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A BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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A BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL
MÓDULO 1
A BNCC da Educação Básica
Neste Módulo, você verá os fundamentos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sua importância no contexto da educação nacional. Poderá também conhecer as principais características da BNCC e como essas características foram pensadas para promover a aprendizagem de todos os estudantes: crianças, jovens e adultos.
Para isso, serão abordados os seguintes assuntos:
Conteúdo dividido por Accordion
O que é a BNCC
· A BNCC e seus fundamentos pedagógicos.
· O processo de construção da BNCC.
· Qual a diferença entre Base e Currículo?
Por que falar em competências e habilidades?
· Os fundamentos pedagógicos que orientam a BNCC.
· As competências e as habilidades a serem desenvolvidas a partir da BNCC.
· Implicações da BNCC na metodologia e no clima escolar.
Como a base está organizada?
· Especificidades da organização da BNCC em cada etapa da educação básica.
Qual é o desafio posto aos educadores?
· A contribuição da BNCC para a qualidade e a equidade na educação.
Ao final, você poderá realizar um conjunto de atividades que propõem uma reflexão a respeito dos conteúdos deste Módulo.
Objetivos do Módulo
Ao concluir este módulo, espera-se que você:
· Conheça a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e suas premissas pedagógicas.
· Entenda como essa referência nacional pode apoiar o desenvolvimento do currículo nas ações cotidianas da gestão escolar e da sala de aula.
· Conheça as competências gerais que os alunos devem desenvolver ao longo de toda a Educação Básica.
O que é a BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto das aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica. E, com isso, tem assegurados os direitos de aprendizagem e desenvolvimento conforme preconiza o Plano Nacional de Educação (PNE). A BNCC (2018) afirma que:
" [...] este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). "(MEC, BRASIL, 2018)
A elaboração da BNCC não foi feita do dia para a noite! Veja como ocorreu todo o processo de construção da Base ao longo dos últimos trinta anos!
Conteúdo dividido em abas
· 1988
Promulgada a Constituição Federal: a criação de uma Base Nacional Comum, com a fixação de conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, é prevista no artigo 210. 
· 1996
A Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Básica é aprovada e reforça a necessidade de uma base nacional comum.
· 1997 a 2000
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) foram consolidados em partes: 1º ao 5º ano em 1997; 6º ao 9º ano em 1998; e, em 2000, foram lançados os PCNs para o Ensino Médio.
· 2010 a 2012
Novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) orientadas para o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, as resoluções valiam para a Educação Infantil e os Ensinos Fundamental e Médio.
· 2014
Plano Nacional de Educação (PNE) – A Lei n. 13.005, de 2014, instituiu o PNE com vigência de dez anos. São vinte metas para melhorar a qualidade da Educação Básica, sendo que quatro delas tratam da Base Nacional Comum Curricular.
· 2015
A Portaria nº 592 de 17 de junho de 2015 institui a Comissão de Especialistas para a Elaboração de Proposta da BNCC. Em outubro, tem início a consulta pública para a construção da primeira versão da BNCC com contribuições da sociedade civil, de organizações e entidades científicas.
· 2016
Em março, após 12 milhões de contribuições, a primeira versão do documento é finalizada. Em junho, seminários com professores, gestores e especialistas abertos à participação pública são realizados por todo o Brasil para debater a segunda versão da BNCC. Em agosto, começa a ser redigida a terceira versão, em um processo colaborativo com base na versão 2.
· 2017
Em abril, o MEC entregou a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE). O CNE elaborou parecer e projeto de resolução sobre a BNCC e homologou as etapas da educação infantil e do Ensino Fundamental.
· 2018
Foi promulgada a Portaria nº 331, de 5 de abril de 2018 que institui o Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular – ProBNCC e estabelece diretrizes, parâmetros e critérios para sua implementação.
Em 8 de novembro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) elaborou o parecer CNE/CEB nº 3/2018 com a aprovação da atualização das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Ensino Médio.
Concluído o processo, a BNCC passou a integrar a política nacional da Educação Básica como referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares.
Seu conteúdo também vai contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito federal, estadual e municipal, referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação.
Assista ao vídeo a seguir e veja o que as professoras Ghisleine Trigo e Guiomar Namo de Mello têm para falar sobre a importância da BNCC para a educação nacional.
No vídeo, as professoras Ghisleine e Guiomar deixam claro que a BNCC, ao definir as aprendizagens essenciais, não suprime a necessidade de os estados, os municípios e as escolas elaborarem seus próprios currículos, pelo contrário: os currículos e as propostas pedagógicas devem ser orientados pela BNCC.
Base e Currículo
A Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. No artigo 5º, a Resolução explicita a BNCC como referência para que instituições ou redes construam ou revisem seus currículos.
Deve ficar claro, portanto, que a BNCC não é currículo. Mas há uma relação de complementaridade entre BNCC e currículo. Como se vê a seguir:
" Os currículos devem adequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as características dos alunos. " (BNCC, 2017, p. 16)
Deve-se entender que a BNCC deve fundamentar a concepção, formulação, implementação, avaliação e revisão dos currículos, e consequentemente das propostas pedagógicas das instituições escolares (Resolução CNE/CP 2/17, Art. 5, § 1º).
Além disso, a BNCC, enquanto referência nacional, contribui para a articulação e coordenação de políticas e ações educacionais desenvolvidas em âmbito federal, estadual, distrital e municipal, especialmente em relação à formação de professores, à avaliação da aprendizagem, à definição de recursos didáticos e aos critérios definidores de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da oferta de educação de qualidade (Resolução CNE/CP 2/17, Art. 5, § 1º).
Muitas redes de ensino e escolas estaduais, distritais e municipais já iniciaram a elaboração de seus currículos considerando a BNCC, seguindo as orientações disponíveis no Guia de Implementação.
damentos pedagógicos da BNCC
A BNCC se apoia em dois fundamentos pedagógicos: o compromisso com a educação integral e o foco no desenvolvimento de competências.
Ao estabelecer a formação e o desenvolvimento humano global como um de seus fundamentos, a BNCC assume uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto, nos aspectos biopsicossociais e afetivos. Isso significa que os alunos devem ser preparados para atuar com discernimento e responsabilidade, aplicar conhecimentospara resolver problemas, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades, ter autonomia para tomar decisões e, ainda, aprender a aprender. Essa visão de aluno não se concretiza por meio de práticas pedagógicas que privilegiam apenas a transmissão ou o acúmulo de informações. E é nesse ponto que se destaca o desenvolvimento de um currículo orientado por competênciascompetências, o segundo fundamento pedagógico da BNCC.
Mas quais as implicações desses princípios na proposta e nas práticas pedagógicas? O que significa dizer que o aluno não vai à escola só com a cabeça? Para saber, assista ao vídeo a seguir com as professoras Ghisleine Trigo e Guiomar Namo de Mello.
· Fundamentos pedagógicos
No vídeo, fala-se a respeito das competências gerais da Educação Básica que devem ser asseguradas a todos os alunos. Você sabe quais são elas? Essas competências servem como parâmetro para a construção de novas propostas de ensino e asseguram aos estudantes os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, veja:
As competências gerais da Educação Básica
· 1
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
· 2
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
· 3
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
· 4
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
· 5
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
· 6
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
· 7
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
· 8
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
· 9
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
· 10
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
" [...] embora a BNCC não defina uma metodologia de ensino, a formação do aluno caracterizado nas dez competências só pode ser alcançada por meio de metodologias ativas. "
Ao ler as dez competências da Educação Básica, você pode identificar algumas diferenças entre o aluno de hoje e o aluno mais passivo de anos atrás? É importante entendermos que o momento histórico atual e a perspectiva de futuro demandam alunos com outra visão de mundo, preparados para lidar crítica e eticamente, com um ritmo mais dinâmico e com os avanços tecnológicos. Como escreve Lidia Goldenstein, “o telefone fixo demorou 75 anos para alcançar 50 milhões de usuários, o rádio levou 38 anos, a TV, treze anos, a internet, três anos, o Facebook, apenas um ano, e o jogo Angry Birds, incríveis 35 dias”. O essencial é que se perceba que, embora a BNCC não defina uma metodologia de ensino, a formação desse aluno caracterizado nas dez competências só pode ser alcançada por meio de metodologias ativas.
Por que falar em competências e habilidades?
O que significa ter um currículo orientado por competências? E qual a diferença em comparação com os currículos que definem apenas conteúdo? Assista ao vídeo com as professoras Ghisleine e Guiomar e entenda essas e outras questões!
· Competências e habilidades
A BNCC apresenta competências gerais que devem ser desenvolvidas por todos os alunos ao longo da Educação Básica. Ela também define competências específicas para as áreas e os componentes curriculares do Ensino Fundamental. Além delas, há habilidades descritas para os componentes ao longo dos nove anos. Você sabe qual a relação entre competências e habilidades? Assista ao vídeo a seguir!
· Diferença entre competências e habilidades
Dúvidas?
Perguntas e respostas sempre ajudam na aprendizagem!
Analise as respostas que as professoras Ghisleine e Guiomar deram para perguntas frequentes sobre desenvolvimento integral do aluno e sobre o impacto da BNCC na prática pedagógica!
· Perguntas frequentes 1
 
· Perguntas frequentes 2
Como a Base está organizada?
Para explicitar as aprendizagens que devem garantidas ao longo da Educação Básica a fim de assegurar, como resultado do processo de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento das competências gerais, a BNCC tem uma estrutura própria para cada etapa – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em conformidade com seus fundamentos pedagógicos e com os ordenamentos legais.
Ainda que essa estrutura não represente um modelo único de arranjo curricular que obrigatoriamente deve ser adotado nos currículos e propostas pedagógicas de todo o país, ela pretende ser clara e precisa na explicitação do que se espera que todos os alunos aprendam nos diferentes momentos de sua escolarização, de modo a subsidiar sistemas, redes e escolas.
Veja como a BNCC está organizada:
Educação Infantil
	Direitos de aprendizagem e de desenvolvimento
	Campos de experiência
	Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
	São seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento:
Conviver; Brincar; Participar; Explorar; Expressar e Conhecer-se.
	São cinco campos nos quais as crianças podem aprender e se desenvolver:
1. O eu, o outro e o nós;
2. Corpo, gestos e movimentos;
3. Traços, sons, cores e formas;
4. Escuta, fala, pensamento e imaginação;
5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
	Os objetivos são organizados por faixa etária (bebês, crianças muito pequenas, crianças pequenas) para cada campo de experiência.
Ensino Fundamental (anos iniciais e finais)
	Áreas do conhecimento:
	Componentes:
	Unidades temáticas:
	Objetos de conhecimento:
	Habilidades:
	São cinco áreas do conhecimento, conforme definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais: LINGUAGENS, MATEMÁTICA, CIÊNCIAS DA NATUREZA, CIÊNCIAS HUMANAS e ENSINO RELIGIOSO. Há competências estabelecidas para cada área.
	São nove componentes curriculares, abrigados nas áreas do conhecimento: língua portuguesa, arte, educação física e língua inglesa (LINGUAGENS), matemática(MATEMATICA), ciências (CIÊNCIAS DA NATUREZA), história e geografia (CIENCIAS HUMANAS), ensino religioso (ENSINO RELIGIOSO). Há competências específicas estabelecidas para cada um dos componentes.
	As unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às especificidades dos diferentes componentes curriculares. Há unidades temáticas comuns aos anos iniciais e finais e unidades temáticas específicas para cada fase do Ensino Fundamental.
	Referem-se a conteúdos, conceitos e processos mobilizados em diferentes habilidades, relativos a cada unidade temática.
	Expressam as aprendizagens essenciais relativas aos objetos de conhecimento que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.
Ensino Médio
	Áreas do conhecimento:
	Componentes:
	Aprendizagens comuns:
	Habilidades:
	As áreas do conhecimento definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio são:
1. Linguagens e suas Tecnologias,
2. Matemática e suas Tecnologias,
3. Ciências da Natureza e suas Tecnologias,
4. Ciências Humanas e Sociais aplicadas.
Há competências estabelecidas para cada área.
	Os componentes curriculares obrigatórios esta etapa são:
1. Língua Portuguesa,
2. Matemática.
Há competências específicas estabelecidas para cada um dos componentes.
	Os currículos e as propostas pedagógicas devem garantir as aprendizagens essenciais definidas na BNCC e contemplar, sem prejuízo da integração e articulação das diferentes áreas do conhecimento, estudos e práticas de:
• Língua Portuguesa;
• Matemática;
• Conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política;
• Arte;
• Educação Física;
• História do Brasil e do mundo;
• História e cultura afro-brasileira e indígena;
• Sociologia e Filosofia;
• Língua inglesa.
	Para assegurar o desenvolvimento das competências específicas de área, a cada uma delas é relacionado um conjunto de habilidades, que representa as aprendizagens essenciais a ser garantidas no âmbito da BNCC a todos os estudantes do Ensino Médio. Elas são descritas de acordo com a mesma estrutura adotada no Ensino Fundamental.
Organização de cada etapa
Para a Educação Infantil, os campos de experiências são comuns a todas as faixas etárias, mas os objetivos de aprendizagem e de desenvolvimento são específicos para cada uma delas. Para o Ensino Fundamental, são descritas habilidades específicas para cada um dos componentes em cada ano do Ensino Fundamental.
No Ensino Médio, é relacionado um conjunto de habilidades para cada competência específica de área.
Navegue pela BNCC para saber mais sobre essa organização! Observe que tanto os objetivos de aprendizagem da Educação Infantil quanto as habilidades do Ensino Fundamental são descritas por códigos alfanuméricos.
Entenda os códigos
As aprendizagens especificadas na BNCC são organizadas para as diferentes etapas e identificadas por um código alfanumérico. Na Educação Infantil, os códigos se iniciam com EI, e no Ensino Fundamental com EF. Clique nos botões “+” e veja como esses estão organizados.
O código EI02TS01 refere-se ao primeiro objetivo de aprendizagem e desenvolvimento proposto no campo de experiências “Traços, sons, cores e formas” para as crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses). A numeração sequencial dos códigos alfanuméricos não sugere ordem ou hierarquia entre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
Agora, veja como se estruturam os códigos alfanuméricos das habilidades do Ensino Fundamental:
O código EF67EF01 refere-se à primeira habilidade proposta em Educação Física no bloco relativo ao 6º e 7º anos. Vale lembrar que o uso de numeração sequencial para identificar as habilidades de cada ano ou bloco de anos não representa uma ordem ou hierarquia esperada das aprendizagens.
No Ensino Médio, os códigos alfanuméricos das habilidades são compostos da seguinte maneira:
O código EM13LGG103 refere-se à terceira habilidade proposta na área de Linguagens e suas Tecnologias relacionada à competência específica 1, que pode ser desenvolvida em qualquer série do Ensino Médio, conforme definições curriculares.
Na videoaula a seguir, você verá as professoras Ghisleine Trigo e Guiomar Namo de Mello comentando essa diferenciação entre as etapas e outros aspectos estruturais da Base que impactam a prática de sala de aula, como a progressão das aprendizagens.
(VIDEO-COPIADO)
Ao longo da Educação Básica, as diferentes etapas têm suas especificidades e a transição entre elas é marcada por transformações que impactam a aprendizagem. Na videoaula, as professoras Ghisleine e Guiomar apontam para algumas dessas transformações: a mudança de escola (podendo incluir, também, mudanças da administração municipal para a estadual), inserção de professores especialistas, mudanças de currículos, mudanças biopsicossociais relacionadas ao desenvolvimento e à adolescência, dentre outras. Nessa direção, é fundamental que se considerem estratégias para o acolhimento e a adaptação dos alunos que passam por essas transições. Para pensar nas estratégias, é interessante considerar:
· 1
Os alunos participam de atividades desenvolvidas para que conheçam ou se familiarizem com a nova escola ou com a próxima etapa?
· 2
As atividades privilegiam quais aspectos da transição: familiarização com o espaço, com a rotina, com os outros alunos, com o currículo?
· 3
Os professores recebem algum retorno a respeito da adaptação / transição desses alunos?
Um dos desafios importantes para a educação que a organização da BNCC explicita refere-se à progressão das aprendizagensprogressão das aprendizagens, que se estrutura de maneira específica em cada componente. A progressão é uma característica do próprio processo de aprendizagem: as aprendizagens vão se complexificando, em função, até mesmo (mas não somente), do desenvolvimento sociocognitivo dos alunos. Há que se considerar essa progressão para que as transições entre as etapas não se configurem como uma ruptura neste processo. Outros desafios da educação brasileira explicitados pela BNCC serão abordados a seguir.
Qual é o desafio posto aos educadores?
A BNCC, ao definir as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas a todos os estudantes brasileiros - ou, de forma simplificada, estabelecer um ponto de chegada comum -, expressa um parâmetro de igualdade educacional que deve ser referência em todas as escolas do país. Essa igualdade também deve se concretizar nas oportunidades de acesso e de permanência da Educação Básica, condições para que o direito de aprender seja assegurado.
No entanto, a qualidade educacional não se garante exclusivamente por parâmetros de igualdade. É preciso, também, promover equidade.
Mas, afinal, o que é equidade? Como a imagem a seguir responde a essa pergunta?
Em termos da BNCC, igualdade significa definir as aprendizagens a que todos têm direito. Equidade é oferecer condições adequadas às especificidades de cada indivíduo. Na imagem, a BNCC é metaforicamente representada por um dos livros sobre os quais os alunos se apoiam para ver além da cerca. Mas, é somente quando há outros apoios, além da BNCC, que se alcança a equidade.
Promover a equidade supõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes, e portanto, orientar o planejamento e a ação curricular e didático-pedagógica para a inclusão de todos e a superação das desigualdades. Em um país como o Brasil, marcado por acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, esse é um compromisso fundamental e um grande desafio.
Isso significa fazer da escola um espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva para todos, considerando as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais, e as especificidades de cada contexto educativo.
“Promover a equidade supõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes, e portanto, orientar o planejamento e a ação curricular e didático-pedagógica para a inclusão de todos e a superação das desigualdades.”Mas esse não é um compromisso só da escola. Ele deve ser compartilhado na rede ou no sistema de ensino, para que se ofereçam as condições necessárias à aprendizagem de todos: pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria, alunos com deficiência, povos indígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes. Para isso, são necessárias práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular com vistas a reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza esses e outros grupos.
Em outras palavras, é no cotidiano escolar que se garantirão as aprendizagens a que todos os alunos têm direito. Nesse contexto, BNCC, currículos e propostas pedagógicas devem ser reconhecidos como instrumentos a serviço da melhoria da qualidade educacional.
Para aprofundar esse assunto tão importante, assista ao vídeo gravado pelas professoras Ghisleine Trigo e Guiomar Namo de Melo:
VIDEOS
Resumo do Módulo
Ao longo deste módulo, você teve a oportunidade de:
· 1
conhecer a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e suas premissas pedagógicas;
· 2
entender como esse referencial pode apoiar o desenvolvimento do currículo nas ações cotidianas da gestão escolar e da sala de aula;
· 3
conhecer as competências gerais que os alunos devem desenvolver ao longo de toda a Educação Básica.
Reveja alguns dos principais conceitos abordados no diagrama a seguir. Se desejar, imprima a imagem e faça seu próprio mapa mental, estabelecendo as relações entre os diferentes elementos.

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