Buscar

THCURSOS_CONTABILIDADE_PUBLICA_Curso_Basico_2015_Aula_3

Prévia do material em texto

www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
AULA 3 
CONTEÚDO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 2 
2. ETAPAS/ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA ..................................................................... 2 
a. ESTÁGIOS DA DESPESA ....................................................................................................... 2 
b. ETAPAS DA DESPESA ............................................................................................................ 3 
a) ETAPA DO PLANEJAMENTO DA DESPESA ........................................................................ 4 
b) ETAPA DA EXECUÇÃO DA DESPESA .................................................................................. 5 
a. EMPENHO .................................................................................................................................. 5 
b. LIQUIDAÇÃO ............................................................................................................................ 8 
c. PAGAMENTO ............................................................................................................................. 9 
3. CONCEITO DA DESPESA PÚBLICA ................................................................................... 14 
4. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA ........................................................................ 14 
5. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA ......................................................... 15 
a. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA EM CATEGORIAS ECONÔMICAS............................. 15 
b. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO IMPACTO NA SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL
 23 
c. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA .......................... 24 
d. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA .......................................................... 34 
e. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................................................... 35 
f. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ............................................................................................ 37 
g. CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA .................................................. 40 
6. BATERIA DE EXERCÍCIO I .................................................................................................. 44 
7. GABARITO COMENTADO – BATERIA I ............................................................................ 56 
8. BATERIA DE EXERCÍCIO II ................................................................................................ 77 
9. GABARITO COMENTADO – BATERIA II .......................................................................... 81 
 
 
 
 
 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 1
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Prezados alunos, independentemente de constar literalmente ou não no 
programa do concurso, o estudo detalhado da despesa pública é fundamental 
para o entendimento dos demais assuntos ligados a Contabilidade Pública. Todo 
o edital, que consta a Lei 4320/64 e ou Manual de Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público, pode cobrar questões relacionadas ao conteúdo desta aula. 
Nesta aula, vamos estudar as fases/estágios da Despesa Pública, 
posteriormente a classificação/programação da Despesa Pública. 
Lembre-se que, na Contabilidade Pública, a resolução dos exercícios é 
fundamental para fixação e entendimento da matéria. No final da aula, constam 
várias baterias de exercícios, todas elas com gabarito comentado. 
Dito isto, vamos à luta. 
 
2. ETAPAS/ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA 
 
a. ESTÁGIOS DA DESPESA 
 
O Governo precisa cumprir uma série de estágios para realização da 
despesa pública orçamentária. Segundo a doutrina majoritária, os estágios da 
despesa são: 
 Fixação 
 Empenho 
 Liquidação 
 Pagamento 
BIZU: Para memorizar os estágios da despesa, basta lembrar a palavra FELP 
que é formada pelas letras iniciais dos estágios. 
ALERTAS: 
1. Alguns autores não consideram a fixação como estágio da despesa. 
2. Somente as despesas orçamentárias passam pelos estágios. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 2
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
Para facilitar a visualização dos estágios da despesa, segue um exemplo 
prático de execução da despesa pelo Governo. 
Vamos supor que o Governo queira realizar a seguinte despesa: Aquisição 
de um veículo avaliado em R$50.000. 
1º Fixação: O Governo só poderá comprar o veículo se tiver crédito 
orçamentário com dotação suficiente para a realização da compra. Os créditos 
orçamentários são fixados na Lei Orçamentária Anual ou através de Créditos 
Adicionais. 
Obs: após a fixação, o governo escolhe o fornecedor através de um 
procedimento administrativo chamado licitação. Há casos onde a licitação é 
dispensada ou inexigível. 
2º Empenho: É a formalização do compromisso de pagar feito pelo governo, 
através de uma reserva orçamentária em nome do fornecedor. 
Obs: Após o empenho, ocorre o fato gerador da despesa que é a entrega da 
mercadoria ou prestação do serviço pelo fornecedor. 
3º Liquidação: É a conferência documental (nota fiscal, empenho, certidões 
negativas, comprovante da entrega da mercadoria, etc) objetivando verificar se 
poderá ser efetuado o pagamento. 
Obs: Após a liquidação, é emitido um documento chamado ordem de 
pagamento/bancária que consiste num documento processado pela 
contabilidade ordenando o pagamento. 
4º Pagamento: É o desembolso governamental. Pode ser realizado através de 
estabelecimentos bancários credenciados (banco público ou privado) e, em 
casos excepcionais, por meio de adiantamento. 
 
b. ETAPAS DA DESPESA 
 
Em relação ao tema, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
inovou ao estabelecer que a despesa orçamentária deve passar por duas etapas: 
planejamento e a execução. Sendo cada etapa dividida em vários 
fases/estágios, conforme sintetizado na tabela a seguir: 
 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 3
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
ETAPAS FASES/ESTÁGIOS 
Planejamento 
Fixação 
Descentralizações de Créditos Orçamentários 
Programação Orçamentária e Financeira 
Processo de Licitação e Contratação 
Execução 
Empenho 
Liquidação 
Pagamento 
 
a) ETAPA DO PLANEJAMENTO DA DESPESA 
 
De acordo com o MCASP, a etapa do planejamento abrange, de modo 
geral, toda a análise para a formulação do plano e ações governamentais que 
serviram de base para a fixação da despesa orçamentária, a 
descentralização/movimentação de créditos, a programação 
orçamentária e financeira, e o processo de licitação e contratação. 
De forma sintetizada, temos: 
ETAPAS/FASES DO PLANEJAMENTO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 
Fixação da 
despesa 
orçamentária 
A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, 
incluídosnas leis orçamentárias com base nas 
receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades 
públicas. O processo da fixação da despesa orçamentária 
é concluído com a autorização dada pelo poder legislativo 
por meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as 
eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da 
vigência do orçamento. 
Descentralização/
movimentação de 
créditos1 
As descentralizações de créditos orçamentários 
ocorrem quando for efetuada movimentação de 
parte do orçamento, mantidas as classificações 
institucional, funcional, programática e econômica, para 
que outras unidades administrativas possam 
 
1 Será estudado com mais detalhe nas próximas aulas. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 4
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
executar a despesa orçamentária. 
Programação 
orçamentária e 
financeira2 
A programação orçamentária e financeira consiste na 
compatibilização do fluxo dos pagamentos com o 
fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa 
fixada às novas projeções de resultados e da 
arrecadação. 
Processo de 
licitação e 
contratação 
O processo de licitação compreende um conjunto de 
procedimentos administrativos que objetivam 
adquirir materiais, contratar obras e serviços, 
alienar ou ceder bens a terceiros, bem como fazer 
concessões de serviços públicos com as melhores 
condições para o Estado. 
 
b) ETAPA DA EXECUÇÃO DA DESPESA 
 
A etapa da execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na 
forma prevista na Lei nº 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento. 
Devido a importância, vamos estudar detalhadamente cada um desses 
estágios: 
a. EMPENHO 
 
Empenho, segundo o artigo 58 da Lei nº 4.320/64, é o ato emanado de 
autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento 
pendente ou não de implemento de condição. 
O empenho consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim 
específico. 
Na prática, o empenho é o ato de reservar uma parte dos créditos 
orçamentários fixados na LOA para uma despesa específica visando assegurar 
que há recursos orçamentários suficientes para a quitação do futuro 
compromisso. 
ALERTA: O empenho representa para o governo um comprometimento de 
pagamento e para o fornecedor da mercadoria ou serviço uma garantia de 
pagamento. 
 
2 Será estudado com mais detalhe nas próximas aulas. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 5
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
Segundo dispõe o artigo 60 da Lei 4320, o empenho será formalizado 
mediante a emissão de um documento denominado “Nota de Empenho”, do qual 
deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a importância da 
despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução 
orçamentária. 
O § 1º do art. 60 da Lei 4320 ressalta que, em casos especiais 
previstos na legislação específica, será dispensada a emissão da nota de 
empenho. 
ALERTA: o empenho é obrigatório na realização de qualquer despesa 
orçamentária (não pode ser dispensado), o que pode ser dispensada é a 
emissão da nota de empenho. 
Caso não seja necessária a impressão do documento “Nota de Empenho”, 
o empenho ficará arquivado em banco de dados, em tela com formatação 
própria e modelo oficial, a ser elaborado por cada ente da federação em 
atendimento às suas peculiaridades. 
O art. 60 da Lei 4320 veda a realização de despesa sem prévio 
empenho e o art. 59 acrescenta que o empenho da despesa não poderá 
exceder o limite dos créditos concedidos. 
Sintetizando: 
Características do Empenho 
Obrigatório 
Para qualquer despesa orçamentária, não existe 
exceção. Só a nota de empenho que poderá ser 
dispensada. 
Prévio 
Deve ser emitido antes da realização da despesa, 
ou seja, antes da prestação do serviço ou entrega 
da mercadoria. 
Limitado ao crédito 
orçamentário 
Se o Orçamento fixou uma crédito orçamentário 
com dotação de R$100.000, o empenho ficará 
limitado a esse valor. 
 
Os empenhos podem ser classificados em: 
 I. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor 
fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só 
vez; 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 6
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
II. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas 
cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de 
fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e 
lubrificantes e outros; e 
III. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais 
ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por 
exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis. 
Exemplificando: Vamos supor que o Governo realizará as seguintes despesas: 
A - Fornecimento de combustíveis: Atendendo a legislação, o empenho deverá 
ser realizado antes da efetivação da despesa, mas neste caso, não há como 
saber previamente o valor que será gasto, já que o consumo da frota de 
veículos é variável. Portanto, deverá ser empenhada na modalidade 
“estimativo”. 
B - Aquisição de material de escritório para entrega imediata: Neste caso, o 
Governo já sabe o valor previamente, conforme definido no procedimento 
licitatório para aquisição do material. Como a despesa vai ser liquidada num 
único pagamento, o Governo deverá empenhar na modalidade “ordinário”. 
C - Contrato de prestação de serviço de limpeza por 12 meses: Neste caso, o 
Governo já sabe o valor previamente, conforme definido no procedimento 
licitatório para aquisição do serviço. O contrato é anual e a despesa é paga 
mensalmente, portanto, haverá 12 pagamentos até o fim do compromisso. 
Como a despesa é contratual e será realizada em vários pagamentos, o Governo 
deverá empenhar na modalidade “global”. 
 
ALERTAS3: 
1 - Embora o art. 61 da Lei nº 4.320/1964 estabeleça a obrigatoriedade do 
nome do credor no documento Nota de Empenho, em alguns casos, como na 
Folha de Pagamento, torna-se impraticável a emissão de um empenho para 
cada credor, tendo em vista o número excessivo de credores (servidores). 
2 - Caso não seja necessária a impressão do documento “Nota de Empenho”, o 
empenho ficará arquivado em banco de dados, em tela com formatação própria 
e modelo oficial, a ser elaborado por cada ente da Federação em atendimento às 
suas peculiaridades. 
 
3 Fonte: MCASP. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 7
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
3 - Quando o valor empenhado for insuficientepara atender à despesa a ser 
realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o 
montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. 
4 - Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido 
cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. 
5 - É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de 
empenho, visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito 
orçamentário disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato. 
Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 
admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de despesa, 
hipótese em que o empenho representa o próprio contrato. 
 
b. LIQUIDAÇÃO 
 
Segundo dispõe o art. 63 da Lei 4320, a liquidação da despesa consiste 
na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito objetivando apurar: 
 a origem e o objeto do que se deve pagar 
 a importância exata a pagar 
 a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. 
 
A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados 
terá por base: 
 o contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
 a nota de empenho; 
 os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva 
do serviço. 
De forma prática, a liquidação da despesa consiste numa análise 
documental com objetivo de verificar se a nota fiscal foi devidamente atestada, 
se o fornecedor possui as certidões negativas de débitos, se a despesa está de 
acordo com o contrato e ou nota de empenho, etc. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 8
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
A liquidação é realizada por um servidor ou setor da administração 
objetivando verificar se o credor cumpriu todas as condições legais e contratuais 
para recebimento do valor empenhado. 
ALERTA: A verificação do direito adquirido pelo credor é efetivada no estágio da 
liquidação. 
 
c. PAGAMENTO 
 
De acordo com a Lei 4320, o pagamento consiste na entrega de 
numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de 
pagamentos ou crédito em conta. 
O pagamento só poderá ser efetuado após a regular liquidação e 
emissão da ordem de pagamento. 
A ordem de pagamento consiste no despacho exarado por autoridade 
competente determinando que a despesa seja paga. 
A ordem de pagamento deverá emitida obrigatoriamente em 
documentos processados pelos serviços de contabilidade. 
Segundo dispõe o art. 65 da Lei 4320, o pagamento da despesa será 
efetuado por: 
 tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por 
estabelecimentos bancários credenciados e; 
 em casos excepcionais, por meio de adiantamento. 
Sintetizando: A realização do pagamento deverá observar as seguintes regras 
básicas: 
- Só pode ser realizado após o cumprimento regular do estágio da liquidação da 
despesa. 
- Só pode ser autorizado por autoridade competente que são os ordenadores de 
despesas definidos na legislação. 
- Só pode ser realizado através de documento emitido pelos serviços de 
contabilidade. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 9
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
- Pode ser realizado por meio de adiantamento (suprimento de fundo) somente 
em casos excepcionais. 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
FCC 2012 TREPR-Anal. Jud.-Contabilidade A verificação do direito adquirido 
pelo credor, tendo por base títulos e documentos comprobatórios do respectivo 
crédito é o estágio da despesa denominado 
(A) Pagamento. 
(B) Execução. 
(C) Liquidação. 
(D) Empenho. 
(E) Programação. 
Gabarito: C – É no estágio da liquidação que é verificado o direito adquirido pelo 
credor. 
(FCC - TRT24 - Anal.Jud-Contabilidade – 2011) Sobre os estágios da 
despesa pública, é correto afirmar: 
(A) É possível a realização de uma despesa pública sem prévio empenho, uma 
vez que a legislação prevê despesas para as quais pode ser dispensada a nota 
de empenho. 
(B) A liquidação da despesa ocorre com o despacho da autoridade competente, 
determinando o seu pagamento através de ordem bancária. 
(C) A fixação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, 
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. 
(D) As despesas relativas ao pagamento de contas de água, de luz e de telefone 
de um ente público constituem exemplos de empenho feito por estimativa. 
(E) O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o 
Estado a obrigação de pagamento e somente é válido quando não haja condição 
de pendência para a execução do serviço ou entrega do bem adquirido. 
Gabarito: D 
Resolução: A – É vedado dispensar o empenho, o que pode ser dispensado é a 
nota de empenho. B – Pagamento e não liquidação. C – Liquidação e não 
fixação. E – O empenho é o ato emanada por autoridade competente que cria 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 10
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
para o Estado a obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de 
condição. 
FCC 2015 – TCM-GO Auditor de Controle Externo O ordenador de despesa 
homologou o procedimento licitatório autorizando a compra de computadores e 
o fornecedor efetuou a sua entrega, porém por não atender as especificações do 
edital, a comissão responsável recusou o seu recebimento. Com relação às fases 
da despesa pública, é correto afirmar que 
(A) ocorreu a fase de lançamento da despesa, mas não as de empenhamento e 
pagamento. 
(B) ocorreu a fase de liquidação da despesa, mas não as de empenhamento e 
pagamento. 
(C) ocorreram as fases de lançamento, liquidação e de empenhamento, mas não 
a de pagamento. 
(D) ocorreu a fase de empenhamento, mas não as de liquidação e pagamento. 
(E) ocorreram as fases de empenhamento e de liquidação, mas não as de 
lançamento e pagamento. 
Gabarito: D 
Comentários: 
No caso em tela, a mercadoria foi entregue, porém o seu recebimento foi 
recusado. 
Importante destacar que o empenho é prévio, portanto precisa ser realizado 
antes da entrega da mercadoria. 
A liquidação só é iniciada após o atesto da nota fiscal dizendo que a entrega da 
mercadoria ou a prestação do serviço contratado foi realizada corretamente. 
Neste caso, como a mercadoria não foi aceita, não há a regular liquidação. 
Pagamento: Só pode ser realizado após a finalização regular do estágio da 
liquidação. 
Portanto, presume-se que só o estágio do empenho foi realizado. 
FCC 2015 – TCM-GO Auditor de Controle Externo De acordo com o que 
estabelece a Lei no 4.320/1964 a respeito da liquidação, do pagamento e da 
ordem de pagamento da despesa, considere: 
I. A liquidação da despesa consiste na extinção da obrigação contraída, por 
qualquer modalidade prevista na legislação, exceto o pagamento. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 11
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
II. A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá 
por base, exclusivamente, a nota de empenho. 
III. A verificação do direito adquirido pelo credor ao pagamento da despesa tem 
por fim apurar, entre outros elementos, a origem e o objeto do que se deve 
pagar. IV. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade 
competente, determinando que a despesa seja paga. 
V. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados 
pelos órgãos das respectivas Fazendas Públicas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, II e IV. (B) I, III e V. ( 
C) III e IV. 
(D) II e III. 
(E) I, IV e V. 
Gabarito: C 
Comentários: 
Analisando as alternativas, temos: 
I. A liquidação da despesa consiste na extinção da obrigação contraída, por 
qualquer modalidade prevista na legislação, exceto o pagamento. 
Errado. A extinção da obrigação ocorre com o pagamento. A liquidação, segundo 
dispõe o art. 63 da Lei 4320, consiste na verificação do direito adquirido pelo 
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios. 
II. A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá 
por base, exclusivamente, a nota de empenho. 
Errado. A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados 
terá por base: o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho; e os 
comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. 
III. A verificação do direito adquirido pelo credor ao pagamento da despesa tem 
por fim apurar, entre outros elementos, a origem e o objeto do que se deve 
pagar. 
Correto: A verificação do direito adquirido pelo credor ocorre com a liquidação 
que tem objetiva apurar: a origem e o objeto do que se deve pagar; a 
importância exata a pagar e a a quem se deve pagar a importância, para 
extinguir a obrigação 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 12
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
IV. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, 
determinando que a despesa seja paga. 
Correto. 
V. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados 
pelos órgãos das respectivas Fazendas Públicas. 
Errado. A ordem de pagamento é processada pelo serviço de contabilidade. 
FGV 2015 Pref. Cuiabá/MT – CONTADOR Os três estágios da execução das 
despesas orçamentárias previstos pela Lei nº 4320/64 são empenho, liquidação 
e pagamento. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito 
adquirido pelo credor. As opções a seguir apresentam finalidades dessa 
verificação, à exceção de uma. Assinale-a. 
(A) Apuração da origem do que se deve pagar. 
(B) Apuração do objeto do que se deve pagar. 
(C) Apuração da importância exata a pagar. 
(D) Apuração de a quem se deve pagar a importância. 
(E) Apuração de como será paga a importância. 
Gabarito: E 
Comentários: 
Segundo dispõe o art. 63 da Lei 4320, a liquidação da despesa consiste 
na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito objetivando apurar: 
 a origem e o objeto do que se deve pagar 
 a importância exata a pagar 
 a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. 
 
 
 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 13
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
3. CONCEITO DA DESPESA PÚBLICA 
 
Define-se como despesa pública o conjunto de dispêndios do Estado, 
ou de outra pessoa de Direito Público, para o funcionamento dos 
serviços públicos. Nesse sentido, a despesa, como parte do orçamento, 
compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e 
funções governamentais. Em outras palavras, as despesas públicas 
correspondem à distribuição e ao emprego das receitas para o custeio 
de diferentes setores da Administração e para os investimentos. 
De forma prática, podemos definir que todos os gastos do Estado que 
objetivam contribuir direta ou indiretamente para o custeio de uma função 
governamental devem ser classificados como despesa pública. Portanto, o que 
caracteriza uma despesa pública é o desembolso governamental visando 
financiar uma função pública. Quando o governo realiza um desembolso que 
não possua essa finalidade, não devemos considerá-lo despesa pública e sim 
como um desvio ou desfalque ao erário. 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA 
 
Assim como as receitas públicas, as despesas públicas se dividem em 
orçamentária e extraorçamentária 
Despesa Orçamentária – É a despesa que integra o orçamento, ou 
seja, aquela que deriva da lei orçamentária ou dos créditos adicionais. É 
disciplinada pelos artigos 12 e 13 da Lei Federal 4.320/64. 
Despesa Extra-orçamentária – É a despesa que não consta na lei 
do orçamento, compreendendo as diversas saídas de numerários decorrentes 
do levantamento de depósitos, cauções, pagamento de Restos a Pagar, resgate 
de operações de credito por antecipação da receita, bem como de quaisquer 
valores que se revistam de característica de simples transitoriedade, recebidos 
anteriormente e que, na oportunidade, constituíram receitas extra-
orçamentárias. 
 Em decorrência do Princípio da Legalidade, a realização de despesas 
governamentais precisa estar autorizada no Orçamento (LOA) ou através de 
Créditos Adicionais. Sendo assim, quando o governo paga despesas que 
necessitam de autorização legislativa (pessoal, aquisição de imóveis e 
equipamentos, obras, serviços e etc.) estará realizando uma despesa 
orçamentária. Já as despesas extraorçamentárias não precisam de autorização 
orçamentária visto que, na verdade, representam devoluções de recursos de 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 14
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
terceiros recebidos e classificados anteriormente como receita extra-
orçamentária, não são despesas de fato. 
Exemplificando: 
Aquisição de veículo: É uma despesa orçamentária visto que precisa de 
autorização orçamentária (na LOA ou através de créditos adicionais) para ser 
realizada. 
Devolução de garantia contratual: É uma despesa extraorçamentária porque 
representa uma devolução de recursos de terceiros recebidos anteriormente 
(classificado como receita extraorçamentária no momento do recebimento). No 
momento da devolução, não precisa de autorização orçamentária. 
Pagamento de despesa de pessoal: É uma despesa orçamentária visto que 
precisa de autorização orçamentária para ser realizada. 
Recolhimento de retenções na fonte: Quando o governo realiza alguns 
pagamentos (pessoal ou fornecedores), geralmente, por imposição legal ou 
contratual, deve realizar a retenção ou consignação de alguns valores na fonte 
(o valor retido ou consignado deveser classificado como receita 
extraorçamentária, pois são recursos de terceiros). Posteriormente, os valores 
retidos devem ser recolhidos para os verdadeiros beneficiados (o recolhimento 
deve ser contabilizado como despesa extraorçamentária, pois se trata de uma 
devolução de recursos de terceiros). 
Sintetizando: 
Despesa Orçamentária: Depende de autorização orçamentária (LOA ou 
créditos adicionais) para ser realizada. 
Despesa Extraorçamentária: Independe de autorização orçamentária (já que 
se trata de uma devolução de recursos de terceiros (receita extraorçamentária) 
e não uma despesa própria do governo. 
 
5. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 
 
a. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA EM CATEGORIAS ECONÔMICAS 
 
 As despesas orçamentárias são divididas em duas categorias econômicas: 
Despesas Correntes e Despesa de Capital. O MCASP contempla os seguintes 
conceitos para as referidas despesas: 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 15
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
Despesas Correntes: Classificam-se nessa categoria todas as despesas que 
não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem 
de capital. 
Despesas de Capital: Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que 
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de 
capital. 
Alerta: Em regra, a despesa corrente decorre de um fato modificativo (reduz a 
situação líquida patrimonial), já a despesa de capital decorre de um fato 
permutativo (não reduz a situação líquida patrimonial). 
 Por exemplo, gasto com pessoal deve ser contabilizado como despesa 
corrente, visto que o desembolso financeiro não provoca uma contrapartida 
patrimonial (entrada de um bem/serviço ou redução de obrigação). Já a 
aquisição de um imóvel deve ser contabilizada como despesa de capital, pois 
gera uma contrapartida patrimonial (entrada do bem). 
 O Art. 12 da Lei 4320/64 define que as despesas orçamentárias (corrente 
e capital) são classificadas nas seguintes subcategorias econômicas: 
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL 
Despesas de Custeio 
Transferências Correntes 
 
Investimentos 
Inversões Financeiras 
Transferências de Capital 
 
 As despesas correntes são divididas em duas subcategorias econômicas: 
custeio e transferência corrente. 
 A Lei 4320 trás as seguintes definições: 
Classificam-se como Despesa de Custeio as dotações para a 
manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as 
destinadas a atender a obras e conservação e adaptação de bens 
imóveis. (§1º do Art 12 da Lei 4320/64) 
 De forma prática, as despesas de custeio são aquelas do “dia a dia” 
realizadas para manutenção dos serviços públicos como, por exemplo: as 
despesas de pessoal em atividade (professores, médicos, policiais, etc.), com 
serviços de terceiros (luz, água, telefone, manutenção predial, segurança, etc.) 
e aquisição de material de consumo (gasolina, material de expediente, material 
de limpeza, etc). Ressalta-se que obras de conservação e adaptação (pintura, 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 16
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
reparo e manutenção) devem também ser contabilizadas como despesa de 
custeio. 
ALERTA: Obras de construção devem ser contabilizadas como despesa de 
capital – investimento. 
 Por exemplo, quando o governo constrói uma escola, deve classificar o 
gasto como despesa de capital. Agora quando realiza apenas uma pintura ou um 
conserto do telhado, deve contabilizar o gasto como despesa de custeio 
(motivo: não é uma obra que represente uma construção ou acréscimo de área 
construída). 
Classificam-se como Transferências Correntes às dotações para as 
despesas as quais não corresponda a contraprestação direta 
em bens e serviços, inclusive para contribuições e subvenções 
destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito 
publico e privado. (§2º do Art 12 da Lei 4320/64) 
 As transferências correntes são as despesas correntes que o governo 
realiza e não recebe em troca um benefício direto em bens e serviços como, por 
exemplo: gastos como pessoal inativo (aposentado), pagamento de juros, 
pagamento de contribuições previdenciárias. Ressalta-se que também são 
classificadas como Transferências Correntes as subvenções econômicas e 
sociais. 
 Sobre as subvenções, a Lei 4320, assim dispõe: 
Art. 12 § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as 
transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das 
entidades beneficiadas, distinguindo-se como: 
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou 
privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; 
II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas 
públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou 
pastoril. 
 Resumidamente, podemos definir subvenções como as transferências que 
o governo realiza para financiar despesas de custeio de outras entidades como 
fins lucrativos (subvenção econômica) ou sem fins lucrativos (subvenção social). 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 17
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
ALERTAS: 
1. As subvenções são transferências realizadas pelo governo para financiar 
somente despesas de custeio de outras entidades. 
2. O que define a classificação da subvenção (econômica ou social) é a natureza 
da entidade beneficiada (com ou sem fins lucrativos). 
3. De acordo com a Lei 4320 eu seu Art. 18. A cobertura dos déficits de 
manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á 
mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas 
correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito 
Federal. 
Sintetizando: 
As despesas correntes dividem-se em custeio e transferência corrente 
*Despesas de custeio: São as despesas correntes que geram benefícios diretos 
(bens ou serviços) e as obras de conservação e adaptação. 
*Transferências Correntes: São as despesas correntes que não geram 
benefícios diretos (bens e serviços) e as subvenções. 
 Agora vamos focar as despesas de capital. Segundo a Lei 4320/64, as 
despesas de capital são divididas em investimentos, inversões financeiras e 
transferências de capital. A Lei 4320 trás as seguintes definições: 
Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento 
e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis 
considerados necessários a realização destas ultimas, bem como para 
os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, 
equipamento e material permanente e constituição ou aumento de 
capital de empresas que não seja de caráter comercial ou financeiro. 
(§4º do Art. 12 da Lei 4320/64) 
 De forma prática, os investimentos são as despesas de capital realizadas 
pelo governo, que contribui diretamente para o aumento do PIB (Produto 
Interno Bruto), com a realização de obras de construção, aquisição de bens 
móveis novos e aplicações de recursos em empresas produtivas(que não sejam 
de caráter comercial ou financeiro). 
Classificam-se como Inversões Financeiras às dotações destinadas 
a: 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 18
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
I – aquisição de imóveis, ou bens de capital já em utilização; 
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação 
não importe em aumento de capital; 
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas 
que visem a objetivos comerciais e financeiros, inclusive operações 
bancárias ou de seguros. (§5º do Art. 12 da Lei 4320/64) 
 Já as inversões financeiras são as despesas de capital realizadas pelo 
governo, que não contribui diretamente para o aumento do PIB, com a 
aquisição de imóveis, bens móveis usados, aplicação de recursos em empresas 
não produtivas (caráter comercial, financeiro, bancário ou de seguros). 
São Transferências de Capital às dotações para investimentos ou 
inversões financeiras que outras pessoas de direito publico ou privado 
devem realizar, independentemente de contraprestação direta de bens 
ou serviços, constituindo essa transferências auxílios ou contribuições, 
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou lei especial 
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida 
pública. (§6º do Art 12 da Lei 4320/64). 
 As transferências de capital são os auxílios e contribuições realizados 
pelo governo para financiar investimentos e inversões financeiras de 
outras entidades. Também deve ser contabilizado como transferência de 
capital os gastos com o pagamento da dívida pública. 
De forma exemplificativa, segue a discriminação da despesa prevista no Art. 13 
da Lei 4320. 
DESPESA CORRENTE DESPESA DE CAPITAL 
Despesa de Custeio Investimentos 
Pessoal Civil Obras Públicas 
Pessoal Militar Equipamentos e Instalações 
Material de Consumo Serviços em Regime de Programação Especial 
Serviços de Terceiros Constituição ou Aumento de Capital de Empresas 
Industriais ou Agrícolas 
Encargos Diversos Material Permanente 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 19
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
Transferências Correntes Inversões Financeiras 
Subvenções Sociais Aquisição de Imóveis 
Subvenções Econômicas Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou 
Entidades Comerciais ou Financeiras 
Inativos Aquisição de Títulos Representativos de Capital de 
Empresa em Funcionamento 
Pensionistas Constituição de Fundos Rotativos 
Salário Família e Abono Familiar Concessão de Empréstimos 
Juros da divida Pública Diversas Inversões Financeiras 
Contribuições de Previdência Social Transferência de Capital 
Diversas Transferências Correntes Amortização da Divida Publica 
 Auxilio para Obras Publicas 
 Auxilio para Equipamentos e Instalações 
 Auxilio para Inversões Financeiras 
 Outras Contribuições 
Obs: A relação completa da classificação da Despesa Orçamentária quanto à 
natureza está evidenciada no Anexo III da Portaria Interministerial STN/SOF nº 
163/2001. 
ALERTAS: 
1 – A aquisição de bem móvel (veículo, computador, etc) deve ser contabilizada 
como investimento ser for novo e inversão financeira se for usado. 
2 - A aquisição de bem imóvel é classificada como inversão financeira, já a 
construção deve ser classificada como investimento. 
3 – A compra de ações de empresas comerciais e financeiras (não produtivas) 
deve ser classificada como inversão financeira, já a aquisição de ações de 
empresas industriais e agrícolas (produtivas) deve ser classificada como 
investimento. 
4 – A compra de ações de empresas, sem caracterizar aumento de capital, deve 
ser classificada como inversão financeira, mesmo que a empresa seja produtiva. 
5 – O pagamento de juros da dívida pública é classificado como transferência 
corrente, já o pagamento do principal da dívida pública é classificado como 
transferência de capital. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 20
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
6 – As transferências para financiar despesas de custeio (subvenções) são 
classificadas como transferências correntes, já as transferências para financiar 
investimentos ou inversões financeiras são classificadas como transferências de 
capital. 
7 – A aquisição de um imóvel deve ser classificada como inversão financeira, 
agora a aquisição de imóvel para realização de obra deve ser classificada como 
investimento. 
8 – A despesa com pessoal ativo (gera benefício) é classificada como despesa de 
custeio e inativo (não gera benefício) como transferência corrente. 
9 – Abras de construção devem ser classificadas como investimento, já as obras 
de conservação e adaptação como despesas de custeio. 
10 – A aquisição de material de consumo (vida útil até dois anos) deve ser 
classificada como despesa de custeio, já a compra de material permanente (vida 
útil superior a dois anos) será classificada como investimento. 
11 – A quitação das operações de crédito por antecipação da receita é 
classificada como despesa extraorçamentária, já os juros provenientes destas 
operações são classificados como despesa orçamentária corrente – transferência 
corrente. 
12 – As transferências tributárias constitucionais realizadas pelos Entes (FPE, 
FPM, ICMS, IPVA, etc.) são classificadas como Transferências Correntes. 
 
Exercício de Fixação: Classifique as despesas a seguir (corrente, capital 
e extraorçamentária): 
1 - Aquisição de combustível 
2 – Pagamento de luz, água e telefone 
3 – Construção de escola 
4 – Aquisição de veiculo (zero KM) 
5 – Aquisição de imóvel para funcionamento de hospital 
6 – Aquisição de terreno para construção de estádio de futebol 
7 – Pagamento de contribuição previdenciária patronal 
8 – Concessão de subvenções econômicas 
9 – Auxílio para obras públicas 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 21
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
10 – Despesa com pessoal ativo 
11 – Pagamento de juros 
12 – Concessão de empréstimos 
13 – Compra de ações de empresas industriais 
14 – Compra de ações de empresas comerciais 
15 – Amortização da dívida pública 
16 – devolução de garantias 
17 – Quitação de operação de crédito por antecipação da receita 
Resolução: 
1 - Aquisição de combustível – despesa corrente - custeio 
2 – Pagamento de luz, água e telefone – despesa corrente - custeio 
3 – Construção de escola – despesa de capital - investimento 
4 – Aquisição de veiculo (zero KM) – despesa de capital - investimento 
5 – Aquisição de imóvel para funcionamento de hospital – despesa de capital – 
inversão financeira 
6 – Aquisição de terreno para construção de estádiode futebol – despesa de 
capital - investimento 
7 – Pagamento de contribuição previdenciária patronal – despesa corrente – 
transferência corrente 
8 – Concessão de subvenções econômicas – despesa corrente – transferência 
corrente 
9 – Auxílio para obras públicas – despesa de capital – transferência de capital 
10 – Despesa com pessoal ativo – despesa corrente - custeio 
11 – Pagamento de juros – despesa corrente – transferência corrente 
12 – Concessão de empréstimos – despesa de capital – inversão financeira 
13 – Compra de ações de empresas industriais – despesa de capital - 
investimento 
14 – Compra de ações de empresas comerciais – despesa de capital – inversão 
financeira 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 22
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
15 – Amortização da dívida pública – despesa de capital – transferência de 
capital 
16 – devolução de garantias – despesa extraorçamentária 
17 – Quitação de operação de crédito por antecipação da receita – despesa 
extraorçamentária. 
A partir de agora, vamos abordar a classificação da despesa quanto ao 
impacto na situação líquida patrimonial. Sobre esta classificação, o MCASP assim 
dispõe: 
b. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO IMPACTO NA SITUAÇÃO 
LÍQUIDA PATRIMONIAL 
 
Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento da sua 
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato 
contábil modificativo diminutivo. Em geral, a Despesa Orçamentária Efetiva 
coincide com a Despesa Corrente. Entretanto, há despesa corrente não-
efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para 
estoque e a despesa com adiantamento, que representam fatos 
permutativos. 
Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no momento da sua 
realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato 
contábil permutativo. Neste caso, além da despesa orçamentária, registra-se 
concomitantemente conta de variação ativa para anular o efeito dessa despesa 
sobre o patrimônio líquido da entidade. Em geral, a despesa não-efetiva coincide 
com a despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que é efetiva 
como, por exemplo, as transferências de capital que causam decréscimo 
patrimonial e, por isso, classificam-se como despesa efetiva. 
Sintetizando: 
Despesa orçamentária efetiva: Reduz a situação líquida: Ex: Despesa 
Correntes em regra. 
Despesa orçamentária não efetiva: Não reduz a situação líquida: Ex: 
Despesa de Capital em regra. 
 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 23
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
c. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR 
NATUREZA 
 
A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, 
compõe-se de: Categoria Econômica; Grupo de Natureza da Despesa; e 
Elemento de Despesa. 
A natureza da despesa será complementada pela informação 
gerencial denominada “modalidade de aplicação”, a qual tem por 
finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou 
entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da 
Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar 
a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. 
Alerta: De acordo com a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001, na lei 
orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no 
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade 
de aplicação. 
 
ESTRUTURA DA NATUREZA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa 
orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria 
econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. 
O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis 
dígitos, desdobrado até o nível de elemento ou, opcionalmente, por oito, 
contemplando o desdobramento facultativo do elemento: 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 24
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
 
Alertas: 
1. A estrutura do código da natureza da despesa é apresenta em até 5 níveis 
(cgmed) e em até 8 dígitos. O quinto nível é facultativo. 
2. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as 
esferas de governo. 
 
Exemplos de códigos da natureza de despesa: 
Natureza da Despesa 
3.1.90.13.00 
Categoria Econômica (3) – Despesa Corrente. 
Grupo de Natureza da Despesa (1) – Despesa de Pessoal 
Modalidade de Aplicação (90) – Aplicação Direta 
Elemento de Despesa (13) – Obrigações Patronais 
Desdobramento do elemento (00) – Não especificado. 
4.5.90.61.00 
Categoria Econômica (4) – Despesa de Capital. 
Grupo de Natureza da Despesa (5) – Inversão Financeira 
Modalidade de Aplicação (90) – Aplicação Direta 
Elemento de Despesa (61) – Aquisição de Imóveis 
Desdobramento do elemento (00) – Não especificado. 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 25
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
Agora, vamos estudar cada nível que compõe o código da natureza da 
despesa orçamentária: 
 CATEGORIA ECONÔMICA4 
A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária, é 
classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: 
3 - Despesas Correntes: Classificam-se nessa categoria todas as despesas 
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem 
de capital. 
4 - Despesas de Capital: Classificam-se nessa categoria aquelas despesas 
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de 
capital. 
GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA 
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características 
quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 
GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA 
1 - Pessoal e Encargos Sociais 
2 - Juros e Encargos da Dívida 
3 - Outras Despesas Correntes 
4 - Investimentos 
5 - Inversões Financeiras 
6 - Amortização da Dívida 
 
De forma discriminada, deve ser classificado em cada grupo: 
1 - Pessoal e Encargos Sociais: Despesas orçamentárias com pessoal ativo, 
inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou 
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies 
 
4 Classificação já estudada nesta aula. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 26
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, 
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, 
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem 
como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de 
previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar 101, 
de 2000. 
 
2 - Juros e Encargos da Dívida: Despesas orçamentárias com o pagamento 
de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e 
externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
 
3 - Outras Despesas Correntes: Despesas orçamentárias com aquisição de 
material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-
alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria 
econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de 
natureza de despesa. 
 
4 – Investimentos: Despesas orçamentárias com softwares e com o 
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de 
instalações, equipamentos e material permanente. 
 
5 - Inversões Financeiras: Despesas orçamentárias com a aquisição de 
imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos 
do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, 
quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou 
aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste 
grupo. 
 
6 - Amortização da Dívida: Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou 
refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida 
pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 27
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
ALERTA: De acordo com o MCASP, a Reserva do RPPS e a Reserva de 
Contingência (destinadas ao atendimento de passivos contingentes e outros 
riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos 
adicionais) serão classificadas, no que se refere ao grupo de natureza de 
despesa, com o código "9". 
 
MODALIDADE DE APLICAÇÃO 
A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são 
aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma 
esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas 
entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla 
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Também indica 
se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades 
privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior. 
Seguem alguns exemplos de modalidades de aplicação previstas na 
Portaria nº 163/20015: 
20 – Transferências à União: Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo 
Distrito Federal, mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas 
entidades da administração indireta. 
30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal: Despesas orçamentárias realizadas mediante 
transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, 
inclusive para suas entidades da administração indireta. 
32 – Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal: Despesas orçamentárias 
realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou 
descentralização a Estados e ao Distrito Federal para execução de ações de responsabilidade 
exclusiva do delegante. 
40 – Transferências a Municípios: Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de 
recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da 
administração indireta. 
 
5 Disponível em http://www3.tesouro.gov.br/hp/downloads/Port_Interm_1632001_Atualizada_20100618.pdf 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 28
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos: Despesas orçamentárias 
realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos que não 
tenham vínculo com a administração pública. 
60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos: Despesas orçamentárias 
realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com fins lucrativos que não 
tenham vínculo com a administração pública. 
70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais: Despesas orçamentárias realizadas 
mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais 
entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, exclusive as transferências 
relativas à modalidade de aplicação 71 (Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de 
rateio). 
71 – Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio: Despesas orçamentárias 
realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de 
consórcios públicos nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, mediante contrato de 
rateio, objetivando a execução dos programas e ações dos respectivos entes consorciados, 
observado o disposto no § 1º do art. 11 da Portaria STN nº 72, de 2012. 
80 – Transferências ao Exterior: Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de 
recursos financeiros a órgãos e entidades governamentais pertencentes a outros países, a 
organismos internacionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham 
sede ou recebam os recursos no Brasil. 
90 – Aplicações Diretas: Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados 
ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou 
da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. 
91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos 
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, 
fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e 
da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de 
impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos recursos 
também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade 
constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo. 
 
Exemplificando a função da modalidade de aplicação: Se a União pretende 
executar um determinado programa: 
 Se o programa for executado pela União: Classifica na modalidade 90. 
 Se o programa for delegado a um Estado: Classifica na modalidade 32. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 29
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
 Se o recursofor transferido para um Município: Classifica na modalidade 
40. 
 
ELEMENTO DE DESPESA 
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como 
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de 
terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, 
equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a 
administração pública utiliza para a consecução de seus fins. 
Seguem alguns exemplos de elementos de despesas previstas na Portaria 
163/2001. 
30 – Material de Consumo: Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina 
automotiva; diesel automotivo; lubrificantes automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; 
gás engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e 
laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais; material de coudelaria 
ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de alimentação; material de 
construção para reparos em imóveis; material de manobra e patrulhamento; material de proteção, 
segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente; material de cama e mesa, copa e 
cozinha, e produtos de higienização; material gráfico e de processamento de dados; aquisição de 
disquete; material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material para 
instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação; material 
odontológico, hospitalar e ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; 
vestuário, uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e 
embalagem; suprimento de proteção ao vôo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas 
e motores de navios e esquadra; explosivos e munições; bandeiras, flâmulas e insígnias e outros 
materiais de uso não duradouro. 
 
36 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física Despesas orçamentárias decorrentes de 
serviços prestados por pessoa física pagos diretamente a esta e não enquadrados nos elementos 
de despesa específicos, tais como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por 
pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente contratados; 
gratificação por encargo de curso ou de concurso; diárias a colaboradores eventuais; locação de 
imóveis; salário de internos nas penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa 
física. 
 
39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica Despesas orçamentárias decorrentes da 
prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais 
e periódicos; tarifas de energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, 
telex, correios, etc.); fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e 
tributos à conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos 
e materiais permanentes; software; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral 
(exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de 
divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com 
congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio-creche (exclusive a 
indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e outros congêneres, bem 
como os encargos resultantes do pagamento com atraso das obrigações não tributárias. 
 
41 – Contribuições Despesas orçamentárias às quais não correspondam contraprestação direta 
em bens e serviços e não sejam reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a atender a 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 30
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado, observado o disposto 
na legislação vigente. 
 
42 – Auxílios Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou 
inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos, 
observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 e 26 da Lei Complementar nº 101/2000. 
 
43 – Subvenções Sociais Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições 
privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16, 
parágrafo único, e 17 da Lei nº 4.320/1964, observado o disposto no art. 26 da LRF. 
 
45 – Subvenções Econômicas Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções 
econômicas, a qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais como: ajuda financeira a 
entidades privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e 
vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encargos de empréstimos e 
financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição, de venda 
e de manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras operações com 
características semelhantes. 
 
51 – Obras e Instalações Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão 
de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário 
à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; instalações que sejam incorporáveis 
ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores, aparelhagem para ar condicionado central, etc. 
 
52 – Equipamentos e Material Permanente Despesas orçamentárias com aquisição de 
aeronaves; aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, 
equipamentos e utensílios médico, odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e 
equipamentos para esporte e diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos; coleções 
e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento; 
equipamentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos musicais e 
artísticos; máquinas, aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e 
equipamentos gráficos e equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório; 
máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, 
rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário em geral; obras de arte e peças para museu; 
semoventes; veículos diversos; veículos ferroviários; veículos rodoviários; outros materiais 
permanentes. 
 
81 – Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas Despesas orçamentárias decorrentes 
da transferência a outras esferas de governo de receitas tributárias, de contribuições e de outras 
receitas vinculadas, prevista na Constituição ou em leis específicas, cuja competência de 
arrecadação é do órgão transferidor. 
 
91 – Sentenças Judiciais Despesas orçamentárias resultantes de: a. pagamento de precatórios, 
em cumprimento ao disposto no art. 100 e seus parágrafos da Constituição, e no art. 78 do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias -ADCT; b. cumprimento de sentenças judiciais, 
transitadas em julgado, de empresas públicas e sociedades de economia mista, integrantes dos 
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social; c. cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em 
julgado, de pequeno valor, na forma definida em lei, nos termos do §3º do art. 100 da 
Constituição; d. cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segurança e 
Medidas Cautelares; e e. cumprimento de outras decisões judiciais. 
 
92 – Despesas de Exercícios Anteriores Despesas orçamentárias com o cumprimento do 
disposto no art. 37 da Lei nº 4.320/1964, que assim estabelece: Art. 37. As despesas de 
exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, comsaldo 
suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos 
a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do 
exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada no 
orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 31
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
93 – Indenizações e Restituições Despesas orçamentárias com indenizações, exclusive as 
trabalhistas, e restituições, devidas por órgãos e entidades a qualquer título, inclusive devolução 
de receitas quando não for possível efetuar essa devolução mediante a compensação com a 
receita correspondente, bem como outras despesas de natureza indenizatória não classificadas em 
elementos de despesas específicos. 
 
Exemplificando a aplicação do elemento de despesa, temos: 
Exemplos de despesa 
Classificação no elemento 
correspondente: 
Aquisição de material de limpeza 30 – Material de Consumo 
Aquisição de veículos 52 – Equipamento e Material Permanente 
Empresa para prestar serviço de 
limpeza 
39 – Outros Serviços de Terceiros – 
Pessoa Jurídica 
 
ALERTAS: 
1 - Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria 
Interministerial nº 163, de 2001. (Recomendo baixar e fazer a leitura desta 
Portaria) 
2- É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa 41-
Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocorrer apenas 
em operações especiais. 
3- É vedada a utilização de elementos de despesa que representem gastos 
efetivos (ex.: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc) em operações especiais. 
4 - Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa: Conforme as 
necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária fica 
facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa. 
5 - Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos artigos 16 e 21 da Lei 
nº 4.320/1964 compreende as subvenções, auxílios e contribuições que 
atualmente são identificados em nível de elementos na classificação econômica 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 32
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
da despesa. Não se confundem com as transferências que têm por finalidade 
indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no 
âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas 
respectivas entidades e que são registradas na modalidade de aplicação 
constante da atual codificação. 
 
OUTRAS CLASSSIFICAÇÕES DA DESPESA PÚBLICA 
Como já estudamos, as despesas orçamentárias precisam de autorização 
legislativa para ser realizadas. Estas autorizações são chamadas de créditos 
orçamentários. Esses créditos são alocados no orçamento por meio de um 
sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender 
às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas 
questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações 
públicas e privadas e a sociedade em geral. 
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias 
estão organizadas em programas de trabalho, que contêm informações 
qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras. 
Os principais critérios de classificação qualitativa utilizados pelos entes 
são: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional e 
estrutura programática: 
 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 33
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
d. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA 
 
De acordo com o MTO, a esfera orçamentária tem por finalidade 
identificar se o orçamento é Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de 
Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165 
da CF: 
 - Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
 - Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; e 
 - Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Na base do Sistema de Orçamento, o campo destinado à esfera 
orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, 
com os seguintes códigos: 
 
Alerta: 
1 - O orçamento da seguridade social compreende os gastos com as funções: 
Saúde, Previdência e Assistência Social (SPA). 
2 – Os recursos destinados aos investimentos das empresas controladas pelo 
Governo (empresas públicas e sociedades de economia mista) devem ficar 
alocados no orçamento de investimento. 
Resumindo: A classificação por esfera objetiva verificar em qual orçamento a 
despesa foi alocada. 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 34
 
www.thcursos.com.br 
 
 
 
 CURSO EM PDF – CONTABILIDADE PÚBLICA 
CURSO BÁSICO 2015 
Prof. Alexandre Teshima 
 
 
 
Exemplificando: A alocação de uma despesa com a função saúde deve ser 
realizada no Orçamento da Seguridade Social, já a despesa com a função 
educação deve ser alocada no orçamento da seguridade social. Já um recurso 
destinado a investimentos para empresas estatais deve fica alocado no 
orçamento de investimento. 
 
e. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
De acordo com o MCASP, a classificação institucional reflete a estrutura 
organizacional de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em 
dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. 
Exemplos de Órgãos Orçamentários e Unidade Orçamentária do Governo 
Federal: 
 
Nesta classificação, por exemplo, se o Governo quiser realizar uma 
despesa com um programa governamental de responsabilidade da Policia 
Rodoviária Federal: Neste caso, o crédito orçamentário para realização desta 
despesa será classificado no órgão orçamentário “Ministério da Justiça” e na 
unidade Orçamentária “Departamento da Policia Rodoviária Federal” sobre o 
código 30107 conforme visualizado na tabela anterior. 
ALERTAS 
1 - Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao 
mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (artigo 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de PAULO CEZAR EUGENIO DE OLIVEIRA - 00977444929, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Página 35
 
www.thcursos.com.br

Continue navegando