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Metabolismo Microbiano 1 - Introdução Em praticamente todos os ambientes podemos encontrar algum tipo de microrganismo. Isso acontece devido a diversidade de fontes de energia que essas células podem utilizar e que permitem a manutenção do seu metabolismo. E explica também por que certas espécies são encontradas em determinados ambientes e outras não. Há uma relação de especificidade! Exs. Fossas oceânicas, superfícies aquáticas ou sítios anatômicos específicos. 2 - P q estudar metabolismo? ✓ Avaliar a diversidade e versatilidade bioquímica – diversidade de vias metabólicas e capacidade de utilizar diferentes substratos. ✓ Relação microrganismos e doenças – enzimas e toxinas produzidas por mcg que contribuem para sua sobrevivência e disseminação no organismo hospedeiro. ✓ Explorar os microrganismos economicamente – aplicação industrial (fermentação alcoólica na indústria de bebidas, produção de ácidos acético, toxina botulínica). ✓ Cultivo e controle dos microrganismos – requerimentos para o crescimento em meios de cultura, uso de substâncias que inibam seu crescimento. ✓ Desenvolvimento de métodos moleculares para diagnóstico e controle dos microrganismos – utilização de enzimas que contribuem para amplificação do genoma microbiano, processos de recombinação que explicam a resistência a drogas antimicrobianas (produção enzimas β-lactamase). ✓ Controle dos processos de deterioração de materiais – estudo de biofilmes. ✓ Papel dos microrganismos na natureza – decomposição e transformação da matéria orgânica, fertilização do solo, produção animal (microbiota ruminal). ✓ Reciclagem da matéria – ciclos biogeoquímicos (C, N e P) Origem da vida? Presença de vida em outros planetas! Balanço de Oxigênio no planeta Fertilização dos solos, produção animal! Efeito estufa – pum e arroto do boi!!! Combustíveis, medicamentos, fermentações, deterioração dos materiais, bioinseticidas, biossolventes, biopolímeros e biotensoativos (reduzir a poluição) Toxinas microbianas – usos Bioterrorismo e biodefesa 3 - Metabolismo Definição: Conjunto de todas as reações químicas que ocorrem dentro de um organismo vivo. Há um conceito importante no metabolismo microbiano que é o da Unidade bioquímica – em que a maior parte das reações que ocorre em um mcg tb acontece em células de organismos multicelulares. O q permite uma analogia do q ocorre em um mcg com o q acontece no organismo de um animal superior (vantagem: o controle do processo é mais fácil e a velocidade de resposta mais rápida!) uma vez q sua taxa de multiplicação é bem maior. 3.1 O metabolismo pode ser dividido em duas classes de reações químicas: As que liberam energia: chamadas de exergônicas. E as que consomem energia: chamadas de endergônicas. Uma vez que as reações químicas liberam ou consomem energia, o metabolismo pode ser visto como um processo de balanceamento energético. Onde sempre vamos ter energia sendo produzida e por outro lado energia sendo consumida. Uma vez que a energia é gasta há necessidade de se produzir mais energia, e uma vez q ele é produzida, será gasta novamente. Ocorrendo na célula um balanceamento energético. 4 - Existem duas classes de reações químicas celulares que ocorrem nos microrganismos e em nossas células, que são: - Catabolismo (degrativas) e o anabolismo (reações biossintéticas): com o catabolismo entendemos o conjunto de processos de decomposição de moléculas (complexas) e nutrientes que liberam energia que serão usadas para as reações anabólicas. São geralmente reações de hidrólise (são reações que usam a água e nas quais as ligações químicas são quebradas), são exergônicas (pq uma vez que há quebra de moléculas consequentemente ocorre liberação de energia). Como ex. podemos citar o metabolismo de açúcares por mcgs em que há produção de CO2 e H2O. - Para o Anabolismo (biossintéticas): entendemos como o conjunto de processos biossintéticos que requerem energia para formar os componentes celulares (complexos) a partir de moléculas menores (ambas fornecidas pelo catabolismo). As reações anabólicas ocorrem geralmente por desidratação (reações que liberam água), e por haver consumo de energia são reações endergônicas. Como exemplos de reações anabólicas ou biossintéticas podemos dar: A formação de proteínas → aminoácidos A formação de ácidos nucléicos → nucleotídeos E a formação de polissacarídeos → açúcares Esses processos biossintéticos geram materiais celulares para o crescimento de microrganismos. 5 - Panorâmica do Metabolismo Os organismos utilizam compostos químicos (orgânicos ou inorgânicos) ou a luz com a finalidade primordial de produção de energia para realizar alguma atividade. Waste products – produtos residuais oriundos do catabolismo alteram drasticamente o ambiente onde os mcgs se encontram (podem inclusive tornar o ambiente impróprio para sobrevivência dos mcgs). A energia liberada do catabolismo também é utilizada para formar os compostos biossintéticos durante o anabolismo. 6 - Requerimento de energia - Uma célula viva requer energia para realizar diferentes tipos de trabalho, incluindo: ✓ Biossíntese das partes estruturais da célula, tais como: parede celular, ribossomos, membrana ou apêndices externos (fímbrias, pili, cápsula e flagelos); ✓ Síntese de enzimas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, fosfolipídios entre outros componentes químicos da célula; ✓ Reparo de danos (DNA pol) e a manutenção da célula em boas condições [como a produção de compostos intermediários precursores para a síntese de macromoléculas por vias diferentes (ex: peptideoglicano – manutenção da estrutura celular)]; ✓ Crescimento e multiplicação; ✓ Armazenamento e transporte de nutrientes (amido, glicogênio, grânulos de S, pigmentos carotenoides) ✓ Excreção de produtos indesejáveis; ✓ Motilidade (a energia é utilizada para movimento da célula rotacional, unidirecional - quimiotaxia). 7 - Sistema de armazenamento e transferência de energia Quando moléculas complexas são quebradas (catabolismo), parte da energia é transferida e captada no ATP, o restante é liberado como calor. Quando moléculas simples são combinadas para formar moléculas complexas (ou seja, durante as reações anabólicas), o ATP fornece a energia para a síntese, outra vez parte da energia é liberada como calor. Esse acomplamento de reações que liberam e requerem energia é possível através do ATP. No ATP, a energia derivada das reações catabólicas é armazenada e liberada posteriormente para conduzir as reações anabólicas e realizar outros trabalhos celulares. As reações catabólicas fornecem os blocos construtivos para as reações anabólicas e a energia necessária para conduzí-las. Para que a energia liberada por uma reação de degradação não seja desperdiçada foi desenvolvido o acoplamento energético, onde as reações catabólicas fornecem energia para as reações anabólicas. Este acoplamento de reações é possível através do ATP. Especificamente pela adição de um Pi ao ADP. ATP – possui ligações de elevado teor energético – fosfodiéster. Uma molécula instável, uma vez quebrada a energia é liberada rapidamente e de fácil acesso, expondo a célula ao uso de energia. ATP é uma molécula de alta energia e a mais importante nos seres vivos. Apesar disso, sua concentração nas células é relativamente baixa. Para o armazenamento de energia por períodos longos os mcgs produzem polímeros insolúveis, que posteriormente podem ser catabolizados. Esses polímeros são importantes principalmente em períodos de escassez nutricional. Exs: polímeros de glicose (eucariontes - amido e procariontes - glicogênio), polímeros lipídicos, PHAs (biopoliéster) - Ralstonia eutropha A composição química de uma célula está constantemente mudando. 8 - Os componentes essenciaisdo metabolismo são o ATP e as enzimas - ATP: é a molécula utilizada pela célula para gerenciar as necessidades energéticas. Consiste em uma molécula de adenosina, uma ribose e três grupos fosfato. Quando o grupo terminal é retirado, o difosfato de adenosina (ADP) é formado e a energia é liberada para as reações anabólicas. Em seguida, a energia oriunda das reações catabólicas é utilizada para combinar o ADP com um novo grupo fosfato a fim de sintetizar novamente o ATP. Em todo o tempo a energia é liberada e armazenada através do ATP e do ADP. 8.1 A geração de ATP A adição de um grupo PO4 a um composto químico é chamada fosforilação! Três mecanismos de síntese de ATP: - Fosforilação a partir de substrato: o grupo fosfato de um composto químico é removido e adicionado diretamente ao ADP. (ex: etapas da glicólise) - Fosforilação oxidativa: a energia liberada pela oxidação de um composto químico é utilizada para produção de ATP. Para extrair a energia de um composto orgânico e armazená-la na forma química, os organismos transferem elétrons de um composto a outro através de uma série de reações de oxidação-redução sequenciais. Série integrada de reações de oxidação sequenciais. STE - A energia é temporariamente armazenada na forma de força protomotiva; A FP gera energia para síntese do ATP a partir do ADP / ATPase presente MC. - Fotofosforilação: A energia da luz é utilizada para síntese de ATP e NADPH. Realizado por cianobactérias (protoplasma), algas e plantas verdes (tilacóides no interior de cloroplastos). A luz é utilizada para produzir força protomotiva e através desta sintetizar ATP. A absorção da luz é mediada por pigmentos verdes (clorofila). CÍCLICA – Somente síntese de ATP ACÍCLICA – Síntese de ATP e pr (NADPH) Clorofila a é utilizada por plantas verdes, algas e cianobactérias; ela é encontrada nas membranas tilacoides. Elétrons da clorofila passam por uma cadeia de transporte de elétrons, a partir do que ATP é produzido através da quimiossíntese. Na foto-fosforilação cíclica, os elétrons são utilizados para reduzir NADP+, e elétrons retornam á clorofila a partir de H2O ou H2S. Quando H2O é oxidado por plantas verdes, algas e ciano-bactérias, O2 é produzido. As reações independentes de luz: o ciclo de Calvin-Benson. CO2 é utilizado para sintetizar açúcares no Ciclo de Calvin-Benson Exemplo de bactérias que realizam fotofosforilação? 9 - Enzimas São moléculas orgânicas de natureza protéica. Que catalizam reações químicas para moléculas específicas, denominadas substratos. Então para cada enzima temos um substrato, há especificidade nesse aspecto. Ex: sacarose – é o substrato da enzima sacarase que catalisa a hidrólise deste açúcar em glicose e frutose. Ou seja, durante as reações enzimáticas os substratos são transformados em novas substâncias, denominados produtos. - Para que as reações químicas ocorram é necessário que as moléculas entrem em colisão, isto dependerá da velocidade das partículas, da configuração das moléculas e da quantidade de energia requerida para a reação iniciar (energia de ativação). A função essencial das enzimas é acelerar as reações bioquímicas diminuindo a energia de ativação (quantidade de energia necessária para tornar as moléculas de uma reação química a um estado reativo). - Não são consumidas ou transformadas pelas reações. - Específicas: cada uma catalisa somente um único tipo de reação química ou uma única classe de reações relacionadas, que está relacionado com a estrutura tridimensional da molécula enzimática. Exs.: celulase - degradam celulose; glicose-oxidase - catalisa a oxidação da glicose; ribonuclease - decompõe acido ribonucleico; lisozima - cliva o peptidoglicano. 6 principais classes de enzimas de acordo c/ reações químicas catalisadas: oxidorredutases, transferases, hidrolase, liases, isomerase e ligases. - Podem atuar Local de ação: fora da célula extracelulares (exoenzimas) quebrando macromoléculas em moléculas menores que possam atravessar a parede e membrana celulares, periplasmáticas (entre as membranas, enzimas hidrolíticas) e intracelularmente (endoenzimas). - Estão sujeitas a vários controles celulares e ambientais. Ex: síntese de enzimas que degradam antibióticos (codificadas por plasmídeos) - Pseudomonas. Temperatura A velocidade da maioria das reações químicas aumenta à medida que a temperatura se eleva. As moléculas se movem mais lentamente em baixas temperaturas do que em altas temperaturas. Uma elevação acima de certa temperatura (a temperatura ótima para as bactérias de importância médica está em torno de 35 a 37ºC) reduz drasticamente a velocidade da reação, devido à DESNATURAÇÃO enzimática, a perda da sua conformação tridimensional característica. pH as enzimas possuem um pHot, onde são mais ativas, acima ou abaixo dele sua atividade diminui. Quando a concentração de H+ e OH- (pH) do meio é significativamente modificada, a estrutura tridimensional da proteína é alterada. Pois esses competem com o H e as ligações iônicas presentes em uma enzima. O que pode alterar a estrutura do sítio ativo. Concentração do substrato Sob condições de elevada concentração de substrato, uma enzima fica saturada. Significa dizer q o sítio ativo das enzimas foi ocupado. Nessa condição, um aumento adicional na concentração do substrato não afetará a velocidade da reação, já que o sítio ativo de todas as enzimas está ocupado. 10 - Propriedades físicas e químicas das enzimas: Embora algumas enzimas consistam inteiramente em proteínas, a maioria apresenta uma porção proteica chamada de apoenzima (q tem o sítio ativo de ligação ao substrato), e um componente não proteico, chamado de cofator. Os cofatores podem ser inorgânicos como os íons metálicos (Fe, Ca, Mg), e tb podem ser orgânicos, denominados coenzima (Exs: NAD, NADP, FAD e CoA). Apoenzimas sozinhas são inativas, portanto devem ser ativadas pelos cofatores. Juntos, a apoenzima e o cofator formam a holoenzima, ou enzima ativa completa. 10.1 Cofatores (Funções) - Podem auxiliar as enzimas aceitando átomos removidos do substrato ou doando átomos requeridos pelo substrato. - Atuam como carreadores de elétrons e são muito importantes para o metabolismo energético. Ex: A CoA está associada à síntese e degradação de lipídios e está envolvida também no Ciclo de Krebs. - Utilizados por enzimas fosforilativas para transferir grupo fosfato do ATP para outro substrato. A maioria das coenzimas é derivada de vitaminas (ex: NAD+). - Importante ressaltar que sem energia as reações nunca poderão acontecer mesmo na presença de enzimas. Exs: íons metálicos (Fe, Cu, Mg, F, Mn, Zn, Ca, Mo, Co e Mg+2), compostos orgânicos (NAD, NADP, FAD e a Coa). O flúor (F) inibe a enolase, uma enzima da via glicolítica que converte 2-fosfoglicerato a fosfoenolpiruvato (PEP) (diminui a síntese de ATP). Enolase - íon fluoreto (F-) se liga ao Mg+2, que é o ativador da enolase, inibe o metabolismo de bactérias cariogênicas. O flúor trabalha durante os processos de desmineralização e remineralização que ocorrem naturalmente em sua boca. Sua saliva contém ácidos que causam a desmineralização nos dentes. Estes ácidos são liberados após a alimentação (produzidos por bactérias!!!). Em outros momentos – quando sua saliva está menos ácida – ocorre justamente o oposto, a reposição do cálcio e do fósforo que mantém seus dentes resistentes. Este processo é chamado de remineralização. Quando o flúor está presente durante a remineralização, os minerais depositados são mais duros do que seriam sem o flúor, ajudando a fortalecer seus dentes e a prevenir a dissolução durante a próxima fase de desmineralização. 11 - Reações de Oxi-redução A maioria dos microrganismos produzemenergia por meio da oxidação de substratos como açúcares, proteínas, mas raramente vão produzir energia por meio dos lipídios, mas podem tb. Nas reações de óxido-redução, entende-se por: Oxidação: perda ou a remoção de elétrons de um átomo ou molécula. Redução: ganho de elétrons. As reações óxido-redução (redox) ocorrem aos pares, como vemos na figura: Sempre que há uma molécula perdendo elétrons, ou seja, sendo oxidada, um outra será reduzida simultaneamente. Por isso, essas reações estão sempre acopladas. Em muitas oxidações celulares elétrons e prótons são perdidos ao mesmo tempo. Isso equivale a retira de átomos de H2 (composto por um próton e um e-), por isso a maioria das oxidações biológicas envolve a perda de H2 e são também chamadas de reações de desidrogenação. Então, nessa reação há perda de dois átomos de H2 de uma molécula orgânica. Entretanto, os elétrons não podem ficar livres em solução; devendo existir como parte de átomos ou moléculas. Assim, a oxidação da molécula com a perda do H2 corresponde apenas a uma meia reação, o q implica a necessidade de uma segunda meia reação. Isso porque, para qualquer substância ser oxidada, outra substância deve ser reduzida. Nesse caso, a Coenzima NAD+ (transportador de elétrons oxidado) → NADH (se tornará um carreador de e- reduzido, aceptor de elétrons). Ele captou 2 elétrons e somente 1 próton. Obs: Esse H+ (próton) que sobra na reação vai gerar o gradiente para força protomotiva. NADP+ - mais usado em reações biossintéticas. Agentes redutores – agente que causa a redução de outra substância química. Exs: glicose, tioglicolato, cisteína, ác. ascórbico. Qual sua função em meios de conservação??? Promovem a redução do O2 no meio. São oxidados pelo O2 dissolvido no meio. Doadores de e-: H2 → 2 e - + 2 H+ Agentes oxidantes – agente que causa a oxidação. Exs: oxigênio, nitrato, sulfato, carbonatos. A origem do termo “oxidação” está relacionada à reação com o oxigênio. - Redução do Nitrato a Nitrito: está ganhando elétrons!!! NO3 - + 2 H+ + 2 e- → NO2 - + H2O [pode ser reduzido a nitrito, óxido nitroso (N2O) e nitrogênio gasoso] (perde o oxigênio) Fe+2 <----------> Fe+3 (Nox aumentou) (Reduzido) (Oxidado) Perde elétrons – oxidado (> carga +) Recebe elétrons – reduzido (> carga -) - Um composto se torna oxidado quando: 1. Perde elétrons; 2. Se liga a um átomo mais eletronegativo (camada de valência com mais elétrons, possui maior atração); 3. Isto geralmente ocorre quando se liga ao oxigênio (O vai receber elétrons). - Um composto se torna reduzido quando: 1. Ganha elétrons; 2. Se liga a um átomo menos eletronegativo; 3. E geralmente isto ocorre quando se liga ao hidrogênio (H vai doar elétrons). Formas reduzidas de C (carboidratos, metano, lipídios, álcoois) são importantes estoques de energia em suas ligações. Formas oxidadas de C (cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos e CO2) dispõem de pequeno potencial energético em suas ligações. 12 – Opções metabólicas para conservação de energia Fontes de energia: substâncias químicas (energia contida nas ligações químicas) e a luz. 12.1 Quimiotróficos: são os organismos que conservam energia a partir de compostos químicos que podem ser oxidados (respiração) ou fermentados. A oxidação é a forma mais frequente e requer um aceptor final de elétrons, normalmente o oxigênio, muitas bactérias podem fazer respiração anaeróbia. - Quimiorganotrófico: são aqueles que obtém energia (para respiração e biossíntese) a partir de compostos orgânicos (ex.: carboidratos). - Quimiolitotróficos: utilizam a energia disponível por meio da oxidação de um composto inorgânico [exs: H2, H2S (sulfeto de hidrogênio), Fe 2+ (ferro ferroso) e NH4 (amônio)]. Grupos próximos de quimiolitotróficos normalmente se especializam na oxidação de grupos relacionados de compostos inorgânicos, dessa forma, há a bactéria “sulfurosa”, a bactéria do “ferro”, a bactéria “nitrificante”, e assim por diante. O metabolismo quimiolitotrófico é normalmente aeróbio, e inicia-se com a oxidação do doador inorgânico de elétrons, por uma cadeia de transporte de elétrons. Isso resulta em uma força próton-motiva, como já considerado para a oxidação dos doadores de elétrons orgânicos pelos quimiorganotróficos. Vantagem: não competem com os organotróficos, podem viver em associação, muitos dos compostos oxidados por quimiolitotróficos correspondem, na realidade, a produtos de excreção de organismos quimiorganotróficos. 12.2 Fototróficos: usam a luz como fonte de energia (fotossíntese) no lugar de um agente químico para gerar a força protomotiva. Contêm pigmentos que os permitem converter a energia luminosa em energia química. Competição com os quimiotróficos por fonte de energia não é uma preocupação. Duas formas conhecidas de fototrofia em procariotos: Fotossíntese oxigênica: há a produção de O2, utilizam H2O para reduzir CO2. Exs: cianobactérias, algas, plantas. Fotossíntese anoxigênica: não resulta na produção de O2, não utilizam H2O para reduzir CO2. Exs: bactérias verdes, púrpuras, sulfurosas e heliobactérias (todas). Todos os três metabolismosconservadores de energia são encontrados no mundo microbiano. 13 – Além da fonte de , os mcgs podem ser classificados de acordo com a fonte de carbono Independente de como um microrganismo conserva a energia, todas as células necessitam de grandes quantidades de carbono (50% peso seco da célula) para a produção de novos materiais celulares. - Heterotróficos: são aqueles em que o carbono é obtido de um composto químico orgânico. Por definição, organismos quimiorganotróficos são tb heterotróficos. Nesse grupo temos a maior parte das bactérias e fungos de importância médica! - Autotróficos: utilizam dióxido de carbono (CO2) como sua fonte de carbono. CO2 pode ser incorporado por diversas vias, Ciclo de Krebs reverso. Ex. Quimioautotrófico, maioria dos fototróficos. Obs: Fotoautotróficos e fotoheterotróficos: são formados por bactérias fotossintéticas. Bactérias verdes (Chloroflexus – termofílica), Bactérias púrpuras (Rhodopseudomonas – lagos de dejetos de suínos) Fotoautotróficos - plantas Cianobactérias - é um grupo de bactérias que obtêm energia por fotossíntese. O nome "cianobactéria" vem de sua cor (do grego: κυανός (kyanós) = azul). Chamadas também de algas azuis ou algas verde-azuladas. Incluem organismos aquáticos, unicelulares, coloniais ou filamentosos fotossíntéticos. 14 – Processos de obtenção de energia - Organismos Quimiotróficos: utilizam dois mecanismos para obtenção de energia (respiração e fermentação). Sendo a Glicólise a etapa comum nesses processos! - Fototróficos: um mecanismo (fotossíntese). 15 – Vias metabólicas de produção de energia 15.1 Qual a principal diferença entre a Respiração celular e Fermentação? Na Respiração atuam aceptores finais de elétrons externos (fosforilação oxidativa). Enquanto que a Fermentação: ocorre na ausência de aceptores externos de elétrons (fosforilação a partir de substrato). a) Respiração aeróbica: a oxidação utiliza o oxigênio como aceptor final de elétrons. É o mecanismo mais comum aos microrganismos. Compreende 3 etapas: 1) Glicólise - quando o substrato é a glicose; 2) Ciclo de Krebs e 3) Cadeia respiratória. b) Respiração anaeróbica: oxidação sob condições anaeróbicas utiliza uma molécula inorgânica diferente do oxigênio como aceptor final de elétrons. 15.2 - Fermentação: ocorre na ausência de aceptores externos de elétrons (fosforilação a partir de substrato). 16 - Respiração aeróbica Dentro da respiração aeróbica, iremos ver o catabolismo dos carboidratos. 16.1 Catabolismo de Carboidratos São fontes de energia e metabólitos intermediários; Participam da formação de RNA (ribose) e DNA (desoxirribose); Formam componentes estruturais essenciais da parede celular de plantas, bactérias e fungos, e do envelope viral e protozoários; Associados aos lipídios e proteínas, formam glicoconjugados. Esses glicoconjugados q participam de eventos de interação celular (adesão ou aderência à superfície de células hospedeiras). Monossocarídeos (são carboidratos que não podem ser hidrolisados em compostos mais simples, podem ser aldoses ou cetoses) Oligossacarídeos (mais de um monossacarídeo) Polissacarídeos (mais de 20 monossacarídeos) Glicanas 17 - Carboidratos estruturais O que vcs estão vendo nessa figura na parte superior central? O q a caracteriza? Parede celular de bactérias Gram negativas. Membrana externa e o LPS (especificar) Então, a cápsula e o Ag O, que são CH contribuem para essa aderência. O lipopolissacarídeo (LPS) é o maior fator de virulência, determinando efeitos biológicos que resultam na amplificação das reações inflamatórias. Ativa plaquetas, mastócitos, basófilos e células endoteliais. O LPS induz os macrofágos a secretarem outras proteínas, as interleucinas (IL-1, IL-6 e IL-8), fator alfa de necrose tumoral (TNF ?), oxigênio reativo, nitrogênio intermediário (óxido nítrico), interferon ?, ? e ?, fatores ativadores de plaquetas e prostaglandinas. - Vírus da Influenza Hemaglutinina – glicoproteína, ligação e fusão com a membrana celular Neuraminidase – glicosídeo (CH mais OH), liberação da célula. - Fungos Quitina - polissacarídeo, polímero de N-acetil-D-glicosamina (GluNac), estrutura típica das carapaças de insetos, aracnídeos (aranhas) e crustáceos -glucanas e -glucanas (polímeros de glicose) 18 - Glicólise (via glicolítica ou via Embden-Meyerhoff) embiden-maierhóf! Via catabólica de maior utilização pelos microrganismos visando à obtenção de energia. - Sequência de 10 reações químicas com diferentes enzimas - Características: 1. Oxidação parcial da glicose a duas moléculas de ác. pirúvico. 2. Quatro moléculas de ATP são geradas e 2 consumidas (baixa produção líquida - 2 ATPs, mostrar na figura!). A glicose é fosforilada pelo ATP, posteriormente utilizada para síntese de ATP (gerado por fosforilação a partir de intermediários ricos em energia). 3. Coenzima NAD+ é reduzida a NADH (figura!). 4. Não requer oxigênio (realizada tanto por mcgs aeróbios quanto anaeróbios). 18.1 Alternativas a glicólise - Via Pentose-fosfato (mais comum alternativa): quebra moléculas de 5 carbonos (tb Gli). Importante na síntese de ácidos nucléicos, glicose a partir de CO2, na fotossíntese e síntese de alguns Aa. Via cíclica (somente síntese de ATP) por natureza, acontecem descarboxilação, epimerização e desidrogenação. Ocorre o processo oxidativo a partir da Glicose até a formação de Ribulose-5-fosfato. Esta via subministra para os processos biossintéticos: pentosa-fosfato, eritrosa-fosfato, 3- fosfogliceraldeído e NADPH + + H +. Provisão de precursores (açúcares que podem funcionar como precursores biossintéticos ou retornar para a via glicolítica para gerar energia) e poder redutor na forma do fosfato de nicotinamida-adenina dinucleotídeo (NADPH) para uso nas biossínteses, pentoses para ácidos nucléicos, glicose a partir de CO2 na fotossíntese e síntese de alguns Aa. NADP NADPH. 1 ATP. Doam íons H + (dois prótons e um elétron). - Via Entner-Doudoroff: exclusiva de alguns procariontes. - De natureza simples: desidrogenação, desidratação e a conversão de Glicose em ácido pirúvico e 3-fosfogliceraldeído (que é convertido a ácido pirúvico via frutosa difosfato). A partir de cada molécula de glicose esta via produz 1 ATP (utilizada nas reações biossintéticas) e 2 NADPH As bactérias que possuem as enzimas desta via metabolizam a glicose sem as outras vias (glicólise ou via pentose-fosfato). É encontrada em algumas bactérias Gram negativas, incluindo Rhizobium (importante função no ciclo do N), Pseudomonas e Agrobacterium. - Seu significado básico provém da obtenção de ácido glucónico por alguns microrganismos: E. coli e Clostridium obtém os ácidos glucónicos do metabolismo intermediário por esta via a partir de glicose. 19 - Ciclo de Krebs Ocorre no protoplasma (procariontes) e nas mitocôndrias (eucariotas). 1) Em uma etapa prévia ao Ciclo, o piruvato é descarboxilado, levando à produção de CO2, NADH e a uma substância rica em energia – Acetil, que se liga a CoA (por ação da enzima piruvato desidrogenase) para formar a Acetil-CoA. 2) O CAC começa com o grupo acetil da acetil-CoA combinando-se ao composto de quatro carbonos, oxalacetato, para formar um composto de seis carbonos, ácido cítrico (ou citrato). 3) Uma série de reações de oxidação e transformação acontecem em seguida, formando a partir de cada acetil-CoA duas moléculas adicionais de CO2, mais 3 NADH e uma de FADH2 e 1 GTP (guanosina trifosfato) equivalente ao ATP. Se pegar duas acetil-CoA duplica os valores! 4) Finalmente, o oxalacetato é regenerado pela adição de CO2, e retorna como um aceptor de acetil, completando, assim, o ciclo. Obs. O ciclo é composto por diversos intermediários essenciais,dos quais pequenas quantidades são retiradas para fins biossintéticos. O CAC serve como a via final para a completa oxidação dos Aa, ácidos graxos e carboidratos; fornece intermediários essenciais para a síntese final dos Aa, lipídios, purinas e pirimidinas. Finalidade de oxidar a Acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e Aa a duas moléculas de CO2. As reações combinadas do ciclo do ácido cítrico e da cadeia de transporte de elétrons permite a completa oxidação da glicose a CO2, com uma produção de energia muito maior. 20 - Cadeia respiratória - Ocorre na membrana citoplasmática (bactérias) e na matriz mitocondrial das células eucarióticas (no espaço entre a membranas externa e interna das mitocôndrias). Nessa etapa, prótons e elétrons recolhidos na glicólise pelo NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e no Ciclo de Krebs pelo NAD+ e FAD (flavina adenina dinucleotídeo) são transportados ao longo de uma cadeia de citocromos em níveis sucessivamente mais baixos de energia (NADH > potencial redutor que o FADH2) de modo que sejam melhores aproveitados para a formação de 34 ATPs. Os elétrons são transportados em uma cascata de reações de oxidação e redução envolvendo uma série de transportadores (cofatores) e em último lugar o O2 atua como aceptor final de e- (respiração aeróbia). Nesse processo, o oxigênio é reduzido a água. - Transportadores Flavoproteínas contém flavina, uma CoA, realizam alternadamente oxidação-redução. Ex: riboflavina, ou vitamina B2, FMN - flavina mononucleotídeo). Ubiquinonas (Q) carreadores de elétrons não-protéicos. Pequena e hidrofóbicas são livres para se movimentar dentro das membranas. Assim como as flavinas, as quinonas recebem 2 e- + 2 H+, mas transferem apenas 2 e- ao carreador seguinte da cadeia; Citocromos contém grupos prostéticos heme (Fe), existe na forma reduzida e oxidada. Fe+2 Fe+3. São conhecidas várias classes, designadas por letras. Proteínas contendo Fe e S ferredoxina Obs. Doadores de elétrons são compostos orgânicos ou inorgânicos, mas os aceptores finais de elétrons são sempre inorgânicos. 21 e 22 - Mecanismo quimiosmótico – Vou transmitir um vídeo agora mostrando a... Quimiosmose - Que é o mecanismo de síntese de ATP utilizando a cadeia de transporte de elétrons. A energia liberada quando uma substância se move ao longo de um gradiente é utilizada para sintetizar ATP. - Complexo I é reduzido pelo NADH e bombeia H+. - Ubiquinona oxida o complexo I, e vai até o complexo III, que oxida a ubiquinona. - O complexo III reduzido joga H+ para fora da membrana (espaço periplásmico). - Citocromo c oxida o complexo III e se torna reduzido. - O cit c é oxidado pelo complexo IV, que uma vez reduzido joga o H+ para fora da membrana. Não há mais nenhum complexo, onde vai parar o elétron? No oxigênio (último e maior agente oxidante da cascata), será reduzido e transformado em água. - O complexo II não mostrado é uma proteína transmembrana e é reduzido pelo FADH2. Quem oxida o complexo II é a ubiquinona. Aqui!!! *** - Os complexos I, III e IV reduzidos jogam H+ para fora, o bombeamento de H+ para o meio externo aumenta a concentração de prótons no espaço periplásmico, gerando um aumento do gradiente de prótons. ATP sintase permite a entrada de prótons. A passagem gera energia captada pela ATPase (gira) que é usada para fosforilar ADP e transformá-lo em ATP sem gasto de energia. Para cada H+ gera-se um ATP. - Etapas: 1) Elétrons do NADH (ou luz solar) percorrem a cadeia de transportes, alguns dos transportadores da cadeia bombeiam prótons (ativamente) através da membrana (bombas de prótons) 2) A membrana fosfolipídica é impermeável aos prótons, estabelecendo um gradiente de prótons no meio externo, há ainda um gradiente de concentração de carga elétrica. Torna um lado com excesso de H+ (carregado positivamente). Este gradiente eletroquímico resultante tem energia potencial, força prótomotiva. 3) Os prótons podem difundir através da membrana somente por meios de canais de proteínas especiais que contém ATP sintase (ATPase), quando isto ocorre, energia é liberada e utilizada para sintetizar ATP de ADP. O fluxo prótons para o lado interno da membrana força a enzima a fosforilar ADP formando ATP. Obs. ATP gerado durante a fosforilação (ADP é fosforilado para gerar ATP) oxidativa (ocorre oxidação em cascata das proteínas) não gasta energia. Os complexos só conseguem bombear H+ se estiverem reduzidos (carga negativa). 23 - Resumo da respiração aeróbica (ler slide!) - Reações de oxidação e redução em presença de um aceptor de elétrons externo, o O2. - 38 ATPs para cada molécula de Gli catabolizada. - Células de eucariotos produzem 36 ATPs, essa diferença se deve a perda de e- qdo estes são expelidos pelas membranas mitocondriais que separam a glicólise pela cadeia de transporte de elétrons que ocorre no citoplasma. 24 - Respiração anaeróbica Aceptor final é uma substância inorgânica diferente do oxigênio. Utilizam, como exemplos (NO3-, SO4-2, CO3-2, Fe+3 - Fe férrico), como aceptor final de elétrons. Pseudomonas e Bacillus: podem utilizar o íon nitrato (NO3-) como aceptor final de elétrons. O íon nitrato é reduzido a íon nitrito (NO2-), oxido nitroso (N2O) ou gás nitrogênio (N2). Desulfovibrio e Desulfotomaculum: utilizam sulfatos (SO4 -2) como aceptor final de elétrons para formar sulfeto de hidrogênio (H2S). Desulfovibrio Gram (-), comumente encontrada em ambientes aquáticos com altos níveis de matéria orgânica. Desulfotomaculum Gram (+), anaeróbia obrigatória, que vive no solo, matéria orgânica em decomposição. Bactérias metanogênicas: utilizam carbonato (CO3 -2) para formar metano (CH4). Bactérias metanogênicas - São arqueobactérias anaeróbias que possuem a capacidade de produzir gás metano. Vivem geralmente em regiões profundas dos oceanos, em áreas pantanosas e também no sistema digestório dos animais ruminantes (atuam na digestão da celulose). Geobacter: reduz Fe+3 - Fe férrico à Fe+2 Íon nitrato = NO3 - NO2 - N2O Sulfeto de H = H2S CH4 = metano Enterobactérias redução do NO3 - pode chegar até NH4 + Nenhum desses aceptores apresenta E0 r tão positivo como o par O2/H2O), portanto menos energia é conservada quando esses aceptores são reduzidos, em comparação com a respiração aeróbica. O uso de aceptores alternativos permitem os microrganismos respirarem em ambientes sem oxigênio, sendo de extrema importância ecológica. - Rendimento: mais baixo que a respiração aeróbica (2 ATPs e 2 NADH que será consumido na fermentação!), somente uma parte do CAC (ciclo do ácido cítrico) funciona sob condições anaeróbias e nem todos os transportadores participam da cadeia. Produz 2 ATPs somente (Glicólise – não necessita do oxigênio). Microrganismos anaeróbios tendem a crescer mais lentamente. 26 - Toxidade do oxigênio para os anaeróbios e enzimas envolvidas na detoxicação (aeróbios e facultativos) Qdo. os elétrons são doados ao oxigênio alguns radicais tóxicos intermediários são formados: superóxidos, peróxido de hidrogênio e radicais hidroxila. Estes apresentam alto grau de toxicidade para os componentes celulares devido à grande instabilidade, fazendo com que sejam retirados elétrons de moléculas vizinhas (degradando inclusive os ácidos nucléicos, além de lipídios das membranas e outras substâncias). Os mcg anaeróbios não possuem as enzimas que neutralizam as formas tóxicas do oxigênio, sendo mortos rapidamente pelo acúmulo desses radicais. Os radicais reativos que são formados devem ser, de alguma forma, acomodados dentro da célula. As defesas primárias são fornecidas por enzimas que capturam cataliticamente os intermediários da redução do oxigênio.Radicais superóxidos livres são formadas em pequenas quantidades durante a respiração dos organismos que utilizam o O2 como aceptor final de elétrons. - H2O2 O peróxido de hidrogênio é um produto das oxidações celulares e da superóxido dismutase (SOD) O peroxido de hidrogênio contém o ânion peróxido (O2-2) que também é tóxico para as células. Os microrganismos sintetizam enzimas capazes de neutralizar a ação tóxica – as mais conhecidas são a catalase e peroxidase. - Radical hidroxila (OH) É uma outra forma intermediária do oxigênio sendo muito reativa com a maioria das substâncias celulares. Pode danificar o DNA , lipídios das membranas e outros. Podem ser gerados devido às reações o ânion superóxido e o peróxido de hidrogênio ou devido a reações intracelulares. A remoção eficiente dos ânions superóxido e do peróxido de hidrogênio previne a formação dos radicais hidroxila. 26 - Classificação das bactérias de acordo com a respiração Aeróbios obrigatórios ou restritos: vivem somente na presença de oxigênio. Obtém energia de compostos orgânicos na presença de oxigênio. Anaeróbios facultativos: podem gerar ATP através da respiração e também da fermentação utilizando íon nitrato como aceptor de elétrons. Anaeróbios restritos: bactérias que utilizam sulfatos e carbonatos como aceptores de elétrons e não podem utilizar a respiração aeróbica como alternativa. Anaeróbicos aerotolerante: crescimento somente anaeróbico! Mas sobrevive na presença de oxigênio. Crescimento limitado em estufa de CO2 entre 5 – 10%. Microaerófilos: crescimento ótimo com 5% de CO2. 27 - Fermentação Processo metabólico que libera energia de moléculas orgânicas (açúcares, proteínas, purinas e pirimidinas – ex. anaeróbios), Não requer oxigênio (mas pode ocorrer na presença!), assim como o Ciclo de Krebs ou um sistema transportador de elétrons para gerar energia. Usa uma molécula orgânica sintetizada na célula como aceptor final de elétrons. Ausência de aceptores externos. Obs. bactérias ácido-lácticas que podem manter a fermentação em presença de O2. 27.1 Características da fermentação Conversão da Gli em ácido pirúvico (Glicólise) Processo mais simples que a respiração, envolve menos passos. Basicamente os elétrons são transferidos junto com os prótons, das coenzimas reduzidas NADH e NADPH para o ácido pirúvico ou os seus derivados, como veremos no próximo slide. Esses aceptores finais são reduzidos a produtos finais. Uma função Na glicólise a coenzima NAD+ é reduzida a NADH, mas lembre-se que ela é somente um transportador de elétrons e não um aceptor terminal de elétrons. Assim, o NADH produzido durante a glicólise deve ser novamente oxidado a NAD+ a fim de que a glicólise prossiga, isso é alcançado por meio da redução do piruvato pelo NADH a produtos da fermentação (ácidos ou álcoois) que são posteriormente excretados. Gases (CO2 e/ou H2) podem ser produzidos. Produção líquida de apenas 2 ATP para cada molécula de Gli catabolizada. Grande parte da energia produzida (através da glicólise) fica armazenada nos produtos finais da fermentação (ex. ácido lático e etanol). Gera-se ATP através da fosforilação a nível de substrato (glicólise). Não há obtenção adicional de ATP. 28 - Tipos de fermentação O ácido pirúvico converte-se em um ou mais produtos orgânicos diferentes, dependendo do tipo de microrganismo. A diferença encontra-se no que acontece de fato com o piruvato. 1. Lática: homolática - ác. lático (Strepto e Bacillus), nesse processo não há formação de gás, produção de queijos. Heterolática - ác. lático + etanol + CO2 (Leuconostoc, alguns Lactobacillus). 2. Alcoólica: ácido pirúvico é convertido a CO2 e acetaldeído, sendo este reduzido a álcool. Exs. S. cerevisiae (bebidas alcóolicas, alimentos - pão, bolo). 3. Propiônica: ácido propiônico (Propionibacterium, C. propionicum). 4. Butírica: ácido butírico, butanol, acetona, isopropanol (C. butyricum) 5. Mista: etanol, lactato, succinato, butanodiol, formato e ácido acético (Bactérias entéricas incluindo E. coli, Salmonella, Shigella, Klebsiella, Enterobacter). 6. Butileno glicólica: acetoína (Enterobacter). Lactose - glicose e galactose Sacarose - glicose e frutose Amido - amilase libera glicose Celulose - celulase libera glicose Obs. Para o organismo, o produto crucial é o ATP; os produtos de fermentação são apenas resíduos. As células realizam a forma de metabolismo que mais as beneficia energeticamente. A energia disponível a partir de uma molécula de glicose é muito maior se esta passar pelo processo de respiração, sendo convertida a CO2, do que se for fermentada. 28.1 Fermentação lática Uma molécula de Gli é oxidada em duas moléculas de ácido pirúvico + 2 ATP. As moléculas de ácido pirúvico são reduzidas por 2 moléculas de NADH para formar 2 moléculas de ácido lático. O ácido lático é o produto final: não sofre mais oxidação e armazena a energia produzida pela reação. Rendimento de energia é baixo. Produtos: iogurte, leite, repolho azedo e conservas de pepino. 28.2 Fermentação alcoólica Através da glicólise uma molécula de Gli é oxidada a duas moléculas de ácido pirúvico + 2 ATP. As moléculas de ácido pirúvico são convertidas em duas moléculas de acetaldeído e 2 de CO2. As duas moléculas de acetaldeído são reduzidos por 2 NADH para formar 2 moléculas de etanol. Podem utilizar a via Pentose-fosfato. 29 - Importância da fermentação - Econômica: produção de alimentos, bebidas [láticas – queijos (sabor e aroma característicos), coalhadas e iogurtes; alcoólicas], combustíveis e medicamentos. Deterioração alimentos. Fermentação de plantas do gênero Agave por leveduras e lactobacilos. O destilado resultante do produto dessa fermentação é a popular "tequila". Queijo suíço - Propionibacterium freudenreichii (produto ácido propiônico e CO2); Iogurtes - Streptococcus thermophilus (ácido lático – sabor), Lactobacillus bulgaricus (cremosidade, sabor e aroma). Leite desnatado concentrado + bactérias → incubação a 45°C/horas. Manteiga - Streptococcus spp. Salame - Pediococcus spp. Vinagre - Acetobacter spp. Chocolate - as sementes de fruto de cacau recém-colhidos têm seus carboidratos fermentados primeiramente por leveduras e, em seguida, por bactérias lácticas e acéticas. Em seguida, as sementes são secadas, torradas e processadas. A fermentação é necessária para que se formem substâncias que dão o sabor típico do chocolate. Álcool - fermentação do melaço de cana por leveduras do gênero Saccharomyces. Acetona e butanol - importantes solventes empregados na indústria química e farmacêutica, são produzidos na fermentação de melaço de cana pela bactéria C. acetobutylicum. Ácido cítrico - largamente empregado pela indústria de refrigerantes, é produzido pela fermentação do melaço de cana por bactérias do gênero Aspergillus. Antibióticos - - Saúde: infecções anaeróbias: prognóstico ruim, progressão rápida, baixo rendimento energético do processo metabólico produtor de energia. - Diagnóstico laboratorial: identificação de microrganismos (bactérias e leveduras) pela ação sobre substratos (açúcares) e enzimas que produzem. - Testes de fermentação são utilizados para determinar se um organismo pode fermentar um carboidrato para produzir ácido e gás. Por intermédio deste grande número de reações catabólicas, presentes nos processos anteriormente citados, que podem ser feitas a classificação e identificação de microrganismos, sejam elas pela geração de produtos a partir de um substrato, seja pelo consumo de determinado substrato, ou pela detecção de enzimas específicas necessárias para realização de reações envolvidas no processos catabólitos. Testes bioquímicos = identificação fenotípica. 30 e 31 -Catabolismo de proteínas Muito grandes para atravessarem as membranas plasmáticas. Produção de proteases e peptidases extracelulares quebram as proteínas em aa correspondentes que podem atravessar a parede. Podem remover grupos amino do aa, o ác. orgânico formado entra no ciclo de Krebs. A presença destas enzimas são utilizadas para identificar bactérias no laboratório. As proteínas são muito grandes para atravessarem as membranas plasmáticas. Os microrganismos produzem proteases e peptidases extracelulares para quebrar proteína em aminoácidos. Os aminoácidos precisam ser convertidos a outras substâncias para poder entrar no ciclo de Krebs: reações de desaminação, descarboxilação e desidrogenação. Desaminação: o grupo amino é removido e convertido em íon amônia e o ácido orgânico restante entre no ciclo de Krebs. 32 e 33 - Catabolismo de lipídios - Lipídios: Gorduras constituídas de ácidos graxos e glicerol. - Lipases: Enzimas produzidas pelos mcgs que quebram os lipídios em seus componentes, sendo cada componente metabolizado separadamente. - Glicerol: é convertido em diidroxiacetona fosfato e catabolisada via glicólise e ciclo de Krebs. - Ácidos graxos: β-oxidação: degradação dos ácidos graxos em que fragmentos de C são liberados de dois em dois para formar Acetil-CoA que é catabaolisada via Ciclo de Krebs. Mcgs também oxidam lipídios, produção de lipases (hidrolisam) que quebram os lipídios a partir de ác. graxo (β-oxidação Acetil CoA ciclo de Krebs) e glicerol (transformado em DHAP antes de entrar na glicólise, formando gliceraldeído 3-fosfato). 35 - Catabolismo dos compostos orgânicos Proteínas, carboidratos e lipídios podem ser fontes de elétrons e prótons para a respiração. Essas moléculas entram na glicólise e ciclo de Krebs em várias partes. 36 - Vias metabólicas de uso de energia (anabolismo) Estes processos bioquímicos são endergônicos – requerem energia As vias biossintéticas começam com a síntese das unidades estruturais necessárias para a produção de substâncias mais complexas. Fontes de energia: ATP (adenosina trifosfato), GTP (guanosina trifosfato), UTP (uridina trifosfato) ou uma força protomotiva. As unidades estruturais são então ativadas (energia de moléculas de ATP) e unidas uma à outra para formar substâncias complexas que se tornam parte estrutural ou funcional da célula. Estrutural: biossíntese de componentes químicos da células como ácidos nucléicos (DNA, RNA), substâncias nitrogenadas (Aa, enzimas, proteínas), peptideoglicano da parede celular e fosfolipídios da membrana celular. Funcional: para realização de processos vitais como: motilidade, divisão celular e transporte ativo de nutrientes através da membrana celular. 37 - Biossíntese de Carboidratos Os átomos de carbono necessários para a produção de glicose são sintetizados a partir dos intermediários produzidos durante processos como glicólise e ciclo de Krebs e de lipídios e Aa. Após sintetizada, a glicose pode ser colocada dentro de polissacarídeos complexos, tal como: Glicose fosforilação glicogênio. As unidades de gli foram fosforiladas e ligadas para este processo ocorrer. Envolve gasto de ATP. ADPG – Adenosina difosfoglicose, é ligada a unidades similares e forma glicogênio. UTP – Uridina trifosfato (nucleotídeo), como fonte de energia, os animais sintetizam glicogênio, a partir de UDPG – Uridina difosfoglicose UDPNAc – N-Acetil-glicosamina é um material essencial na biossíntese do peptideoglicano, a substância que forma a parede bacteriana. CO2 triose pentose e hexose nucleotídeo (ribose e desoxirribose), polissacarídeos (peptideoglicano, amido) Via do monofosfato → Gli-6-P pode gerar açúcares de 4, 5, 6, 7 e 8 átomos de carbono. Nesta via formam-se tb NADPH (importante nas reações de oxirreduções intracelulares). Microrganismos autotróficos são capazes de usar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera convertendo-o em um composto orgânico – Fixação de CO2 – necessita ATP e NADPH2. - Fotoautotróficos (cianobactérias). Produzem ATP utilizando energia luminosa – fotofosforilação. Obtêm NADH2 – usando elétrons removidos da clorofila na presença de luz. - Quimioautotróficos ( Nitrosomonas e Thiobacillus) Produzem ATP utilizando energia liberada durante a oxidação de compostos inorgânicos (H2 ,amônia, nitrito,e compostos sulfurados reduzidos ). Obtêm NADH2 - utilizando elétrons retirados durante a oxidação de compostos inorgânicos. 38 - Biossíntese de lipídios (Glicerol fosfato) Glicose Ác. pirúvico Acetil-Co-A Ác. graxos de cadeia longa Fosfolipídios São sintetizados por várias rotas. As células o fazem unindo glicerol e ácidos graxos. A porção glicerol é obtida de um produto intermediário da glicólise. Os ácidos graxos, são montados quando dois fragmentos de acetil-CoA são sucessivamente adicionados um ao outro. Através de reações de desidratação que requerem energia. Se um dos ácidos graxos for substituído por ácido fosfórico terá como principal função como componente estrutural de membrana (fosfolipídios). Cera, presente em membrana de microrganismos ácidos resistentes, hipersensibilidade retardada. Carotenóides, pigmentos vermelho, laranja e amarelo de muitos mcg. Muitos lipídios funcionam como estoque da síntese de ATP. 39 - Biossíntese de AA, ptns., purinas e pirimidinas N gasoso ou outras formas de N inorgânico Aa Proteínas (enz.), Purinas e Pirimidinas (Nucleotídeos – Ác. Nucléicos). Funções A maioria dos Aa é destinado a síntese de ptns atuam como enzimas, componentes estruturais e toxinas. - Aa e Proteínas E. coli, e outros mcg possuem as enzimas necessárias para utilizar materiais iniciais, tais como glicose e sais inorgânicos, para a síntese de todos os Aa necessários, a partir, de intermediários do metabolismo dos CH (ciclo de Krebs, Via pentose fosfato ou Via Entner-Dourdoroff). Outros necessitam do ambiente fornecendo os aa pré-formados. A adição de um grupo amino a um ácido (ex: ác. pirúvico) e transformando em Aa recebe o nome de aminação. Se o grupo amino vem de outro Aa velho, temos uma transaminação. Aminação: adição de um grupo amino ao ácido pirúvico ou a um apropriado ácido orgânico do ciclo de Krebs converte o ácido a aminoácido. Transaminação: se o grupo amino advém de um aminoácido preexistente. Para a união dos Aa ocorrer, há desidrogenação e requer ATP. O processo para biossíntese de ptns. envolve genes. Como um microrganismo sintetiza aminoácidos? O nitrogênio gasoso (N2 ) é utilizado apenas por algumas bactérias para síntese de compostos nitrogenados como exemplo amônia (NH3) – fixação de Nitrogênio Formas inorgânicas de nitrogênio (amônia, sulfato de amônia) – Amônia + composto contendo carbono para produzir aminoácidos. Fixação do N e produção NH3 Azotobacter chroococcum 40 - Purinas e Pirimidinas DNA e RNA é constituído de uma base purina e/ou pirimidina, uma pentose (derivado da via pentose fosfato e da via de Enter-Doudoroff) e um grupo fosfato. Aa provenientes da glicólise e ciclo de Krebs além da energia do ATP, fornecem a base para a síntese dos anéis purinas e pirimidinas. O DNA e RNA terão todas as informações necessárias para a síntese de ptns e estruturas da célula. 41 - Integração do metabolismo Processos simultâneos, controlados geneticamente (enzimas) e por fatores externos. O processo metabólico dos mcgs produz energia a partir da luz, de compostos orgânicos e inorgânicos a energia também é utilizada para a biossíntese. As reações anabólicas e catabólicas estão unidas por um grupo de intermediários comuns e também dividem algumas vias metabólicas.Tais vias metabólicas integradas são referidas como vias anfibólicas. 42 - Vias Anfibólicas Vias metabólicas que funcionam em ambos, anabolismo e catabolismo. São de dupla utilidade. Ligam as reações que levam à quebra e à síntese de carboidratos, lipídios, proteínas e nucleotídeos. Possibilitam reações simultâneas, um produto quebrado formado é utilizado em outra reação para sintetizar um composto diferente. Mecanismos são utilizados pelas células para permitir que estas reações ocorram simultaneamente. Um destes mecanismos envolve o uso de diferentes coenzimas para as vias opostas, NAD+ (envolvido em reações catabólicas) e NADP+(envolvido em reações anabólicas). As enzimas também podem coordenar estes processos, pela aceleração e inibição destas reações bioquímicas. O estoque de ATP acumulado pode parar a glicólise. 43 - Classes das enzimas Classe Tipo de reação química catalisada Exemplos Oxidorredutases Transferência de elétrons (Oxidação-Redução) Desidrogenases (removem hidrogênio), Peroxidases, SOD, Citocromo-oxidase Transferases Transferência de grupos funcionais (metil, formil, carboxil, aldeídicos, OH, N, P..) Transaminases, transcarboxilases Acetato quinase Hidrolase Reações de hidrólise (adição de água) Galdase, esterases, peptidases, fosfatases Liase Remoção de grupos a partir dos substratos, deixando duplas ligações ou substituindo-as Descarboxilases, aldolases, desdratases Isomerase Rearranjo dos átomos na molécula Isômeros ópticos, geométricos (Glicose-P isomerase) Ligase União de duas moléculas (usando energia - ATP) Acetil-CoA sintetase, DNA ligase 44 - Inibidores enzimáticos - Competitivos Impede ligação ao substrato; - Não-competitivos Sítio alostério (outro espaço). Pode ativar ou impedir a ação da enzima, modificando o sítio ativo ou a ligação do íon metálico (co-fator) a enzima. Ex: Fluoreto (inativam enzimas). Inibe a enzima enolase na via glicolítica e assim previne a degradação da glicose. Inibe a urease em vários métodos de dosagem da uréia. - Inibição por retroalimentação Produto final acumulado inibe alostericamente uma enzima das etapas iniciais da via funcional e a torna não funcional. - Regulação da atividade enzimática: Operon lac Enzimas constitutivas – metabolismo da glicose – produzidas qq que sejam as condições. Enzimas Indutíveis ou adaptativas – somente são produzidas quando o substrato se encontra presente no meio. 45 - Potencial Eh (oxidação-redução) O potencial de oxidação-redução (redox) de um substrato pode ser definido, de um modo geral, pela facilidade com a qual o substrato ganha ou perde elétrons. Quando um elemento perde elétrons, diz-se que este substrato é oxidado, ao passo que, quando um substrato ganha elétrons, diz-se que se tornou reduzido. Desta forma, um substrato que facilmente doa elétrons é chamado de bom agente redutor, e aquele que facilmente recebe elétrons é denominado um bom agente oxidante. Quando os elétrons são transferidos cria-se uma diferença potencial, esta pode ser medida através de um instrumento apropriado e é expressa em milivolts. Quanto mais oxidada está uma substância, mais positivo será o seu potencial elétrico. Entre as substâncias dos alimentos que ajudam a manter condições redutoras estão o ácido ascórbico e os grupamento-SH em carnes e os açúcares redutores em frutas e vegetais. O potencial redox de um ambiente pode ser afetado por uma série de compostos. O oxigênio é o fator que mais contribui para o aumento do potencial redox de um alimento. Os microrganismos variam no grau de sensibilidade ao potencial redox do meio de multiplicação e podem, de acordo com o Eh requerido, ser divididos em grupos, como: • Aeróbios: exigem Eh positivo para o seu crescimento (presença de oxigênio) e são representados pelos bolores, bactérias como a Pseudomonas, Acinetobacter, Moraxella, Micrococcus, algumas espécies de Bacillus e leveduras oxidativas; • Anaeróbios: requerem Eh negativo para seu crescimento (ausência de oxigênio). O oxigênio chega a ser tóxico para a célula, porque gera peróxidos letais ao microrganismo. Os gêneros Clostridium e Desulfotomaculum compreendem espécies anaeróbias; • Facultativos: multiplicam-se em Eh positivo e negativo, sendo representados pelas leveduras (fermentativas, enterobactérias e Bacillus); • Microaerófilas: multiplicam-se melhor em Eh baixo. As bactérias lácticas são encontradas neste grupo. Verifica-se, portanto, que este é um fator de importância a ser utilizado na preservação de alimentos e que determina também quais tipos de microrganismos irão se desenvolver em determinados alimentos. Por exemplo, pode-se utilizar a exaustão, embalagens impermeáveis ao oxigênio, o uso de vácuo, atmosfera com gases inertes para se controlar os microrganismos. Estes recursos são usados para queijos, vegetais, produtos cárneos e outros, a fim de evitar os mofos superficiais. No caso dos enlatados, o ambiente anaeróbio favorece a multiplicação de bactérias esporuladas, anaeróbias ou facultativas. Obs.: Quanto mais negativo o Eh, maior a probabilidade da subtância doar elétrons.
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