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2 PCN DCN BNCC

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Parâmentros Curriculares Nacionais (PCNs)
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Sob termos gerais, podemos diferenciar as Diretrizes Curriculares Nacionais 
e os Parâmetros Curriculares Nacionais sob duas formas. A primeira 
diferença entre as diretrizes curriculares nacionais (DCNs) e os parâmetros curriculares 
nacionais (PCNs) se dá devido ao fato que os parâmetros curriculares são 
“recomendações” de normas para as escolas e professores seguirem, cujas normas não 
são reforçadas pela lei. Por outro lado, as diretrizes curriculares são normas que as 
escolas e professores são obrigados a seguirem, estas, por sua vez, são reforçadas pela 
lei. A segunda diferença entre as mesmas é que as DCNs proporcionam metas e 
objetivos às escolas seguirem. Já os PCNs apresentam orientações e referências 
curriculares. No entanto, a verdadeira diferença se espalha muito adiante disso, 
abordando diversos tópicos e conteúdos educacionais. Para melhor definir o que são os 
parâmetros e diretrizes, devemos ter em mente o fato que elas não vieram como uma 
solução para todos os problemas e defeitos da educação brasileira, mas sim como um 
ponto de partida para amenizar os problemas apresentados no ensino, assim como 
apoiar a questão de educação para todos, apresentado na Constituição Federal de 
1988.
O que define a estrutura dessas duas posições curriculares?
Os parâmetros curriculares, inicialmente criados em 1997, são diretrizes elaboradas pelo 
Governo Federal que designam um sentido ao encaminhamento da educação, assim sendo, ela 
são a referência básica para a construção das matrizes curriculares do professor. Separadas por 
disciplinas, elas buscam ajudar e orientar a elaboração e revisão do currículo, a formação do 
professor (inicial e continuada), metodologias a serem abordadas, discussões pedagógicas. 
Além disso, também buscam indicar os melhores livros, e materiais pedagógicos, assim como 
suas formas de produção.
Tendo seu marco inicial na lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394, 20/12/1996), as 
diretrizes curriculares são normas orientadoras da educação. Elas se mostram como um 
conjunto de definições de ensinamento sobre princípios, bases e metodologias na educação 
básica. Tais definições buscam orientar as escolas quanto à organização, cobertura, avaliação 
pedagógica, além de outros focos escolares. As DCNs também levam os colégios a formar seu 
currículo de acordo com o público regional e outros aspectos locais influentes. Dessa forma, as 
DCNs apresentam uma luta à valorização da autonomia do colégio e do seu intuito pedagógico.
Quais os pontos positivos e negativos dos PCN e DCN?
Quanto aos termos positivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das 
Diretrizes Curriculares Nacionais, destacamos os dois tópicos explorados 
anteriormente: a sua importância aos professores e seu impacto na qualidade da 
educação. É de fato universal que uma educação mais afinada, melhor 
interpretada e mais absorvida representa um grande avanço social. Além disso, 
ambas apoiam fortemente o professor, dando ao mesmo uma base mais focada às 
disciplinas que serão ministradas, assim como uma direção a se seguir e 
metodologias mais adequadas. Estas, por sua vez voltam à facilitação e adequação 
do aprendizado. consequentemente, perde-se capacidade de aprendizagem
Apesar de serem duas propostas de fundamental importância na melhoria da 
qualidade de ensino, os DCN e PCN ainda apresentam alguns pontos fracos. Entre 
os aspectos negativos das diretrizes e dos parâmetros está o fato de que não é 
dada a atenção necessária às tecnologias atuais, tais como a computação e a 
telefonia. 
Outra característica decepcionante das diretrizes está a 
falta de consideração com a parte prática das disciplinas, 
dessa forma, as disciplinas são todas abordadas 
teoricamente e apesar das Diretrizes Curriculares 
Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais serem 
distintos um do outro, um acaba sendo o apoio do outro. 
Suas diferenças podem se resumir basicamente como: as 
diretrizes apresentam metas obrigatórias das escolas e 
os parâmetros são orientações recomendadas às escolas. 
No entanto, deixando as diferenças de lado, devemos 
ressaltar que, ao final, ambas são voltadas a um mesmo 
objetivo: a melhoria da educação básica brasileira.
O QUE SÃO E PARA QUE 
SERVEM AS DIRETRIZES 
CURRICULARES?
As Diretrizes Curriculares Nacionais 
(DCNs) são normas obrigatórias para a 
Educação Básica que orientam o 
planejamento curricular das escolas e dos 
sistemas de ensino. Elas são discutidas, 
concebidas e fixadas pelo Conselho 
Nacional de Educação (CNE). Mesmo 
depois que o Brasil elaborou a Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC), as 
Diretrizes continuam valendo porque os 
documentos são complementares: as 
Diretrizes dão a estrutura; a Base o 
detalhamento de conteúdos e 
competências. 
Quais as funções das orientações que são obrigatórias na Educação Básica
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas obrigatórias para a Educação Básica 
que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são 
discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Mesmo depois 
que o Brasil elaborou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as Diretrizes continuam 
valendo porque os documentos são complementares: as Diretrizes dão a estrutura; a Base o 
detalhamento de conteúdos e competências. 
Atualmente, existem diretrizes gerais para a Educação Básica. Cada etapa e modalidade 
(Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) também apresentam diretrizes 
curriculares próprias.
As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garantindo que conteúdos 
básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar de levar em consideração os 
diversos contextos nos quais eles estão inseridos.
O que são e qual é a função das diretrizes curriculares?
As Diretrizes Curriculares Nacionais são um conjunto de definições doutrinárias sobre 
princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica que orientam as escolas na 
organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.
As DCNs têm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que assinala ser 
incumbência da União "estabelecer, em colaboração com os estados, Distrito Federal e os 
municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o 
Ensino Médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar 
a formação básica comum".
O processo de definição das diretrizes curriculares conta com a participação das mais diversas 
esferas da sociedade. Dentre elas, o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação 
(Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Associação 
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), além de docentes, dirigentes 
municipais e estaduais de ensino, pesquisadores e representantes de escolas privadas.
As diretrizes continuam valendo com a Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC)?
Sim. A função da Base é especificar aquilo que se espera que os 
alunos aprendam ano a ano. A BNCC foi elaborada à luz do que diz 
das DCN e, portanto, um documento não exclui o outro. "Fazendo 
uma analogia, as DCNs dão a estrutura, e a Base recheia essa forma, 
com o que é essencial de ser ensinado. Portanto, elas se 
complementam", afirma Eduardo Deschamps, presidente do CNE. 
Diretrizes e Base são obrigatórios e devem ser respeitados por todas 
as escolas, tanto da rede pública como particular. 
As diretrizes curriculares preservam a autonomia dos 
professores?
As diretrizes curriculares visam preservar a questão da autonomia da escola 
e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu 
currículo, recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que 
lhe convêm para a formação daquelas competências explícitas nas DCNs.
Desse modo, asescolas devem trabalhar os conteúdos básicos nos contextos 
que lhe parecerem necessários, considerando o perfil dos alunos que 
atendem, a região em que estão inseridas e outros aspectos locais 
relevantes.
Quais são as diferenças entre as diretrizes curriculares e os parâmetros curriculares?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são diretrizes separadas por disciplinas 
elaboradas pelo governo federal e não obrigatórias por lei. Elas visam subsidiar e 
orientar a elaboração ou revisão curricular; a formação inicial e continuada dos 
professores; as discussões pedagógicas internas às escolas; a produção de livros e 
outros materiais didáticos e a avaliação do sistema de Educação. Os PCNs são mais 
antigos, foram criados em 1997 e funcionaram como referenciais para a renovação e 
reelaboração da proposta curricular da escola até a definição das diretrizes 
curriculares.
Já as Diretrizes Curriculares Nacionais são normas obrigatórias para a Educação Básica 
que têm como objetivo orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas 
de ensino, norteando seus currículos e conteúdos mínimos. Assim, as diretrizes 
asseguram a formação básica, com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
(LDB), definindo competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino 
Fundamental e o Ensino Médio.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem sido um dos 
assuntos mais falados na educação ultimamente. Trata-se do 
documento que mais recebeu sugestões e contribuições na 
história do país! Isso já mostra a importância que possui, não só 
para os educadores, mas para o país inteiro.
A BNCC para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental foi 
aprovada e homologada em dezembro de 2017. Por sua vez, o 
documento para o Ensino Médio foi aprovado pelo Conselho 
Nacional de Educação (CNE) no dia 4 de dezembro de 2018 e 
homologado na semana seguinte, no dia 14 de dezembro, pelo 
Ministério da Educação.
O que é a BNCC?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um 
documento que visa a nortear o que é ensinado nas 
escolas do Brasil inteiro, englobando todas as fases da 
educação básica, desde a Educação Infantil até o final do 
Ensino Médio. Trata-se de uma espécie de referência dos 
objetivos de aprendizagem de cada uma das etapas de 
sua formação. Longe de ser um currículo, a Base Nacional 
é uma ferramenta que visa a orientar a elaboração do 
currículo específico de cada escola, sem desconsiderar as 
particularidades metodológicas, sociais e regionais de 
cada uma.
Isso significa que a Base estabelece os objetivos de aprendizagem 
que se quer alcançar, por meio da definição de competências e 
habilidades essenciais, enquanto o currículo irá determinar como 
esses objetivos serão alcançados, traçando as estratégias 
pedagógicas mais adequadas.
Sendo assim, a BNCC não consiste em um currículo, mas um 
documento norteador e uma referência única para que as escolas 
elaborem os seus currículos. De acordo com o ex-Ministro da 
Educação Mendonça Filho, “os currículos devem estar 
absolutamente sintonizados com a nova BNCC, cumprindo as 
diretrizes gerais que consagram as etapas de aprendizagem que 
devem ser seguidas por todas as escolas”. 
“Base é um documento normativo que define o conjunto orgânico progressivo 
das aprendizagens essenciais e indica os conhecimentos e competências que se 
espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade. Ela se 
baseia nas diretrizes curriculares nacionais da educação básica e soma-se aos 
propósitos que direcionam a educação brasileira para formação integral e para a 
construção de uma sociedade melhor.” - Maria Helena Guimarães, ex-Secretária 
Executiva do Ministério da Educação.
Visando a unificar as influências e referências de cada instituição de 
ensino, a BNCC surge para solucionar um problema muito comum no 
Brasil. Quando analisam-se os currículos escolares espalhados pelo país, 
é possível encontrar discrepâncias muito grandes.
Apesar de ter sido colocada em prática nos últimos anos, a ideia de uma 
base curricular comum às escolas de todo o Brasil já existe desde a 
promulgação da Constituição de 1988, cujo artigo 210 prevê a criação de 
uma grade de conteúdos fixos a serem estudados no Ensino 
Fundamental. Veja abaixo o trecho retirado do documento oficial:
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino 
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum 
e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e 
regionais.
Fonte: Constituição da República Federativa do Brasil
Com a BNCC, os direitos de aprendizagem 
de todos os alunos passam a ser 
assegurados. Dessa forma, o principal 
objetivo da Base é garantir a educação 
com equidade, por meio da definição das 
competências essenciais para a formação 
do cidadão em cada ano da educação 
básica.
O que existia antes da BNCC?
Certamente não é a primeira vez que as escolas brasileiras se veem 
diante de diretrizes curriculares elaboradas pelo governo. Entre os 
anos de 1997 e 2000, segundo estabelecido pela Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB), foram criados os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs) para os Ensinos Fundamental e 
Médio. Somente mais tarde, por meio do Programa Currículo em 
Movimento, incluiu-se uma proposta para o desenvolvimento de 
uma grade também para a Educação Infantil.
Embora tenham o objetivo de criar condições que permitam o 
acesso aos conhecimentos necessários ao exercício da cidadania 
dos jovens, os Parâmetros Curriculares Nacionais não eram tão 
detalhados ou tampouco tão objetivos quanto almeja ser a BNCC.
Competências do século XXI na BNCC
Conforme foi dito pela ex-Secretária Executiva do MEC, Maria 
Helena Guimarães, em apresentação no dia 06/04/2017, a 
BNCC tem como objetivo garantir a formação integral dos 
indivíduos por meio de desenvolvimento das chamadas 
competências do século XXI.
“As competências do século XXI dizem respeito a formar cidadãos mais críticos, 
com capacidade de aprender a aprender, de resolver problemas, de ter 
autonomia para a tomada de decisões, cidadãos que sejam capazes de trabalhar 
em equipe, respeitar o outro, o pluralismo de ideias, que tenham a capacidade 
de argumentar e defender seu ponto de vista. (...) A sociedade contemporânea 
impõe um novo olhar a questões centrais da educação, em especial: o que 
aprender, para que aprender, como ensinar e como avaliar o aprendizado.” 
Maria Helena Guimarães, ex-Secretária Executiva do Ministério da Educação.
Sendo assim, as competências do século XXI preveem a formação de cidadãos críticos, criativos, participativos e 
responsáveis, capazes de se comunicar, lidar com as próprias emoções e propor soluções para problemas e 
desafios. Essas competências guiaram a elaboração da BNCC e implicam em uma desvinculação da escola do 
passado, que valoriza a memorização de conteúdos.
Como ficam as diferenças 
regionais do ensino na 
BNCC?
Após a aprovação da versão final da Base Nacional Comum 
Curricular, a Secretaria de Educação de cada estado e município 
poderá incluir em seus currículos conteúdos específicos (como a 
História e a Geografia da região ou as tradições específicas dos 
povos indígenas daquele estado, por exemplo), configurando a 
chamada base diferencial.
Isso está de acordo com uma estratégia do Plano Nacional de 
Educação, que visa a “desenvolver tecnologias pedagógicas que 
combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das 
atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, 
considerando as especificidades da educação especial, das 
escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas.”
Dessa forma, a Base Nacional Comum Curricular pretende 
unificar conteúdos básicos, que devem ser ensinados em todo o 
país e que correspondem ao currículo mínimo obrigatório de 
todas as escolas. Ao mesmo tempo, pretende que os 
ensinamentos tradicionais e regionais continuem sendo 
passados aos alunos, correspondendo à parte diversificada do 
currículo escolar.
Portanto,as escolas poderão acrescentar ao seu Projeto Político 
Pedagógico (PPP) o que for característico de cada comunidade, 
sem deixar de lado os direitos dos alunos previstos na BNCC.
As competências gerais da BNCC
A nova versão da Base prevê que os estudantes devem, ao longo da 
educação básica, desenvolver competências cognitivas e 
socioemocionais para sua formação. São 10 as competências gerais 
determinadas pela BNCC e consideradas fundamentais para os 
estudantes:
1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos 
sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a 
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma 
sociedade justa, democrática e inclusiva.
2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria 
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a 
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar 
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3) Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais 
às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção 
artístico-cultural.
4) Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, 
e escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das 
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar 
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e 
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas 
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e 
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e 
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6) Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se 
de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as 
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao 
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para 
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns 
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência 
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e 
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, 
dos outros e do planeta.
8) Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, 
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas 
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com 
elas.
9) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e 
aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade 
de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e 
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base 
em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Essas competências serviram de referência para 
estruturação de toda a Base, desde a Educação Infantil até 
o fim do Ensino Médio.
BNCC para a Educação Infantil e o 
Ensino Fundamental
A terceira versão da BNCC para a Educação 
Infantil e o Ensino Fundamental foi 
divulgada no dia 06/04/2017 em 
apresentação realizada em Brasília. Essa 
versão foi discutida em audiências públicas 
realizadas em todas as regiões do país, que 
resultaram em 619 colaborações enviadas 
ao Conselho Nacional de Educação (CNE).
A versão final foi aprovada e 
homologada em dezembro de 2017.
A Educação Infantil é organizada por campos de experiências e 
se baseia em seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento:
1) conviver;
2) brincar;
3) participar;
4) explorar;
5) expressar;
6) conhecer-se.
E em cinco campos de experiências:
1) o eu, o outro e o nós;
2) corpo, gestos e movimento;
3) traços, sons, cores e formas;
4) escuta, fala, pensamento e imaginação;
5) espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Qual o novo foco com a BNCC na Educação Infantil?
No próximo ano, a BNCC trará a orientação de trabalhar com foco nos eixos 
estruturais, direitos de aprendizagem da criança e campos de experiência. Eles já 
existiam, mas com a Base ganham um enfoque maior na prática pedagógica e na 
rotina escolar.
Os eixos estruturais, interagir e brincar, são importantes para que a criança 
consolide sua aprendizagem. É a partir da brincadeira e da interação que ela 
desenvolve, nesta etapa, as estruturas, habilidades e competências que serão 
importantes ao longo de toda a vida. 
A seguir, vamos explicar os novos focos da BNCC na Educação Infantil: os direitos 
de aprendizagem e os campos de experiências, além da divisão da faixa etária e a 
nomenclatura usada para as etapas deste segmento. 
Direitos de aprendizagem
A BNCC na Educação Infantil estabelece seis direitos 
de aprendizagem: conviver, brincar, participar, 
explorar, expressar e conhecer-se. São eles que 
asseguram as condições para que as crianças 
“aprendam em situações nas quais possam 
desempenhar um papel ativo em ambientes que as 
convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se 
provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir 
significados sobre si, os outros e o mundo social e 
natural” (BNCC).
Confira como esses direitos de 
aprendizagem aparecem no documento da 
BNCC na Educação Infantil e a proposta de 
cada um deles:
Conviver
Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, 
ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.
Brincar
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e 
adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua 
criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
Participar
Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das 
atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha 
das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando 
conhecimentos, decidindo e se posicionando
Explorar
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, 
histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas 
diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
Expressar
Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, 
descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
Conhecer-se
Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de 
seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens 
vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário
Se percebermos, todos estes direitos são verbos de ação. E o 
que isso pressupõe no contexto da Educação Infantil? É a partir 
destas ações, utilizando os campos de experiência que as 
crianças consolidam todos os seus direitos de aprendizagem.
Campos de experiência
As interações e as brincadeiras fazem parte dos eixos estruturais da Educação 
Infantil e são eles que asseguram às crianças os direitos de aprendizagem.Levando 
isso em consideração, a BNCC na Educação Infantil é estruturada em cinco campos 
de experiência.
De acordo com a Base:
Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações 
e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, 
entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. A 
definição e a denominação dos campos de experiências também se baseiam no que 
dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser 
propiciados às crianças e associados às suas experiências. (BNCC)
Assim, ao considerar esses saberes e conhecimentos, a BNCC 
estrutura os campos de experiência da seguinte forma:
O eu, o outro e o nós
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Divisão da faixa etária e nomenclatura
Com a BNCC da Educação Básica, a 
divisão da faixa etária e a nomenclatura 
usada para os segmentos da Educação 
Infantil foram alterados, levando em 
consideração as especificidades 
necessárias a cada um dos grupos 
etários que constituem os objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento desta 
etapa.
Assim, a divisão etária é estruturada de acordo com a imagem 
abaixo:
Como afirma a própria BNCC, é importante não considerar 
esses grupos etários de forma rígida, visto que há diferenças no 
ritmo de aprendizagem e no desenvolvimento das crianças que 
devem ser levados em conta.
Você viu quais são os novos focos da BNCC na Educação Infantil a partir dos conceitos de direitos de 
aprendizagem e campos de experiências, os quais estão ligados com os eixos estruturais desse 
segmento – interagir e brincar.
Nas outras etapas da educação básica, como o Ensino Fundamental, as orientações propostas pela 
BNCC também começam a valer a partir de 2019. Aqui, é fundamental entender que a organização da 
base é diferente em cada segmento.
Enquanto na Educação Infantil a BNCC apresenta os direitos de aprendizagem, campos de experiência 
e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, no Ensino Fundamental a estrutura se dá pelas áreas 
do conhecimento, objetivos específicos de cada componente curricular e as habilidades que o aluno 
deve desenvolver ao longo desta etapa.
Outro ponto importante para ficar atento é a transição entre a Educação Infantil e o Ensino 
Fundamental, pois, como aponta a BNCC, é preciso que haja uma continuidade em seu percurso 
educativo e “equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos 
processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que 
elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa.” 
O Ensino Fundamental, por sua vez, parte de cinco áreas do 
conhecimento definidas pela LDB:
1) Linguagens (Língua Portuguesa, Artes, Educação Física e 
Língua Inglesa);
2) Matemática;
3) Ciências da Natureza (Ciências);
4) Ciências Humanas (Geografia e História);
5) Ensino Religioso.
Definindo unidades temáticas e habilidades que 
devem ser aprendidas em cada ano, observando-se a 
progressão dos alunos.
BNCC Ensino Fundamental – Anos 
Iniciais: Confira os destaques da Base
É fundamental compreender como a Base se 
faz presente no dia a dia das escolas e em 
cada segmento da educação básica.... 
Veja a abordagem pedagógica e os principais 
destaques da BNCC Ensino Fundamental − 
Anos Iniciais (1º ao 5º ano).
Qual a abordagem pedagógica da BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais?
Diferente da Educação Infantil, a proposta da BNCC Ensino Fundamental − 
Anos Iniciais é a progressão das múltiplas aprendizagens, articulando o 
trabalho com as experiências anteriores e valorizando as situações lúdicas de 
aprendizagem.
Segundo o documento da BNCC:
Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas 
experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de 
relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre 
os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma 
atitude ativa na construção de conhecimentos. (BNCC)
Ao compreender as mudanças no processo de desenvolvimento 
da criança − como a maior autonomia nos movimentos e a 
afirmação de sua identidade − a BNCC Ensino Fundamental − Anos 
Iniciais propõe o estímulo ao pensamento lógico, criativo e crítico, 
bem como sua capacidade de perguntar, argumentar, interagir e 
ampliar sua compreensão do mundo. Ou seja:
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do 
conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens 
anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da 
experiência estética e intercultural das crianças, considerando 
tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda 
precisam aprender. (BNCC)
Além disso, essa proposta pedagógica deve assegurar, ainda, um 
percurso contínuo de aprendizagens e uma maior integração entre 
as duas etapas do Ensino Fundamental.
O que a BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais traz de novidade?
A BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais contempla a primeira etapa 
do segmento, bem como estudantes e professores do 1º ao 5º ano, 
enquanto os Anos Finais contemplam alunos e professores do 6º ao 9º 
ano.
Por fazerem parte de uma mesma Base, a BNCC da Educação Básica, a 
BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Anos Finais possuem vários 
pontos em comum para garantir o percurso de aprendizagem contínuo, 
como a divisão por áreas do conhecimento, componentes curriculares e 
unidades temáticas.
Áreas do Conhecimento
A organização estrutural da BNCC no Ensino 
Fundamental como um todo se dá por áreas do 
conhecimento, da mesma forma que acontece no Exame 
Nacional do Ensino Médio (ENEM). Tal organização busca 
favorecer a comunicação entre os conhecimentos e 
aprendizagens das inúmeras disciplinas, agora chamadas 
de componentes curriculares.
As áreas do conhecimento previstas pela BNCC são: 1) 
Linguagens, 2) Matemática, 3) Ciências da Natureza e 4) 
Ciências Humanas, sendo que cada uma delas têm 
competências específicas de área – reflexo das dez 
competências gerais da BNCC – que devem ser 
promovidas ao longo de todo o Ensino Fundamental. 
De acordo com a BNCC, “as competências específicas 
possibilitam a articulação horizontal entre as áreas, 
perpassando todos os componentes curriculares, e também a 
articulação vertical, ou seja, a progressão entre o Ensino 
Fundamental – Anos Iniciais e o Ensino Fundamental – Anos 
Finais e a continuidade das experiências dos alunos, 
considerando suas especificidades.” 
Portanto, para além das competências, cada uma dessas áreas 
tem papel fundamental na formação integral dos alunos do 
Ensino Fundamental. Isso aparece nos textos de apresentação 
das áreas na BNCC. Além de mostrar tal papel, o documento dá 
destaque às particularidades do segmento, levando em 
consideração as especificidades e as demandas pedagógicas de 
cada etapa educacional.
Componentes curriculares 
O que antes entendíamos como disciplinas ou matérias, chamamos agora de componentes curriculares. Mas como 
assim? As disciplinas não deixaram de existir, o que mudou foi: a BNCC não chama mais Língua Portuguesa, por 
exemplo, de disciplina ou matéria. A Base a compreende como um componente curricular da área de conhecimento 
de Linguagens.
Você já sabe em qual área cada componente curricular está presente na BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais e 
Anos Finais? 
Linguagens - Componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa.
Matemática - Componente curricular: Matemática.
Ciências da Natureza - Componente curricular: Ciências.
Ciências Humanas - Componentes curriculares: História e Geografia.
Ensino Religioso - Componente curricular: Ensino Religioso.
Com o intuito de garantir o desenvolvimento das competências específicas de área, cada componente curricular 
possui – conforme indicadono texto da BNCC – um conjunto de habilidades que estão relacionadas aos objetos de 
conhecimento (conteúdos, conceitos e processos) e que se organizam em unidades temáticas.
Alfabetização
Outro aspecto que muda com a BNCC Ensino Fundamental − Anos iniciais é a alfabetização. A partir da implementação da 
Base, toda criança deverá estar plenamente alfabetizada até o fim do 2º ano. Antes, esse prazo era até o terceiro ano – de 
acordo com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).
Portanto, nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o foco da ação pedagógica deve ser a alfabetização. Isso é 
sistematizado pela BNCC nos tópicos abaixo, que mostram as competências e as habilidades envolvidas no processo de 
alfabetização, e que a criança deve desenvolver:
Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas de representação);
Dominar as convenções gráficas (letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e script);
Conhecer o alfabeto;
Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita;
Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
Saber decodificar palavras e textos escritos;
Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras;
Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras palavras, desenvolvendo assim fluência e rapidez de 
leitura (fatiamento).
Então, se a alfabetização deve ser concluída ao final do 2º ano, o aluno já deve sair dessa etapa escrevendo tudo 
corretamente? Não! No final desse período ele deve desenvolver as competências e habilidades que te mostramos acima.
Ao longo dos próximos anos processo de alfabetização será complementado com foco na ortografia, que ampliará os 
conhecimentos e as habilidades linguísticas do estudante.
Unidades Temáticas
Com a implementação da BNCC Ensino Fundamental – Anos 
Iniciais e Anos Finais, a forma com que os conteúdos serão 
trabalhados em sala de aula ganhou novo foco. A divisão agora 
é por unidades temáticas, que consiste na reunião de um 
conjunto de conteúdos de uma mesma temática em uma 
unidade.
Na BNCC, essas unidades aparecem em praticamente todos os 
componentes curriculares ao longo de todo o Ensino 
Fundamental. Por exemplo, a unidade temática “Matéria e 
Energia” de Ciências aparece do 1º ao 9º ano, o que muda são 
os objetos de conhecimento e as habilidades exigidas para cada 
etapa. Segundo a BNCC:
Respeitando as muitas possibilidades de organização do conhecimento escolar, as 
unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do 
Ensino Fundamental adequado às especificidades dos diferentes componentes 
curriculares. Cada unidade temática contempla uma gama maior ou menor de objetos 
de conhecimento, assim como cada objeto de conhecimento se relaciona a um número 
variável de habilidades […]. As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que 
devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. (BNCC)
Portanto, a partir dessas unidades, o conteúdo trabalhado em um ano pode ser 
retomado e ampliado nos anos seguintes, permitindo que o professor trabalhe novas 
habilidades em sala de aula.
Entre os componentes curriculares presentes na BNCC, somente o componente Língua 
Portuguesa – da área de Linguagens – não está estruturado em unidades temáticas. Ou 
seja, ela se organiza em práticas de linguagem (leitura/escuta, produção de textos, 
oralidade e análise linguística/semiótica), campos de atuação, objetos de 
conhecimento e habilidades.
BNCC: mudanças no Ensino 
Fundamental – Anos finais 6º AO 9º
A chegada da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às 
escolas públicas e privadas deve trazer mudanças 
significativas tanto para as práticas em sala de aula 
quanto para os materiais didáticos, para a preparação dos 
docentes e para a gestão das instituições de ensino em 
todo o país. A partir de 2019 o documento já passa a 
valer para as etapas da Educação Infantil e do Ensino 
Fundamental, e deve estar 100% implementado nas 
escolas até 2020.
Ensino Fundamental – Anos finais
O Ensino Fundamental é caracterizado por ser a etapa mais longa da 
Educação Básica (9 anos). Durante esta fase, os alunos passam por muitas 
mudanças relacionadas ao seu desenvolvimento físico, emocional, social, à 
sua capacidade cognitiva e à sua rotina dentro e fora da escola. O Ensino 
Fundamental atende desde crianças com 6 anos de idade a adolescentes 
com 14 anos de idade. É um período de grandes transformações!
Para abranger as competências e habilidades a serem desenvolvidas durante 
essa fase tão complexa, divide-se a etapa do Ensino Fundamental entre os 
Anos iniciais (1º ao 5º Ano) e os Anos finais (6º ao 9º Ano). A abordagem 
pedagógica nessas duas etapas apresenta várias características comuns. Nos 
Anos finais do Ensino Fundamental, no entanto, ela se direciona cada vez 
mais para a intenção de despertar a autonomia e o protagonismo dos 
estudantes, preparando-os para o ingresso no Ensino Médio.
BNCC - Competências gerais
Uma das principais mudanças no Ensino Fundamental – Anos finais – e ao 
longo de toda a Educação Básica – conforme a proposta da BNCC, é a 
definição de um conjunto de 10 competências gerais. As competências 
gerais são a “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), 
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores 
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício 
da cidadania e do mundo do trabalho.” (BNCC)
Elas mantêm-se as mesmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, mas se 
desdobram ao longo de cada uma dessas etapas da educação em 
diferentes direitos de aprendizagem, campos de experiência, unidades 
temáticas, objetos de conhecimento e habilidades específicas, 
adequando-se às particularidades de cada fase do desenvolvimento dos 
estudantes.
Áreas do conhecimento e componentes curriculares
Enquanto na Educação Infantil a abordagem pedagógica fala em 
campos de experiência, direitos e objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento, a partir do Ensino Fundamental a estrutura da 
Base Nacional Comum Curricular é organizada em grandes áreas 
do conhecimento e seus respectivos componentes curriculares 
(anteriormente conhecidos como matérias ou disciplinas). Cada 
área e componente curricular possuem competências 
específicas, articuladas às dez competências gerais.
Você sabe quais são as áreas do conhecimento e os componentes 
curriculares para os Anos finais do Ensino Fundamental?
Área de Linguagens
Língua Portuguesa
Arte
Educação Física
Língua Inglesa*
*A inclusão da Língua Inglesa como componente 
curricular obrigatório é uma das mais importantes 
mudanças no Ensino Fundamental – Anos finais.
Área de Matemática
Matemática
Área de Ciências da Natureza
Ciências
Área de Ciências Humanas
Geografia
História
Área de Ensino Religioso
Ensino Religioso
Unidades temáticas
Entre as mais significativas mudanças no Ensino 
Fundamental, está a organização de todo o conteúdo em 
unidades temáticas. Para facilitar a compreensão dos 
conceitos colocados pela BNCC, vamos usar como 
exemplo uma das unidades temáticas presentes no 
componente de Geografia: “O sujeito e o seu lugar no 
mundo”. Esta mesma unidade temática está presente do 
1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A cada etapa, no 
entanto, ela se relaciona com diferentes objetos de 
conhecimento e habilidades, como veremos a seguir.
Objetos de conhecimento
Os objetos de conhecimento podem ser entendidos como os 
principais conteúdos, conceitos e processos que serão 
trabalhados dentro de cada unidade temática. Vamos 
compreender melhor essa relação utilizando o mesmo 
exemplo do tópico anterior.
Dentro da unidade temática “O sujeito e o seu lugar no 
mundo”, um aluno do 1º ano deve trabalhar com os objetos de 
conhecimento “O modo de vida das crianças em diferentes 
lugares” e “Situações de convívio em diferentes lugares”. 
Enquanto isso, dentro da mesma unidade temática, um 
estudante do 9º ano trabalhará objetos de conhecimento mais 
complexos, como “A hegemonia europeiana economia, na 
política e na cultura” e as “Corporações e organismos 
internacionais”.
Habilidades
Por fim, as habilidades são as aptidões que o estudante irá desenvolver 
no estudo de determinado objeto de conhecimento. Retomando o 
nosso exemplo anterior, ao estudar “O modo de vida das crianças em 
diferentes lugares”, o aluno do 1º ano deverá ser capaz de “descrever 
características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola 
etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares” 
(EF01GE01) e “identificar semelhanças e diferenças entre jogos e 
brincadeiras de diferentes épocas e lugares.” (EF01GE02)
O aluno do 9º ano, por sua vez, ao estudar “a hegemonia europeia na 
economia, na política e na cultura”, irá desenvolver a sua habilidade de 
“analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida 
em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, 
intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e 
lugares”. (EF09GE01)
A transição entre os Anos iniciais e finais do Ensino Fundamental
Uma preocupação comum a todos os profissionais da educação são os 
momentos de transição presentes ao longo da Educação Básica. Na transição 
entre os Anos iniciais e finais do Ensino Fundamental essa preocupação vem 
principalmente da mudança do professor generalista para o professor 
especialista, que representa para os estudantes uma evolução significativa 
no nível de exigência.
Para que essa transição aconteça de forma mais natural possível, a 
recomendação da BNCC é que escolas e redes de ensino realizem, com base 
no documento, as adaptações necessárias – especialmente nos currículos do 
5º e 6º ano – evitando assim uma grande ruptura no processo de 
aprendizagem.
Destaques e principais mudanças no Ensino Fundamental – Anos finais
Com a implementação da BNCC, as principais mudanças no Ensino Fundamental –
Anos finais vêm da necessidade de desenvolver, dentro das instituições de ensino, os 
conhecimentos, as habilidades, as atitudes e os valores essenciais para o século XXI.
As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a compreensão do adolescente 
como sujeito em desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias e 
culturais próprias, que demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de 
contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social. (BNCC)
Esse entendimento do adolescente como sujeito em 
desenvolvimento (evidenciada tanto pela BNCC quanto pelas 
Diretrizes Curriculares Nacionais) enfatiza a necessidade de a 
escola e o profissional da educação buscarem compreender e 
dialogar com as formas particulares de expressão dos 
estudantes nesta etapa de ensino. Isso se relaciona, 
especialmente, com o envolvimento com a cultura e a 
comunicação nos meios digitais – mas na verdade vai muito 
além disso.
São os destaques e as principais mudanças no Ensino Fundamental – Anos finais!
Tecnologia e cultura digital
A tecnologia permeia todo o documento da Base Nacional, aparecendo desde as competências gerais para a 
Educação Básica até o desenvolvimento das habilidades específicas a cada componente curricular. Especialmente 
nos Anos finais do Ensino Fundamental, é essencial olhar para a tecnologia e para as particularidades da cultura 
digital como mais uma forma de criar conexões com os adolescentes das novas gerações.
É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada 
e contribua para o desenvolvimento, no estudante, de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à 
multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é imprescindível que a escola compreenda e 
incorpore mais as novas linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação 
(…). (BNCC)
Protagonismo juvenil
O termo “protagonismo” aparece inúmeras vezes ao longo da BNCC do Ensino Fundamental – Anos finais. A 
intenção evidenciada aqui é que a escola proporcione um ambiente, projetos e práticas pedagógicas 
favoráveis para que o adolescente desenvolva cada vez mais a sua autonomia. Essa autonomia vale tanto 
para a administração dos seus próprios estudos, quanto para a sua atuação em sociedade e para a 
construção do seu projeto de vida.
Projeto de vida
No Ensino Fundamental – Anos finais começa a aparecer de forma mais evidente a definição de projeto de vida dos 
estudantes, que será trabalhada de modo mais aprofundado ao longo do Ensino Médio.
(…) a BNCC propõe a superação da fragmentação radicalmente disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na 
vida real, a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do estudante em sua 
aprendizagem e na construção de seu projeto de vida. (BNCC)
Base Nacional Comum Curricular: Entenda as 
competências que são o “fio condutor” da BNCC
A Base Nacional Comum Curricular é o documento que determina os direitos de aprendizagem 
de todo aluno cursando a Educação Básica no Brasil. A Base possui 10 Competências Gerais que 
operam como um “fio condutor”.
Essas competências devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de todos os anos da 
Educação Básica e, por isso, permeiam cada um dos componentes curriculares, das habilidades e 
das aprendizagens essenciais especificados no documento da BNCC, além daqueles que serão 
inseridos nos currículos locais.
“As Competências Gerais não devem ser interpretadas como 
um componente curricular, mas tratadas de forma 
transdisciplinar, presentes em todas as áreas de conhecimento 
e etapas da educação. Elas “foram definidas a partir dos 
direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes 
Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, 
atitudes e valores essenciais para a vida no século 21”.
O que a Base Nacional Comum Curricular entende por competência?
Para a construção da Base Nacional Comum Curricular, considerou-
se competência como sendo a mobilização de conhecimentos, 
habilidades, atitudes e valores para resolver demandas da vida 
cotidiana, do exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Isso 
significa que competência é aquilo que permite aos estudantes 
desenvolverem plenamente cada uma das habilidades e 
aprendizagens essenciais estipuladas pela Base.
Quais são as 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular?
As 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular acompanham o 
desenvolvimento dos alunos desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
1. Conhecimento
Valorizar e utilizar os conhecimentos 
historicamente construídos sobre o mundo 
físico, social, cultural e digital para entender 
e explicar a realidade, continuar 
aprendendo e colaborar para a construção 
de uma sociedade justa, democrática e 
inclusiva.
2. Pensamento científico, crítico e criativo
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à 
abordagem própria das ciências, incluindo a 
investigação, a reflexão, a análise crítica, a 
imaginação e a criatividade, para investigar 
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e 
resolver problemas e criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base nos conhecimentos das 
diferentes áreas.
3. Repertório cultural
Valorizar e fruir as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às 
mundiais, e também participar de práticas 
diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Comunicação
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, 
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, 
bem como conhecimentos das linguagens artística, 
matemática e científica, para se expressar e partilhar 
informações, experiências, ideias e sentimentos em 
diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao 
entendimento mútuo.
5. Cultura digital
Compreender, utilizar e criar tecnologias 
digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética 
nas diversas práticas sociais (incluindo as 
escolares) para se comunicar,acessar e 
disseminar informações, produzir 
conhecimentos, resolver problemas e 
exercer protagonismo e autoria na vida 
pessoal e coletiva.
6. Trabalho e projeto de vida
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, 
apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe 
possibilitem entender as relações próprias do mundo do 
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da 
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentação
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, 
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e 
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, 
a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito 
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao 
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Autoconhecimento e autocuidado
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e 
emocional, compreendendo- se na diversidade humana e 
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com 
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Empatia e cooperação
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro 
e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da 
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas 
identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos 
de qualquer natureza.
10. Responsabilidade e cidadania
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, 
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, 
tomando decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Na prática, como funciona?
Todas as competências indicam o que deve ser aprendido pelos estudantes (o 
objetivo é identificado por verbos infinitivos que iniciam as descrições), do 
mesmo modo que especificam com que finalidade determinada competência 
deverá ser desenvolvida, elucidando a sua importância para a formação do 
estudante ao longo da Educação Básica.
Vamos tomar a primeira Competência, como exemplo:
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo 
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar 
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática 
e inclusiva.
Partindo dessa descrição, os conhecimentos dos campos de experiência e das 
áreas específicas devem ser mobilizados para compreender e explicar a 
realidade, protagonizar escolhas e agir de maneira colaborativa, com a intenção 
de construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Progressão das Competências Gerais
É importante ressaltar que as Competências Gerais mantêm-se as mesmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, 
mas se desdobram ao longo de cada uma dessas etapas da educação para adequarem-se às particularidades de 
cada fase do desenvolvimento dos estudantes.
Na Educação Infantil
Para esta etapa, as 10 Competências Gerais da Base se desdobram em direitos e objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento, dentro dos 5 campos de experiência da Educação Infantil.
Clique aqui para saber mais sobre a BNCC na Educação Infantil.
No Ensino Fundamental
No Ensino Fundamental, as Competências Gerais estão presentes em unidades temáticas, objetos de 
conhecimento e habilidades a serem trabalhadas dentro de cada área do conhecimento e componentes 
curriculares específicos.
Clique aqui para saber mais sobre a BNCC Ensino Fundamental – Anos Iniciais.
Clique aqui para saber mais sobre a BNCC Ensino Fundamental – Anos Finais.
No Ensino Médio
Assim como no Ensino Fundamental, no Ensino Médio as Competências Gerais se desdobram em habilidades 
que serão desenvolvidas dentro de cada área do conhecimento.
Qual é a vantagem da orientação por 
competências?
Por meio da orientação por competências, o 
aluno é convidado a deixar sua posição inerte 
na rotina da sala de aula para – muito além de 
apenas compreender conceitos – propor e 
testar soluções em situações verdadeiras, 
conectadas à sua realidade local. O estudante 
também é motivado a interagir, assumindo um 
papel mais participativo na sociedade, de 
forma que ele seja capaz de construir e expor 
argumentos, expressando seus princípios e 
valores.
Habilidades da BNCC: O que são e para que servem?
Enquanto as competências funcionam como um “fio condutor” da Educação Infantil 
ao Ensino Médio, os objetivos e as habilidades da BNCC dizem respeito às 
particularidades da aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes durante cada 
uma dessas etapas de ensino.
“Você é um motorista competente?”
Um motorista competente é capaz de se locomover pelas vias com segurança, respeitar a sinalização de trânsito, estacionar o 
seu veículo corretamente, lidar com imprevistos ou adversidades (como acidentes e congestionamentos, por exemplo) … 
entre diversas outras coisas envolvidas na atividade de conduzir um automóvel.
Mas… “O que é preciso para ser um motorista competente?”
Os objetivos e as habilidades da BNCC são as aptidões desenvolvidas ao longo de cada etapa de ensino e que contribuem 
para o desenvolvimento das competências gerais e específicas da Base.
Para que alguém seja capaz de realizar todas essas coisas, é preciso ter habilidade motora, noção espacial, capacidade de ler
e interpretar sinais de trânsito, conhecimento da legislação de trânsito, noções básicas de mecânica, inteligência emocional…
essas são habilidades que uma pessoa desenvolve ao longo de toda a vida e que, quando somadas, podem fazer dela um 
motorista competente!
Portanto, os objetivos e as habilidades da BNCC são as aptidões desenvolvidas ao longo de cada etapa de ensino e que 
contribuem para o desenvolvimento das competências gerais e específicas da Base.
De que forma aparecem as habilidades da BNCC?
Educação Infantil
Desde o ingresso na Educação Infantil, os alunos já começam a desenvolver as dez competências gerais da BNCC. 
Nesta etapa, sua aprendizagem e seu desenvolvimento são assegurados por seis direitos: conviver, brincar, 
participar, explorar, expressar e conhecer-se. Esses direitos conversam diretamente com os eixos estruturantes 
da EI – interagir e brincar.
Na Educação Infantil ainda não se fala em áreas de conhecimento ou componentes curriculares, mas em campos 
de experiência. A Base estabelece cinco campos de experiências nos quais as crianças podem se desenvolver:
Eu, o outro e nós.
Corpo, gestos e movimentos.
Traços, sons, cores e formas.
Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Dentro de cada campo de experiência são definidos diversos objetivos – a nomenclatura adotada para as 
habilidades na EI foi objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Estes objetivos são organizados dentro dos 3 
grupos etários em que a BNCC delimita a Educação Infantil.
De acordo com o exemplo da imagem, o código 
EI02TS01 diz respeito ao primeiro objetivo proposto 
no campo de experiências “Traços, sons, cores e 
formas” para o grupo das crianças bem pequenas. 
Portanto, as crianças deste grupo etário devem 
desenvolver a habilidade de “Criar sons com 
materiais, objetos e instrumentos musicais para 
acompanhar diversos ritmos de música”, entre 
diversas outras.
Ensino Fundamental
Em todo o curso do Ensino Fundamental (etapa mais longa da Educação Básica), o foco da aprendizagem das 
crianças e adolescentes continua sendo sobre as dez competências gerais da BNCC. Enquanto na Educação Infantil a 
Base estabelece campos de experiência para o desenvolvimento dos alunos, para o Ensino Fundamental essa 
divisão é feita em áreas de conhecimento e componentes curriculares. As áreas e componentes são os seguintes:
Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa – a partir do 6º ano).
Matemática (Matemática).
Ciências da Natureza (Ciências).
Ciências Humanas (Geografia e História).
EnsinoReligioso (Ensino Religioso).
Logo, a partir do Ensino Fundamental as competências gerais também se desdobram em competências específicas 
da área ou do componente.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular:
Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto 
de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento – aqui entendidos como 
conteúdos, conceitos e processos –, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas.
Portanto, os objetos de conhecimento são os conteúdos, conceitos e processos organizados em diferentes unidades 
temáticas que possibilitam o trabalho multidisciplinar, e são aplicados a partir do desenvolvimento de um conjunto 
de habilidades.
Exemplo
De acordo com este exemplo da BNCC, o 
código EF67EF01 é referente à primeira 
habilidade do componente de Educação 
Física, proposta para o bloco dos 6º e 7º 
anos. Então, durante a o estudo e a 
prática da Educação Física neste período, 
é esperado que os estudantes 
desenvolvam a habilidade de 
“Experimentar e fruir, na escola e fora 
dela, jogos eletrônicos diversos, 
valorizando e respeitando os sentidos e 
significados atribuídos a eles por 
diferentes grupos sociais e etários”.
Ensino Médio
Enfim chegamos à etapa final da Educação Básica: o Ensino Médio. Ao final desta 
etapa, os estudantes devem completar o seu desenvolvimento dentro das dez 
competências gerais da Base Nacional Comum Curricular. Assim como na etapa 
anterior, o Ensino Médio também é organizado em áreas de conhecimento. Vamos 
ver quais são elas?
Linguagens e suas Tecnologias.
Matemática e suas Tecnologias.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Devido à Reforma do Ensino Médio e à reformulação da BNCC para esta etapa, os 
componentes curriculares obrigatórios para os três anos do EM são os de Língua 
Portuguesa e Matemática. No entanto, as competências específicas e habilidades 
das demais áreas de conhecimento podem e devem ser desenvolvidas em 
diferentes arranjos curriculares a partir dos itinerários formativos.
Neste exemplo, o código EM13LGG103 
representa a terceira habilidade relacionada à 
competência nº 1 da área de Linguagens e suas 
Tecnologias. De acordo com o código, esta 
habilidade pode ser trabalhada da 1ª à 3ª série 
do Ensino Médio, dependendo do arranjo 
curricular proposto pela escola. Portanto, entre 
a 1ª e a 3ª série, os estudantes devem 
desenvolver a habilidade de “Analisar o 
funcionamento das linguagens, para interpretar 
e produzir criticamente discursos em textos de 
diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, 
gestuais)“.

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