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Exercícios: Figuras de Linguagem (com gabarito)

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Os estatutos do homem (Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida,
E de mãos dadas,
Marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
Inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
Têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
/.../
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
Sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
/.../
Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
Amar sem amor.
(MELLO, Thiago de. Os estatutos do homem. São Paulo: Vergara & Riba, 2001.) 
1. (G1 - epcar (Cpcar) 2021) A seguir são apresentadas referências a figuras de linguagem que podem ser encontradas em determinadas partes do texto. Assinale a alternativa em que a figura proposta NÃO se faz presente no trecho citado. 
a) No Artigo I encontra-se exemplo de aliteração. 
b) No Artigo VIII encontra-se exemplo de metonímia. 
c) No Artigo II encontra-se exemplo de metáfora. 
d) No Parágrafo Único encontra-se exemplo de paradoxo. 
Resposta:
[B]
No Artigo I, vemos a repetição da consoante “v” como um exemplo de aliteração. No artigo II, vemos uma metáfora quando o eu lírico coloca o domingo de manhã como um momento alegre, feliz, em contraposição aos dias enfadonhos da semana, como as terças cinzentas. No Parágrafo Único, vemos um paradoxo no trecho “amar sem amor”, já que não é possível realizar a ação de amar e não ter amor ao mesmo tempo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A pandemia, o sentido da vida e a política
	1A pandemia, o isolamento e o medo põem questões que vão mais além das relativas a como levar uma vida “normal”, por produzirem indagações sobre o próprio sentido da vida.
	2Em situações normais, as pessoas estão preocupadas com as atividades profissionais e domésticas, tal 3como acontecem no dia a dia. 4Preocupações básicas são as que regem este tipo de condição: 5a renda, a escola das crianças, a sociabilidade profissional e a familiar, o amor, a amizade, o ir às compras. 6Já em situações como esta que estamos vivendo, as preocupações são de outra ordem: 7a doença, o medo da morte, a possível falta de mantimentos, a manutenção do emprego, a redução da renda, o isolamento, a pergunta pelo amanhã.
	Uma analogia possível é com a condição de 8guerra. 9Nesta, a saída abrupta da normalidade é imediatamente sentida: a existência humana é mostrada em sua fragilidade, a emergência toma conta do dia a dia. A morte abrupta surge para cada um como uma realidade, seja ela militar, seja civil. 10No entanto, os sentimentos e emoções daí resultantes não são necessariamente os mesmos, pois as pessoas não se isolam, mas vêm a cumprir uma função social junto ao Estado, sob a forma da defesa da pátria. 11A morte ganha, nesse aspecto, sentido.
	A 12morte é uma questão existencial primeira da condição humana, 13essa que coloca o homem diante do nada, do limite da condição humana. Ela é o horizonte de cada um, por mais que pensemos nela ou não. A significação da morte no fim da vida faz com que as pessoas se preparem para isso, tanto individual quanto familiarmente. Retiram-se progressivamente, planejam pelo testamento a sucessão dos bens, acostumam-se à ideia. Alguns recorrem à religião, acreditando em outra vida. No caso de a morte acontecer numa guerra, ela adquire a significação de que o indivíduo é membro de uma comunidade, sendo assim compreendida pelo Estado e pelos seus próximos. No momento, porém, em que a redução do ciclo natural se dá sob a forma de uma doença coletiva, é como se o sem sentido ganhasse a forma do absurdo.
	Uma significação que surge no contexto de pandemia é a de a pessoa sentir-se abandonada pela vida, abandonada por aqueles que com ela conviviam, salvo os que terminam compartilhando a mesma reclusão. 14Uma expressão do abandono é a solitude e a introspecção. 15O mundo torna-se uma ameaça. Há formas de mitigação, como o telefone e as redes sociais, que tornam viável um modo de substituição da presença física. Mas há algo aqui que faz enorme diferença: a presença física do outro, o olhar, o toque, a expressão física do sentimento. O beijo e o abraço desaparecem.
	16As pessoas reclusas sentem necessidade dos seus. Algumas ficam mais vulneráveis por viverem sozinhas, outras se agrupam em seus núcleos familiares mais próximos, em todo caso o seu número deve ser necessariamente reduzido. Outras que vivem na miséria têm esses sentimentos ainda mais potencializados. 17O contato presencial das pessoas, para além desses núcleos, é rompido. Em seu lugar surgem outros instrumentos de comunicação, as redes sociais obtendo aí protagonismo maior. 18Acontece, 19contudo, que 20a comunicação virtual entre as pessoas passa a ser mediada por outro tipo de comunicação, a social/digital, que se faz por notícias e informações.
	Do ponto de vista da informação, tudo vale nas redes sociais, notícias verídicas como falsas. 21As redes podem, 22assim, tornar-se instrumentos poderosos de desinformação, divulgando o que se denomina fakenews, tendo como objetivo aumentar a insegurança das pessoas, tornando-as ainda mais vulneráveis. O descontrole pode adquirir uma conotação política, alheia à saúde pública.
	23A faceta política do medo da morte e do abandono consiste numa presença maior do Estado como provedor da segurança perdida, enquanto possível solução de uma morte prematura e do abandono. 24Numa situação de epidemia, as pessoas tendem a pedir a intervenção do Estado, fornecendo-lhes condições de existência. Na guerra, o Estado toma a decisão de atacar outro país ou de se defender; na epidemia, a sociedade é atacada por um inimigo invisível, sem que o Estado nada tenha podido fazer.
	O 25coronavírus, nova versão, é um inimigo que se expande, se infiltra e ameaça a vida de cada um. 26Desconhece fronteiras e não aceita nenhum controle estatal. Não tem medo de nada, 27embora faça medo a todos. 28Tem a forma do invisível, que só é sentido quando toma conta do corpo das pessoas. 29Palavras não têm sobre ele nenhum efeito, apenas medidas concretas.
	30Eis por que discursos demagógicos não têm sobre ele nenhum efeito, tampouco sobre os cidadãos, que sentem a sua ameaça próxima. Leem e escutam sobre o número crescente de mortos, de infectados, e se perguntam se não serão eles os próximos. 31Não podem, evidentemente, compreender que se possa tratar de uma “histeria”, de uma “fantasia”, pois a presença do inimigo invisível é real. Discursos técnicos, sensatos, de combate à doença tomam o lugar da demagogia, por serem eficazes nesta luta, os cidadãos podendo neles se reconhecer.
(ROSENFIELD, Denis Lerrer. A pandemia, o sentido da vida e a política. Publicado em O Estado de S. Paulo de 30 de março de 2020. Disponível em:https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,a-pandemia-o-sentido-da-vida-e-a-politica,70003252502). Acesso em 30 de março de 2020. 
2. (Upf 2021) Leia o excerto e considere, para a construção de seu sentido, as figuras de linguagem. Em seguida, assinale a alternativa que indica qual figura de linguagem predomina no excerto.
A faceta política do medo da morte e do abandono consiste numa presença maior do Estado como provedor da segurança perdida, enquanto possível solução de uma morte prematura e do abandono. Numa situação de epidemia, as pessoas tendem a pedir a intervenção do Estado, fornecendo-lhes condições de existência. Na guerra, o Estado toma a decisão de atacar outro país ou de se defender; na epidemia, a sociedade é atacada por um inimigo invisível, sem que o Estado nada tenha podido fazer. (ref. 23)
 
a) Metáfora, já que está sendo empregado um sentido incomum a uma expressão “guerra”, a partir de uma relação de semelhança com “a situação de epidemia”. 
b) Hipérbole, uma vez que há substituição lógica de uma palavra por outra semelhante (“epidemia” por “guerra”), mas é mantida uma relação de proximidade entre o sentido de um termo e o sentido do termo que o substitui. 
c) Prosopopeia ou personificação, já que estásendo atribuída ação, qualidade ou sentimentos humanos a seres inanimados, por exemplo “inimigo invisível” que, neste caso, diz respeito a um vírus. 
d) Comparação, uma vez que estão sendo aproximados dois termos (“pandemia” e “guerra”) a partir de uma caracterização – em ambas situações – do Estado. 
e) Eufemismo, já que há uma ideia expressa com exagero, resultando na sua ênfase ou destaque (“guerra”). 
Resposta:
[D]
Vemos que no excerto é utilizada a comparação entre a atuação do Estado durante uma guerra e durante uma epidemia. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Cadê o papel-carbono?
1Outro dia tive saudade do papel carbono. E tive saudade também do mimeógrafo a álcool. E tive saudade da velha máquina de escrever. E tive saudade de quando, no dizer de 2Rubem Braga, a geladeira era branca e o telefone era preto.
Os mais jovens não sabem nem o que é papel carbono ou mimeógrafo a álcool. Mas tive saudade deles, ou melhor, de um tempo em que eu não dependia eletronicamente de outros para fazer as mínimas tarefas. Uma torneira, por exemplo, era algo simples. Eu sabia abrir uma torneira e fazê-la jorrar água. 3Hoje tomar um banho é uma peripécia tecnológica. 4Hoje até para tomar um elevador tenho que inserir um cartão eletrônico para ele se mover. Claro que tem o Google, essa enciclopédia no computador que facilita as pesquisas 5(para quem não precisa ir fundo nos assuntos), mas muita coisa me intriga: por que cada aparelho de televisão de cada casa, de cada hotel tem um controle remoto diferente e 6a gente não consegue usá-los sem pedir socorro a alguém?
7Olha, tanta tecnologia!... Mas além de 8não terem descoberto como curar uma simples gripe, 9os elevadores dos hotéis ainda não chegaram a uma conclusão de como assinalar no mostrador que letra deve indicar a portaria. 10Será necessária uma medida provisória do presidente para uniformizar tal diversidade analfabética.
11Outro dia, li que houve uma reunião em Baku, lá no Azerbaijão, congregando cérebros notáveis para decifrarem nosso presente e nosso futuro. Pois Jean Baudrillard 12andou dizendo, com aquela facilidade que os franceses têm para fazer frases que parecem filosóficas, que o que caracteriza essa época que está vindo por aí é que o homem, leia-se corretamente homens e mulheres, ou seja, 13o ser humano, foi descartado pela máquina. 14(Isso a gente já sabe quando tenta ligar para uma firma qualquer e uma voz eletrônica fica mandando a gente discar isto e aquilo e volta tudo a zero e não obtemos a informação necessária.)
15Deste modo estão se cumprindo dois vaticínios. O primeiro era de um vate mesmo – 16Vinícius de Moraes, que naquele poema “Dia da Criação”, fazendo considerações irônicas sobre o dia de “sábado” e os desígnios divinos, diz: “Na verdade, o homem não era necessário”. É isto, já não somos necessários.
E a outra frase metida nessa encrenca é aquela da Bíblia, que dizia que o “sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”. Isso foi antigamente. Pois achávamos que a máquina havia sido feita para o homem, mas Baudrillard, as companhias aéreas e as telefônicas mais os servidores de informática nos convenceram de que 17“o homem é que foi feito para a máquina”. 18Ao telefone só se fala com máquinas, e algumas empresas – esses servidores de informática – nem seus telefones disponibilizam. 19Estou, por exemplo, há quatro meses tentando falar com alguém no “hotmail” 20e lá não tem viv’alma, só fantasmas eletrônicos sem rosto e sem voz.
21Permita-me, 22eventual e concreto leitor, lhe fazer uma pergunta indiscreta. Quanto tempo diariamente você está gastando com e-mails? Quanto tempo para apagar o lixo e responder bobagens? Faça a conta, some.
23Drummond certa vez escreveu: “Ao telefone perdeste muito tempo de semear”. Ele é porque não conheceu a internet, que, tanto quanto o celular, usada desregradamente é a grande sorvedora de tempo da pós-modernidade.
Por estas e por outras é que estou pensando seriamente em voltar às cartas, quem sabe ao pergaminho. E a primeira medida é reencontrar o papel carbono.
– 24Cadê meu papel carbono?
(SANT’ANNA, Affonso Romano de. Tempo de delicadeza. Porto Alegre: L&PM, 2009 
3. (G1 - epcar (Cpcar) 2020) Assinale a alternativa cuja análise envolvendo figuras de linguagem está INCORRETA. 
a) Em “os elevadores dos hotéis ainda não chegaram a uma conclusão...” (ref. 9), a atribuição de uma ação a um objeto caracteriza uma personificação. 
b) Em “andou dizendo” (ref. 12), o verbo “andar” é um eufemismo que foi utilizado para suavizar a ideia expressa na locução. 
c) O vocativo “eventual e concreto leitor” (ref. 22), em termos literários, corresponde a uma apóstrofe. 
d) A ocorrência da expressão anafórica “outro dia” (ref. 1 e 11) confere a ideia de casualidade às ações subsequentes. 
Resposta:
[B]
[B] Incorreta: a ideia de que Jean Baudrillard disse que os seres humanos foram descartados pela máquina não é suavizada pelo verbo “andar” e este não configura, portanto, um eufemismo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o excerto do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto.
Cassi Jones, sem mais percalços, se viu lançado em pleno Campo de Sant’Ana, no meio da multidão que jorrava das portas da Central, cheia da honesta pressa de quem vai trabalhar. A sua sensação era que estava numa cidade estranha. No subúrbio tinha os seus ódios e os seus amores; no subúrbio, tinha os seus companheiros, e a sua fama de violeiro percorria todo ele, e, em qualquer parte, era apontado; no subúrbio, enfim, ele tinha personalidade, era bem Cassi Jones de Azevedo; mas, ali, sobretudo do Campo de Sant’Ana para baixo, o que era ele? Não era nada. Onde acabavam os trilhos da Central, acabava a sua fama e o seu valimento; a sua fanfarronice evaporava-se, e representava-se a si mesmo como esmagado por aqueles “caras” todos, que nem o olhavam. [...]
Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre coisas de que ele não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards1 dos jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, de atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo doméstico, a quase coisa alguma.
(Clara dos Anjos, 2012.)
1placards: nome que se dava às tabuletas que traziam resultados de competições esportivas, publicados nos jornais. 
4. (Unesp 2020) a) “no meio da multidão que jorrava das portas da Central, cheia da honesta pressa de quem vai trabalhar” (1º parágrafo). Identifique as figuras de linguagem utilizadas pelo narrador nas expressões sublinhadas.
b) Reescreva o trecho “lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar” (2º parágrafo), empregando a ordem direta e adequando-o à norma-padrão da língua escrita. 
Resposta:
a) O termo verbal “jorrava” foi usado em sentido figurado, emprestando noção conotativa de grande intensidade ao fluxo da multidão que saía das portas da Central, configurando, assim, uma hipérbole: ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística. Já na expressão “honesta pressa” o narrador utiliza a personificação para atribuir qualidades humanas, a honestidade, a seres inanimados, como a pressa. 
b) Na ordem direta, o trecho “lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar” (2º parágrafo) apresenta a seguinte redação: lembrava-se de que nem mesmo sabia pronunciar o nome delas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Considere os versos do poema “As trevas”, que integra a obra Espumas flutuantes, de CastroAlves, para responder à(s) questão(ões) a seguir.
“Tive um sonho em tudo não foi sonho!...
O sol brilhante se apagava: e os astros,
Do eterno espaço na penumbra escura,
Sem raios, e sem trilhos, vagueavam.
A terra fria balouçava cega
E tétrica no espaço ermo de lua.
A manhã ia... vinha ... e regressava...
Mas não trazia o dia! Os homens pasmos
Esqueciam no horror dessas ruínas
Suas paixões: E as almas conglobadas
Gelavam-se num grito de egoísmo
Que demandava ‘luz’. Junto às fogueiras
Abrigavam-se... e os tronos e os palácios,
Os palácios dos reis, o albergue e a choça
Ardiam por fanais. Tinham nas chamas
As cidades morrido. Em torno às brasas
Dos seus lares os homens se grupavam,
P’ra à vez extrema se fitarem juntos.
Feliz de quem vivia junto às lavas
Dos vulcões sob a tocha alcantilada!” 
5. (Ufms 2020) As figuras de linguagem estão presentes em textos poéticos e produzem expressividade no discurso, criando efeitos de sentido variados. Assinale a alternativa que nomeia a figura em destaque nos seguintes versos: “E as almas conglobadas/Gelavam-se num grito de egoísmo”. 
a) Aliteração. 
b) Comparação. 
c) Metonímia. 
d) Catacrese. 
e) Sinestesia. 
Resposta:
[E]
Nos versos “E as almas conglobadas/Gelavam-se num grito de egoísmo”, está configurada a sinestesia, processo estilístico que consiste na associação, pela palavra, de duas ou mais sensações pertencentes a registros diferentes, no caso a sensação térmica na expressão “gelavam” e a sonora, em “grito”. Assim, é correta a opção [E]. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
COMO DESENVOLVER UMA CULTURA DE COOPERAÇÃO E AFASTAR O BULLYING
	O desenvolvimento de uma cultura de cooperação está diretamente relacionado ao combate ao bullying. Isso porque entender o processo educacional como uma prática que conduza à cooperação e ao respeito mútuo ataca a raiz dessa violência. Mas quais métodos podem ser adotados para se posicionar contra o bullying? Qual o papel da escola na consolidação dos valores entre seus alunos? 
	O desenvolvimento de uma cultura de cooperação, nas instituições de ensino, relaciona-se com o entendimento do espaço escolar não apenas como um local de ensino formal, mas, também, de formação do jovem como cidadão. Em outras palavras, a escola tem papel fundamental no desenvolvimento dos valores dos jovens, estabelecendo conceitos relacionados aos seus direitos e deveres, à cooperação, ao respeito e à solidariedade. Nesse contexto, o bullying vem sendo tratado com cada vez mais seriedade pela comunidade escolar e pelo governo de diversos países. No Brasil, inclusive, já existe uma lei antibullying. 
	Apesar de não haver uma fórmula pronta para garantir a não ocorrência dessa prática, algumas medidas para o desenvolvimento de uma cultura de cooperação podem contribuir para evitar esse tipo de violência. 
	Nessa perspectiva, é importante que a escola ofereça oportunidades para que os jovens entendam os benefícios do trabalho em equipe e a contribuição de cada um para o sucesso de atividades assim. Os jogos cooperativos são uma excelente ferramenta. Consistem em atividades nas quais é necessário um esforço conjunto para se atingir um objetivo comum, contrariando a estrutura competitiva e incentivando a participação total dos alunos. Desenvolver projetos e trabalhos em conjunto também é uma boa alternativa. Em um projeto anual ou semestral, é possível delegar funções e permitir que os alunos tomem responsabilidades diferentes. 
	O mais importante desses processos é o desenvolvimento da comunicação, das trocas de ideias e das bagagens de conhecimento. É nessas trocas do trabalho coletivo que os alunos começam a perceber o impacto de suas diferenças na constituição de um objeto maior. 
	Há, ainda, a importância do relacionamento com os alunos, em que professores e gestores podem oferecer oportunidades de diálogo que estimulem a abertura de um relacionamento de confiança e de cooperação. Nesse sentido, é imprescindível que a escola trabalhe temas como bullying e respeito às diferenças em campanhas com apoio da coordenação pedagógica. Aulas expositivas, debates, palestras e outras atividades podem compor a ação. 
	Além disso, a comunicação deve ser estendida aos pais, fundamentais para a resolução dos problemas relacionados à educação, cuja participação é imprescindível para o sucesso das práticas adotadas. Os pais devem se envolver ativamente, aproximando-se das ações da escola, entendendo a importância e a necessidade de atuarem junto aos seus filhos no processo educacional. 
Disponível em: <https://blog.wpensar.com.br/gestao-escolar/cultura-de-cooperacao-como-acabar-com-o-bullying/>. Acesso em: 27 nov. 2019 (adaptado). 
6. (G1 - ifpe 2020) É CORRETO afirmar que o texto está organizado a partir de uma linguagem 
a) baseada no uso de figuras de linguagem, através das quais são expostos os principais desafios de professores e gestores do espaço escolar. 
b) figurada, que se aproxima do público leitor através de várias expressões coloquiais e de marcas da oralidade. 
c) baseada em recursos conotativos que reforçam a gravidade do bullying nas escolas, como o uso de hipérbole na sugestão de atividades de combate ao problema. 
d) denotativa, com discussão baseada em argumentos, o que atende ao gênero textual proposto. 
e) que descreve os problemas do ambiente escolar, os quais são sequenciados através do recurso expressivo de metáforas. 
Resposta:
[D]
O texto se vale de uma linguagem mais objetiva e denotativa para convencimento do(a) leitor(a) a partir dos argumentos apresentados. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
7. (G1 - ifpe 2020) Observando o uso de figuras de linguagem no texto, analise as afirmativas abaixo como verdadeiras ou falsas.
( ) O termo “papel” é uma metáfora para “planeta”, na tirinha.
( ) Ao dizer “este é o meu planeta”, a criança cria um paradoxo, já que não existiria um mundo só de crianças.
( ) A tirinha trabalha com antíteses: tanto o tamanho do adulto e da criança quanto seus pontos de vista se chocam.
( ) A fala da criança “eu vi você deixar cair o papel” é um eufemismo para “eu vi você jogar lixo no chão”.
( ) O termo “Coroa” é utilizado como uma personificação, que atribui características humanas a objetos inanimados.
A sequência CORRETA é 
a) F V F F V. 
b) V V V V F. 
c) F F V V V. 
d) F F V V F. 
e) V V F F F. 
Resposta:
[D]
[I] Falsa: O termo “papel” é entendido de maneira literal, uma vez que o homem, de fato, jogou um papel no chão.
[II] Falsa: Ao dizer “este é o meu planeta”, a criança se refere ao fato de que ela, assim como todos, vive neste planeta e, assim, deve cuidar dele.
[V] Falsa: O termo “coroa” é uma gíria para se referir a uma pessoa mais velha. 
 
8. (Eear 2019) Leia:
I. O Rio Doce entrou em agonia, após o desastre que poluiu suas águas com lama.
II. Suas águas, claras, estão agora escuras, de mãos irresponsáveis que a sujaram.
Nas frases há, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: 
a) Eufemismo – Prosopopeia. 
b) Prosopopeia – Antítese. 
c) Antítese – Prosopopeia. 
d) Eufemismo – Antítese. 
Resposta:
[B]
Em [I], “O Rio Doce entrou em agonia”, há características humanas para algo inanimado; trata-se de Prosopopeia ou Personificação.
Em [II], há oposição de ideias entre “águas, claras, estão agora escuras”; trata-se de antítese. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Este material publicitário foi criado com o propósito de sensibilizar as pessoas e de despertar nelas uma atitude de conscientização no que refere à violência contra a criança. 
 
9. (Upf 2019) As figuras de linguagem e de pensamento são recursos ou estratégias que podem ser aplicados ao texto. Tendo por base a campanha publicitária apresentada e os enunciados “Cintos são para serem vestidos, não temidos” e “Não há desculpas para os maus-tratos contra as crianças”, é correto o que se afirma em: 
a) A referência aos “maus-tratos contra as crianças” e a utilização de uma cinta para associar essa ideia à de um cão feroz constituiuma prosopopeia, ou personificação, que consiste na atribuição de características humanas a seres irracionais ou coisas inanimadas. 
b) A oposição entre os verbos “vestir” (“vestidos”) e “temer” (“temidos”) constitui um paradoxo, que coloca em circulação ideias contrárias entre si. 
c) O uso da palavra “desculpa” caracteriza uma ironia, pois está expressando uma ideia diferente ou contrária àquela originalmente posta, uma vez que a campanha não faz referência à ação de desculpar-se ou de ser perdoado. 
d) A utilização da imagem do cão constitui uma comparação, eis que compara elementos diferentes que apresentam uma característica em comum: o cão e a violência contra as crianças. 
e) O uso da expressão “maus-tratos” pode ser considerado um eufemismo, pois, dada a natureza forte da publicidade, essa escolha suaviza um discurso mais chocante, que poderia ter palavras como “agressões” ou “violência”. 
Resposta:
[E]
A imagem de um cão feroz, a noção semântica dos verbos “vestir” e “temer” e o uso do termo “desculpa” não podem ser entendidos, nos contextos, como elementos construtivos de uma prosopopeia, paradoxo, ironia ou comparação, como sugerem as opções [A], [B], [C] e [D]. Apenas em [E] é identificada a figura de linguagem correta para a expressão “maus-tratos”, um eufemismo, pois suaviza um discurso que usasse palavras como “agressões” ou “violência”. Assim, é correta a opção [E]. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Xote Ecológico 
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar 
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar 
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu 
GONZAGA, Luiz. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/295406/>. Acesso em: 08 maio 2019.
 
10. (G1 - ifpe 2019) As figuras de linguagem são recursos utilizados para tornar os textos mais ricos, garantindo-lhes maior expressividade. De posse dessa informação, assinale a alternativa na qual a figura existente é a mesma que se apresenta no trecho destacado em “Cadê a flor que estava aqui? / Poluição comeu” (Xote Ecológico). 
a) Aquele que agride a natureza age como alguém irracional. 
b) Todos morremos de medo da extinção dos recursos naturais. 
c) Meu pensamento caminha sem destino diante da minha impossibilidade de evitar as agressões ao meio ambiente. 
d) Já não sentimos o cheiro suave que vinha da mata em dias chuvosos. 
e) Falar em recursos naturais, no Brasil, é pensar em vida e em morte simultaneamente. 
Resposta:
[C]
No trecho “poluição comeu”, vemos o uso da personificação, já que há a atribuição de uma ação humana (comer) a algo não humano (poluição). O mesmo é visto em [C], já que o pensamento, algo abstrato e inanimado, realiza a ação humana de caminhar. 
 
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