte amarela) + ARGUMENTO 02 (parte azul). Você vai elaborar os próximos 3 parágrafos deste texto, ok? ❖ No primeiro parágrafo do desenvolvimento (2º parágrafo do texto) você vai desenvolver o argumento 01 (de amarelo); ❖ No segundo parágrafo do desenvolvimento (3º parágrafo do texto) você vai desenvolver o argumento 02 (de azul); ❖ Por último (quarto parágrafo) você vai elaborar uma proposta interventiva (conclusão) bem articulada com todo o seu texto, ok? A Declaração de Salamanca, de 1994, é considerada uma das principais publicações responsáveis por enxergar, em uma visão holística, a necessidade de incluir as pessoas com deficiência nos diversos setores da sociedade. Nesta regulamentação há um conjunto de recomendações e propostas para que as pessoas com deficiências - com suas subjetividades - tenham acesso, de maneira inclusiva e integral, aos ambientes acadêmicos. Contudo, apesar de alguns avanços no que tange à educação especial no Brasil, ainda existem diversas problemáticas no atendimento às pessoas com deficiência, principalmente em relação ao processo de ensino e aprendizagem dos sujeitos surdas. Dentro dessas problemáticas podemos citar a falta de preparação de professores e a falta da efetivação das políticas públicas voltadas para a educação inclusiva. ___________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Competência 1 Querido estudante, preste atenção! Na competência 1 da redação do Enem são avaliadas as suas habilidades em relação à utilização da norma culta da língua portuguesa. O que isso quer dizer? Quer dizer que seu texto será avaliado, nesta competência, de acordo com a modalidade formal da língua portuguesa. Nada de utilizar gírias, chavões ou palavras informais no seu texto. Sabe aquelas palavras que você utiliza no dia a dia com seus amigos, sem se preocupar com as regras gramaticais da Língua Portuguesa? Pois é, na sua redação você deve evitar esse tipo de expressão! A competência 01 vai avaliar sua desenvoltura em relação ao uso das normas gramaticais, isto é, vai avaliar seu desempenho nos seguintes aspectos: ❖ Acentuação gráfica; ❖ Ortografia; ❖ Uso do hífen; ❖ Separação silábica e translineação; ❖ Uso de letras maiúsculas de minúsculas; ❖ Regência verbal; ❖ Regência nominal; ❖ Concordância verbal; ❖ Concordância Nominal ❖ Pontuação; ❖ Paralelismo sintático; ❖ Uso de pronomes; Perceba que todos aqueles conteúdos que você estudou na disciplina de Língua Portuguesa, durante o ensino fundamental e médio, vão ser cobrados na competência 01. Para que você consiga uma ótima nota na competência 01, eu vou indicar algumas gramáticas para você ficar afiado em relação à gramática da Língua Portuguesa, ok? Gramáticas Autores Gramática: Teoria e Atividades (2009) Maria Aparecida Paschoalin Neuza Terezinha Spadoto Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – 2008 Domingos Paschoal Cegalla Gramática Fácil da Língua Portuguesa (2014) Evanildo Bechara Moderna Gramática Portuguesa (2015) Evanildo Bechara Nova Gramática do Português Contemporâneo Celso Cunha Lindley Cintra Gramática Metódica da Língua Portuguesa Napoleão Mendes de Almeida Querido estudante, se você for a uma biblioteca e analisar algumas gramáticas, você vai perceber que algumas são mais complexas que outras, por isso é interessante você escolher aquela que esteja de acordo com o seu nível de compreensão em relação aos aspectos gramaticais da nossa língua. Bom, se você tem dificuldades e quer uma gramática mais simples e com bastante exercícios para praticar, indico a primeira da nossa lista: Gramática Teoria e Atividades, Paschoalin e Spadoto, mas se você quer uma gramática que discute os aspectos gramaticais da Língua Portuguesa de maneira mais profunda, neste caso indico a Moderna Gramática Portuguesa, do Evanildo Bechara e a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Cunha e Cintra. Se você tiver muitas dificuldades em relação aos conteúdos e explicações dessas gramáticas, pode enviar mensagem para mim quando quiser, lembrando que o meu instagram é: @laercio_prof. @laercio_prof https://www.instagram.com/laercio_prof Competência 2 Compreender o que está sendo solicitado e escrever um texto dissertativo/argumentativo Bom, nesta competência, para conseguir os sonhados 200 pontos, você deve aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema solicitado na prova discursiva. Além disso, você deve respeitar bem a estrutura dissertativa argumentativa. Nós já conversamos sobre isso no capítulo 3 (O que é um texto dissertativo/argumentativo?) Lembra? Nesta competência é comum os estudantes perderem pontos por não demonstrarem repertório sociocultural diversificado, englobando várias áreas do conhecimento. Você lembra daquela lista de 60 livros que indiquei para leitura? Então, se você criar o hábito da leitura e trazer os conhecimentos adquiridos por meio desses livros para a sua redação, você com certeza vai conseguir demonstrar um rico repertório sociocultural. Citando autores e pensamentos de diversas áreas para enriquecer seus argumentos. Vou lhe dar algumas dicas para você conseguir 200 pontos nessa competência: ❖ Fique atento à tipologia textual, isto é, cuidado para não escrever um texto descritivo ou narrativo; ❖ Antes de começar o seu texto, faça um projeto de texto. Projeto de texto é um rascunho em que você organiza suas ideias, rascunhando o que vai ficar na introdução, no desenvolvimento e na proposta interventiva; ❖ Leia com atenção os textos motivadores e aproveite as informações de cada um deles, sem copiar fragmentos desses textos; ❖ Cuidado com o tangenciamento do tema! Muitas vezes os candidatos escrevem parcialmente sobre o tema. Por isso fique atento a cada palavra que está no comando da prova (no tema); ❖ Lembre-se de apresentar, de forma prática e objetiva, uma tese, argumentos, e uma solução para a problemática (proposta de intervenção articulada com todo o texto); ❖ Tenha bastante atenção ao elaborar sua proposta interventiva para não ferir os direitos humanos. ❖ Utilize exemplos, dados estatísticos, citações, passagens de livros, alusões históricas, comparações, e diversos outros recursos que demonstre que você tem conhecimento de mundo. Competência 3 Coerência textual Na competência 3 você tem que demonstrar que consegue articular bem as partes do seu texto, mantendo coerência entre as ideias apresentadas entre os períodos e os parágrafos, sem entrar em contradição. De acordo com a Cartilha do Participante do ENEM 2018, você tem que Nesta competência, então, você deve manter a coerência entre as partes do texto, selecionado os melhores argumentos e as melhores ideias de maneira lógica, pois isso vai fazer com que o seu texto tenha uma continuidade textual e uma progressividade lógica, sem embaraçar as ideias. Beleza? Basicamente, nesta competência você tem que demonstrar domínio da chamada coerência textual. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista (...). É preciso, então, elaborar um texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática da proposta de redação. Você sabe o que é isso? Olha só, de acordo com a professora Ingedore Koch, uma das linguistas mais importantes do Brasil, que foi professora de Linguística Textual no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp – IEL/Unicamp, coerência textual é, basicamente, as relações lógicas entre as ideias do texto. Isso quer dizer que, para manter um texto coerente, você deve evitar contradições que prejudiquem o entendimento do texto por aqueles que vão ler sua redação. Vou lhe dar uma dica importante para não pecar nesta competência: ❖ Sempre que terminar de escrever um parágrafo, leia-o atentamente afim de analisar se cometeu alguma contradição, pois desta forma vocêterá mais atenção na hora de continuar o seu texto e corre menos riscos de perder pontos na competência 03. Competência 4 Coesão textual Para garantir uma boa nota na competência 4, você tem que utilizar elementos coesivos de forma diversificada durante todo o texto. Os principais elementos coesivos são as conjunções e as locuções conjuntivas, as quais têm a função de ligar os textos de uma oração e os parágrafos de um texto. O papel desses elementos é deixar o seu texto bem amarradinho. Olha este texto que conseguiu nota 1000 na redação do ENEM de 2017, eu destaquei diversos elementos coesivos que o candidato utilizou na construção do seu texto. Em razão de seu caráter excessivamente militarizado, a sociedade que constituía a cidade de Esparta, na Grécia Antiga, mostrou-se extremamente intolerante com deficiências corpóreas ao longo da história, tornando constante inclusive o assassinato de bebês que as apresentassem, por exemplo. Passados mais de dois mil anos dessa prática tenebrosa, ainda é deploravelmente perceptível, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, a existência de atos preconceituosos perpetrados contra essa parcela da sociedade, que são o motivo primordial para que se perpetue como difícil a escolarização plena de deficientes auditivos. Esse panorama nofasto suscita ações mais efetivas tanto do Poder Público quanto de instituições formadoras de opinião, com o escopo de mitigar os diversos empecilhos postos frente à educação dessa parcela social. É indubitável, de fato, que muitos avanços já foram conquistados no que tange à efetivação dos direitos constitucionais garantidos aos surdos brasileiros. Pode-se mencionar, por exemplo, a classificação da Libras – Língua Brasileira de Sinais – como segundo idioma oficial da nação em 2002, a existência de escolas especiais para surdos no território do Brasil e as iniciativas privadas que incluem esses cidadãos como partícipes de eventos – como no caso da plataforma do Youtube Educação, cujas aulas sempre apresentam um profissional que traduz a fala de um professor para a língua de sinais. Apenas medidas flagrantemente pontuais como essas, contudo, são incapazes de tornar a educação de surdos efetiva e acessível a todos que necessitam dela, visto que não só a maioria dos centros educacionais está mal distribuída no país, mas também a disponibilidade de professores específicos ainda é escassa, além de a linguagem de sinais ainda ser desconhecida por grande parte dos brasileiros. No que tange à sociedade civil, nota-se a existência de comportamentos e de ideologias altamente preconceituosos contra os surdos brasileiros. A título de ilustração, é comum que pais de estudantes ditos “normais” dificultem o ingresso de alunos portadores de deficiência auditiva em classes não específicas a eles, alegando que tal parcela tornará o “ritmo” da aula mais lento; que colegas de sala difundam piadas e atitudes maldosas e que empresas os considerem inaptos à comunicação com outros funcionários. Essas atitudes deploravelmente constantes no Brasil ratificam a máxima atribuída ao filósofo Voltaire: “Os preconceitos são a razão dos imbecis”. Urge, pois, a fim de tornar atitudes intolerantes restritas à história de Esparta, que o Estado construa mais escolas para deficientes auditivos em municípios mais afastados de grandes centros e promova cursos de Libras a professores da rede pública – por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Educação e da realização de palestras com especialistas na educação de surdos –, em prol de tornar a formação educacional deles mais fácil e mais inclusiva. Outrossim, é mister que instituições formadoras de opinião – como escolas, universidades e famílias socialmente engajadas – promovam debates amplos e constantes acerca da importância de garantir o respeito e a igualdade de oportunidades a essa parcela social, a partir de diálogos nos lares, de seminários e de feiras culturais em ambientes educacionais. Assim, reduzir-se-ão os empecilhos existentes hoje em relação à educação de surdos. Maria Juliana Bezerra Costa Perceba o quanto esses elementos coesivos são importantes para amarrar o texto e manter a coesão textual entre os períodos e os parágrafos. Para lhe ajudar, vou deixar uma tabelinha aqui com diversos conectivos para você utilizar em suas redações, ok? Cada conetivo tem um valor semântico e deve ser empregado de acordo com a ideia que você quer passar no seu texto. Tabela de conectivos para você utilizar em suas redações Conectivos que dão ideia de adição Além disso, demais, ademais, outrossim, como também, e, bem como etc. Conectivos que dão ideia de tempo Nesse interim, afinal, por fim, finalmente, em seguida, a princípio, por vezes, eventualmente etc. Conectivos que dão ideia de ênfase De certo, certamente, com certeza etc. Conectivos que dão ideia de conclusão Em suma, dessa maneira, desse modo, logo, pois, assim sendo etc. Conectivos que dão ideia de condição Se, caso, exceto se, a menos que, desde que etc. Conectivos que dão ideia de proporcionalidade Quanto mais, à medida que, ao passo que, à proporção que etc. Conectivos que dão ideia de conformidade Assim como, como, que, do que etc. Conectivos que dão ideia de finalidade Para que, a fim de que, de maneira que, de sorte que etc, Conectivos que dão ideia de contrariedade Embora, conquanto que, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, por menos que, apesar de que etc. Conectivos que dão ideia de causa Já que, porquanto, visto que, uma vez que, desde que etc. Competência 5 Proposta de intervenção Na competência 5 você tem que elaborar uma proposta interventiva para solucionar o problema abordado. Mas, mais do que isso, sua proposta tem que ser bem detalhada e articulada com todo o texto. Não adianta você elaborar uma rica proposta interventiva se o seu texto, como um todo, não tem argumentos consistentes ao longo dos parágrafos da introdução e do desenvolvimento. Sendo assim, para conseguir nota máxima na competência 5, você deve construir uma proposta interventiva detalhada relacionada ao tema e às discussões apontadas durante a construção de seus argumentos. Veja a diferença entre uma proposta interventiva que receberia uma nota baixa: Tema da redação: A falta de valorização dos professores na rede pública de ensino Proposta interventiva vaga: O governo deve investir em educação e melhorar o salário dos professores para a gente ter uma educação cada vez melhor Agora veja um exemplo de proposta interventiva que receberia nota alta: Tema da redação: A falta de valorização dos professores na rede pública de ensino Proposta interventiva detalhada: O Estado deve repensar não só a remuneração dos professores da educação básica da rede pública, como também nas condições de trabalho e na formação continuada dos profissionais da educação. Neste viés, é imprescindível que o Governo Federal cumpra, por exemplo, a meta 15 do Plano Nacional de Educação – PDE, investindo na formação inicial e continuada dos professores. Além disso, em parceria com o MEC, o governo local deve promover conferências e mesas redondas para discutir melhorias nas condições de trabalho dos docentes que estão no chão da escola (sala de aula). E, por fim, em parceria com as Universidades Federais, com a sociedade e com outras diversas instituições sociais, o Ministério da Educação deve incentivar os jovens a seguir a carreira docente, além de promover debates, discussões e seminários sobre a indispensabilidade de termos professores com bons salários e boas condições de trabalho. Parte IICombate às violências nas escolas brasileiras Textos motivadores Texto 1 Muitos são os problemas das escolas públicas no país, e um dos principais é a falta de professores. Todo ano é o mesmo dilema, edital disso e daquilo nas paredes das escolas, alguns por afastamento de licença médica, outros por cargo vago. Já se percebe ao longo dos anos que não há muito interesse dos jovens em escolher a profissão professor, essa falta de interesse em tal profissão não é por que outras profissões exibem maior retorno financeiro, pode até ser, mas o fato é que ser professor hoje não é uma carreira cogitada pela maioria. A explicação para esse desmerecimento da profissão não é só, uma, podemos começar pelo salário, que pela carga de tarefas deveria ser pelo menos três vezes mais. Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-desvalorizacao-do-/35994. Acesso em 07 de nov. 2018 (fragmento). Texto 2 Um grande avanço para conter a violência contra professores entrou em vigor nesta sexta-feira. Foi sancionada pelo governador Fernando Pimentel a Lei 22.623, que estabelece medidas para conter atos contra educadores e demais servidores do quadro da Secretaria de Educação de Minas Gerais. A proposta estava incluída no Projeto de Lei 3.874/16, que foi aprovado no dia 21 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A lei estabelece medidas protetivas e procedimentos para casos de violência. É considera violência, pela norma, qualquer ação ou omissão que cause lesão corporal, dano patrimonial, dano psicológico/psiquiátrico ou morte, praticada direta ou indiretamente no exercício da profissão. A ameaça à integridade física e patrimonial do servidor também está incluída. Fonte:https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/07/28/interna_gerais,887460/lei-para-conter-violencia-contra-professores-e- servidores-da-educacao.shtml. Acesso em 07 nov. 2018 (fragmento). Texto 3 A violência na escola constitui-se em um grande problema social e pode ser vista como um comportamento agressivo que abrange os conflitos interpessoais, os danos ao patrimônio e os atos criminosos, podendo ter consequências negativas sobre os Tema 01 resultados escolares dos alunos. Utilizando dados de escolas nos Estados Unidos, Grogger (1997) mostrou que a violência reduz a probabilidade de um aluno concluir o ensino médio em 5,1% (High School Graduation) e diminui em 6,9% a probabilidade de o aluno ingressar na faculdade. Com dados das escolas no Brasil, Sevenini e Firpo (2009) observaram que a ocorrência de um evento violento adicional em um. Além disso, em alguns casos, jovens com problemas de comportamento tornam- se criminosos, o que não quer dizer necessariamente que um jovem com comportamento violento na escola se tornará um delinquente; porém, é de se esperar que um delinquente manifeste comportamento violento na escola. A evidência disso pode ser encontrada no estudo de Farrington (1990), que, mediante uma amostra de dados longitudinais, analisou a relação entre a agressividade manifestada na infância e os resultados na vida dos homens com 32 anos. O autor observou que 57% dos homens identificados como agressivos em idade entre 8 e 10 anos foram condenados por algum tipo de crime, ao passo que, entre os indivíduos que não apresentaram agressividade na infância, o percentual observado foi de 31%. A escola tem papel fundamental na identificação do indivíduo com tendência a apresentar comportamento violento, já que é nesse ambiente que a criança provavelmente manifesta tal comportamento. Conforme Jacob e Lefgren (2003), a escola pode ainda prevenir a agressividade dos alunos por meio do ensino e do monitoramento. Essa relação é chamada de “efeito capacitação” e sugere que manter os jovens ocupados e fora das ruas pode diminuir o engajamento em atividades violentas. Todavia, os autores acrescentam que, se o ambiente escolar for caracterizado pela presença da violência, a concentração dos estudantes aumenta a probabilidade dos conflitos agressivos, uma vez que a escola proporciona a concentração geográfica dos alunos e aumenta a interação entre eles. Tal relação é denominada de “efeito concentração”. Fonte: BECKER, Kalinca Léia and KASSOUF, Ana Lúcia. Violência nas escolas públicas brasileiras: uma análise da relação entre o comportamento agressivo dos alunos e o ambiente escolar. Nova econ. [online]. 2016. Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: COMBATE ÀS VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS BRASILEIRA. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ Consequências do cyberbullying na sociedade digital Textos motivadores Texto 1 À medida que crianças e adolescentes intensificam sua interação com as novas tecnologias e aumentam sua participação em redes sociais, criando perfis públicos e compartilhando informações pessoais, novos dispositivos tecnológicos são criados em resposta a essa demanda. Nesse cenário de tecnologia e mundo globalizado, a violência moral e reacional não se limita mais ao espaço físico. Dessa forma, o bullying tradicional, frequentemente praticado nas escolas, ganha o ambiente virtual na forma de cyberbullying. Fonte: Rev. Saúde. Dig..Tec. Edu. Fortaleza, CE, v. 1, n. 1, p. 20-41, jan./jul. 2016 Acesso em: 13 de dezembro de 2018. Texto 2 Fonte: Marcos Muniz San. Texto 3 Fonte: http://i.imgur.com/CgZaTVq.png? acesso em: 13 de dezembro de 2018. Tema 02 Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: CONSEQUÊNCIAS DO CYBERBULLYING NA SOCIEDADE DIGITAL. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ Medidas para combater o preconceito linguístico no Brasil Textos motivadores Texto 1 O preconceito linguístico é um dos piores males impregnado na sociedade contemporânea principalmente quando parte das pessoas cultas que se dizem verdadeiros “donos” do português brasileiro. Dominar uma variante de prestígio, como a norma padrão de uma língua, não significa dizer que o outro seja rudimentar, pobre, incapaz e etc. Com isso, apesar de muitos graduandos saírem da universidade com uma visão diferenciada de como abordar a questão do preconceito linguístico, alguns acabam se limitando ao “sistema” político pedagógico implantado pela escola ocasionando diversos conflitos sociais, pois o público escolar é diversificado, cada discente tem seu próprio caráter cultural. Bagno (2007) sobre este aspecto compara a língua como um iceberg na qual a norma culta é aquela parte superficial que flutua na superfície do oceano e a língua é a parte que fica para as profundezas que justamente é a língua viva que não esta estática, parada no tempo, e que é utilizada pela maioria do povo brasileiro, enquanto que a gramática normativa é a menor parte, porém, tende ser autoritária, intolerante e repressiva com os alunos. Os PCN’s (1998) orientam que o preconceito linguístico, como qualquer outro preconceito, resulta de avaliações subjetivas dos grupos sociais e deve ser combatido com vigor e energia (BRASIL, 1998, p.82). Fonte:https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-preconceito-linguistico-relacao-alunos-ensino.htm. Texto 2 Marcos Bagno fala sobre preconceito linguístico Marcos Bagno é graduado em Letras, com doutorado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A discriminação com base no modo de falar dos indivíduos é encarada com muita naturalidade na sociedade brasileira. Os “erros” de português cometidos por analfabetos, semi-analfabetos, pobres e excluídos são criticados pela elite, que “disputa” quem sabe mais a nossa língua. Essa é uma das constatações do lingüista e professor do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) Marcos Bagno. Segundo o pesquisador, o conhecimento da gramática normativa tem sido usado como um instrumento de distinção e de dominação pela população culta. Tema 03 “É que, de todos os instrumentos de controle e coerção social, a linguagem talvez seja o mais complexo e sutil”, afirma. “Para construir uma sociedade tolerante com as diferenças é preciso exigir que as diversidades nos comportamentos lingüísticos sejam respeitadas e valorizadas”, defende. O preconceito na língua faz com que os indivíduos se sintam humilhados ou intimidados com a possibilidade de cometer um erro de português. “Como se o fato de saber a regência ‘correta’ do verbo implicar gerasse algum tipo de vantagem, de superioridade, de senha secreta para o ingresso num círculo de privilegiados”, afirma o professor, que foi um dos convidados do seminário Universidade e Preconceitos – Discutindo e Enfrentando uma Realidade, ocorrido em setembro de 2006 na UnB. Mas Bagno assegura que esse tal erro, que tanto aterroriza, na realidade não existe. Na sua opinião o que há são variedades do português, como aquele falado no interior pelo caipira ou aquele falado por alguém que estudou e mora na capital. O que mais importa para Bagno é o contexto de quem diz o quê, a quem, como e visando que efeito. Fonte: http://www.stellabortoni.com.br/index.php/entrevistas/1414-maaios-bagoo-fala-sobai-paiiooiiito-lioguistiio-78894042. Texto 3 O que é preconceito linguístico? Em 2016, um médico foi afastado do hospital em que trabalhava depois de publicar uma foto com os dizeres “Não existe peleumonia e nem raôxis”. Os erros foram cometidos naquele dia pelo paciente José Mauro, um mecânico de 42 anos. Ao ouvir o termo “peleumonia”, o médico caiu no riso. Fonte: https://medium.com/@niva/o-que-%C3%A9-preconceito-lingu%C3%ADstico-9a93c074d523. Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: MEDIDAS PARA COMBATER O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NO BRASIL. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ A precariedade da saúde pública no Brasil Textos motivadores Texto 1 História da Saúde Pública no Brasil Durante o período da colonização e império do Brasil não existiam políticas públicas voltadas para a saúde. No início da colonização, muitos indígenas morreram em virtude das "doenças do homem branco", aquelas trazidas pelos europeus e para as quais a população indígena não tinha resistência. O acesso a saúde era determinado pela classe social do indivíduo. Os nobres tinham fácil acesso aos médicos, enquanto os pobres, escravos e indígenas não recebiam nenhum tipo de atenção médica. Essa parte da população era dependente da filantropia, caridade e crenças. Uma das formas de conseguir atendimento era através de centros médicos ligados as instituições religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia. Esses espaços eram mantidos por meio de doações da comunidade e por muito tempo representam a única opção para as pessoas sem condições financeiras. Fonte: https://www.todamateria.com.br/saude-publica-no-brasil. Texto 2 Saúde pública no Brasil ainda sofre com recursos insuficientes Gestão e financiamento são alguns dos principais problemas do SUS, segundo especialistas; proposta de iniciativa popular em tramitação na Câmara destina pelo Tema 04 menos 10% das receitas correntes brutas para a saúde, o que teria representado R$ 41 bilhões a mais em 2014. Saúde é uma das principais preocupações do brasileiro e também um dos maiores desafios dos governantes que assumiram em 1º de janeiro. Em um levantamento do Ministério da Saúde para atestar a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS), a média nacional ficou em 5,5, em uma escala de 0 a 10. O sistema de saúde pública que tem a pretensão de atender a todos os brasileiros, sem distinção, apresenta falhas em seus principais programas. Um exemplo é o Saúde da Família, que tem o objetivo de atuar na prevenção de doenças, alterando um modelo de saúde centrado nos hospitais. Em 20 anos, no entanto, nenhum estado alcançou cobertura completa. Apenas dois ultrapassaram os 90% de cobertura: Piauí e Paraíba. Na outra ponta, sete estados têm atendimento abaixo da metade: Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, com 20%. A consequência dessa e de outras falhas são hospitais lotados. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) indicam que 64% dos hospitais estão sempre com superlotação. Apenas 6% nunca estão cheios. Outro problema nacional é a mão de obra. Não só faltam médicos no interior, mas também estrutura para o atendimento e oportunidades para a capacitação dos profissionais. A formação dos médicos também é questionada. “Os centros de formação formam profissionais para o mercado de saúde. O SUS é uma política pública de Estado, não é mercado. A saúde no SUS é vista como direito social, enquanto que no mercado é vista como mercadoria”, observa o consultor legislativo Geraldo Lucchese. Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/480185-SAUDE-PUBLICA-NO-BRASIL-AINDA-SOFRE-COM-RECURSOS INSUFICIENTES.html. Texto 3 O difícil acesso à saúde pública no Brasil – por Sandra Franco Em tempos de baixo crescimento econômica e crise política causada pela má administração (já secular) do dinheiro público, os problemas sempre presentes no país destacam-se em painéis luminosos e brilhantes, difíceis de se ignorar. O cidadão, não mais cego pelas luzes do crédito fácil, está sendo obrigado a discutir os problemas enraizados na sociedade. Certamente a saúde é um dos temas mais difíceis de debater. Bastante comum é que se coloque a responsabilidade na falta de recursos repassados aos Estados e Municípios. Seria mesmo? Outros sugerem que o dinheiro está disponível, mas a aplicação dele pelos gestores não se destina a políticas públicas a longo prazo, mas sim a manter uma estrutura mínima e a “apagar” incêndios. Ou seja, a realidade é a de pagar tratamentos caríssimos aos cidadãos que ingressam na Justiça para garantir seu direito constitucional a uma saúde integral. E em qualquer destes cenários fica claro e transparente que o acesso do brasileiro à saúde pública é difícil. Quando se trata de resolver problemas complexos, o ingresso na Justiça pode ser uma forma de solução necessária, mas não a adequada. Um exemplo é o de um grande hospital público de São Paulo que se encontra há meses com equipamento de radioterapia quebrado. Os pacientes com câncer que utilizariam o sistema SUS para tratamento, só o realizam ao provocar o Judiciário que obriga o Estado a pagar para serviços particulares, por um custo quatro vezes superior ao realizado pelo SUS. Não seria mais simples comprar nova máquina? Como os gestores podem evitaresses paradoxos nocivos à Saúde? De outro lado, são alarmantes os números de despesas do Ministério da Saúde geradas por ações judiciais requisitando medicamentos não disponíveis na rede pública, que vêm crescendo em ritmo cada vez maior. Nos últimos três anos, o valor pago na chamada Judicialização da saúde saltou de R$ 367 milhões em 2012 para R$ 844 milhões em 2014. Um aumento expressivo de 129%. Essas ações são certamente motivadas pela falta de acesso a tratamentos no SUS, seja por falta de disponibilidade dos medicamentos ou porque eles não fazem parte da lista de tratamentos da rede pública. Fonte: http://saudeonline.grupomidia.com/healthcaremanagement/o-dificil-acesso-a-saude-publica-no-brasil-por-sandra-franco. Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: A PRECARIEDADE DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ Violência homofóbica no Brasil Textos motivadores Texto 1 Série de denúncias entre os anos de 2011 a 2017 no Brasil Fonte: http://dapp.fgv.br/dados-publicos-sobre-violencia-homofobica-no-brasil-28-anos-de-combate-ao-preconceito/ Textos 2 O voto de Celso de Mello no julgamento sobre criminalização da LGBTfobia em cinco frases "Essa visão de mundo, fundada na ideia artificialmente construída de que as diferenças biológicas entre o homem e a mulher devem determinar os seus papeis sociais, meninos vestem azul e meninas vestem rosa, (...) impõe notadamente em face dos integrantes da comunidade LGBT uma inaceitável restrição a suas liberdades fundamentais, submetendo tais pessoas a um padrão existencial heteronormativo incompatível com a diversidade e o pluralismo". - "Versões tóxicas da masculinidade e da feminilidade acabam gerando agressões a quem ousa delas se distanciar no seu exercício de direito fundamental e humano ao livre desenvolvimento da personalidade, sob o espantalho moral criado por fundamentalistas religiosos e reacionários morais com referência à chamada ideologia de gênero". - "Ninguém pode ser privado de direitos ou sofrer sanções de ordem jurídica em razão de sua identidade de gênero. (...) Os LGBTs têm o direito de receber a igual proteção das leis". Tema 05 - "Nada é mais nocivo, perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição sem a vontade de fazer executá-la integralmente". - "A omissão do Estado mediante a inércia do poder público também desrespeita a Constituição, ofende os direitos que nela se fundam e impede, por ausência ou insuficiência de medidas, a própria aplicabilidade dos postulados da lei fundamental". Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/14/politica/1550152297_535331.html Texto 3 Fonte: http://generoesexualidadenasescolas.blogspot.com/2016/08/escolas-brasileiras-estao-despreparadas.html Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO BRASIL. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ Caminhos para combater o analfabetismo no Brasil Textos motivadores Texto 1 Fonte: https://www.oitomeia.com.br/noticias/educacao/2017/12/22/ibge-piaui-e-o-segundo-estado-com-maior-taxa-de-analfabetismo-do-brasil/ Texto 2 5,2% dos eleitores brasileiros se declaram analfabetos Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/5-2-dos-eleitores-brasileiros-se-declaram-analfabetos/ Texto 3 Grande desafio: erradicar analfabetismo entre adultos ainda é meta distante para os governos O combate ao analfabetismo entre adultos continua a ser uma das grandes metas para a educação no Brasil. Com 12,6 milhões de analfabetos, o país está entre as 144 nações signatárias do Marco de Ação de Belém – realizado pela Organização Tema 06 das Nações Unidas (ONU) – que não elevaram os níveis de alfabetização da população adulta. A avaliação, que considerou o intervalo de 2009 a 2015, está no 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, lançado ontem pela Unesco. Em Minas, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Estado segue a tendência mundial: o número de analfabetos com mais de 20 anos de idade saiu de 1,3 milhão para 1,1 milhão de pessoas no mesmo período de comparação. Uma redução de apenas 13%. Recomeço Quem decide recuperar o tempo perdido e encarar novamente os estudos garante que o esforço é recompensado. É o caso de Eunice Gomes. Aos 58 anos, ela cursa o 9º ano do ensino fundamental em uma das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Nossa Senhora das Dores, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A mulher conta que abandonou os estudos quando se casou, aos 18 anos, desestimulada pela própria família conservadora. Hoje, Eunice comemora o retorno à sala de aula com empolgação. “Sinto que minha capacidade de entender melhor a minha realidade melhorou muito. Hoje, consigo dialogar melhor e entender o que está acontecendo na política brasileira, por exemplo”, explica. O aposentado Jander Alves, de 65 anos, também arregaçou as mangas para encarar uma pausa de 40 anos longe das salas de aula. No 3º ano do ensino médio, ele afirma que é um prazer adquirir novos conhecimentos e garante que não quer mais parar. Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/grande-desafio-erradicar-analfabetismo-entre-adultos-ainda-%C3%A9-meta-distante-para-os- governos-1.446335 Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: CAMINHOS PARA COMBATER O ANALFABETISMO NO BRASIL. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ Mobilidade urbana no Brasil Textos motivadores Texto 1 Mobilidade Urbana no Brasil - História Devido ao grande índice populacional, em algumas cidades brasileiras a mobilidade urbana é considerada um dos principais desafios de gestão das cidades na atualidade. O tema é alvo de debates e críticas devido à opção pelo transporte motorizado individual, que os especialistas chamam de "paradigma do automóvel". O paradigma do automóvel influenciou diretamente o traçado das cidades que surgiram nas décadas de 50 e 60. O exemplo mais notório, no país, é a construção de Brasília cujo deslocamento foi inteiramente pensado para ser feito em automóvel. Entre os fatores que demonstram o fracasso do privilégio ao transporte motorizado individual estão os engarrafamentos e a poluição do meio ambiente. Hoje, esses fatores são comuns nas principais cidades brasileiras. A frota de automóveis brasileira cresceu 400% em dez anos, conforme dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), numa pesquisa realizada em 2016. Já a construção de transportes alternativos e coletivos, como o metrô de superfície, não apresentou o mesmo índice de aumento no mesmo período.Fonte: https://www.todamateria.com.br/mobilidade-urbana/ Texto 2 Mobilidade urbana Um tema que reaparece na mídia, especialmente na época das eleições, é a mobilidade urbana, que tem sido um dos grandes desafios para as cidades brasileiras e do mundo. Por mobilidade urbana entendemos toda a forma de locomoção dentro dos centros urbanos, incluindo aí a preocupação com a eficácia dos meios de transporte públicos, o grau de participação dos meios particulares de transporte, a acessibilidade das vias públicas e dos transportes para os portadores de necessidade especiais (rampas e elevadores para cadeirantes, piso tátil para deficientes visuais, etc), custos econômicos e ambientais dos transportes urbanos, entre outros. Em suma, todo o deslocamento de pessoas e cargas no espaço urbano está incluso na questão da mobilidade urbana. Tema 07 Muitos fatores interferem na mobilidade urbana: qualidade e eficiência dos transportes públicos, priorização de um modelo rodoviarista ou a opção por estradas de ferro, impacto ambiental dos transportes adotados, viabilidade do uso de meios alternativos de transportes através da construção de ciclovias e ciclofaixas, opção por combustíveis que causem menos danos ambientais, entre outros. Atualmente, uma das grandes polêmicas envolvendo a mobilidade urbana está acompanhando o surgimento dos aplicativos de transporte executivo, tais como Uber, Cabify e outros, que concorrem não apenas com os táxis, mas em função do seu custo reduzido, por vezes disputam com os próprios transportes públicos quando os mesmos são caros e ineficientes. Fonte: https://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/ Texto 3 Mobilidade urbana e o direito à cidade Com o crescimento das cidades brasileiras, principalmente a partir da década de 1970, uma das principais dificuldades dos habitantes dos centros urbanos é a mobilidade urbana. A ênfase na utilização do automóvel como principal meio de locomoção, a precariedade, os altos preços dos transportes coletivos e a falta de investimentos satisfatórios em infraestrutura de trânsito têm colocado a questão da mobilidade urbana como caminho para a melhoria da qualidade de vida nas cidades. O presente texto tem por objetivo levantar alguns posicionamentos sobre a mobilidade urbana, um debate contemporâneo em muitas cidades, para que os professores possam desenvolver essa temática junto a seus alunos. Várias propostas têm surgido neste debate, que vão desde o incentivo à utilização de novos modais de transporte, como a bicicleta, até ações restritivas de utilização do automóvel, como a criação de pedágios urbanos e os rodízios de automóveis. Mas para além de uma discussão sobre os meios de transporte e as normatizações de seu uso, há no debate sobre a mobilidade urbana um pano de fundo que diz respeito ao direito à cidade, ao direito de se deslocar por ela e acessar os diversos serviços que ela oferece. Nesse sentido, o direito à cidade está ligado à possibilidade que os diversos grupos sociais têm de se deslocarem pelos centros urbanos. Os serviços públicos essenciais, como saúde e educação, bem como o lazer e a cultura, são direitos constitucionais. O acesso aos locais de trabalho aparece como uma necessidade fundamental dos trabalhadores. Pode-se perceber, assim, que a utilização desses serviços está ligada à possibilidade que essas pessoas têm de chegar aos locais em que são oferecidos. É necessário se deslocar à escola, ao centro de saúde, ao cinema, ao teatro, ao local de trabalho etc. O debate sobre a mobilidade urbana versa, dessa forma, sobre a garantia de condições necessárias à utilização dos serviços, como também sobre os obstáculos a essa utilização. Fone: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/mobilidade-urbana-direito-cidade.htm Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: MOBILIDADE URBANA NO BRASIL. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ O uso excessivo das tecnologias digitais por jovens brasileiros Textos motivadores Texto 1 Uso excessivo de tecnologias causa doenças em jovens, diz médico O uso excessivo de computadores, videogames e celulares com internet já atingiu a saúde dos jovens. A afirmação é do médico ortopedista de Uberlândia, Leandro Cardoso Gomide. Apesar de não ter números, ele informou que o aparecimento das conhecidas Lesões por Esforço Repetitivo (LERs) tem causado danos na coluna e nas mãos dos usuários devido à má postura e o tempo em que utilizam as tecnologias. “É difícil falar em números, mas com o aparecimento de novas tecnologias a frequência de pacientes no consultório com dores relacionadas ao esforço repetitivo cresceram nos últimos anos. E os danos mais comuns entre os jovens estão na coluna", explicou Leandro. Segundo ele, muitos adolescentes usam o notebook, por exemplo, por horas na cama, no sofá e até no chão, e acabam tendo complicações na coluna. “Geralmente não é o mau uso destes equipamentos, e sim o uso em excesso e em uma posição inadequada”, ressaltou. O estudante Marcel Obeid, de 19 anos, fica sentado na frente do computador por cerca de cinco horas por dia. Aos finais de semana, o jovem afirma que o tempo aumenta para, aproximadamente, sete horas. Ele contou que sente dores nas costas com frequência e acredita que o problema é decorrente da má postura durante o tempo em que usa o computador. “Ainda não procurei um médico. Acho que essas dores aparecem porque às vezes fico em posições prejudiciais à minha coluna, mas que me deixam mais confortável. Também gosto de jogar videogame, porém, em menor frequência do que o computador”, relatou o estudante. A estudante Caroline Carrijo, que também tem 19 anos, contou que usa o celular sempre que está longe do computador. “Às vezes não estou com o celular propriamente na mão, mas sempre o tenho perto de mim e raramente fico longe dele. Mas é fato que eu uso muito o aparelho para sms e internet, mais que para falar”, contou. Com isso, Caroline passou a sentir alguns incômodos devido ao tempo em que utiliza o telefone. “Eu sinto dor nos dedos de vez enquanto por causa de digitar demais Tema 08 ou jogar. Também já senti dor no braço de ficar muito tempo segurando o celular para falar”, disse. A jovem disse que ainda não foi diagnosticada com LER, mas afirmou que tem consciência de que pode vir a ter a doença. "Tenho consciência de que posso desenvolver. Mas não consigo ficar sem celular, principalmente por causa da internet”, completou. Como evitar lesões De acordo com o médico Leandro Gomide, alguns procedimentos são essenciais para evitar as leões provenientes dos excessos. “Limitar o tempo de uso é o primeiro passo. Manter uma postura correta, fortalecer a musculatura dos membros superiores e inferiores, e fortalecer a musculatura paravertebral e abdominal”, recomendou. Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/04/uso-excessivo-de-tecnologias-causa-doencas-em-jovens-diz- medico.html Texto 2 3 consequências do uso precoce e excessivo da tecnologia O corpo fora da ação Para uma criança conhecer o mundo e se desenvolver, sua motricidade precisa estar engajada nesse projeto: de modo concreto, implica deslocamentos, movimentações, coordenações sensoriais, manipulações. É a inteligência sensório- motora. Até 2 anos, a pura imagem, além de não lhe ensinar nada (pois se traduz unicamente pormovimentos em frente aos seus olhos) dificulta-lhe a aprendizagem quando economiza ou evita o engajamento do corpo no projeto de conhecer o mundo, começar a movimentar o corpo, engatinhar, andar, tocar objetos e alcançar com suas pernas e braços o mundo ao redor. O corpo fica sem sentir Para um Corpo sentir e o psiquismo poder representar o mundo que entra pelas sensações, é preciso que todas as sensações (visão, audição, olfato, paladar, vestibular, propriocepção, tato) sejam percebidas, organizadas e interpretadas. Se a visão e a audição, se sobrepõem às demais, haverá um processamento deficitário e que poderá desenvolver sérios problemas para integrar todas essas sensações, e portanto, dificuldades em se desenvolver de modo integral, a seguir. A vida lá fora Os hábitos familiares ligados aos aspectos cotidianos como dormir, comer, passear, estão sofrendo modificações a partir do uso das mídias digitais. A cena de encontrar em restaurantes as crianças com um tablet ou celular, ambos usados como entretenimento na hora da refeição, ou mesmo sendo usados quando os pais se deslocam no trânsito para que a criança não tenha qualquer incômodo, são alguns exemplos do que estamos vendo atualmente. Em relação à alimentação, sem sentir fome ou saciedade, os alimentos penetram na boca da criança sem que o gosto, o sabor, o cheiro, o olhar, as pausas, as conversas ocorram e sem desejos ou vontades, como se tudo fosse no “automático” ou com distorções de imagens dos alimentos vistos nas telas. A criança vidrada na tela durante esses acontecimentos cotidianos, faz com que não haja espaço entre a demanda e a satisfação, portanto, também para desenvolver a criatividade nesse espaço (o que faço nesse momento de espera, de tédio, de buraco?), consequentemente, nessa impossibilidade de administrar o tempo e as realidades à volta, ocorrem desequilíbrios entre as frustrações e a tolerância necessária que as relações exigem, tanto com o “outro” e consigo mesma. Fonte: https://ciclovivo.com.br/vida-sustentavel/equilibrio/consequencias-precoce-excessivo-tecnologia/ Texto 3 Os efeitos do mau uso da tecnologia entre jovens Sem dúvida a humanidade vem passando por um avanço tecnológico jamais visto, a cada dia que se passa somos metralhados por novas tecnologias e novas invenções. Porém a grande pergunta que fica no ar é: Tudo isso nos faz bem? Em uma breve análise podemos fazer uma avaliação não sobre o avanço da tecnologia, mas sim pela forma que a mesma está sendo utilizada. Nesse post enfoco sobre os jovens e as alterações diretas e indiretas sofridas pelo abuso da nova tecnologia. Qual adolescente hoje em dia não tem seu Smartphone, seu Tablet ou seu Notebook? A invasão da tecnologia nessa faixa etária está cada dia mais alta, é comum crianças de oito anos já terem acesso total a esses dispositivos, de fato eles são uma peça importante no ensino pela facilidade de acesso a informações, sejam elas de qual classe ou teor. O grande problema é que esses dispositivos estão abrindo portas a problemas Físicos e até mesmo psicológicos que antes não se viam. É totalmente normal hoje em dia um adolescente dizer que se deita a meia noite, ou ate mesmo as duas da madrugada por estarem conectados com esses aparelhos, seja com jogos, redes sociais ou ate mesmo estudando, alterando assim diretamente o ciclo do sono, ciclo esse que é de fundamental importância para o organismo, pois é o momento onde o corpo vai passar por uma restauração dos danos do dia-a-dia, assim como vai colocar em marcha os processos de crescimento dos ossos e maduração do Sistema Nervoso (principalmente a parte responsável pelo Psíquico e Intelecto), ou seja, vai “arrumar as coisas”. Os efeitos de uma noite mal dormida vem acompanhado com outros diversos problemas, um deles de suma importância é a disfunção do sistema hormonal, durante o sono são liberados substancias pelo cérebro que controlam a secreção de hormônios e os mantém em perfeito equilíbrio, com a falta da regulação dos mesmos as consequências são inúmeras, e muitas passam despercebidas ate causar grandes problemas como doenças reprodutivas, alterações no comportamento, falta de concentração, sono e indisposição durante o dia, alteração no ciclo social, predisposição a depressão e autismo, predisposição a obesidade, entre outras. Fonte: https://verdademundial.com.br/2015/08/os-efeitos-do-mau-uso-da-tecnologia-entre-jovens/ Considerando que os textos acima são de caráter motivador, redija, utilizando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: O USO EXCESSIVO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS POR JOVENS BRASILEIROS. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tempo total gasto para elaborar a redação (rascunho + texto definitivo) __________-__________ O aumento da depressão entre os jovens no Brasil Textos motivadores Texto 1 Suicídios de adolescentes: como entender os motivos e lidar com o fato que preocupa pais e educadores No mundo todo estima-se que um dia aproximadamente 2.191 pessoas se suicidem. Isso significa 800.000 suicídios por ano. Estes números são alarmantes e desnudam uma outra situação correlata que também merece toda nossa atenção: a depressão, cujos índices também aumentam progressiva e preocupantemente em todos os continentes. Segundo a OMS aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo tem depressão. As crianças e os adolescentes estão incluídos nestas estatísticas. As causas para o aumento da depressão e do suicídio, especialmente entre adolescentes e adultos jovens ainda merece mais estudos especializados. Não há dúvida de que as razões são multifatoriais, envolvendo fatores de ordem social, biológica e psicológica. Para cada pessoa pode haver o predomínio de um destes fatores, especificamente. Cabe a nós todos, no entanto, estarmos atentos às pessoas – principalmente adolescentes - que estão à nossa volta. Muitas vezes emanam sinais silenciosos, que podem passar desapercebidos. As pessoas com depressão tendem a faltar com frequência e sem explicação ao trabalho ou faculdade; demonstram pouca capacidade de concentração nas atividades cotidianas, a autoestima fica mais baixa, pode haver descuido com a aparência pessoal, muitos perdem o apetite e emagrecem, o sono fica prejudicado e o cansaço é evidente. Disponibilizar-se para uma conversa calma e tranquila, onde mais se ouve do que se fala, sem julgamentos desnecessários, pode ser a primeira forma de ajudar quem precisa. Encaminhar para um tratamento especializado é essencial. Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/blog/ana-escobar/post/2018/09/24/depressao-e-suicidio-um-desafio-para-todos-nos.ghtml Tema 09 Texto 2 OMS registra aumento de casos de depressão em todo o mundo; no Brasil são 11,5 milhões de pessoas O número de pessoas que vivem com depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015. É o que aponta um novo relatório global lançado nesta quinta-feira (23) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população). O relatório “Depressão e outros distúrbios mentais comuns: estimativas globais de saúde” aponta que 322 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com este transtorno mental, a maioria mulheres. A cada ano, os baixos níveis de informação e a falta de acesso a tratamentos para depressão e ansiedade levam a uma perda econômica global estimada em mais de um trilhão de dólares. O estigma associado a esses transtornos
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