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BIOQUÍMICA BÁSICA Carboidrat� ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Características gerais: - São as moléculas mais abundantes da terra - Fotossíntese: > 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O - celulose + produtos - Oxidação de carboidratos é a via central de obtenção de energia dos organismos não fotossintetizantes - Também apresentam função estrutural (celulose em plantas) - Funções diversas (determinam os grupos sanguíneo (A, B, O), tecido conectivo de animais, lubrificação das junções esqueléticas, etc - Complexos de carboidratos ligados covalentemente a proteínas ou lipídios podem atuar como sinalizadores intracelulares - A dieta brasileira é composta por alto nível de carboidratos 3 classes principais: - Monossacarídeos ou açúcares simples - Oligossacarídeos (até 10 monossacarídeos) - dissacarídeos (+ comuns) - Polissacarídeos Estrutura geral - (CH2O)n ou Cn(H2O)n - Hidratos de carbono, glicídios, sacarídeos, açúcares - Exceção: associados a grupamentos sulfatos, amina, amida e fosfato - n pode variar enormemente - Nem todo carboidrato é doce, ex: celulose - Em geral são sólidos, cristalinos e incolores Nomenclatura - tipos: - De acordo com a estrutura básica - Carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que geram esses compostos quando hidrolisadas - Alfa e beta - Hidroxila para baixo do carbono 1 e para cima do carbono 1 - Exemplo: alfa-D-Glucopiranose Cetona poliidroxilada (diidroxiacetona) e aldeído poliidroxilado (gliceraldeído) - De acordo com o número de carbonos - Trioses: gliceraldeído - Tetroses: eitrose - Pentoses: riboses - Hexoses: glicose - Heptoses: sedoeptulose - Nonoses: ácidos neuramínico - Outra maneira Aldose: gliceraldeído Cetose: Di-hidróxi-cetona Regra para nomeação - 1º sufixo inicial aldo ou ceto - 2º sufixo da quantidade de carbonos - 3º sufixo final “ose” - Heparansulfato (polissacarídeo) Nomeação cetoexose (frutose) e aldopentose (ribose) Aldoexose (glicose) Características - Isômeros - Todos os carboidratos, salvo a diidroxicetona, apresentam carbonos assimétricos (quirais) de modo que ocorrem formas de isomerias ópticas - Diidroxiacetona possui o C2 sendo carbono simétrico - Formas isoméricas conferem diferenças estruturais e funcionais - Monossacarídeos com carbono quiral tem duas formas enantiômeras - Enzimas que agem sobre os açúcares são absolutamente estereoespecíficas - Por que D ou L? - Ver ordem de importância dos grupamentos químicos - 1º aldo/ceto - 2º hidroxila (do carbono quiral mais afastado do grupo carbonila - ciclização - 3º carbono - Observar as moléculas e ver caminho/giro para checar a estes componentes - Na natureza a maioria é D - Corpo só reconhece como substrato as formas D Números de isômeros - O número de isômeros ópticos vara com o número de carbonos quirais encontrados na molécula - 2n onde n = número de carbonos assimétricos - Epímeros: são isômeros que diferem na configuração de apenas um C assimétrico (quiral). Se a configuração se modifica apenas no C quiral mais distante da carbonil, são isômeros, mas não epímeros. D- manose (epímero no C2); D-glicose; D-galactose (epímero no C4) - Aldoses e cetoses - As séries de (a) D-aldoses e (b) D-cetoses têm de três a seis átomos de carbono, mostradas como fórmulas de projeção. - Os átomos de carbono em vermelho são centros quirais. Em todos estes isômeros D, o carbono quiral mais distante do carbono do carbonil apresenta a mesma configuração do carbono quiral do D-gliceraldeído. - Os açúcares com os nomes dentro de retângulos são os mais comuns na natureza D-gliceraldeído; D-eritrose; D-treose; D-ribose; D-arabinose; D-xilose; D-lixose; D-alose; D-altrose; D-Glicose; D-Manose; D-Gulose; D-idose; D-galactose; D-talose D-hidroxiacetona; D-eritrulose; D-ribulose; D-xilulose; D- psicose; D-frutose; D-sorbose; D-tagatose Estrutura química - ciclização - Em soluções aquosas carboidratos que possuem 5 ou mais carbonos apresentam estrutura molecular cíclica - requer menos energia para se manter em solução Glucopiranose/glucopyranose Linear (estrutura de Fisher) - menos estável Cíclica (estrutura de Haworth) Observação: na forma cíclica os monossacarídeos apresentam mais carbonos quirais e, por isso, mais estereoisômeros - Álcoois reagem com aldeídos e cetonas formando hemicetais e hemiaceitais Ciclização da frutose - O carbono que apresentava o grupo carbonila na forma aberta, e que, consequentemente, não era quiral (pois grupo carbonila tem uma ligação dupla entre o carbono e o oxigênio, passa a ser quiral, o que significa que, na forma cíclica, os monossacarídeos apresentam mais carbonos quirais e, por isso, mais estereoisômeros Carbono alfa e beta - Carbono da carbonila: C anomérico e pode assumir 2 conformações alfa e beta - Observar posição da hidroxila no plano geométrico - Para baixo - alfa (está trans em relação ao grupo álcool em C5) - Para cima - beta (está cis em relação ao grupo álcool em C5) - Processo Mutarrotacional Nomear esse slide de acordo com a explicação da professora - Anômeros de D-glicose: diferenças em propriedades química e físicas - Os anômeros se interconvertem em soluções aquosas - Em equilíbrio, a D-glicose é uma mistura dos anômeros alfa e beta: - Forma linear - presente em quantidades mínimas Ciclo mais comuns; anéis de 5 ou 6 membros (mais estáveis); 7 ou mais membros (raramente observados); 3 ou 4 membros (menos estáveis que formas lineares D-frutofuranose Carboidratos: variação conformacional - Anéis de Piranose e Furanose não são planares - Hibridização dos carbonos em sp3 - Conformação de “cadeira” é a predominante Conformação em cadeira mais estável, substituintes mais volumosos na região equatorial Ligações glicosídicas - Usada para formação de: dissacarídeos, trissacarídeos, oligossacarídeos (até 20 monossacarídeos) e polissacarídeos - Ligação do tipo covalente com liberação de água para o meio - Reversível - Prontamente hidrolisada por ácido, mas resistem à clivagem por base Sempre ponta com carbono anomérico Capacidade redutora dos carboidratos - Os monossacarídeos são agentes redutores - Estrutura fisher - A glicose e outros açúcares capazes de reduzir o íon cúprico (Cu2+) são chamados de açúcares redutores - Grupo carboxil é oxidado a um grupo carboxila - Lactona: lactose oxidada Princípios dos reagentes de Benedict e de Fehling (Precipitado vermelho-tijolo) Dosagem de Glicemia de jejum (princípio de ação) - Metodologia: Enzimática colorimétrica - GOD - PAP. A glicose é oxidada enzimaticamente pela glicose oxidase (GOD) de acordo com a seguinte reação - O peróxido de hidrogênio, em presença da peroxidase (POD) reage com a 4 - Aminoantipirina e Fenol, formando um cromógeno vermelho cereja cuja intensidade de cor é proporcional à concentração da glicose Ligação glicosídica - Os carbonos anoméricos também podem se ligar através de ligações glicosídicas para formar carboidratos compostos - Não é um carboidrato redutor - A nomenclatura comum para di ou oligossacarídeos especifica a ordem das unidades de monossacarídeos, a configuração de cada carbono anomérico e os átomos de carbono participantes da(s) ligação (ões) glicosídica(s) Síntese de desidratação da sacarose Exemplo dissacarídeos - Maltose (glicose + glicose): açúcar do malte/resultado digestão - Sacarose (glicose + frutose): açúcar de cana e da beterraba - Lactose (glicose + galactose): açúcar do leite Sacarose - Dissacarídeo mais abundante - Glicose + frutose (ligação alfa) - Cana de açúcar - O-alfa-D-glicopiranosil-(1>2)-beta-D-fructofuranosídeo - C anomérico de cada açúcar participa da ligação glicosídica - Sofre redução do C anomérico - Sacarase quebra ligações (está no intestino) Lactose - Presente apenas no leite (0 a 7%) - Ligação beta ou beta alfa - entre C1 e C4 - O-alfa-D-galactopirampsil-(1>4)-D-glicopiranose (C1 da galactose cfom o C4 da glicose) - C anomérico livre (açúcar redutores) > não formou ligação glicosídica - Enzima lactase quebra ligações glicosídicas (3-galactosidade)Alguns derivados de hexose importantes na biologia - Derivam de glicose - nos aminoaçúcares, um grupo -NH2 substitui um dos grupos -OH na hexose parental - A substituição de -H por -OH origina um desoxiaçúcar; observe que os desociaçúcares mostrados aqui ocorrem como isômeros L na natureza - Os açúcares ácidos contêm um crupo carboxilato, o que confere carga negativa em pH neutro - A oxidação do carbono do carbonil (aldeído) a carboxil na glicose produz ácido glicônico Família da glicose; aminoaçúcares; desoxiaçúcares; açúcares ácidos Glicose;glicosamina; murâmico; galactosamina; manosamina; fucose; glicuronato; gliconato; lactona; acetilneuramínico Compõe muitos polímeros estruturais, incluindo aqueles da parede celular de bactérias Polissacarídeos ou glicanos Tipos - Homopolissacarídeos: 1 único tipo de monossacarídeo - O número de monômeros e o tipo de ligação diferenciam os três homopolissacarídeos de maior relevância: glicogênio, amido e celulose - Heteropolissacarídeos: 2 ou mais tipos de monossacarídeos - Podem ser lineares ou ramificados Homopolissacarídeos 1. Polissacarídeos de armazenamento a. Amido (células de plantas) b. Glicogênio (células de animais) 2. Polissacarídeos estruturais a. Celulose (células de plantas) b. Quitina (exoesqueleto) c. Peptidoglicano Polissacarídeos com função de armazenamento Amido = amilose + amilopectina - Amilose: cadeia longa, não ramificada - Alfa 1,4 amilase - Amilopectina: cadeia longa, ramificada - 1 ramificação a cada 20 a 24 moléculas de glicose - Alfa 1,6 glicosidase - Obs: ligação alfa-glicosídica leva a amilose a assumir uma conformação elíptica enrolada no seu próprio eixo; ângulos de 60 graus - 6 glicoses por volta; Acomoda I3- ou I5- - O amido possui uma ponta redutora e outras pontas não redutoras - Amilase quebra ligações alfa 1-4 da amilose (não reconhece ligação alfa C1 e C6 da amilopectina) - Mais estável: cadeia curva - Estrutura helicoidal: mais compacta Glicogênio - mesma estrutura da amilopectina (cadeia principal de D-glicose ligada em alfa C1 e C4 com pontos de ramificação em alfa C1 e C6, porém é mais ramificado - Obs: proteína glicogenina interage com uma única molécula redutora - Por que forma de grânulo? - Para que a pressão osmótica em hepatócitos e miócitos não seja aumentada de forma demasiada - A pressão exercida por uma molécula de glicogênio é a mesma que a de uma molécula de glicose - grande capacidade de armazenamento - Os hepatócitos, bem como as células musculares estriadas, são locais de armazenamento de açúcares, na sua forma inerte, o glicogênio. Este açúcar pode ser mobilizado por enzimas do REL e transformado em glicose para uso e distribuição aos demais tecidos do organismo, pelos numerosos capilares sinusóides, quando sua concentração no sangue diminui. Observe que há uma distribuição irregular na quantidade de glicogênio armazenados nas células do órgão. A técnica do PAS revela seus depósitos em forma de grãos e grumos fortemente reativos. Alguns núcleos dos hepatócitos são binucleados Polissacarídeos estruturais Celulose - substância fibrosa, resistente e insolúvel em água - Cadeia linear = (D-glicose beta(1>4) D glicose)n - Polímero linear de até 15 mil resíduos de D-glicose unidos por ligações glicosídicas beta(1>4) - Fazem pontes de H entre si por isso são insolúveis em água - Não conseguimos hidrolisar estes tipos de ligação - A conformação mais estável é aquela na qual um monossacarídeo é rodado 180º relativamente ao monossacarídeo precedente, formando uma cadeia reta e estendida. Várias cadeias estendidas lado a lado podem formar uma rede estabilizada por ligações de H inter e intracadeia - Fibras de celulose - macrofibrilas - microfibrilas - cadeias de moléculas de celulose - Estrutura altamente coesiva - Cadeia são unidas por ligações de H intra e intermoleculares - Matriz formada com outros polissacarídeos e ligninca - Vertebrados não possuem enzimas capazes de hidrolisar a celulose - Herbívoros contém microorganismos sombiontes que secretam celulose. Assim como os cupins. A celulase é capaz de hidrolisar a ligação beta 1>4 glicosídica Quitina - cadeias lineares - Exoesqueleto - Forma fibras estendidas similares às da celulose - Não é digerível por vertebrados - Única diferença química em comparação com a celulose é a substituição de um grupo de hidroxila em C-2 por um grupo de amina acetilado - Segundo polissacarídeo mais abundante na natureza, depois da celulose; estima-se que 1 bilhão de toneladas de quitina são produzidas a cada ano na biosfera Heteropolissacarídeos - GAGs ou mucopolissacarídeos - Família de polímeros lineares compostos por unidades de dissacarídeo repetidas - Um dos dois monossacarídeos é obrigatoriamente N-acetilglicosamina ou N-acetilgalactosamina; o outro, na maioria dos casos, é um ácido urônico, geralmente ácido D-glicurônico ou ácido L-idurônico - São poliânions em que os grupos carregados negativamente ou são carboxilas ou ésteres de sulfatos ou ambos - O padrão de resíduos de açúcar sulfatados e não sulfatados específico para cada glicosaminoglicano proporciona que diferentes ligantes protéicos, os quais se ligam eletrostaticamente aos glicosaminoglicanos, sejam reconhecidos especificamente - proteoglicanos - Polissacarídeos não ramificados; denominados de glicosaminaglicanos constituídos (alternadamente) por resíduos de ácido glicurônico e hexomanina; consistência gelatinosa e mucosa; elasticidade e viscosidade - Ácido hialurônico: tecido conjuntivo, líquido sinovial e humor vítreo dos olhos, cartilagem e derme; ácido glicurônico e N-acetil-glicosamida (GIcNAc); - Policarboxilado - Hidroxila do C4 abaixo do plano geométrico da molécula - Amina ligado ao C esterificado - Outros glicosaminoglicanos diferem do ácido hialurônico em três aspectos: em geral são polímeros muito mais curtos , estão covalentemente ligados a proteínas específicas (proteoglicanos), e uma ou as duas unidades monoméricas são diferentes daquelas do ácido hialurônico Unidades dissacarídeos sulfatadas - Condroitina-4-sulfato = ácido glicurônico + N-acetil-D-galactosamina4S - Cartilagem, ossos, córnea e vasos sanguíneos - Policarboxi-sulfatado - Queratan-sulfato = galactose + N-acetil-D-galactosamina6S - Cartilagem, córnea e disco intervertebral - Hidroxila do C4 acima do plano geométrico da molécula - Amina ligada ao C esterificado - Estimula o metabolismo de condrócitos e a síntese de colágeno e proteoglicanos. Inibe enzimas destrutivas como a hialuronidase e a elastase. Fixa água - Heparina sulfatada (ácido urônico sulfatado + N-glicosamina sulfatada); polímero mais altamente carregado nos tecidos de mamíferos; não constitui o tecido conjuntivo; envolvida no processo de coagulação sanguínea - Solúvel; carregado negativamente Estrutura e funções de alguns polissacarídeos: amido, glicogênio, celulose, quitina, dextrana, peptideoglicano, agarose, ácido hialurônico (glicosaminoglicano) Polímero/tipo/unidade repetida/tamanho (número de unidades monossacarídicas)/função/importância Glicoconjugados: glicoproteínas, proteoglicanos e glicoesfingolipideos - Associados, em geral as membranas celulares - Fornecem comunicação entre as células e a matriz extracelular circundante - Sinalizam proteínas para o transporte e a localização em organelas específicas, ou para degradação, quando a proteína é malformada ou supérflua - Atuam como pontos de reconhecimento para moléculas de sinalização extracelulares (fatores de crescimento, por exemplo) ou parasitas extracelulares (bactérias e vírus) - São componentes centrais para reconhecimento e adesão entre células, migração celular durante o desenvolvimento - Atuam na coagulação sanguínea, resposta imune, cicatrização de ferimentos e outros processos celulares Glicoproteínas - possuem conteúdo de carboidratos que varia de 1% até 90% em peso - Compreendem o espectro inteiro das atividades das proteínas, incluindo enzimas, proteínas de transporte, receptores, hormônios e proteínas estruturais - Ascadeias de carboidratos são geradas de forma enzimática e ligadas covalentemente ao polipeptídeo - Tendem a ter uma composição variável de carboidratos - microheterogeneidade - Maioria das proteínas do plasma sanguíneo ; imunoglobulinas; hormônios; proteínas do leite; proteínas do lisossomo Proteoglicanos - São macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular nas quais uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente unidas a uma proteína de membrana ou a uma proteína secretada - A cadeia de glicosaminoglicano pode ligar-se a proteínas extracelulares por meio de interações eletrostáticas entre a proteína e os açúcares negativamente carregados do proteoglicano - A arquitetura molecular dos proteoglicanos: forma de escova de garrafa, com cerdas ligadas não covalentemente a um suporte filamentoso de ácido hialurônico - Cartilagem: rede de fibrilas de colágeno por proteoglicanos = resistência e elasticidade Peptidoglicanos - Polímero de grandes dimensões formado por aminoácidos, açúcares (p ex glicanos) encontrados apenas na parede celular de bactérias - Mais açúcares do que proteínas - Conferem apoio estrutura; às bactérias, protegendo contra altas pressões osmóticas > permite vida em ambientes hipotônicos - Relação com virulência bacteriana - Na parede celular bacteriana: cadeias polissacarídicas e polipeptídicas ligadas covalentemente, rígidas - Penicilina: inibe irreversivelmente a síntese da parede celular Gram positivas: - Paredes espessas: fica azul - Peptideoglicano espesso - Espaço periplásmico - Membrana plasmática Gram negativas: - Paredes finas: fica vermelha - Membrana externa (lipossacarídeo e proteína) - Espaço periplásmico - Peptideoglicano - Espaço periplásmico - Membrana plasmática Proteínas glicosiladas - Quase todas as proteínas secretadas e associadas a membranas de células são glicosiladas - Os oligossacarídeos são covalentemente acoplados às proteínas por ligações N-glicosídidicas (RER) ou O-glicosídicas (Complexo de Golgi) - Ligações covalentes entre oligossacarídeos e proteínas - Adesão celular, transporte e ligação de receptores celulares Glicosilação de glicoproteínas - O processo de glicosilação é essencial para a biossíntese e enrolamento das proteínas, para a atividade de enzimas e hormônios, para o funcionamento de receptores celulares, reconhecimento de anticorpos, transportadores, síntese de fatores de coagulação sanguíneos e ainda para a maioria das proteínas membranares e muitas proteínas intracelulares - A maioria das proteínas presentes no soro sanguíneo são glicoproteínas (ex hormônios) - Obs: % proteínas > açúcar - O carboidrato pode constituir de 1 a 70% ou mais da massa da glicoproteína - O carboidrato é ligado por meio de seu carbono anomérico por uma ligação glicosídica com o -OH de um resíduo de Ser ou Thr (O-ligado) ou por uma ligação N-glicosil com o nitrogênio da amida de um resíduo de Asn (N-ligado) Vantagens biológicas da adição de oligossacarídeos a proteínas - Agrupamentos altamente hidrofílicos de carboidratos alteram a polaridade e a solubilidade das proteínas com as quais estão conjugados - Servem como marcadores do destino da proteína (RE > complexo; complexo > secreção) - Marcam proteínas mal dobradas para a degradação - O volume e a carga negativa das cadeias de oligossacarídeos também protegem algumas proteínas do ataque por enzimas proteolíticas Funções dos oligossacarídeos - Protege a superfície da proteína, modificando sua atividade ou protegendo-a da proteólise - Células recobertas com açúcares - Sinalização molecular e celular - Mudanças conformacionais e enovelamento Glicolipídeos - Encontrados na superfície de todas as membranas plasmáticas - Lipídeos com maior assimetria de distribuição nas membranas - Localizam-se exclusivamente na monocamada não-citosólica, principalmente em microdomínios - Interação célula-célula - Adesão intra e extracelulares - Marcadores imunoquímicos - Antígenos do sistema ABO são oligossacarídeos de glicolipídeos As glicoproteínas e os sistema ABO (tipos-sanguíneos) Intermediação de eventos de ligação célula-célula - processos intra e extracelulares que dependem de interações proteína-carboidrato - Interação lectina-ligante no recrutamento de leucócitos para o sítio de infecção/ferimento - Como as selectinas controlam as respostas inflamatórias na artrite reumatoide, asma, psoríase, esclerose múltipla e rejeição de órgãos transplantados, existe um grande interesse no desenvolvimento de fármacos que inibam a adesão celular mediada por selectinas Oligossacarídeos nos eventos de reconhecimento na superfície celular e nos sistemas de endomembranas - Oligossacarídeos com estruturas únicas (representados como correntes de hexágonos) são componentes de várias glicoproteínas ou glicolipídeos na superfície externa de membranas plasmáticas. Seus oligossacarídeos se ligam a lectinas do meio extracelular com alta especificidade e alta afinidade - Vírus que infectam células animais, como o influenza, ligam-se a glicoproteínas da superfície celular na primeira etapa da infecção - Toxinas bacterianas, como as do cólera e da coqueluche, ligam-se a um glicolipídeo da superfície antes de entrarem na célula - Algumas bactérias, como H. Pylori, aderem-a células animais e então, as colonizam ou infectam - Selectinas (lectinas) da membrana plasmática de certas células controlam interações célula-célula, como aquelas dos leucócitos com as células endoteliais da parede capilar e um sítio de infecção - O receptor/lectina para manose-6-fosfato do aparelho de Golgi trans se liga ao oligossacarídeo em enzimas lisossômicas, selecionando-as para transferência ao lisossomo O código do açúcar - Glicobiologia - O glicoma é o conteúdo total de carboidratos simples e complexos em um organismo - Glicômica é o estudo sistemático das estruturas e das funções de glicomas, como o glicoma humana - Ex: N-glicolilneuramínico não humano -> Neu5Gc x carne
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