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Prévia do material em texto

Universidade Federal da Bahia – UFBA 
Assistente em Administração 
 
 
 
 
Português 
 
1. Compreensão e interpretação de textos de diferentes gêneros (literários, jornalísticos, tiras, charges, 
entre outros): 1.1. Língua, linguagem, norma (padrão e não padrão), fala e desvio de norma; 1.2. A pluralidade 
de normas: regionais, sociais, etárias e estilísticas (registros); 1.3. Características das modalidades da língua: 
oral e escrita. .............................................................................................................................................................................. 1 
2. O processo de comunicação e as funções da linguagem. ....................................................................................... 7 
3. Recursos expressivos: a linguagem figurada. ......................................................................................................... 12 
4. Norma ortográfica. ....................................................................................................................................................... 15 
5. Pontuação. ...................................................................................................................................................................... 19 
6. Morfossintaxe das classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, advérbio, preposição, 
conjunção, interjeição e os seus respectivos empregos. ................................................................................................ 21 
7. Verbo. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................... 41 
8. Regência nominal e verbal. ......................................................................................................................................... 49 
9. Conectivos: valores lógico-semânticos. ................................................................................................................... 52 
10. Frase, parágrafo, período e oração. 11. Processos de coordenação e subordinação, termos da 
oração. ....................................................................................................................................................................................... 55 
12. Composição do texto escrito: dissertação – fato e demonstração / argumento e inferência / relações 
lógicas; narração – sequenciação de fatos / temporalidade; descrição – ordenação de elementos 
descritivos. ............................................................................................................................................................................... 65 
 
Administração Pública 
 
1. Administração Pública Federal: Disposições Gerais (Constituição Federal, Título III, Capítulo VII). 2. 
Agente Público: função pública, atendimento ao cidadão.3. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais 
- Direitos, deveres, proibições e responsabilidades. (Lei nº 8.112, de 11/12/90).................................................... 1 
4. Ética na Administração Pública Federal (Decreto nº 1.171, de 22/06/1994) .............................................. 23 
Sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito (Lei nº. 8.429, de 
02/06/1992).. ......................................................................................................................................................................... 29 
5. Estatuto e Regimento Geral da UFBA ....................................................................................................................... 34 
6. Processo Administrativo: normas básicas no âmbito da Administração Federal. (Lei nº 9.784, de 
29/01/99). ............................................................................................................................................................................... 57 
7. Noções de Administração: acadêmica e financeira, de recursos humanos, de material e patrimônio ..... 63 
8. Licitação: conceito, finalidades, princípios e objeto; obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedação; 
modalidades e tipos, revogação e anulação; sanções. (Lei nº 8.666, de 21/06/93 e Lei Nº 10.520, de 
17/07/2002). .......................................................................................................................................................................... 87 
9. Controle Interno e Controle Externo na Administração Pública: conceito e abrangência........................ 113 
10. Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011 e Decreto nº 7.724/2012) .......................................... 116 
 
 
 
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Informática Básica 
 
1. Conceitos de Internet e intranet. ................................................................................................................................. 1 
2. Conceitos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de 
informática................................................................................................................................................................................4 
3. Conceitos e modos de utilização de aplicativos para edição de textos, planilhas e apresentações 
utilizando-se a suíte de escritório Microsoft Office. ......................................................................................................... 7 
4. Conceitos e modos de utilização de sistemas operacionais Windows 7 e 10. ................................................ 28 
5. Noções de ferramentas e aplicativos de navegação e correio eletrônico. ....................................................... 40 
6. Noções de segurança e proteção: vírus, worms e derivados. ............................................................................. 50 
 
 
Conhecimentos Específicos 
 
1. Funções Administrativas: planejamento, organização, direção e controle. ...................................................... 1 
2. Comunicação Interpessoal: barreiras, uso construtivo, comunicação formal e informal, trabalho em 
equipe. ......................................................................................................................................................................................... 3 
3. Gestão por competências: conceito, políticas e diretrizes para o desenvolvimento de pessoal da 
Administração Pública Federal (Decreto nº 5.707/2006). ........................................................................................... 11 
4. Legislação na Administração Pública: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; Regime 
Jurídico dos Servidores Públicos Federais (Lei nº 8.112, de 11/12/90); ................................................................. 13 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal na Administração Pública 
Federal (Decreto nº 1.171, de 22/06/1994) ................................................................................................................... 37 
Noções de Licitação (Lei nº 8.666, de 21/06/93 e Lei nº 10.520, de 17/07/2002); ....................................... 37 
Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784, de 29/01/99). ........ 38 
5. Relações institucionais: Autoridade e Poder, Liderança. .................................................................................... 38 
6. Sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito (Lei nº 8429 de 
02/06/1992).. ......................................................................................................................................................................... 44 
7. Noções de documentação e arquivologia: Métodos de arquivamento. ............................................................44 
8. Noções de Administração Pública: acadêmica e financeira ................................................................................ 47 
Recursos humanos, de material e patrimônio. ........................................................................................................... 47 
 
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A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 
 
Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site 
www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como 
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Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
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PORTUGUÊS
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1Português
APOSTILAS OPÇÃO
1. Compreensão e interpretação 
de textos de diferentes gêneros 
(literários, jornalísticos, tiras, 
charges, entre outros): 1.1. 
Língua, linguagem, norma 
(padrão e não padrão), fala 
e desvio de norma; 1.2. A 
pluralidade de normas: regionais, 
sociais, etárias e estilísticas 
(registros); 1.3. Características 
das modalidades da língua: oral 
e escrita.
Interpretação de Texto
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, 
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, 
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, 
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar 
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, 
primeiro, algumas definições importantes:
Texto
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de 
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um 
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de 
televisão também são formas textuais.
Interlocutor
É a pessoa a quem o texto se dirige.
Texto-modelo
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com 
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, 
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante 
da sua vida.”
(Revista Capricho)
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem 
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem 
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho 
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
A linguagem informal típica dos adolescentes.
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto;
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a 
leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a-
interpretacao-de-textos-em-provas/
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo 
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a 
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa 
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender 
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está 
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do 
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de 
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas 
dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, 
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um 
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que 
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre 
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos 
surpreendentes que não foram observados anteriormente. 
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também 
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, 
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. 
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo 
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar 
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo 
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando 
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam 
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente 
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, 
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície 
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do 
autor, suposições vagas e inespecíficas.Quem lê com cuidado 
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto 
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser 
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós 
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas 
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
interpretacao-texto.html
Questões
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas 
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais 
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
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2Português
APOSTILAS OPÇÃO
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta 
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes 
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo 
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; 
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos 
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o 
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito 
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em 
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um 
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, 
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a 
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto 
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é 
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários 
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é 
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema 
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em 
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão 
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não 
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, 
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de 
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, 
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso 
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos 
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos 
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de 
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve 
dar prioridade ao pedestre.
03. Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
Televisão
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. 
Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum, 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou 
pela TV são equivalentes.
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação 
mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir 
a um programa de televisão.
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
Leia o texto para responder às questões: 
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas até 
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir 
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá 
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Apostila Digital Licenciada para Everaldo Nascimento Reis - everaldo.fib@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
3Português
APOSTILAS OPÇÃO
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos 
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de 
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o 
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não 
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normaisem relação ao comportamento 
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas 
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa 
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em 
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar 
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de 
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira 
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um 
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando 
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das 
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que 
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado 
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver 
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é 
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
Charges
Charge é uma ilustração humorística que envolve a caricatura 
de um ou mais personagens, feita com o objetivo de satirizar 
algum acontecimento da atualidade.
O termo charge tem origem no francês “charger” que significa 
“carga”. A primeira charge publicada no Brasil foi no ano de 1837 
e tinha como título “A campanha e o Cujo”. Foi criada por Manuel 
José de Araújo Porto-Alegre, que dentre as funções exercidas na 
política e ensino, era também pintor e caricaturista.
As charges são muito utilizadas para fazer críticas de 
natureza política. São normalmente publicadas em jornais ou 
revistas e conseguem atingir um vasto público. Para interpretar 
o significado de uma charge, é necessário estar a par dos 
acontecimentos políticos nacionais e internacionais.
Entre os anos de 2005 e 2006, a publicação de 12 charges 
sobre o profeta Maomé, no jornal dinamarquês Jyllands-Posten, 
causou muita polêmica e revolta na comunidade muçulmana. As 
charges foram designadas por “As faces de Maomé” e algumas 
mostravam a caricatura do profeta com uma bomba no turbante.
Mas o que tem a charge a ver com a linguagem? A resposta 
para essa pergunta é: Tudo! A charge não se resume a uma 
imagem, engana-se quem acha que ela nada mais é do que 
uma piada gráfica. Não é por acaso que elas são normalmente 
publicadas em meio a artigos de opinião e cartas de leitores. A 
charge constitui um gênero textual interessante, que combina a 
linguagem verbal e a não verbal, e pode indicar opiniões e juízos 
de valores por parte de quem enuncia (o chargista). Também 
não é por acaso que cada vez mais as charges estejam presentes 
nos diversos vestibulares como objeto de análise.
Ao analisarmos uma charge, podemos perceber que nela 
estão inscritas diversas informações construídas a partir de um 
interessante processo intertextual que obriga o interlocutor a 
fazer inferências e a construir analogias, elementos sem os quais 
a compreensão textual ficaria comprometida. Observe alguns 
exemplos de charges que foram utilizadas como texto-fonte para 
o Enem e para a Fuvest:
Charge do cartunista Angeli, publicada na Folha de São Paulo 
em 14 de maio de 2000 e texto-base para questão do Enem do 
mesmo ano
Charge do cartunista Angeli, publicada na Folha de São Paulo 
em 23 de março de 2007 e texto-base para questão do Enem do 
mesmo ano
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4Português
APOSTILAS OPÇÃO
Charge do cartunista Henfil, texto-base para questão da 
prova de Geografia da Fuvest em 2012
Em um primeiro contato, o leitor pode até pensar que a 
charge é apenas um texto engraçado e inocente, mas basta uma 
leitura mais cuidadosa para perceber que estamos diante de um 
gênero textual riquíssimo, que critica personalidades, política, 
sociedade, entre outros temas relevantes. Seu principal objetivo 
é estabelecer uma opinião crítica e, através dos elementos visuais 
e verbais, persuadir o leitor, influenciando-o ideologicamente.
Fontes: PEREZ, Luana Castro Alves. “Charges”; Brasil Escola. 
Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/charges.htm>. 
Acesso em 11 de fevereiro de 2016.
http://www.significados.com.br/charge/
Questões
Examine a charge abaixo para responder às questões 01 e 
02.
01. O efeito de humor da charge acima consiste em insinuar 
que:
(A) os casais estão vivendo relacionamentos mais próximos 
e duradouros, graças ao uso das
redes sociais.
(B) o uso de ferramentas digitais possibilitou o surgimento 
de novos padrões de comportamento.
(C) as redes sociais contêm ferramentas que permitem ao 
usuário ter mais privacidade em
relação a seus conteúdos postados.
(D) o Facebook e o Twitter incentivam mais a “curtição” 
presencial que a virtual.
(E) o uso de ferramentas digitais impede o processo criativo 
dos usuários.
02. Na charge predomina:
(A) a orientação dos leitores quanto ao uso correto das redes 
sociais.
(B) o interesse em descrever pessoas viciadas em internet.
(C) a descrição dos tipos de redes sociais.
(D) a crítica reflexiva a alguns comportamentos da era 
digital.
(E) a reprodução de cenas comuns na era digital.
03. 
A charge satiriza uma prática eleitoral presente no Brasil da 
chamada “Primeira República”. Tal prática revelava a:
(A) Ignorância, por parte dos eleitores, dos rumos políticos 
do país, tornando esses eleitores adeptos de ideologias políticas 
nazifascistas.
(B) Ausência de autonomia dos eleitores e sua fidelidade 
forçada a alguns políticos, as quais limitavam o direito de escolha 
e demonstravam a fragilidade das instituições republicanas.
(C) Restrição provocada pelo voto censitário, que limitava o 
direito de participação política àqueles que possuíam um certo 
número de animais.
(D) Facilidade de acesso à informação e propaganda política, 
permitindo aos eleitores a rápida identificação dos candidatos 
que defendiam a soberania nacional frente às ameaças 
estrangeiras.
(E) Ampliação do direito de voto trazida pela República, que 
passou a incluir os analfabetos e facilitou sua manipulação por 
políticos inescrupulosos.
04. 
Na interpretação da charge, está CORRETO o que se diz em:
(A) A discriminação racial existe apenas em algumas 
profissões. 
(B) Apesar do fim do apartheid, a discriminação racial ainda 
é presente em nossos dias. 
(C) O serviço doméstico não é valorizado em países de língua 
portuguesa. 
(D) Os jornais noticiaram a morte de Mandela como sendo 
um episódio “chato”
Respostas
01. Resposta B - A charge usa a imagem de um casal que 
se relaciona intimamente por meio de ferramentas digitais, para 
mostrar que essas ferramentas possibilitaram, na atualidade, o 
surgimento de novos padrões de comportamento.
02. Resposta D - Tanto a charge quanto o texto “Para reco-
nectar” têm como objetivo principal fazer uma crítica reflexiva 
quanto ao uso exagerado das redes sociais.
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APOSTILAS OPÇÃO
03. Resposta E - A charge faz uma crítica ao chamado “voto 
de cabresto”, prática muito utilizada pelos políticos na “Primeira 
República”, quando esses obrigavam seus eleitores a votarem em 
seus candidatos para manterem-se no poder. A expressão “voto 
de cabresto” é uma clara alusão ao nome dado ao boi manso que 
serve de guia a touros.
04. Resposta B - “Madiba” é referência direta a Nelson 
Mandela, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 
1999, considerado como o mais importante líder da África Ne-
gra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993, falecido recen-
temente. Na charge, a discriminação racial ainda se faz presente, 
com a figura de um “negro” em situação serviçal, subalterna ao 
“senhor”, representado pelo homem que lê a notícia.
Norma Culta e Língua-Padrão
De acordo com M. T. Piacentini, mesmo que não se mencione 
terminologia específica, é evidente que se lida no dia-a-dia com 
níveis diferentes de fala e escrita. É também verdade que as 
pessoas querem “falar e escrever melhor”, querem dominar a 
língua dita culta, a correta, a ideal, não importa o nome que se 
lhe dê.
O padrão de língua ideal a que as pessoas querem chegar é 
aquele convencionalmente utilizado nas instâncias públicas de 
uso da linguagem, como livros, revistas, documentos, jornais, 
textos científicos e publicações oficiais; em suma, é a que circula 
nos meios de comunicação, no âmbito oficial, nas esferas de 
pesquisa e trabalhos acadêmicos.
Não obstante, os linguistas entendem haver uma língua 
circulante que é correta mas diferente da língua ideal e 
imaginária, fixada nas fórmulas e sistematizações da gramática. 
Eles fazem, pois, uma distinção entre o real e o ideal: a língua 
concreta com todas suas variedades de um lado, e de outro um 
padrão ou modelo abstrato do que é “bom” e “correto”, o que 
conformaria, no seu entender, uma língua artificial, situada num 
nível hipotético.
Para os cientistas da língua, portanto, fica claro que há 
dois estratos diferenciados: um praticamente intangível, 
representado nas normas preconizadas pela gramática 
tradicional, que comporta as irregularidades e excrescências da 
língua, e outro concreto, o utilizado pelos falantes cultos, qual 
seja, a “linguagem concretamente empregada pelos cidadãos 
que pertencem aos segmentos mais favorecidos da nossa 
população”, segundo Marcos Bagno.
Convém esclarecer que para a ciência sociolinguística 
somente a pessoa que tiver formação universitária completa 
será caracterizada como falante culto(urbano).
Sendo assim, como são presumivelmente cultos os sujeitos 
que produzem os jornais, a documentação oficial, os trabalhos 
científicos, só pode ser culta a sua linguagem, mesmo que a 
língua que tais pessoas falam e os textos que produzem nem 
sempre se coadunem com as regras rígidas impostas pela 
gramática normativa, divulgada na escola e em outras instâncias 
(de repressão linguística) como o vestibular.
Isso é o que pensam os linguistas. E o povo – saberá ele fazer 
a distinção entre as duas modalidades e os dois termos que as 
descrevem?
Para os linguistas, a língua-padrão se estriba nas normas 
e convenções agregadas num corpo chamado de gramática 
tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de 
correção para toda e qualquer forma de expressão linguística.
Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de 
acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não 
pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta 
uma heterogeneidade de comportamentos linguísticos, todos 
igualmente corretos (não se pode associar “correto” somente a 
culto).
Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar 
diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a 
possibilidade de imposição ou adoção como única de uma 
língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por sua 
vez, está ancorada nos grandes escritores da língua, sobretudo 
os clássicos , sendo pois conservadora. E justamente por se valer 
de escritores é que as prescrições gramaticais se impõem mais 
na escrita do que na fala.
“ A cultura escrita, associada ao poder social , desencadeou 
também, ao longo da história, um processo fortemente unificador 
(que vai alcançar basicamente as atividades verbais escritas), 
que visou e visa uma relativa estabilização linguística, buscando 
neutralizar a variação e controlar a mudança. Ao resultado desse 
processo, a esta norma estabilizada, costumamos dar o nome de 
norma-padrão ou língua-padrão” (Faraco, Carlos Alberto).
Aryon Rodrigues entra na discussão: “Frequentemente o 
padrão ideal é uma regra de comportamento para a qual tendem 
os membros da sociedade, mas que nem todos cumprem, ou não 
cumprem integralmente”. Mais adiante, ao se referir à escola, ele 
professa que nem mesmo os professores de Língua Portuguesa 
escapam a esse destino: “Comumente, entretanto, o mesmo 
professor que ensina essa gramática não consegue observá-la 
em sua própria fala nem mesmo na comunicação dentro de seu 
grupo profissional ”.
Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há 
brasileiro – nem mesmo professores de português – que não fale 
assim:
– Me conta como foi o fim de semana…
– Te enganaram, com certeza!
– Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi 
mandado embora?
Ou mesmo assim:
– Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem 
machucados.
– Conheço ela há muito tempo – é ótima menina.
– Acho que já lhe conheço, rapaz.
Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm acesso 
às regras padronizadas, incutidas no processo de escolarização, 
se exprimem desse modo, essa é a norma culta. Já as formas 
propugnadas pela gramática tradicional e que provavelmente só 
se encontrariam na escrita (conta-me como foi /enganaram-te / 
explica-me uma coisa / pois os encontrei / conheço-a há tempos 
/ acho que já o conheço) configuram a norma-padrão ou língua-
padrão.
Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma 
polarização entre a norma-padrão (também denominada 
“norma canônica” por alguns linguistas) e o conjunto das 
variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta, no 
senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os 
leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem, 
que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a 
norma culta.
Norma culta, norma padrão e norma popular
A Norma é um uso linguístico concreto e corresponde ao 
dialeto social praticado pela classe de prestígio, representando 
a atitude que o falante assume em face da norma objetiva. A 
normatização não existe por razões apenas linguísticas, mas 
também culturais, econômicas, sociais, ou seja, a Norma na 
língua origina-se de fatores que envolvem diferenças de classes, 
poder, acesso a educação escrita, e não da qualidade da forma 
da língua. Há um conceito amplo e um conceito estreito de 
Norma. No primeiro caso, ela é entendida como um fator de 
coesão social. No segundo, corresponde concretamente aos 
usos e aspirações da classe social de prestígio. Num sentido 
amplo, a norma corresponde à necessidade que um grupo 
social experimenta de defender seu veículo de comunicação das 
alterações que poderiam advir no momento do seu aprendizado. 
Num sentido restrito, a Norma corresponde aos usos e atitudes 
de determinado seguimento da sociedade, precisamente aquele 
que desfruta de prestígio dentro da Nação, em virtude de razões 
políticas, econômicas e culturais. Segundo Lucchesi considera-
se que a realidade linguística brasileira deve ser entendida como 
um contínuo de normas, dentro do quadro de bipolarização do 
Português do Brasil.
A existência da civilização dá-se com o surgimento da 
escrita. Suas regras são pautadas a partir da Norma Culta. Sendo 
esta importante nos documentos formais que exigem a correta 
expressão do Português para que não haja mal entendido algum. 
Ela nada mais é do que a modalidade linguística escolhida pela 
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6Português
APOSTILAS OPÇÃO
elite de uma sociedade como modelo de comunicação escrita e 
verbal.
A Norma Culta é uma expressão empregada pelos linguistas 
brasileiros para designar o conjunto de variantes linguísticas 
efetivamente faladas, na vida cotidiana pelos falantes cultos, 
sendo assim classificando os cidadãos nascidos e criados em 
zonas urbanas e com grau de instrução superior completo. 
“Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras 
dos grandes escritores, em cuja linguagem a classe ilustrada põe 
o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso 
idiomático e consagrou”. (ROCHA LIMA).
Dentre as características que são pertinentes à Norma Culta 
podemos citar que é: a variante de maior prestígio social na 
comunidade, sendo realizada com certa uniformidade pelos 
membros do grupo social de padrão cultural mais elevado; 
cumpre o papel de impedir a fragmentação dialetal; ensinada 
pela escola; usada na escrita em gêneros discursivos em que há 
maior formalidade aproximando-a dos padrões da prescrição da 
gramática tradicional; a mais empregada na literatura e também 
pelas pessoas cultas em diferentes situações de formalidade; 
indicada precisamente nas marcas de gênero, número e pessoa; 
usada em todas as pessoas verbais, com exceção, talvez, da 2ª 
do plural, sendo utilizada principalmente na linguagem dos 
sermões; empregada em todos os modos verbais em relação 
verbal de tempos e modos; possuindo uma enorme riqueza 
de construção sintática, além de uma maior utilização da 
voz passiva; grande o emprego de preposições nas regências 
aproveitando a organização gramatical cuidada da frase.
De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa 
formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua 
língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico, 
um repertório que, se não for erudito, também não será vulgar. 
Isso configura o que se entende por norma culta. A Norma 
Padrão está vinculada a uma língua modelo. Segue prescrições 
representadas na gramática, mas é marcada pela língua 
produzida em certo momento da história e em uma determinada 
sociedade. Como a língua está em constante mudança, diferentes 
formas de linguagem que hoje não são consideradas pela Norma 
Padrão, com o tempo podem vir a se legitimar.
Dentro da Norma Padrão define-se um modelo de língua 
idealizada prescrito pelas gramáticas normativas, como sendo 
uma receita que nenhum usuário da língua emprega na fala e 
raramente utiliza na escrita. Sendo também uma referência 
para os falantes da Norma Culta, mas não passam de um ideal 
a ser alcançado, pois é um padrão extremamente enriquecido 
de língua. Assim, as gramáticas tradicionais descrevem a Norma 
Padrão, não refletindo o uso que se faz realmente do Português 
no Brasil.
Marcos Bagno propõe, como alternativa, uma triangulação: 
onde a Norma Popular teria menos prestígio opondo-se à Norma 
Culta mais prestigiada, e a Norma Padrão se eleva sobre as duas 
anteriores servindo como um ideal imaginário e inatingível. 
A Norma Padrão subdivide-se em: Formal e Coloquial. A 
Padrão Formal é o modelo culto utilizado na escrita, que segue 
rigidamente as regras gramaticais.
Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante 
tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como 
porque é supervalorizada na nossa cultura. É a história do vale o 
que está escrito. Já a Padrão Coloquial é a versão oral da língua 
culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de 
liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. 
Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e, 
embora exista, a permissividade com relação às transgressões é 
pequena.
Assim, na linguagem coloquial, admitem-se sem grandes 
traumas, construções como: ainda não vi ele; me passe o 
arroz e não te falei que você iria conseguir?. Inadmissíveis na 
língua escrita. O falante culto, de modo geral, tem consciência 
dessa distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente 
as construções acima na comunicação oral, evita-as na escrita. 
Contudo, como se disse, não são muitos os desvios admitidos 
e muitas formas peculiares da Norma Popular são condenadas 
mesmo na linguagem oral. A Norma Popular é aquela linguagem 
que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a 
linguagem popular, falada no cotidiano.
O nível popular está associado à simplicidade da utilização 
linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e semânticos. 
Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da 
natural economia linguística. É utilizado em contextos informais.
Dentre as características da Norma Popular podemos 
destacar: economia nas marcas de gênero, número e pessoa; 
redução das pessoas gramaticais do verbo; mistura da 2ª com 
a 3ª pessoa do singular; uso intenso da expressão a gente em 
lugar de eu e nós; redução dos tempos da conjugação verbal e de 
certas pessoas, como a perda quase total do futuro do presente 
e do pretérito-mais-que-perfeito no indicativo; do presente do 
subjuntivo; do infinitivo pessoal; falta de correlação verbal entre 
os tempos; redução do processo subordinativo em benefício da 
frase simples e da coordenação; maior emprego da voz ativa 
em lugar da passiva; predomínio das regências verbais diretas; 
simplificação gramatical da frase; emprego dos pronomes 
pessoais retos como objetos.
Na visão de Preti, os falantes cultos “até em situação de 
gravação consciente revelaram uma linguagem que, em geral, 
também pertence a falantes comuns”. Sendo mais espontânea e 
criativa, a Norma Popular se afigura mais expressiva e dinâmica. 
Temos, assim, alguns exemplos: estou preocupado (Norma 
Culta); to preocupado (Norma Popular); to grilado (gíria, limite 
da Norma Popular).
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge 
conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, 
expressividade e enorme criatividade para viver, necessitando 
conhecer a língua culta para conviver. 
Fonte:https://centraldefavoritos.wordpress.
com/2011/07/22/norma-padrao-e-nao-padrao/(Adaptado)
Língua Falada e Língua Escrita
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois 
meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio 
posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, 
abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. 
Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes 
por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é 
apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema 
mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo 
fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, 
mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. 
Dentre eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português 
falado por um habitante da região nordeste e outro da região 
sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há 
variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por 
exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão 
que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior 
do estado.
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação 
cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram 
para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada 
utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve 
acesso à escola.
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo 
com a situação em que nos encontramos: quando conversamos 
com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se 
estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades 
requer o domínio de certas formas de língua chamadas 
línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas 
formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico 
de engenheiros, químicos, profissionais daárea de direito e da 
informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre 
influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança 
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7Português
APOSTILAS OPÇÃO
não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-
se em linguagem infantil e linguagem adulta.
Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato 
individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode 
escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu 
gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, 
sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, 
etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande 
diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, 
além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros 
falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas 
dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a 
linguagem delas seja exatamente como a nossa. 
Níveis da fala
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar 
alguns níveis:
Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas 
utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. 
Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utiizá-lo, não nos 
preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as 
regras formais estabelecidas pela língua.
Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado 
pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um 
cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras 
gramaticais estabelecidas pela língua.
Diferenças existentes entre a língua falada e a escrita
Língua Falada:
Palavra sonora;
Requer a presença dos interlocutores;
Ganha em vivacidade;
É espontânea e imediata;
Uso de palavras-curinga, de frases feitas;
É repetitiva e redundante;
O contexto extralinguístico é importante;
A expressividade permite prescindir de certas regras;
A informação é permeada de subjetividade e influenciada 
pela presença do interlocutor.
Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, 
entorno físico e psíquico
Língua Escrita:
Palavra gráfica
É mais objetiva. 
É possível esquecer o interlocutor
É mais sintética. 
A redundância é um recurso estilístico
Comunicação unilateral. 
Ganha em permanência
Mais correção na elaboração das frases. 
Evita a improvisação
Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de 
pontuação
É mais precisa e elaborada. 
Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos
O contexto extralinguístico tem menos influência
 Registros da língua falada
Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou padrão 
e a coloquial ou popular. A linguagem coloquial também aparece 
nas gírias, na linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos 
regionalismos e dialetos.
Essas variações são explicadas por vários fatores:
Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma 
solenidade ou uma festa entre amigos.
Grau de instrução do falante e também do ouvinte.
Grupo a que pertence o falante. Este é um fator determinante 
na formação da gíria.
Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar de 
um nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas diferenças 
constituem os regionalismos e os dialetos.
Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. 
Quando as diferenças regionais não são suficientes para 
constituir um dialeto, utiliza-se os termos regionalismos ou 
falares para designá-las. E as pichações têm características da 
linguagem falada.
A língua falada como recurso literário
A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais 
explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao 
texto.
Observe, no trecho seguinte, algumas das características da 
língua falada, tais como o uso de gírias e de expressões populares 
e regionais; incorreções gramaticais (erros na conjugação verbal 
e colocação de pronomes) e repetições:
Exemplo:
“– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas 
a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. Eu 
vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das outras, 
contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, 
e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo 
que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de Domício era de 
quem falava para se confessar:
– Desgosto eu tenho, pra que negar?... “ 
(Pedra Bonita, de José Lins do Rego)
Registros da língua escrita
Além dos dois grandes níveis – língua culta e língua 
coloquial –, os registros escritos são tão distintos quanto as 
necessidades humanas de comunicação. Destacam-se, entre 
outros, os registros jornalísticos, jurídicos, científicos, literários 
e epistolares.
Fontes: http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman4.
php
http://www.vestibular1.com.br/redacao/red020.htm
2. O processo de comunicação e 
as funções da linguagem.
Comunicação
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino 
“communicare”, que significa “partilhar, participar algo, tornar 
comum”.
Através da comunicação, os seres humanos e os animais 
partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de 
comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de 
importância vital, sendo uma ferramenta de integração, 
instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de 
comunicação consiste na transmissão de informação entre 
um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma 
determinada mensagem.
A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos 
que podem ser gestos, sons, indícios, uma língua natural 
(português, inglês, espanhol, etc.), ou outros códigos que 
possuem um significado (por exemplo, as cores do semáforo), 
e transportada até o destinatário através de um canal de 
comunicação (o meio por onde circula a mensagem, seja por 
carta, telefone, comunicado na televisão, etc.).
Nesse processo podem ser identificados os seguintes 
elementos: emissor, receptor, código (sistema de sinais) e canal 
de comunicação. Um outro elemento presente no processo 
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APOSTILAS OPÇÃO
comunicativo é o ruído, caracterizado por tudo aquilo que afeta 
o canal, perturbando a perfeita captação da mensagem (por 
exemplo, falta de rede no celular).
Quando a comunicação se realiza por meio de uma 
linguagem falada ou escrita, denomina-se comunicação verbal. 
É uma forma de comunicação exclusiva dos seres humanos e a 
mais importante nas sociedades humanas.
As outras formas de comunicação que recorrem a sistemas 
de sinais não-linguísticos, como gestos, expressões faciais, 
imagens, etc., são denominadas comunicação não-verbal.
Alguns ramos da comunicação são: a teoria da informação, 
comunicação intrapessoal, comunicação interpessoal, 
marketing, publicidade, propaganda, relações públicas, análise 
do discurso, telecomunicações e Jornalismo.
O termo “comunicação” também é usado no sentido de 
ligação entre dois pontos, por exemplo, os meios de transporte 
que fazem a comunicação entre duas cidades ou os meios 
técnicos de comunicação (telecomunicações).
Tipos de comunicação
É possível classificar a comunicação conforme o número de 
pessoas que estão envolvidas por ela.
Comunicação Intrapessoal = a pessoa se comunica com 
ela mesma por meio de pensamentos, ou da escrita em diários 
pessoais.
Comunicação Interpessoal = refere-se à troca de 
informações entre duas pessoas. Pode ocorrer em conversas 
presenciais, por carta, e-mail ou telefone.
Comunicação em Grupo = indica o processo de comunicação 
entre três pessoas ou mais. Acontece no ensino, em palestras, 
teleconferências ou discursos.
Comunicação de Massa = tem a pretensão de atingir um 
grande público não especificamenteidentificado, é realizada de 
forma coletiva e não focalizada a uma única pessoa. É conhecida 
como sendo “um-para-muitos”, possibilitando respostas 
limitadas do público. Exemplos desse tipo de comunicação: 
jornais, revistas, filmes e televisão.
Comunicação Dirigida = é caracterizada pela seleção prévia 
de públicos (ou segmentos de mercado), ou seja, direciona-se a 
um público homogêneo identificado (por exemplo, mala-direta 
para um grupo de gestores).
Comunicação Integrada = por meio de uma única mensagem 
ocorre a utilização de uma forma conjugada de todas as formas 
de marketing, sendo elas: Publicidade e Propaganda, Venda 
Pessoal, Promoção de Vendas, Relações Públicas, Assessoria 
de Imprensa, Marketing Direto e Internet. Todas essas áreas do 
marketing irão contribuir de forma particular para o alcance dos 
objetivos.
A comunicação integrada busca cercar o público-alvo em 
todos os canais comunicativos existentes, por isso utilizam-se 
diversos tipos de mídia ao mesmo tempo e de forma conjugada.
Elementos da comunicação
Todas as formas de comunicação envolvem os seguintes 
elementos:
Emissor – quem inicia o processo;
Código – sinais para se construir uma mensagem;
Mensagem – aquilo que se quer comunicar;
Canal – o veículo que leva a mensagem;
Receptor – quem recebe, decodifica e interpreta o significado.
Sabe-se que existe hoje um sistema de comunicação 
complexo, com transmissões de mensagens através de códigos 
variados, canais e veículos cada vez mais rápidos e eficientes.
Comunicação humana
Na comunicação humana, o código é a linguagem, que na 
conversação é complementada por elementos da comunicação 
não-verbal (gestos, expressões faciais, movimentos dos olhos 
e do corpo, etc) e o canal utilizado é o ar que respiramos. No 
processo de conversação, existe o feedback, representado pela 
resposta do receptor no momento em que responde, o receptor 
inverte o processo e passa a ser o emissor, e aquele que antes 
emitia passa a ser o receptor, que irá decodificar e interpretar a 
nova mensagem. É esta inversão do processo que permite a uma 
pessoa saber se a outra entendeu a sua mensagem.
Linguagem
A linguagem é, ao mesmo tempo, uma função e um 
aprendizado: uma função no sentido de que todo ser humano 
normal fala e a linguagem constitui um instrumento necessário 
para ele; um aprendizado, pois o sistema simbólico lingüístico, 
que a criança deve assimilar, é adquirido progressivamente 
pelo contato com o meio. Essa aquisição ocorre durante 
toda a infância, no que o aprendizado da linguagem difere, 
fundamentalmente, do aprendizado da marcha ou da preensão, 
que constituem a seqüência necessária do desenvolvimento 
biológico; A linguagem é um aprendizado cultural e está ligada 
ao meio da criança.
COMUNICAÇÃO VERBAL
Existem inúmeras formas de se trocar informações, ou seja, 
de se comunicar. Uma das mais eficazes para o ser humano é a 
comunicação verbal, que ocorre quando um grupo de indivíduos 
com interesses comuns ou correlatos se reúne.
A comunicação oral
Em reuniões sociais, sejam elas formais ou informais, as 
informações são trocadas através da comunicação oral, a mais 
importante para a transmissão das idéias. Existe a oportunidade 
de aprofundar os detalhes de maior interesse relacionados 
à informação oferecida, bem como a possibilidade de se 
obter a repetição ou o detalhamento de uma informação não 
completamente entendida. Podem também ser apresentadas 
observações ou pontos de vista capazes de enriquecer a 
informação inicial, tornado-a mais clara, concisa e completa.
O desembaraço na conversa informal do dia a dia, pouco 
tem a ver com o desempenho na comunicação verbal, como 
forma de intercambiar informações. É difícil para a maioria dos 
profissionais de qualquer área, utilizar adequadamente essa 
potente modalidade de comunicação. Isto é conseqüência do 
simples fato de que a formação e o treinamento das pessoas são 
incompletos. Nós não somos ensinados a organizar e registrar o 
nosso trabalho diário, analisá-lo criticamente, tirar conclusões e 
discuti-las de forma ordenada.
De um modo geral, as pessoas evitam falar em público, 
por uma série de razões, como vergonha, medo de enfrentar a 
audiência, medo de não saber responder a alguma pergunta, 
receio de parecer ridículo ou de dizer besteiras, etc. Essas 
razões, contudo, não tem o menor fundamento; elas apenas 
servem para esconder a única e real razão: a falta de treino ou 
de familiaridade com a comunicação verbal. É perfeitamente 
normal que algumas pessoas pareçam mais naturais ou à 
vontade do que outras, ao falar em grupo. A diferença, contudo, 
reside apenas no quanto uns conseguem desligar dos falsos e 
infundados receios e concentrar-se na comunicação.
A comunicação escrita
A leitura, por mais atenta que possa ser, não tem o poder 
de transmissão da informação que a comunicação verbal tem. 
Na leitura, o autor é desconhecido ou distante; a sua idéia nem 
sempre é claramente entendida e, mais importante, não existe a 
possibilidade do diálogo. A transmissão da informação é passiva. 
A comunicação verbal, ao contrário é mais poderosa e versátil.
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
A comunicação verbal serve para transmitir informações 
entre indivíduos, tendo estas informações um caráter 
informativo. Já a comunicação não-verbal é caracterizada 
pelo uso de gestos, da mímica, do olhar, da voz e dos sinais 
paralingüísticos, da organização espacial e da localização. 
Estes, que são determinantes de uma relação interpessoal dos 
indivíduos.
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9Português
APOSTILAS OPÇÃO
Organização espacial
É a distância que separa o emissor do receptor e se acha 
determinada por um conjunto de regras que refletem a mensagem 
e as interações dos interlocutores. O espaço é convencionado 
por todo um sistema de sinais que varia conforme os grupos 
sociais e culturais.
A distância é um grau regulador de intimidade na relação 
dos interlocutores, ela exerce influência na transmissão da 
informação pela utilização de diversos canais.
Localização
A localização é um indicador do tipo de relação que a pessoa 
deseja ter com seu interlocutor, ela também modula a mensagem 
transmitida e indica status privilegiado. Indica também que 
estas pessoas gostariam ou detém um certo prazer no grupo.
Os gestos
Os gestos precedem ou acompanham o comportamento 
verbal. São controlados pelas normas sociais e estão ligados 
aos modos. Cada emoção exprime-se num modelo postural que 
reflete essa tensão ou esse relaxamento. Por exemplo, pessoas 
em uma determinada postura que costumam freqüentemente 
mexer um ou os dois pés, é um dos indicativos de ansiedade. 
Assim como a postura dos braços cruzados é um indicativo de 
fechamento racional.
A mímica
As mímicas são os “gestos do rosto”. Um observador pode ver 
no rosto informações sobre a personalidade e a história de seu 
interlocutor, mas isso gera também muitos erros.
As mímicas são específicas do meio social, da região em que 
a pessoa foi educada.
Por exemplo, é comum o japonês sorrir quando está 
embaraçado, enquanto no brasileiro o sorrir é uma manifestação 
comum de alegria.
O olhar
A expressão do olhar é tão variada e difícil de controlar que é 
também difícil dominar as intenções mais ocultas.
O olhar parece ter dupla função:
Indica a quem se dirige a comunicação.
Constitui um indício da atenção dada.
Não existe interação na comunicação sem troca de olhar, o 
contato com os olhos marca a interação intensa.
Um exemplo de interação feito com o do olhar é o do 
vendedor frente a seus clientes. Ele fixa o olhar no seu cliente 
submetendo a este uma condição de submissão na comunicação.
A voz e os sinais paralinguísticos
A voz transmite aspectos da personalidade assim como 
estado de espírito da pessoa que se fala. Um indivíduo traz no 
seu registro e voz a marca quase irreversível de seu grupo social 
e cultural.
O timbre de voz, oritmo, a fluência, a intensidade dependem 
do controle emotivo.
CONCORDÂNCIA E DISCORDÂNCIA ENTRE A COMUNICAÇÃO 
VERBAL E A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
O código verbal possui o objetivo de transmitir um conteúdo 
de valor informativo. Já o código não verbal é quase sempre 
utilizado para manter a relação interpessoal.
Se houver concordância entre elas, o impacto da mensagem 
é mais forte e a recepção é melhor.
Se houver discordância entre elas, ocorre uma desorientação 
do receptor, o sentido da mensagem é alterado e o conteúdo se 
torna preponderante.
Exemplo: uma pessoa ao dar um abraço numa criança 
demonstrando afeto por ela ao mesmo tempo que chama esta 
de querida e meiga, fortalece a mensagem. O mesmo não ocorre 
se, ao dar o abraço, a pessoa chama a criança de chata. Para a 
criança, o abraço será mais significativo e ela fará uma distorção 
da palavra chata.
Fontes: http://www.portaleducacao.com.br/marketing/
artigos/36851/tipos-de-comunicacao#ixzz3zyJfUYMH
http://www.significados.com.br/comunicacao/
http://pedagogiaaopedaletra.com/comunicacao-verbal-e-nao-
verbal/
Funções da Linguagem
Quando se pergunta a alguém para que serve a linguagem, 
a resposta mais comum é que ela serve para comunicar. Isso 
está correto. No entanto, comunicar não é apenas transmitir 
informações. É também exprimir emoções, dar ordens, falar 
apenas para não haver silêncio. Para que serve a linguagem?
A linguagem serve para informar: Função Referencial.
“Estados Unidos invadem o Iraque”
Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos sobre um 
acontecimento do mundo.
Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na memória, 
transmitimos esses conhecimentos a outras pessoas, ficamos 
sabendo de experiências bem-sucedidas, somos prevenidos 
contra as tentativas mal sucedidas de fazer alguma coisa. Graças 
à linguagem, um ser humano recebe de outro conhecimentos, 
aperfeiçoa-os e transmite-os.
Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender 
ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria 
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como aprendemos 
desde as mais banais informações do dia a dia até as teorias 
científicas, as expressões artísticas e os sistemas filosóficos mais 
avançados.
A função informativa da linguagem tem importância central 
na vida das pessoas, consideradas individualmente ou como 
grupo social. Para cada indivíduo, ela permite conhecer o mundo; 
para o grupo social, possibilita o acúmulo de conhecimentos 
e a transferência de experiências. Por meio dessa função, a 
linguagem modela o intelecto.
É a função informativa que permite a realização do trabalho 
coletivo. Operar bem essa função da linguagem possibilita que 
cada indivíduo continue sempre a aprender.
A função informativa costuma ser chamada também de 
função referencial, pois seu principal propósito é fazer com 
que as palavras revelem da maneira mais clara possível as coisas 
ou os eventos a que fazem referência.
A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: 
Função Conativa.
“Vem pra Caixa você também.”
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a 
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Federal. 
Para persuadir o público alvo da propaganda a adotar esse 
comportamento, formulou-se um convite com uma linguagem 
bastante coloquial, usando, por exemplo, a forma vem, de 
segunda pessoa do imperativo, em lugar de venha, forma de 
terceira pessoa prescrita pela norma culta quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer 
determinadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sentir 
determinadas emoções, a ter determinados estados de alma 
(amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode-se dizer que 
ela modela atitudes, convicções, sentimentos, emoções, paixões. 
Quem ouve desavisada e reiteradamente a palavra “negro”, 
pronunciada em tom desdenhoso, aprende a ter sentimentos 
racistas; se a todo momento nos dizem, num tom pejorativo, 
“Isso é coisa de mulher”, aprendemos os preconceitos contra a 
mulher.
Não se interfere no comportamento das pessoas apenas 
com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam 
de maneira bastante sutil, com tentações e seduções, como 
os anúncios publicitários que nos dizem como seremos bem 
sucedidos, atraentes e charmosos se usarmos determinadas 
marcas, se consumirmos certos produtos. 
Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos, 
que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto 
espertalhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos 
atemorizados, que se deixam conduzir sem questionar.
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem 
quando esta é usada para interferir no comportamento das 
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10Português
APOSTILAS OPÇÃO
pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma sugestão. A 
palavra conativo é proveniente de um verbo latino (conari) que 
significa “esforçar-se” (para obter algo).
A linguagem serve para expressar a subjetividade:
Função Emotiva.
“Eu fico possesso com isso!”
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação 
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetivamos 
e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. 
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de 
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, desdém, 
desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas vezes, falamos para 
exprimir poder ou para afirmarmo-nos socialmente. Durante o 
governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, ouvíamos 
certos políticos dizerem “A intenção do Fernando é levar o 
país à prosperidade” ou “O Fernando tem mudado o país”. Essa 
maneira informal de se referirem ao presidente era, na verdade, 
uma maneira de insinuarem intimidade com ele e, portanto, 
de exprimirem a importância que lhes seria atribuída pela 
proximidade com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas 
que fizemos para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar 
nossa valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual 
ou nossa competência na conquista amorosa.
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz 
que empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não 
raro inconscientemente.
Emprega-se a expressão função emotiva para designar a 
utilização da linguagem para a manifestação do enunciador, isto 
é, daquele que fala.
A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
Função Fática.
__Que calorão, hein?
__Também, tem chovido tão pouco.
__Acho que este ano tem feito mais calor do que nos outros.
__Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram num 
elevador e devem manter uma conversa nos poucos instantes 
em que estão juntas. Falam para nada dizer, apenas porque o 
silêncio poderia ser constrangedor ou parecer hostil.
Quando estamos num grupo, numa festa, não podemos 
manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros. Nessas 
ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso, quando não se 
tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se histórias que todos 
conhecem, contam-se anedotas velhas. A linguagem, nesse caso, 
não tem nenhuma função que não seja manter os laços sociais. 
Quando encontramos alguém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, 
em geral não queremos, de fato, saber se nosso interlocutor está 
bem, se está doente, se está com problemas. A fórmula é uma 
maneira de estabelecer um vínculo social.
Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja entre 
alunos de uma escola, entre torcedores de um time de futebol 
ou entre os habitantes de um país. Não importa que as pessoas 
não entendam bem o significado da letra do Hino Nacional, pois 
ele não tem função informativa: o importante é que, ao cantá-lo, 
sentimo-nos participantes da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão função 
fática para indicar a utilização da linguagem para estabelecer ou 
manter aberta a comunicação entre um falante e seu interlocutor.
Alinguagem serve para falar sobre a própria linguagem: 
Função Metalinguística.
Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um 
substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usando 
o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegante usar 
palavrões”, não estamos falando de acontecimentos do mundo, 
mas estamos tecendo comentários sobre a própria linguagem. É 
o que chama função metalinguística. A atividade metalinguística 
é inseparável da fala. Falamos sobre o mundo exterior e o 
mundo interior e ao mesmo tempo, fazemos comentários sobre 
a nossa fala e a dos outros. Quando afirmamos como diz o 
outro, estamos comentando o que declaramos: é um modo de 
esclarecer que não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial 
como a que estamos enunciando; inversamente, podemos usar 
a metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo de 
dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Parodiando o 
padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica, vou dizer que 
“peixes se pescam, homens é que se não podem pescar”.
A linguagem serve para criar outros universos.
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala também 
do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos mundos, 
outras realidades. Essa é a grande função da arte: mostrar que 
outros modos de ser são possíveis, que outros universos podem 
existir. O filme de Woody Allen “A rosa púrpura do Cairo” (1985) 
mostra isso de maneira bem expressiva. Nele, conta-se a história 
de uma mulher que, para consolar-se do cotidiano sofrido e 
dos maus-tratos infligidos pelo marido, refugia-se no cinema, 
assistindo inúmeras vezes a um filme de amor em que a vida 
é glamorosa, e o galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai 
da tela e ambos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa 
outra realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o 
amor nunca diminui e assim por diante.
A linguagem serve como fonte de prazer: Função Poética.
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido e os sons 
são formas de tornar a linguagem um lugar de prazer. Divertimo-
nos com eles. Manipulamos as palavras para delas extrairmos 
satisfação.
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz 
“Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase shakespeariana 
“To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, 
quando soube que uma mulher muito gorda se sentara no banco 
de um ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: “É a 
primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos”. 
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel comprido 
para sentar-se” e “casa bancária”. Também está empregado em 
dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e “capital”, “dinheiro”.
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, 
com significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio 
Guimarães:
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu 
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer 
bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de 
consciência e bata em retirada.”
(Folha de S. Paulo)
Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitariamente 
ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada para informar, 
para influenciar, para manter os laços sociais, etc. No segundo, 
para produzir um efeito prazeroso de descoberta de sentidos. 
Em função estética, o mais importante é como se diz, pois o 
sentido também é criado pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela 
disposição das palavras, etc.
Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de 
Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, 
/b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos.
Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos 
ocorre no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos 
cavalos aumenta.
Quando se usam recursos da própria língua para acrescentar 
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11Português
APOSTILAS OPÇÃO
sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se que estamos 
usando a linguagem em sua função poética.
Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-
se necessário o estudo dos elementos da comunicação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era desenvolvido 
de maneira “sistematizada” (alguém pergunta - alguém espera 
ouvir a pergunta, daí responde, enquanto outro escuta em 
silêncio, etc). Exemplo:
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Emissor emite, codifica a mensagem
Receptor recebe, decodifica a mensagem
Mensagem conteúdo transmitido pelo emissor
Código conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem
Referente contexto relacionado a emissor e receptor
Canal meio pelo qual circula a mensagem
Porém, com recentes estudos linguísticos, tal teoria sofreu 
certa modificação, pois, chegou-se a conclusão de que ao se 
tratar da parole (sentido individual da língua), entende-se que 
é um veículo democrático (observe a função fática), assim, 
admite-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diálogo 
interativo):
Locutor quem fala (e responde)
Locutário quem ouve e responde
Interlocução diálogo
As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais, faciais 
etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria.
As atitudes e reações dos comunicantes são também 
referentes e exercem influência sobre a comunicação
Lembramo-nos:
- Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no “eu” 
do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a esta função 
está, por norma, a poesia lírica.
- Função apelativa (imperativa): com este tipo de 
mensagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que 
este assuma determinado comportamento; há frequente 
uso do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é 
frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.
- Função metalinguística: função usada quando a língua 
explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de 
um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintáticos e/ou 
semânticos).
- Função informativa (ou referencial): função usada 
quando o emissor informa objetivamente o receptor de uma 
realidade, ou acontecimento.
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção 
dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos 
publicitários (centra-se no canal de comunicação).
- Função poética: embeleza, enriquecendo a mensagem com 
figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, 
etc.
Também podemos pensar que as primeiras falas conscientes 
da raça humana ocorreu quando os sons emitidos evoluiram 
para o que podemos reconhecer como “interjeições”. As 
primeiras ferramentas da fala humana.
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais 
profundamente distingue o homem dos outros animais.
Podemos considerar que o desenvolvimento desta função 
cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação 
da mão, que permitiram o aumento do volume do cérebro, a par 
do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial.
Devido a estas capacidades, para além da linguagem falada 
e escrita, o homem, aprendendo pela observação de animais, 
desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em 
diferentes países, não só para melhorar a comunicação entre 
surdos, mas também para utilizar em situações especiais, 
como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que 
se encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem 
observar entre si.
Questões
01. 
Alô, alô, Marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar, estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society [...]
LEE, Rita. CARVALHO, Roberto de. Disponível em: http://www.
vagalume.com.br/ Acesso em: 30 mar. 2014.
Os dois primeiros versos do texto fazem referência

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